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Professor/a: __________________
GRUPO I
TEXTO A
Lê o texto.
Dois concertos de entrada livre (19 e 20 fevereiro) marcam um encontro inédito entre estas duas
orquestras
São fortes os laços que unem a Orquestra Geração à Fundação Calouste Gulbenkian. Lançada a ideia,
há já quase uma década, da criação de um projeto de inclusão social através da música, a Fundação
depressa o acolheu. A ideia depressa cresceu e se desenvolveu, levando a aprendizagem da música a
jovens e comunidades que nunca antes tinham tido contacto com a prática orquestral, reforçando as
suas competências sociais, escolares e crescendo com mais oportunidades de vida.
Mas longe vão os tempos das primeiras apresentações da Orquestra Geração, onde o público
aplaudia com entusiasmo o esforço e a motivação dos jovens músicos. Anos de estudo, disciplina e
empenhamento, ensaios regulares, alguns deles em conjunto com a Orquestra Gulbenkian, refletem-se
hoje no nível artístico que a Orquestra Geração oferece aos seus públicos. Assim, e olhando todo o
caminho já percorrido, podemos afirmar que a Orquestra Geração deixou a sua meninice para passar
definitivamente à idade adulta.
É neste contexto, partilhando do mesmo prazer de fazer música, que a Orquestra Geração e a
Orquestra Gulbenkian apresentam o programa dos concertos dos dias 19 e 20 de Fevereiro.
1. Assinala com X, de 1.1. a 1.4., a opção que completa cada frase de acordo com o sentido do texto.
2. Quais os benefícios que os jovens da Orquestra Geração podem experienciar ao entrar para o
projeto?
TEXTO B
Apresenta-se a peça
A Banda da Sociedade Filantrópica, Columbófila e Filarmónica Harmonia & Progresso, dirigida pelo
Maestro Palheta, é atacada por um estranho mal. Os instrumentos, a começar pela flauta do jovem
Celestino, deixam de tocar. (…)
2.º Quadro
A Banda, tocando com brio, sob a direção do MAESTRO PALHETA. Músicos da banda: CELESTINO da
flauta transversa, MARIA BENAMOR do tambor (vestida de majorette), MOURATO dos pratos e mais
quatro executantes (clarinete, saxofone, trompete e bombardino). (…)
Os músicos, diante das respetivas partituras, esmeram-se na execução. Grande exuberância
musical, obviamente em play-back os músicos no ensaio não estão fardados, a não ser MARIA
BENAMOR, vestida de majorette.
MAESTRO PALHETA vai dar entrada à flauta transversa. Dá entrada, mas o flautista não corresponde.
Interrupção. Os pratos tocam a destempo.
MAESTRO PALHETA: Alto, alto e mais alto. Então essa flauta vem ou não vem? Outra vez! Do
princípio. (Pausa.) Atenção! Um e dois e… Arrancar!
Arranca de novo a música. Para dar entrada à flauta, o MAESTRO PALHETA imprime mais ênfase ao
gesto. O flautista esforça-se, mas não corresponde ao tempo. Interrupção. Os pratos, de novo, tocam a
destempo. Outras estridências. Os músicos estão encabulados.
MAESTRO (batendo, furiosamente, com a batuta na estante): Irra, irra e mais irra! Uma
escorregadela ainda vá, mas duas seguidas… já não tem explicação. Toma cuidado, Celestino, que da
próxima não perdoo. Atenção. Um e dois e… Arrancar!
Arranca de novo a música. Ao chegar ao tempo da flauta, interrupção. O dos pratos suspende o
gesto, no último instante.
MAESTRO (batendo desesperadamente com a batuta, que pode partir-se…): Irra, irra e mais irra!
Mas o que é que se passa com essa maldita flauta? Não toca? Está entupida ou quê?
CELESTINO DA FLAUTA: Está entupida.
MAESTRO: O que é que eu ouvi? A flauta está entupida? O que queres dizer com isso?
CELESTINO: Por mais que sopre, a flauta não toca.
MAESTRO: Essa é muito boa. Dá-ma cá. (CELESTINO entrega-lhe a flauta transversa. MAESTRO
sopra em vão.) Pois não. Realmente, a flauta não toca. Que lhe terá dado?
MARIA BENAMOR: Há outra flauta, no vestiário… na primeira gaveta a contar de cima, à esquerda de
quem entra.
MAESTRO (para CELESTINO): Vai buscá-la. Despacha-te. Anda. (CELESTINO sai.) Entretanto, nós
vamos ensaiar para a frente, a partir do bombardino, segunda página ao alto. Entra o bombardino,
acompanha-o o trompete e, depois, todos à uma… Estão a ver? Atenção. (Empunhando a flauta como se
fosse a batuta.) Um e dois e… Arrancar!
O do bombardino esforça-se. Os outros instrumentistas olham-no. Incitam-no. Não sai som.
MAESTRO: Irra e mais irra e mais irra, vezes cinco. Que temos agora?
O DO BOMBARDINO: Está entupido. Não toca. Até me doem os ouvidos de tanto soprar.
Vários instrumentistas metem os dedos nos ouvidos, como que a desentupi-los.
O DO TROMPETE: O meu também não. Deixou de tocar e também me doem os ouvidos.
Mais instrumentistas se queixam dos ouvidos.
CELESTINO (regressando): A flauta, que estava guardada, é igual à outra. Não toca.
O DA TROMPETE (experimentando-a e sacudindo-a): está inutilizada. Não dá som.
O DO SAXOFONE: Nada de nada. Nem um suspiro. Não toca.
MAESTRO: Irra e mais irra e mais irra, vezes trinta. Que diacho se está a passar na nossa banda?
Perderam todo o fôlego? Os instrumentos ganharam moléstia? Na Banda Filarmónica Harmonia &
Progresso nunca tal se viu. Tenho vinte e cinco anos – vinte e cinco anos! – de regência de bandas e é a
primeira vez que os músicos se recusam a tocar.
4. Ordena as frases, colocando o número de 1 a 7 nos espaços em branco, de acordo com a ordem por
que são referidos os acontecimentos no texto.
5. Associa cada expressão da coluna A a um elemento da coluna B. Coloca a letra certa em cada
espaço.
Nota: a coluna B tem três elementos a mais. Não vais precisar deles.
COLUNA A COLUNA B
1. O primeiro parágrafo deste A - vai buscar outra flauta.
excerto…
2. Os elementos da orquestra, B – não são capazes de explicar o que se está a
incluindo o maestro,… passar.
3. O maestro… C – toca a destempo.
D – resume o problema em torno do qual se
desenrola a história desta peça.
E – apresenta as personagens que vão entrar na
peça.
F – acusa os músicos de terem má vontade.
6. O maestro faz uma acusação, dizendo que os músicos não querem tocar. Explica por que razão esta
acusação é injusta.
GRUPO II
2. Indica a função sintática/classe de palavras dos elementos sublinhados em cada frase da coluna A.
Associa cada item da coluna A a um item da coluna B. Coloca a letra certa em cada espaço.
Nota: na coluna B há dois itens a mais. Não vais precisar deles.
COLUNA A COLUNA B
1. O primeiro instrumento a falhar foi A – Nome
a flauta.
2. O maestro estava numa irritação B – Determinante
que só visto!
3. «Vai buscá-la.» C – Pronome
4. O que é que eu ouvi? D – Verbo
E – Advérbio
F – Adjetivo numeral
3. Recolhe do texto um exemplo de palavra derivada por sufixação com recurso ao sufixo indicado:
a) -ista: __________________________
b) -mente: ________________________
4. Associa cada palavra da coluna A ao seu sinónimo na coluna B. Coloca a letra certa em cada
espaço.
Nota: na coluna B há três palavras a mais. Não vais precisar delas.
COLUNA A COLUNA B
1. Executante A – Enfurecido
2. Encabulado B – Obstruído
3. Entupido C – Expirar
4. Soprar D – Irritado
E – Instrumentista
F – Arejar
G – Envergonhado
GRUPO III
Imagina que daí a três dias Banda Filarmónica Harmonia & Progresso vai ter de dar um concerto e não
conseguiu resolver o mistério da «mudez» dos instrumentos. O maestro Palhete decide então espalhar a
notícia de que o concerto será apenas ouvido por pessoas de elevada inteligência.
Escreve um texto narrativo em que contes o que acontece no dia do concerto. O que quer que
acontece, na conclusão da tua história, a orquestra volta ao estado normal, com todos os instrumentos a
tocar, como dantes.
PROPOSTAS DE SOLUÇÃO
GRUPO I
1.1. vai dar dois concertos com a Orquestra Gulbenkian.
1.2. em diferentes sítios, a horas diferentes.
1.3. não tinham tido qualquer experiência com a música de orquestra.
1.4. seis peças musicais.
2. Reforçam as suas competências sociais, escolares e dispõem de mais oportunidades de vida.
3. «Anos de estudo, disciplina e empenhamento, ensaios regulares, alguns deles em conjunto com a
Orquestra Gulbenkian, refletem-se hoje no nível artístico...»
4.
1 → A flauta não produz som.
2 → O maestro verifica que a flauta não toca.
3 → Maria Benamor sugere a substituição da flauta.
4 → O maestro tenta continuar o ensaio.
5 → Os músicos ficam com dores de ouvidos.
6 → O maestro afirma que o fenómeno do entupimento geral é inédito.
5. 1→ D; 2 → B; 3 → F
6. O próprio maestro já tinha verificado que a flauta não tocava de maneira nenhuma. Além disso, o
esforço que os instrumentistas faziam para tocar é notório.
GRUPO II
1. Vocativo
2. 1→ F; 2 → A; 3 → D; 4 → C
3. a) flautista ou instrumentista. b) uma das seguintes palavras: obviamente, furiosamente,
desesperadamente, realmente.
4. 1→ E; 2→ G; 3 → B; 4 → C.