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A Educação Infantil em tempos de pandemia: entre

inquietações e retrocessos

Profa. Dra. Núbia Schaper Santos


Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora
GP: Linguagens, Infâncias, Cultura e Desenvolvimento Humano - LICEDH
Objetivo do trabalho

Narrar as experiências construídas


em trinta municípios da zona da
mata de Minas Gerais, a partir de um apresentação.
Curso de Extensão em parceria com
o Fórum de Educação Infantil e a
Uviversidade Federal de Juiz de
Fora

Saiba mais no Centro de Introdução ao PowerPoint


(Clique na seta quando estiver no modo Apresentação de Slides)
O resgate da escola e a
centralidade docente

A formação de professores e
professoras como necessária O que defendo para a nossa
para apresentar o mundo ao conversa?
Outro, principalmente em
tempos de pandemia

A atuação profissional como um


ato responsivo
Carga horária: 50 horas
Plataforma Moodle e canal do
Youtube – FEI/ZM

Encontros virtuais semanais

Temas específicos com os


professores e professoras convidados

30 municípios – 185 participantes


O desenho do Curso de
(secretárias de educação, diretoras
de escola, coordenadoras e
Extensão
supervioras, professoras de educação
infantil)

Mediadoras Pedagógicas em 15
turmas

Nosso Canto – Arte e Literatura.


Temas do Curso de Extensão

O cenário nacional da Educação Infantil em tempos de pandemia


Sandro Vinicius (UFVJM)

Perspectivas pós - pandemia: reflexões sobre escola, professores e crianças


Maria Carmem Barbosa - UFRGS

Em busca da intersetorialidade na E.I.: questões estratégicas para os gestores


Rita Coelho (CAED) e Bratriz Abuschaim (Fundação Maria Cecília Souto Vidigal)

As especificidades do bebê
Núbia Schaper (UFJF) e Elenice Teixeira (UNEB)

Organização dos ambientes para bebês e crianças pequenas


Ana Rosa Noreira (UFJF) e Tatiana Noronha (UNESP)

O que pode a E.I em tempos de pandemia: conversas sobre experiências


pedagógicas
Paulo Fochi (Unisinos)
Diálogo necessário entre saúde e educação
Sandra Tibiriçá (UFJF) e Damaris Maranhão

Formação e participação democrática: perspectivas da E.I


Ângela Coutinho e Catarina Moro - UFPR
O que encontramos nos municípios em termos de práticas
pedagógicas

“No meu município optamos por um projeto que é o "Educa Em Casa". Nós profissionais que trabalhamos
com a Educação infantil preparamos todo material impresso e enviamos aos alunos em suas casa. Nesse
projeto contamos com a colaboração dos pais para auxiliarem os alunos em casa

Boa tarde! Então, as vídeo aulas são utilizadas também com a Educação Infantil e segundo relatos de
alguns professores têm dado muito certo. Os alunos adoram pois estão vendo e ouvindo a sua professora o
que torna a sensação de estar perto mais confortável. Os professores também recebem vídeos dos alunos
realizando as atividades. É muito bacana”.
“No município de XXX, quase sem casos de covid, mas estamos com o Projeto Educa em Casa,
onde mandamos os roteiros para as famílias bem como as atividades. Criamos grupos de zap
entre professores e família, por alimentamos links, livros de histórias  digitais, histórias contadas
pelos professores, fizemos vídeos juninos com as fotos das crianças,  apesar de na zona rural não
ter internet”.

Estamos arquivado os planos ,roteiros e atividades , fazendo correção das tarefas e preenchendo
uma tabela de tarefas devolvidas é rendimento do aluno. No retorno faremos um relatório
diagnóstico da sala e continuaremos com o conteúdo, reforçando o que for necessário. Temos
que ver as crianças como sujeito e respeitar seus direitos”.

“O documento  de Maria Malta e muito relevante, pois se refere não só a criança,  mas também as
famílias e educadores. Todos nós estamos na busca por um atendimento de qualidade visando o
apoio às famílias e aprendizado das crianças( através de rotinas que permitam vivenciar sua
infância em tempos de pandemia”
“Os vídeos são produzidos pelos professores. Ao que tudo indica é uma iniciativa dos
próprios professores, contando com o apoio pedagógico e também com o apoio de toda
equipe da nossa Secretaria Municipal de Educação”.  

“A equipe pedagógica da escola assiste e acompanha as vídeo aulas antes de serem


enviadas para os alunos, via WhatsApp, para o caso de ser  necessário fazer alguma
alteração”. 

“São vídeos de natureza interdisciplinar, enviados para alunos com idades entre 4 a 6 anos. 
Nem todos são contemplados, mas um bom número de alunos realizam as atividades
propostas nos vídeos”. 
“A nossa maior preocupação na Educação Infantil é manter o vínculo com as crianças, juntamente com
suas famílias. A Equipe pedagógica e administrativa  elabora mensalmente o Caderno de Atividades da
Educação Infantil de acordo com a  faixa etária (bebês, crianças bem pequenas e crianças pequenas)
dentro  dos objetivos de aprendizagem da BNCC e faz a entrega na instituição escolar com datas e
horários divulgados para a comunidade escolar. A retirada é feita pelos pais ou responsáveis  que assinam
a  lista de recebimento do material. Como o município é pequeno, conseguimos fazer o material chegar
100% nas crianças. Aquelas que moram na Zona Rural , a SEMED faz a entrega. Cada turma, mediada
pelo professor regente e monitores criou o grupo de WathasApp dos pais, onde se busca periodicamente a
interação.

A escola estabeleceu também um cronograma semanal para música e contação de história por vídeo (via
WathazApp). Outro recurso usado pela escola  para contato com a família é o e-mail, mas pouco utilizado
pelos pais. A medida que as crianças realizam as atividades, os pais registram e encaminham a cada
professor via WathasApp, esse é o  Feedback que temos.  O município, via SEMED criou também um
canal de ouvidoria das AENP para comunicação com a comunidade escolar, buscando realizar adequações
no processo, pois essa forma de se fazer educação é nova para todos nós. Sabemos que não é o caminho
viável, mas é o que temos para o momento”
“nossa coordenadora, iniciou uma formação de nos educadoras por meio da plataforma Office 365 para
discutirmos temas como acolhimento dos bebes e crianças, organização de tempos e espaços e etc., e em
meio as trocas foram surgindo maneiras de mantermos contatos com os nossos pequenos e familiares, 
infelizmente veio a pior noticia a suspensão de nossos contratos que nos impossibilitou de darmos continuidade
aos nossos projetos. Como foi dito distância não é abandono, e o que podemos mesmo dentro deste contexto,
sem passar por cima de nossos superiores estamos fazendo”.
“No Centro Educacional de XXX, estamos conectando os alunos via Wat Zap ,
google classoroom e apostilas enviadas mensalmente. As professoras tem usado
ferramentas bem bacanas para as aulas online. Cada professora tem seu grupo e a
especialistas e a Coordenadora estão bastante envolvidas no trabalho”.
A necessidade de reafirmar e defender o que
conseguimos conquistar ao longo da história

Os princípios éticos, estéticos e políticos

A solidão pedagógica

A fragilidade docente frente às opções pela


parceria público-privada O que foi possível apreender
dessa experiência
A defesa pelo vínculo com as famílias numa
mas excessiva preocupação com o conteúdo,
com o que se perde

A invisibilidade dos bebês e o agravamento da


desigualdade
O que faz andar a estrada? É o sonho. Enquanto a gente
sonhar a estrada permanecerá viva. É para isso que servem

Muito obrigada!
os caminhos, para nos fazerem parentes do futuro”.

(Fala de Tuahir), em "Terra sonâmbula", São Paulo:


Companhia das Letras, 2007) Mia Couto.

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