Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Metais pesados
Os metais pesados como o mercúrio, o arsênio, o chumbo, o cobre, o
níquel e o zinco são tóxicos. Liberados, mesmo em baixas
concentrações pela mineração, indústria e queima de combustíveis,
podem afetar o sistema neurológico dos vertebrados e acumular-se
tanto no solo ou em águas como em seres vivos.
No Brasil, a utilização indiscriminada do mercúrio na mineração vem
causando danos enormes em várias regiões. Na primeira fase da
mineração - quando o sedimento do fundo do rio é aspirado e
peneirado - o mercúrio é adicionado porque ajuda a separar o ouro da
terra. Para cada quilo de ouro, os garimpeiros usam 2 quilos de
mercúrio, e grande parte desse mercúrio acaba ficando no rio. Na
segunda fase, o ouro é purificado pelo aquecimento por maçaricos. O
mercúrio evapora e converte-se em um gás extremamente tóxico, que
é liberado diretamente no ar e absorvido durante a respiração.
Grandes quantidades de mercúrio, lançadas nas águas dos rios,
envenenam e matam diversas formas de vida. Peixes envenenados
pelo metal, se consumidos pelo homem, podem causar sérios danos
ao sistema nervoso.
Destilados do petróleo
Os destilados do petróleo - querosene, óleo mineral de vedação,
óleo diesel, destilado solvente, gasolina, éter de petróleo, espírito de
petróleo (benzina), etc. são usados como combustíveis e solventes.
Têm sido cada vez mais frequentes, a nível mundial, os relatos de
acidentes desastrosos com vazamento de petróleo para o meio
ambiente, normalmente marinho - navios petroleiros, plataformas de
extração e outros - além, do uso indevido e exagerado dos seus
derivados processados pela indústria. Todas essas ocorrências
resultam, direta e indiretamente, em prejuízos importantes à saúde
humana e ao ecossistema global.
Vazamento de petróleo
A inalação prolongada de altas concentrações de certos destilados de
petróleo causa efeitos no fígado, rins e medula. Aspiração direta
destas substâncias para os pulmões parece ser a principal causa de
irritação pulmonar.
Inversão térmica
No tempo frio, o ar se movimenta mais lentamente e os gases e
partículas irritantes que os carros e as indústrias eliminam demoram
mais para se dispersar. No inverno, as pessoas sentem arder os
olhos, têm tosse, alergias e até pneumonia.
Em condições normais, o ar atmosférico é mais quente na parte de
baixo, por receber o calor armazenado no solo. O ar quente - menos
denso - tende a subir, enquanto o ar frio - mais denso - passa para
baixo. Este movimento - convecção térmica - dispersa a poluição.
O solo, no inverno fica mais frio, provocando uma inversão das
camadas. Sobre a camada fria próxima ao solo, fica outra mais
quente, de modo que não há convecção, pois o ar quente já está por
cima. Assim, os poluentes ficam represados na camada fria de baixo e
entram mais facilmente nas vias respiratórias humanas.
A inversão térmica é um fenômeno natural.
Chuva ácida
Monóxido de carbono (CO), dióxidos de nitrogênio (NO2) e de enxofre
(SO2) são os principais poluentes gasosos da atmosfera. A parte
combinada, dos dióxidos de nitrogênio e enxofre com o vapor de água
do ar, produz ácido nítrico (HNO3) e ácido sulfúrico (H2SO4), que além
de tóxicos são corrosivos. Ao chover, esses ácidos dissolvidos na
água, produzem as chuvas ácidas, prejudicando as florestas,
lavouras e seres aquáticos, além de corroer monumentos históricos.
Efeito estufa
Cientistas acumulam provas de que uma elevação considerável da
taxa de CO2 e de outros gases na atmosfera provocam o
chamado efeito estufa, que consiste na concentração do calor do sol
na atmosfera - aquecimento global.
A retenção do calor é assim explicada: gás carbônico (CO2)
principalmente, mas também metano (CH4), nitroso (N2O), ozônio
(O3) e clorofluorcarbonos (CFCs) são transparentes à luz visível, como
o vidro de uma estufa, permitindo que os raios do sol aqueçam a
superfície terrestre. Quando a Terra devolve o calor em excesso, não
é mais sob a forma de luz, mas de radiação infravermelha. Como
os gases poluentes absorvem a radiação, uma parte do
calor, que deveria ser eliminada, fica na atmosfera.
Gases como CO2, CH4, N2O, O3e CFCs acumulam-se na atmosfera como
resultado da atividade industrial e do crescimento urbano.
O efeito estufa é a reprodução, em escala planetária, do fenômeno de
aquecimento que ocorre quando se deixa um carro fechado sob o sol.
A luz atravessa os vidros fechados, aquece o interior do veículo, e o
calor não consegue escapar, porque os vidros retêm os raios
infravermelhos. Disso resulta uma enorme elevação de temperatura.
Dessa forma:
• - A radiação solar - luz e calor - é absorvida pela superfície da
Terra.
• Uma parcela dessa energia será irradiada para a atmosfera, sob
forma de calor.
• - Como o CO2 da atmosfera dificulta (retém) a irradiação do
calor, tanto maior a sua concentração, tanto maior o calor retido.
- As medidas executadas nas últimas décadas acusam, de fato, uma
elevação perceptível - cerca de meio grau, em um século.
Uma das consequências do efeito estufa seria o aumento do nível dos
mares, com inundação das regiões litorâneas, devido ao degelo
nas regiões polares. Está constatada uma elevação de 4 milímetros
por ano no nível médio dos oceanos. Na opinião de vários cientistas
as consequências não seriam iguais em todo o planeta. Nos trópicos
o aumento de temperatura (aquecimento global) ficaria em torno de
1 a 2 graus, enquanto nas regiões polares seria de 6 a 8 graus
(degelo).
Camada de Ozônio
Fica clara a interligação dos acontecimentos do planeta: a
derrubada das matas e a queima de combustíveis fósseis poderão
causar inundações, devido ao aumento da concentração de CO2.
Os clorofluorcarbonetos (CFCs), submetidos à radiação ultravioleta,
destroem o ozônio (O3). O ozônio é um gás que existe em quantidade
mínima na atmosfera, mas forma uma camada que envolve a Terra na
estratosfera. A camada de ozônio - entre 30 e 50 km acima da
superfície da Terra - absorve 99% da radiação ultravioleta vinda do
Sol. Se toda essa radiação atingisse a superfície da Terra, a vida seria
impossível.
Os CFCs são substâncias sintéticas utilizadas em aparelhos de ar
condicionado e em geladeiras, sendo usados ainda para impulsionar
os aerossóis dos sprays. Sua baixa densidade faz com que os CFCs
migrem - subam - para as camadas mais altas destruindo o ozônio.
Amostras colhidas por balões mostraram que os CFCs já se
acumularam na atmosfera em quantidade suficiente para destruir 20%
a 30% da camada de ozônio ao longo dos próximos anos.
Medidas diretas mostraram que a radiação ultravioleta que chega até
nós já subiu 5% nos últimos 30 anos. Esse aumento eleva a incidência
de tumores de pele e outras afecções, além de prejudicar a
agricultura.
Além dos CFCs, outras substâncias também destroem o ozônio; estes
são liberados pela queima dos combustíveis fósseis.
Sobre a Antártida há um buraco na camada de ozônio que continua
aumentando. O Protocolo de Montreal de 1987 agregou 149
assinaturas de países que se comprometeram a diminuir a produção
de CFCs. A reunião do Comitê Internacional da ONU de 1995 decidiu
que até o ano 2010, o uso de CFCs deve ser completamente
eliminado do planeta - prazo para o seu banimento dos países em
desenvolvimento.