DEMOCRACIA

SEMPRE
Sexta 09/12 a 15/12 de 2022 | Ano 42 | Edição 1733
Distribuição Gratuita

ATLETA DE
jornaldocambuci@yahoo.com.br aclimacaoecambuci @aclimacaoecambuci noticiasaclimacao@gmail.com

JIU JITSU
DO CAMBUCI
VENCE CAMPEONATO
NA ARÁBIA SAUDITA
A nossa região é uma fonte inesgotável de talentos
em todos os setores. Nas artes, na música e no esporte.
Em novembro ganhamos mais um título interna-
cional com a Isabella Sbano Fortes Pitta de 23 anos.
Veja na página 3.
2 Sexta 09/12 a 15/12 de 2022
Opinião De Olho em Brasília
Atos Todos os homens (e mulheres)
Antidemocráticos
As manifestações em frente aos quartéis dos chamados
do presidente
“patriotas” são movimentos de grupos que se negam
a respeitar a Democracia ou se informar com isenção. E m uma entrevista o
presidente eleito Lula
disse que já tinha “80% do
A doutrinação ideológica, propagada pelas redes sociais
pela extrema direita, que utiliza notícias mentirosas para ministério” formado na sua
criar instabilidade e ódio, precisa ter uma resposta dura cabeça.Ciente que herdará
da Justiça brasileira contra os responsáveis. uma máquina estatal alque-
As cenas de senhoras idosas de joelhos no cimento brada e desarranjada em
rezando um terço, ou de pessoas gritando na porta várias áreas, o petista não
dos quartéis pedindo intervenção militar vem perdendo tempo para
para o soldado que está de guarda, representam montar a sua equipe de
uma histeria preocupante. Para piorar, foram governo. Também ciente
identificados diversos grupos neonazistas que tentam que tem que administrar as
se organizar e criar tumulto nas suas cidades, sobretudo ansiedades de vários atores
em Santa Catarina e Paraná. políticos e econômicos da
Vale lembrar que o culto ao Nazismo é proibido em sociedade, emite sinais de
quase todos os países do mundo e aqui no Brasil
que de rumos irá tomar a
também. Trata-se de um crime e pode levar seus
partir do dia 1º de janeiro
praticantes à prisão. Esse conjunto de absurdos
de 2023.
antidemocráticos tem nos ensinado que a evolução
Macaco velho que é,
social e espiritual da humanidade, pelo menos aqui no
o futuro presidente tratou
Brasil, ainda está longe de atingir um patamar pleno.
Uma minoria de 20% a 25% se submete a participar logo de indicar nomes, ainda
de ações que podemos classificar como terroristas. que de maneira implícita,
Uma coisa é a pessoa não gostar do resultado para os setores mais críticos
eleitoral, outra é não aceitar e por isso se sentir de qualquer administração.
à vontade para tumultuar a paz de quem deseja Assim tudo levar a crer
que Fernando Haddad será
ajudar o Brasil a voltar à normalidade.
Os democratas terão um árduo trabalho pela frente. o comandante da pasta da
A tentativa de diálogo é impossível nesse momento. Fazenda. Não será um “czar”
Só o tempo, e uma boa política do governo eleito
democraticamente, poderá dia a dia convencer Debate Social
Histórias do Jornal
os menos iludidos com seu extremismo político.
O Governo Lula, composto por uma ampla frente
S
democrática, mostra que veio governar para todos os emana que vem circu-
brasileiros e tem como principal tarefa social acabar com laremos com edição
a fome e garantir a Democracia. comemorativa de 41 anos.
Nessas mais de 4 décadas
Mirna Leandro Ribeiro de Castro. participamos ativamente
Editora e Jornalista Responsável (1981-2001)
dos acontecimentos no
Diretor e Jornalista responsável:
Roberto Casseb MTB 31691 Cambuci, Aclimação e proxi-
Redação: Roberto Casseb e Daniel Yazbek
Assessor Jurídico: Antonio Mário Pinheiro Sobreira midades. Algumas ações
Fones: 11-3341-0050 e 11-94505-4696 foram de alegrias e outras
E-mail: jornaldocambuci@yahoo.com.br
Impressão: Mar Mar Gráfica e Editora
de tristeza.
Tiragem: 15 mil exemplares A mais impac tante
Circulação: Cambuci, Liberdade (Aclimação e Paraiso), Vila que f icou marcada na
Mariana (Jardim da Glória e Klabin), Ipiranga (Vila Monumento)
minha história pessoal foi
Não nos responsabilizamos pelo teor de artigos assinados, podendo ou
não concordar com eles, e nem pelo conteúdo dos anúncios publicitários. a queda do telhado da
sede da Igreja Renascer em
Cristo na Avenida Lins de
Vasconcelos.
O fato aconteceu no
domingo em 19 de janeiro
de 2009 e matou 9 pessoas
e feriu mais de 200. No
momento da queda eu
estava na sede do Jornal
em frente o Balneário de
Cambuci. Tinha acabado
de escrever uma matéria
e fui fechar a janela da
minha sala quando ouvi
um estrondo. Parecia um
rojão muito forte. Quando
cheguei na rua um conhe-
cido vinha descendo a Lins
como foi Delfim Netto nos
tempos dos regimes milita-
res ou um “posto Ipiranga”
como Paulo Guedes. Além
do que, Lula ainda procura
um nome para o outro
lado da moeda da gestão
macroeconômica: a pasta
do Planejamento. O governo
eleito sonhava com o econo-
mista Pérsio Arida para o
cargo, mas parece que o
mesmo recusou a honraria
(ou o abacaxi). O plano é
ter um nome mais técnico
para o segundo ministério,
sossegando de vez o leviatã
mercado. Portanto a equipe
de transição (e Lula) conti-
nuam analisando os currícu-
los de outros candidatos ao
cargo, com as características
de um dos pais do Plano Real.
Em outro ministério
importante, o da Justiça, as
fichas vão para o senador
Flávio Dino, ex-governador
do estado do Maranhão
muito rápido. Ele me viu e
disse que o teto da Renascer
havia desabado.
Voltei para o Jornal,
peguei a máquina fotográ-
fica e corri para frente da
Igreja. Fui o primeiro repór-
ter a chegar no local. Havia
muita poeira e muita gente
saindo pela Rua Robertson
e indo embora. A maioria
estava ferida e vi os primei-
ros corpos de 2 senhoras.
Na sequência chegou
um carro de polícia e mora-
dores das proximidades
que começaram a ajudar
as pessoas machucadas.
Quando os seguranças
da Igreja me viram com a
máquina fotográfica vieram
me ameaçar tentando impe-
dir que registrasse o fato.
Minutos depois chega-
ram os bombeiros e vários
veículos de comunicação.
Os fieis que não haviam se
ferido começaram a rece-
ber apoio de outras igrejas
neopentecostais e fizeram
um cerco humano para
impedir que a imprensa
e ex-membro do PCdoB
(atualmente está no PSB,
o mesmo partido do vice-
-presidente eleito, Geraldo
Alckmin). Foi eleito gover-
nador pela primeira vez em
2014 e reeleito em 2018.
Nessas eleições além de
ganhar uma vaga ao senador
conseguiu fazer o sucessor,
Carlos Brandão.
Flávio Dino conseguiu
assim sobrepujar o clã da
família Sarney, que dominou
o estado por muito tempo.
Trata-se aliás de uma ironia
política, já que o ex-presi-
dente José Sarney, como
presidente do Senado, foi
um grande aliado dos gover-
nos petistas.
Para o ministério da
Defesa se cogita o nome
de José Múcio Monteiro
Filho, um ilustre desconhe-
cido para a grande maioria
das pessoas.
Mas ele tem um
registrasse o ocorrido.
Alguns repórteres chega-
ram a ser agredidos. A cena
era de guerra. Parecia que
uma bomba havia caído
sobra a Renascer.
O fato é que 10 anos
antes em 1999, a Jornalista
Mirna Leandro de Castro,
falecida em 2001, havia feito
uma matéria questionando
a segurança do teto da
Igreja. Havíamos recebido
uma denúncia que pedaços
do telhado haviam caído. A
Prefeitura interditou o local
e os responsáveis da igreja
fizeram uma maquiagem
sem mexer na segurança
da construção e o local foi
liberado após um mês.
Ali tinha sido o Cine
Riviera, depois uma conces-
sionária da Volks e quando
virou um templo, vários
acessórios foram incorpo-
rados ao teto. Iluminação,
trilhos para apoio das
câmeras e tubos de venti-
lação. Evidente que o peso
aumentou muito. Era uma
tragédia anunciada.
currículo bastante robusto.
Foi deputado federal pelo
Pernambuco por cinco
mandatos e depois ministro
das Relações Institucionais
no segundo mandato de
Lula. Depois se tornou
ministro do TCU (Tribunal
de Contas da União), em
2009. Agora aposentado do
Tribunal, ele está livre para
ser o ministro-chefe das
Força Armadas.
Lula também deseja dar
um perfil mais um plural e
amplo à sua equipe e assim
quer colocar mulheres em
outras pastas. A deputada
eleita Marina Silva, a presi-
denciável do MDB, Simone
Tebet e a ex-ministra da
Agricultura do governo
Dilma, Kátia Abreu, estão
no páreo.
Rogério Itokazu
(esse artigo também
é publicado no site
“DeOlhoemBrasília.com”).
Foi um acontecimento
muito triste. A Associação
de Preservação da Vila
Deodoro, com o apoio do
Jornal, ganhou na justiça a
ação para que a Igreja não
fosse reconstruída no local.
Hoje só tem a fachada de
frente para a Avenida Lins de
Vasconcelos. Internamente
o espaço virou um esta-
cionamento. Fizemos um
abaixo assinado com mais
de 5 mil nomes reivindi-
cando ao Prefeito Gilberto
Kassab a desapropriação do
espaço. A ideia era construir
uma Praça com motivos de
cinema e instalar no local
o Museu de Cinema do
saudoso Sr. Antonio Vituzzo,
além de um memorial com
o nome das 9 vítimas. Mas
isso é outra história.
Roberto Casseb
 Sexta 09/12 a 15/12 de 2022
Esporte
O Cambuci tem uma Campeã
A nossa região é uma fonte ines-
gotável de talentos em todos
os setores. Nas artes, na música e
no esporte. Em novembro ganha-
mos mais um título internacional
com a Isabella Sbano Fortes Pitta
de 23 anos.
Isabella é atleta de Jiu Jitsu e foi
convidada pela Federação de Jiu
Jitsu da Arábia Saudita a ministrar
aulas para atletas locais e partici-
par do Campeonato Mundial de
Abu Dhabi que aconteceu entre os
dias 11 e 19 de novembro.
Ela luta na categoria até 49 kg
Faixa Azul e foi campeã mundial
recebendo a medalha de ouro.
“A emoção foi muito grande”,
afirmou. Participaram da compe-
tição 6 brasileiros, 2 homens e
4 mulheres. Isabella foi a única
representante a ganhar ouro.
Para chegar à vitória, Isabella
venceu adversárias da Espanha,
Bairro
Árvore na Vila Monumento causa problemas
M oradores da Rua Engenheiro
Lauro Penteado na altura do
número 238 na Vila Monumento,
estão reclamando de uma árvore
que tem causado problemas com
seus galhos invadindo telhado.
A reclamação já foi
Coreia e uma colega do Brasil. A
final foi contra uma atleta da casa.
Os Emirados Árabes têm investido
bastante nessa modalidade.
Os campeonatos e torneios
dividem os atletas por peso e
faixa. No Jiu Jitsu existem 5 faixas,
branca, azul, roxa, marrom e preta.
Isabella, que estava acompa-
nhada do namorado Vitor Hugo
do Santos Sotini na entrevista,
também atleta de Jiu Jitsu, nos
disse que Pratica esporte desde os
13 anos e treina a modalidade há 2.
N as ci da e m o r a d o r a d o
C a m b u c i , p r e te n d e d i s p u -
tar junto com o namorado, o
Campeonato Europeu de 2023.
A experiência internacional
dará oportunidade para novas
conquistas e o problema tem
sido a falta de patrocínio. Eles
treinam na Academia Cícero
Costa no Ipiranga.
encaminhada à Subprefeitura do
Ipiranga, mas até o fechamento
dessa edição nenhuma provi-
dência foi tomada. Em uma das
residências o entupimento das
calhas traz transtornos constan-
tes. Com as fortes chuvas nesse
período na cidade, a água invade
3
A prática de Jiu Jitsu tem cres-
cido muito no Brasil. É uma luta de
solo que foca na imobilização do
adversário. A modalidade surgiu
a cerca de 3.600 anos na Ásia e
chegou no Brasil em 1914 trazida
pelo japonês Mitsuyo Maeda. A
família Gracie do Rio de Janeiro
ficou famosa internacionalmente
por aperfeiçoar e divulgar a moda-
lidade no país.
Isabella, que é Professora de
Educação Física, tem como meta
se profissionalizar em 4 ou 5 anos.
Seu desejo é representar nossa
bandeira em eventos interna-
cionais. “O foco agora é treinar
bastante e conseguir um patrocí-
nio para participar do Campeonato
na Europa”, O primeiro passo já foi
dado na Arábia.
Roberto Casseb
o imóvel estragando as paredes e
fazendo estragos.
Além do desconforto aos
moradores, tem também o preju-
ízo financeiro. A Subprefeitura
do Ipiranga precisa enviar uma
equipe ao local e fazer a poda
correta da árvore.
4 Sexta 09/12 a 15/12 de 2022
Inclusão
Concerto do Bem celebra a inclusão:
iniciativa do Instituto Olga Kos, em parceria com a Unibes, aconteceu no MASP
O auditório do MASP (Museu de
Arte de São Paulo) foi cenário
do “Concerto do Bem”, idealizado
fazendo parte dessa história e
transforma o mundo em um lugar
um pouco melhor”, finaliza.
maneira a promover a inclusão por
meio das artes e esportes, mas que
também busca provocar a reflexão
pelo Olga Kos, instituto que há 15 Pedro Paulo Prado De Almeida, entre os agentes que atuam nas
anos atende pessoas com defici- presidente da empresa Santa Cruz organizações públicas, privadas, do
ência e em situação de vulnerabili- (patrocinadora do evento) e perso- primeiro, segundo e terceiro setor”,
dade social com projetos artísticos nalidade presente, foi homenage- concluiu.
e esportivos.  ado ao lado de sua esposa Juliane Os agradecimentos e o encer-
Outro anfitrião desta soleni- de Almeida, juntamente com o ramento ficaram por conta de
dade, reservada para autoridades Gabriel Zituni e os maestros e maes- Thamires Souza, participante do
e convidados, foi a Unibes (União trinas, Kesia Roberta de Miranda, Instituto Olga Kos que possui
Brasileiro-Israelita do Bem-Estar Lucas Joly e Mário Barcellos. Síndrome de Down e que, na
Social), instituição social que há 107 Já o presidente do instituto, ocasião, se expressou dizendo “É
anos promove o bem-estar social e do trabalho desenvolvido pelo tradicional e prestigiado concerto Wolf Kos, declarou que “reunir difícil subir no palco, mas é possí-
desenvolve autonomia de crianças, Instituto Olga Kos tem como função que permite que usufruam da autoridades e empresas para pres- vel.” fazendo alusão aos inúmeros
jovens, famílias e idosos em situa- social oferecer protagonismo para linguagem artística universal que é tigiar ações como estas reforça os desafios superados diariamente
ção de vulnerabilidade social. pessoas que, eventualmente, foram a música, instrumento que agrega, propósitos de uma instituição que por pessoas que, como ela, ainda
O repertório foi interpretado deixadas de lado pela sociedade. une e inclui todos em uma só voz. desde a sua gênese, trabalha para enfrentam muitos percalços
pelo grupo infantojuvenil da Isto ocorre sob a forma deste Quem ajuda esta causa acaba entregar algo além do lúdico, de quando se trata de ‘inclusão’.
Orquestra e Coral da Unibes que
trouxe músicas do cancioneiro
popular brasileiro, títulos autorais
dos maestros e grandes obras
clássicas e do rock internacional. Ao
todo serão 70 crianças: no grupo da
orquestra serão 45 crianças e jovens
e no coral serão 35 crianças e jovens,
ambos de 12 a 14 anos. Conduziram
a apresentação, a maestrina Kesia
Roberta de Miranda e o maestro
Lucas Joly.
O vice-presidente da Área
da Criança e do Adolescente da
Unibes, Gabriel Zitune, destacou
a importância da participação das
crianças e jovens da instituição
neste evento tão especial: “Para
a Unibes é uma grande alegria e
honra poder participar do Concerto
do Bem e ser representada por estas
crianças e jovens tão talentosos do
grupo infantojuvenil da Orquestra
e Coral, que, por meio da arte e da
cultura, desenvolvem autonomia e
têm a oportunidade de mudar suas
próprias vidas e o meio social em
que vivem”.
Os beneficiários do Olga Kos,
inscritos nas oficinas promovi-
das pelo Departamento de Artes,
também farão apresentações e as
performances incluem demons-
trações vocais e instrumentais. A
responsável do departamento de
artes do Olga Kos, Silvia Liz, obser-
vou que “a representação estética

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 Sexta 09/12 a 15/12 de 2022
Bairro
Chuvas fortes causam problemas no
Parque da Aclimação
A s fortes chuvas na cidade
têm castigado nossa região.
O Parque da Aclimação é um dos
locais mais atingidos com quedas
de galhos, sujeira e aumento do
nível de água do lago. Usuários
tem observado a morte de peixes
que são expelidos pelo verte-
douro e nas suas margens. Os
gatos também sofrem muito
com a falta de coberturas para
se protegerem.
O esvaziamento do lago
em23 de fevereiro de 2009 com
a quebra do vertedouro, obrigou
Comunidade
Após concurso cultural para revitalização,
Rotary Cambuci inaugura
“Marco da Solidariedade”
E m parceria com a Prefeitura
de São Paulo, neste sábado,
dia 3, o Rotary Club de São Paulo
Cambuci participou da reinau-
guração da praça Hélio Ansaldo,
que foi revitalizada e contém o
monumento recém inaugurado
“Marco da Solidariedade”.
Em homenagem aos 40 anos
de trabalho do clube no bairro,
o concurso cultural “Grafite
Solidário” foi realizado para
pintura deste monumento. Cerca
de 12 propostas foram enviadas
5
os técnicos da Secretaria do
Verde e Meio Ambiente e da
Sabesp a estudarem a melhor
peixes tem superado a capaci-
dade do espaço. O correto é a
realização de despesca e o envio
alternativa para o local. Muitos dos animais para outros locais
animais morreram com essa periodicamente. O risco é de que
tragédia. a falta de oxigênio na água cause
Foi construído um novo a morte de parcela deles.
vertedouro e o nível de água foi Os cuidados com o Parque
reduzido para que no período precisam ser permanentes. Uma
de fortes chuvas evitassem um das riquezas desse importante
transbordo e inundação de resi- espaço verde são as aves que
dências próximas ao Parque. passam ou moram por lá. O
Rapidamente a recuperação exemplo são esses dois Cisnes
da fauna do lago foi estabilizada flagrados pelo frequentador do
e o aumento da quantidade de Parque o Dr. Luciano Di Paoli.
Natal Solidário
crianças carentes no Estádio do
Juventus.
Haverá entretenimentos e
seguindo o tema “O Cambuci distribuição de cachorro quente
dos meus Sonhos”. pipoca algodão doce refrigerantes
“Foi um verdadeiro e sorvetes. Também 10 brinque-
prazer analisar todas as pintu- dos infláveis. Apresentação dos
ras, explicações e emoções Cães da GCM e dos Heróis do Bem
passadas através das Artes”, da GCM. Apresentação do Palhaço
diz a presidente do Rotary LELECO e Equipe. Tudo grátis
Cambuci, Paula Pires. A DATA: 10 de Dezembro de
pintura vencedora é de Cadu 2022; Local : Estádio do Juventus;
O
Miller, artista vencedor do Rotary Club Alto da Rua Javari 117 Mooca SP, Horário:
concurso que revitalizou o Mooca está organizando das 7 as 13 hs; Helicóptero com
“Marco da Solidariedade”. em conjunto com Instituições Papai Noel descerá as 11 hs para
,Parceiros,Amigos e Empresários distribuir as sacolinhas com
Daniel Yazbek o 3° Natal Solidário para 3300 presentes para as crianças
6 Sexta 09/12 a 15/12 de 2022
Cinema
Aos 80 anos, Casablanca ainda emociona
O s cinéfilos que me perdoem
mas o clássico “Casablanca”
anda meio esquecido pelo grande
público. Realmente uma grande
injustiça, dentre tantas outras,
nesses tempos tão cínicos e distó-
picos. Lançado há 80 anos nas salas
de cinema dos Estados Unidos, o
filme que retrata o romance cheio
de sofrência entre os personagens
de Humphrey Bogart e Ingrid
Bergman comoveu e levou às
lágrimas gerações e gerações de
espectadores. E sempre ao som
de “As time goes by”.
Para quem não imaginava
nem nascer na época aqui vai um
“spoiler”: Era o ano de 1941 e a
Alemanha nazista estava levando
a melhor durante a 2ª Guerra
Mundial. A França já tinha capi-
tulado e a cidade de Casablanca,
capital do Marrocos, tornara-se
Educação
Mulheres conquistam espaço no empreendedorismo
A dificuldade de encontrar emprego promove o empreendedorismo e 46,7% dos Microempreendedores Individuais são mulheres
S egundo pesquisa do IBGE, em
2019 as mulheres correspon-
diam a 109,4 milhões de habitan-
tes, sendo 52,2% da população
brasileira. Mesmo sendo maioria,
elas ocupam apenas 13% das 500
maiores empresas do país e repre-
sentam 15% das pessoas eleitas
em 2020. Com a dificuldade em
encontrar seu lugar com carteira
assinada, o refúgio feminino, prin-
cipalmente nos últimos anos, foi
recorrer ao empreendedorismo.
O Dia do Empreendedorismo
Feminino, celebrado em 19 de
novembro, foi uma iniciativa criada
pela Organização das Nações
Unidas (ONU), em parceria com
instituições globais, que incentiva
a prática profissional feminina, para
promover debates sobre o tema e
conscientizar a população sobre
os desafios e conquistas dessas
mulheres que arriscam tudo para
um enclave alemão na África do
Norte. Apesar do clima hostil, a
cidade ainda assim atraia muitos
cidadãos europeus que fugiam
da Guerra. Afinal era o atalho mais
rápido para se chegar aos Estados
Unidos, a terra da liberdade.
É um local também para
outros desterrados, como o
se realizar profissionalmente.
A partir de uma pesquisa
realizada pelo Sebrae, do total
de Microempreendedores
Individuais (MEI) registrados no
Brasil em dezembro de 2021,
46,7% eram mulheres, sendo 60%
delas declaradas pretas e 50%
pertencentes à classe C.
Para a Coordenadora dos
cursos de Ciências Contábeis,
Tecnologia em Gestão Fiscal e
Tributária e Pós-Graduação em
Gestão Avançada em Tributos da
UniPaulistana professora Priscila
Maluzza Pissinato, que também
é empreendedora pela empresa
de desenvolvimento técnico e
humano Metasucessos, a discus-
são sobre mulheres no mercado
empresarial é essencial, pois marca
a evolução feminina enquanto
profissionais, se desprendendo dos
valores patriarcais e ressignificando
norte-americano Rick Blaine
(Bogart), dono de uma casa
noturna, onde se misturam bebi-
das, música e também ativida-
des subversivas. Nesse cenário
caótico aparece subitamente
uma ex-amante sua, IIsa Lund
(Bergman), que conheceu em Paris
antes da ocupação. Mas agora
ela está casada com um líder da
resistência tcheca, Victor Laszlo.
Diante do inusitado reencon-
tro, Rick se vê no atormentado
dilema entre ajudar o casal a
escapar da perseguição nazista ou
reatar um tórrido relacionado que
ele achava perdido para sempre
e assim ter a chance de ser feliz
novamente.
Mas naqueles tempos terríveis,
onde a civilização estava à beira do
colapso e a barbárie era iminente,
não havia muitas opções para
heróis solitários e amargurados
como Bogart. Num gesto altruísta
ele empurra a sua musa para os
braços de Laszlo. Para consolar
uma inconsolável IIsa ele fala: “Nós
sempre teremos Paris”.
Como recompensa ele ganha a
amizade do chefe da polícia local,
o capitão francês Renault (Claude
Rains). Um personagem ao mesmo
tempo ambíguo e fascinante,
típico daqueles anos conturbados.
Mesmo distante à quase anos-
-luz dessa produção dirigida por
Michael Curtiz, o filme “Encontros
e Desencontros”, o melhor de
Sofia Coppola (filha de ninguém
de Francis Ford Coppola), guarda
algumas semelhanças com o
romance abortado de Rick e IIsa.
O cenário agora é a Tóquio
pós-moderna do século 21 e
não há nenhuma perturbação
mundial naquele momento. Mas
angústias e incertezas semelhan-
tes também fundem as cabeças
do casal central desse filme, um
ator de cinema decadente, Bob
Harris (Bill Murray) e uma jovem
recém-formada, Charlote (Scarlet
Johansson), que se encontram e
se relacionam em meio ao ritmo
frenético da capital japonesa.
Vivem um romance comovente e
cheio de expectativas, mas igual-
mente com prazo de validade.
Na dolorosa despedida, e ao
som de “Justin like honey”, de
Jesus Marian Chain, Bob sussurra
palavras ternas no ouvido de
Charlote. Muito se especulou quais
foram essas palavras ditas.
Aqui vai um palpite: “Nós
sempre teremos Tóquio”.
Rogério Itokazu
as funções das mulheres em casa
e no trabalho. “Ser uma mulher
empreendedora é ser constan-
temente questionada, ter que
provar seu valor em tempo integral,
trabalhar o triplo para conquistar a
confiança de fornecedores, inves-
tidores, funcionários e do público.
Mas essa luta diária as torna cada
vez mais fortes e a cada conquista
valorizam e, se tornam donas de si
e do seu negócio. É uma das melho-
res sensações de força e liberdade”
diz a professora Priscila Pissinato.
 Sexta 09/12 a 15/12 de 2022 7

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8 Sexta 09/12 a 15/12 de 2022
Cultural
Edição 2022 do Ateliê Aberto
acontece neste sábado no 358
N este sábado, dia 10, das 10h
às 20h, acontece a edição
2022 do Ateliê Aberto no 358
Artista Rafael Frattini finaliza escultura
“Pensamento e Criação” no Parque da Aclimação
A pós cerca de um mês de traba-
lho, a escultura “Pensamento
e Criação” está pronta. O artista
ipiranguista, Rafael Frattini, enta-
lhou o tronco de Eucalipto, rema-
nescente de uma poda feita pela
Prefeitura por risco de queda da
árvore, e concebeu a obra que
agora faz parte do Parque da
Aclimação.
Frattini conta que a ideia
surgiu após uma conversa que
ele mesmo teve com o tronco. Ele
decifrou o potencial da madeira,
criou uma série de desenhos para
se nortear, preparou suas ferra-
mentas e começou o entalhe.
Os que passavam pela entrada
principal do Parque e interagiram
com ele durante seu trabalho,
também, puderam participar do
processo, dando algumas marre-
tadas na madeira, caso assim
desejassem. “Todas as pessoas
que estiveram no processo contri-
buíram para realizar a escultura.
WhatsApp:
11 9 4505-4696
noticiasaclimacao@gmail.com
(no Instagram: @trescincooito).
Quem pass a depress a p elo
cruzamento das ruas Lavapés
e Justo Azambuja pode pensar
que o prédio todo grafitado da
esquina está abandonado, desa-
tivado ou sem função social.
A verdade é que a estru-
tura do extinto Liceu Siqueira
Campos, que já foi um colégio
tradicional do bairro, abriga hoje
cerca de 20 artistas que ocupam
suas salas de aula como estúdios
e oficinas para, dentro delas,
desenvolver seus trabalhos e
gerar um movimento de troca.
Segundo o próprio 358 nas
redes sociais, o prédio é um
ambiente de realizações múlti-
plas. “Linguagens distintas se
tocam num elo em comum: a
Arte”, define o perfil @trescin-
cooito em publicação. Portanto,
a ideia de impulsionar o movi-
mento artístico e prover novas
conexões está na origem orga-
nizacional do 358.
Neste sábado, o convite é
para o público conhecer um
pouco mais de cada artista ao
entrar em contato com o seu
local de criação. Eis o nome
Ateliê Aberto. “Com o intuito de
impulsionar o mercado após a
crise pandêmica, além promover
reencontros e articulações para
criar o que vem depois de tudo
isso, será realizada mais uma
edição do #AtelieAberto358 que
será um mix de atelier, música e
experiências. O público poderá
passear pelos corredores do
edifício, conhecer as salas e
bater papo enquanto compra
suas obras diretamente com o
artista”, diz @trescincooito em
outra postagem.
A Arte de divulgação foi
feita por @pina.artstudio. O
Instagram dos artistas exposi-
tores participantes são: @barba-
ravpellegrini, @Ocactoearosa,
@_ o b e li, @T iag o m o rdi x , @
pedrocharlisboa, @Marcelo_
zizu, @Re deintravenosa, @
Ota.graffiti, @Fabianawolfart,
@Esdrassansi, @Jal.atelie, @
Renan.ocandidato, @147kau,
@Vitor z anini, @Onurbpaes,
@ m a d e i r a s .v u l n e r av e i s , @
gui_stm e @vinicius_andreis.
Além dos artistas residentes
do 358, algumas atrações foram
conf irmadas no evento. Por
exemplo, Triz (@trizin__), AK1N
(@ak1n_dj), Patrick Capony (@
patrickcapony) e a testemu-
nha ocular do início da cultura
hip-hop na cidade, residente
do bairro do Cambuci, Jámes
Ventura.
Então, anota aí. Ateliê Aberto
2022 no 358 acontece no sábado,
dia 10 de dezembro, das 10h às
20h, na rua Justo Azambuja, 358
- Cambuci. Participe!
Daniel Yazbek
Ela tem a mão de todos que passa-
ram por ali”, reflete ele.
Com a obra, Frattini quer
passar a mensagem de evolução
do pensamento, através da inda-
gação e absorção. “Compreender
um símbolo e decifrar esse corpo.
Identificar defeitos e qualidades
e construir um novo repertó-
rio cultural mais adequado e
elevado”, diz ele. Seu desejo é que
o público do Parque caminhe por
questionamentos mais ou menos
profundos sobre “Pensamento
e Criação” e se harmonize com
novos conhecimentos.
Daniel Yazbek
Sexta 09/12 a 15/12 de 2022 9

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10
Teatro
Parque Industrial, romance de Pagu,
é levado para a cena por elenco feminino
E m 1933, a escritora, diretora,
tradutora, jornalista e militante
política Patrícia Galvão, a Pagu,
publicou o livro Parque Industrial,
sob o pseudônimo de Mara Lobo.
O romance proletário, como definiu
a própria autora no subtítulo da
edição, aborda a vida de mulheres
trabalhadoras no início do século XX,
em uma reflexão sobre as condições
de classe e gênero principalmente.
A peça que estreia agora, dia 9
de dezembro de 2022, no Centro
Cultural São Paulo, idealizada pela
diretora Gilka Verana - uma adap-
tação para o teatro, a partir do livro
- leva o mesmo nome da obra de
1933, e mergulhou no trabalho de
Pagu para atualizar o debate sobre
a participação feminina atual nos
cenários cultural e social brasileiro. A
temporada, toda ela gratuita, segue
até dia 18 do mesmo mês, com
apresentações de terça a domingo.
O livro faz um retrato da cidade
de São Paulo da década de 1930 e
expõe de forma crua as condições
de abandono e exploração no
cotidiano das mulheres trabalha-
doras. “A obra de Pagu tem como
temas principais a luta de classes
e as mulheres operárias. Na peça,
quis criar uma conexão com nosso
tempo, a São Paulo que vivemos
e também trazer um olhar para o
protagonismo feminino no enfren-
tamento das mazelas produzidas
pelo capitalismo”, revela Gilka
Verana sobre a adaptação da peça
feita por ela.
Com uma equipe 100% femi-
nina, o espetáculo revisa assuntos
denunciados por Pagu há quase 90
anos: o machismo, a exploração
da mulher, o assédio sexual no
trabalho, a violência doméstica, a
desigualdade de classe e gênero,
o racismo estrutural. “São pautas
hoje amplamente discutidas,
mas que já estavam em ebulição
na época e foram apontadas por
Pagu a partir de um ponto de vista
feminino e feminista.”, coloca Gilka.
A diretora conta que a peça
lida com as questões políticas e
sociais do romance proletário de
Pagu e também com a materiali-
dade poética de sua escrita. Para
Gilka, Pagu faz denúncias sobre a
situação feminina em diferentes
classes sociais, tanto no ambiente
social quanto no privado. “Pagu
critica também a feminilidade que
performa para agradar ao patriar-
cado e o feminismo elitista. Ela não
apazigua. Ela nos faz confrontar e
nos apropriarmos dessa discussão
ao mesmo tempo que abre os
caminhos para refletirmos sobre
nossa condição atual enquanto
mulheres, trabalhadoras e artistas”,
revela a diretora.
Diferentemente do livro, que
conta com três principais protago-
nistas, a peça traz onze mulheres
em cena, todas com destaques,
com linhas narrativas que se cons-
troem e dissipam. Sem a presença
de homens, as personagens
masculinas são representadas de
diferentes formas: um manequim,
máscaras, vozes em off, leituras
das falas dos homens feitas pelas
atrizes.
“Esse olhar vivo em relação
ao seu próprio tempo define a
importância do resgate dessa
obra, principalmente ao consta-
tarmos que se tratam de desafios
sociais enfrentados ainda hoje em
batalhas contra praticamente as
mesmas opressões e desigualda-
des”, finaliza a diretora.
Ambientação
A dramaturgia é composta por
um prólogo, dezessete cenas e um
epílogo, e se estrutura em camadas:
a narrativa, conduzida por um coro
de operárias; o videografismo e
vídeo mapping, camada que faz
um traçado histórico entre presente
e passado, com imagens de docu-
mentos históricos e o cenário atual
de São Paulo; a musical, composta
por música ao vivo, que incorpora
Sexta 09/12 a 15/12 de 2022
e tece as diferentes atmosferas
de cada cena; e a camada Pagu,
composta por fragmentos de outras
obras de Patrícia Galvão como
poemas e trechos de artigos.
O romance proletário
de Pagu
O livro Parque Industrial
faz uma transposição literária
da fala e do modo de vida da
mulher proletária em São Paulo
na década de 1930, e tem como
cenário o bairro do Brás, um dos
mais representativos da entrada
do trabalho industrial no Brasil.
É ao redor das fábricas de
tecelagem dessa região que
acompanhamos a trajetória de
três mulheres: Corina, que se
torna trabalhadora do sexo ao ser
demitida por engravidar e não
ser casada; Eleonora, que escapa
da pobreza ao se casar com o
rico Alfredo Rocha; e Otávia, uma
militante que também se envolve
com Alfredo.
São personagens nada
heróicas, carregadas de desilu-
são, dor, desespero e falta de
perspectiva, que buscam sobre-
viver em meio ao movimento
dilacerante do progresso da
cidade de São Paulo.
O enredo não se limita à
trajetória das três persona-
gens mencionadas aqui. Ele se
apresenta como um mosaico
complexo de uma cidade vista
sob uma lente de aumento narra-
tiva que amplia a perspectiva
do lado voraz do progresso. A
cidade de São Paulo, portanto,
torna-se uma personagem tanto
quanto as próprias mulheres.
De 9 a 18 de dezembro; de
terça a sábado às 20h e domingo
às 19h. ; Centro Cultural São Paulo
– Sala Jardel Filho ; Rua Vergueiro,
1000, Paraíso, São Paulo, SP;
Gratuito - retirada de ingresso
uma hora antes; Duração: 135
minutos | Indicação: 16 anos;
Ingressos distribuídos na bilhe-
teria do espaço com uma hora
de antecedência.