Director: Alexandre Semedo Ano XVI| Nº 843 | 26 de Outubro de 2023 |Distribuição: 12.

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A Nação
JORNAL INDEPENDENTE

Eleição do novo líder parlamentar do PAICV

Uma luta entre Rui Semedo

e Janira Pág. 2

Autárquicas 2024: Abraão, Luís Filipe Tavares e Beta

sondados para Praia Pág. 4

Segurança alimentar Silvino da Luz vs. Luís C. Silva Comunicações

Agricultor quer Deputado chamado CV Telecom
introduzir novas ao tribunal sem novamente
espécies em Cabo Verde levantamento de exposta a ataques
imunidade cibernéticos
Págs. 4 e 5 in ETC Pág. 6 Págs. 12 e 13

Di Borla
Comunicação Social
Privados querem ver o
Governo passar do discurso
a acções concretas
Págs. 8 e 9 Pág. 23
 2 | A Nação | Nº 843 | 26 de Outubro de 2023

No Ponto
Eleição do novo líder parlamentar do PAICV

Uma luta entre Rui Semedo e Janira

C umprindo os esta-
tutos do PAICV, o
deputado Démis
Lobo Almeida, eleito pela ilha
do Sal, apresentou a sua can-
didatura ao cargo de presi-
dente da bancada parlamen-
tar desse partido e foi apro-
vado na última reunião da
Comissão Política Nacional
(CPN). Mesmo assim, Luís
Pires decidiu submeter a sua
candidatura, sem passar pela
cúpula do partido, jogando a
nível do Grupo Parlamentar.
Diante disso, se o nome
de Démis Almeida, propos-
to por Rui Semedo e aprova-
do pela CPN do PAICV, não
passar, um destacado diri-
gente tambarina considera
que o partido poderá pas-
sar por um problema “sério”.
É que, no dizer dessa fonte,
esta eleição é um “teste fi-
nal” para o regresso de Ja-
nira à liderança do partido,
da qual teve de se afastar
em 2021, depois de perder
as eleições legislativas de
2020, para Ulisses Correia e
Silva, do MpD.
Se Luís Pires, apoiado por
Janira Hopffer Almada, con-
seguir ser eleito será, obvia-
mente, uma derrota política
de Rui Semedo, o que poderá
implicar a sua demissão do
cccccc
A eleição do novo líder parlamentar do PAICV pode acentuar as fissuras internas no
De acordo com os esta-
partido. Luís Pires, apoiado por Janira Hopffer Almada, vai desafiar o comando de Rui
tutos do PAICV, em sede do
Semedo, apresentando-se como candidato ao lugar, contra Démis Almeida, nome su-
Grupo Parlamentar, o de-
fragado pela Comissão Política Nacional. O resultado da disputa poderá determinar putado proposto pelo parti-
quem vai liderar o partido nos próximos embates eleitorais: Rui Semedo ou Janira. do deve ser eleito por maio-
ria de votos dos seus pares.
Caso o nome apresentado
Daniel Almeida pela Comissão Política não
merecer votos favoráveis da
maioria dos deputados, o
cargo de líder do PAICV. o que, de per si, pode cons- proposta do líder do partido, processo será relançado com
De acordo com o nos- tituir um risco para Janira. o nome de Démis Lobo como a presentação de uma nova
so interlocutor, através de Obviamente também, se o próximo presidente da ban- proposta a esse órgão para
Luís Pires, Janira joga nes- actual líder do partido obti- cada do maior partido da posterior votação no Grupo
se tabuleiro com todas as fi- ver um bom score nas autár- oposição. Contudo, de lem- Parlamentar.
chas, sabendo, de antemão, quicas de 2024, ninguém no brar que Luís Pires garantiu Com isso, o holofote da
que tem um grande apoio no PAICV conseguirá movê-lo ao A NAÇÃO que iria apre- vida política se vai virar nos
seio dos deputados que fo- da liderança do partido. sentar a sua candidatura em próximos dias e semanas
ram escolhidos por ela. “tempo útil”, ou seja, antes para o PAICV, numa altura
Por outro lado, Rui Se- Procedimentos do arranque processo junto em que o seu principal ad-
medo espera poder estar em do Grupo Parlamentar, sem versário, o MpD, se prepara
condições de liderar o pro- Na semana passada, a submetê-la à apreciação da também para as autárquicas
cesso autárquico do PAICV, CPN do PAICV aprovou, sob direcção política do PAICV. de 2024. 

Ficha Técnica
A Nação Semanário | Ano XVI | Nº 843 | 26 de Outubro de 2023 | Registo DGCS: Nº3/2007 | Registo ARC: Nº3/2016 | Propriedade: Sociedade A Nação Cabo Verde, Lda.
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4 | A Nação | Nº 843 | 26 de Outubro de 2023
MpD prepara autárquicas 2024
Abraão Vicente, Luís Filipe Tavares
e Beta sondados para Praia
O regulamento para
a escolha dos can-
didatos do MpD
para a eleições autárquicas
de 2024 foi aprovado na úl-
tima reunião da Direcção
Nacional desse partido que
decorreu no passado fim-de-
-semana, na cidade do Min-
delo. No entanto, os candi-
datos só serão conhecidos
em Dezembro, conforme o
anúncio feito por Ulisses
Correia e Silva, após o con-
clave.
Na reunião foram defini-
dos três pré-candidatos para
os municípios onde esse
partido não é poder e que se-
rão submetidos a uma son-
dagem para a escolha de um
nome que possa dar garan-
tias de vitória nas próximas
eleições.
A NAÇÃO sabe, entre-
tanto, que para Praia foram
escolhidos Abraão Vicente,
Luís Filipe Tavares e Alber-
to Melo (Beta), como nomes
a submeter à apreciação do
referido estudo.
Segundo uma fonte bem
POLÍTICA
Abraão Vicente Luís Filipe Tavares Alberto Mello Lima “Beta”
Abraão Vicente é o preferido da cúpula do MpD para concorrer à Câmara da Praia
nas próximas eleições autárquicas. Jorge Nogueira é lançado, mais uma vez, para
a conquista de São Filipe. Augusto Neves continua de pedra e cal em São Vicente.
ções autárquicas.
Esta certeza em relação
a Augusto Neves e Jacira
Monteiro advém do facto de
o regulamento, que aprova o
E Jacira Monteiro vai ser a candidata ventoinha para Santa Catarina.
modelo de escolha de candi-
datos aos órgãos autárqui-
cos para as eleições de 2024,
Daniel Almeida estabelecer que o processo
de escolha de candidatos a
presidente de Câmaras nos
posicionada, Abraão Vicen- lhido como candidato para mandado como presiden- municípios onde o MpD é
te é o preferido da cúpula fazer frente a Francisco Ta- te da Câmara de São Fili- poder a escolha recai, por
do MpD, pelo que o nome vares”, realça. “Desta vez pe, além de deputado vá- norma, sobre o presidente
do “improvável” Luís Filipe não vamos permitir aqui- rios anos, foi derrotado por incumbente.
Tavares, vice-presidente do lo que aconteceu nas ante- Nuías Silva nas últimas O regulamento ressal-
partido e antigo ministro riores eleições em que Beta eleições autárquicas. va, porém, que os autarcas
dos Negócios Estrangeiros, venceu nas sondagens e de- Celso Ribeiro, ao que incumbentes das Câmaras
é “só para fazer número”. pois foi preterido a favor de tudo indica, já foi escolhi- do MpD são sujeitos a son-
O grande problema, no Óscar Santos por vontade do do para defrontar José dos dagens e à avaliação políti-
dizer da nossa fonte, reside presidente do partido”, Ulis- Reis (Maika) no município ca do seu desempenho pela
em Beta. Este, ao que cons- ses Correia e Silva. do Tarrafal de Santiago. Car- CPN para efeitos de escolha
ta, além de estar há muito Para a Câmara de São Fi- mem Martins e Liver Soares dos candidatos às eleições
no terreno, tem granjeado lipe, a Direcção Nacional vão ser sondados para a Câ- autárquicas. Caso, através
muita simpatia junto dos do MpD aprovou os nomes mara de Santa Cruz. de sondagens, se constate
militantes e simpatizantes de Jorge Nogueira e do se- Por outro lado, Augus- que o desempenho do pre-
do partido em diversos bair- cretário de Estado da Saú- to Neves e Jacira Monteiro, sidente incumbente não ga-
ros da cidade da Praia. de, Evandro Monteiro, como dois dos autarcas mais con- rante vitória nas eleições se-
O nosso interlocutor é pré-candidatos, que serão testados, vão concorrer às rão feitas sondagens entre
perentório: “Se desta vez o submetidos a uma sonda- Câmaras de São Vicente e três potenciais candidatos.
Beta ficar à frente nas son- gem. De recordar que Jor- de Santa Catarina, respecti-
dagens ele terá que ser esco- ge Nogueira, que já fez um vamente, nas próximas elei- 
publicidade A Nação | Nº 843 | 26 de Outubro de 2023 | 5
6 | A Nação | Nº 843 | 26 de Outubro de 2023 POLÍTICA

Caso das acções detidas por Silvino da Luz junto do BAI

Luís Carlos Silva chamado a tribunal

sem levantamento de imunidade

L uís Carlos Silva foi

notificado para de-
por no Tribunal da
Comarca da Praia, no dia 03
de Novembro, no âmbito de
uma queixa interposta por
Silvino da Luz, na sequência
de um questionamento feito
por esse deputado, na ple-
nária do Parlamento, sobre
a origem do dinheiro utili-
zado por esse combatente
da liberdade da pátria para
a compra de acções no ban-
co BAI.
A NAÇÃO contactou Luís
Carlos Silva sobre o assun-
to, mas o mesmo recusou, de
momento, prestar quaisquer
declarações sobre o caso.
Porém, uma outra fonte, de-
putado também, considera
que a notificação para Sil-
va comparecer ao tribunal é
“no mínimo estranha”, por-
quanto viola o artigo 170º da
Constituição da República.
“Além disso, a Assembleia
Nacional não foi contacta-
da no sentido de levantar a
imunidade do deputado”, as-
segura.
O referido artigo da CR,
que estabelece o regime de
imunidades, diz no ponto
número 1 que “pelos votos
e opiniões que emitirem no
exercício das suas funções,
os Deputados e os Grupos
Parlamentares não respon-
dem civil, criminal ou dis-
ciplinarmente”. Por outro
lado, o número 4 do mesmo
artigo estabelece que “os De-
putados respondem perante
tribunal de segunda instân-
cia pelos crimes cometidos
no exercício de funções”.
O nosso interlocutor con-
sidera que, com a notifica-
Lúis Carlos Silva Silvino da Luz
O deputado Luís Carlos Silva, do MpD, foi chamado a depor no tribunal sem que
tário-geral do MpD, teve o
tenha havido o pedido prévio de levantamento da sua imunidade parlamentar. O
apoio de vários outros cole-
caso, ao que conseguimos saber, está relacionado com as afirmações desse parla- gas de partido.
mentar relativas às acções detidas por Silvino da Luz junto banco BAI.
“Inverdades e factos
caluniosos”
Daniel Almeida Silvino da Luz, que du-
rante a 1ª República (1975-
1991) foi Ministro da Defesa
ção do Tribunal da Comar- transparência, Luís Carlos ção 814 deste Jornal, o mes- e da Segurança Nacional e
ca da Praia para Luís Carlos Silva pediu esclarecimen- mo confirmou ser titular de Ministro dos Negócios Es-
Silva depor no âmbito dessa tos sobre o facto de o antigo acções no BAI, adquiridas, trangeiros de Cabo Verde,
queixa, está-se a violar três embaixador de Cabo Verde segundo diz, “legitimamen- considera que aquele depu-
princípios: “em primeiro lu- em Angola se ter tornado ac- te, mediante o escrutínio do tado e o online O País, que
gar a imunidade parlamen- cionista do BAI. “Eu só vou Banco de Cabo Verde”, en- propagou as referidas afir-
tar; em segundo lugar esta- discutir transparência com quanto regulador, e 15 anos mações, poderiam conhecer
mos perante uma tentativa o PAICV, depois de o PAICV depois de deixar de exercer a verdade dos factos, conta-
de limitar a liberdade do de- nos explicar o ex-embaixa- qualquer cargo no Estado. tando o Banco Central para
putado e, em terceiro lugar, dor em Angola, um camara- Silvino da Luz fez saber o efeito.
está em causa o princípio de da do PAICV, conseguiu 150 que decidiu “enveredar pe- Para o ofendido, o objec-
separação de poderes”. mil contos para investir nas las vias competentes para tivo não foi nunca esclarecer
acções do BAI”, disse. repor a verdade e, conse- a opinião pública, mas “pro-
Origem da queixa Esse questionamento, quentemente, obter as com- palar inverdades” e “factos
que haveria de prosseguir petentes reparações”, tanto caluniosos” para manchar a
Em Março deste ano, du- na imprensa, ditou a reacção mais que na sua bancada, sua imagem, honra e reputa-
rante a plenária do Parla- de Silvino da Luz. Num co- no Parlamento, Luís Carlos ção, com intenções “exclusi-
mento, num debate sobre a municado publicado na edi- Silva, que é também secre- vamente políticas”. 
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8 | A Nação | Nº 843 | 26 de Outubro de 2023
Comunicação Social
Privados querem ver o Governo passar
F ernando Ortet, direc-
tor-geral do Grupo
Alfa e presidente da
Associação dos Medias Pri-
vados de Cabo Verde, mani-
festou a sua posição à mar-
gem de uma visita do Se-
cretário de Estado Adjunto
do Primeiro-ministro para
a Comunicação Social, Lou-
renço Lopes, realizada na
manhã desta quarta-feira,
ao jornal A NAÇÃO e à Rá-
dio Alfa, na Cidade da Praia.
“Já vamos no terceiro ano
do segundo mandato des-
te governo e ainda não pas-
samos de intenções. Nós fi-
zemos uma pergunta ao se-
nhor secretário de Estado –
o que é que há em concreto
e de novo, no Orçamento de
Estado (OE) para os órgãos
privados em 2024. Na reali-
dade, não há rigorosamen-
te nada de novo. Continua
a haver o que havia antes”,
indicou.
Isto se traduz na Lei de
Incentivo de 2017 que, se-
gundo disse, há muito está
desactualizada e não ser-
ve, e também nas isenções
na importação que, de igual
modo, considera que servem
mais à comunicação social
pública do que aos privados.
“Nós gostaríamos de sa-
ber, em concreto, o que há
em relação aos órgãos pri-
vados e foi-nos dito que há
um incentivo fiscal de 15
mil contos. Só os órgãos pri-
Sociedade
O presidente da Associação dos Medias Privados de Cabo Verde defendeu, esta
quarta-feira, que os órgãos privados de comunicação social não têm até 2025 Acesso a publicidade
para esperar uma acção concreta do Governo, no tocante às reivindicações que
O acesso equitativo à pu-
vêm sendo feitas há oito anos, após constatar que o OE para 2024 “não traz blicidade institucional é
nada de novo”. Fernando Ortet reagiu, assim, à visita que o secretário de Estado uma outra velha reivindica-
Lourenço Lopes efectuou às instalações do Grupo Alfa. ção que vem sendo levanta-
da ao longo dos anos e para o
qual Fernando Ortet chama
a atenção do executivo.
Natalina Andrade “Nós não temos onde
buscar receitas se não for na
publicidade. Com todo o di-
vados associados são 15. Se cial do Estado. Isto é, que sar da intenção à realida- nheiro que é dado aos órgãos
associarmos os outros, que haja com os privados con- de é o estatuto de utilidade públicos, estes ainda dispu-
são mais de cinco, quer di- tratos de prestação de ser- pública aos media privados, tam a pouca publicidade no
zer que em média são menos viço público, via através do algo há muito prometido e mercado, em circunstâncias
de mil contos para os órgãos qual a RTC, TCV e Infor- que nunca saiu do papel. em que ganham sempre, aos
privados”, contabilizou. press recebem recursos do A seu ver, não é conce- privados. Os órgãos públi-
Estado. bível que, trabalhando no cos vão ao mercado com um
Estatuto de “Está mais do que prova- mesmo país e prestando um preço muito inferior por-
utilidade pública do que a comunicação so- serviço público, se injectem que têm dinheiro dos con-
cial privada também presta ou se criem condições para tribuintes, do Orçamento
Aquele empresário e di- serviço de utilidade pública, que os órgãos públicos te- do Estado, ou das taxas co-
rigente associativo indicou portanto, que isso seja reco- nham mais de cem mil con- bradas pela Electra, portan-
que o sector privado defen- nhecido”, defende. tos num ano e que os órgãos to, estamos num quadro de
de, no fundo, o que aconte- Outra questão que para privados fiquem a esperar concorrência desleal”, apon-
ce com a comunicação so- Fernando Ortet precisa pas- para 2025. tou.

do discurso a acções concretas
Lourenço Lopes empurra para 2024 uma melhor atenção aos privados
O secretário de Estado Adjunto do
Primeiro-ministro para a Comunica-
ção Social revelou que o Governo es-
teve a trabalhar para concretizar os
compromissos com os órgãos públi-
cos, ficando para 2024 a adopção de
medidas mais favoráveis aos meios
privados.
“Até ao final deste ano estaremos
a concretizar todos os nossos com-
promissos com a Inforpress e o es-
sencial também dos compromissos
com a RTC. Significa que em 2024
estaremos a cumprir com os nossos
compromissos com os órgãos priva-
dos”, assinalou Lourenço Lopes.
Não obstante, destacou que o Go-
verno tem trabalhado para o bom
ambiente de trabalho também para
os privados, indicando, em exemplo,
a Lei de Incentivos de 2017, que con-
cede cerca de 15 mil contos a impren-
sa privada e a lei de benefícios fiscais
que concede isenção a nível da im-
portação de viaturas e equipamentos.
“Nós temos de considerar, ainda,
o bom ambiente que foi criado com
a instalação da Televisão Digital Ter-
restre (TDT). Neste momento as te-
levisões privadas que estão alojadas
na plataforma não pagam sequer um
tostão a Cabo Verde Broadcast, num
investimento, nos últimos cinco
anos, de cerca de um milhão de con-
tos”, indicou Lourenço Lopes.
O mesmo indicou ainda que está
em curso a lei da publicidade institu-
cional, bem como a discussão sobre a
taxa audiovisual, que neste momen-
to se destina à RTC e à CV Broadcast,
A Nação | Nº 843 | 26 de Outubro de 2023 | 9
para abranger as televisões privadas.
Com essa medida, acredita, que o
quadro poderá melhorar.
“Também é nossa intenção colo-
car em debate, com os diferentes ac-
tores, a questão do fundo de apoio ao
sector audiovisual em Cabo Verde,
que é um sector em franco cresci-
mento no país. Queremos que o sec-
tor seja efectivamente uma janela de
oportunidades para os jovens cabo-
-verdianos e que se constitua tam-
bém num factor de desenvolvimento
da economia digital”, prevê Lourenço
Lopes.
A visita ao Grupo Alfa esteve inse-
rida no quadro de um conjunto de vi-
sitas a todos os órgãos de comunica-
ção social privados no país e na diás-
pora, iniciada em Setembro.
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10| A Nação | Nº 843 | 26 de Outubro de 2023
Morte de recruta Davidson
Pai decide partir para o tribunal enquanto
ministério anuncia mais um inquérito
A pós regressar de São
Vicente, para onde se
deslocou assim que
soube da morte do filho, Do-
mingos Barros ficou a conhe-
cer, já no Fogo, áudios onde
Davidson relatava a um amigo
situações vividas no destaca-
mento militar de Morro Bran-
co, em São Vicente, e que, para
a família, configura maus tra-
tos contra o jovem militar.
Ao ouvir o filho relatar que,
mesmo com um pé inchado,
foi obrigado, com empurrões,
a correr, apontando ainda des-
caso da enfermaria, onde terá
ficado uma semana, o proge-
nitor decidiu que vai partir
para os tribunais, tentando a
responsabilização criminal.
“O áudio é uma prova con-
creta que temos em mãos, e
através dele vou fazer uma
queixa-crime contra as Forças
Armadas, pois eles obrigaram
o meu filho a fazer algo que
ele não poderia fazer no mo-
mento, devido ao seu estado
de saúde”, relatou, em declara-
ções à TCV.
Na altura, Domingos Bar-
ros tinha dito que não tinha
constatado nada que indi-
casse que o filho teria sofrido
maus tratos. A declaração foi
feita após ver o corpo do fi-
lho, antes da perícia médica.
Ainda, depois da perícia, as
informações preliminares in-
dicaram gordura no coração e
no fígado do rapaz, o que, para
o país, até então, teria sido a
causa da morte.
Agora, perante as novas in-
formações, admite que as FA
tenham sido negligentes com
o filho.
“Ele tinha seu pé inchado,
unha encravada, mesmo as-
sim o colocaram a fazer exer-
SOCIEDADE
O pai de Davidson Barros, falecido no passado dia 13 de Outubro, enquanto pres- jam feitas com o nível de ri-
tava serviço militar, em São Vicente, decidiu avançar duas queixas-crime nos gor necessário.
tribunais contra as Forças Armadas, após ouvir áudios que o filho enviou a um
Inquérito das FA
amigo, onde aponta situações vividas no destacamento militar. A ministra Jani-
ne Lélis já anunciou, entretanto, um inquérito às práticas de instrução militar. De recordar que, na se-
quência da morte de Davidson
Barros, bem como das denún-
Natalina Andrade cias de supostos maus tratos e
falta de apoio, às FA anuncia-
cícios como todos os recrutas. O corpo de Davidson foi se- instrução decorra de forma ram que foi instaurado um in-
Com o estado do seu corpo, pultado, no passado dia 21 de mais adequada e de acordo quérito para “apurar os factos”.
com o peso que ele tinha, ain- Outubro, no cemitério de La- com aquilo que são as regras Prometeram, igualmente,
da por cima manco, foi sujei- ranjo, nos Mosteiros, municí- e o procedimento das instru- divulgar os resultados da au-
to a um esforço a mais, o que pio de onde era natural. ções. tópsia realizada ao corpo de
pode o pode ter levado a ter o “Isto significa que nós ou- Davidson Barros, sobre o qual,
infarto”, defende. Ministra da Defesa vimos o que disseram os pais, tudo o que se sabe, até agora, de
Independentemente do anuncia novo é compreensível, é natural, eu acordo com informações avan-
relatório final da autópsia ao inquérito às FA acho que as instituições da çadas pelo progenitor, é que o
corpo do filho, a família vai se- República existem para este jovem teria gordura no coração
guir com a queixa. E caso o re- A ministra da Defesa as- fim e tal como a família nós e no fígado, o que o terá levado
latório vier a provar que houve segurou, na segunda-feira, também queremos ter a situa- a um ataque cardíaco.
exageros, promete entrar com que, para além dos inquéri- ção devidamente clarificada”, Davidson da Silva Barros,
mais uma queixa-crime, junto tos já instaurados pelo Estado afirmou. de 20 anos, era natural dos
dos tribunais. Maior das FA, o Ministério da Este novo inquérito, segun- Mosteiros, ilha do Fogo, e es-
Estas duas acções se jun- Defesa está a desenvolver um do disse, deve apurar a ade- tudante do 2º ano do curso de
tarão, ainda, a uma outra por inquérito para apurar o ajusta- quação do procedimento de licenciatura em Criminologia
negligência, pois entende que mento das práticas de instru- instrução, verificar e ter pre- e Segurança Pública.
Davidson Barros nunca deve- ção instituídas nos quarteis sente quais são as regras que Faleceu na madrugada do
ria ter sido admitido nas filei- de Cabo Verde. estão sendo adoptadas na prá- dia 14 de Outubro, após se sen-
ras das FA, pois, segundo diz, Defendendo que o serviço tica e no dia-a-dia. tir mal na fase final de uma
era evidente que estava muito militar obrigatório é essencial O mesmo, conforme su- marcha administrativa, no
acima do peso, e consequen- para as FA, Lélis entende, con- blinhou, vai durar o tempo dia 13, no destacamento mili-
temente, incapaz de acompa- tudo, que o Estado tem o dever que se mostrar necessário, tar do Morro Branco, em São
nhar a rotina de treinos. de garantir que o processo de para que as averiguações se- Vicente.
publicidade A Nação | Nº 843 | 26 de Outubro de 2023 | 11

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submetidos, até ao dia 03 de Novembro de
2023.
12 | A Nação | Nº 843 | 26 de Outubro de 2023
CV Telecom novamente exposta a
C om o ataque de quin-
ta-feira passada, 19,
a CVT viu afectados
vários dos seus serviços. As
recargas móveis (pré-pago),
os serviços móveis e SMS
e a autenticação no serviço
IPTV, por exemplo, foram al-
guns dos sectores afectados.
Há inclusive relatos nas re-
des sociais de clientes que es-
tavam a aceder à internet de
forma gratuita, livre, ou seja,
sem desconto de megas, após
terem os dados móveis liga-
dos. Segundo a telefónica, de
entre esses serviços, já se res-
tabeleceu a normalidade nos
serviços de VOIP e voz móvel.
Assistência
internacional
Nesta segunda-feira, 23,
em conferência de imprensa,
na Praia, o administrador da
ECONOMIA
São ainda desconhecidas (pelo menos publicamente) as causas e a ori-
gem do ciberataque à Cabo Verde Telecom (CVT), que aconteceu na ma-
drugada do passado de 19 de Outubro. O acto afectou vários serviços da
empresa, ao ponto de haver relatos de megas gratuitos, para alegria de
do dia 19 de Outubro, quando
a empresa terá detectado um
comportamento “anormal”
nos seus serviços e avançando
com medidas.
muitos. Os prejuízos estão por contabilizar e a CVT e o regulador avan- “Rapidamente constata-
çaram com investigações, a par das autoridades judiciais. mos se tratar de um ataque
aos sistemas corporativos da
empresa. De imediato mobi-
Gisela Coelho lizou-se uma equipa de técni-
cos da Telecom para auferir o
âmbito e a profundidade deste
CVT para a área técnica, Fran- à verificação de tudo que apa- aquilo que a empresa já havia incidente, e de seguida adop-
cisco Almeida, esclareceu que rentava estar a funcionar nor- dito em Comunicado, dias an- tamos um plano de acção”, ar-
a companhia estava a ser as- malmente, mas já estamos as- tes, ou seja, que se tratou de gumentou.
sistida por uma empresa in- segurando, desde o dia 21, a um incidente “malicioso e cri- Na altura, esse responsável
ternacional especializada em normalidade dos serviços que minoso”. Em curso, garantiu assegurou que a CVT contava
segurança cibernética e que prestamos aos clientes”, ga- estar uma investigação de fo- restabelecer todos os serviços
tinha avançado com mais de rantiu. rense, daí não ter ainda avan- e sistema a 100%, nas próxi-
uma dezena de medidas para çado pormenores para não mas 48 horas, ou seja, até on-
reforçar a segurança e mitigar Ataque criminoso comprometer as averiguações. tem, quarta-feira, 25. Antes do
os impactos. “Estamos a trabalhar com as fecho desta edição o A NAÇÃO
“Este tipo de incidente tem Pormenores sobre a even- autoridades competentes na tentou saber se a normalida-
o seu nível de complexidade tual origem do ataque não fo- investigação”, disse. de já tinha sido restabelecida
e leva algum tempo a resol- ram ainda avançados à im- Recorde-se que o caso re- junto da empresa, mas sem
ver. Nós tivemos de proceder prensa, mas a CVT reiterou monta à madrugada do passa- sucesso. 
 A Nação | Nº 843 | 26 de Outubro de 2023 | 13

ataques cibernéticos
ARME investiga e promete medidas
A Agência Reguladora Multi-
sectorial da Economia (ARME)
anunciou, esta semana, que está
a acompanhar a situação do ata-
que cibernético à CV Telecom,
para efeito de eventuais toma-
das de medidas.
Em comunicado, o regulador
do sector das telecomunicações
garante que vai tomar as medi-
das que se “impõem”, de acordo
com a lei e no quadro das suas
atribuições e competências.
Em jeito de aviso, a ARME
lembrou que os operadores de-
vem “adoptar medidas adequa-
das” à prevenção, gestão e redu-
ção de riscos para segurança das
redes e serviços.
Isso, esclarece, visando, em
especial, “impedir ou minimizar
o impacto dos incidentes de se-
gurança nas redes interligadas,
a nível nacional e internacional,
e nos utilizadores”, de acordo
com o estatuído no nº 1 do artigo
52ºB do Regime Jurídico Geral
aplicável às redes e serviços de
Comunicações Eletrónicas.
Recorde-se que, nos termos
dos estatutos da ARME, cabe a
esta entidade reguladora, garan-
tir a sustentabilidade das opera-
doras e proteger os legítimos in-
teresses dos consumidores. Não
sendo esta a primeira vez que a
CVT é alvo de ataques do género,
impõe-se saber que medidas fo-
ram tomadas, ao longo dos anos,
para uma efectiva segurança dos
serviços de telecomunicações,
um domínio altamente estraté-
gico para qualquer país.
GC

Anúncio

Ataques que se vão

tornando recorrentes

Não é a primeira vez, que o país não recebeu

e provavelmente não qualquer pedido de res-
será a última, que Cabo gate por parte dos auto-
Verde ou uma empre- res, justificando que o
sa nacional, de grande facto de terem desliga- A Escola de Condução Boa Formação em parceria com a maior empre-
porte, como é caso a CV do a rede de forma rápi- sa de transporte em Cabo Verde, TRANSMAK, ministra, pela primeira vez
Telecom, são alvos de da, impediu que se apo- em Cabo Verde, a primeira Formação de Grua com Certificado válido em
um ciberataque. derassem dos dados. Países da União Europeia.
O último ataque (tor- O certo é que o epi-
nado público) remonta sódio, tal como aconte- Tanto no nosso mercado como em vários Países da Europa há escassez de
a Novembro de 2020, ceu estes dias, trouxe mão-de-obra qualificada neste sector. Portanto, no contexto atual, um mano-
quando a rede tecnoló- inúmeros constrangi- brador de Grua bem qualificado tem alta de probabilidade de se empregar e
gica privativa do Esta- mentos e prejuízos aos auferir um bom salário no mercado nacional ou fora do País.
do esteve imobilizada serviços públicos e até
devido a um RANSOM- hoje desconhece-se o Assim, a formação inicia do próximo dia 31 de Outubro. As vagas são
WARE. Neste caso, um desfecho do caso, que limitadas.
A inscrição está aberta na Escola de Condução Boa Formação em Ci-
software malicioso que estava a ser investigado
dadela, antes da 2° paragem de autocarros, ou na Escola de Condução Nilo
pode sequestrar redes com o apoio até da In-
de Pina que fica ao lado da farmácia 2000 na súbida de Bairro, Achadinha.
e informações, em tro- terpol. Na ocasião, con-
ca de um resgate finan- forme chegou a constar,
Para eventuais esclarecimentos, por favor, contatar o número telefone
ceiro. o Governo de Cabo Ver- 9851114/9991388/9549885.
Na altura, o NOSi de investiu mais de 1,8
(Núcleo Operacional da milhões de euros para Outros contatos:
Sociedade de Informa- reforçar a segurança
ção), responsável pela das redes informáticas Facebook:
rede do Estado, avan- do país. - Escola de Conducão Boa Formação
çou que tinha sido um GC - Escola de Condução Nilo de Pina
ataque internacional, e Email: escola@boaformacao.com
14| A Nação | Nº 843 | 26 de Outubro de 2023
Do conflito à celebração
Das prisões aos palcos
A
os 32 anos, Boy Game
(Manuel Gomes Or-
tet, seu nome de bap-
tismo, e antes também, The
Game), revela os trajectos de
sua evolução artística. No
princípio, o seu nome artísti-
co reflectia a influência do ra-
pper americano homónimo.
Contudo, após uma passa-
gem na prisão e uma profun-
da reflexão sobre sua música,
optou por renascer como Boy
Game, buscando uma identi-
dade própria e uma mensa-
gem mais ampla.
A música tornou-se não
apenas uma expressão artís-
tica para Boy Game, mas uma
terapia durante seu tempo na
prisão. “A música nos fortale-
ce e salva vidas”, afirma ele.
As letras, muitas escritas du-
rante seu período na cadeia,
são um reflexo visceral de sua
experiência e uma poderosa
ferramenta de transformação
pessoal.
Boy Game, nome artístico de Manuel Gomes Ortet, jovem que se vem des-
tacando no cenário musical cabo-verdiano, não apenas pela habilidade lí-
rica, mas pelo percurso de superação e transformação. O rapper, cujo nome
ecoa nas ruas de Vila Nova, emergiu de um passado tumultuado para se tor-
nar uma inspiração para muitos, conquistando não só palcos nacionais, mas
também internacionais.
Sara Andrade
Parcerias Estratégicas:
Nunaus Coreia, Azaias
e Hélio Batalha
O apoio de figuras-chave
como Nunaus Correia e Azaias
foi crucial em seu caminho
inicial. A primeira vez no es-
túdio, sob a orientação de Nu-
naus, marcou o início de uma
jornada musical. Além disso, a
amizade sólida com Hélio Ba-
talha, que o visitou na prisão e
posteriormente colaborou em
projectos, contribuiu signifi-
cativamente para sua confian-
ça e reconhecimento.
“Conheci o Hélio numa ati-
vidade interna na cadeia que
fazia parte do programa ULD-
Unidade Livre de Droga, nes-
sa actividade ele cantou e nós
também. Quando ouviu que
eu já tinha saído da prisão ele
me chamou e eu fui ter dele e
me mostrou o reconhecimento
que ganhou como o melhor hip
hop no CVMA e ele disse para
eu levar para a cadeia que o rap
sempre esteve vivo” (????). Tudo
isto me motivou muito, imagi-
ne, um rapper que está no seu
auge e ganhando prémios e
eu que canto e não sou muito
conhecido a receber isto e me
deu uma visibilidade por isso é
algo que sempre guardo comi-
go”, afirma Boy Game.
Boy Game desafia rótulos ao
incorporar elementos afro em
sua música, uma decisão ini-
cialmente controversa, mas que
se revelou estratégica. “Não vou
me limitar”, afirma ele, desta-
cando que o rap é a mensagem,
independentemente do ritmo
escolhido. A sua composição
“Nu ka kre pa manchi” é um
exemplo da fusão bem-sucedi-
da entre rap e afro.
Das Prisões aos Palcos:
Uma Vitória Colectiva
O rapper, juntamente com
colegas como Dibaz e PCC, to-
CULTURA
dos ex-reclusos, comemoram
o sucesso conquistado. “So-
mos vencedores”, declara Boy
Game, refletindo sobre a traje-
tória que os levou de um lugar
de desvalorização para os pal-
cos nacionais e internacionais.
Ao olhar para o futuro, Boy
Game deixa uma mensagem
para a nova geração de artistas.
“Tem que ter amor e foco pelo
que faz”, aconselha. Destaca a
importância de perseverar e
evitar desvios, especialmente
quando as tentações do cami-
nho fácil podem parecer irre-
sistíveis.
Fora dos palcos, Boy Game
se revela como uma pessoa
que ama rir, desfrutar da vida
e se dedicar à produção mu-
sical. Sua incursão na produ-
ção começou como um hobby,
mas cresceu à medida que ele
encontrou seu caminho no in-
trincado mundo da criação
musical.
Incentivo aos Novos
Talentos: Uma
Missão Pessoal
Boy Game não apenas bri-
lha nos holofotes, mas tam-
bém é um incentivador de no-
vos talentos. A sua disposição
em ajudar artistas locais emer-
gentes, como Lay Garcia e Lose
Júnior, demonstra seu compro-
misso em proporcionar visibi-
lidade àqueles que merecem
ser ouvidos.
Num país onde as histórias
de superação, muitas vezes, se
desenrolam em silêncio, Boy
Game destaca-se como uma
narrativa vibrante de transfor-
mação, resiliência e celebração.
O seu percurso marcado pela
“luz e escuridão”, como refere,
continua a ressoar através da
música, ecoando as batidas de
um coração que superou as ad-
versidades.
PUBLICIDADE A Nação | Nº 843 | 26 de Outubro de 2023 | 15
16| A Nação | Nº 843 | 26 de Outubro de 2023 mundo

Guerra Israel/Hamas

Israel exige a demissão de Guterres e

recusa vistos a funcionários da ONU

O primeiro funcioná-
rio da ONU a ver o
seu visto recusa-
do, por Jerusalém, foi Martin
Griffiths, secretário geral ad-
junto para os Assuntos Hu-
manitários. Gilad Erdan, o
embaixador hebreu na ONU,
anunciou que “chegou a hora
de lhes darmos uma lição”,
referindo-se ao cancelamento
dos vistos e corte nas relações
com esta organização supra-
nacional.
No seu discurso proferi-
do no Conselho de Seguran-
ça, na segunda-feira, Antó-
nio Guterres afirmou que os
ataques “horríveis” do grupo
terrorista Hamas “não surgi-
ram do nada”, já que “o povo
palestiniano vive há 56 anos
debaixo de uma ocupação as-
fixiante.”
E para Israel, essa foi a
gota de água, já que o seu go-
verno interpretou estas pala-
vras do secretário-geral como
uma espécie de justificação
para a matança terrorista do
passado dia 7 de Outubro. Em
consequência disso, o gover-
no israelita exigiu a sua de-
missão imediata de Guterres.
Guterres na corda bamba
Para a maioria dos comen-
tadores e especialistas em Di-
plomacia e Direitos Huma-
nos, as Nações Unidas ape-
nas estão a fazer o seu traba-
lho. Recordam que António
Guterres condenou de pronto
os ataques do grupo Hamas,
sem contudo deixar de con-
denar, agora, a violação do
direito internacional huma-
nitário, por parte de Israel,
António Guterres
O Governo israelita reagiu, assim, na passada terça-feira, às declarações do
secretário Geral das Nações Unidas, António Guterres, acusando esta orga- resoluções por parte de Israel,
nização de não estar a ser parcial no conflito com o opõe ao Hamas. E no se- com complacência do Oci-
guimento desta reacção, anunciou, logo no dia seguinte, que não iria conce- dente.
der mais vistos aos representantes da ONU. Com a abertura de mais
esta “frente de combate”, en-
tre Israel e a ONU, a crise
Joaquim Arena no Médio Oriente está para
durar. Gaza continua a ser
bombardeada por Israel, cau-
previsto nas quatro conven- islâmicas, por engano. exército de Israel, desde a sando todos os dias (e noi-
ções de Genebra, de 1949. A Outra das acusações, Guerra dos Seis Dias, de 1967. tes, principalmente) dezenas,
opinião vai no sentido de que apontadas por Israel, é que a Aliás, foram estas ocupações ou até centenas, de feridos e
isto tem de ser dito, quer Is- ONU apenas fala do bloqueio que levaram à segunda guer- mortos. Aparentemente, Is-
rael goste ou não. e cortes nos abastecimentos ra Israelo-Árabe, a do Yom Ki- rael está a ser “segurado” por
Como exemplo de parcia- vitais à Faixa de Gaza, não ppur, em 1973. alguns países, principalmen-
lidade da ONU no conflito, referindo aqueles levados a Apesar das dezenas de te os EUA, para não entrar
o governo israelita aponta o cabo pelo Hamas. resoluções adoptadas pela com os seus tanques e solda-
bombardeamento do hospi- ONU, para que devolva esses dos em Gaza, território pales-
tal Al Ahli, que fez centenas Velhas desconfianças territórios, Israel nunca fez tiniano administrado pelo
de vítimas. Acusam a Orga- caso, contando quase sempre Hamas, uma organização que
nização Mundial da Saúde No entanto, os problemas com o apoio dos EUA e outras recusa a existência do Estado
(OMS) e outros organismos nas relações entre esta or- potências ocidentais. Para al- hebreu. A acontecer, espera-
dependentes desta agência ganização e o Estado hebreu guns analistas, além de con- -se que a carnificina venha a
de terem responsabilizado de não são de agora. Para a ONU, denar os ataques terroristas ser maior do que aquela já ve-
imediato Israel pelo bombar- Israel é uma “potência ocu- do Hamas, António Guterres rificada até aqui, em reacção
deamento, vindo depois as pante”. De concreto, Gaza e aproveitou o momento para aos ataques de 7 de Outubro,
provas a apontar para um fo- a Cisjordânia são considera- pôr em evidência as repeti- por comandos desse movi-
guete disparado por milícias dos territórios ocupados pelo das violações dessas mesmas mento radical. 
PUBLICIDADE A Nação | Nº 843 | 26 de Outubro de 2023 | 17
18 | A Nação | Nº 843 | 26 de Outubro de 2023
Santo Antão
Época futebolística afectada por
falta de infraestruturas adequadas
E
m Santo Antão Norte,
a associação de futebol
local esteve a cogitar
suspender a época desporti-
va 2023-2024 devido as “pés-
simas condições” no Estádio
João Serra, na Ponta do Sol.
Hermes Pinto, presidente da
agremiação, cita a falta de con-
dições dos balneários, do relva-
do, sala de imprensa e tribuna.
Apesar de reconhecerem
que o problema da relva não
será resolvido do dia para a
noite, Hermes Pinto admite
“não abrir mão” das outras
exigências, nomeadamente
dos balneários.
“Não estamos a exigir
nada novo, excepto o ban-
co dos suplentes porque as
outras exigências elencadas
exigimos condições míni-
mas, pois sabemos qual é a
atual conjuntura do país”, su-
blinhou.
DESPORTO
A época futebolística 2023-2024, em Santo Antão, está afectada por falta de
Assim, caso a relva não
infraestruturas adequadas. Tanto na região Norte, como na região Sul, os está-
for substituída e interven-
dios estão em “péssimas condições”, a começar pelos relvados que “têm coloca- ções não venham a ser feitas
do em risco a integridade física dos atletas”. No Porto Novo, a Câmara Munici- no estádio, a Associação de
pal diz que precisa de 25 mil contos para adquirir novo relvado. futebol avança também que
na próxima época, isto é,
2024-2025, as competições
serão suspensas.
Ricénio Lima c/Inforpress Diante da reclamação, a
edilidade portonovense in-
formou que precisa de 25
Improviso terminou-se o campeonato Borracha disfarçada mil contos para substituir
de relva
com os bancos de suplentes o relvado e reabilitar os bal-
Conforme aquele diri- cobertos com lonas, isto é, se- Em Santo Antão Sul, o neários do Estádio Munici-
gente, no início deste mês gundo a mesma fonte, teve-se Estádio Municipal do Porto pal do Porto Novo.
a associação e os clubes da que “emprestar” o material. Novo também já não reúne Contudo, apesar das con-
região norte reuniram com Essa é uma situação que as condições para acolher dições dos estádios em San-
as duas câmaras munici- o presidente da ARFSAN competições, como defende to Antão, tanto na região
pais, Ribeira Grande e Paul, considerou “lastimável” e a Associação Regional lo- Sul como na Norte, as com-
onde foram expostos todos neste sentido, junto com os cal. A relva, com cerca de 14 petições deverão arrancar
os problemas a serem resol- clubes, decidiu-se que se as anos, encontra-se em estado em Novembro, não obstante
vidos antes do arranque da mínimas condições elenca- de pura borracha, o que tem as reclamações por melho-
época desportiva. das “não forem resolvidas, ocasionado lesões aos joga- res condições para a prática
Hermes Pinto recordou não haverá época na região dores e diminuído a presta- desportiva.
que no final da época passada norte”. ção em campo. 
 A Nação | Nº 843 | 26 de Outubro de 2023 | 19

Ciclismo

Cabo Verde conquista quinto lugar por equipas na volta a Angola

A equipa Torrões, representante de
Cabo Verde na Volta a Angola em ciclis-
mo 2023, terminou a prova em quinto
lugar da geral, resultado, aliás, histórico
para o combinado nacional.
A equipa é constituída pelos atletas
Nélio Cruz (ilha de São Vicente), Elie-
zer Soares (ilha do Sal), Patrick da Veiga
(ilha de Santiago) e Isaias Monteiro (ilha
de Santiago).
A edição de 2023 da prova teve lugar
de 14 a 22 do corrente mês e Cabo Verde
participou a convite da Federação Ango-
lana de Ciclismo. A equipe vencedora fo-
ram os angolanos do ACT, com o tempo
de 72:21:58.
Os ciclistas cabo-verdianos termina-
ram a prova na quinta colocação, com o
tempo combinado de 73:41:04. A compe-
tição reuniu 113 atletas de 20 equipas.
Na classificação individual geral o
melhor colocado da equipe cabo-verdia-
na foi Eliezer Soares no 15°lugar e Nélio
Cruz no 16º lugar.
A equipa cabo-verdiana foi constituí-
da por Nélio Cruz (ilha de São Vicente)
Bi-Campeão Nacional de Prova em Li-
nha (2022 e 2023); Eliezer Soares (ilha
do Sal) Campeão Nacional de Contrar-
relógio (2023), Vice-Campeão Nacional
de Prova em Linha (2023) e BI-Campeão
de Sprint Praia (2022 e 2023); Patri-
ck da Veiga (ilha de Santiago) Campeo-
nato Regional de Santiago Sul (2023) e
Vice-Campeão de Sprint Praia (2023) e
Isaias Monteiro (ilha de Santiago): Cam-
peão Regional de Santiago Norte (2023).

Powerlifting

Atletas tarrafalenses representam

Cabo Verde no campeonato africano
de Powerlifting na Argélia
Os atletas do concelho do Tar-
rafal, Niza Mendes e Evilson Tava-
res, vão representar Cabo Verde no
Basquetebol campeonato africano de Powerlif-
ting que decorre de 25 a 28 de Ou-
Betinho denuncia insultos racistas no tubro de 2023, em Algiers, na Ar-
to e até mesmo condições para re-
presentar Cabo Verde em qualquer
modalidade”.
Quanto a este campeonato em
si, sublinhou que os procedimen-
tos estão a ser trabalhados pela Fe-

Porto – Benfica gélia.

O jogador internacional cabo-ver-
diano Betinho (João Gomes), que atua
no Benfica de Portugal, denunciou
insultos racistas ocorridos no sábado
passado, no jogo Porto – Benfica que
aconteceu no pavilhão Dragão Arena.
Segundo o mesmo, as ofensas aconte-
ceram durante o aquecimento, antes
do início da partida, e vieram de adep-
tos sentados atrás do banco de jogado-
res do FC Porto.
O basquetebolista cabo-verdiano
utilizou as redes sociais para mostrar
o seu repúdio aos atos racistas que so-
freu antes do início do clássico e diz-se
“profundamente arrependido” de não
ter agido contra os insultos pois, na
altura, só pensava “que tinha um jogo
para ganhar”.
“Estávamos a meio do aquecimen-
to antes de começar o jogo, faltavam
cerca de 11 minutos mais ou menos,
decidi ir ao balneário e, no caminho,
exatamente atrás do banco de jogado-
res do FC Porto, um adepto grita: ‘Pre-
to de m****, vai para a tua terra’. Não
liguei, continuei o meu caminho, ao
sair do balneário voltei a passar pelo
Em declarações à Inforpress, a
deração, acreditando que os atletas
vão ser acompanhados por um trei-
vereadora pelo pelouro do Despor- nador para assim garantir toda a
mesmo sítio e voltaram a gritar: ‘Preto
to do Tarrafal, Teresa Correia, ex- dignidade e uma boa participação
de m****, vai para a tua terra’. Voltei a
plicou que os dois atletas foram os dos mesmos enquanto represen-
ignorar e continuei para o campo para
melhores levantadores nacionais tantes do País.
aquecer com os meus colegas”, descre-
na época desportiva 2023, e agora Niza Mendes (categoria -76kg) é
veu Betinho.
vão representar o País, o que é “um campeã regional de Santiago Norte
O internacional por Cabo Verde, de
orgulho” para os munícipes e para e campeã Nacional 2023, e o atleta
38 anos continua e explica que, na al-
a equipa autárquica. Evilson Tavares (categoria -105kg),
tura, achou que foi a melhor decisão
Para a autarca, esta é “mais uma é campeão regional Santiago Norte
porque tinha um jogo para ganhar.
prova” de que os atletas do municí- e campeão nacional 2023, ambos
Betinho terminou o post a afirmar
pio “têm condições físicas e predis- melhores levantadores nacionais
que não deveria haver lugar para o ra-
posição para a prática do despor- na época desportiva 2023.
cismo nos pavilhões e “em lugar ne-
nhum” e diz esperar que a equipa do
FC Porto identifique essas pessoas e
possa bani-los dos pavilhões e está-
dios.
Em comunicado, a Prevenção e o
Combate à Violência no Desporto (AP-
CVD) dá conta da instauração de “um
processo de contraordenação para
apuramento dos factos” em torno do
jogo no Dragão Arena.
O jogo terminou com o placar de
79-62 a favor da equipa portista, em
jogo a contar para a quarta jornada da
primeira liga portuguesa de basquete-
bol.
 C/ CrioloSports
20 | A Nação | Nº 843 | 26 de Outubro de 2023
A inédita participação dos Tubarões Azuis
numa finalíssima da CAN. Foi há 10 anos
Estamos a 19 de Janeiro de
2013, no Estádio Nacional (ex-Stad
Santa Clara* Soccer City), no Soweto, arredores
de Joanesburgo. Cabo Verde entra
em campo para inaugurar a sua
primeira presença numa finalís-
sima da CAN. E fá-lo justamente
frente aos anfitriões, os Bafana-
-Bafana, impondo-lhes um empa-
te (0-0). Foi um momento mágico.
Nas rotas dos Mas os Tubarões Azuis viriam a
sucumbir aos pés dos Black-Stars
tubarões azuis do Gana, logo à entrada para as
meias-finais (2-0)… e fizeram o ca-
minho de volta, rumo aos respecti-
vos clubes de origem. Foi em Feve-
reiro de 2013.
Até então, os Tubarões Azuis
tinham falhado oito tentativas
de participação numa finalíssi-
ma da CAN: Tunísia/94 (em 1992),
Nigéria-Gana/00 (1997), Mali/02
(2000), Tunísia/04 (2002), Egip-
to/06 (2003), Gana/08 (2006),
“
Angola/10 (2007), Gabão-Guiné
Equatorial/12 (2010).
E à nona seria de vez. Cabo Ver-
de inaugurava a sua presença na-
quela que continua a ser a maior
Em Cabo Verde, os competição do continente africa-
no a nível de selecções nacionais
residentes, a mais – a Taça de África das Nações, sob
de 7.100 km (rota a égide da CAF. E agora entrava
para valer. Para aqui chegar, dei-
aérea) da África xou pelo caminho, na última fase
do Sul, seguiam preliminar, os Barea do Madagás-
car – 0-4, no Estádio Mahamsina
via Internet e (Antananarivo), e 3-1 no Estádio da
pela televisão Várzea (Praia); os Leões Indomá-
veis dos Camarões – 2-0, no Está-
em bares, cafés dio da Várzea e 2-1, em Yaoundé.
ou restaurantes O seleccionador nacional, Lú-
o ineditismo da cio Antunes (LA), e seus pupilos
chegaram à terra de Nelson Man-
proeza e vibravam dela no dia 17 de Janeiro, com Cabo
pelas ruas. Sequer Verde a integrar o Grupo A, con-
juntamente com a África do Sul
o Governo ficou (anfitriã), os Marrocos e Angola.
indiferente,
presenteando“
jogadores e equipa
técnica com um
cheque de cinco mil
23 atletas foram convocados
para esta operação. O guarda-re-
des Vozinha veio do Progresso de
Sambizanga (Angola). Com ele, os
suplentes Rilly do Mindelense e
Fock (sem clube); o sector defen-
sivo foi povoado por Pécks do Gil
contos Vicente, Nivaldo da Académica de
Coimbra, Gegê do Marítimo (todos
de Portugal), Josimar do Dordre-
tch e Guy Ramos do RKC Waalwi-
jk (ambos da Holanda), Nando do
Chatearaux (França), Carlitos do
AEL FC Limassol (Chipre) e F. Va-
rela do VC Vaslui (Roménia); para
o sector médio, Dany Silva e Ba-
banco, ambos do Olhanense, Sté-
nio do CD Feirense e Platini do
Santa Clara (Portugal), T. Varela do
Sparta de Roterdão (Holanda), M.
Soares do Omonia (Chipre), Rony
do Fola (Luxembugo); o sector
ofensivo foi confiado a Ryan Men-
des do Le Havre (França), Djaniny
do Olhanense, Rambé do Belenen-
ses, Heldon do Marítimo (Portu-
gal) e J. Tavares do Dijon (França).
Sem dúvidas, uma das selec-
ções mais fortes que Cabo Verde já
tivera até então.
E a estreia deu-se no dia 19 de Ja-
neiro, frente à anfitriã África do Sul,
comandada pelo técnico Gordon
Ingesund, no emblemático Estádio
Nacional (ex-Stad Soccer City), no
Soweto, arredores de Joanesburgo.
Os Tubarões Azuis não foram para
além de um nulo (0-0), score que
lhe deu direito a apenas um ponto,
num jogo presenciado por cerca de
87.000 espectadores nas bancadas.
Mas mantiveram o conso-
lo pelo empate entre as duas ou-
tras equipas do mesmo grupo – os
Leões do Atlas marroquinos (seu
próximo adversário) e os Palan-
cas Negras de Angola. Significava
que, por ora, tudo estava na estaca
zero, pelo que não era difícil refa-
zer as contas: ficar na dianteira do
“Grupo A” e marcar terreno segu-
CRónica desportiva
ro em direcção à passagem para a
fase seguinte desta CAN/2013, im-
punha agora aos Tubarões Azuis
derrotar os marroquinos no jogo
seguinte e aguardar que os Bafa-
na-Bafana voltassem a empatar,
agora frente aos Palancas Negras
de Angola.
Mas nessas coisas, contas são
contas e jogo é jogo. E justamen-
te por isso, os Tubarões Azuis ou-
tra coisa não fizeram, senão, reedi-
tar o resultado do primeiro jogo. Ou
seja, não foram para além de mais
um empate (1-1, golo de Ryan) fren-
te aos marroquinos, entregando a
dianteira do pelotão aos sul-africa-
nos que, depois de imporem uma
derrota de 2-0 aos angolanos, assu-
miram-se como líder do grupo.
Aparentemente, os dois empa-
tes dos Tubarões Azuis não eram
tão maus assim, tanto mais que
o caminho para a fase seguinte –
os quartos de final – ainda estaria
aberto, desde que vencessem o ter-
ceiro jogo, agora frente aos Palan-
cas Negras, e os Leões do Atlas não
fossem para além de um empare
diante dos Bafana-Bafana.
LA e os seus colaboradores di-
rectos não podiam, portanto, per-
der este jogo, sob pena de se ve-
rem ultrapassados pelos angola-
nos que espreitavam um resultado
gordo que lhes permitiria fazer um
acerto de contas, o tal jogo do goal-
-average, que lhes abrisse cami-
nho a um lugar ao sol no torneio
– a desejada passagem às quartas-
-de-final. Era a derradeira partida
Os Tubarões Azuis despedem-se da CAN 2013, depois da derrota frente aos
Black Stars (0-2). Heldon estava inconsolável. À direita, Christian Atsu.
dos Tubarões Azuis nesta fase pre-
liminar, que agora punha frente-a-
-frente os dois lusófonos do grupo.
Os cabo-verdianos chegaram ao
Nelson Mandela Bay Stadium, em
Port Elizabeth, com 2 pontos (0-
0/1-1), os mesmos que Marrocos (1-
1/2-2), contra os 4 dos anfitriões da
África do Sul (0-0/2-0) e apenas 1
do lanterna vermelha, Angola (2-
2/0-2).
Numa partida presenciada por
escassos 5 mil espectadores, LA e
seus atletas fizeram um jogo bri-
lhante. Com Gegê e Heldon a mar-
car, dobraram os angolanos e fac-
turaram os três pontos que esta-
vam em disputa, impondo uma
derrota de 2-1 aos angolanos, de-
pois de estarem a perder por 1-0
(autogolo de Nando). Somando
agora 5 pontos, os Tubarões Azuis
tinham o passaporte carimbado
para a fase seguinte, mas dividin-
do a dianteira do “Grupo A” com os
sul-africanos (melhor goal-avera-
ge), que haviam empatado frente
aos Marrocos (2-2).
Em Cabo Verde, os residentes,
a mais de 7.100 km (rota aérea) da
África do Sul, seguiam via Inter-
net e pela televisão em bares, ca-
fés ou restaurantes o ineditismo
da proeza e vibravam pelas ruas.
Sequer o Governo ficou indiferen-
te, presenteando jogadores e equi-
pa técnica com um cheque de cin-
co mil contos. Já com os dois pés
assentes nas meias finais, Lúcio
Antunes espicaçou o ânimo dos
atletas, colocando a fasquia bem
opinião
alta: vencer a 29ª edição da
CAN. Contudo, a ideia das vitó-
rias morais pareceu ter-se feito
presente. A tal ideia de que, do-
ravante, qualquer resultado já
era bom.
Estamos agora a 2 de Feve-
reiro de 2013, no dia em que os
Tubarões Azuis regressam ao
Nelson Mandela Bay Stadium,
em Port Elizabeth, agora para
os jogos das meias-finais. LA
apostou nos melhores: Vozinha
(GR), Nivaldo, Nando, F. Varela,
Carlitos, T. Varela (Djaniny), Ba-
banco, M. Soares, Heldon, Ryan
Mendes (Platini) e J. Tavares
(Rambé). Os adversários eram
agora os poderosos Black Stars
do Gana, que buscavam na Áfri-
ca do Sul seu 5º título. O técni-
co ganês, James Appiah, lan-
çou Dauda, Aftul, Vorsah, Boye,
Pantsil, Rabiu (Boateng), Agye-
mang, Adomah (Mubarak), C.
Atsu (Asante), Asamoah e Gyan.
E o desfecho é o que conhece-
mos: com um penalti converti-
do em golo, aos 52’, por Mubarak
Wakaso, avançado dos Rubin
Kazan da Rússia, os ganenses
resolveriam o jogo aos 95’ com o
segundo tento, convertido pelo
mesmo Wakaso.
Terminava aqui a aventu-
ra cabo-verdiana pelas terras
sul-africanas, neste campeona-
to de futebol de selecções, con-
quistada pela Nigéria, agora
pela terceira vez.
Desde então, nunca mais os
Tubarões Azuis foram tão longe
numa CAN.
Esta rubrica é quinzenal. Na
próxima edição, escrevo sobre
as grandes incidências do terrí-
vel jogo das meias-finais, frente
ao Gana, na CAN 2013, que teve
como protagonistas o árbitro
Rajindraparsad Seechurn e os
atletas do Black Stars Asamoah
Gyan e Mubarak Wakaso. Es-
creva-me para santaclaraj2m@
gmail.com
*Pseudónimo de José Má-
rio Correia
A aprendizagem no
sistema educativo
cabo-verdiano
A objetivo desta reflexão é
indicar e caraterizar, de forma
sucinta, alguns elementos que
influenciam negativamente o
processo de aprendizagem no
nosso sistema de ensino bási-
co e secundário. Para tal, vou
recorrer a alguns tópicos que
considero relevante nesse pro-
cesso. De entre muitos, posso
salientar: a extensão do currí-
culo; fragilidade das técnicas
de ensino; gestão pedagógica
deficiente; ingestão de produ-
tos açucarados; o calor; fragili-
dade das técnicas de estudos;
falta de condições de estudo
em casa e o ensino em língua
cabo-verdiana.
A extensão do currículo
Em geral, o currículo do en-
sino básico e do ensino secun-
dário são extensos. O que difi-
culta o trabalho do professor em
cumprir o programa. Dá a ideia
que o currículo foi elaborado
pensando na capacidade de me-
morização acrítica dos alunos.
O que interessa parece ser a fi-
xação superficial dos conteú-
dos, que serão esquecidos em
pouco tempo, e que não possibi-
lita nenhuma competência rele-
vante aos alunos.
Fragilidade das
técnicas de ensino
As técnicas de ensino, na
maior parte dos casos, conti-
nuam a ser tradicionais. Com
aulas demasiado expositivas,
com exercícios rotineiros, que
são basicamente a repetição dos
procedimentos do professor, ou
seja, um excelente aluno é aque-
le que imita o professor de for-
ma mais perfeita possível. Para
agravar a situação, as aulas são
ministradas pensando essen-
cialmente nos testes sumati-
vos, apesar do novo sistema de
avaliação atribuir 50% na nota
final do aluno a este elemento
de avaliação. Os outros 50% são
dedicados aos outros elementos
da avaliação, que muitas vezes
são feitos à pressa, com carate-
rísticas semelhantes aos tes-
tes sumativos. Enfim, não exis-
te uma aposta clara nas técni-
cas mais modernas de ensino,
onde é utilizado, por exemplo,
um ensino por resolução de pro-
blemas, por projetos, ou na con-
feção de um portfólio reflexivo
por parte do aluno.
Gestão pedagógica deficiente
A subdireção pedagógi-
ca, que tem a função de avan-
çar com propostas pedagógicas
inovadoras, normalmente limi-
ta-se a imprimir testes e pouco
mais do que isso. Quando tem a
função de interagir com os pro-
fessores através da assistência
às coordenações, através de as-
sistências às aulas com o respe-
tivo feedback, entre muitos ou-
tros atributos previstos na lei.
Ingestão de produtos
açucarados
Independentemente de
existir cantinas escolares ou
não, o que é certo, na maioria
das escolas, os alunos comem
na maior parte das vezes ali-
mentos açucarados, quer ven-
didos internamente quer nas
portas dos estabelecimentos. O
consumo desses produtos não
favorece a concentração e aten-
ção dos alunos, uma vez que
são calorias vazias, e para agra-
var a situação, cria a ansiedade
no aluno dentro da sala de aula,
fazendo com que este aspire
pelo intervalo para repor o sto-
ck de açúcar, que, como se sabe,
é prejudicial à saúde, sobretudo
A Nação | Nº 843 | 26 de Outubro de 2023 | 21
quando é usado de forma exces-
siva, como é o caso.
O calor
Outro aspeto importante
que influencia negativamente
a aprendizagem do aluno são as
altas temperaturas em alguns
meses do ano, nomeadamente,
em setembro, outubro, maio e
junho. Nestes meses, na maior
parte das nossas escolas, as au-
las são insuportáveis tanto para
alunos como para os professo-
res, comprometendo seriamen-
te o nível de aprendizagem dos
alunos. Sugiro que o ministério
providencie ventoinhas de teto
ou enveredar para uma solu-
ção ideal que seria dotar as sa-
las com o aparelho de ar condi-
cionado.
Fragilidade das
técnicas de estudos
A maior parte dos alunos en-
tendem que estudar é ler a ma-
téria nas vésperas dos testes.
Normalmente, não são ensina-
dos técnicas eficazes de estudo
que lhes permitem aprender e
ter bons resultados nas diversas
avaliações. Apesar de existir no
currículo uma disciplina cujo
nome é apoio ao estudo, mas na
prática, quando existe, não pas-
sa de um conjunto de receitas
que não foram testados, e con-
sequentemente fadados ao fra-
casso.
Falta de condições de
estudo em casa
A maior parte dos nossos
alunos não possui ambientes
favoráveis de estudo em casa.
O que tem implicações diretas
nos seus resultados. A falta de
ambientes de estudo em casa
pode ser devido a vários fatores:
Olímpio Tavares
barulho da televisão e outros
aparelhos; conversas entre as
pessoas; vício do telemóvel por
parte do aluno; desempenho de
outras tarefas alheias ao estudo;
falta de interesse dos pais pelo
estudo dos alunos; entre mui-
tos outros.
Ensino em língua
cabo-verdiana
Por fim, o uso massivo da
língua cabo-verdiana na sala de
aula, e, em alguns casos, na pró-
pria disciplina de língua por-
tuguesa. O aluno, em geral, vê
a língua portuguesa como um
mal necessário. Ou seja, preci-
sa dela para fazer as avaliações
formais. A contradição está exa-
tamente aí, porque muitas ve-
zes recebe a aula em língua ca-
bo-verdiana e é obrigado a fazer
as avaliações formais em portu-
guês. O resultado são as interfe-
rências, que geram muitas vezes
um discurso pouco claro em re-
lação a aquilo que o aluno pre-
tende expressar, criando assim
uma barreira para o seu proces-
so de aprendizagem.
Em suma, posso afirmar que
esses problemas podem e de-
vem ser debelados pela comu-
nidade educativa, que inclui um
esforço sinérgico entre a direção
da escola, o professor, o aluno, os
pais, as delegações, o Ministé-
rio da Educação. Já vamos tarde
porque os nossos alunos saem
do sistema cada vez mais fracos.
Este facto é reconhecido no país
e no estrangeiro. Se não agirmos
com urgência, estamos a hipote-
car o futuro de várias gerações
de cabo-verdianos. O que é mau
para eles e para o país.
22 | A Nação | Nº 843 | 26 de Outubro de 2023
Os Invisíveis
Este artigo é sobretudo uma des-
Walter Lopes crição de pessoas em sociedade que
mesmo existindo não sabem ter no-
toriedade ou impor a sua existência
como tal.
O problema das pessoas invisí-
veis é deles mesmos em vez da socie-
dade ser culpada. Porque é a socieda-
de que transfere para os indivíduos
esses problemas. Embora a socieda-
de seja um meio de imitação onde as
pessoas reproduzem aquilo que vêm,
cabe a cada um saber que tem a ca-
pacidade de escolha e de expressão!
Comecemos com o seguinte
exemplo:
No meu país tenho visto jovens a
“
reclamarem que o preço de 300 escu-
dos é elevado para uma ficha de con-
teúdos escolares, mas são estas mes-
mas pessoas, que procuram aos en-
contrões freepass para festas com va-
lor 10 ou mais vezes do valor da ficha.
Temos que dizer A questão é: Como é possível ti-
basta à compra rar os futuros líderes da nação dessa
forma? Certamente que sempre ha-
de consciência, verá, de certo modo exceções a esta
basta aos regra, mas quando a maioria age
desta forma mostra que se preocu-
incumprimentos pam mais em se entreter e viver mo-
dos direitos mentos em vez de se formar e ter um
sustento na vida.
básicos, basta a Enquanto houver mais alunos
tudo e todos que do que propriamente estudantes es-
fazem com que taremos a queimar gerações a longo
prazo, estamos a fabricar seres hu-
as pessoas que se
“
preocupam com
o nosso país se
sintam frustradas
só porque têm
demonstrado
manos, sem foco nem perspetivas
de liderança e acima de tudo pes-
soas que futuramente limitarão a
ser meros marionetas sociais sem
capacidade de livre-arbítrio.
Capacidade de liderança
e dinamismo
insatisfação. Precisamos cultivar nas gera-
ções que se aproximam que é im-
portante serem seres humanos e
cidadãos com a capacidade de li-
derança e dinamismo em qualquer
que seja o ramo social que possam
ou irão atuar. Porque quem está
abaixo das estruturas de poder
pensam que é impossível atingir
o poder. E quem esta acima vê os
outros como ‘‘pedras no sapato’’
ou simplesmente como os incon-
venientes. Porque de certa forma
nenhum ‘‘político’’ ou ‘‘individuo’’
que esteja ligado ou que colabo-
ra de algum modo na estrutura do
Poder não irá contradizer ou viver
simplesmente a lei, mas sim as or-
dens.
Um exemplo nítido foi a últi-
ma manifestação realizada na Ci-
dade da Praia, contra o Decreto-
-Lei que dava mais aumento sa-
lariais a alguns funcionários do
ministério das Finanças e os in-
divíduos que são preparados para
manter a paz e a ordem em todas
as sociedades são os militares e
sobretudo os policias, mas foram
estes que foram convocados para
saírem as ruas para manterem a
ordem.
Sim a ordem, vinda dos seus
superiores porque não há nenhu-
ma lei que impeça os seus cida-
dãos de se manifestar em frente
das estâncias do poder nomeada-
mente o famoso Palácio do Gover-
no ou Assembleia nacional. Será
que as pessoas cometerem um erro
ao saírem às ruas? Porque mobili-
zar tanto aparato policial e militar
com meros civis desarmados e em
busca da sua própria justiça co-
mum. Acima de tudo num pais que
diz ser democrático e que apoia
sempre a Liberdade de Expressão e
de Comunicação.
Alinhamento com as
estruturas do poder
E é isto que temos visto, mesmo
que não seja o caso de Cabo Verde,
em todas as sociedades, sobretudo
as que continuam a ser governadas
pela ditadura, os salários mais ele-
vados são dos policiais e dos mili-
tares, com o objetivo de fazer destes
soldados prontos a acatar as ordens
das estruturas do poder, não as leis
como devia ser.
É isso que o sistema realmente
quer, que sejamos agentes passivos,
aqueles que não descordam, não
opinam e simplesmente não se ma-
nifestam limitando apenas a aceitar
tudo que eles dizem ser o certo que
sejamos meros indivíduos que ali-
nham com os governos.
Sendo assim qualquer ser hu-
mano que se limita a ser comanda-
do pelo outro sem desenvolver o sen-
tido crítico e o senso de responsabi-
lidade e compaixão para com o pró-
ximo, tornará um péssimo elemento
para a sociedade. Sem vez, sem voz
e acima de tudo com pouca utilida-
de no sentido de ser um agente que
contribui de alguma forma para o
desenvolvimento da sua sociedade.
E preciso ver com os olhos de ver
que é tão fácil a maneira como as es-
truturas do poder nos fazem virar
uns contras os outros em prol das
suas ideologias (político e religioso)
criam pessoas com fardas e armas
para lutar contra pessoas sem fardas
nem armas com o objetivo de defen-
der os gravados que lhes garantem
salários mensais.
Basta à compra de consciência!
Todas estas reflexões nos re-
metem para a esfera política onde
Opinião
as leis são criadas e lançadas na
sociedade. Engana se quem pensa
que uma pessoa ao entrar na polí-
tica vai trabalhar para garantir so-
mente o bem-estar do povo! A polí-
tica é feita em grupo e por pessoas,
sendo que cada um traz consigo as
ideias, problemas e, sobretudo, in-
teresses que podem ser pessoais e
coletivos.
E, por isso, o poder tem que es-
tar nas pessoas e com as pessoas,
enquanto os mídias continuarem
a ser usados como meio de instru-
mentalização política, as ordens
a valerem mais do que as leis e,
ainda, enquanto continuarmos a
queimar gerações com uma educa-
ção que não cria um sentido critico
nas crianças e, acima de tudo, que
não cria nelas o interesse de modo
a que, futuramente, tenham von-
tade em querer desenvolver o país.
Temos de ensinar as nossas
crianças e adolescentes que eles
devem ter sempre com eles um
sentido critico, mostrar que deve
ser deles o juízo final para que, fu-
turamente, possam ter adultos há-
beis para enfrentarem qualquer si-
tuação que de alguma forma pos-
sam corromper-lhes.
Temos que dizer basta à com-
pra de consciência, basta aos in-
cumprimentos dos direitos bási-
cos, basta a tudo e todos que fazem
com que as pessoas que se preocu-
pam com o nosso país se sintam
frustradas só porque têm demons-
trado insatisfação.
As pessoas são livres e não po-
dem continuar a ser consideradas
úteis somente perante as urnas de
cinco anos em cinco anos.
PUB
ZIG A Nação | Nº 843 | 26 de Outubro de 2023 | 23

Di borla
Depois de tanto reclamarem, em vão, que os
megas andam a evaporar minutos depois de
activados os pacotes, os clientes da CVM, novo
Alou, estão por esses dias a ser recompensados
com megas “di borla”, após o ataque cibernético
sofrido pela empresa de telecomunicações.
Diante de tanto “mascadjon”, os beneficiários
já não sabem se devem ou não condenar os
criminosos... pelos estragos causados à Alou.

Congelados Exemplo SOS, IGAE

A moda de pagar pela refrigeração de produtos,
assunto referido pelo ZIG semanas atrás, ao que
parece, chegou, viu e venceu. Nas redes sociais
são vários os clientes a reclamarem da nova lei
do mercado em que, por exemplo, a garrafa de
água natural é um preço, água gelada é outro,
muito mais caro. Há até quem pergunte se
frango congelado é também mais caro por estar
refrigerado.
Em São Vicente, uma cidadã mandou comprar
A IGAE precisa entrar em acção e
cerveja fresca num estabelecimento na Baía das
pôr ordem nesta caboverdura, sim,
Gatas, “a temperatura normal era um preço, e
caboverdura, já que estamos a lidar com
fresca era 30 escudos a mais por cada cerveja”.
uma nova lei de mercado, ainda por
Nas suas contas, por cada caixa de cerveja fresca,
estudar e desvendar. Como se já não nos
o comerciante “ganha 720 escudos”, como se “a
bastasse a inflação que o doutor Olavo
eletricidade na Baía fosse um preço e na cidade
Correia promete exterminar no próximo
outro”.
OE.

OE 2024 “non stop” Combate digital

E por falar em OE, ZIG não sabe se é o “sistema” que Sectores do MpD, com alguns cabeçudos pelo
abraçou a moda do “orçamento participativo” ou se é o meio, têm em marcha o que se chama de “brigada
período eleitoral que aí vem... em 2024 e 2025. Nos últimos digital”, para “espiar” e “combater” todos aqueles
dias, de Santo Antão à Brava, tem sido um “non stop” de que critiquem o desempenho do governo nas redes
ministros (Olavo à cabeça, para variar) e dirigentes do MpD sociais. O método, tipicamente fascista, não é novo.
a explicarem o OE 2024 aos crentes. Com tanto empenho à Nos tempos do rabentolismo passava por enviar
volta deste OE, ZIG começa a acreditar, de novo, na promessa cartas e telefonemas anónimos, e outros misseis, a
de 45 mil empregos por ano, salário digno (para o BCV e para todo aquele que não lesse pela cartilha ventoinha.
nós, simples crioulos), segurança, conforto... Segurem o ZIG Hoje, com as TIC, as “milícias” agora são “digitais”. O
para não morrer de tanto contentamento! objetivo continua igual: espalhar a intimidação e o
medo.

Estrelas
Para muitos dos leitores do ZIG os nomes de Lizandro Promoção
Cuxi ou Rema poderão não significar muito, mas a Esta foto, na ilha do Sal, mostra a alegria
verdade é que os dois são duas das grandes estrelas da do sueco Bjorn Borg, antigo número 1 do
música africana do momento. O flash que testemunha o ténis mundial, e da mulher, durante umas
encontro entre o cabo-verdiano e o nigeriano foi captado férias, por estes dias, junto à Praia de
em Kigali, Ruanda, no sábado passado, durante os Trace Santa Maria. Com milhares de seguidores
Awards 2023. Enquanto Lizandro Cuxi agradeceu a Cabo nas redes sociais, a meta de um milhão de
Verde o prémio de Melhor Artista da África Lusófona, turistas em 2023 deve estar garantida.
Rema levou o galardão de melhor música com o hit Calm
Down. ZIG espera que esta foto seja prenúncio de, pelo
menos, um “featuring” entre os dois a caminho! Inshalá!
24| A Nação | Nº 843 | 26 de Outubro de 2023 PUBLICIDADE
Parte integrante da edição nº 843 do A Nação de 26 de Outubro de 2023. Não pode ser vendido separadamente.

Etc.

Tibau Tavares
2 | Etc. | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023 Cultura
Etc. | Edição nº 8

Tibau Tavares, novo CD Munganga

‘Divorciado’ de Cabo Verde,

A o telefone com A
NAÇÃO, desde a
Alemanha, um dia
depois de ter actuado em
Roterdão, Tibau Tavares re-
vela que estão 8 graus, ainda
em Outubro, “mas é muito
frio para um cabo-verdiano
do Maio”. Mas Tibau conhe-
ce bem o clima da Alema-
nha e da Áustria. Conhece
bem estes países, pois aqui
está o seu verdadeiro públi-
co, como ele próprio diz.
Mas o que levanta o âni-
mo ao músico natural da
Calheta do Maio, neste mo-
mento, é a saída do seu mais
novo disco Munganga, co-
meçado a gravar em Feve-
reiro de 2022 e que agora vê,
finalmente, a luz do dia. A
passagem pelo “forno”, nas
palavras do entrevistado
do A NAÇÃO, tem que ver
com a complexidade destas
gravações, em que partici-
pa também uma orquestra
austríaca e uma cantora de
ópera, além de colegas afri-
canos.
“Foi para tentar diversi-
ficar um pouco mais a mi-
nha música. O disco teve das plataformas mundiais. capa, de uma pintora aus-
Todos os anos, desde 2013, o nome do músico maien-
também a participação de Já saíram dois temas, e an- tríaca.”
músicos do Senegal, para se, Tibau Tavares, acompanha os da banda alemã tes do final do ano estará Tibau Tavares é um mú-
ter aquela profundidade da Pukpkulies & Rebecca, nos cartazes dos espectácu- também disponível, como sico que conseguiu conquis-
música tradicional africana los, em digressões por várias cidades europeias, es- nos afiança, Mandamen- tar um espaço único, entre
e Munganga significa Txoro, pecialmente Alemanha e Áustria, onde já parece ter to de Santiago, música de- a Alemanha e a Áustria. E é
que eu enquadro no choro um público cativo. Apesar disso, Tibau lamenta o dicada a Nha Nácia Gómi. também nestes países, com
dos escravos”, adianta. facto de continuar a ser um ilustre desconhecido no O disco foi todo gravado na alguma extensão à Suíça,
Áustria e de forma directa, Holanda e Inglaterra, que
seu país. “Nunca os nossos organizadores de espec-
Novo disco, mas ao vivo, depois de meter to- deverá passar a apresenta-
táculos se lembraram de me convidar”, diz.
desconhecido em dos os instrumentos, como ção do seu novo trabalho,
Cabo Verde explica Tibau. “É um disco na primavera de 2024. Por-
muito tradicional e muito que, quando lhe falamos dos
São 12 faixas, adianta, Joaquim Arena clássico, espero que venha a planos para o lançamento
que o seu produtor pretende ter sucesso, tem um reportó- e concertos em Cabo Verde,
fazer sair em singles através rio bem forte e uma óptima tudo muda.
utubro de 2023 Etc. | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023 | 3

aclamado na Alemanha
Compositor requisitado
Tibau Tavares está entre os compositores mais
cotados e requisitados, pelos intérpretes da música
de Cabo Verde. Várias das suas composições foram
gravadas e fizeram muito sucesso através de outros
nomes, ajudando assim a cimentar o seu nome. Foi o
caso na música Ponciana, gravada por Lura.
“Um dia, eu estava a tocar no Quintal da Música
e toquei Ponciana, Lura estava lá e mal eu saí do pal-
co, ela veio e pediu-me aquela música e não me lar-
gou, no dia seguinte foi ter comigo à praça do Platô,
e depois disso pediu-me mais músicas.”
As suas composições já foram gravadas também
por Gabriela (Tradição), Ceuzany, Zizi Vaz, Mayra
Andrade (Festa Santo Santiago, do disco Manga),
Lyzandra Gomes (Hard Life) e outros cantores e can-
toras.
A sua versatilidade permite-lhe compor em vá-
rios estilos, batuco, morna e coladeira, fazendo os
seus próprios arranjos e com espaço para os seus
músicos “meterem a fusão, para ajudar a diferenciar
a música de Cabo Verde”. Mas, o Tibau compositor
terá chegado por via indirecta, como explica.
“Uma vez, um primo meu concorreu para Presi-
dente da Câmara e perdeu. Depois disso, o presiden-
te eleito não me convidou para nenhum espectácu-
lo, por isso tive de me tornar compositor, para poder
estar também na música. E depois, quando fiquei
mais conhecido, ele já veio ter comigo, convidando
para tocar”.
As suas músicas, registadas desde 2005 na Sa-
cem, agência francesa gestora de direitos autorais,
têm sido também uma importante fonte de rendi-
mentos. “Só com a música Ponciana, eu recebi mais
de 2 mil contos em direitos de autor, muito antes
de os direitos de autor estarem regulados, aqui em
Cabo Verde”.
No entanto, Tibau Tavares lamenta não ser mais
reconhecido, em Cabo Verde, como artista, como
músico, e expressa a sua preocupação pelo estado
actual da música das ilhas: “Há muito plágio, os
compositores parecem-me esgotados, andam à roda
das mesmas coisas, não criam harmonia. Costumo
dizer que o compositor tem de criar uma levada, que
é a harmonia, por onde vai passar a água, que é a
melodia, uma levada diferente para uma música di-
ferente.”
O compositor maiense rejeita a insistência na es-
trutura antiga, na forma antiga de compor, já que, diz,
esta vai limitar a música. “O compositor tem de ser
contemporâneo, falar com o seu próprio tempo e não
com o tempo de B. Leza ou de Manuel d’Novas; deve
ser moderno e não rondar as mesmas coisas antigas.
Hoje temos músicas velhas com letras novas, que é
a única coisa que muda. No meu disco, cada música
é diferente das outras, eu crio uma levada nova para
deitar água nela.”  JA

Tibau nunca fez qualquer
lançamento ou apresenta-
ção dos seus discos em Cabo
Verde. Quando lhe dizemos
que em Cabo Verde, ele toca
pouco, ele não concorda: “Eu
não toco é nada… Em Cabo
Verde nunca me convidam
para nenhum espectáculo, o
meu público não é cabo-ver-
diano. Nem nas ilhas nem
na diáspora”, afirma.
“Repara, em Roterdão
está a maior comunidade
maiense da diáspora na Eu-
ropa. Na passada sexta-feira
dei lá um show e não apare-
ceu nem um, nem um cabo-
-verdiano. O meu público é
europeu, não tenho muita
‘festa’ com crioulos”, diz Ti-
bau, lamentando esta falta
de adesão ao seu trabalho.
Como desabafa, dez anos
a tocar, a fazer digressões
pela Europa, ninguém o
convida para espectáculos
no seu país natal. Fica com
‘gana’ de entender, afirma,
ele que nas ilhas só toca
para amigos, turistas ale-
mães no seu Bar Tibau, do
Porto Inglês, e em festas
de aniversário, ‘pa alegra’
quem está presente. Apesar
do divórcio inexplicável, é
a realidade do país, na sua
ilha, os costumes, os lugares
por onde andou em menino,
conta, que estão na base das
letras das suas músicas.
Viola de lata
E foi ainda menino, de
seis anos, que se lembra
da descoberta desta pai-
xão pela música. Quando os
adultos não queriam que as
crianças mexessem no vio-
lão. Ou se dizia que a mú-
sica “era coisa de bandido”.
Mas, Tibau e o primo, Tó Ta-
vares (dono da Escola Penta-
grama, na Praia), decidiram
fazer a sua própria guitar-
ra. “Era feita de cortiça, lata
de azeite, pau com cabeça
de guitarra e linha de pes-
ca, afinámos e aprendemos
a tocar nessa viola improvi-
sada, a nossa primeira”, re-
corda.
Aos sete anos, já ambos
tocavam na igreja local, in-
tegrados nos Pioneiros (es-
trutura juvenil do PAIGC/
CV). “Zé Rui de Pina tam-
bém morava no Maio com o
pai e fomos os primeiros a to-
car nas festas dos Pioneiros,
nessa ilha.” Mais tarde, já a
frequentar o Liceu Domin-
gos Ramos, na Praia, Tibau
é um dos vários candidatos a
músico, do professor Kubala,
logo na inauguração do pavi-
lhão Gimnodesportivo Vavá
Duarte. “No final, foram de-
sistindo todos e só fiquei eu
4 | Etc. | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023
Pupkluies& Rebecca play Tibau
T odos os anos, desde
2013, que Tibau Tava-
res é presença assídua
na Alemanha e Áustria. Os
seus admiradores podem vê-
-lo ao vivo nas várias digres-
sões que o músico faz, jun-
tamente com a banda alemã
Pukpkulies & Rebecca, num
projecto de fusão musical.
“Ainda há pouco tempo dizia-
-me o meu produtor que eu
sou a maior referência da mú-
sica de Cabo Verde na Alema-
nha”, diz-nos Tibau.
O início deste “namoro”
entre o músico natural do
Maio e a Alemanha remonta
à própria história da coopera-
ção deste país com Cabo Ver-
de. Em 1978, o alemão Fred
Blul foi um dos vários ale-
mães que viveram na ilha ca-
bo-verdiana como cooperan-
tes. O pequeno Tibau tornou-
-se seu amigo, assim como
de vários outros cooperantes
alemães. O filho de Fred Ja-
nosh Blaul, que nasceu pouco
depois, em 1979, viria a acom-
panhar o pai à ilha de Tibau.
E já mais tarde, regressaria
também de férias ao Maio.
“E quando, já muitos anos
depois, nós todos adultos,
o Janosh quis diversificar a
música da banda, que então
formou, os Pupkullies, com a
cantora Rebecca Hanna Gro-
pp, dando-lhe um toque afri-
cano, ele lembrou-se de mim”,
conta Tibau. O resultado do
reencontro dos amigos de in-
fância, foi a gravação de um
disco na própria ilha do Maio.
Para isso, obrigou à deslo-
cação de todo o equipamento
e meios técnicos. O disco, de
2013, vem a chamar-se Pu-
pkluies& Rebecca play Tibau.
O grupo alemão estará tam-
bém na gravação do segundo
disco de Tibau, com o títu-
lo de 7 Músicas, editado em
2017. 
JA
Entre o Maio e a Alemanha
Tibau Tavares é desenhador téc-
nico na Câmara Municipal do Maio,
desde 1989. Mas, nos últimos dez
anos, chega a altura do ano em que
pega na sua guitarra e apanha o avião
para reencontrar os músicos que o es-
peram na Alemanha, para gravações
e concertos. Assim como o público
que já o conhece, das várias digres-
sões.
“Muita gente pensa que eu vivo na
Alemanha, todos os anos temos di-
gressões de 15 dias, volto ao Maio, e
semanas depois torno a voltar à Ale-
manha para mais 15 dias de espectá-
culos, pela Áustria, Suíça, Holanda,
Itália. Mas o Maio é que é a minha
casa, onde tenho a minha família.”
Aos 55 anos, Tibau tem nas salinas
da ilha motivo para suas composi-
ções, assim como a emigração, as vi-
vências da infância e juventude, que
são temas recorrentes nas suas mú-
sicas. Mas também, como diz, inspi-
ra-se noutras dimensões, “já que um
compositor tem de ser versátil.”
Cultura
Etc. | Edição nº 8
Mas, como revela ao telefone, a
hora agora é de regresso a casa, à sua
ilha do Maio, e deixar os 8 graus da
Alemanha para outra altura. O seu
ano de estreia na Alemanha, em 2013,
foram 22 concertos e, desde de então,
só parou mesmo durante a pandemia.
Tibau acaba de chegar de um espec-
táculo, na cidade de Innsbruck, com
muito sucesso, como nos conta.
Músico ignorado no seu país, o
nosso entrevistado goza de boa po-
pularidade na Alemanha, que o leva
a ter o seu nome e informação sobre a
carreira, confessa, orgulhoso, no site
Wikipedia, em alemão. Ele que tam-
bém já passou duas vezes pelo Afrika
Festival, de Wurzburg, o maior festi-
val europeu de música africana.
“Chego agora a Cabo Verde no dia
27 e a 14 de Novembro já estarei de
novo em viagem, desta vez a caminho
da Ilha da Reunião (departamento
francês, no Oceano Índico), para mais
espectáculos”.JA
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utubro de 2023 Etc. | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023 | 5
6 | Etc. | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023 CULTURA
Etc. | Edição nº 8

Segurança alimentar

Cabo-verdiano no Brasil quer introduzir

E se ao invés de apenas
frutos e raízes, apos-
tássemos em plantas
e árvores, adaptáveis ao clima
árido de Cabo Verde, cujas fo-
lhas e caules são também co-
mestíveis, em diversas formas
de preparos?
É desta perspectiva que
partiu o projecto de José Luís
Romão, cabo-verdiano, natu-
ral de Fontes Almeida, muni-
cípio de São Domingos, ilha de
Santiago, e radicado no Brasil
há anos.
Em 2022 José Luís apre-
sentou a ideia de introduzir
em Cabo Verde a Canavalia
Gladiata, popularmente co-
nhecida no Brasil como feijão-
-espada. Chegou a assinar um
protocolo com o INIDA, atra-
vés do Ministério da Agricul-
tura e Ambiente, mas, ao ten-
tar trazer as sementes, aper-
cebeu-se que a espécie afinal
não tinha a documentação
necessária para sair do Brasil,
dado ao pouco valor que lá é
dado. José Luís Romão
Iniciou-se então um pro-
cesso de pedido de autoriza-
ção para a sua exportação,
para fins investigativos, que
foi aprovado. “Passamos o ano
inteiro a tratar disso, até que
nos últimos tempos o IBAMA
(Instituto Brasileiro do Meio Através do projecto “Brasil em Cabo Verde - Cami-
Ambiente e dos Recursos Na- nhos para a segurança alimentar”, o santiaguense
turais Renováveis) liberou a José Luís Romão quer trazer para o seu país natal
sua exportação, assim como plantas e árvores comestíveis, desde os frutos, folhas
de outras sementes, que que-
e caules. A ideia inicial começou com o feijão-espada
remos levar”, indica ao A NA-
ÇÃO. mas já estão listadas, pelo menos, 40 espécies.
Com essa autorização, o
projecto aguarda agora a auto-
rização das autoridades cabo-
-verdianas para a importação Natalina Andrade
desta e de outras sementes e Pinha do brejo
utubro de 2023
novas espécies em Cabo Verde
sua entrada no território na-
cional.
Entretanto, nesse meio pe-
ríodo, o contacto com o INIDA
foi interrompido, pelo que José
Luís espera conseguir retomar
o protocolo. Do contrário, o
projecto será avançado de for-
ma independente.
Mais 40 espécies
O feijão-espada é uma
planta adaptada ao clima ári-
do típico de Cabo Verde, tal
como acontece na região do
Nordeste brasileiro. “É uma
trepadeira resistente à seca,
que cresce cerca de dez a vin-
te metros e tem uma larga pro-
dução. Para além disso, toda a
parte dela é comestível, desde
a folha, que funciona igual a
couve, até os caules e os grãos”,
explica José Luís Romão.
Neste compasso de espe-
ra, o nosso entrevistado diz já
ter identificado e mobilizado
cerca de 40 tipos de semen-
tes, entre trepadeiras, árvores
de frutas, plantas que filtram
as águas residuais e outras es-
pécies que quer trazer a Cabo
Verde, por acreditar que pode-
rão ter fácil adaptação aqui.
As sementes, segundo Ro-
mão, já foram testadas no Bra-
Taioba
sil e, chegando a Cabo Verde,
devem passar por novo teste
de germinação, para, a partir
daí, dar início ao cultivo ex-
perimental, antes de serem
distribuídas aos agricultores
para a produção efectiva.
Para além das sementes,
algumas das espécies são es-
tacas, o que impede que sejam
trazidas em grande quantida-
de. Estas serão, por isso, cul-
tivadas em Fontes Almeida,
onde será montado um mini-
-projecto piloto de produção.
Outra espécie a ser trazi-
da é a chamada “mandioca de
árvore”, uma trepadeira que
cresce apoiada em outras ár-
vores, e que, diferente da nos-
sa mandioca, a produção não
é na raiz. Desta planta ingere-
-se o próprio tronco, que pode
ser cozido ou preparado de for-
mas variadas.
“A mandioca de árvore é
uma trepadeira majestosa.
Todo o caule dela, cerca de 20
metros, é comestível. Tem 89%
de amido, superior ao milho”,
indica, acrescentando que a
planta é capaz de suportar
condições adversas.
Outras espécies são as “be-
bedeiras”, plantas capazes de
filtrar as águas cinzas/resi-
Araçá gigante
duais. “Uma delas chama-se
Taioba, utilizada para purifi-
car águas cinzas. É parecida
com o inhame que temos em
Cabo Verde, mas a folha é que
é comestível, enquanto que a
raiz é utilizada para fertilizar
os solos”, explica.
Há ainda uma planta cha-
mada Araticum do Brejo, ca-
paz de sancionar em locais
alagados por água salobra,
como áreas em Santa Cruz, Sal
e Boa Vista.
Segurança alimentar
São, no geral, espécies que
exigem menor espaço de cul-
tivo (solo), pois podem trepar
acácias e outras árvores e su-
portes, são de produção rápi-
da, com folhas comestíveis e
com propriedades medicinais,
pelo que, para este impulsio-
nador, trata-se de um cami-
nho viável para a segurança
alimentar no país.
“A solução para a segurança
alimentar vai passar pela ár-
vore, que produz folhas, frutos
e que tem todo o corpo comes-
tível. É fácil cultivar uma ár-
vore mesmo em lugares secos,
mas produzir milho é difícil,
porque o milho precisa de 600
Etc. | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023 | 7
litros de água para produzir
duas espigas”, indica Romão.
Entretanto, é um projecto
que, segundo aquele investi-
gador, necessita do envolvi-
mento dos governos dos dois
países, pela sua complexida-
de e abrangência. Os promoto-
res estão também a finalizar a
escrita de um livro, que leva o
mesmo nome do projecto, que
servirá como um guia de ma-
nejo, dedicado mesmo aos pro-
dutores agrícolas, e que expli-
ca o preparo do solo, possíveis
pragas, formas de combate,
entre outras informações.
Os agricultores interessa-
dos em receber sementes po-
dem, inclusive, entrar em con-
tacto com o promotor, através
do seu Facebook (Zé Luîs Ro-
mão) para o efeito.
Cooperação Timor Leste
A par das espécies comestí-
veis, o projecto tem ainda, se-
gundo José Luís Romão, uma
cooperação com a “Quinta
Portugal”, programa portu-
guês em Timor Leste, que pro-
duz a árvore Santalum Álbum
(Sândalo), utilizada para a pro-
dução de madeira e óleo aro-
matizante para perfumes.
“Trata-se de uma árvore de
alto valor, cujo kg de madeira
custa a volta dos 70 mil escu-
dos, se não estou em erro. É
uma espécie que precisa de
acácia para se acoplar, o que
existe muito em Cabo Verde, e
cujas sementes serão forneci-
das ao projecto, também para
experimento em Cabo Verde”,
indicou.
Rochagem em Cabo Verde
No Brasil, José Luís Ro-
mão actua na área de rocha-
gem, prática que consiste em
recuperar a fertilidade de so-
los pobres e lixiviados, através
do uso de misturas de rochas,
ou pó de rocha. “A prática tor-
na possível a substituição do
uso de fertilizantes químicos,
abaixando o custo e impac-
to ambiental. Em Cabo Verde
temos rochas basálticas ricas
em nutrientes. Podemos usar
também resíduos de erupções
vulcânicas para criar solos fér-
teis e fertilizantes”, explicou.
Com plantas bem nutridas,
diz, a seca não será um proble-
ma, pelo que, para este pro-
jecto, já há um plano definido
neste sentido. “Para as mudas
de plantas que vamos fazer
em Cabo Verde, vamos criar
solos a partir de uma terra já
identificada (na nossa última
viagem a Cabo Verde). Vamos
usar uma percentagem defini-
da de folhas de acácias e resí-
duos da mineração de uma pe-
dra de Fontes de Almeida, rica
em ferro e micronutrientes”,
indicou.
Natural de Fontes Almeida,
em Cabo Verde, José Luís Ro-
mão foi agricultor, professor,
bancário e vereador de São Do-
mingos, antes de emigrar para
Portugal, de onde seguiu para
o Brasil
8 | Etc. | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023
Mundos possíveis, vidas, pessoas e personagens
Experiência estética e ontologia
social na literatura – I*
Luís Kandjimbo**
A experiência estética que as
narrativas literárias, orais ou es-
critas, propiciam é transversal
Ensaio a todas as civilizações. Consti-
tui um acontecimento através do
qual os indivíduos e as comunida-
des, vivendo no mundo real, têm
referências de outros mundos, os
chamados mundos possíveis. Nes-
ses mundos possíveis vivem al-
mas, espíritos, pessoas extraordi-
nárias e antepassados. Nas lite-
raturas africanas, é um universo
povoado por determinados tipos
de personagens às quais são atri-
buídos nomes próprios e acções de
pessoas humanas, passando a ser
modelos de comportamento mo-
ral. Onde se encontra a fronteira
“
entre o mundo possível e o mundo
real? Lendo textos literários afri-
canos, podemos obter algumas
respostas.
A experiência Experiência estética
estética que Num artigo publicado na re-
as narrativas vista «Diogène», em 2011, o fi-
lósofo beninense Issiaka-Pros-
literárias, orais per L. Lalèyê avaliava o estado
ou escritas, da reflexão filosófica sobre a ex-
propiciam é periência estética africana, ten-
do identificado uma verdadei-
transversal a todas ra aceleração na desculturação-
as civilizações. -reculturação de África e, con-
sequentemente, uma experiên-
Constitui um cia estética africana em crise.
acontecimento Por essa razão, entendia que era
observável a ausência de uma
através do qual preocupação filosófica, à altura
os indivíduos e da efervescência e ebulição cul-
as comunidades, tural, susceptível de elaborar fe-
cundos conceitos e teorias que
vivendo no
referências de
“
mundo real, têm
outros mundos, os
chamados mundos
pudessem trazer soluções filo-
soficamente aceitáveis. O diag-
nóstico de Issiaka-Prosper L.
Lalèyê exigia acções concretas
da parte dos filósofos Africa-
nos e Afrodescendentes: 1) ex-
plorar e reexplorar o património
possíveis. artístico em todas as suas for-
mas, musicais, literárias, escul-
tóricas e técnicas»; 2) olhar para
a experiência artística africa-
na de modo a contribuir para a
promoção da consciência sobre
questões reais, visando a busca
de soluções; 3) efectivar um diá-
logo entre filósofos Africanos e
Afrodescendentes, através de es-
tudos comparados e intercâm-
bios que permitam identificar o
património comum; 4) colocar a
filosofia ao serviço de contribui-
ções coerentes, suportando di-
ferentes discursos sobre a expe-
riência cultural com soluções fi-
losoficamente aceitáveis.
Reflexões
O artigo de Issiaka-Prosper
L. Lalèyê parece exalar um certo
pessimismo, na medida em que
a reflexão filosófica africana,
no domínio da estética, não era
propriamente um terreno deser-
to, nessa década. Em 1997, Jean-
-Godfroy Bidima tinha publica-
do, «L’art négro-africain» [A Arte
Negro-africana], um livro sobre
a estética da pintura e escultu-
ra africanas. Bidima privilegia-
va aí a dimensão do múltiplo, a
diversidade de identidades e de
escolas. Por escola ele entendia
a perspectiva artística a que cor-
respondem lugares e origens de
vários estilos.
De igual modo, a filósofa ni-
geriana Nkiru Nzegwu tem vin-
do a dedicar-se aos problemas
das estéticas africanas. O capí-
tulo «Art and Community: A So-
cial Conception of Beauty and
Individuality», da sua autoria,
no compêndio organizado por
Kwasi Wiredu (1931-2022), «A
Companion to African Philoso-
phy» [Compêndio de Filosofia
Africana] (2004), é prova dis-
so. No dizer de Nkiru Nzegwu,
o exame filosófico das conven-
ções que regem a criação de al-
gumas artes tradicionais africa-
nas revela que a arte é percebi-
da como intrinsecamente entre-
laçada com outros aspectos da
vida, centrando-se na comuni-
dade. Neste sentido, conclui que
a questão crítica na criativida-
de já não é o que constitui uma
obra de arte. Pelo contrário, é a
relação entre os objectos criati-
vos e a vida social numa deter-
minada sociedade. No domínio
da reflexão filosófico-literária,
Mary S. C. Okolo tinha publica-
do, em 2007, «African Literature
as Philosophy» [Literaturas Afri-
canas como Filosofia]. No decur-
so do corrente ano, Nimi Wari-
boko, publicou «Social Ethics
and Governance in Contempo-
rary African Writing Literatu-
re, Philosophy, and the Nigerian
World» [Ética Social e Governa-
ção nas Literaturas Africanas
Contemporâneas, Filosofia e o
Universo Nigeriano].
Portanto, quando se trata de
abordar os modos de existência
das artes e das literaturas, a on-
tologia social não deixa de ser o
campo para o qual se reconduzem
as reflexões dos filósofos Africa-
nos. Como se explica o facto de,
em África, a experiência estética
suscitar teorias que convocam co-
nexões com a acção colectiva?
Literatura e acção colectiva
Em vida, o filósofo e crítico
literário nigeriano Abiola Irele
(1936-2017) escreveu abundan-
temente sobre as conexões da
narrativa com a acção colectiva.
Irele considerava que a arte da
narrativa oral continuava a ser
uma componente essencial da
expressão imaginativa e da pro-
dução cultural em África, fun-
cionando como fontes da cons-
ciência histórica de um passado
comum, tendo em vista a cele-
bração do pacto colectivo no pre-
sente. Para Abiola Irele, assim se
compreende que as formas da
tradição literária oral africana
estejam ao serviço daquelas es-
truturas da mente colectiva que
Opinião
Etc. | Ediçã
serviam como narrativas expli-
cativas do mundo.
Respondendo à questão for-
mulada, Abiola Irele sustentava a
sua posição com a seguinte base:
1) a narrativa oral constitui um
factor institucional da vida e da
expressão social; 2) a produção
cultural mantém fortes cone-
xões com os processos sociais; 3)
a arte narrativa permite estabe-
lecer uma conexão fundamental
entre a forma imaginativa e a di-
nâmica de vida social subjacente
à consciência colectiva; 4) as for-
mas da narrativa oral assumem
funções cognitivas, éticas e sim-
bólicas; 5) o escritor, nas literatu-
ras africanas modernas, toma as
formas da oralidade como refe-
rência original do ser e da cons-
ciência africana. Ora, tratando-
-se dos modos de existência do
texto literário, a perspectiva de
Abiola Irele constitui hoje uma
abordagem clássica crítica e filo-
sófica das literaturas africanas.
Estamos diante de uma temati-
zação da intencionalidade colec-
tiva, um problema da ontologia
social da literatura.
Ontologia social
Qual é o objecto da ontologia
social? Trata-se de um domínio
relativamente novo da filosofia.
Ocupa-se de questões que dizem
à coisa social, no sentido global,
as diversas entidades do mundo
que surgem da interação social.
É o estudo da natureza e das pro-
priedades do mundo social.
É um novo campo da filoso-
fia que se vem desenvolvendo
desde as décadas de 80 e 90 do
século XX. O tema seminal é a
intencionalidade colectiva. É o
factor mobilizador da investiga-
ção. Admite-se que a obra inau-
gural, neste campo de investiga-
ção da filosofia, «Uma Teoria da
Acção Social», 1984, seja da au-
toria de Raimo Tuomela (1940-
bro de 2023
Issiaka-Prosper L. Lalèyê
2020), reconhecido igualmente
como a personalidade proemi-
nente nos campos da intencio-
nalidade colectiva e da ontolo-
gia social. No Ocidente, esse li-
vro é considerado como a pri-
meira teoria sistemática da ac-
ção social ao nível da filosofia.
Tal como é apresentado na En-
ciclopédia de Filosofia de Stan-
ford, a questão fundamental
gravita em torno da tensão en-
tre duas afirmações: a) a inten-
cionalidade colectiva não é um
simples somatório, agregado ou
padrão distributivo de intencio-
nalidade individual (Reivindi-
cação de Irredutibilidade); b) a
intencionalidade coletiva é pos-
suída por indivíduos participan-
tes, sendo que toda a intencio-
nalidade que um indivíduo pos-
sui pertence-lhe (Reivindicação
de Propriedade Individual). O
desenvolvimento deste domí-
nio da filosofia tem vindo a ser
constituído por respostas às
questões que decorrem daí.
Após a constituição da Socie-
dade Internacional de Ontologia
Social, criada em 2013, surgiu a
revista «Journal of Social Onto-
logy» [Revista de Ontologia So-
cial], tendo Raimo Tuomela sido
eleito o primeiro presidente da
da Sociedade Internacional de
Ontologia Social. Quatro anos
depois, sucedeu-lhe Kirk Lu-
dwig, um membro pertencente à
vaga das novas gerações.
Apesar de os «grupos so-
ciais» representarem o tópico
mais atractivo da ontologia so-
cial a que se juntam o dinheiro,
as corporações, as instituições,
a propriedade, as classes sociais,
Abiola Irele
raças e géneros, interessam-nos
outros tópicos, designadamente,
os artefactos em geral, as obras
literárias, a linguagem e o direi-
to. Portanto, a ontologia social é
o estudo dos elementos consti-
tutivos e da construção da reali-
dade social, compreendendo os
grupos sociais, as instituições e
as práticas sociais.
Mundos possíveis na
literatura e narrativa
A síntese dos problemas sus-
citados pelas literaturas africa-
nas, que a obra de Abiola Irele
bem condensa, já comportava a
questão dos mundos possíveis
na literatura e na narrativa, em
especial, muito antes da déca-
da de 70 do século XX, embora
a sua tematização não tivesse a
base, nominalmente, na noção
de mundos possíveis. No entan-
to, a história que é veiculada pe-
los manuais ocidentais omite a
importância potencial que tem
o acervo de textos, bem como os
estudos literários africanos e a
antropologia cultural africana.
Nas correntes que confor-
mam as correntes dominantes
da Europa e na América do Nor-
te, considera-se que o primei-
ro especialista de literaturas a
operacionalizar o conceito filo-
sófico de «mundo possível» foi o
crítico literário norte-americano
de origem romena, Thomas Pa-
vel (n.1941), com o artigo, «Pos-
sible Worlds in Literary Seman-
tics» [Mundos Possíveis na Se-
mântica Literária], de 1975, re-
publicado no seu livro «Fictional
Worlds» [Mundos Ficcionais], de
Nkiru Nzegwu
1986. Em 1978, o filósofo norte-
-americano, David Lewis (1941-
2001) dá igualmente o seu [con-
tributo com o artigo «Truth in
Fiction» [Verdade na Ficcção]. Já
o teórico da literatura checo, Lu-
bomír Doležel (1922-2017), ope-
ra com o conceito de mundos
possíveis com algumas cautelas,
quando a partir de 1976 publica
artigos que culminam em 1998
com o livro «Heterocósmica».
Em outro artigo seminal,
«Les mondes possibles du texte»
[Os Mundos Possíveis do Tex-
to], foi publicado em 1977 pela
especialista italiana de semió-
tica, Lucia Vaina, tendo inspi-
rado autores como Umberto Eco
(1932-2016) que publicaria «The
Role of the Reader» [O Leitor
Modelo], 1984. Seguiu-se a obra
de Doreen Maître, «Literatura e
Mundos Possíveis», (1983). Em
França, o conceito de mundos
possíveis entra em circulação
em 2010 com o livro «La Théo-
rie Littéraire des Mondes Pos-
sibles» [A Teoria Literária dos
Mundos Possíveis], editada por
Françoise Lavocat. Na Euro-
pa do Leste, abordagem filosó-
fica dos mundos possíveis che-
ga aos meios académicos pela
mão do investigador checo Bo-
humil Fořt que, em 2016), publi-
cou «An Introduction to Fictio-
nal Worlds Theory» [Introdução
ao Mundo Ficcional]. Em finais
da segunda década do presente
século foi publicado «Possibles
Worlds and Contemporary Nar-
ratology» [Mundos Possíveis e
Narratologia Contemporânea],
2019, de que são autoras, Marie-
-Laure Ryan e Alice Bell.
Etc. | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023 | 9
Lubomír Doležel
Mundo possível africano
Temos cultivado o interesse
pela problemática dos mundos
possíveis em vários domínios.
Neste caso, importa referir o es-
tudo dos ciclos épicos em África.
Há o ciclo de epopeias históricas
na África Ocidental, de que são
exemplos a «Saga de Ozidi» da
Nigéria, «Soundjata» e a epopeia
mandinga «Kambili» do Mali e
Guiné. No ciclo de «Kambili» ce-
lebra-se o herói lendário Almamy
Samori Touré, soberano Malinké
que resistiu contra a presença co-
lonial europeia. Por outro lado,
existem as epopeias míticas na
África Central e epopeias corpo-
rativas na África Austral. Angola
inscreve-se no itinerário dos ci-
clos épicos míticos e corporati-
vos destas duas sub-regiões com
as narrativas orais das diferen-
tes comunidades étnicas angola-
nas, cujas personagens centrais
são autoexistentes, geradas por
si mesmas.
A leitura das narrativas mí-
ticas das literaturas orais ango-
lanas, a sua escassa divulgação
e ausência do cânone literário
permite concluir que vão faltan-
do reflexões de cariz crítico, her-
menêutico e filosófico. Por isso,
com o nosso próximo tópico de
conversa traremos, por exemplo,
os nomes próprios de alguns he-
róis épicos de narrativas ango-
lanas. Destaco Kimalawezu Kia
Ntumba-Ndala, personagem de
narrativas da literatura Kim-
bundu. No horizonte, temos a
perspectiva de realizar uma lei-
tura e olhar cruzado, exploran-
do os sentidos e as referências
Thomas Pavel
de outros dois heróis, nomeada-
mente, Kalitangi da literatura
Umbundu e Nambalisita da lite-
ratura Nyaneka-Humbi.
Conclusão
Tal como afirmava Abiola
Irele, de igual modo, no caso ver-
tente, a interpretação dos textos
orais ou de suas versões escritas
requer profundos conhecimen-
tos sobre a cosmogonia e a con-
cepção Bantu da pessoa huma-
na, uma competente teoria dos
nomes próprios e das persona-
gens ficcionais que seja cultu-
ralmente contextualizada, re-
conhecendo-se a sua dimensão
cognitiva, além da sua articula-
ção com o mundo do sagrado, o
conteúdo teleológico e a ordem
cosmogónica que suscita o inte-
resse das comunidades que ain-
da hoje cultivam a necessidade
de reproduzir tais narrativas. Aí
residem as conexões da narrati-
va com a acção colectiva, convo-
cando deste modo um trabalho
reflexivo que caracteriza a on-
tologia social, enquanto estu-
do da natureza e das proprieda-
des do mundo social. Em suma,
esse objecto que é um univer-
so abrangente, englobando ele-
mentos que estruturam a reali-
dade social em toda a sua com-
plexidade.
* Texto publicado no Jornal
de Angola, na sua edição de 22
de Outubro, aqui republicado
com autorização do autor.
** Ph.D. em Estudos de Li-
teratura, M.Phil. em Filosofia
Geral
10| Etc. | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023
8ª Apostilha Pedagógica:
Vínculos entre homens mulheres
Francisco Fragoso*
na E. Humana:
A Medicina não é apenas uma Ciência & técnica, é
outrossim,
assumidamente uma Arte de múltiplas ressonâncias
Humanas:
À modo de NP (assertivo):
A pessoa (Leia-se: a Criatura Humana) existe
como homem e como mulher, para que cada um
saía da sua natural solidão e entre num sadio e
vero
DIÁLOGO de um AMOR BELO & PLENO!
Além do facto biológico, a Sexualidade é capa-
cidade de RELAÇÃO ESPIRITUAL e CORPORAL!
Exige, destarte que seja vivida como Sinal e
parte de um DOM TOTAL RECÍPROCO!
Eis porque, evidentemente:
“
A doação física será, efetivamente um sublime
SINAL e parte de uma DOAÇÃO PESSOAL TOTAL!
§§§
§A Espécie Homo sapiens alardeia vínculos en-
tre machos e fêmeas acentuados!§
é apenas, muito Com efeito: no seio da nossa espécie, um Ho-
recentemente, mem & uma Mulher --- ou um homem e várias
mulheres --- podem estabelecer elos duradouros,
no contexto implicando, ipso facto, uma cooperação, assaz ro-
das sociedades busta, no âmbito da Educação dos filhos & da for-
mação de uma unidade económica doméstica, no
industriais seio da qual existe uma especialização das tare-
modernas, que fas vinculada ao género sexual!
o controlo da Destarte, pode-se distinguir, muito cedo na
nossa história humana, dois enormes papéis, a sa- fraquece ao fim de algum tempo, é sempre pos-
reprodução ber:
conduziu,
1) o do “caçador”, sempre em movimento, e o
pela via de um 2) do “colector”, vinculado ao lugar onde vive.
movimento
Vale a pena, sublinhar, antes de mais, que é
de inspiração apenas, muito recentemente, no contexto das so- ter contribuído, sobremaneira na evolução do ca-
ideológica, ciedades industriais modernas, que o controlo da sal e dos veros mecanismos afetivos que o susten-
(visando
abolir toda
“
discriminação
sexual) a um
igualitarismo
reprodução conduziu, pela via de um movimento
de inspiração ideológica, (visando abolir toda dis-
criminação sexual) a um igualitarismo das tare-
fas!
§A formação dos casais não é sempre uma
questão de escolha pessoal das pessoas implica-
das, em particular, no caso da mulher!§
das tarefas! Muito amiúde, o processo é robustamente in-
fluenciado pela pertença à família e ao clã, assim
OPINIÃO
Etc. | Edição nº 8
como, pela estrutura das alianças no seio da co-
munidade! Donde e daí: O casal resultante é, em
todo caso, publicamente reconhecido & cultural-
mente legitimado pelo casamento!
Eis SIM:
§um autêntico aspecto universal da organiza-
ção sócio-sexual humana!§
Para tanto a presença, praticamente em cada
cultura, do tema do amor romanesco indica que o
casal humano se encontra identicamente alicer-
çado por um elemento forte e robustamente afec-
tivo! Ab origine!
Em muitas sociedades ---designadamente nas
sociedades ocidentais do presente, em que a es-
colha pessoal do indivíduo tende transformar-se
predominante ---, os componentes psicológicos
da formação do casal, o lado romanesco do amor,
que se transforma, a pouco e pouco, num conúbio,
mais ou menos, sólido & robusto, constituem do-
ravante aspectos, altamente assumidos e ideali-
zados!
É provável, destarte, que os mecanismos afec-
tivos implicados na formação do casal evoluíram
enquanto formas de adaptação próprias ineren-
tes à nossa espécie! Demais, se o elo/vínculo en-
sível, em determinadas sociedades (individualis-
tas), estabelecer um outro, conquanto uma estru-
tura de monogamia serial possa emergir!
Enfim e, em suma: Na nossa espécie,
a adaptação do parceiro, a proteção dos filhos e,
evidentemente, o papel de protetor do pai possam
tam, obviamente!
Eis, destarte:
§A Vida & a Existência Humanas, na sua as-
sunção, genuinamente NOBRE!§
Feito em Lisboa, nesta data de Hoje: 20 Outu-
bro 2023
*(Médico & Humanista)
 Variedades
utubro de 2023
Prato cheio
Pizza Múmia
Ingredientes:
- Massa de pizza pronta
- Molho de tomate a gosto
- Ketchup a gosto
- Queijo muçarela a gosto
- Azeitona a gosto
Preparação:
1-Para a pizza múmia, faça com mas-
sa pronta de pizza no tamanho indi-
vidual.
2-Passe molho de tomate misturado
com catchup, para imitar sangue, e
leve a massa para assar de acordo
com o tempo recomendado pelo fa-
bricante.
3-Retire do forno e coloque um pouco
mais de molho.
4-Escolha uma borda da pizza e vá
Curiosidade dia das Bruxas
O Halloween tem suas origens
no “Samhain”, uma celebração cel-
ta do fim da colheita. O Dia das
Bruxas, 31 de Outubro, foi popu-
larizado nos EUA com a chegada
de imigrantes irlandeses. A Jack
O’Lantern, um dos principais sím-
bolos do Halloween, veio de uma
lenda irlandesa! A lenda urbana
segue Stingy Jack (Jack Avarento,
em português), um homem que foi
proibido de entrar no céu e no in-
ferno! Até hoje ele vaga pela noite
apenas com um carvão em chamas
dentro de um nabo esculpido para
iluminar seu caminho.
Etc. | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023 | 11
Caça-palavras
Encontre 10 palavras
sobre o Halloween:
SOLUÇÕES:
Vela
Morcego
Sangue
Santos
Terror
Travessura
Doces
Fantasma
colocando tiras de queijo muçarela,
Bruxa
trançando uma tira sobre a outra,
Abóbora
imitando as faixas do corpo da mú-
mia.
5- Faça isso até um pouco mais que a
metade da pizza.
Sete diferenças
6 No local onde não tem as faixas, co-
loque 2 rodelas de azeitonas sem ca-
roço para imitar os olhos da múmia.
7- Volte 1 minuto para derreter o
queijo e sirva em seguida.
A escultura de abóbora mais rá-
pida do mundo foi feita em apenas
16.47 segundos! Segundo o Guin-
ness World Record, o maior número
de lanternas acesas foi 30.581!
O Halloween é o segundo feria-
do mais popular nos Estados Uni-
dos, perdendo apenas para o Natal.
A noite antes do Halloween é cha-
mada de Mischief Night (Noite das
Travessuras). Skittles é o doce mais
vendido durante o Halloween. Al-
guns abrigos de animais nos EUA
aproveitam a data para promover a
adoção de gatos pretos.
RL
12| Etc. | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023 Agenda Cultural
Etc. | Edição nº 8

São Nicolau recebe estreia de “Omi Nobu”

esta sexta-feira
“Omi nobu”, longa-metragem do cabo-verdia-
no Yuri Ceuninck, que retrata o universo do
último resistente, da “aldeia fantasma” da Ri-
beira Funda, em São Nicolau, tem a sua estreia
absoluta, em Cabo Verde, esta sexta-feira, 27,
nessa ilha. Segue-se, depois, Praia e Mindelo.

A NAÇÃO

“O
mi Nobu”, con-
forme o comu-
nicado da sua
produtora, Korikaxoru Fil-
ms, são três as exibições
em São Nicolau, sendo a
primeira esta sexta-feira,
27, na Estância de Brás,
uma forma de agradecer
a população pela colabo-
ração de Quirino da Cruz,
último habitante da aldeia
da Ribeira Funda. Sábado
e domingo, o filme vai ser
exibido na Ribeira Brava
e no Tarrafal, respectiva-
mente.
Na ilha de Santiago, na ci-
dade da Praia, estão também
marcadas três exibições deste
filme de Yuri Ceuninck: a pri-
meira no Auditório do Palácio
da Assembleia Nacional, no
dia 2 de Novembro, a segun-
da e a terceira no CinePraia,
Praia Shopping, nos dias 3 e 4
do mesmo mês.
O filme variará de seguida,
para uma estreia no Mindelo,
a partir de Dezembro.
Sinopse
Conforme a sinopse envia-
da à nossa redacção, a longa
metragem aborda o universo
do último habitante da Ri-
beira Funda, em São Nicolau,
Quirino da Cruz. Nos anos 80
do século passado, os habi-
tantes dessa localidade pas-
sam por uma série de acon-
tecimentos trágicos. “Suas
superstições levam-nos a dei-
xar a vila para fugir das forças
do mal. Todos partem para se
estabelecerem na vizinha Es-
tância de Braz. Todos… exce-
to um. Apenas um homem
ficou: Quirino da Cruz, 76
anos”.
Quirino recusou a aju-
da oferecida por seus ami-
gos e autoridades locais para
realocá-lo e sempre insistiu,
com “orgulho”, que a Ribeira
Funda era “a terra do seu nas-
cimento e o túmulo da sua
morte”.
Sobrevivendo da pesca
e da agricultura, passou os
seus dias contemplando o
oceano e as “majestosas mon-
tanhas” que a sua casa. “Seus
companheiros: um galo; al-
guns pardais; e um rádio por-
tátil, a pilhas, do qual res-
soam informações do resto
do mundo”. No filme, Qui-
rino, é confrontado com um
“futuro incerto e com o peso
exaustivo do isolamento, da
doença e da velhice”.
Estas circunstâncias aca-
bam por o confrontar com a
ideia crescente de que poderá
ter que deixar a única aldeia
natal e mudar-se também
para Estância de Braz. “Deve-
rá tomar a decisão de mudar
e adaptar-se ou enfrentar a
morte sozinho na terra que o
viu nascer”, lê-se na sinopse.
De notar que, algum tem-
po após a conclusão das fil-
magens, Quirino viria a fale-
cer, durante a pandemia da
covid-19.
A estreia mundial de “Omi
nobu” aconteceu no último
FESPACO – Festival panafri-
cano de cinema e televisão
de Ouagadougou, no Burkina
Faso, um dos mais importan-
tes festivais da área no conti-
nente africano. Foi a primeira
vez, a 27 de Fevereiro, que um
filme cabo-verdiano foi exibi-
do no Ciné Neerwaya, em Ou-
agadougou. 

Acontece Aconteceu...
- Gala “Nós Kutura» com Diva - Tino, Caluca Tavares,
Barros, Sandra Horta, Bitori Ejay Santos e Tidey
Nha Bibinha, Bob Masca- Carvalho no Quintal
renhas, Gil Moreira e Braz da Música, quinta-fei- - Companhia Dança em Diálogo
Andrade, na Assembleia Na- ra,25, às 21H00. apresenta bailado “Murmúrios
cional, Praia, sábado, 28, às
de Pedro e Inês”, no Auditório
21H00.
Nacional Jorge Barbosa, Praia,
quarta-feira,25, às 19H00.
- Concerto musical
“Dja d’ Sal e Ami-
gos cantam Nhelas - Romeu di Lurdis, no
Spencer», no Anfi- Poial, Assomada, Santa
teatro José Cabral, Catarina, sábado,28, às
sexta-feira,27, às 21H00.
20H00.

- Apresentação do livro
“Baskudja Identidadi”
de Crisálida Correia, no
Centro Cultural de Cabo
Verde, sexta-feira,27, às
18H00.
 Classificados
Parte integrante da edição nº 843 do A Nação de 26 de Outubro de 2023. Não pode ser vendido separadamente.
Nos termos das alíneas b) e c) do n. º1 do artigo 5.º e da alínea e) do
artigo 9.º do Código do Mercado de Valores Mobiliários, aprova-
do pelo Decreto-Legislativo n.º 1/2012, de 27 de janeiro, alterado
pela Lei n.º 90/XI/2020, de 26 de maio, e pelo Decreto-Legislativo
n.º 101/IX/2020, de 21 de agosto, a Auditoria Geral do Mercado
de Valores Mobiliários (AGMVM), convida o público em geral a
participar na consulta pública do seguinte projeto de diploma que
estabelece o:
• REGIME JURÍDICO DO PAPEL COMERCIAL
O projeto em causa pode ser consultado no site do BCV - www.
bcv.cv - (Supervisão – Mercado de Capitais – Legislação e Regu-
lamentação – Consultas Públicas), de 4 a 31 de outubro, devendo
os interessados remeter os seus contributos por correio eletrónico
– agmvm@bcv.cv ou para o seguinte endereço:
AGMVM – Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários
Avenida OUA, nº 02 – Achada Santo António
C.P. nº 7954 - 094
Praia - Cabo Verde
ANÚNCIO
Consulta Pública sobre Metodologias dos Modelos de Custeio redes fixas, re-
des móveis e compressão de margens, no quadro do financiamento do Banco
Mundial ao governo de Cabo verde, no PROJECTO DIGITAL CABO VER-
DE (PDCV- ID Nº P171099)
A Agência Reguladora Multissetorial da Economia – ARME vem por esta via
informar que se encontra em curso, por um período de 30 (trinta) dias de calen-
dário, a partir de 23 de outubro de 2023, a Consulta Pública sobre Metodologias
dos Modelos de custeio redes fixas, redes moveis e compreensão de margens.
O referido documento encontra-se disponível na página da ARME www.arme.
cv .
Neste sentido, a ARME convida o público em geral a participar na referida Con-
sulta Pública e solicita o envio das contribuições e/ou comentários, preferen-
cialmente, para o endereço eletrónico cp.metodologia.modelo.custeio@arme.cv,
sem prejuízo do envio pelas vias tradicionais - correio ou pessoalmente, para o
seguinte endereço:
Agência Reguladora Multissetorial da Economia – ARME
Sede: Avenida da China, Chã d’Areia, Piso 5 º
C.P. n.º 892, Praia - República de Cabo Verde
Para que as contribuições e comentários sejam admitidos, os remetentes deverão
estar devidamente identificados.
Praia, 20 de outubro de 2023.
ANÚNCIO
“ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA PAUL WATER CV”
ILHA DO SAL
A Direção Nacional do Ambiente torna público que no âmbito do Decreto –
Lei 27/2020, de 19 de março, que estabelece o regime jurídico de Avaliação
de Estudos de Impactes Ambientais dos projetos públicos ou privados sus-
cetíveis de produzirem efeitos no ambiente, no seu artigo 15º - participação
pública, encontra-se à disposição do público em geral o Estudo de Impacte
Ambiental do projeto denominado “ ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE
ÁGUA PAUL WATER CV” – PALMEIRA - ILHA DO SAL do propo-
nente Paul Water CV – Produção e Distribuição de Água, Sociedade Uni-
pessoal, Lda para conhecimento, consulta e comentários dos interessados. O
referido Estudo encontra-se dentro das horas normais de expediente, de 10 de
outubro a 20 de novembro nos seguintes locais:
- www.maa.gov.cv;
- Direção Nacional do Ambiente – Localizado em Chã de Areia;
- Câmara Municipal do Sal;
- Delegação Regional do Ministério da Agricultura e Ambiente na Ilha do
Sal.
Obs: Os comentários, questões ou outros contributos escritos poderão ser
enviados para o seguinte contato eletrónico: rosiana.semedo@maa.gov.cv
Cidade da Praia, 13 de outubro de 2023
- ANÚNCIO DE ABANDONO DE POSTO DE TRABALHO -
A Sociedade YPPeople Cabo Verde, empresa de trabalho temporário,
Lda., (YPPeople), com sede com sede na Avenida Cidade Lisboa, Vár-
zea, Praia, NIF nº 256025860, matriculada na Conservatória dos Regis-
tos, Comercial e Automóvel da Praia sob o nº 2838/2008/09/16, notifica
a Sra. ELSA FERREIRA GOMES, Operadora de Telecomunicações, co-
laboradora desta empresa, residente em parte incerta, ausente do serviço,
sem qualquer comunicação/justificação de faltas desde o dia 02 de julho
de 2023 até a presenta data, pelo que, nos termos do disposto no artigo
244º do Código Laboral Cabo-verdiano, as referidas ausências injustifica-
das configuram abandono de lugar de trabalho.
Assim, para todos os efeitos legais, a SQCV, LDA., considera que V. Ex-
cia. rescindiu o contrato de trabalho celebrado, com todas as consequên-
cias legais que advém no artigo 245º do mesmo diploma legal.
Praia, aos 27 de setembro de 2023.
Pela Diretora Administrativo e Financeiro
____________________
/Ariana Ramos/
2 | Classificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023
DPAACP - Área de Contratação
Pública e Apoio Geral
Anúncio Público
Procedimento de concurso público, nacional nº 05/2023, por lotes, para a contratação de serviço de
segurança privada e prestação de serviços de transporte dos Agentes de segurança do Banco de Cabo Verde
1. Entidade adjudicante: Banco de Cabo Verde, BCV, com sede na
Avenida OUA, n.º 2, C.P n.º 7954-094, Achada de Santo António, Ci-
dade da Praia, Santiago - Cabo Verde, telefone (+238) 260 70 00.
2. Órgão competente para a decisão de contratar e órgão com-
petente para autorizar a despesa: Conselho de Administração do
Banco de Cabo Verde, através da deliberação C.A 045/04/2023, de
13/02/2023, que aprova o Plano Anual de Aquisições do BCV para
2023.
3. Entidade responsável pela condução do procedimento: Depar-
tamento de Património, Segurança e Administração, Área de Contra-
tação Pública e Apoio Geral, Unidade de Estrutura a quem compete
as aquisições no BCV, telefones (+238) 260 70 93, (+238) 260 71 00
/ (+238) 260 73 22 e (+238) 260 73 72 e e-mails: contratacaopublica-
bcv@bcv.cv.
4. Objeto do concurso: Contratação de serviço de segurança privada
e prestação de serviços de transporte dos Agente de segurança do Ban-
co de Cabo Verde.
5. Local de execução do contrato: Os serviços objeto do procedi-
mento, sem prejuízo de ser indicado outro lugar para a prestação dos
serviços, desenvolver-se-ão:
a. Para o Lote 1: Nas instalações do edifício sede do BCV e do
edifício Economato, em Achada de Santo António e Chã de Areia,
respetivamente; e
b. Para o Lote 2: Nos termos das especificações técnicas do Anexo
II ao caderno de encargos.
6. Prazo de execução do contrato: 12 (doze) meses, caducando auto-
maticamente e sem dependência de quaisquer formalidades no termo
do seu prazo de vigência, se não for expressamente renovado, sendo
que o Concorrente deverá ter a capacidade para iniciar o serviço a
qualquer momento após a assinatura do contrato a concertar entre as
partes. Sem prejuízo do prazo de vigência do contrato ser prorrogado
mediante avaliação positiva, por igual período, até ao limite de 3 (três)
anos, a contar do período de vigência inicial, salvo denúncia de qual-
quer das partes.
7. Obtenção dos documentos do concurso: Os documentos relativos
Classificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 20
ao presente concurso devem ser solicitados através do endereço ele-
trónico: contratacaopublicabcv@bcv.cv
8. Divisão em lotes: Concurso repartido por lotes, podendo os interes-
sados apresentar as propostas para um, ou ambos os lotes, distribuídos
da seguinte forma:
a. Para o Lote 1: Contratação de uma empresa especializada, tecnica-
mente habilitada e legalmente autorizada, para prestação de serviços
de segurança privada, nas instalações do Banco de Cabo Verde; e
b. Para o Lote 2: Prestação de serviços de transporte dos Agentes de
seguranças internos (colaboradores) do Banco de Cabo Verde.
9. Requisitos obrigatórios para a apresentação de propostas: Po-
dem ser admitidas pessoas coletivas, nacionais, que detenham capaci-
dade para a execução do contrato a adjudicar e que não se encontrem
em nenhuma das situações referidas no artigo 70.º do Código da Con-
tratação Pública; e ainda:
a. Para o lote 1:
i. Experiência comprovada de 3 (três) anos na prestação de servi-
ços de segurança privada em edifícios de grande porte ou de insta-
lações críticas; e
ii. Alvará atualizado para prestar serviço de segurança privada, nos
termos da Lei.
b. Para o lote 2:
i. Qualificação e experiência em transporte coletivo de passagei-
ros; e
ii. Viaturas adequadas (em condições de segurança e higiene) para
prestação deste serviço.
10. Não são admitidas: Propostas por um agrupamento de concorren-
tes; Pessoas singulares; Propostas variantes.
11. Modo de apresentação das propostas: Em envelope fechado e
lacrado, entregue diretamente na sede da entidade adjudicante ou re-
metido por correio registado para a morada da entidade adjudicante;
ou ainda, por correio eletrónico, com anexos encriptados ou mediante
a disponibilização de um link (para que o download seja efetuado no
momento da receção), desde que seja remetido dentro do prazo, de-
vendo os documentos disponibilizados estar encriptados, e remetidos
para o endereço: contratacaopublicabcv@bcv.cv devendo a chave de
desencriptação ser entregue no ato público de abertura das propostas,
ssificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023
respeitando as indicações definidas no programa de concurso.
12. Língua: As propostas, bem como os documentos que as
acompanham, devem ser apresentadas em língua portuguesa.
13. Data e horário de visita técnica aos edifícios do BCV (Para
o Lote 1): Será realizada uma visita técnica única, (opcional) no
dia 23 de outubro de 2023, pelas 15h00, aos postos de vigilân-
cia nas instalações da sede do BCV e do edifício economato, em
Achada de Santo António e Chã de areia, respetivamente. Os in-
teressados em participar da visita deverão enviar a manifestação
de interesse aos endereços indicados no presente anúncio.
14. Data de apresentação de propostas: Os interessados devem
entregar as propostas até ao dia 09 de novembro de 2023, entre as
08h00 (oito horas) e as 16h30 (dezasseis horas e trinta minutos).
15. Prazo de manutenção das propostas: Os concorrentes fi-
cam vinculados à manutenção das propostas pelo prazo de 90
(noventa) dias, contados da data de termo do prazo fixado para a
apresentação das propostas.
16. Critério de adjudicação: O critério de adjudicação é o da
proposta economicamente mais observando o método de avalia-
ção da qualidade e custo, de acordo com os respetivos lotes e com
os fatores e ponderações abaixo referidos:
a. Para o Lote 1: 40% para o preço e 60% para qualidade técnica
(com dois subcritérios de avaliação);
b. Para o Lote 2: 70% para o preço e 30% para qualidade técnica
(com dois subcritérios de avaliação).
17. Ato público de abertura das propostas: O ato público de
abertura das propostas tem lugar na sede do Banco de Cabo Ver-
de, no dia 10 de novembro de 2023, pelas 10 horas, podendo os
concorrentes participar presencialmente ou via videoconferência,
e intervir todos os concorrentes e representantes dos concorrentes
devidamente credenciados para o efeito.
18. Cauções e garantias: Caução de boa execução do contrato
para garantia do cumprimento das obrigações legais e contratuais
assumidas perante e entidade adjudicante.
19. Identificação do autor do anúncio: Área de Contratação Pú-
blica e Apoio Geral do Banco de Cabo Verde.
20. Lei aplicável ao procedimento: Código da Contratação Pú-
blica, aprovado pela Lei nº 88/VIII/2015, de 14 de abril de 2015.
Data do envio do anúncio
Praia, 19 de outubro de 2023.
Classificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023 | 3
ANÚNCIO
CONCURSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
A Agência de Aviação Civil (AAC) é uma Entidade Reguladora Independente que
tem a missão de regular e promover o desenvolvimento seguro, regular, eficiente
e sustentável da Aviação Civil em Cabo Verde.
Visando o reforço do seu capital humano, a AAC pretende contratar colaborado-
res para exercer as seguintes funções:
• 1 (UM) MÉDICO AVALIADOR (m/f)
• 1 (UM) TÉCNICO DE COMUNICAÇÃO E IMAGEM (m/f)
Se está motivado para trabalhar num ambiente desafiador e cumpre com os re-
quisitos indicados nos termos de referência, não deixe passar esta oportunidade
de integrar uma equipa dinâmica e construir uma carreira de sonho num setor
fascinante!
Poderá apresentar a sua candidatura até o dia 10 de novembro de 2023, envian-
do-a para o endereço eletrónico recrutamento@aac.cv, via correios ou entregan-
do-a diretamente nas instalações da AAC, em envelope fechado, indicando no
exterior apenas a referência da vaga para a qual se candidata (MÉDICO
AVALIADOR ou TÉCNICO DE COMUNICAÇÃO E IMAGEM), no ende-
reço seguinte:
Agência de Aviação Civil – Achada Grande Frente, CP 371 – Praia, Cabo Verde
Para aceder aos termos de referência e outras informações de interesse consulte o
site da AAC em www.aac.cv.
Agência de Aviação Civil, Praia, 18 de outubro de 2023.
TRIBUNAL JUDICIAL DA COMARCA DO PAUL
- ANÚNCIO JUDICIAL -
Autos - Divorcio Litigioso, registados sob n.° 26/23/24
Requerente - MARIA DA CONCEIÇÃO BRITO BARROS DE PINA,
residente nesta cidade das Pombas.
Requerido - JOSÉ ANTONIO BRITO BARROS DE PINA, maior, ca-
sado, nascido aos 18-10-1978, filho de Luciano de Pina e de Antonia de
Barros, natural da freguesia de São Lourenço dos Órgãos, São Filipe.
-0-
FAZ SABER que no processo e Tribunal acima indicados, é citado o re-
querido JOSÉ ANTONIO BRITO BARROS DE PINA, com ultima re-
sidência em 116 BIRCH STREET ASHTON UNDER LYNE OL7 0HW
LANCASHIRE, REINO UNIDO, para no prazo de VINTE DIAS, que
começam a correr depois de finda a dilação de TRINTA DIAS, contada da
data de segunda e ultima publicação deste anuncio, contestar querendo, os
autos acima identificados.
Cidade das Pombas, 20 de outubro de 2023.
4 | Classificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023 Classificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 20

ANÚNCIO
CONCURSO PÚBLICO
Nº4/2023

SERVIÇO DE CONSULTORIA PARA ADAPTAÇÃO PCCS DA CÂMARA MUNICIPAL DA PRAIA, AO

ABRIGO DO DECRETO-LEI Nº 09/2013 DE 26 DE FEVEREIRO – PLANO DE CARGOS CARREIRAS E SA-
LÁRIOS DOS FUNCIONÁRIOS DO REGIME GERAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Procedimento N.º 4 /UGA-CMP/2023

Cidade da Praia, 26 de outubro 2023

1.Entidade Adjudicante:
A Câmara Municipal da Praia, sito em Praça Alexandre Albuquerque – C.P.
108 – Praia – Santiago – Cabo Verde Tel.: +(238) 5347000, por este anúncio,
faz saber que se encontra aberto, a partir da data da publicação do presente
anúncio no site da Câmara Municipal da Praia, o concurso público nacional,
para o serviço de consultoria para adaptação PCCS da Câmara Municipal da
Praia, ao abrigo do Decreto-lei nº º09/2013 de 26 de fevereiro – Plano de Car-
gos Carreiras e Salários dos Funcionários do Regime Geral da Administração
Publica.
2.Órgão competente para a decisão de contratar e realizar a despesa
Câmara Municipal da Praia através do Despacho do Senhor Presidente.
As propostas e todos os documentos que a acompanham devem ser submetidos
de acordo com os requisitos definidos Programa do Concurso.
12. Língua
As propostas bem como os documentos que as acompanham devem ser redigi-
das em língua portuguesa, que será igualmente utilizada para as comunicações
formais de e para a Entidade Adjudicante.
13. Critério de adjudicação
A adjudicação será feita segundo o critério da proposta economicamente mais
vantajosa para a entidade adjudicante, de acordo com a metodologia de avalia-
ção constante do termo de referência.

3. Entidade responsável pela condução do procedimento 14. Pedido de esclarecimentos

A Unidade de Gestão de Aquisições- UGA da Câmara Municipal da Praia.
4. Financiamento
As despesas inerentes à celebração do contrato serão da Câmara Municipal
da Praia.
i. Os interessados poderão solicitar, por escrito através do endereço ele-
trónico uga@cmp.gov.cv esclarecimentos relativos à boa compreensão e
interpretação dos Documentos do presente Procedimento, até o dia 09 de
novembro de 2023

5. Objeto do Concurso
O presente concurso tem por objeto serviço de consultoria para Adaptação do
PCCS da Câmara Municipal da Praia, ao abrigo do Decreto-lei nº º09/2013 de
26 de fevereiro – Plano de Cargos Carreiras e Salários dos Funcionários do
Regime Geral da Administração Publica, e quadro de pessoal de acordo com
as especificações técnicas do Termo de Referencia.
6. Local da execução do contrato
O local da execução do Contrato é a Câmara Municipal da Praia.
7. Prazo de execução do Contrato
O prazo da execução do Contrato é de 120 (cento e vinte) dias corridos.
ii. Os pedidos de esclarecimentos serão respondidos, também por escrito,
para o correio eletrónico indicados pelo interessado, até o dia 15 de novem-
bro de 2023.
15. Data entrega das propostas
As propostas serão entregues até ao dia 17 de novembro de 2023, das 08 horas
até 16 horas no Edifício Técnico da Câmara Municipal da Praia, sito Fazenda.
16. Ato público
i. O ato público de abertura das propostas terá lugar no Edifício Técnico da
Câmara Municipal da Praia, sito Fazenda, no prazo de 48 horas após término
do prazo de entrega das propostas às 09 horas.

8. Obtenção dos documentos do concurso
Os documentos do procedimento são obtidos através de pagamento no valor de
25.000$00 (vinte cinco mil escudos) pago por depósito bancário/transferência
na conta da CMP: BCA NIB: 0003 0000 11645627101 76; CECV NIB: 0002
0000 1380812101 32; BI NIB: 0005 0000 03096144101 97, BCN NIB: 0004
0000 01209760101 57; Banco BAI NIB: 0008 1002 00012768001 29, sendo
o comprovativo enviado para o Email : uga@cmp.cv
9. Proposta variantes:
Não é admitida a sua apresentação.
10. Requisitos de admissão:
Podem ser admitidas todas as empresas nacionais que não se encontrem em ne-
nhuma das situações referidas no artigo 70º do Código da Contratação Pública.
ii. Se às 48 horas coincidir com fim de semana ou feriado o ato público será
transferido para o 1º dia útil da semana às 09 horas no Edifício Técnico da
Câmara Municipal da Praia, podendo no mesmo intervir todos os concorrentes
e os representantes dos concorrentes devidamente credenciados para o efeito.
17. Negociação
Não há lugar a negociação.
18. Lei aplicável ao procedimento
O presente Procedimento é regulado pela legislação cabo-verdiana, incluindo
o Decreto-lei nº 50/2015 de 23 de setembro, que aprova o Regime Jurídico dos
Contratos Administrativos e a Lei n°- 88/VIII/2015, que aprova o Código da
Contratação Pública.

11. Modo de apresentação das propostas: Câmara Municipal da Praia, 26 de outubro de 2023
ssificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023
Programme CVE/389
Programme Eau et Assainissement
AVIS D’APPEL D’OFFRES Nº CVE/389•23 6243
TITRE : Fourniture de matériel pour les interventions de réduction des pertes d’eau dans le
réseau d’approvisionnement de la ville de Praia (Biens)
dans le cadre du Programme CVE/389 financé sur des ressources des gouvernements de la République
du Cabo Verde et du Grand-Duché de Luxembourg
Cet avis est lancé par et selon les procédures de l’agence luxembourgeoise pour
la Coopération au développement (LuxDev), pour le compte du programme
CVE/389 recevant un appui financier des gouvernements de la République du
Cabo Verde et du Grand-Duché de Luxembourg.
1. Identification et financement du Programme
a) Intitulé : Programme CVE/389 Eau et Assainissement
b) Source de financement : Le Gouvernement de la République de Cabo Verde
et le Gouvernement du Grand-Duché de Luxembourg comme défini dans le
Protocole de Programme nº CVE/389 du 12 janvier 2022
Situation du financement : Approuvé
2. Identification du Marché
a) Type de Marché : Biens
b) Objet : Fourniture de matériel pour les interventions de réduction des
pertes d’eau dans le réseau d’approvisionnement de la ville de Praia
c) Numéro : CVE/389•23 6243
d) Nombre de lots : 1
e) Groupement de lots : N/A
3. Critères d’éligibilité et d’évaluation
a) Origine : pas de restriction
b) Éligibilité : les entreprises qui satisfont aux critères inclus dans la déclara-
tion sur l’honneur et dans les clauses déontologiques de la réglementation
générale
c) Évaluation : l’offre administrativement conforme et techniquement substan-
tiellement conforme la moins disante sera déclarée attributaire
d) Variantes : aucune variante ne sera prise en compte
4. Lieux et délais
a) Localisation du Programme : Cabo Verde - île de Santiago - Praia
b) Conditions et lieu de livraison : DDP à Praia, île de Santiago - Cabo Verde
c) Délai d’exécution du Marché : 3 mois
d) Délai de validité des offres : 90 jours à compter de la date limite pour la
réception des offres
5. Définitions
a) Pouvoir adjudicateur : Lux-Development
b) Autorité contractante : Lux-Development
c) Bénéficiaire : Águas de Santiago (AdS)
d) Superviseur : Programme CVE/389
e) Bailleur de Fonds : Grand-Duché de Luxembourg
f) Représentant du Bailleur de Fonds : LuxDev
6. Dossier d’Appel d’Offres (DAO)
a) Conditions d’acquisition : le DAO peut être acquis gratuitement par email:
Email : ines.pereira@luxdev.lu c/c
nathaly.santos@luxdev.lu
b) Notifications et communications écrites, à envoyer par email à :
Classificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023 | 5
ines.pereira@luxdev.lu c/c :
nathaly.santos@luxdev.lu
c) Date limite pour les demandes d’informations complémentaires : 14 jours
avant la date limite de réception des offres
d) Date limite pour la fourniture d’explications aux soumissionnaires : 8 jours
avant la date limite de réception des offres
7. Langue, monnaie, réception et ouverture des offres
a) Langue : La langue de la procédure est le français. Toutefois, certains docu-
ments techniques et administratifs (CST) sont en portugais.
b) Monnaie : EUR
c) Adresse pour la réception et l’ouverture : 1 original et 2 copies, à envoyer au :
Programme CVE/389
c/o LuxDev Bureau Cabo Verde
Edificio da Embaixada do Grão-Ducado de Luxemburgo
C.P. 458
Quebra Canela – Praia
Santiago – Cabo Verde
d) Date et heure limite pour la réception des offres : 02.11.2023 à 10h00 (heure
locale)
e) Date et heure pour la séance publique d’ouverture : 02.11.2023 à 10h30 (heu-
re locale)
8. Garanties
a) Garantie de soumission : 4 600 EUR
b) Garantie de Bonne exécution : 10 % du montant du marché
c) Autres : voir DAO
9. Paiements
Tous les paiements éligibles dans le cadre du présent marché seront effectués par
LuxDev pour le compte du programme CVE/389.
10. Réunion d’information et/ou Visite des lieux
N/A
11. Prestations complémentaires ou additionnelles
Le présent marché ne prévoit pas d’acquisition de biens complémentaires ou
additionnels. En cas d’acquisition de biens complémentaires ou additionnels
(non prévue initialement), leur valeur sera limitée à maximum 50 % du montant
du marché initial.
12. Renseignements complémentaires : voir DAO
6 | Classificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023
Ministério da Agricultura
e Ambiente
Programme CVE/389
Programme d’Appui Sectoriel Eau
et Assainissement
AVIS D’APPEL À MANIFESTATIONS D’INTÉRÊT CVE/389 • 23 6311
Titre : Assistance technique pour la revue du PLENAS - Plan straté-
gique national pour l’eau et l’assainissement, ESGAS - Stratégie sociale
et genre pour le secteur de l’eau et de l’assainissement au Cabo Verde et
AASEN - Évaluation stratégique environnementale et sociale nationale
Montant maximum : 50 000 EUR - Délai d’exécution de 6 mois dont
100 jours de prestations.
L’agence luxembourgeoise pour la Coopération au développement (LuxDev)
lance un AMI pour l’acquisition de services « Assistance technique pour
la revue du PLENAS - Plan stratégique national pour l’eau et l’assai-
nissement, ESGAS - Stratégie sociale et genre pour le secteur de l’eau
et de l’assainissement au Cabo Verde et AASEN - Évaluation stratégi-
que environnementale et sociale nationale» pour le compte du programme
CVE/389 financé avec des fonds des gouvernements de la République du
Cabo Verde et du Grand-Duché du Luxembourg.
Les prestataires invités à manifester leur intérêt à fournir les services précités
sont les bureaux d’études et de consultance de droit privé, légalement consti-
tués (à l’exclusion des organisations non gouvernementales, des associations
sans but lucratif et des opérateurs publics) et spécialisés dans le secteur de
l’eau et de l’assainissement.
À titre indicatif, les prestataires intéressés devront démontrer leur capacité
technique et leur expérience dans les domaines de la planification et du
développement institutionnel dans le secteur de l’eau et assainissement,
ainsi que dans le domaine de l’environnement.
Le début des services est prévu pour décembre 2023 et pour une durée de
6 mois. Les prestataires de services doivent être disponibles pour la pério-
de prévue et disposés à intervenir dans l’île de Santiago au Cabo Verde. Le
budget maximum disponible pour le marché est estimé à 50 000 EUR (hors
taxes).
Les prestataires de services intéressés sont invités à fournir la documentation
nécessaire et suffisante pour répondre aux critères de sélection. Le dossier,
incluant les critères de sélection et le formulaire de manifestation d’inté-
rêt, est disponible sur simple demande à l’adresse suivante.
E-mail : ines.pereira@luxdev.lu
c/c : nathaly.santos@luxdev.lu
La liste restreinte des candidats invités à soumettre une offre sera établie à
partir d’un minimum de trois et un maximum de huit candidats évalués qua-
lifiés, classés si nécessaire selon les critères de sélection.
Les manifestations d’intérêt, en français exclusivement, doivent parvenir le
06.11.2023 à 14h00 (heure locale) au plus tard à l’adresse suivante :
Lien pour le dépôt : https://luxdev1-my.sharepoint.com/:f:/g/personal/
ines_pereira_luxdev_lu/EqbhcenUov9Fq0kwNBPlsRYBmhUP33-tJ3wt8f-
ZiB4sXKQ
Les demandes de clarifications sont à adresser à l’adresse e-mail ci-dessus.
Uniquement les candidats retenus sur la liste restreinte seront invités à
soumettre une offre.
Les prestataires intéressés par cet AMI peuvent aussi consulter le site Web de Lux-
Dev : www.luxdev.lu (Avis d’appel d’offres : Services - Statut : Information - Région :
Afrique)
Classificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 20
TRIBUNAL JUDICIAL DA COMARCA DA PRAIA
1º JUÍZO CÍVEL
ANÚNCIO Nº 46/2023 (1ª PUBLICAÇÃO)
O Sr. Dr. FILOMENO ROCHA AFONSO, JUIZ DE DIREITO, DO PRI-
MEIRO JUÍZO CÍVEL DO TRIBUNAL JUDICIAL DA COMARCA DA
PRAIA;
***//***
FAZ SABER que pela Secretaria do lº Juizo Civel do Tribunal Judicial
da Comarca da Praia, correm termos os autos de Ação Ordinária, reg. sob
o nº 25/2023, no qual, por este meio, são CITADOS os Réus HENRIQUE
DUARTE MONTEIRO e SR.ª NANDA, ambos casados entre si, Cabo -Ver-
dianos, com última residência conhecida em Achada Santo António, Rua Ta-
banca, emigrantes em França, residentes em parte incerta da França, para no
prazo de Vinte (20) dias (arts.º 220º,226º e 227º do CPC) que se contarão
depois de finda a dilação de Trinta (30) dias (art.º 231º, nº2, al.cl) do CPC),
contados depois da 2ª e última publicação deste anúncio, contestarem, que-
rendo, a acção supra indicada que lhe move a Autora ENEIDA CORREIA
GONÇALVES, sob pena de a falta de contestação importar a confissão dos
factos articulados pela Autora;
O pedido da Autora consiste em requerer que a ação seja considerada pro-
cedente, por provada, e em consequência sejam os réus: condenados a repa-
rar os danos patrimoniais e prejuízos e também danos morais e psicológicos
causados a autora; condenado no pagamento a autora de 3.000.000$00 (três
rnilhões de escudos) relativo ao valor dos Investimentos feitos com a repara-
ção e manutenção do Espaço de Restaurante (obras de construção civil); ser
condenado a indemnizar a autora todos os lucros que podia ser obtido se não
sofresse esses prejuízos causados; também ser indemnizado pelos danos mo-
rais e psicológicos no valor de cento e cinguenta mil escudos) e nas custas do
Processo, taxa de Justiça, Taxa de Procuradoria condigna nos valores nunca
inferior ao 10% do valor da causa e os honorários a favor dos advogados,
como rnelhor consta do duplicado da petição inicial e dos documentos, que se
encontram na Secretaria deste Juizo para lhe ser entregue, quando solicitado;
Faz ainda saber aos Réus que é obrigatória a constituição de advogado na
presente ação; que, com a sua defesa a apresentar, deverá no prazo de cinco
(05) dias, efetuarem o pagamento do preparo inicial nos termos do art.º 61º
do Código das Custas Judiciais (CCJ), sob pena da sua cobrança acrescida
de taxa de justiça igual ao dobro da sua importância, ao abrigo do disposto
no artº 66º do citado diploma, sendo advertida de que a falta deste pagamen-
to implica a imediata instauração de execução especial para a sua cobrança
coerciva, nos termos do presente Código e que poderão requerer o benefício
de Assistência judiciária, diretamente no Juízo, ou no prazo de dois dias a
contar da citação, junta da Ordem dos Advogados de Cabo Verde, apresen-
tando logo os elernentos cornprovativos da sua insuficiência econórnica.
Para constar, se lavrou este anúncio, que será entregue ao autor, na pessoa
dos mandatários constituidos, para efeito de 1ª publicação:  
Secretaria do lº Juízo Cível da Praia, aos 31 do mês de julho do ano dois
mil e vinte e três.
Campo de Justiça, Palmarejo, Cidade da Praia, tel. 3336418 / 3336459/9580596
ssificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023
REPÚBLICA DE CABO VERDE
TRIBUNAL JUDICIAL DA COMARCA DE SÃO FILIPE/FOGO
= JUÍZO CÍVEL
ANÚNCIO JUDICIAL =
REG. N°09 /JP/TJCSF/2023/24
FAZ SABER que neste Juízo, correm termos uns autos de Acção Es-
pecial de Justificação Judicial, registados sob o no 190/2023, movido pelo
(a, s) autor (a, es) INÁCIO DE PINA ALVES E ESPOSA LEONILDE
DE PINA ARAÚJO ALVES, maiores de idade, casados, residentes em São
Filipe, representado (a, s) pelo mandatário judicial, Drs. Manuel Roque Silva,
Júnior e Meliça Gonçalves, advogados, com escritório e residência na cidade
da Praia, contra os RÉUS MINISTÉRIO PÚBLICO, INTERESSADOS IN-
CERTOS E MÁRIO GOMES CORREIA, maior de idade, natural do Fogo,
residente em parte incerta dos EUA, com ultima morada conhecida em São
Filipe, no prédio onde funcionava o Bar Copa Cabana e hoje armazém do
Inácio, perto do minimercado Cíntia e Inácio.
São citados os Réus - INTERESSADOS INCERTOS E MÁRIO GO-
MES CORREIA, com as seguintes advertências legais:
a).. Para no prazo de DEZ DIAS, que começa a correr depois de finda
a dilação de QUARENTA DIAS, contados da segunda e última publicação
do anúncio, deduzir, quando se julguem com melhor direito ou com direito
igual ao daqueles a justificação judicial sobre o (s) prédio (s) infra descrimi-
nado (s), pelos fundamentos constantes do duplicado da petição inicial, cuja
cópia encontra-se depositado neste cartório para ser entregue logo que for
solicitado;
VERBAS: “Um prédio urbano, coberto de telha, tendo rés-do-chão
com duas salas, uma cozinha e duas casas de banho, sito em São Fili-
pe, centro da cidade, inscrito na matriz sob no 646/0, da freguesia de
Nossa Senhora da Conceição, Concelho de São Filipe, com uma área de
102.18m2 e valor matricial de 2.044.000S00 (dois milhões e quarenta e
quatro mil escudos), confrontando a Norte e Oeste com via publica, Sul
com lote 214 e Este com lote 217”.
FAZ SABER ainda, de que é obrigatória a constituição de Advogado na
referida acção, de que deverá no prazo de CINCO DIAS pagar o preparo ini-
cial, sob pena de efetuá-lo acrescido de taxa de justiça igual ao dobro da sua
importância, a contar da data da entrega da contestação na Secretaria do Tri-
bunal da Comarca do Fogo - São Filipe, nos termos do artigo 66o do Código
das Custas Judiciais e que tem a faculdade para juntamente com a oposição,
requerer o beneficio de Assistência Judiciária, devendo este ser em requeri-
mento autónomo e que poderá fazê-lo em relação à Ordem dos Advogados
de Cabo Verde ou sua Delegação, solicitando a designação de um Advogado,
juntando desde logo os elementos comprovativos da sua insuficiência eco-
nómica, sendo no prazo máximo de DOIS DIAS, dias, contados da citação.
São Filipe, 18 de outubro de 2023.
S.Filipe Fogo C.P. 03 - Telefone #(0238/3338174 Fax #(0238)2812829 - Cabo Verde
REPÚBLICA DE CABO CABO VERDE
Tribunal da Relação de Sotavento
ANÚNCIO
Ação Especial de Revisão e Confirmação da Sentença Estrangeira n. 62/2023. Reque-
o
rente: José Helder Azancot Barbosa mendes.
Requerido(a): Dulce Maria Lopes Almeida.
********
A Dr.ª Samyra Oliveira Gomes dos Anjos, Juiz Desembargadora do Tribunal da Re-
lação de Sotavento.
Faz saber que, no processo e no Tribunal acima indicados, correm éditos contados
da segunda e última publicação do anúncio, citando a Requerida Dulce Maria Lopes Al-
meida, maior, natural da Guiné-Bissau, residente em parte incerta dos Estados Unidos da
América, com última residência conhecida no País em Terra Branca, para no prazo de 10
(dez) dias, que começa a correr depois de finda a dilação de 30 (trinta) dias, querendo, de-
duzir a sua oposição ao presente pedido de Revisão e Confirmação de Sentença Estrangeira,
(divorcio decretado pelo Tribunal de sucessões e de Família do Estado de Massachusetts,
Estados Unidos da América), pelos factos e fundamentos constantes na P.I., depositada
Classificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023 | 7
TRIBUNAL JUDICIAL DA COMARCA DA BRAVA
C. P. n.o 63- Telefone 285-13-53 Móvel 516-23-17
ANÚNCIO JUDICIAL =
A Exma. Sr.ª Dr.ª Evanilda Cabral de Brito, Juiz de Direito do Tribunal Ju-
dicial da Comarca da Brava.
FAZ SABER que na Secretária do Tribunal Judicial da Comarca da Brava,
corre os seus termos legais os autos de Acção Declarativa Comum Ordinária,
registados sob o n.o 01/2023-24, movido pelo autor - TERCEIROS INCER-
TOS, JOSÉ DOMINGOS GONÇALVES DA SILVA, contra os réus MUNI-
CÍPIO DA BRAVA E TERCEIROS INTERESSADOS, para no prazo de 20
(VINTE) DIAS, finda a dilação de 30 (TRINTA) DIAS, contados da data da
segunda e última publicação do respectivo anúncio, CITANDO, os réus, para
querendo, contestarem os supracitados autos, cujos fundamentos constam do
duplicado da petição inicial que se encontram a disposição dos mesmos na se-
cretária deste Tribunal, com advertência de que a falta da contestação importa
a confissão dos factos articulados pelo autor, e que consiste em que seja o autor
declarado a existência do direito e reconhecido o direito de propriedade sobre
a casa e os terrenos, abaixos referidos, por os terem adquirido por usucapião -
aquisição originária e seja determinada as suas inscrições no Registo Predial.
1. reconhecer qualidade do autor legítimo possuidor dos prédios (terrenos) se-
guintes: a. prédio urbano, com a área de 305m2, em Pé de Rocha, com n.o de
matriz predial 1475/0, b. prédio rústico, com área de 34,13m2, em Pé de Rocha,
com n.o de matriz predial 1328/0, c. prédio rústico, com área de 816m2, em
trás de Cova, com n.o de matriz predial 980/0, d. prédio rústico, com área de
5719m2, em Fontainha (campo das fontes), com n.o de matriz predial 9534/0, e.
prédio rústico, com área de 408m2, em Pé de Rocha, com n.o de matriz predial
15771/0, f. prédio rústico, com125m2, em Pé de Rocha, com n.o de matriz pre-
dial 5779/0, g. prédio rústico, com 136m2, em Pé de Rocha, com n.o de matriz
predial 5791/0, h. prédio rústico, com 36m2, em Pé de rocha, com n.o de matriz
predial 5793/0, i. prédio rústico, com 204m2, em Pé de Rocha, com n.o de ma-
triz predial 5799/0, j. prédio rústico, com 408m2, em Pé de Rocha, com n.o de
matriz predial 5854/0, k. prédio rústico, com 1634m2, em Clara Gonçalves, com
n.o de matriz predial 13148/0, 1. prédio rústico, com 161m2, em Calvário, com
n.o de matriz predial 5695/0, m. prédio rústico, com 272m2, em Pé de Rocha,
com n.o de matriz predial 5796/0 e n. prédio rústico, com 272m2, em Pé de
Rocha, com n.o de matriz predial 5806/0.
• que são obrigatórios a constituição de advogado;
• que deverão no prazo de Cinco Dias, a contar da apresentação das contesta-
ções, efetuarem o preparo inicial no montante de 11.000$00 e, não o fazendo no
prazo legal, serão notificados para o fazerem acrescido da taxa de justiça igual
ao dobro da sua importância e que a falta deste pagamento implica a instauração
de execução para sua cobrança coerciva;
• e que gozam a faculdade de requererem o beneficio de assistência judi-
ciaria, ou requererem a OACV, na cidade da Praia o beneficio de assistência
judiciaria.
1.° Publicação.
nesta Secretaria para levantamento nas horas normais do expediente.
Mais ainda fica advertido a requerida de que é obrigatória a constituição de Advogado
nesta ação, que no caso de se opor deverá pagar o preparo inicial, no prazo de cinco dias a
contar da data da apresentação da oposição na Secretaria, no montante de 12.000$00, sob
pena do seu pagamento, acrescido de uma taxa de sanção igual ao dobro da sua importância
(24.000$00), nos termos das conjugações dos artigos 5°, 55°, al. b), 61°, al d) e 66,° do CCJ,
com advertência de que a falta deste pagamento (36.000$00), implica a imediata instaura-
ção de execução especial para sua cobrança coerciva, nos termos do CCJ, e que, querendo,
poderá requerer o benefício da Assistência Judiciária. Para constar se passou o presente e
mais um de igual teor, que serão legalmente publicados.
Cidade de Assomada, aos 16 de outubro de 2023.
8 | Classificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023
TRIBUNAL JUDICIAL DA COMARCA DA PRAIA
4° JUIZO CIVEL
ANÚNCIO Nº 13/2023
O EXMO. SR. DR ARY A. SPENCER SANTOS JUIZ DE DIREITO COLOCA-
DO NO 4° JUÍZO CÍVEL DO TRIBUNAL JUDICIAL DESTA COMARCA.
**
FAZ saber que pelo Cartório do 4° Juízo Cível do Tribunal Judicial da Co-
marca da Praia, correm termos uns autos de Processo Dec. Comum Ordinário
reg. sob o nr. 18/23, movido pelo autor, JOSÉ DE BARROS GOMES, maior, na-
tural da freguesia de Nossa Senhora da Conceição, Fogo, residente nos Estados
Unidos de América, contra os réus, VALARDY PINA GOMES, contribuinte
fiscal n° 175732507, titular do passaporte no 503404098 DESALIA PINA GO-
MES, contribuinte fiscal n° 175730903, titular do passaporte 47786060, soltei-
ros, maiores, residentes em partes, incertas dos Estados Unidos de América, são
estes réus, citados para, no prazo de 20 (vinte) dias, que se contará depois de
finda a dilação de 60 (sessenta) dias, contados da segunda e última publicação
deste anúncio, contestarem, querendo a ação supra, cujo pedido deduzido pelo
autor que consiste em;
a) Seja reconhecido o A., como único herdeiro legítimo dos seus pais;
b) Seja declarada anulada a escritura pública de doação integral do
imóvel apontado, com fundamento no erro da declaração causada por
dolo, nos termos dos artigos 253° e 254° do CC, bem como o cancela-
mento do registo nos termos do artigo 8° do Código de Registo Predial;
c) Subsidiariamente, seja declarada a nulidade da doação por ser uma
doação de coisa alheia nos termos do art° 956° do CC, assim como o
cancelamento do registo nos termos ao artigo 8° do Código de Registo
Predial;
d) Subsidiariamente, seja reduzida a liberalidade por ser inoficiosa,
nos termos requerido, devendo o bem ser entregue ao A. procedendo-
-se assim também ao cancelamento do registo nos termos ao artigo 8°
do Código do Registo Predial;
e) Sejam os réus condenados em custas e procuradoria em valor
não inferior a 10% do valor da Causa.
Faz-se ainda saber aos citandos, de que é obrigatória a constituição de advo-
gado nestes autos, atento ao valor indicado; que, caso contestarem, deverão, no
prazo de 05 dias, efectuarem o preparo inicial, sob pena da cobrança de igual
ao dobro da sua importância nos termos do artigo nº 66º do CCJ; e que a falta
deste pagamento implica a imediata instauração de execução especial para sua
cobrança coerciva e que poderão requerer o benefício de assistência judiciária,
sendo em requerimento autónomo, dirigido ao Meritíssimo Juiz.
Igualmente, faz-se ainda saber aos réus, que poderão no prazo máximo de 02
(dois) dias, a contar da citação, querendo, requerem á ordem dos Advogados de
Cabo Verde (Telf. 2619755/56 e Fax 2619754) ou delegação o pedido de nomea-
ção de um patrono, apresentando desde logo os elementos comprovativos da sua
insuficiência económica.
O duplicado da petição inicial encontra-se na Secretaria do referido Juízo à
disposição dos réus, para quando quiserem fazer o seu levantamento.
Cartório do 4° Juízo Cível do Tribunal Judicial da Comarca da Praia, 29 de
setembro de 2023.
Ministério
da Justiça
Direção Geral dos Registos, Notarial e Identificação
EXTRACTO
CERTIFICO, para efeito de segunda publicação nos termos do disposto no artigo 86.°-
A do Código do Notariado, aditado pelo Decreto-Lei n.º 45/2014, de 20 de Agosto, B.O. n.º
50 – Iª Série, que no dia treze do mês de Outubro do ano dois mil e vinte e três, no Segundo
Cartório Notarial de São Vicente, sito em Monte Sossego, perante mim, Manuel António
Pina Rodrigues Rosa, respetivo Notário, foi lavrada no livro de notas para escrituras diversas
número quarenta e dois, de folhas dezassete verso a dezoito verso, a habilitação de herdeiros,
nos termos seguintes:
Que no dia oito do mês de Outubro do ano dois mil e vinte e três, num domicílio, na fregue-
sia de Nossa Senhora da Luz, concelho e ilha de São Vicente, República de Cabo Verde, onde
teve a sua residência habitual em Chã de Cemitério, faleceu o referido MANUEL FIGUEIRA,
natural que foi da freguesia de Nossa Senhora da Luz, concelho e ilha de São Vicente, Repúbli-
ca de Cabo Verde, no estado de viúvo.
Que, o falecido não fez testamento ou qualquer outra disposição de última vontade e dei-
xou como único herdeiro legitimário, o seu filho, Sérgio Manuel Queiróz Figueira, casado
com Ana Maria Lopes dos Santos Costa, sob o regime da comunhão de adquiridos, com dupla
Classificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 20
REPÚBLICA DE CABO VERDE
TRIBUNAL JUDICIAL DA COMARCA DE SÃO FILIPE/FOGO
JUÍZO CÍVEL
=ANÚNCIO JUDICIAL =
REG. Nº 02/JP/TJCSF/2023/24
FAZ SABER que neste Juízo, correm termos uns autos de Acção Es-
pecial de Justificação Judicial, registados sob pelo (a, s) autor (a, es) José
António Afonseca Gomes e Elizabete Antónia Fonseca Gomes, maiores de
idade, naturais da freguesia de São Lourenço, Concelho de São Filipe, resi-
dentes nos EUA, representado (a, s) pelo mandatário judicial, Dr. Artur Car-
doso, advogado, com escritório e residência nesta cidade, contra os RÉUS
MINISTÉRIO PÚBLICO E INTERESSADOS INCERTOS.
São citados os Réus - INTERESSADOS INCERTOS, com as seguintes
advertências legais:
a).. Para no prazo de DEZ DIAS, que começa a correr depois de finda
a dilação de QUARENTA DIAS, contados da segunda e última publicação
do anúncio, deduzir, quando se julguem com melhor direito ou com direito
igual ao daqueles a justificação judicial sobre o (s) prédio (s) infra descri-
minado (s), pelos fundamentos constantes do duplicado da petição inicial,
cuja cópia encontra-se depositado neste cartório para ser entregue logo que
for solicitado;
VERBAS: “1) Parte do prédio anteriormente inscrito sob nº 2415,
sito em Sequeira, medindo 11.615m2, inscrito na matriz predial rustica
da freguesia de São Lourenço, sob nº 2557/0, com valor matricial de
54.436800; 2) Parte do prédio anteriormente inscrito sob nº 1453, que
antes se achava sob nº 3423 da 2ª zona, sito em Afonso Gil, medindo
24.358m2, confrontando a Norte com Josefino Barbosa da Silva, Sul e
Este com Salvador Santos Spínola, Oeste com José Lopes Tomé, inscrito
na matriz predial rustica da freguesia de São Lourenço, sob nº 6206/0,
com valor matricial de 6.500$00”; 3) Prédio rústico sito em Santo An-
tónio, medindo 44.183,80m2, confrontando a Norte com Nhu José, Sul
com Maninha, regato e ribeira, Este com estrada nacional e Oeste com
Domingas, omisso na matriz predial rustica da freguesia de São Lou-
renço, com valor presumível de 8.837.760$00”.
FAZ SABER ainda, de que é obrigatória a constituição de Advogado na
referida acção, de que deverá no prazo de CINCO DIAS pagar o preparo
inicial, sob pena de efetuá-lo acrescido de taxa de justiça igual ao dobro da
sua importância, a contar da data da entrega da contestação na Secretaria
do Tribunal da Comarca do Fogo - São Filipe, nos termos do artigo 66o do
Código das Custas Judiciais e que tem a faculdade para juntamente com a
oposição, requerer o beneficio de Assistência Judiciária, devendo este ser
em requerimento autónomo e que poderá fazê-lo em relação à Ordem dos
Advogados de Cabo Verde ou sua Delegação, solicitando a designação de
um Advogado, juntando desde logo os elementos comprovativos da sua in-
suficiência económica, sendo no prazo máximo de DOIS DIAS, dias, con-
tados da citação.
São Filipe, 11 de outubro de 2023.
S.Filipe Fogo C.P. 03 - Telefone #(0238)3338174 - Fax #(0238)2812829 - Cabo Verde
nacionalidade, cabo-verdiana e portuguesa, natural da República de Portugal, onde reside em
Avenida Bombeiros Voluntários, número 21, terceiro andar, Algueirão-Mem Martins.
Que não existem outras pessoas, que segundo a lei, prefiram ao mencionado herdeiro ou
que com ele possam concorrer na sucessão à herança do referido Manuel Figueira.
ESTÁ CONFORME.
Segundo Cartório Notarial de São Vicente, em Monte Sossego, aos dezasseis de Outubro
de dois mil e vinte e três.
Art. 20.o. 4.2.....1.000$00
Selo do acto......... .200$00
Soma:……..1.200$00
Processo n.º 620008
Conta sob o n.º 202338839
DGRNI, Segundo Cartório Notarial de São Vicente, Rua Abílio Duarte no 9a, Monte Sossego, São Vicente, CP *, Cabo Verde, Telefone
+(238) 231 31 00 / VOIP (333) 3108, (333) 3110, Email: SegundocartorioSV@gov.cv
ssificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023 Classificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023 | 9

REPÚBLICA DE CABO VERDE REPÚBLICA DE CABO VERDE

TRIBUNAL JUDICIAL DA COMARCA DE SÃO FILIPE/FOGO TRIBUNAL JUDICIAL DA COMARCA DE SÃO FILIPE/FOGO
JUÍZO CÍVEL JUÍZO CÍVEL

= ANÚNCIO JUDICIAL = = ANÚNCIO JUDICIAL =

REG. Nº 06/JP/TJCSF/2023/24 REG. Nº 03/JP/TJCSF/2023/24

FAZ SABER que neste Juízo, correm termos uns autos de Acção Espe-
FAZ SABER que neste Juízo, correm termos uns autos de Acção Especial
cial de Justificação Judicial, registados sob o no 173/2023, movido pelo (a,
de Justificação Judicial, registados sob o nº 183/2023, movido pelo (a, s)
s) autor (a, es) Paula Gonçalves, maior de idade, casada, natural da fregue-
autor (a, es) Joaquina Maria Rodrigues Pires Barbosa Vicente Fonseca,
sia de São Lourenço, Concelho de São Filipe, residente nos EUA, represen-
Jesuína Rodrigues Pires Barbosa Vicente, João Baptista Rodrigues Pi-
tado (a, s) pelo mandatário judicial, Drs. Manuel Roque Silva, Júnior e Me-
res Barbosa Vicente, Artur Rodrigues Pires Barbosa Vicente, Josefina
liça Gonçalves, advogados, com escritório e residência nesta cidade, contra
Barbosa Vicente, Fátima Leonarda Rodrigues Pires Barbosa Vicente de
os RÉUS MINISTÉRIO PÚBLICO E INTERESSADOS INCERTOS.
Sousa e Silvana Pires Monteiro, representado (a, s) pelo mandatário judi-
cial, Dr. Joaozinho Andrade, advogado, com escritório e residência na cidade
São citados os Réus - INTERESSADOS INCERTOS, com as seguintes
da Praia, contra os RÉUS MINISTÉRIO PÚBLICO E INTERESSADOS
advertências legais:
INCERTOS.
São citados os Réus – INTERESSADOS INCERTOS, com as seguintes
a).. Para no prazo de DEZ DIAS, que começa a correr depois de finda a
advertências legais:
dilação de QUARENTA DIAS, contados da segunda e última publicação
a).. Para no prazo de DEZ DIAS, que começa a correr depois de finda a
do anúncio, deduzir, quando se julguem com melhor direito ou com direito
dilação de QUARENTA DIAS, contados da segunda e última publicação
igual ao daqueles a justificação judicial sobre o (s) prédio (s) infra descri-
do anúncio, deduzir, quando se julguem com melhor direito ou com direito
minado (s), pelos fundamentos constantes do duplicado da petição inicial,
igual ao daqueles a justificação judicial sobre o (s) prédio (s) infra descrimi-
cuja cópia encontra-se depositado neste cartório para ser entregue logo que
nado (s), pelos fundamentos constantes do duplicado da petição inicial, cuja
for solicitado;
cópia encontra-se depositado neste cartório para ser entregue logo que for
solicitado;
VERBA: “Prédio rustico, sito em Curral Grande, freguesia de São
Lourenço, Concelho de São Filipe, confrontando a Norte com Antó-
VERBA: “Um prédio rustico sito em Covada (cerquinho), freguesia
nio Monteiro, Sul com Papa de Djudju, Este com António Monteiro e
de Nossa Senhora da Conceição, Concelho de São Filipe, com uma área
Oeste com António Agnelo Correia, medindo 1.259,12m2, avaliado em
de 15.823,69m2, confrontando a Norte com Tereza Rodrigues, Sul com
251.824$00”.
Henrique Rodrigues Pires, Este com Domingas Soares Rosa e Oeste com
estrada publica”.
FAZ SABER ainda, de que é obrigatória a constituição de Advogado na
referida acção, de que deverá no prazo de CINCO DIAS pagar o preparo
FAZ SABER ainda, de que é obrigatória a constituição de Advogado na
inicial, sob pena de efetuá-lo acrescido de taxa de justiça igual ao dobro da
referida acção, de que deverá no prazo de CINCO DIAS pagar o preparo ini-
sua importância, a contar da data da entrega da contestação na Secretaria
cial, sob pena de efetuá-lo acrescido de taxa de justiça igual ao dobro da sua
do Tribunal da Comarca do Fogo - São Filipe, nos termos do artigo 66o do
importância, a contar da data da entrega da contestação na Secretaria do Tri-
Código das Custas Judiciais e que tem a faculdade para juntamente com a
bunal da Comarca do Fogo - São Filipe, nos termos do artigo 66o do Código
oposição, requerer o beneficio de Assistência Judiciária, devendo este ser
das Custas Judiciais e que tem a faculdade para juntamente com a oposição,
em requerimento autónomo e que poderá fazê-lo em relação à Ordem dos
requerer o beneficio de Assistência Judiciária, devendo este ser em requeri-
Advogados de Cabo Verde ou sua Delegação, solicitando a designação de
mento autónomo e que poderá fazê-lo em relação à Ordem dos Advogados
um Advogado, juntando desde logo os elementos comprovativos da sua
de Cabo Verde ou sua Delegação, solicitando a designação de um Advogado,
insuficiência económica, sendo no prazo máximo de DOIS DIAS, dias,
juntando desde logo os elementos comprovativos da sua insuficiência eco-
contados da citação.
nómica, sendo no prazo máximo de DOIS DIAS, dias, contados da citação.
São Filipe, 11 de outubro de 2023.
São Filipe, 11 de outubro de 2023.
S.Filipe Fogo C.P. 03 - Telefone # (0238)3338174 - Fax # (0238)2812829 - Cabo Verde

S.Filipe Fogo C.P. 03 - Telefone #(0238)3338174 - Fax #(0238) 2812829 - Cabo Verde

Ministério
da Justiça
Direção Geral dos Registos, Notarial e Identificação Conservatória dos Registos/Cartório Notarial de São Miguel

EXTRACTO
CERTIFICO narrativamente para efeitos da segunda publicação, nos termos do artigo relativos ao prédio e dele usufruindo de todas as utilidades proporcionadas, em suma, praticando
100 do Código do Notariado, aditado pelo Decreto-Lei nº 45/2014, de 20 de agosto, que no dia sobre o imóvel todos os atos próprios de proprietária, de forma pública, pacífica, contínua, de boa
05.10.2023, de folhas 85 a 86 do livro de notas para escrituras diversas número 02 deste Cartório fé e sem oposição de quem quer que seja.
Notarial, a meu cargo, foi exarada uma Escritura de Justificação Notarial em que a senhora Os interessados, querendo, podem proceder à impugnação judicial da escritura em referência,
Romana Mendes Furtado, contribuinte fiscal número 167564900, solteira, maior, natural da nos termos do artigo 101.º do Código do Notariado, aprovado pelo Decreto-lei n.º 9/2010, de 29
freguesia de São Miguel Arcanjo, concelho de São Miguel, residente em Portugal, como justifi- de março.
cante, se declara, com exclusão de outrem, dona e legítima possuidora do Prédio urbano, terreno Cartório Notarial da Região de São Miguel, aos 05 de outubro de 2023.
para construção urbana lote nº 12, quarteirão N com a área de cento e doze metros quadrados, O Conservador/ Notário,
situado em Ponta Verde, confrontando do Norte com lote, Sul com Lote, Este com estrada e CONTA: 982/2023
Oeste com estrada, com o valor matricial de trezentos mil escudos, o qual se encontra omisso na Art. 20.4.2 ……. 1000$00
Conservatória do Registo Predial e inscrito na matriz predial urbana da freguesia de São Miguel Selo do Acto ……. 200$00
do Arcanjo, sob o número 5921/0, invocando que adquiriu a propriedade deste prédio por via da Total ……………. 1.200$00
usucapião, pela prática reiterada, com publicidade, dos atos materiais correspondentes ao exercí-
DGRNI, Conservatória/ Cartório Notarial de São Miguel, Calheta Achada Portinho - São Miguel, CP *,Cabo Verde, Telefone +(238) 273 16 32 / VOIP
cio de direito. Posse essa que alega exercer ininterruptamente há mais de vinte anos, e que alega (333) 8014, (333) 8015, Email: RNI.SaoMiguel@gov.cv
ter continuado a exercer ininterruptamente, nomeadamente, pagando regularmente os impostos
10| Classificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023
REPÚBLICA DE CABO VERDE
TRIBUNAL JUDICIAL DA COMARCA DE SÃO FILIPE/FOGO
JUÍZO CÍVEL
=ANÚNCIO JUDICIAL=
N.°07/EP/TJCSF/2023
FAZ SABER, que neste juízo, correm termos uns autos de Ação Or-
dinária Impugnação e Cancelamento de Registo, registrada sob o nº:
158/2023, movido pelos autores: MANUEL PEREIRA RAMOS E OU-
TROS, residente nos E.U.A e mosteiros, todos representados pelo irmão
ÁLVARO PEREIRA RAMOS, residente nos E.U.A, através do seu man-
datário judicial, Dr. JOANZINHO DE ANDRADE, com escritório na
cidade da praia, contra os réus ALBERTO MONTEIRO BARROS E
MARTA ALVES BARROS.
SÃO CITADO OS:
RÉUS: ALBERTO MONTEIRO BARROS e MARTA ALVES
BARROS, maiores, naturais desta ilha, com ultima residência conheci-
da em Vicente Dias, atualmente em parte incerta dos Estados Unidos de
América.
COM AS SEGUINTES ADVERTÊNCIAS LEGAIS:
Para no prazo de VINTE DIAS, depois os decorridos outros TRINTA
DIAS, a contar da segunda e última publicação do anúncio, querendo, den-
tro do prazo legal, contestar, nos presentes autos, movidos neste tribunal
pelos Autores supra pelos fundamentos constantes do duplicado da petição
inicial respetiva que se encontra neste cartório para lhe ser entregue logo
que for solicitado. FAZ SABER AINDA, de que toda a sua defesa deve
ser deduzida na contestação (art. 449° e do CPC,.de que não é obrigatória
a constituição de advogado, de que, caso contestar a ação, deverá pagar o
preparo inicial de 10.000$00 dentro do prazo de CINCO DIAS, sob pena
de efetuá-lo acrescido da taxa de justiça de igual ao dobro da sua importân-
cia (art.58°, 61° e 66° do CCJ), de que, querendo e necessário for, poderá
requerer o benefício de Assistência Judiciária (arts. 5º e ss. da LAJ e que
goza ainda da faculdade de requerer à Ordem dos Advogados de Cabo
Verde, através da sua sede na Praia, o benefício de Assistência Judiciária
no que toca a Assistência Judicial, por Advogado, dentro do prazo de DOIS
DIAS úteis, a contar da citação.
Cidade de São Filipe 17 de Outubro de 2023
S.Filipe Fogo C.P. 03 - Telefone # (0238) 2811377 - Fax # (0238)2812829 - Cabo Verde
REPÚBLICA DE CABO VERDE
Tribunal da Relação de Sotavento
Anuncio Judicial 1ª publicação
Ação Especial de Revisão e Confirmação da Sentença Estrangeira n.° 05/2023.
Requerente: Maria Santa Lobo Rodrigues Andrade, natural de Nossa Senhora da
Ajuda-Mosteiros, filha de Lourenço Lopes de Andrade e de Maria Lobo Rodrigues, resi-
dente nos EUA.
Requerido: José Alves, filho de Alexandre Herculano Alves Barros e de Lucinda Ro-
drigues Pires, com ultima residência em parte incerta dos EUA.
********
A Dr.ª Samyra Oliveira Gomes dos Anjos, Juiz Desembargadora do Tribunal da Re-
lação de Sotavento.
Faz saber que, no processo e no Tribunal acima indicados, correm éditos contados da
segunda e última publicação do anúncio, citando o requerido José Alves, para no prazo de
10 (dez) dias, que começa a correr depois de finda a dilação de 45 (quarenta e cinco) dias,
querendo, deduzir a sua oposição ao presente pedido de Revisão e Confirmação de Senten-
ça Estrangeira, (divorcio decretado pelo Tribunal de Família de Rhode Island e Plantações
Classificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 20
REPÚBLICA DE CABO VERDE
TRIBUNAL JUDICIAL DA COMARCA DE SÃO FILIPE/FOGO
JUÍZO CÍVEL
= ANÚNCIO JUDICIAL =
REG. Nº 04 /JP/TJCSF/2023/24
FAZ SABER que neste Juízo, correm termos uns autos de Acção Espe-
cial de Justificação Judicial, registados sob o nº 174/2023, movido pelo (a, s)
autor (a, es) Maria Madalena Barros Souto Amado Monteiro e Guilhermina
Graciete Barros do Souto Amado, maiores de idade, naturais da freguesia
de Nossa Senhora da Conceição, Concelho de São Filipe, residentes em São
Filipe e EUA, respetivamente, representado (a, s) pelo mandatário judicial,
Drs. Manuel Roque Silva, Júnior e Meliça Gonçalves, advogados, com es-
critório e residência nesta cidade, contra os RÉUS MINISTÉRIO PÚBLICO
E INTERESSADOS INCERTOS.
São citados os Réus - INTERESSADOS INCERTOS, com as seguintes
advertências legais:
a).. Para no prazo de DEZ DIAS, que começa a correr depois de finda
a dilação de QUARENTA DIAS, contados da segunda e última publicação
do anúncio, deduzir, quando se julguem com melhor direito ou com direito
igual ao daqueles a justificação judicial sobre o (s) prédio (s) infra descri-
minado (s), pelos fundamentos constantes do duplicado da petição inicial,
cuja cópia encontra-se depositado neste cartório para ser entregue logo que
for solicitado;
VERBA: “Um prédio urbano, sito em Lem de Baixo, freguesia de
Nossa Senhora da Conceição, Concelho de São Filipe, inscrito na matriz
sob no 50/0, confrontando a Norte com Lote n°149/150, Sul com Lote n°
152, Este e Oeste com Via Pública, com valor matricial de 1.820.000$00.
FAZ SABER ainda, de que é obrigatória a constituição de Advogado na
referida acção, de que deverá no prazo de CINCO DIAS pagar o preparo
inicial, sob pena de efetuá-lo acrescido de taxa de justiça igual ao dobro da
sua importância, a contar da data da entrega da contestação na Secretaria
do Tribunal da Comarca do Fogo - São Filipe, nos termos do artigo 66o do
Código das Custas Judiciais e que tem a faculdade para juntamente com a
oposição, requerer o beneficio de Assistência Judiciária, devendo este ser
em requerimento autónomo e que poderá fazê-lo em relação à Ordem dos
Advogados de Cabo Verde ou sua Delegação, solicitando a designação de
um Advogado, juntando desde logo os elementos comprovativos da sua in-
suficiência económica, sendo no prazo máximo de DOIS DIAS, dias, con-
tados da citação.
São Filipe, 11 de outubro de 2023.
S.Filipe Fogo C.P. 03 - Telefone #(0238)3338174 - Fax #(0238)2812829 - Cabo Verde
de Providence), pelos factos e fundamentos constantes na P.I., depositada nesta Secretaria
para levantamento nas horas normais do expediente. Mais ainda fica advertido o requerido
de que é obrigatório a constituição de Advogado nesta ação, que no caso de se opor deverá
pagar o preparo inicial, no prazo de cinco dias a contar da data da apresentação da oposição
na Secretaria, no montante de 12.000$00, sob pena do seu pagamento, acrescido de uma
taxa de sanção igual ao dobro da sua importância (24.000$00), nos termos das conjugações
dos artigos 5°, 55°, al. b), 61°, al d) e 66,° do CCJ, com advertência de que a falta deste
pagamento (36.000$00), implica a imediata instauração de execução especial para sua co-
brança coerciva, nos termos do CCJ, e que, querendo, poderão requerer o benefício da
Assistência Judiciária. Para constar se passou o presente e mais um de igual teor, que serão
legalmente afixados.
Cidade de Assomada, aos 13 de Outubro de 2023.
ssificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023
Ministério
da Justiça
DIRECÇÃO GERAL DOS REGISTOS, NOTARIADO E IDENTIFI-
CAÇÃO Conservatória e Cartório Notarial da Boa Vista
EXTRATO DE PUBLICAÇÃO DE HABILITAÇÃO DE HERDEIROS
Isabel Maria Gomes da Veiga, Notária em exercício no Cartório Nota-
rial da Boa Vista, Certifica, narrativamente, para efeito de publicação, nos
termos do art.86-A do CN, aditado pelo decreto-lei nº 45/2014, de 20 de
Agosto, que neste Cartório Notarial, a meu rogo, no dia vinte e tres de Ou-
tubro de dois mil e vinte e três, a folhas 33 do livro de notas para escrituras
diversas número 75 foi exarada uma escritura de habilitação de herdeiros,
por óbito de Anastácio Brito Pires.
Que, têm perfeito conhecimento de que no dia treze do mês de setembro
de dois mil e vinte e dois, faleceu Anastácio Brito Pires, no estado solteiro,
maior, natural da freguesia de Santa Isabel, concelho da Boa Vista, com resi-
dência habitual em Cabeça Dos Tarrafes.
Que o autor da herança não deixou descendentes e nem ascendentes, dei-
xou testamento público lavrada no dia vinte e quatro do mês de setembro de
dois mil e dezoito, no qual instituiu como sua única e legítima herdeira a sua
irmã:
PRIMEIRO: Alcídia Zulmira Brito Pires Silva, viúva, natural da fre-
guesia de Santa Isabel, concelho da Boa Vista, residente em Portugal.
Que não existem herdeiros legitimários que possam proferir ou concorrer
á sucessão com a herdeira instituída.
Assim o disseram e outorgaram.
Arquiva-se: Certidão de óbito do autor da herança e certidões de nasci-
mento dos herdeiros habilitados.
Esta escritura foi lida e explicado o seu conteúdo aos outorgantes, em voz
alta e na presença simultânea de todos os intervenientes, advertindo-os de
que incorrem nas penas aplicáveis ao crime de falsas declarações se, dolosa-
mente e em prejuízo de outrem, tiverem prestado declarações falsas.
O imposto de selo no valor de 1.800$00 (mil e oitocentos escudos), da
verba sete da tabela do código do imposto de selo, foi liquidado em 29 de
setembro de 2023.
E que não há outras pessoas que segundo a lei possam concorrer com
aos indicados herdeiros nesta sucessão. Podem os interessados, querendo,
impugnar, judicialmente, a referida escritura, nos termos do artigo 87° do
decreto - lei no9/2010, de 29 de Março, que aprova o Código do Notariado.
Esta Conforme.
Cartório Notarial da Boa Vista, aos vinte e 23 do mês de Outubro de 2023.
Importa o presente extrato em: 1.200$00 (mil e duzentos escudos).
Ministério
da Justiça
EXTRACTO
Direção Geral dos Registos, Notarial e Identificação
CERTIFICO, narrativamente, para efeitos da Segunda publicação, que no dia dezas-
sete de outubro de dois mil e vinte e três, com início de folhas 77 vo do livro de notas nú-
mero B/77, deste Cartório Notarial, a meu cargo, foi exarada uma escritura de Habilitação
de Herdeiros por óbito de, Rui Manuel Torres Dos Santos. - que no dia onze de março do
ano dois mil e vinte e três, no Centro Hospital Urgimed, na freguesia de Nossa Senhora da
Luz, concelho e ilha de São Vicente, onde teve a sua última residência habitual, na rua Re-
nato Cardoso, cidade do Mindelo, ilha de São Vicente, faleceu RUI MANUEL TORRES
DOS SANTOS, de setenta e quatro anos, natural de Portugal, de
nacionalidade cabo-verdiana, no estado de casado com Regaldina Tereza de Jesus Soa-
res Silva Torres dos Santos, sob o regime de comunhão de adquiridos. - Que, o falecido
não deixou testamento ou escritura de doação por morte, e sucederam-lhe como herdeiros
legitimários, os seus filhos: a) - Rodrigo Rivelino Soares Silva Torres dos Santos, casa-
do com Giselle Aline Melicio, sob o regime de adquiridos, natural da freguesia de Nossa
Senhora da Luz, concelho e ilha de São Vicente, residente nos Estados Unidos da América
Classificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023 | 11
Ministério
da Justiça
Direção Geral dos Registos, Notarial e Identificação
EXTRACTO
Certifico, para efeito de segunda publicação nos termos do disposto no
artigo 100 do Código do Notariado, que, nesta Conservatória dos Registos
e Cartório Notarial, se encontra exarada uma escritura de Justificação No-
tarial, no livro de notas para escrituras diversas n° 10, de folhas 36 a 37
verso, outorgada no dia 17/10/2023, na qual, Maria do Céu Pires Chantre
e Melício de Sousa Lobo, casada com Luís Vasco Tavares dos Santos de
Sousa Lobo, sob o regime de comunhão de bens adquiridos, natural da fre-
guesia de Nossa Senhora da Luz, concelho e ilha de São Vicente, onde reside
e Luís Vasco Chantre Melicio de Sousa Lobo, solteiro, maior, natural de São
Sebastião da Pedreira, Lisboa, residente em Portugal, declaram: Que, donos
e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, de um prédio rústico de
regadio, medindo mil e quatrocentos e dois vírgula cinquenta e oito me-
tros quadrados, situado em Boca de Figueiral, Paul, confrontando do Norte
e Oeste com ruas, Sul com Heloisa Helena dos Santos Ferreira Lima, Este
com Jacinto José Estrela e Estrada, inscrito na matriz predial da freguesia
de Santo António das Pombas sob o número 329/0, com o valor matricial
de seiscentos e cinquenta mil escudos, omisso no registo predial. Que, o
referido prédio veio à posse dos justificantes, por herança deixada pelos pais
e avós Semião Estelista Melício e Senhorinha Lima Pires Chantre Melí-
cio, desde 02 de maio de 1990. Que desde logo entraram na posse e fruição
do referido prédio, posse que dura há trinta e três anos. Que, no entanto,
os justificantes não ficaram a dispor de título formal suficiente que lhes per-
mite fazer o respetivo registo na Conservatória, mas desde logo entraram na
posse e fruição do prédio, posse essa sempre exercida à vista de todos e sem
interrupção ou ocultação de quem quer seja. Que a posse, foi adquirida e
mantida pelos justificantes, de boa fé, sem violência e sem oposição, osten-
sivamente, com conhecimento de toda a gente, de forma pacífica, contínua
e pública, em nomes próprios e com o aproveitamento de todas as utilidades
do prédio, quer usufruindo como tal o imóvel, quer suportando os respetivos
encargos, pelo que adquiriram o direito de propriedade por usucapião, o que
invocam para efeitos de primeira inscrição no registo predial. Os interessa-
dos, querendo, podem impugnar esta escritura no prazo de 45 dias a contar
da data da segunda e última publicação.
ESTÁ CONFORME.
Conservatória dos Registos e Cartório Notarial do Paul, 17/10/2023.
Conta nº 727/2023.
DGRNI, Conservatória dos Registos e Cartório Notarial do Paul, Largo Cândido Oliveira - Cida-
de das Pombas, CP *, Cabo Verde, Telefone +(238) 223 16 83/VOIP (333) 2160, Email: Conser-
vatoria.CartorioPaul@gov.cv- www.governo.cv
do Norte; b) - Bruce Manuel Silva Torres dos Santos, casado com Diandra Antonietta
Salmeri, sob o regime de comunhão de adquiridos, natural dos
Estados Unidos de América do Norte, onde reside habitualmente.
Os interessados, querendo, podem proceder à impugnação judicial da escritura em re-
ferência, nos termos do artigo 87.° do Código do Notariado, aprovado pelo DL n.° 9/2010,
de 29 de março.
Primeiro Cartório Notarial de São Vicente, aos 17 de outubro de 2023.
Conta: 202352741/2022 Proc. 620240
Art. 20.4.2……….1000$00
Selo ……………....200$00
Total …………….1.200$00. Importa o presente em mil e duzentos escudos
1o Cartório Notarial de São Vicente, Voip-3104- Alto São Nicolau, Notário. Lic. José Manuel Santos Fernandes
12| Classificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023
Ministério
da Justiça
Direção Geral dos Registos, Notarial e Identificação
EXTRACTO
CERTIFICO, para efeito de primeira
publicação nos termos do disposto no artigo
86.°-A do Código do Notariado, aditado pelo
Decreto-Lei n.° 45/2014, de 20 de Agos-
to, B.O. n.° 50- Ia Série, que no dia oito do
mês de Setembro do ano dois mil e vinte e
três, no Segundo Cartório Notarial de São
Vicente, sito em Monte Sossego, perante
mim, Manuel António Pina Rodrigues
Rosa, respetivo Notário, foi lavrada no livro
de notas para escrituras diversas número
quarenta, de folhas sessenta e oito verso
a setenta, a habilitação de herdeiros, nos
termos seguintes:
Que, no dia vinte e um do mês de novem-
bro do ano dois mil e vinte, num domicílio, na
freguesia de Nossa Senhora da Luz, concelho
e ilha de São Vicente, onde teve a sua última
residência habitual em Monte Sossego, fale-
ceu MANUEL ANTÓNIO GONÇALVES
DOS REIS, que também usava MANUEL
ANTÓNIO DOS REIS, natural que foi da
freguesia de Nossa Senhora da Luz, concelho
e ilha de São Vicente, no estado de viúvo.
Que, o falecido não fez testamento e nem
qualquer outra disposição da última vontade,
tendo deixado como herdeiros legitimários:
os seus filhos, a saber, 1. Sandra Helena
Gonçalves dos Reis, solteira, maior, residen-
te em Monte Sossego, ilha de São Vicente; 2.
Mónica Sofia Gonçalves dos Reis Vitória,
casada com Alcindo da Cruz Vitória, sob o
regime da comunhão geral de bens, residente
em cidade dos Espargos, ilha do Sal; 3. Cátia
Cristina Gonçalves dos Reis Monteiro, ca-
sada com Evaldino Jorge Almeida Monteiro,
sob o regime da comunhão de adquiridos,
Ministério
da Justiça
Direção Geral dos Registos, Notarial e Identificação
EXTRACTO
Certifico, narrativamente, para efeitos
de primeira publicação nos termos do dis-
posto no artigo 100° do Código do Nota-
riado, alterado pelo Decreto-Lei n°45/2014
e 20 de agosto, que de fls. 17 vo a fls 18
vo do livro de notas para escrituras diversas
número 59-B desta Conservatória/Cartório
se encontra exarada uma escritura de JUS-
TIFICAÇÃO NOTARIAL, com a data de
três de outubro de dois mil e vinte e três,
na qual o Sr. ROBERTO GONÇALVES,
com NIF103931406, casado com Maria
Augusta Fernandes de Pina Gonçalves, sob
o regime de comunhão de adquiridos, natu-
ral da freguesia de São Lourenço, concelho
de São Filipe, residente em As Hortas, se
declara com exclusão de outrem, dono e
legítimo possuidor de um prédio coberto
de betão armado tendo rés-do-chão com:
uma sala, dois quartos, duas instalações
sanitárias, uma lavandaria, caixa de escada
e hall, com área de cento e cinquenta e um
virgula setenta e quatro metros quadrados,
localizado em As Hortas, confrontando ao
norte com baldio, sul com lote + baldio,
este com baldio e oeste com baldio, inscri-
to na matriz predial urbana da freguesia de
São Lourenço sob o número 3307/0, com
o valor matricial de dois milhões, trezentos
e quarenta mi81 e setenta e um escudos,
omisso no registo predial.
Que, o prédio foi por ele adquirido por
o ter construído de raiz, há mais de quaren-
residente em Nápoles, Itália; 4. Juary Jor-
ge Pires dos Reis, solteiro, maior, residente
em Monte Sossego, ilha de São Vicente; e 5.
Edilene Andreia Delgado dos Reis, solteira,
maior, residente em Chã de Alecrim, ilha de
São Vicente, todos naturais da freguesia de
Nossa Senhora da Luz, concelho e ilha de
São Vicente.
e a sua neta, em representação do seu
filho Ailton César Pires dos Reis, pré-fale-
cido em vinte e três do mês de julho do ano
dois mil e catorze, a saber, Maura Christy
Fortes dos Reis, solteira, maior, natural da
freguesia de Nossa Senhora da Luz, conce-
lho e ilha de São Vicente, onde reside em
Lazareto.
Que, não existem outras pessoas, que
segundo a lei, prefiram aos mencionados
herdeiros ou que com eles possam concorrer
na sucessão à herança do referido Manuel
António Gonçalves dos Reis, que também
usava Manuel António dos Reis.
ESTÁ CONFORME.
Segundo Cartório Notarial de São Vicen-
te, em Monte Sossego, aos onze de Setembro
de dois mil e vinte e três.
Art. 20.°. 4.2....... 1.000$00
Selo do acto……. 200$00
Soma:....... 1.200S00
Processo n.o 605240
Conta reg. sob n.o 202334560
DGRNI, Segundo Cartório Notarial de São Vicente, Rua Abí-
lio Duarte no 9a, Monte Sossego, São Vicente, CP *, Cabo Verde,
Telefone +(238) 231 31 00/VOIP (333) 3108, (333) 3110, Email:
SegundocartorioSV@gov.cv www.governo.cv
ta anos, com recurso a seu material e di-
nheiro, num terreno comprado por escrito
particular no Sr. Ricardo Cardoso, sem que
pudesse dispor de título bastante para efei-
tos de registo predial.
Que, não obstante, está na posse e frui-
ção do imóvel há mais de quarenta anos
e o vem exercendo sucessivamente e em
nome próprio, de forma pacifica, continua,
de boa fé e ostensivamente com conheci-
mento de toda a gente e aonde vem atuando
como verdadeiro proprietário e sem oposi-
ção de outrem, pelo que julga ter adquirido
nas circunstâncias descritas o direito de
propriedade sobre o referido imóvel, por
usucapião, o que ora invoca para efeitos de
primeira inscrição no registo predial.
Está conforme o original.
São Filipe e Conservatória dos Registos
e Cartório Notarial da Região de São Fili-
pe, aos dez de outubro de dois mil e vinte
e três.
Conta: Reg. Sob o n.º 33/10
Artigo 20°. 4.2……….1.000$00
Selo do acto………….200$00
Soma:......................1.200S00 - São: Mil e
duzentos escudos.
DGRNI, Conservatória dos Registos e Cartório Notarial de
2a Classe de São Filipe, Avenida Amilcar Cabral - São Filipe -
Fogo, CP 13, Cabo Verde, Telefone +(238) 281 11 54, +(238) 281
11 54 / VOIP (333) 8101, Email: Conservatoria.CartorioFogo@
gov.cv www.governo.cv
Classificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 20
Ministério
da Justiça
Direção Geral dos Registos, Notarial e Identificação
EXTRACTO
CERTIFICO, para efeito de se-
gunda publicação nos termos do dis-
posto no artigo 86.°-A do Código do
Notariado, aditado pelo Decreto-Lei
n.º 45/2014, de 20 de Agosto, B.O. n.°
50 – Iª Série, que no dia nove do mês
de Outubro do ano dois mil e vinte e
três, no Segundo Cartório Notarial de
São Vicente, sito em Monte Sossego,
perante mim, Manuel António Pina
Rodrigues Rosa, respetivo Notário, foi
lavrada no livro de notas para escritu-
ras diversas número quarenta e um, de
folhas noventa e oito verso a noventa e
nove verso, a habilitação de herdeiros,
nos termos seguintes:
Que, no dia sete do mês de outu-
bro do ano dois mil e dez, na Aldeia
de Norte, na freguesia de Santo André,
concelho do Porto Novo, ilha de Santo
Antão, onde teve a sua última residên-
cia habitual, faleceu ADRIÃO LUIS
LOPES, natural que foi da freguesia
de Santo André, concelho do Porto
Novo, ilha de Santo Antão, no estado
de solteiro.
Que, o falecido não fez testamen-
to e nem qualquer outra disposição da
última vontade, tendo deixado como
herdeiros legitimários, os seus filhos,
a saber, i. Regina Delgado Lopes
Ministério
da Justiça
Direção Geral dos Registos, Notarial e Identificação
Conservatória dos Registos/Cartório Notarial de São Miguel
EXTRACTO
CERTIFICO narrativamente para
efeitos da primeira publicação, nos
termos do artigo 100 do Código do
Notariado, aditado pelo Decreto-Lei nº
45/2014, de 20 de agosto, que no dia
20.10.2023, de folhas 92 a 93 do livro
de notas para escrituras diversas número
02 deste Cartório Notarial, a meu cargo,
foi exarada uma Escritura de Justifica-
ção Notarial em que o senhor Ambró-
sio Soares Ramos, contribuinte fiscal
número 171706706, divorciado, natural
da freguesia de São Miguel Arcanjo,
concelho de São Miguel, residente em
Palha Carga- São Miguel, como jus-
tificante, se declara, com exclusão de
outrem, dono e legítimo possuidor do
Prédio urbano, (terreno), trato de terre-
no para construção urbana, com a área
de trezentos e trinta metros quadrados,
situado em Palha Carga- São Miguel,
confrontando do Norte com Estrada, Sul
com espaço vazio, Este com e Oeste com
Lote, com o valor matricial de trezentos e
trinta mil de escudos, o qual se encontra
omisso na Conservatória do Registo Pre-
dial e inscrito na matriz predial urbana
da freguesia de São Miguel do Arcanjo,
sob o número 6350/0, invocando que ad-
quiriu a propriedade deste prédio por via
Neves, casada com Valentim Julião
Neves, sob o regime da comunhão
de adquiridos; e ii. António Delgado
Lopes, solteiro, maior, ambos naturais
da freguesia de Santo André, concelho
do Porto Novo, ilha de Santo Antão,
residentes em Portugal e cidade do
Mindelo, ilha de São Vicente, respe-
tivamente.
Que, não existem outras pessoas,
que segundo a lei, prefiram aos men-
cionados herdeiros ou que com eles
possam concorrer na sucessão à he-
rança do referido Adrião Luis Lopes.
ESTÁ CONFORME.
Segundo Cartório Notarial de São
Vicente, em Monte Sossego, aos onze
de Outubro de dois mil e vinte e três.
Art. 20.°. 4.2.....1.000$00
Selo do acto..... 200$00
Soma:….......1.200$00
Processo n.º 617452
Conta sob o n.º 202338277
DGRNI, Segundo Cartório Notarial de São Vi-
cente, Rua Abílio Duarte no 9ª, Monte Sossego, São
Vicente, CP *, Cabo Verde, Telefone +(238) 231 31
00/VOIP (333) 3108, (333) 3110, Email: Segundocar-
torioSV@gov.cv
da usucapião, pela prática reiterada, com
publicidade, dos atos materiais corres-
pondentes ao exercício de direito. Posse
essa que alega exercer ininterruptamente
há mais de vinte anos, e que alega ter
continuado a exercer ininterruptamente,
nomeadamente, pagando regularmente
os impostos relativos ao prédio e dele
usufruindo de todas as utilidades pro-
porcionadas, em suma, praticando so-
bre o imóvel todos os atos próprios de
proprietária, de forma pública, pacífica,
contínua, de boa fé e sem oposição de
quem quer que seja.
Os interessados, querendo, podem
proceder à impugnação judicial da escri-
tura em referência, nos termos do artigo
101.º do Código do Notariado, aprovado
pelo Decreto-lei n.º 9/2010, de 29 de
março.
Cartório Notarial da Região de São
Miguel, aos 20 de outubro de 2023.
CONTA: 1028/2023
Art. 20.4.2 ……. 1000$00
Selo do Acto ……. 200$00
Total ……………. 1.200$00
DGRNI, Conservatória/ Cartório Notarial de São
Miguel, Calheta Achada Portinho - São Miguel, CP *,
Cabo Verde, Telefone +(238) 273 16 32 / VOIP (333)
8014, (333) 8015, Email: RNI.SaoMiguel@gov.cv
ssificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023 Classificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023 | 13

Ministério 5914/0, com o valor matricial de duzentos e setenta mil escudos, omisso no
da Justiça
Direção Geral dos Registos, Notarial e Identificação registo predial. Que, o referido prédio lhes veio à posse, por herança dei-
xada pela falecida mãe e avó Francisca Santos Costa, que também usava

EXTRACTO Francisca Antónia Costa, falecida em 04/02/1971. Que desde setembro de

Certifico, para efeito de primeira publicação nos termos do disposto no
artigo 100 do Código do Notariado, que, nesta Conservatória dos Registos e
Cartório Notarial, se encontra exarada uma escritura de Justificação Nota-
rial, no livro de notas para escrituras diversas n° 10, de folhas 38 a 39 verso,
outorgada no dia 19/10/2023, na qual, os herdeiros habilitados de Francis-
ca Santos Costa, que também usava Francisca Antónia Costa a saber os
filhos: Orlando Santos Costa, casado com Maria Eolete Monteiro Silva Al-
meida Santos Costa, sob o regime de comunhão de bens adquiridos, natural
da freguesia de Santo António das Pombas, concelho do Paul, residente na
Cidade das Pombas e Manuel Santos Costa, casado com Alice Nascimento
Sancha Costa, sob o regime de comunhão geral de bens, natural da fregue-
sia de Santo António das Pombas, concelho do Paul, residente em Ribeira
Bote, São Vicente e os netos: Lídia Maria da Luz, solteira, maior, natural
da freguesia de Santo António das Pombas, concelho do Paul, residente em
Eito, Paul; Iliana Francisca da Luz, solteira, maior, natural da freguesia de
Nossa Senhora do Livramento, concelho da Ribeira Grande, Santos Antão,
residente em Eito, Paul; João Santos Costa Pereira, solteiro, maior, natural
da freguesia de Santo António das Pombas, concelho do Paul, residente em
Chã de Marinha, São Vicente; Maria de Lourdes Costa Melício, solteira,
1972, entraram na posse e fruição do referido prédio, posse que dura há mais
cinquenta anos. Que, no entanto, não ficaram a dispor de título formal sufi-
ciente que lhes permite fazer o respetivo registo na Conservatória, mas desde
logo entraram na posse e fruição do prédio, posse essa sempre exercida à
vista de todos e sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja. Que
a posse, foi adquirida e mantida, de boa fé, sem violência e sem oposição,
ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, em nomes próprios e
com o aproveitamento de todas as utilidades do prédio, quer usufruindo como
tal o imóvel, quer suportando os respetivos encargos, pelo que adquiriram o
direito de propriedade por usucapião, o que invocam para efeitos de primeira
inscrição no registo predial.
Os interessados, querendo, podem impugnar esta escritura no prazo de 45
dias a da data da segunda e última publicação.
ESTÁ CONFORME.
Conservatória dos Registos e Cartório Notarial do Paul, 19/10/2023.
Conta n°744/2023.
DGRNI, Conservatória dos Registos e Cartório Notarial do Paul, Largo Cândido Oliveira - Cidade
das Pombas, CP *, Cabo Verde, Telefone +(238) 223 16 83 / VOIP (333) 2160. Email: Conserva-
toria.CartorioPaul@gov.cv

maior, natural da freguesia de Santo António das Pombas, concelho do Paul,

residente nos Estados Unidos da América; Viriato Costa Pereira, solteiro,
maior, natural da freguesia de Santo António das Pombas, concelho do Paul, Ministério
da Justiça
residente em Eito, Paul; António Santos Pereira, solteiro, maior, natural Direção Geral dos Registos, Notarial e Identificação

da freguesia de Santo António das Pombas, concelho do Paul; Maria Elisa- Conservadora-Notária: Alicia Patrícia da Cruz da Luz
bete Costa Pereira, solteira, maior, natural da freguesia de Santo António
EXTRACTO
das Pombas, concelho do Paul, residente em França; Ivete Costa Pereira,
Certifico narrativamente para efei-
divorciada, natural da freguesia de Santo António das Pombas, concelho
tos de segunda publicação, nos ter-
do Paul, residente em Vila Nova, São Vicente; Francisca Santos Pereira, mos do disposto no artigo 86° A do
Código do Notariado, que no dia 11
divorciada, natural da freguesia de Santo António das Pombas, concelho do
de outubro de 2023, nestal Conserva-
Paul, residente em França; Manuel Santos Pereira, solteiro, maior, natu- tória dos Registos e Cartório Notarial
do Porto Novo, a meu cargo, foi la-
ral da freguesia de Santo António das Pombas, concelho do Paul, residente
vrada no livro de notas para escritu-
em Eito, Paul; Luis dos Santos Costa Pereira, solteiro, maior, natural da ras diversas número trinta e oito, de
freguesia de Santo António das Pombas, concelho do Paul, residente na ci- folhas 27 a 27 verso, uma escritura de
habilitação de herdeiros, na qual foi
dade da Praia, Santiago; Lídia dos Santos Costa Pereira, solteira, maior, declarado: Que no dia dezasseis de
natural da freguesia de Nossa Senhora da Luz, concelho de São Vicente, agosto de dois mil e vinte e três, fale-
ceu em Jorge Luís, freguesia de San-
residente em França; Ana Maria Pereira, divorciada, natural da freguesia to André, concelho do Porto Novo,
de Santo António das Pombas, concelho do Paul, Santo Antão, residente Joaquim João Lima, no estado de
solteiro, natural da freguesia de Santo
em França; Orlandina Teodora Pereira, solteira, maior, natural da freguesia André, concelho do Porto Novo, filho
de Santo António das Pombas, concelho do Paul, residente em Eito, Paul; de João Quitéria Lima e de Tereza
Maria Ramos, com última residência.
se declaram donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do habitual em Jorge Luís. Que o fale-
prédio rústico, com 1/3 da inscrição n° 403, medindo mil e oitocentos e cido não fez testamento ou qualquer
outra disposição de última vontade,
quarenta e cinco vírgula quarenta e sete metros quadrados, situado em Chã
não deixou herdeiros menores ou
de Canela, Paul, confrontando do Norte e Este com José Rodrigues Sousa, equiparados e sucederam-lhe como
herdeiros os filhos: Humberta Almei-
Sul com Herdeiros de Alberto Etelredo Lima e Oeste com estrada, inscrito da Lima, solteira, maior, residente em
na matriz predial da freguesia de Santo António das Pombas sob o número Portugal; Saturnino Joaquim Lima,
casado com Maria Auxiliadora Fortes
Brito, sob o regime de comunhão de
bens adquiridos, residente em França:
Lucindo Joaquim Lima, casado com
Marcolina Delgado Fortes Lima, sob
o regime de comunhão geral de bens,
residente em Lisboa, Portugal, todos
naturais da freguesia de Santo André,
concelho do Porto Novo. Que não há
quem lhes prefira ou com eles possa
concorrer na sucessão à herança do
falecido Joaquim João Lima.
Mais se informa que nos termos
do no 5 do artigo 86-A e do artigo 87°
do Código do Notariado, podem os
interessados, querendo, impugnar a
referida escritura.
ESTÁ CONFORME.
Conservatória dos Registos e Car-
tório Notarial do Porto Novo, 17 de
outubro de 2023.
Conta no 1004/2023.
Importa em mil e duzentos escudos.
DGRNI, Conservatória dos Registos e Cartório
Notarial do Porto Novo, Alto Peixinho-Cidade do
Porto Novo, CP, Cabo Verde, Telefone +(238) 222 11
41/VOIP (333) 2202, (333) 2201, Email: Conservato-
ria.CartorioPN@gov.cv
14| Classificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023
Ministério
da Justiça
Direção Geral dos Registos, Notarial e Identificação
EXTRACTO
CERTIFICO, narrativamente, para efeitos da Segundo publicação, que no
dia dezassete de outubro de dois mil e vinte e três, com início de folhas 74° do
livro de notas número B/77, deste Cartório Notarial, a meu cargo, José Manuel
Santos Fernandes, respetivo notário, foi exarada uma escritura de Habilitação
de Herdeiros por óbitos de Manuel José Leston; Zulmira Rosa Leston Costa;
Maria Aldina Costa e José Alberto Leston Costa. Que no dia dois de outubro
de mil novecentos e noventa, na freguesia de Nossa Senhora da Luz, concelho
e ilha de São Vicente, com última residência habitual na rua Avenida Unida-
de Africana, São Vicente, faleceu, Manuel José Leston, de oitenta e oito anos,
natural que foi da freguesia de Nossa Senhora do Rosário, concelho da Ribeira
Grande, ilha de Santo Antão, no estado de casado com Francisca Antónia Ague-
da, no regime de separação de bens. - Que, o falecido fez testamento público,
lavrado na Conservatória dos Registos e Cartório Notarial de Ponta do Sol, no
dia trinta de agosto de mil novecentos e setenta e três, no respetivo livro de
escrituras para testamento público número oito, com início de folhas quarenta
e nove.
Que, lhe sucedera como única e universal herdeira a filha - Zulmira Rosa
Leston Costa, casada com João Regina Gomes Costa à data de obito, no regime
de comunhão de adquiridos, natural da freguesia de São Pedro Apostolo, con-
celho da Ribeira Grande de Santo Antão e residente nesta cidade do Mindelo;
- Que, entretanto, no dia quatro de agosto de dois mil e vinte e três, num domici-
lio, na freguesia de Nossa Senhora da Luz, concelho de São Vicente, sem testa-
mento ou escritura de doação por morte faleceu, Zulmira Rosa Leston Costa,
de noventa e sete anos, natural que foi da freguesia de São Pedro Apostolo,
concelho da Ribeira Grande de Santo Antão, com ultima residência habitual na
rua Baltazar Lopes da Silva, no estado de viúva de, João Regina Gomes Costa,
tendo-lhe sucedida como únicos herdeiros legitimários, os filhos: 1- Regina
Zulmira Costa, solteira à data de óbito, maior, natural da freguesia de San-
to António das Pombas, concelho do Paúl, residente nesta cidade do Mindelo;
2- Benvindo João Leston Costa, casado com Rita Maria Silva Brito Leston
Costa, no regime de comunhão geral de bens, natural da freguesia de São Pedro
Apostolo, concelho da Ribeira Grande de Santo Antão, residente nesta cidade
do Mindelo; 3- Francisca Leston Costa, solteira, maior; natural da freguesia
de Santo António das Pombas, concelho do Paúl, residente em Portugal; - e por
direito de representação o neto; - Jailson Jorge Costa Brito, solteiro, maior, re-
sidente nesta cidade do Mindelo, natural da freguesia de Nossa Senhora da Luz,
concelho de São Vicente, filho da sua pré falecida filha, Maria Aldina Costa, e
como tal bisneto do falecido Manuel José Leston; e o neto: Claúdio José For-
tes Costa, solteiro à data de óbito, atualmente casado com Maria Alice Lopes,
sob regime de separação de bens, natural da freguesia de Nossa Senhora da Luz,
concelho e ilha de São Vicente, residente nesta cidade do Mindelo, filho dos seu
pós-falecido filho, José Alberto Leston Costa, e bisneto do falécio, Manuel
José Leston; - Que no dia vinte e seis de maio de mil novecentos e oitenta e
dois, na freguesia de Nossa Senhora da Luz, concelho e ilha de São Vicente,
sem testamento ou escritura de doação por morte faleceu, Maria Aldina Costa,
de vinte e seis anos, natural que foi na freguesia de Santo António das Pombas,
concelho do Paúl, com ultima residência nesta cidade do Mindelo, no estado de
solteira, tendo-lhe sucedida como único herdeiro o filho, Jailson Jorge Costa
Brito, acima devidamente identificado; - Que, ainda, no dia trinta e um de mar-
ço de dois mil e doze, na freguesia de Santo António das Pombas, concelho do
Paúl, sem testamento ou escritura de doação por morte faleceu, José Alberto
Leston Costa, de cinquenta e sete anos, natural que foi da referida freguesia e
concelho acima mencionado, com ultima residência habitual em Cabo de Ribei-
ra, ilha de Santo Antão, no estado de divorciado de Maria de Piedade de Sena,
e tendo- lhe sucedido como único herdeiro o filho, Claúdio José Fortes Costa,
acima devidamente identificado.
Os interessados, querendo, podem proceder à impugnação judicial da escri-
tura em referência, nos termos do artigo 87.° do Código do Notariado, aprovado
pelo DL n.º 9/2010, de 29 de março.
Primeiro Cartório Notarial de São Vicente, aos 17 de outubro de 2023.
Conta: 202352619/2022 Proc, n° 619976
Art. 20.4.2 ................. 1000$00
Selo……………………… ..200$00
Total …………….1.200$00. Importa o presente em mil e duzentos escudos
1o Cartório Notarial de São Vicente, Voip-3104- Alto São Nicolau, Notário. Lic. José
Manuel Santos Fernandes
Classificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 20
Ministério
da Justiça
Direção Geral dos Registos, Notarial e Identificação
1º Cartório Notarial da Praia
Notário: Victor Veiga
EXTRACTO
CERTIFICO narrativamente para efeitos da Primeira publi-
cação, nos termos do artigo 86°-A do Código do Notariado, adi-
tado pelo Decreto-Lei no 45/2014, de 20 de agosto, que no dia
24.03.2023, de folhas 79 a 80 do livro de notas para escrituras di-
versas número 303 deste Cartório Notarial, a meu cargo, foi exa-
rada uma Escritura de Habilitação de Herdeiros por óbito de
Feliciana Tavares Soares, nos termos seguintes:
Que no dia vinte e cinco de outubro de dois mil e vinte e
dois, no Hospital Agostinho Neto, faleceu Feliciana Tavares Soa-
res, aos cinquenta e cinco anos de idade, no estado civil de solteira,
natural que foi da freguesia de Santo Amaro Abade, concelho do
Tarrafal de Santiago, filha de Tomaz de Barros Soares e de Maria
Mendes Tavares, que teve a sua última residência no Tarrafal.
Que a falecida não fez testamento, nem qualquer disposição
de última vontade, e deixou como únicos herdeiros os seus filhos:
Eunice Madalena Soares Semedo Correia, casada sob o re-
gime de comunhão de adquiridos com Bernardino Lopes Correia,
natural da freguesia de Santo Amaro Abade, concelho do Tarrafal,
residente no Tarrafal.
João Edmão Soares Semedo, solteiro, maior, natural da fre-
guesia da freguesia de Santo Amaro Abade, concelho do Tarrafal,
residente em França.
Jessica Jael Soares Semedo, solteira, maior, natural da fre-
guesia de Santo Amaro Abade, concelho do Tarrafal, residente no
Tarrafal.
Janice Soares, solteira, maior, natural da freguesia de Santo
Amaro Abade, concelho do Tarrafal, residente em Holanda.
Jacilene Soares Semedo Borges, casada sob o regime de co-
munhão de adquiridos com Emanuel Mendes Borges, natural da
freguesia de Santo Amaro Abade, concelho do Tarrafal, residente
em Portugal.
Que não existem outras pessoas que segundo a lei lhes prefiram
ou com eles possam concorrer à sucessão.
Os interessados, querendo, podem proceder à impugnação ju-
dicial da escritura em referência, nos termos do artigo 87.o do Có-
digo do Notariado, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 9/2010, de 29 de
março.
Primeiro Cartório Notarial da Região de Primeira Classe da
Praia, aos 17 de outubro de 2023.
CONTA: 115/2023
Art. 20.4.2....... 1000S00
Selo do Acto....... 200$00
Total ……………1.200$00. Importa o presente em mil e du-
zentos escudos.
1º Cartório Notarial da Praia, Telefone-Fax-2617935-CP-184, Avenida da China, Encosta de Achada San-
to António, Notária. Lic.: Victor Manuel Furtado da Veiga NIF-353331112 www.govenio.cv
ssificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023 Classificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023
Ministério
Ministério da Justiça
da Justiça Direção Geral dos Registos, Notarial e Identificação
Direção Geral dos Registos, Notarial e Identificação
Notária p/s: Lic. Maria Ivete Santos da Silva Marques
EXTRACTO
Certifico, narrativamente, para efei-
tos de primeira publicação nos termos
EXTRACTO do disposto no artigo 100° do Código
do Notariado, alterado pelo Decreto-
-Lei n°45/2014 e 20 de agosto, que de
fls. 41 a fls 42 do livro de notas para
Certifico narrativamente para efeitos de primeira publicação, nos ter- escrituras diversas número 59-B des-
mos do no 3 do artigo 100o do Código do Notariado, alterado pelo Decre- ta Conservatória/Cartório se encontra
exarada uma escritura de JUSTIFICA-
to-Lei número 45/2014 de 20 de Agosto, que no dia vinte e sete de setem-
ÇÃO NOTARIAL, com a data de vinte
bro de dois mil e vinte e três, no Cartório Notarial da Região de Segunda e quatro de outubro de dois mil e vinte e
Classe de Santa Catarina, perante mim, Lic. Lic. Maria Ivete Santos da três, na qual o Sr. SAMUEL CABRAL,
com NIF154910643, casado com Iolan-
Silva Marques, Notaria por substituição, por estar ausente a Notária Jan- da Tavares, no regime de comunhão de
dira dos Santos Cardoso, no livro de notas para escrituras diversas número adquiridos, natural da freguesia de São
Lourenço, concelho de São Filipe, resi-
oitenta e cinco, a folhas setenta e um a setenta e três verso, foi lavrada dente nos Estados Unidos da América, se
uma escritura pública de Justificação Notarial, em que Antonino Fernan- declara com exclusão de outrem, dono e
legítimo possuidor de parcela de terreno
des Gonçalves, solteiro, maior, contribuinte fiscal número um zero um com área de dois mil metros quadrados,
seis DEC seis zero dois cinco um, natural da freguesia e concelho de Santa a desanexar do prédio rustico, localizado
em Patim, confrontando a norte com Re-
Catarina, residente nos Estados Unidos da América, declara que é dono e
gato, sul com Amelia Gomes, este com
legítimo proprietário com exclusão de outrem, do prédio urbano-rés do Maria Livramento de Pina e oeste com
chão, construído de pedra e blocos de cimento, coberto del betão arma- Maria Santa Gomes, inscrito na matriz
predial rustica da freguesia de Nossa
do, composto por dois quartos, situado na localidade de Achada Galego, Senhora da Conceição sob o número
da dita freguesia, confrontando do Norte, com Edifício construído, Sul 4664/0, em nome de António Pina Cula,
com o valor matricial duzentos mil escu-
e Oeste com Via Pública e Este com Lote Rústica, com área de 150m2 dos, omisso no registo predial.
(cento e cinquenta metros quadrados), omisso nas Conservatória dos Que adquiriu o referido trato de ter-
reno por o ter comprado por contrato
Registos Predial da Praia e de Santa Catarina, inscrito na matriz predial da particular nos herdeiros de António Pina
freguesia de Santa Catarina sob o número 7182/0, com o valor matricial Cula, há vinte anos, sem que pudesse
de um milhão e quarenta e um mil oitocentos e sessenta e três escudos.
Que o dito prédio, lhe veio a posse por compra feita ao Senhor Gus-
tavo Gomes Varela, no ano de dois mil e dois, pelo preço de duzentos e
Ministério
quarenta mil escudos, sem que, no entanto, ficasse a dispor de título for- da Justiça
Direção Geral dos Registos, Notarial e Identificação
mal que que lhe permita o respetivo registo predial, mas desde logo entrou
na posse e fruição do prédio, em nome próprio, posse essa que é exercida 1º Cartório Notarial da Praia
Notário: Victor Veiga
sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja.
Que a posse foi adquirida e mantida, sem violência, sem oposição, sem EXTRACTO
interrupção e ostensivamente com conhecimento de toda a gente, desde CERTIFICO narrativamente para
o ano de dois mil e dois, portanto, há mais de vinte anos, agindo sempre efeitos da segunda publicação, nos
por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, com termos do artigo 86°-A do Código do
Notariado, aditado pelo Decreto-lei n°
aproveitamento de todas as utilidades do prédio, usufruindo e suportan-
45/2014, de 20 de agosto, que no dia
do os respetivos encargos, pelo que adquiriu o direito por usucapião, o que 12.10.2023, de folhas 06 frente a 06
invoca para efeitos de primeira inscrição no registo predial. verso do livro de notas para escrituras
Mas se informa que, nos termos do número 2 do artigo 101o do Código diversas número 316 deste Cartório
Notarial, a meu cargo, foi exarada
Notariado, podem os interessados, querendo, interpor recurso hierárquico
uma escritura de habilitação de her-
ou impugnação judicial da referida escritura de Justificação Notarial, no deiros por óbito de Amélia Cândida
prazo de quarenta e cinco dias a contar da segunda publicação do extrato Lopes Alfama Sena Duarte, nos ter-
no jornal. mos seguintes:
Que no dia onze de outubro de
dois mil e dezanove, no Hospital
Está conforme o original. Dr. Agostinho Neto, faleceu Amélia
Cândida Lopes Alfama Sena Duar-
te, aos quarenta e seis anos de idade,
Cartório Notarial de Santa Catarina, aos dezoito dias do mês de outu-
no estado civil de divorciada, natural
bro do ano dois mil e vinte e três. que foi de França, de nacionalidade
Emol: ....................1.000.00 cabo-verdiana, que teve a sua última
Imp. de selo:......200.00 residência habitual em Achadinha,
Praia.
Total:................1.200.00 (mil e duzentos escudos)
Que a falecida não fez testamento,
Conta no 614441/2023 nem qualquer disposição de última
vontade, e deixou como único herdei-
DGRNI, Cartório Notarial da Região de 2o Classe de Santa Catarina, Palácio da Justiça RC/Direito - Ave-
nida da Liberdade - Assomada, CP *, ro o seu filho Diogo Duarte Gomes
dos Anjos, solteiro, maior, natural
| 15
dispor de título suficiente para o registo
predial.
Que está na posse e fruição do imóvel
desde a referida compra, portanto há vin-
te anos, tendo incluído já nele construído
uma casa, porem não inscrito ainda na
matriz em seu nome, e o vem exercen-
do sucessivamente e em nome próprio,
de forma pacifica, de boa fé e ostensiva-
mente com conhecimento de toda a gen-
te, aonde vem atuando como verdadeiro
proprietário e sem oposição de outrem,
pelo que julga ter adquirido nas circuns-
tancias descritas o direito de proprieda-
de sobre o referido trato de terreno por
usucapião, o que ora invoca para efeitos
de primeira inscrição no registo predial.
Está conforme o original.
São Filipe e Conservatória dos Re-
gistos e Cartório Notarial da Região de
São Filipe, aos vinte e quatro de outubro
de dois mil e vinte e três.
Conta: Reg. Sob o n.°107/10
Artigo 20°. 4.2............1.000$00
Selo do acto……………200$00
Soma:............. ………..1.200$00- São:
Mil e duzentos escudos.
DGRNI, Conservatória dos Registos e Cartório Notarial de
2a Classe de São Filipe, Avenida Amilcar Cabral - São Filipe -
Fogo, CP 13, Cabo Verde, Telefone +(238) 281 11 54, +(238) 281
11 54/VOIP (333) 8101, Email: Conservatoria.CartorioFogo@
gov.cv www.governo.cv
da freguesia de São Sebastião da Pe-
dreira, concelho de Lisboa, de nacio-
nalidade cabo-verdiana, residente no
Bairro Craveiro Lopes, Praia.
Que não existem outras pessoas
que segundo a lei lhe prefiram ou com
ele possam concorrer a sucessão. Os
interessados, querendo, podem proce-
der a impugnação judicial da escritura
em referenda, nos termos do artigo
87.º do Código do Notariado, apro-
vado pelo Decreto-lei n.º 9/2010, de
29 de março. Primeiro Cartório Nota-
rial da Região de Primeira Classe da
Praia, aos 12 de outubro de 2023.
CONTA:617763/2023
Art.º 20.4.2 ..... 1000$00 (mil escu-
dos)
SELO DO ATO ………200$00
Total ………1200$00 (mil e duzen-
tos escudos)
Avenida da China - Encosta de Achada San-
to António NIF- 353331112 - Telefone-Fax:
2617935 -CP-184
16| Classificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 2023
Ministério
da Justiça
Direção Geral dos Registos, Notarial e Identificação
DIRECÇÃO GERAL DOS REGISTOS, NOTARIADO E IDENTIFICAÇÃO
2° CARTÓRIO NOTARIAL DA REGIÃO DE 1° CLASSE DA PRAIA  
ACHADA SANTO ANTÓNIO - CP 404-A - PRAIA  
Tel.2626205 I 2626209
Notaria PIS: Heleny Patrícia Silva Varela
EXTRACTO
CERTIFICO, para efeito de Primeira publicacao nos termos do disposto no
artigo 86°-A do Código do Notariado, aditado pelo Decreto-Lei n° 45/2014, de
20 de Agosto, B.O. n° 50 – Iª Série, que no dia dezanove de Outubro de dois
mil e vinte e tres, no Segundo Cart6rio Notarial da Regiao de Primeira Classe da
Praia, perante mim, Notaria Lic. Heleny Patricia Silva Varela em substituicao da
respetiva Notaria Lic. Ana Teresa Ortet Lopes Afonso, foi lavrada no livro de
notas para escrituras diversas mimero Trezentos e Tres/A, de folhas noventa e seis
a noventa e sete, uma escritura de habilitacao de herdeiros, nos termos seguintes:
Que no dia trinta e um do mês de outubro do ano de dois mil e vinte e dois,
na Freguesia de Nossa Senhora da Graça, Concelho da Praia, faleceu ANTÓNIO
PEDRO GOMES FERREIRA, no estado civil de casado com Cesaltina Soares
Leal Ferreira, no regime de Comunhão de Adquiridos, natural que foi da Fre-
guesia de Nossa Senhora da Graça, Concelho da Praia, com a última residência
habitual em Fazenda, Cidade da Praia.
Que, o falecido nao deixou testamento ou qualquer outra disposição de última
vontade, tendo-lhe sucedido como seus unicos herdeiros, os filhos:
a) VANDA DENISE ANDRADE FERREIRA, solteira, maior, natural da
Freguesia de Nossa Senhora da Graça, Concelho da Praia, residente nos Estados
Unidos da América;
b) AMILTON ANDRADE FERREIRA, solteiro, maior, natural da Freguesia
de Nossa Senhora da Graça, Concelho da Praia, residente em Fazenda, Cidade da
Praia.
ANILTON ANDRADE FERREIRA, solteiro, maior, natural da Freguesia de
Nossa Senhora da Graça, Concelho da Praia, residente no Brasil.
ABAILARDO FERNANDES FERREIRA, casado com Claúdia Monteiro
Lopes Ferreira, no regime de Comunhão de Adquiridos, natural da Freguesia de
Santo Amaro Abade, Concelho do Tarrafal, residente na Ilha do Fogo.
JOÃO PEDRO RODRIGUES FERREIRA, solteiro, maior, natural da Fre-
guesia de Nossa Senhora da GraÇa, Concelho da Praia, residente em Achada Santo
Antonio, Cidade da Praia.
INEIDA DA CONCEIÇÃO FERNANDES FERREIRA, solteira, maior, na-
tural da Freguesia de Nossa Senhora da Graça, Concelho da Praia, residente em
Fazenda, Cidade da Praia.
Que segundo as normas reguladoras da sucessao legal e voluntária, não há
quern possa concorrer com as mencionadas herdeiras a sucessão do falecido.
Mais se informa, que nos termos do n.º 5 do artigo 86 - A e do artigo 87 do
Código do Notariado, podem os interessados, querendo, impugnar judicialmente a
referida escritura de habilitação de herdeiros.
ESTÁ CONFORME
Segundo Cartório Notarial da Região de Primeira Classe da Praia, aos dezanove
dias do mes de outubro de dois mil e vinte e três.
Conta:
Artº. 20.4.2……………..1.000$00
Imposto de selo ………..200$00
Total…………………….1.200$00
(Importa em mil e duzentos escudos)
Reg. sob o nº 202398143/2023
Achada Santo António - Praia - C.P. 404-A - Tel. 262 62 05 - Fax: 262 62 06  PRAIA   Tel.262620512626209
Ministério
da Justiça
Direção Geral dos Registos, Notarial e Identificação EXTRACTO
CERTIFICO, para efeito de primeira publicação nos termos do disposto no artigo 86.°-A
do Código do Notariado, aditado pelo Decreto-Lei n.o 45/2014, de 20 de Agosto, B.O. n.o 50 – 1a
Série, que no dia vinte e quatro do mês de Outubro do ano dois mil e vinte e três, no Segundo
Cartório Notarial de São Vicente, sito em Monte Sossego, perante mim, Manuel António Pina
Rodrigues Rosa, respetivo Notário, foi lavrada no livro de notas para escrituras diversas número
quarenta e dois, de folhas setenta verso a setenta e um verso, a habilitação de herdeiros, nos
termos seguintes:
Que, no dia onze de setembro de dois mil e vinte e três, na estrada de Fajã, cidade da Ribeira
Brava, na freguesia de Nossa Senhora do Rosário, concelho da Ribeira Brava, ilha de São Nico-
lau, onde teve a sua última residência habitual em Fajã, faleceu MARIA DO LIVRAMENTO
DOS REIS LOPES, natural que foi da freguesia de Nossa Senhora da Luz, concelho e ilha de
São Vicente, no estado de solteira.
Que, a falecida não deixou descendentes e nem fez testamento ou qualquer outra disposição
de última vontade, tendo deixado como único herdeiro legitimário, o seu pai, João Manuel
Classificados | Edição nº 843 do A Nação | 26 de Outubro de 20
Ministério
da Justiça
Direção Geral dos Registos, Notarial e Identificação
Conservador/Notário p/s: Autelindo Zé António Pereira Semedo.
EXTRACTO
Certifico narrativamente para efeitos da segunda publicação, nos termos do
nº 5 do artigo 86°-A do Código do Notariado, aditado pelo Decreto-Lei número
45/2014, de 20 de Agosto, que no dia catorze de agosto de dois mil e vinte e três,
na Conservatória dos Registos e Cartório Notarial de São Salvador do Mundo, pe-
rante mim, Autelindo Zé António Pereira Semedo, Conservador/Notário por subs-
tituição, no livro de notas para escrituras diversas número um, a folhas setenta e
oito a setenta e nove, foi lavrada uma escritura pública de Habilitação Notarial,
por óbito de Alberto Mendes Pereira, falecido no dia dezasseis de julho de dois
mil e três, na Boa Entrada, onde teve a sua última residência, natural que foi da
freguesia e concelho de Santa Catarina, no estado de casado com Helena Rocha,
no regime de comunhão geral de bens.
Que o falecido não deixou testamento ou qualquer outra disposição de última
vontade e deixou como únicos herdeiros legitimários, os seus filhos: a) Odete
Rocha Pereira, solteira, maior, natural da freguesia e concelho de Santa Catarina,
residente em Portugal; b) Maria Filomena Rocha Pereira, solteira, maior, natu-
ral da freguesia e concelho acima referidos, residente em Boa Entrada; c) Maria
Alice Rocha Pereira, casada com José António Freire e Silva, sob o regime de co-
munhão de adquiridos, natural da freguesia e concelho acima referidos, residente
em Santiago; d) Edna Maria Rocha Pereira, solteira, maior, natural da freguesia
acima referidos, residente em Boa Entrada; e) Felisberto Rocha Pereira, solteiro,
maior, natural da freguesia e concelho acima referidos, residente em França; f)
Gracelino Rocha Pereira, solteiro, maior, natural da freguesia e concelho acima
referidos, residente em Boa Entrada; g) Evanilda Cristina Fortes Pereira, soltei-
ra, maior, natural da freguesia e concelho acima referidos, residente em Assomada;
h) Nascimento Rocha Pereira, solteira, maior, natural da freguesia e concelho
acima referidos, residente em Boa Entrada: i) Nelita Rocha Pereira, solteira,
maior, natural da freguesia e concelho acima referidos, residente em França.
Que não existem outras pessoas que, segundo a lei, prefiram aos indicados her-
deiros, ou com eles possam concorrer na sucessão à herança do referido Alberto
Mendes Pereira.
Que entretanto, no dia vinte e nove de novembro de dois mil e vinte e dois,
na Boa Entrada, freguesia e concelho de Santa Catarina, veio a falecer Helena
Rocha, natural que foi da freguesia e concelho de Santa Catarina, com última
residência em Boa Entrada, no estado de viúva.
Que a falecida, não deixou testamento ou qualquer disposição de última vonta-
de, e deixou como únicos e universais herdeiros, os referidos filhos, acima identi-
ficados, com exceção Evanilda Cristina Fortes Pereira.
Que não existem outras pessoas que, segundo a lei, prefiram aos indicados
herdeiros, ou com eles possam concorrer na sucessão à herança da referida Helena
Rocha.
Está conforme o original.
Mas se informa que, nos termos do número 5 do artigo 86° A e do 87° do Códi-
go Notariado, podem os interessados, querendo, impugnar judicialmente a referida
escritura de habilitação de herdeiros.
Conservatória dos Registos e Cartório Notarial de São Salvador do Mundo, aos
vinte e três dias do mês de agosto do ano dois mil e vinte e três.
Emol:.....1.000.00
Imp. de selo:.200.00
Total: ....1.200.00 (mil e duzentos escudos)
Contan°591034/2023
DGRNI, Conservatória dos Registos e Cartório Notarial de São Salvador do Mundo, Achada Igreja-São Salvador do
Mundo, CP, Cabo Verde Telefone /VOIP(333) 6961, Email:Conservatoria.cartorio.Mundo@gov.cv
Silva Lopes, casado com Eloisa do Carmo dos Santos, sob o regime da comunhão geral de
bens, natural da freguesia de Nossa Senhora da Luz, concelho e ilha de São Vicente, onde reside
em Vila Nova.
Que não existem outras pessoas que, segundo a lei, prefiram ao indicado herdeiro ou com
ele possam concorrer na sucessão a herança da referida Maria do Livramento dos Reis Lopes.
ESTÁ CONFORME.
Segundo Cartório Notarial de São Vicente, em Monte Sossego, aos vinte e cinco de Outubro
de dois mil e vinte e três.
Art. 20.°. 4.2..... 1.000$00
Selo do acto...... ..200$00
Soma:...... 1.200$00
Processo n.o 623303
Conta sob o n.o 202339792
DGRNI, Segundo Cartório Notarial de São Vicente, Rua Abílio Duarte no 9a, Monte Sossego, São Vicente, CP *, Cabo Verde, Telefone
+(238) 231 31 00/VOIP (333) 3108, (333) 3110, Email: SegundocartorioSV@gov.cv-www.governo.cv