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TIPOS DE IMPACTOS AMBIENTAIS

Há vários tipos de impactos ambientais, que são definidos como


alterações no meio ambiente provocadas pelo homem. Os impactos
ambientais alteram as condições normais de funcionamento da
natureza e podem causar danos irreversíveis ao planeta. Alguns dos
diversos tipos de impactos ambientais são o assoreamento dos rios,
a poluição da água, a destruição do habitat e a redução do número de
espécies vegetais ou animais.
Devastação da fauna
Um dos mais graves problemas ambientais é a devastação da fauna
aquática. Ambientalistas exigem a regulamentação governamental,
mas a fiscalização da pesca é muito difícil, então muitos pescadores
acabam capturando peixes também em épocas de reprodução, e não
só nas temporadas em que a pesca é liberada. Devido a esse
comportamento, muitas espécies tiveram suas populações
drasticamente reduzidas. A pesca seletiva coloca em risco não só as
espécies diretamente envolvidas como também outras a elas
ecologicamente relacionadas.
Os ecossistemas costeiros, apesar de muito ricos, apresentam grande
fragilidade. A pesca não controlada pode levar a extinção de espécies.
Ecossistemas costeiros sofrem muitas alterações devido à poluição
urbana e industrial das águas do litoral.
Outro dos grandes problemas que afetam a fauna é a coleta de
animais vivos, destinados a usos ornamentais. Aves canoras e aves
com plumagem exuberante são os animais mais ameaçados, mas
correm riscos também as tartarugas, macacos e cobras. Ainda que
sejam terminantemente proibidos, por lei federal, a coleta, o
transporte, a comercialização e a manutenção de animais silvestres
em cativeiro, existe todo um comércio voltado para este ramo.
A procura de peles e plumas é responsável pelos maiores massacres
de animais silvestres já ocorridos. Atualmente, em países mais
desenvolvidos, as pessoas que usam peles, ao contrário do que
pretendiam, passaram a causar impressão de ignorância. Muitas lojas
de artigos de peles chegaram a sofrer atentados por uma parte da
população, revoltada com o abuso nos crimes contra a fauna. No
Brasil, durante o carnaval, ainda há aqueles que abusam das plumas.
Desmatamento
Florestas Tropicais localizam-se no norte da América do Sul (Bacia
Amazônica), na América Central, na África, na Austrália e na Ásia e
são as mais ricas em biodiversidade, apresentando muitas espécies.
O desmatamento e a destruição de grandes partes das florestas
tropicais têm causado um aumento perceptível do teor do dióxido de
carbono na atmosfera. O desmatamento diminui o número de árvores,
ou seja, dos produtores de oxigênio.
Desmatamento por causa de práticas agrícolas e as queimadas têm
alterado drasticamente o habitat de várias espécies. O período de
reposição dessas florestas é enorme e dependo da situação do solo
após o desmatamento, até impossível.
O desmatamento ocorre por razões econômicas como: a extração de
madeira para fins comerciais, a mineração e o desmatamento para
abrir áreas para a criação de gado. Incêndios também contribuem
para a devastação das florestas tropicais.
As principais consequências da destruição de grandes áreas dessas
florestas são:
- Aumento da temperatura: os raios solares incidem diretamente sobre
o solo aumentando a capacidade de absorção de energia do mesmo;
este irradia calor para a atmosfera;
- Diminuição do índice pluviométrico;
- Erosão do solo, causando assoreamento de rios e represas,
prejudicando a agricultura e agravando as enchentes;
- Empobrecimento do solo;
- Comprometimento do equilíbrio atmosférico entre gás carbônico e
oxigênio;
- Destruição da biodiversidade;
- Agressões aos povos indígenas e populações ribeirinhas.
- Desertificação.
A Floresta Amazônica, a maior floresta tropical no mundo, já foi
altamente devastada. O governo brasileiro, visando o desenvolvimento
do estado do Amazonas, chegou a subsidiar a criação de gado,
indústrias e outras atividades que causaram o desmatamento de áreas
extensas da floresta. As consequências dessas atividades alcançam
um nível global. Internacionalmente, o governo brasileiro sofre pressão
a respeito de medidas sérias para a preservação da Floresta
Amazônica - que é frequentemente chamada de "o pulmão do
mundo".

Metais pesados
Os metais pesados como o mercúrio, o arsênio, o chumbo, o cobre, o
níquel e o zinco são tóxicos. Liberados, mesmo em baixas
concentrações pela mineração, indústria e queima de combustíveis,
podem afetar o sistema neurológico dos vertebrados e acumular-se
tanto no solo ou em águas como em seres vivos.
No Brasil, a utilização indiscriminada do mercúrio na mineração vem
causando danos enormes em várias regiões. Na primeira fase da
mineração - quando o sedimento do fundo do rio é aspirado e
peneirado - o mercúrio é adicionado porque ajuda a separar o ouro da
terra. Para cada quilo de ouro, os garimpeiros usam 2 quilos de
mercúrio, e grande parte desse mercúrio acaba ficando no rio. Na
segunda fase, o ouro é purificado pelo aquecimento por maçaricos. O
mercúrio evapora e converte-se em um gás extremamente tóxico, que
é liberado diretamente no ar e absorvido durante a respiração.
Grandes quantidades de mercúrio, lançadas nas águas dos rios,
envenenam e matam diversas formas de vida. Peixes envenenados
pelo metal, se consumidos pelo homem, podem causar sérios danos
ao sistema nervoso.

Destilados do petróleo
Os destilados do petróleo - querosene, óleo mineral de vedação,
óleo diesel, destilado solvente, gasolina, éter de petróleo, espírito de
petróleo (benzina), etc. são usados como combustíveis e solventes.
Têm sido cada vez mais frequentes, a nível mundial, os relatos de
acidentes desastrosos com vazamento de petróleo para o meio
ambiente, normalmente marinho - navios petroleiros, plataformas de
extração e outros - além, do uso indevido e exagerado dos seus
derivados processados pela indústria. Todas essas ocorrências
resultam, direta e indiretamente, em prejuízos importantes à saúde
humana e ao ecossistema global.
Vazamento de petróleo
A inalação prolongada de altas concentrações de certos destilados de
petróleo causa efeitos no fígado, rins e medula. Aspiração direta
destas substâncias para os pulmões parece ser a principal causa de
irritação pulmonar.

Inversão térmica
No tempo frio, o ar se movimenta mais lentamente e os gases e
partículas irritantes que os carros e as indústrias eliminam demoram
mais para se dispersar. No inverno, as pessoas sentem arder os
olhos, têm tosse, alergias e até pneumonia.
Em condições normais, o ar atmosférico é mais quente na parte de
baixo, por receber o calor armazenado no solo. O ar quente - menos
denso - tende a subir, enquanto o ar frio - mais denso - passa para
baixo. Este movimento - convecção térmica - dispersa a poluição.
O solo, no inverno fica mais frio, provocando uma inversão das
camadas. Sobre a camada fria próxima ao solo, fica outra mais
quente, de modo que não há convecção, pois o ar quente já está por
cima. Assim, os poluentes ficam represados na camada fria de baixo e
entram mais facilmente nas vias respiratórias humanas.
A inversão térmica é um fenômeno natural.
Chuva ácida
Monóxido de carbono (CO), dióxidos de nitrogênio (NO2) e de enxofre
(SO2) são os principais poluentes gasosos da atmosfera. A parte
combinada, dos dióxidos de nitrogênio e enxofre com o vapor de água
do ar, produz ácido nítrico (HNO3) e ácido sulfúrico (H2SO4), que além
de tóxicos são corrosivos. Ao chover, esses ácidos dissolvidos na
água, produzem as chuvas ácidas, prejudicando as florestas,
lavouras e seres aquáticos, além de corroer monumentos históricos.
Efeito estufa
Cientistas acumulam provas de que uma elevação considerável da
taxa de CO2 e de outros gases na atmosfera provocam o
chamado efeito estufa, que consiste na concentração do calor do sol
na atmosfera - aquecimento global.
A retenção do calor é assim explicada: gás carbônico (CO2)
principalmente, mas também metano (CH4), nitroso (N2O), ozônio
(O3) e clorofluorcarbonos (CFCs) são transparentes à luz visível, como
o vidro de uma estufa, permitindo que os raios do sol aqueçam a
superfície terrestre. Quando a Terra devolve o calor em excesso, não
é mais sob a forma de luz, mas de radiação infravermelha. Como
os gases poluentes absorvem a radiação, uma parte do
calor, que deveria ser eliminada, fica na atmosfera.
Gases como CO2, CH4, N2O, O3e CFCs acumulam-se na atmosfera como
resultado da atividade industrial e do crescimento urbano.
O efeito estufa é a reprodução, em escala planetária, do fenômeno de
aquecimento que ocorre quando se deixa um carro fechado sob o sol.
A luz atravessa os vidros fechados, aquece o interior do veículo, e o
calor não consegue escapar, porque os vidros retêm os raios
infravermelhos. Disso resulta uma enorme elevação de temperatura.

Dessa forma:
• - A radiação solar - luz e calor - é absorvida pela superfície da
Terra.
• Uma parcela dessa energia será irradiada para a atmosfera, sob
forma de calor.
• - Como o CO2 da atmosfera dificulta (retém) a irradiação do
calor, tanto maior a sua concentração, tanto maior o calor retido.
- As medidas executadas nas últimas décadas acusam, de fato, uma
elevação perceptível - cerca de meio grau, em um século.
Uma das consequências do efeito estufa seria o aumento do nível dos
mares, com inundação das regiões litorâneas, devido ao degelo
nas regiões polares. Está constatada uma elevação de 4 milímetros
por ano no nível médio dos oceanos. Na opinião de vários cientistas
as consequências não seriam iguais em todo o planeta. Nos trópicos
o aumento de temperatura (aquecimento global) ficaria em torno de
1 a 2 graus, enquanto nas regiões polares seria de 6 a 8 graus
(degelo).

Uma das consequências do efeito estufa seria o aumento do nível


dos mares, com inundação das regiões litorâneas, devido
ao degelo nas regiões polares. Está constatada uma elevação de 4
milímetros por ano no nível médio dos oceanos.

Camada de Ozônio
Fica clara a interligação dos acontecimentos do planeta: a
derrubada das matas e a queima de combustíveis fósseis poderão
causar inundações, devido ao aumento da concentração de CO2.
Os clorofluorcarbonetos (CFCs), submetidos à radiação ultravioleta,
destroem o ozônio (O3). O ozônio é um gás que existe em quantidade
mínima na atmosfera, mas forma uma camada que envolve a Terra na
estratosfera. A camada de ozônio - entre 30 e 50 km acima da
superfície da Terra - absorve 99% da radiação ultravioleta vinda do
Sol. Se toda essa radiação atingisse a superfície da Terra, a vida seria
impossível.
Os CFCs são substâncias sintéticas utilizadas em aparelhos de ar
condicionado e em geladeiras, sendo usados ainda para impulsionar
os aerossóis dos sprays. Sua baixa densidade faz com que os CFCs
migrem - subam - para as camadas mais altas destruindo o ozônio.
Amostras colhidas por balões mostraram que os CFCs já se
acumularam na atmosfera em quantidade suficiente para destruir 20%
a 30% da camada de ozônio ao longo dos próximos anos.
Medidas diretas mostraram que a radiação ultravioleta que chega até
nós já subiu 5% nos últimos 30 anos. Esse aumento eleva a incidência
de tumores de pele e outras afecções, além de prejudicar a
agricultura.
Além dos CFCs, outras substâncias também destroem o ozônio; estes
são liberados pela queima dos combustíveis fósseis.
Sobre a Antártida há um buraco na camada de ozônio que continua
aumentando. O Protocolo de Montreal de 1987 agregou 149
assinaturas de países que se comprometeram a diminuir a produção
de CFCs. A reunião do Comitê Internacional da ONU de 1995 decidiu
que até o ano 2010, o uso de CFCs deve ser completamente
eliminado do planeta - prazo para o seu banimento dos países em
desenvolvimento.

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