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Faculdade de Direito
Disciplina: Antropologia do Direito - T1 & P1
Professor: Ronaldo Lobão (ronaldolobao@yahoo.com.br)
Período letivo: 01/2019
Objetivo do Curso
O curso tem como objetivo apresentar ao aluno a experiência antropológica como um
instrumento para a compreensão de fenômenos sociojurídicos nos quais a dimensão cultural da
sociedade brasileira se apresenta de forma mais evidente. Teremos cinco contextos principais:
o das relações interétnicas com os povos e comunidades originárias; o das relações de
pertencimento entre identidade cultural e território tradicional; o de novas formas de aquisição
de propriedade através da conscientização de uma identidade cultural e normativamente
protegida (a de remanescentes de quilombo);
Busca fornecer ao aluno o ferramental necessário para a identificação das variadas formas
pelas quais a cultura jurídica brasileira se manifesta, através do método comparativo
contrastivo. Ao tomar etnografias clássicas sobre a noção de dívida, obrigação e contrato
pretende-se que o aluno seja capaz de replicar uma observação reflexiva sobre outras
categorias do direito contemporâneo. Por fim, o curso se volta para a discussão de sistemas de
administração de conflitos contemporâneos, a partir de autores que apresentam perspectivas
que abrem horizontes analíticos para a compreensão do Direito.
Desenvolvimento
O curso está estruturado em quatro módulos. Em cada um deles serão apresentados e
discutidos em sala de aula textos previamente lidos pelos alunos. Espera-se que após a
apresentação do texto pelo professor, os alunos apresentem elementos centrais para discussão
coletiva.
Avaliação
A avaliação do curso se dará através da média de três notas. A primeira corresponderá a uma
descrição etnográfica – a partir da operação cognitiva do “olhar” - de um espaço sociojurídico
(que será discutido em sala de aula), com no máximo 4 páginas. A segunda avaliação
corresponderá a uma descrição etnográfica - a partir da operação cognitiva do “ouvir” – a partir
de interlocuções com atores do contexto empírico escolhido, também com no máximo 4
páginas. A terceira corresponderá a um texto descritivo que leve em consideração os três níveis
de compreensão – as duas primeiras acrescidas da operação cognitiva do “escrever” – dos
contextos sociojurídicos. A parte descritiva do “escrever” corresponderá ao somatório dos atos
cognitivos do “olhar”, que tem o “eu” no lugar de fala, e do “ouvir”, que tem o “ele” no lugar de
fala, produzindo um discurso do “nós” – “eu” e “ele”. A parte “reflexiva” do escrever deve
levar em consideração o contexto do lugar escolhido (a micro esfera), o ordenamento jurídico
ou os tipos ideais acionados (meso esfera) e, opcionalmente, o(s) enquadramento(s) na cultura
jurídica brasileira (macro esfera) que o evento escolhido suscita, com, no máximo 10 páginas.
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