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DIVINA
E MÍSTICA
Witness Lee
CONTEÚDO
1
1. Conhecer Esta Era
2. Entrar na Esfera Divina e Mística do Ministério Celestial de
Cristo
3. A Esfera Divina e Mística do Espírito Consumado e o Cristo
Pneumático
4. “O Próprio Espírito com o Nosso Espírito” A Chave para Abrir
as Oito Seções da Salvação Orgânica de Deus (1)
5. “O Próprio Espírito com o Nosso Espírito” A Chave para Abrir
as Oito Seções da Salvação Orgânica de Deus (2)
6. A Única Base das Igrejas Locais de Deus e a Unidade Única
do Corpo Universal de Cristo
CAPÍTULO UM
2
CONHECER ESTA ERA
Leitura Bíblica: Jo 7:39; 1Co 15:45b; 2Co 3:17-18; Êx 30:23-25;
Rm. 8:2, 9-11; Ap. 1:4; 3:1; 4:5; 5:6
ESBOÇO
3
imperfeita e não bíblica, distante da visão central de Deus e
não atingem o nível da conclusão da economia eterna de
Deus por causa de suas falhas, negligência e oposição
aos cinco pontos críticos acima citados com respeito ao
Espírito de Deus.
III. Deus necessita ter um povo que são homens-Deus para
serem Seus vencedores a fim de que Ele realize Sua
economia eterna com respeito a igreja resultando no Corpo
de Cristo e consumando na Nova Jerusalém.
Oração:
4
Divina tem sido o fator principal, um elemento oculto, de todos
os problemas no Cristianismo atual. O Cris-tianismo foi dividido
pelos diferentes conceitos da Trindade Divina.
A realização do segundo (Cristo) e do terceiro (o Espírito)
da Trindade Divina é ainda mais perturbador e problemático.
Quem é Cristo? Em resposta a esta pergunta, diria a maioria
dos cristãos que Cristo é o Filho de Deus. Porém, muitos
crentes não percebem que Cristo não é meramente o Filho
unigênito de Deus (Jo 3:16) mas também o Filho primogênito
de Deus (Rm 8:29; Cl 1:18; Hb 1:6; Ap 1:5). Como pode o Filho
unigênito se tornar o Filho primo-gênito? Como Filho unigênito
Ele deve ser somente filho e não pode ser o primeiro, e como o
Filho primogênito Ele é o primeiro Filho e assim não pode ser
somente Filho. Como deveríamos explicar isto?
Os teólogos declaram que as pessoas da Trindade não
deveriam ser confusas. Não obstante, nós precisamos fazer
certas perguntas. É Cristo somente o Filho e não é também o
Espírito? O Espírito é somente o Espírito? O Espírito tam-bém
não está relacionado a Cristo e envolvido com o Filho? Outra
pergunta com respeito aos sete Espíritos (Ap 1:4; 3:1; 4:5; 5:6).
De acordo com Apocalipse 5:6 os sete Espíritos são os sete
olhos do Cordeiro. Os sete Espíritos e o Cordeiro são uma ou
duas pessoas? Seguramente Eles são dois, contudo os sete
Espíritos são os sete olhos do Cordeiro. Eles são um ou dois?
Se dissermos que o Cordeiro e os sete Espíritos como os sete
olhos do Cordeiro são um, outros, insistem que o Espírito é o
Espírito e o Filho é o Filho, nos acusam de confundir as
pessoas da Trindade Divina. Mas em Apocalipse 5:6 o terceiro
da Trindade Divina é os olhos do segundo. Como, então, o
Espírito pode estar separado do Filho? Seus olhos estão
separados de você? Enquanto seus olhos estive-rem olhando
para alguém, você está olhando para aquela pessoa. Ninguém
diz, “Somente meus olhos estão olhando para você; eu não
estou olhando para você.” Seus olhos são você. Se seus olhos
olham para algo significa que você está olhando. Estas são
breves ilustrações das deficiências da teologia no Cristianismo
de hoje.
Pelo fato de as questões do Filho e do Espírito na
5
Trindade Divina serem tão difíceis e complicadas, temos sido
compelidos a dar a Cristo um titulo particular — o Cristo todo-
inclusivo. Cristo é todo-inclusivo porque Ele é tudo. Ele é Deus,
Ele é o Pai (Is 9:6), Ele é o Filho, e Ele é o Espírito. De acordo
com a revelação no Novo Testamento, o Pai é encarnado no
Filho (Cl 2:9), e o Filho é concebido pelo Espírito (Jo 14:17, 20).
Assim, o Filho é a incorporação do Pai, e o Espírito é a
realização do Filho. Esta com certeza é uma linguagem divina e
celestial.
João 1:1 diz, “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava
com Deus, e o Verbo era Deus.” Desde que o Verbo era Deus,
que necessidade havia de Ele estar com Deus? Ninguém pode
explicar isto adequadamente, porque não temos a linguagem
para expressar este tipo de “cultura.”
6
dia era o grande dia da festa. Naquele dia, para a surpresa
daqueles que participa-vam da festa, o Senhor Jesus se
levantou e clamou, dizendo, “Se alguém tem sede, venha a Mim
e beba.” Esta palavra é rica em significado, pois ela indica que
aqueles que estavam participando da Festa dos Tabernáculos
ainda estavam se-dentos, não tendo nada que saciasse sua
sede.
Tanto no passado quanto no presente, muitos grandes
homens, após tornarem-se bem-sucedidos em suas carreiras
ou empreendimento ou se tornarem renomados, sentiram que
suas vidas ainda era vaidade. Como o Rei Salomão eles
poderiam dizer, “Vaidade das vaidades; tudo é vaidade.…
Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis
que tudo é vaidade e correr atrás do vento” (Ec 1:2, 14). Ter
esse sentimento é estar sedento e insatisfeito. Percebendo que
as pessoas não tinham sido satisfeitas e a sede delas não tinha
sido saciada, o Senhor Jesus se levantou e clamou no grande
dia da festa, “Se alguém tem sede, venha a Mim e beba.” Isso é
que é uma grande palavra! Somente o Senhor Jesus estava
qualificado para dizer essa palavra. Somente Ele, um pequeno
homem de mais de trinta anos de idade, poderia dizer, “Quem
crer em Mim... do seu interior fluirão rios de água viva.”
No versículo 39 o apóstolo João, o escritor do Evan-
gelho de João, deu a explicação, dizendo, “Isso, porém, disse
Ele com respeito ao Espírito que haviam de receber os que Nele
cressem”. Aqui João não fala do Espírito de Deus, nem do
Espírito de Jeová, nem do Espírito Santo, mas simples-mente
do Espírito, dizendo-nos que “não havia o Espírito, porque Jesus
não tinha sido glorificado.” Sua palavra indica uma expectativa
— a expectativa de que, embora “não houvesse” o Espírito, o
momento estava chegando quando o Espírito estaria lá. Este
momento era o momento da glorifi-cação de Jesus, isto é, o
momento da ressurreição de Jesus (Lc 24:26). O Senhor Jesus
era o próprio Deus cheio de glória. Porém, Ele se tornou carne, e
Sua glória divina estava oculta dentro da casca de Sua carne, a
casca de Sua humanidade. Quando Ele morreu esta casca foi
quebrada, e quando Ele ressuscitou, a glória que estava oculta
dentro Dele foi liberada. Disto vemos que Sua ressurreição foi
7
Sua glorificação. Portanto, a expectativa em João 7:39 era que
quando o Senhor Jesus fosse glorificado pela ressurreição, o
Espírito que “não era” se tornaria o Espírito que agora é.
8
dê-me a liberdade de ensinar esta verdade.”
O Novo Testamento fala dos dois tornou-se de Cristo.
João 1:14 diz que, como a Palavra, Deus tornou-se carne, e 1
Coríntios 15:45 diz que Cristo, como o último Adão na carne,
tornou-se o Espírito que dá vida. Devemos crer e ensinar tanto
que Deus tornou-se carne e que o último Adão tornou-se o
Espírito que dá vida.
9
oliva para se tornar um ungüento de cinco elementos.
Com este ungüento composto nós temos o número um
(um him de azeite de oliva) tipificando o único Deus e o número
quatro (quatro especiarias) tipificando o homem como a
criatura de Deus. Nós também temos o número três, visto no
fato de que a quantidade das especiarias envolvia três
unidades, cada uma de quinhentos siclos: mirra – quinhentos
siclos; cássia – duzentos e cinqüenta siclos; cálamo –
duzentos e cinqüenta siclos; e cássia – quinhentos siclos.
Conseqüentemente, a quantidade das especiarias con-sistia em
três unidades de quinhentos siclos, ou três unida-des de
quinhentos siclos. O número três tipifica o Deus Triúno. Aqui
devemos notar que a segunda unidade de quinhentos siclos foi
dividida em duas partes (tipificando Cristo, o centro da
Trindade Divina que foi ferido na cruz), cada uma de duzentos
cinqüenta siclos. Na Bíblia dois é o número do testemunho.
Além disso, com este ungüento composto nós temos o número
cinco, formado pela adição de um him de azeite de oliva e as
quatro especiarias. O número cinco também é visto nos
quinhentos siclos. Na Bíblia cinco tipifica responsabilidade. Por
exemplo, os Dez Mandamen-tos foram escritos em duas
tábuas, com cinco mandamentos em cada uma. Em Mateus 25
as dez virgens são divididas em dois grupos que consistem em
cinco sábias e cinco néscias. De todo o antecedente nós vemos
que os números um, dois, três, quatro e cinco são todos usados
no tipo do óleo composto em Êxodo 30.
Este tipo no Antigo Testamento que de fato era um tipo
de profecia tem que ter um cumprimento de Novo Testa-mento.
O tipo do óleo da unção foi completamente cumprido no
Espírito que dá vida que foi produzido na ressurreição de Cristo.
O Espírito que dá vida, que o último Adão se tornou, contém a
divindade de Cristo, Sua humanidade, a doçura e a eficácia de
Sua morte, o poder e a eficácia de Sua ressur-reição. O Espírito
que dá vida é, portanto, o Espírito com-posto tipificado pelo
óleo da unção no Antigo Testamento.
10
referem ao Espírito Composto Que Dá Vida
11
Espírito sete vezes intensificado, cf. sete vezes maior que a luz
solar — Is 30:26) de Deus (Ap 1:4; 3:1; 4:5; 5:6).
Como o último Adão na carne, Cristo poderia ser nosso
Redentor, mas Ele não poderia entrar em nós para ser nossa
vida. Mas depois que Ele tornou-se o Espírito, Ele pôde entrar
em nós como o Espírito da vida para nos salvar organicamente,
levando a cabo a Sua salvação orgânica para dentro de nós
como o Espírito que dá vida. Especificamente, Ele é o Espírito
que dá vida para produzir a igreja. Porém, não muito tempo
depois que a igreja foi produzida, ela degradou-se. Apocalipse,
o último livro da Bíblia, fala da degradação da igreja. Por causa
desta degradação, o Espírito que dá vida que é Cristo e o
Espírito foi intensificado sete vezes.
Isaias 30:26, uma profecia relacionada ao milênio, diz, “A
luz da lua será como a luz do sol, e a luz do sol será sete vezes
maior.” Considerando que em Isaias temos a luz solar sete
vezes maior, em Apocalipse temos o Espírito sete vezes
intensificado. Para produzir a igreja o Espírito que dá vida é
suficientemente forte, mas sob a degradação da igreja este
Espírito forte foi intensificado sete vezes. Assim, Cristo tornou-
se não somente o Espírito que dá vida, mas também o Espírito
sete vezes intensificado. Os sete Espíritos que são os sete
olhos do Cordeiro (Ap 5:6) indica que os sete Espíritos e Cristo
são uma só pessoa.
12
se carne, a carne tornando-se o Espírito que dá vida, e o Espírito
que dá vida tornando-se sete vezes intensificado para edificar a
igreja para resultar no Corpo de Cristo para consumar a Nova
Jerusalém. Precisamos ver que o Deus Triúno tornou-se carne,
que a carne tornou-se o Espírito que dá vida, e que o Espírito
que dá vida tornou-se o Espírito sete vezes intensificado. Este
Espírito é para edificar a igreja que se torna o Corpo de Cristo
consumando a Nova Jerusalém como a meta final da
economia de Deus. Esta revelação central foi completamente
negligenciada nas teologias atuais. A Igreja Católica, as
denominações Protes-tantes, os Irmãos Unidos, as igrejas
Pentecostais, e todos os grupos livres são impedidos pela
teologia imperfeita e não bíblica deles da visão central de Deus
e não atingem a conclusão da economia eterna de Deus por
causa dos seus desvios, negligência e oposição aos cinco
pontos críticos ante-riores com relação ao Espírito de Deus que
salientamos nesta mensagem. A restauração do Senhor hoje é
a restauração destes pontos críticos com relação ao Espírito de
Deus no mover da economia eterna de Deus.
Estou bastante preocupado com todos os cooperadores
e presbíteros. Pode ser que muitos deles não tenham uma
percepção plena do que é a restauração do Senhor. Se nos
pedirem para explicar o que é a restauração hoje, devemos
responder com uma simples sentença: A restauração do
Senhor é Deus tornando-se carne, a carne tornando-se o
Espírito que dá vida, e o Espírito que dá vida tornando-se o
Espírito sete vezes intensificado para edificar a igreja que se
torna o Corpo de Cristo e isso consuma a Nova Jerusalém.
Com relação a presente restauração do Senhor, espero que
nenhum de vocês sejam impedidos por causa da velha teolo-
gia ou da velha percepção que vocês tem da restauração.
13
com relação à igreja resultando no Corpo de Cristo e consu-
mando a Nova Jerusalém.
CAPÍTULO DOIS
ENTRAR NA ESFERA DIVINA E MÍSTICA
DO MINISTÉRIO
CELESTIAL DE CRISTO
14
ESBOÇO
ESBOÇO
16
metabolismo interior por ter mais do
elemento da vida divina adicionada aos
crentes para expressão exterior—Rm 12:2b;
2Co 3:18
f. Edificação—o crescimento dos crentes na
vida divina e sua união com outros crentes
na vida divina (Ef 4:15-16). Renovação
resulta em transformação, e
transformação resulta em edificação. Isso
é plenamente provado pela muralha com
sua fundação na Nova Jerusalém. A
muralha da Nova Jerusalém é de jaspe,
expressando a aparência de Deus (Ap 4:3).
Enquanto as pedras de jaspe estão sendo
transformadas, elas são unidas (juntas) e
edificadas em uma muralha.
g. Conformação—para ser conformado a ple-
na imagem do Filho primogênito de Deus,
que é o primeiro homem-Deus, como o
proto-tipo para reprodução em massa. Ele
é o Deus mesclado com o homem e o
homem mesclado com Deus para viver a
vida do homem-Deus que expressa todos
os atributos de Deus como as virtudes
humanas para expressão da glória divina
na humanidade, da qual a última
consumação e maturidade da vida divina é
a Nova Jerusalém—Rm 8:29; 1:4; Ef 4:14;
Ap 21
h. Glorificação—ser saturado com a glória divina
interiormente na maturidade da vida divina e
ser glorificado do exterior por e com a gloria
divina como a finalização da redenção
judicial de Deus dos corpos dos crentes e a
parte mais importante da fili-ação divina na
salvação orgânica de Deus—Rm 8:30; Hb
2:10; Fl 3:21; Ef 4:30; Rm 8:23
17
A. Devemos ser lembrados todo o tempo que
Cristo cumpriu a salvação orgânica de Deus não por Si
mesmo como o Cristo na carne, mas por Si mesmo
como o Espírito.
B. Também devemos lembrar que todos os itens da
salvação orgânica de Deus não são levados a cabo
pelo ministério terrenal de Cristo judicialmente e
objetivamente, mas por Seu ministério celestial
organicamente e subjetivamente.
Oração:
18
seguidores amorosos. Nós cremos que Tu estás aqui, sentado
conosco, querendo ter uma comunhão íntima, falar face a face
sobre Seu objetivo, segundo a Sua economia eterna. Senhor,
fale conosco. Nós rogamos para que possamos ouvir Sua voz e
possamos ver Sua visão. Amém, Senhor.
19
Si mesmo como a escada celestial, Cristo disse, “Vereis o céu
aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do
Homem” (v. 51). Seguramente, todas estas coisas são místicas.
Cristo sendo o templo como a casa de Deus (2:16-21) é místico,
e regeneração também é mística. “O que é nascido do Espírito
é espírito” (3:6b). O resultado da regene-ração é produzir uma
noiva que é o aumento do Noivo (vv. 29-30). Uma vez mais, esta
é uma questão mística. “E como Moisés levantou a serpente no
deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado”
(v. 14). Cristo sendo levan-tado na cruz como uma serpente de
bronze é certamente místico. Em 4:10 e 14 Cristo nos fala que
se bebermos da água viva que somente Ele pode nos dar, esta
água se tornará em nós “uma fonte de água que jorrará pela
vida eterna.” Então Ele continua a dizer, “Deus é Espírito, e
importa que os que O adoram O adorem em espírito e
veracidade” (v. 24). Tudo isto é místico.
Todos os santos na restauração do Senhor, especial-
mente os cooperadores e os presbíteros, precisam ter uma
visão clara com relação à esfera física e a esfera mística. Os
cooperadores e os presbíteros que tomam a frente na restau-
ração do Senhor têm que perceber que a restauração do Senhor
é descansar nos ombros dela. O que a restauração será
dependerá do que eles serão. Eu tenho um pesado encargo
sobre isto. Considerando que este é meu encargo, eu não
posso lhes dar ensinamentos comuns. Ao invés disso, terei que
apresentar algo especial. Você precisa conhecer esta era e
perceber que é uma era de ignorância, um tempo em que os
cristãos estão sendo cegados e aprisionados pela teologia
tradicional. Portanto, eu tenho o encargo de dizer a vocês que
precisam entrar numa esfera, uma esfera, um esfera que é
muito superior ao esfera que você está agora. Este esfera
mais elevado é o esfera místico do ministério celestial de
Cristo.
20
mística do ministério terreno de Cristo. Seguramente, o que é
físico é também terreno. Nós não devemos nos demorar nesta
esfera, mas atravessá-lo rapidamente, como aqueles que estão
pegando um trem expresso.
21
Realizando a Redenção Judicial de Deus
3. Como um Procedimento da
Salvação Plena de Deus
22
de Deus no cumprimento da Sua economia.
23
Aqui nós podemos ver um contraste nítido: terreno versus
divino, físico versus místico, judicial versus orgânico, e objetivo
versus subjetivo. Todos os oito aspectos da salvação orgânica
de Deus são subjetivos.
a. Regeneração
b. Alimentando
c. Santificação Disposicional
d. Renovação
24
nossa mente pela obra consumadora da cruz (Tt 3:5; Rm 12:2b;
Ef 4:23; Rm 8:6; Fp 2:5; 2Co 4:16).
Os missionários que vinham para a China falavam muito
sobre amor, dizendo-nos que tínhamos que amar uns aos
outros. Depois que fui salvo, eu fui iluminado para ver
gradualmente que todas as virtudes Cristãs, inclusive o amor,
são diferentes das virtudes humanas naturais. Toda virtude
Cristã tem que ter uma qualificação quádrupla: Deve passar por
meio da cruz, deve ser pelo Espírito, deve ser para ministrar
Cristo, e deve ser para produzir a igreja. O amor ensinado no
Novo Testamento é um amor que é passado pela cruz, o qual
elimina o ego e é pelo Espírito, e ministra Cristo para produzir a
igreja. Após ter ficado claro em relação a isto, eu percebi que
os missionários estavam enganados em seus ensinamentos,
porque eles ensinavam erradamente sobre o amor enquanto
reivindicavam que o ensinamento deles estava de acordo com
a Bíblia. O amor desvendado na Bíblia não é um amor humano
natural (amar os homens sem egoísmo) como aquele ensinado
por Confúcio.
O princípio é o mesmo com submissão. A submissão de
uma irmã a seu marido deve ser uma submissão a qual é por
meio da cruz, isto é pelo Espírito, que ministra ou dispensa
Cristo, e que é para a produção e edificação da igreja. Este tipo
de submissão é completamente diferente da submissão
ensinada por Confúcio. Este tipo de submissão é por meio da
vida natural, não tendo nada a ver com a cruz, o Espírito, e o
dispensar de Cristo e não tem o objetivo de produzir a igreja.
Nós precisamos ser impressionados com o fato de que
todas as virtudes ensinadas pela Bíblia são por meio da cruz,
pelo Espírito, e ministrar Cristo para produção das igrejas para
a edificação do Corpo. Com relação a este assunto nossa
mente precisa ser renovada.
e. Transformação
25
Isto não é ser transformado na natureza interior, mas muito
mais no aspecto exterior para expressão. Ela não é uma
correção nem meramente uma mudança exterior; é um
metabolismo interior quando temos mais do elemento da vida
divina acrescentado a nós para a expressão externa (Rm 12:2b;
2Co 3:18). Lembremos que a transformação não é somente
uma mudança externa, mas é uma mudança meta-bólica por
meio da adição da vida divina que nos transforma à imagem de
Cristo.
f. Edificação
g. Conformação
26
h. Glorificação
27
física. Interiormente eu digo, “Senhor Jesus, um dia eu serei
glorificado. Então serei liberto deste velho corpo o qual não tem
parte na filiação divina.”
A filiação é do Espírito, e o Espírito está nos saturando
com a filiação até que nosso corpo seja saturado com ela.
Então nós experimentaremos a plena filiação, a “filificação”
plena, a redenção de nosso corpo. Nós ainda temos uma
parte—nosso corpo físico—o qual não foi “filificado”, então
estamos esperando pelo dia quando até mesmo nosso corpo
se tornará parte da filiação divina.
28
CAPÍTULO TRÊS
A ESFERA DIVINA E MÍSTICA DO
ESPÍRITO CONSUMADO E O CRISTO
PNEUMÁTICO
Leitura Bíblica: Jo 14:10-11; Fp 1:19; Rm 8:9; 2Co 3:17-18; Jo
14:16-20; 1Co 15:45b; Jo 20:22; 16:12-15; 15:4-5, 8,; 17:21, 23,
ESBOÇO
29
I. A esfera divina e mística:
A. O Filho está no Pai, e o Pai está no Filho—Jo 14:10-11
B. Isto indica que o Pai é corporificado no Filho e o Filho é
a corporificação do Pai, formando uma esfera divina e
mística.
II. A esfera divina e mística do Espírito consumado e do
Cristo pneumático—Fl 1:19; Rm 8:9; 2Co 3:17-18
A. Outro Consolador, o Espírito da realidade, para ser a
realidade do Filho percebida como a presença do Filho
nos crentes—Jo 14:16-18
B. No dia da ressurreição do Filho no qual o Filho se
tornou o Espírito vivificante (1Co 15:45b), Ele veio aos
discípulos na noite daquele dia para soprá-los e dizê-
los para receber o Espírito Santo (Jo 20:22). Por tudo
isso nós podemos saber que o Filho está no Pai, e os
crentes estão no Filho, e o Filho está nos crentes—Jo
14:19-20.
III. Antes e depois do dia da ressurreição de Cristo:
A. Antes do dia da ressurreição de Cristo:
1.Cristo ainda tinha muitas coisas para desvendar aos
Seus discípulos.
2. Mas Seus discípulos, naquela época, não poderiam
suportá-las (Jo 16:12) pois, eles ainda não tinham
recebido o Espírito da ressurreição de Cristo e ainda
não tinham entrado na esfera divina e mística.
B. Depois do dia da ressurreição de Cristo:
1. Quando o Espírito da realidade viesse, Ele guiaria os
discípulos, que então seria o Espírito da ressur-
reição de Cristo, para toda a realidade concer-nente
a economia de Deus para o Corpo de Cristo, que é o
Cristo pneumático e o Espírito consumado.
2. Ele falou que o que Ele ouvisse de Cristo, Ele
declararia aos discípulos nas vinte e duas epístolas
do Novo Testamento de Romanos a Apocalipse—Jo
16:13
30
Divina:
A. Tudo o que o Pai tem é a possessão do Filho,
corporificado no Filho.
B. Tudo o que o Filho possui é recebido pelo Espírito,
percebido pelo Espírito que se tornou o Espírito
vivificante na ressurreição de Cristo para realização do
Cristo pneumático.
C. O Espírito recebe tudo que Cristo tem e o declara aos
discípulos (que estavam então na realidade da ressurreição de
Cristo e na esfera divina e mística do Cristo pneumático) para
produção das assembléias que resultam no Corpo de Cristo
que consuma a Nova Jerusalém a fim de expressar o Cristo
todo-inclusivo para Sua glorificação na eternidade—Jo 16:14-
15
V. Todos os crentes deveriam estar nesta esfera divina e
mística do Espírito consumado para ser mesclados com
o Deus Triúno para preservar a unidade.
A. Todos os crentes deveriam permanecer no Filho
para que o Filho possa permanecer neles de modo
que possam produzir muitos frutos para glorifi-
cação (expressão) do Pai—Jo 15:4-5, 8
B. Todos os crentes deveriam ser um; exatamente
como o Pai está no Filho e o Filho no Pai, a fim de
que também possam estar tanto no Pai como no
Filho—o Filho está nos crentes e o Pai está no Filho,
de modo que possam ser perfeitos (aperfei-çoados)
em um—Jo 17:21,23.
VI. O ministério celestial de Cristo é executado nesta esfera
mística, e a salvação orgânica de Deus é pra-ticamente
efetuada nessa esfera.
VII. Os crentes devem considerar grandemente a entrada
nesta esfera, percebendo que sem Cristo tornando-Se o
Espírito vivificante, sem Cristo sendo o Cristo pneu-
mático, sem Cristo sendo o Senhor Espírito, e sem Cristo
sendo o Cristo em ressurreição e não apenas em carne,
não há absolutamente nenhuma maneira para os crentes
participarem, experienciarem, e desfru-tarem a seção
orgânica da salvação completa de Deus em Cristo.
31
Oração:
Senhor, nós cremos que nestes dias Tu estás falando
conosco, desvendando as profundezas que há em Ti. Nós
somos tão abençoados. Obrigado. Senhor, agora nós vimos a
Ti para aprender como Tu, o Deus Triúno, é um esfera e ver que
Tu desejas que entremos nesta esfera, isso é, entrar em Ti.
Senhor, abra nossos olhos. Leva embora nossa incapa-cidade e
nos torna capaz de conhecer as coisas místicas como Tu as
conhece. Ó Senhor, nos cubra, nos limpe, e nos unja. Senhor,
permita que sintamos a Sua presença e saibamos que Tu estás
aqui falando conosco. Que todos nós possamos ouvir a Sua
voz. Senhor, Tu é tão misericordioso. Não somos dignos de
nada. Não somos nada, e não temos nada, e não podemos
fazer nada. Mas nós O temos como nosso tudo. Amém.
32
Nesta mensagem chegamos a um pico elevado — a
esfera divina e mística. Algo que é místico não somente
espiritual, mas é também misterioso.
33
como o Espírito de Deus (Gn 1:2). Muito depois, quando os
Israelitas, o povo escolhido de Deus, estavam em dificuldade,
Deus desceu para os ajudar como o Espírito de Jeová (Jz 3:10;
6:34; 11:29; 13:25). O Espírito de Jeová era Deus se
aproximando do Seu povo para ajudá-los de uma maneira
objetiva, não de uma maneira subjetiva.
O Antigo Testamento é principalmente um registro de
duas coisas: A criação de Deus e a história de Israel, o povo
escolhido de Deus. Pelo fato de sua história ser tão mise-rável,
eles constantemente precisavam da ajuda de Deus. Se Deus
não tivesse vindo para ajudar Seu povo escolhido em suas
dificuldades, não teriam sobrevivido. Na criação de Deus o
Espírito era o Espírito de Deus, e na ajuda de Deus a Israel o
Espírito era o Espírito de Jeová.
Por meio da encarnação Deus tornou-se um homem.
Deus se tornando um homem foi algo era totalmente novo, e
para este algo novo, um título particular foi usado para o
Espírito de Deus — o Espírito Santo (Mt 1:18, 20; Lc 1:35). Em
grego o Espírito Santo é chamado freqüentemente de “o
Espírito o Santo” (Lc 2:26; 3:22; 10:21; Jo 14:26). O título o
Espírito Santo foi usado com respeito à encarnação porque a
encarnação era algo extremamente santo. A vinda de Deus
para tornar-se um homem foi uma questão muito santa, e
Lucas 1:35 usa até mesmo a expressão ‘o ente santo’. Como a
concepção do homem-Deus era do Espírito Santo, assim o que
nasceu daquela concepção era um ente santo. O Espírito que
proporcionou isto não era meramente o Espírito de Deus nem
apenas o Espírito de Jeová, mas o Espírito Santo. Na Bíblia,
portanto, o Espírito é chamado de o Espírito de Deus, o Espírito
de Jeová e o Espírito Santo.
Em João 7 vemos que o Senhor Jesus, o homem-Deus,
participou da Festa dos Tabernáculos. No último dia da festa, o
grande dia, Ele ficou em pé e exclamou, dizendo, “Se alguém
tem sede, venha a Mim e beba. Quem crer em Mim… do seu
interior fluirão rios de água viva” (vv. 37-38). No próximo
versículo João, o autor deste Evangelho, dá uma palavra de
explicação: “Isso, porém, disse Ele com respeito ao Espírito que
haviam de receber os que Nele cressem; pois ainda não havia o
34
Espírito, porque Jesus não havia sido ainda glorificado” (v. 39).
Nós precisamos prestar atenção especial às palavras “ainda
não havia o Espírito”. O Espírito de Deus estava lá desde o
princípio, na criação; o Espírito de Jeová tinha vindo ajudar o
povo de Israel em suas dificul-dades muitas e muitas vezes; e o
Espírito Santo tinha sido ativo na encarnação. Como João
poderia dizer que ainda não havia o Espírito? Sim, o Espírito
estava lá como o Espírito de Deus em Gênesis, como o Espírito
de Jeová em Juízes, e como o Espírito Santo em Mateus e
Lucas, mas o Espírito – o Espírito como o Espírito composto e
consumado – ainda “não havia” em João 7:39, porque naquele
momento Jesus não havia sido glorificado. O homem Jesus foi
glorificado em ressurreição (Lc 24:26). Portanto, o Espírito
ainda “não havia” até a ressurreição de Cristo. Na ressurreição
Cristo, o último Adão na carne, tornou-se o Espírito que dá vida,
o Espírito vivificante (1Co 15:45b).
Agora podemos ver algo com relação à história da con-
sumação do Espírito. Embora já houvesse o Espírito de Deus, o
Espírito de Jeová e o Espírito Santo, o Espírito que dá vida ainda
“não havia” em João 7 porque o Senhor Jesus não tinha
passado pela morte pelos pecados do homem e contudo não
tinha entrado em ressurreição. Pelo contrário, na época de
João 7 Ele ainda estava na carne e não podia entrar nas
pessoas para ser a vida delas. Mas em ressurreição Cristo se
tornou o Espírito que dá vida, e agora Ele pode entrar nos
crentes para dar vida a eles.
Na ressurreição o Espírito de Deus foi mesclado com a
humanidade de Cristo, com Sua morte e sua eficácia, e com a
Sua ressurreição e seu poder. O resultado desta mescla é o
Espírito composto e consumado.
A Bíblia revela o fato de que o Espírito se tornou o
Espírito consumado. Pelo fato de muitos cristãos não terem
visto a visão na Bíblia com respeito ao Espírito consu-mado,
eles precisam ser reeducados. Alguns podem dizer, “Deus é o
mesmo desde a eternidade; Ele nunca teve qualquer mudança.”
Porém, a Bíblia revela claramente que Deus, que é Espírito, se
tornou carne (Jo 1:14). Isso não foi uma mudança? Além disso,
o último Adão na carne se tornou o Espírito que dá vida. Isso
35
também não foi uma mudança? Primeiramente, Deus mudou
isso por meio da encarnação, Ele se tornou carne, e então Ele
mudou isso novamente, em ressurreição, Ele se tornou o
Espírito que dá vida, e este Espírito é o Espírito consumado. Eu
espero que estes que estão debaixo da velha influência, da
teologia tradicional estejam dispostos a aprender que a Bíblia,
nossa autoridade mais elevada, revela tudo com respeito ao
Espírito consu-mado.
A Bíblia também revela que Cristo se tornou o Cristo
pneumático. Na eternidade Cristo era Deus como o Espírito,
entretanto, Ele se tornou carne. Romanos 1:3 e 4 diz que Ele
“veio da descendência de Davi segundo a carne”, mas que Ele
foi “designado Filho de Deus com poder segundo o Espírito de
santidade pela ressurreição dos mortos.” O título o Espírito de
santidade, refere à divindade de Cristo, Sua essência divina.
Primeira Pedro 3:18, fala da crucificação de Cristo, diz que Ele,
por um lado, foi levado à morte na carne, mas por outro,
vivificado no Espírito. A crucificação somente colocou Cristo na
morte na Sua carne, não em Seu Espírito como a Sua divindade.
O Seu Espírito como Sua divindade não morreu na cruz quando
Sua carne morreu; pelo contra-rio, Seu Espírito como Sua
divindade foi vivificado, estimu-lado com novo poder de vida.
Assim, enquanto Ele estava morrendo em Sua humanidade e
até mesmo depois que Ele foi sepultado, Seu Espírito como Sua
divindade permanecia ativo.
Em João 12:24 o Senhor Jesus referiu a Si como um
grão de trigo: “Se o grão de trigo não cair na terra e morrer, fica
ele só; mas se morrer, produz muito fruto.” Quando Ele caiu na
terra como um grão de trigo, a morte começou imediatamente.
Mas enquanto a Sua “casca” estava mor-rendo, a vida divina
dentro Dele estava crescendo. Disto vemos que enquanto o
Senhor Jesus estava morrendo, Ele também estava crescendo.
Sem este tipo de ação, Ele não poderia ter sido ressuscitado.
A carne de Jesus foi crucificada e sepultada. Como ela
poderia ser ressuscitada? Em João 20 Pedro e João entraram
na tumba na qual o Senhor havia sido sepultado. “Pedro entrou
na tumba; e ele viu os panos de linho deixados ali e o lenço que
estivera sobre a cabeça de Jesus, não posto com os panos de
36
linho, mas enrolado um lugar a parte” (vv. 6-7). O corpo
seguramente não tinha sido roubado. Como, então, era possível
para a carne morta e sepultada do Senhor ser ressuscitada? A
resposta para esta pergunta é que de acordo com a Sua carne
Ele tinha sido sepultado lá, mas de acordo com a Sua divindade
Ele tinha permanecido muito ativo. Entre o tempo do Seu
sepultamento e ressurreição, Seu Espí-rito como Sua divindade
estava trabalhando para ressuscitar Sua humanidade, elevá-la,
e introduzi-la na divindade de forma que Sua humanidade
pudesse nascer de Deus. De acordo com Atos 13:33 ela estava
em ressurreição para que Deus gerasse Jesus para ser o Filho
de Deus. Ele foi gerado para ser o Filho primogênito de Deus
tendo Sua humanidade então elevada na divindade e até
mesmo introduzida na filiação divina. Simultaneamente, Ele se
tornou o Espírito que dá vida e por meio disso tornou-se o
Cristo pneumático.
Nós temos visto que o Espírito foi consumado e que
Cristo se tornou o Espírito que dá vida, o Cristo pneumático.
Assim, podemos falar agora da esfera divina e mística deste
Espírito consumado e deste Cristo pneumático. Que esfera
maravilhosa é esta!
Nós mostramos que os três da Trindade Divina são alto-
existentes, sempre-existentes, e coinerem, e assim como o Pai,
o Filho e o Espírito são uma esfera divina e mística. Com o
Próprio Deus Triúno como uma esfera mística não há qualquer
“complicação”, mas na esfera divina e mística do Espírito
consumado e o Cristo pneumático há várias “compli-cações”,
todas as quais são bênçãos para nós.
Deus queria que estivéssemos Nele. Se Ele fosse
somente o Deus Triúno sem a humanidade de Cristo, morte, e
ressurreição, e nós pudéssemos entrar Nele, encontra-ríamos o
Pai, o Filho e o Espírito, mas nada de humanidade, morte, e
ressurreição. Porém, quando entrarmos na esfera divina e
mística do Espírito consumado e o Cristo pneu-mático, nós não
apenas temos a divindade, mas também a humanidade de
Cristo, a morte de Cristo com sua eficácia, e a ressurreição de
Cristo com seu poder repelente. Tudo está aqui nesta esfera
maravilhosa.
37
Embora eu tenha nascido na China e me tornado um
cidadão americano naturalizado, eu posso testificar que não
tenho o sentimento que eu sou Chinês ou Americano. Meu
esfera não é a China ou a América – meu esfera é o Deus
Triúno complexo e complicado. Eu estou aqui com o Pai, com o
Filho que foi crucificado e ressuscitado, e com o Espírito
consumado. Considerando que eu estou em tal Deus Triúno, eu
tenho tudo que preciso. Se eu precisar de crucificação, eu a
encontro nesta esfera que eu já fui crucificado. Se eu precisar
de ressurreição, nesta esfera eu já fui ressuscitado. Louvado
seja o Senhor por tal esfera divina e mística!
Nesta conjuntura, vamos considerar o que está revê-lado
em João 14 com relação à esfera divina e mística do Espírito
consumado e o Cristo pneumático. O versículo 1 diz, “Não se
turbe o vosso coração.” Em que esfera ficamos abor-recidos?
Nós ficamos preocupados na terra, no mundo (16:33), no
esfera físico.
Neste versículo (14:1) o Senhor Jesus continuou a dizer,
“Crede em Deus, crede também em mim.” Aqui a preposição
em é muito importante. Nós não só deveríamos crer em Deus e
em Cristo, mas deveríamos crer em Deus e em Cristo. Nosso
coração está preocupado porque nós estamos no mundo, e a
maneira de resolver este problema é entrarmos em Cristo
crendo Nele. Aqui podemos ver duas esferas: a esfera física—o
mundo onde todas as dificuldades estão—e a esfera mística do
Deus Triúno, o Pai, o Filho, e o Espírito onde a paz está.
Em 16:33 o Senhor Jesus disse, “Essas coisas vos tenho
dito para que em Mim tenhais paz. No mundo tendes aflição;
mas tende ânimo, Eu venci o mundo.” Aqui nova-mente nós
vemos tanto a esfera física (“o mundo”) e a esfera mística
(“Mim”).
Capítulos quatorze, quinze e dezesseis de João são uma
seção. No começo desta seção o Senhor Jesus indicou, em
14:1, que a intenção Dele era falar algo para nos ajudar a crer
Nele. Nós não deveríamos pensar que em Cristo é uma questão
simples. Se Ele não tivesse morrido na cruz e tirado nossos
pecados, para crucificar nossa carne e terminar nosso velho
homem, e se Ele não tivesse ressuscitado para se tornar o
38
Espírito que dá vida, não haveria maneira para Ele entrar em
nós e levar-nos para dentro Dele.
Se nós estivéssemos lá quando o Senhor Jesus falou
sobre crer em Deus e Nele, poderíamos ter dito, “Senhor, eu
quero entrar em Ti. Diga-me como crer em Ti.” Como revelam
os versículos seguintes, para nós entrarmos Nele, Ele teve que
morrer e ser ressuscitado para se tornar o Espírito que dá vida,
para que pudéssemos recebê-Lo crendo Nele e invocando, “Ó
Senhor Jesus.”
Entre 14:1 e 16:33 temos nós o ensinamento do Senhor
concernente a como crer Nele. João 14:2a diz, “No casa de Meu
Pai há muitas moradas.” Em 14:1 o Senhor Jesus falou sobre
crer em Deus e crer Nele, mas aqui Ele de repente falou sobre a
casa de Seu Pai. A casa do Pai seguramente não é uma
mansão celestial, mas algo místico. De acordo com a
interpretação em 2:16, 21, “a casa de Meu Pai” refere-se ao
templo, o aumento de Cristo em Sua ressurreição para ser a
igreja, o Seu Corpo, como o lugar de habitação de Deus (1Tm
3:15; Ef 2:21-22). Em princípio, o corpo de Cristo era somente
Seu corpo individual. Mas por meio de Sua morte e ressur-
reição, Seu corpo foi aumentado para ser Seu Corpo corpo-
rativo, o qual é a igreja, a casa de Deus (1Tm 3:15), o templo de
Deus (Ef 2:21). Você já tinha percebido que quando você creu
em Deus e no Filho, você entrou na igreja?
João 14:2 diz-nos que na casa do Pai há “muitas
moradas.” Estas moradas são os crentes, os membros do
Corpo de Cristo. Todo crente é uma morada, como afirmado no
versículo 23.
Na parte posterior do versículo 2 o Senhor Jesus disse,
“Eu vou preparar-vos lugar.” As palavras “Eu vou” significa “Eu
morrerei”. Ao dizer “Eu vou” Ele estava falando sobre Sua morte
de uma maneira mística.
Neste ponto eu quero lembrar vocês que o Evangelho de
João é um livro místico e que todo registro em João é um
registro místico. Falar da encarnação dizendo “a Palavra tornou
-se carne” (1:14) é falar de uma maneira místico. Do mesmo
modo, falar da água viva que se torna em nós uma fonte de
água a jorrar pela vida eterna (4:10, 14) também é falar de uma
39
maneira místico. Pelo fato de João ser um livro místico, quando
nós o lemos que precisamos compreendê-lo misticamente.
Em João 14:3 o Senhor Jesus continuou, “E se eu vou e
vos preparar lugar, virei outra e vos receberei para Mim mesmo,
para que onde Eu estou estejais vós também.” Aqui Ele falou
tanto de Sua ida quanto de Sua vinda. “Eu virei” é um presente
continuo, indicando que quando o Senhor Jesus falou estas
palavras Ele já estava vindo. Enquanto Ele estava falando, Ele
estava preparando para entrar em ressurreição. “Eu irei” é
morrer e “Eu virei” é ser ressus-citado. Antes de morrer Ele já
sabia que iria voltar. Aqui Sua ida e Sua vinda, a Sua morte e
ressurreição, são referidas de uma maneira mística.
Neste versículo o Senhor Jesus disse, “Eu vos recebe-rei
para Mim mesmo.” Se nós estivéssemos estado lá, poderíamos
ter dito, “Senhor, Tu não me receberá na casa do Pai? Por que
dizes que me receberá em Ti mesmo? “ A resposta para tal
pergunta é que a casa do Pai é o próprio Cristo.
O versículo 3 termina com as palavras “Onde Eu estou
estejais vós também”. Ele está no Pai. Assim, para nós estar-
mos onde Ele está significa que nós também estamos no Pai.
Isto está relacionado ao nosso crer no Pai, a esfera divina e
mística.
O Senhor Jesus continuou a dizer, “E para onde Eu vou,
vós sabeis o caminho” (v. 4). Então Tomé disse, “Senhor, não
sabemos para onde vais; como podemos saber o cami-nho?” (v.
5). De acordo com o versículo 6 Jesus disse a ele, “Eu sou o
caminho e a realidade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por
mim.” Aqui o Senhor não disse, “ninguém vem para a “casa do
Pai”; Ele disse, “ninguém vem ao Pai.” Vir ao Pai é vir para a
casa do Pai, pois o Pai é a casa. A frase senão por mim revela
que nós só podemos vir ao Pai como a casa por meio de Cristo
como o caminho.
No versículo seguinte o Senhor Jesus disse, “Se vós Me
tivésseis conhecido, conheceríeis também a Meu Pai; e desde
agora O conheceis e O tendes visto”. Quando Filipe ouviu isto
ele disse, “Senhor, mostrar-nos o Pai, e isso nos basta” (v. 8).
Os versículos 9 e 10 continuam, “Disse-lhe Jesus: Há tanto
tempo estou convosco, e não me tens conhecido, Filipe? Quem
40
Me vê a Mim, vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não
crês que Eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que
Eu digo vos digo, não as falo de Mim mesmo, mas o Pai, que
permanece em Mim, faz as Suas obras”. Aqui nós vemos que o
falar do Filho era na verdade o falar do Pai, o trabalhar do Pai
por permanecer Nele. Isto é completamente místico.
Temos enfatizado o fato de que o Deus Triúno é uma
esfera divina e mística. Como revelado na primeira parte de
João 14, o Filho está no Pai, e o Pai está no Filho. Nos versí-
culos 16 a18 nós temos não apenas uma palavra com relação
ao Pai e o Filho, mas também com relação ao Espírito: “Eu
rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, a fim de que
esteja para sempre convosco, o Espírito da realidade que o
mundo não pode receber, porque não O vê ou O conhece; vós O
conheceis, porque Ele habita convosco e estará em vós. Não
vos deixarei órfãos; virei a vós.” O primeiro Consolador era
Cristo na carne, e o outro Consolador é o Espírito da realidade.
O “Aquele” que é o Espírito da realidade no versículo 17 se
torna o “Eu” que é o próprio Senhor no versí-culo 18. Isto
significa que o Cristo que estava na carne passou pela morte e
ressurreição para se tornar o Espírito que dá vida, o Cristo
pneumático. Isto não é meramente espiritual—ele é místico.
Nós não podemos dizer que o Espí-rito da realidade é espiritual
e o Cristo que estava na carne não era espiritual, pois quando
Ele estava na carne, Cristo o Filho, certamente era espiritual. O
que precisamos ver aqui não é algo que é apenas espiritual,
mas algo místico.
O versículo 19 continua, “Ainda por um pouco e o mundo
não Me verá mais; vós, porém, Me vereis; porque Eu vivo, vós
também vivereis.” Isto se refere à ressurreição de Cristo.
Porque Ele vive em ressurreição, nós também vive-mos, porque
nós fomos regenerados na Sua ressurreição, como revelado em
1 Pedro 1:3.
Em João 14:20 o Senhor Jesus falou de “naquele dia.”
“Naquele dia” era o dia da Sua ressurreição (20:19), o dia no
qual Ele se tornaria o Cristo pneumatizado, o Cristo pneu-
mático. Portanto, naquele dia na verdade significa “no dia da
ressurreição.”
41
Vamos ler agora todo o versículo 20: “Naquele dia, vós
conhecereis que Eu estou em Meu Pai, e vós em Mim, e Eu em
vós.” Isto se refere à esfera divina e mística onde não somente
o Pai, o Filho, e o Espírito estão, mas também onde os crentes
estão. Louvado seja o Senhor que, como crentes em Cristo, nós
estamos agora na esfera divina e mística do Espírito
consumado e o Cristo pneumático!
42
A. Antes Daquele Dia da Ressurreição de Cristo
43
aos discípulos (que estavam então na realidade da ressur-
reição de Cristo e na esfera divina e mística do Cristo pneu-
mático) para a produção das assembléias as quais resultam no
Corpo de Cristo que consuma a Nova Jerusalém para expressar
o Cristo todo-inclusivo para Sua glorificação na eternidade (vv.
14-15). No princípio, todas as coisas eram do Pai. Então, o que
o Pai tinha tornou-se possessão de Cristo. Seguindo isto, tudo
o que Cristo possui é ouvido e recebido pelo Espírito que
declara todas estas coisas aos crentes. Esta é a transição
divina para a economia eterna da Trindade Divina.
44
aperfeiçoados para ser um. Portanto, a verda-deira unidade
está no Deus Triúno.
Em João 14-16 o Senhor Jesus apresentou uma
mensagem aos Seus discípulos, e então em João 17 Ele orou
ao Pai. No final da Sua oração, Ele indicou que nossa unidade
deveria ser no Deus Triúno, com o Cristo pneumá-tico e o
Espírito consumado. Esta unidade que é a unidade genuína é o
mesclar dos crentes com o Deus Triúno. Para ter tal unidade,
os crentes devem estar no Deus Triúno como uma esfera divina
e mística. Aqui o Pai está no Filho, o Filho está nos crentes, e
os crentes estão no Filho que está no Pai. Isto significa que os
crentes são um com o Deus Triúno na esfera divina e mística
do Cristo pneumático e o Espírito consumado.
45
CAPÍTULO QUATRO
“O PRÓPRIO ESPÍRITO COM NOSSO
ESPÍRITO” A CHAVE PARA ABRIR
AS OITO SEÇÕES DA SALVAÇÃO
ORGÂNICA DE DEUS
(1)
Esboço
46
D. O Espírito de Deus testifica com o espírito dos
crentes regenerados que eles são filhos de Deus
(espiritual)—Rm 8:16.
II. Para abrir a segunda seção de alimentar (nutrir, nutrição)
A. O Senhor deseja que os crentes regenerados como
bebês recém-nascidos alimentem-se do leite
(espiritual) da palavra, que é espírito e vida (Jo
6:63), para que eles possam crescer em Sua vida
para sua salvação diária—1Pe 2:2
A. Conforme eles crescem na vida divina, eles tam-
bém têm que ser nutridos também de alimento
sólido, não somente de leite, ao exercitar seu
espírito para contatar o Espírito da palavra de
Deus a fim de que possam receber o suprimento
da vida—Hb 5:13-14; Mt 4:4b.
III. Para abrir a terceira seção da santificação disposicional:
A. Os crentes que foram regenerados e que estão
crescendo precisam ser santificados pelo Espírito
Santo (Rm 15:16) em sua disposição com o
elemento da vida ressurreta de Cristo a qual eles
recebem por meio da nutrição para que a
disposição natural, tortuosa, perversa e cheia de
peculiaridades, possam ser santificadas com a
natureza santa, divina de Deus (2Pe 1:4) a fim de
que eles possam ser santificados para Deus (Ef
1:4).
B. Essa santificação disposicional pelo Espírito
Santo começa a partir do nosso espírito pas-
sando pela nossa alma para nosso corpo a fim de
que todo nosso ser possa ser totalmente
santificado—1Ts 5:23
47
espírito regenerado como um espírito mesclado
para expandir a nossa mente para renovar todo
nosso ser como um membro do novo homem
despindo do nosso velho homem, isto é, ao
renunciar e negar nosso velho ego (Mt 16:24), e
revestindo do novo homem, isto é, ao aplicar o
que Cristo cumpriu na criação do novo homem (Ef
2:15), por viver e magnificar Cristo através do
suprimento abundante do Espírito de Jesus Cristo
(Fl 1:19-21)—Ef 4:22-24.
C. O Senhor usa os sofrimentos no ambiente para
consumir, para matar, nosso homem exterior a
fim de que o nosso homem interior seja reno-vado
dia após dia—2Co 4:16.
C. Visto que todos nós os crentes seremos a parte
consumadora da Nova Jerusalém, temos que ser
renovados para ser tão novos como a Nova
Jerusalém—Ap 21:2
V. Para abrir a quinta seção da transformação:
A. A transformação é pela renovação da nossa mente
(Rm 12:2b). Ela não é um tipo de corre-ção
exterior, ou ajuste, mas um metabolismo interior
pela adição do elemento da vida divina de Cristo
em nosso ser para ser expressado exteriormente
na imagem de Cristo. Ela é então pelo Senhor
Espírito (o Cristo pneumático) para nos
transformar na (a) imagem da glória de
Cristo—2Co 3:18
D. Temos que viver e andar pelo Espírito (Gl 5:16, 25)
e andar segundo o espírito mesclado (Rm 8:4b),
de modo que a vida divina de Cristo possa nos
regular para nos transformar na (a) imagem do
Senhor em glória.
VI. Para abrir a sexta seção da edificação:
A. Primeira Coríntios 3:9 e 12 nos desvendam que
nós somos edifício de Deus e temos que edificar
com ouro (simbolizando a natureza dourada de
Deus, o Pai), prata (a obra redentora de Deus o
48
Filho), e as pedras preciosas (a obra transforma-
dora de Deus o Espírito), não com madeira (sim-
bolizando a natureza do homem natural), palha (o
homem caído, o homem carnal), e feno (a obra e
viver que resultam da origem terrena). Isto indica
que o edifício de Deus no qual nós somos
participantes deve ser pelos itens transforma-
dores como ouro, prata e pedras preciosas, não
pela nossa natureza, nossa carne, e coisas da
origem terrena.
B. O edifício de Deus como a edificação da igreja, o
Corpo de Cristo, por meio da transformação do
Espírito está claramente simbolizado pela mu-
ralha de jaspe com seus fundamentos da Nova
Jerusalém (Ap 21:18-20). O jaspe é uma pedra
preciosa transformada e a muralha da Nova
Jerusalém parece um grande bloco de jaspe,
indicando que enquanto as pedras estavam sob a
transformação, elas foram edificadas juntas. Por
isso, tanto o edifício como a transformação são
pelo mesmo Espírito transformador e edifi-cador.
C. Os escritos de Paulo desvenda a nós que a igreja, o
Corpo de Cristo, como o lugar de habitação de
Deus está em nosso espírito habitado pelo
Espírito de Deus—Ef 2:22; Rm 8:11
D. Cristo faz (edifica) Sua morada em nossos cora-
ções por meio do fortalecimento do Espírito de
Deus em nosso homem interior (nosso espírito
regenerado) onde Cristo está (2Tm 4:22), para a
plenitude (expressão) de Deus—Ef 3:16-19
E. Baseado no fato de que o Espírito de Deus habita
interiormente no amante de Cristo (Jo 14:17), Deus o
Pai e o Filho vêm para o amante de Cristo e faz uma
mutua habitação com ele (v.23).
49
criaste para nós um espírito humano, e em Sua salvação
orgânica a primeira coisa que Tu fizeste foi regenerar nosso
espírito. Por fim, Senhor, Tu colocaste a Ti mesmo como tal
Espírito em nosso espírito e mesclando com nosso espírito
para nos tornar um espírito. Oh, aquele que se une ao Senhor é
um espírito! Nós jamais poderemos nos esquecer disto. Nós O
adoramos por isto. Impressione-nos e sempre nos faça lembrar
de que nosso ser é um espírito Contigo. Nós vivemos em nosso
espírito com Seu Espírito? Nós nos movemos em nosso
espírito com Seu Espírito? Senhor, temos comunhão Contigo
em nosso espírito com Seu Espírito? Senhor, lembre-nos todo o
tempo. Senhor, fale a nós para que possamos receber visões
adicionais. Amém.
50
também são um espírito. O Espírito é vida e Aquele que dá vida.
Deus é o Espírito e em Sua salvação orgânica maravi-lhosa, Ele
nos fez um espírito com Ele. Esta é apenas uma palavra
simples em 1 Coríntios 6:17, mas eu nunca vi esta verdade
mesmo depois de ter estudado a Bíblia durante pelo menos
trinta anos. Um dia eu percebi que eu era um espírito com Deus.
Isto não é algo pequeno. Lamentavelmente, até mesmo na
restauração do Senhor, muitos dos presbíteros e até mesmo os
cooperadores não sabem a verdadeira posição deles. Nossa
verdadeira posição é que somos um espírito com Deus. Nós
fomos salvos a tal nível elevado. O que Deus é, nós somos.
Quando percebermos nosso estado, isto afetará nosso
viver. Quando eu falo com as pessoas de maneira engraçado,
eu sou reprovado interiormente por ser tão desprendido e
leviano sem gravidade. Eu sou lembrado sobre a minha posição,
e eu tenho que confessar ao Senhor. Devido a minha posição
divina, eu não ouso ser desprendido ou leviano. Eu não ouso
fazer piada. Nem mesmo com meus netos eu ouso falar
levianamente, porque eu não somente sou o avô deles. Eu sou
um avô que tem a mesma posição que Deus.
De acordo com 1 Coríntios 6:17, a intenção Deus em Sua
salvação orgânica é unir o espírito do crente com Seu Espírito
como um espírito—um espírito mesclado. Conse-qüentemente,
isto não é apenas o espírito mesclado, mas um espírito que é
um espírito com Deus, ele é igual a Deus em Sua vida e
natureza, mas não em Sua Deidade. Esta é a chave para
abrirmos as oito seções da salvação orgânica de Deus. Se não
tivermos esta chave, a porta ficará fechada. Quando tivermos
esta chave, a porta será aberta e nós pode-remos ver todas as
coisas escondidas do lado de dentro.
51
11). O pecado está relacionado com Adão. Adão é a fonte do
pecado. A justiça está relacionada com Cristo. Cristo é nossa
justiça. O julgamento deve ser o julgamento de Satanás. Aqui
está Adão, a fonte do pecado; Cristo, a fonte da justiça, e
Satanás, o que deve exercer o julgamento. Em todo o universo,
Deus não culpa nenhum outro, a não ser ele. Todo o universo
hoje está repleto de rebelião devido a um arcanjo que é Satanás,
assim julgamento tem que ser seu. O pecado veio de Adão,
justiça procede de Cristo, e julgamento vai para Satanás. O
Espírito da realidade veio nos convencer disto, fazendo com
que nos arrependamos de nossa condição caída e entrar na
morte e sepultamento de Cristo (Mt 3:2, 5-6). Esta convicção
nos leva à morte e ressurreição de Cristo para recebê-Lo e
sermos regenerados.
52
espirituais. Nós não deveríamos dizer que eles são místicos,
porque está muito claro e evidente que eles são os filhos de
Deus.
53
III. ABRIR A TERCEIRA SEÇÃO DA SANTIFICAÇÃO
DISPOSICIONAL
A. No Espírito Santo
54
A santificação orgânica e disposicional por meio do
Espírito Santo começa em nosso espírito, para nossa alma, até
nosso corpo, de forma que todo nosso ser possa ser
santificado completamente. Primeira Tessalonicenses 5:23 diz
claramente que o Espírito Santo está nos santificando
começando a partir de nosso espírito (não de nossa alma ou
nosso corpo), para nossa alma, até nosso corpo para que todo
nosso ser possa ser completamente para Deus.
55
nos despir do velho homem e nos revestir do novo homem pela
renovação do Espírito mesclado com nosso espírito para se
expandir em nossa mente e renová-la. Isso é mudar nossa
mente.
Em Mateus 16:24 o Senhor diz que se quisermos vir
após Ele, precisamos negar a nós mesmo e tomar nossa cruz.
Negar a si mesmo é renunciar-se, aplicar a cruz a nós mes-mos.
Isso é despir-se do velho homem. Revestir-se do novo homem é
viver e magnificar Cristo pela provisão abundante do Espírito de
Jesus Cristo (Fp 1:19-21). A renovação está completamente
envolvida com o Espírito e nosso espírito regenerado os quais
se tornam o um espírito. Este um espírito é o espírito renovado
em nossa mente para mudá-la.
56
tão novos quanto à Nova Jerusalém (Ap 21:2). A Nova
Jerusalém é chamada primeiramente de a cidade santa, assim
temos que ser santos. Então é chamada de a Nova Jerusalém,
portanto, temos que ser novos. Se não formos renovados, não
estamos qualificados para estar na Nova Jerusalém. Devemos
ser tão novos quanto à Nova Jerusalém.
57
Espírito, e este Senhor Espírito é o Espírito transformador.
58
se parece com um grande pedaço de jaspe, indicando que
enquanto as pedras estavam sob transformação, elas tam-bém
foram edificadas junto. Conseqüentemente, tanto a edificação
quanto a transformação são através do mesmo Espírito
transformador e edificador. O Espírito edificador é o mesmo
Espírito transformador. Os dois são unidos juntos. Onde há
transformação, também há edificação. Hoje na igreja é a
mesma coisa—sem transformação, sem edificação.
Coordenação não é edificação. A edificação é pela vida trans-
formada. Quando somos transformados, somos edificados
juntos com os outros. Vamos dizer que vários irmãos estejam
trabalhando juntos. Quando a peculiaridade de cada irmão
aflorar, será difícil haver coordenação entre eles, é inútil dizer a
eles para crescerem juntos como um edifício. Estes irmãos
podem ser edificados juntos somente sendo transfor-mados.
Por meio da transformação individual de cada um eles crescem
juntos. A transformação produz o crescimento de vida, e este
crescimento os edifica juntos. Esta é a verdadeira edificação da
igreja hoje. A verdadeira edificação não é somente
coordenação. Nossa coordenação, cedo ou tarde, será
quebrada se nós não somos transformados. Talvez um certo
irmão sinta que ele não pode ir junto com outro irmão por
causa da peculiaridade forte daquele irmão. O que este irmão
deveria fazer? Ele deve ir para a cruz para servir de exemplo
para o outro irmão seguir. Depois de um período de tempo,
ambos aprenderão a serem crucificados para ser
transformados. Então eles não precisarão se preocupar quanto
à coordenação, porque eles crescerão juntos. Os membros de
nosso corpo físico não são meramente coordenados. Eles
estão crescendo juntos através da circulação sangüínea.
59
humano. O Espírito divino é o Morador, e nosso espírito é o
lugar de habitação. Nosso ser construído para ser o lugar de
Deus está envolvido com os dois espíritos.
60
tocada, isto é, Deus na regeneração coloca a Si mesmo em
nosso espírito para ser nossa vida. Nossa vida agora tem uma
adição. No passado nós tínhamos apenas nossa vida humana.
Mas pela regeneração começamos a ter outra vida que foi
adicionada à nossa velha vida, e esta vida é a vida de Deus. Isto
não é uma troca, mas a adição de uma outra vida. Então nossa
natureza é santificada com a natureza de Deus; nossa mente é
mudada por ter a mente de Deus em nossa mente pelo espírito
mesclado. Isto significa que todo nosso ser é transformado.
CAPÍTULO CINCO
61
“O PRÓPRIO ESPÍRITO COM NOSSO ESPÍRITO” A
CHAVE PARA ABRIR AS OITO SEÇÕES
DA SALVAÇÃO ORGÂNICA DE DEUS
(2)
Esboço
62
D. Esta glorificação, a redenção do nosso corpo, é o
desfrute pleno da nossa filiação—Rm 8:23
63
da morte durante a era do reino—Ap 2:8-11
3. Santificar os crentes na igreja em Pérgamo
da união com o mundo e dos
ensinamentos de Balaão e dos Nicolaítas
para serem os vencedores para que
possam ser recompen-sados para comer o
maná escondido e ter uma pedra branca na
qual um novo nome será escrito na era do
reino—Ap 2:12-17
4. Salvar os crentes na igreja em Tiatira da
adoração dos ídolos, fornicação, ensina-
mentos demoníacos, e das coisas
profundas de Satanás para serem
vencedores para que possam ser
recompensados com a autori-dade sobre
as nações na era do reino—Ap 2:18-29
5. Ressuscitar os crentes na igreja em Sardes
da sua morte e condição de morte para
serem vencedores para que possam ser
recompensados ao andar com o Senhor
vestidos de branco e não terem seus
nomes apagados do livro da vida, mas
confessados pelo Senhor diante do Pai e
Seus anjos na era do reino—Ap 3:1-6
6. Encorajar os crentes na igreja em Filadélfia
para reter o que eles têm para que ninguém
tome sua coroa para serem vencedores
para que sejam recompensados a fim de
que sejam a coluna no templo de Deus
com o nome de Deus e o nome da Nova
Jerusalém e o novo nome do Senhor
escrito sobre eles na era do reino—Ap 3:7-
13
7. Despertar os crentes da igreja em Laodicéia
de sua mornidão e condição sem Cristo,
exortando-os a pagar o preço pelo ouro refi-
nado, vestes brancas, e ungüento e abrir a
sua porta ao bater do Senhor para serem
64
vencedores a fim de que possam ser recom-
pensados para sentarem-se no trono do
Senhor na era do reino—Ap 3:14-22
E. Pelo:
1. O falar do Cristo pneumático sete vezes
intensificado, ilimitado, liberador de vida, (o
Cordeiro com os sete Espíritos como Seus
olhos—Ap 5:6) as sete igrejas no prin-cípio
de cada epístola respectivamente se
tornando o falar sete vezes intensificado,
todo inclusivo, o Espírito que dá vida para
todas as sete igrejas no final de cada
epístola universalmente—Ap 2:1, 7, 5, 11,
12, 17, 18, 29; 3:1, 6, 7, 13, 14, 22.
2. A participação dos santos vencedores que
estão vivendo em seu espírito—Ap 1:10; 4:2;
17:3; 21:10
F. Para:
1. A preparação completa da noiva para Cristo
o noivo ter Seu casamento triunfante no
milênio para Sua satisfação segundo o Seu
bom prazer—Ap 19:7-9
2. A formação do exército nupcial para Cristo
derrotar e destruir Seus inimigos mais im-
portantes na humanidade, o Anticristo e seu
falso profeta—Ap 19:11-21; 17:14
3. Amarrar Satanás e lançá-lo para o abismo
por mil anos—Ap 19:11-21; 17:14
4. Trazer o reino de Cristo e de Deus, que será
o milênio—Ap 20:4-6
5. A consumação inicial da Nova Jerusalém no
milênio (Ap 2:7) e sua plena consumação
no novo céu e nova terra (Ap 21:2)
G. O resultado final—o Espírito finalmente consuma-
do como a consumação do Deus Triúno proces-
sado se torna o Noivo e o agregado dos santos
vencedores se tornam a noiva do romance uni-
versal entre o Deus redentor e Seu homem redi-
65
mido como a conclusão das Escrituras na totali-
dade—Ap 22:17
66
VII. ABRIR A SÉTIMA SEÇÃO DA
CONFORMAÇÃO
A. A Consumação da Transformação
C. A Perfeita Varonilidade
67
Aquele que enche tudo em todos. Tal Pessoa tem um Corpo, e
este Corpo é a Sua expressão. Este Corpo tem uma estatura, e
a estatura tem uma medida. Quem pode medir a estatura do
Corpo de Cristo, a plenitude do Cristo ilimitado? Mas nossa
conformação à imagem do Filho primogênito de Deus será a
perfeita varonilidade, a medida exata da estatura exata da
expressão exata de Cristo. O Corpo é o agregado de todos os
crentes que por meio da transformação foram conformados à
imagem do Filho primo-gênito de Deus. Esta é a perfeita
varonilidade da medida da estatura da plenitude de Cristo.
Embora tal medida seja imensurável, nós podemos atingi-la por
meio da nossa con-formação.
68
é aplicado à algumas páginas de papel, ela saturará até a
última página. Efésios 4:30 diz que nós fomos selados com o
Espírito para o dia da redenção. “Para” significa "resultar em."
Esta tinta do selar do Espírito, por fim, resultará na redenção de
nosso corpo em nossa glorificação. Quanta
liberdade damos a esta tinta em nossa vida Cristã? Ser
santificados suavemente, renovados, transfor-mados e
conformados disposicionalmente, significa que per-mitimos a
tinta agir rapidamente dentro de nós até a nossa glorificação.
Estar na glória tem dois aspectos. Por um lado, entraremos na
glória. Por outro lado, esta glória nos satura interiormente pela
tinta do selar do Espírito ao longo de toda a vida Cristã.
Precisamos estar debaixo do pintar do Espírito diariamente.
Então entraremos para a glória por meio deste pintar interior, o
qual é a saturação interior da glória de Deus em nós.
69
cação, renovação, transformação, edificação, e conformação
são os passos seguintes. O último passo é a filificação de
nosso corpo. Deus nos regenerou com Sua vida divina. Isso
significa que Ele acrescentou Sua vida divina a nossa vida
humana. Nossa vida humana foi criada por Deus, mas caiu. É
por isto que precisamos de redenção. Redenção significa
resgatar de volta judicialmente àquilo que estava perdido.
Quando o Senhor morreu na cruz, Ele morreu conosco, com
nosso homem natural. Nós fomos crucificados com Ele,
sepultados com Ele, e também ressuscitamos com Ele (Gl 2:20;
Rm 6:4; Ef 2:6). Portanto, fomos criados, caídos, resga-tados
judicialmente, exaltados e ressuscitados. Nossa vida humana e
a vida de Deus foram enxertadas juntas (Rm 11:17). Caso
contrário, como poderíamos viver com Ele? Nós vivemos com
Ele porque temos nossa própria vida mais a vida Dele.
Regeneração é ter a vida divina, a vida espiritual de Deus além
de nossa vida humana. Após nossa regene-ração, nós somos
santificados disposicionalmente com o elemento da vida de
ressurreição de Cristo. Por meio de nos-sa santificação, nossa
natureza natural distorcida, tortuosa e pervertida é ajustada e
endireitada com Sua natureza santa. O Espírito Santo dispensa
a natureza santa de Deus em nosso ser para endireitar nossa
disposição tortuosa. Pelo fato de participarmos da natureza
divina que é perfeita e reta, nossa natureza é corrigida. Então
nossa mente é renovada, mudada. Filipenses 2 diz que
deveríamos ter a mente de Cristo (v. 5). A obra de renovação de
Deus acontece por meio de Seu Espírito mesclado com nosso
espírito para saturar nossa mente com todos os pensamentos
e critérios de Deus, para mudar nossa mente. Baseado na
regeneração, santifi-cação e renovação, o Senhor Espírito hoje
está transfor-mando nosso ser por meio da adição da Sua vida
divina pro-duzir um metabolismo divino dentro de nós. Isto
transforma todo nosso ser. Por fim, esta transformação será
completada levando-nos à varonilidade da medida da estatura
da pleni-tude de Cristo, conformado à imagem do Filho
primogênito de Deus que é o agregado do Deus Triúno.
Finalmente, pela saturação da glória de Deus dentro de nós, a
glória sairá de nós. Então entraremos na glória e estaremos em
70
glória. Quando atingirmos esta glória, nós diremos, "Senhor
Deus, que misericórdia e graça que somos o que Tu és, e Tu és
o que somos." Esta é a última consumação das oito seções da
salvação orgânica de Deus.
A salvação plena de Deus não é apenas nos redimir e nos
perdoar judicialmente, nos lavar, nos justificar, nos re-conciliar
a Ele e nos santificar posicionalmente. Isto foi leva-do a cabo
por Cristo na carne em Seu ministério terreno. A redenção
judicial de Deus foi somente o procedimento para Ele nos
salvar organicamente como o Espírito que dá vida, como o
Cristo pneumático, para participarmos na salvação orgânica de
Deus como o propósito da salvação plena de Deus no
ministério celestial de Cristo.
71
a ressurreição é um outro passo, o inicio de Seu ser o Espírito,
para levar a cabo Seu ministério celestial.
A. Para:
72
1. Salvar os Crentes na Igreja em Éfeso
73
do reino (2:18-29).
74
B. Por:
2. Os Santos Vencedores
Vivem no Espírito Deles
C. Para:
75
Seu casamento triunfante no milênio para Sua sa-tisfação
segundo o Seu bom prazer (Ap 19:7-9).
3. A Prisão de Satanás
76
D. O Resultado Final
CAPÍTULO SEIS
A ÚNICA BASE DAS IGREJAS LOCAIS DE DEUS E A
UNIDADE ÚNICA DO CORPO UNIVERSAL DE CRISTO
77
Esboço
78
crentes individuais em Cristo, que crêem
no Senhor Jesus Cristo, redimidos pelo Seu
sangue e regenerados pelo Espírito San-to,
que não são facciosos (Tt 3:10), não
causam divisões (Rm 16:17), não adoram
ídolos, nem vivem em pecado (1Co 5:11),
mesmo que eles ainda se relacionam com
qualquer das divisões acima citadas.
3. Somos um com todos os crentes que estão
na restauração do Senhor em todo o mundo.
4. Nós não temos nenhum credo, temos apenas
a única Bíblia traduzida adequada-mente e
interpretada por e segundo a própria Bíblia.
II. A única unidade do Corpo universal de Cristo—Ef 4:3-6
A. A única unidade do Corpo universal de Cristo é do
Espírito, essa unidade os crentes não deve-riam
quebrá-la, mas preservá-la diligentemente na
unidade do vínculo da paz—v.3
B. Em todo o universo há apenas um Corpo único de
Cristo, com o Deus Triúno como seu conte-
údo—vv.4-6
79
d. O entremesclar de todos os presbí-
teros.
2. Esse entremesclar não é social, mas o
entremesclar do próprio Cristo que está
nos membros individuais, as igrejas dis-
tritais, os cooperadores, e os presbíteros
desfrutam, experimentam e comparti-lham.
3. Para a edificação do Corpo universal de
Cristo (Ef 1:23) para consumar a Nova
Jerusalém (Ap 21:2) como o objetivo final
da economia de Deus segundo o Seu bom
prazer (Ef 3:8-10; 1:9-10)
80
A base da igreja e a unidade do Corpo de Cristo são
velhos assuntos para nós. Eu tenho falado sobre estas coisas
durante mais de sessenta e cinco anos, mas estes assuntos
são muito críticos. Nos últimos quinze meses, o Senhor
levantou mais de trezentas novas igrejas ao redor do globo, e
estas novas igrejas devem estar claras sobre a base local e a
unidade universal. A base está relacionada às igrejas de Deus, e
a unidade está relacionada ao Corpo de Cristo. A base e a
unidade são únicas, as quais significam que a base para a
igreja e a unidade para o Corpo são um.
A. A Igreja de Deus
B. A Igreja em Corinto
81
torna a base da igreja espontaneamente.
O Irmão Watchman Nee mostrou que Deus foi muito
sábio em Sua maneira de edificar a igreja na base local. Há um
grande número de pessoas escolhidas por Deus. Em todos os
lugares ao redor do globo há crentes em Cristo, e eles não
deveriam se espalhar, mas deveriam estar reunidos para ser
uma igreja. Se não houvesse uma limitação adequada da base,
não haveria limites para o estabelecimento das igrejas. Hoje no
Sul da Califórnia há uma igreja chamada “The Taiwan Gospel
Church”. Estes crentes usaram Taiwan como a base deles. Eu
cresci na China na cidade de Chefoo, e em Chefoo havia a
Igreja da Inglaterra. As pessoas estabelecem igrejas muito
facilmente. Hoje é mais fácil estabelecer uma igreja do que
abrir um restaurante. Todas as denominações têm fundamento
divisivo, incluindo os Batistas do Sul, os Presbiterianos e os
Luteranos.
Se nós os crentes preservarmos o modelo estabelecido
por Deus na Bíblia para ter uma igreja em uma cidade,
poderemos guardar a unidade. Qualquer crente que vier para
uma cidade tem que estar na igreja naquela cidade. Se eu for
para Tóquio, eu devo me reunir na igreja em Tóquio. Se eu for
para Londres, eu devo ir para a igreja em Londres. Se eu for
para Dallas, eu tenho que me reunir com a igreja em Dallas.
Então, espontaneamente não haverá nenhuma divi-são. A Bíblia
estabeleceu um modelo de como os crentes devem se reunir. O
primeiro ajuntamento dos cristãos foi em Jerusalém, e Atos 8:1
chama este ajuntamento de a igreja em Jerusalém. Jerusalém
era uma cidade grande, mas havia somente uma igreja naquela
cidade. Embora haja uma igreja em uma cidade, a igreja não
necessariamente precisa se reunir em num único lugar. Mas
devemos ter em mente que a cidade na qual estamos deve ser
a única base local da igreja.
C. Os Chamados Santos
82
como a fonte. A estrutura da igreja é os crentes genuínos, os
verdadeiros santos, os santificados em Cristo Jesus. A igreja
deve ser de Deus, em sua base local, e com os santos como os
constituintes.
83
Paulo, outros que eram de Apolo, outros que eram de Cefas, e
ainda outros que eram de Cristo. Eles estavam divididos em
quatro grupos, mas Paulo lhes perguntou, “Acaso Cristo está
dividido?” Era como se Paulo estivesse perguntando, “Quantos
Cristos vocês têm? Vocês têm um Cristo para Cefas, para
Apolo, para Paulo, e até mesmo para Cristo? Independente de
Cefas, de Apolo, de Paulo, e de Cristo, o que vocês têm é
somente um Cristo. A comunhão na qual todos vocês estão é a
comunhão do único Cristo. Cristo não está dividido.” As
divisões entre os santos foram conde-nadas pelo apóstolo
como representante da autoridade de Cristo.
H. A Divisão é da Carne
84
Segundo, tudo deve ser pelo Espírito. Terceiro, isto é para
dispensar Cristo a outros. Quarto, tudo é para a edificação da
igreja. Em outras palavras, tudo o que fazemos deve ser por
meio da cruz pelo Espírito para dispensar Cristo aos outros
para a edificação da igreja como o Corpo de Cristo.
Mas hoje as pessoas não tomam a cruz ou vivem pelo
Espírito. Ao invés disso, vivem pela sua carne. Elas não querem
dispensar Cristo. Antes, querem o tipo de vida social que tem.
Após nossas reuniões, gostamos de congregar com aqueles
que vão de encontro ao nosso background natural. Os Chineses
vão para os Chineses e os Americanos vão para os Americanos.
Isto mostra que precisamos ser crucificados. O sabor Japonês,
o sabor Chinês, o sabor Taiwanês, e o sabor Americano, todos
devem ser crucificados. Não deveríamos fazer coisas de
acordo com nosso sentimento, mas de acordo com o Espírito.
Não somente deveríamos desfrutar Cristo para nós mesmos,
mas dispensar Cristo a outros. O sabor do nosso homem
natural com nossa cultura é o sabor de homens, o sabor da
carne. Isso tem que ser crucificado pelo Espírito para que
possamos dispensar Cristo para a igreja.
85
podemos tolerar: pessoas que são divisivas, facciosas, idóla-
tras, ou ainda vivem em pecado. Recebemos qualquer um que
não esteja nestas categorias, porque não somos divisivos, mas
não podemos ir às reuniões deles, porque as reuniões deles
são divisivas.
Nós somos um com todos os crentes que estão na resta
-uração do Senhor em toda parte do mundo. Também, não
temos nenhum credo; temos somente a única Bíblia correta-
mente traduzida e interpretada de acordo com a própria Bíblia.
A Palavra de Deus é inspirada. Nós somente devería-mos
interpretar a Bíblia de acordo com a Bíblia. Por exem-plo, os
discípulos de Confúcio têm o conceito de renovação, mas isto é
diferente do ensinamento da Bíblia. A renovação na Bíblia é que
nosso velho homem deve ser crucificado e deve ser consumido
de forma que o novo homem interior possa ser renovado.
Todas as virtudes na vida Cristã deveriam ser por meio
da cruz e pelo Espírito para dispensar Cristo para a igreja.
Muitos falam sobre amor, mas o ensinamento da Bíblia em
relação ao amor é único. O amor deve ser por meio da cruz pelo
Espírito para dispensar Cristo para a igreja. Quando amamos
alguém, temos que checar se nosso eu está ou não crucificado
e se nosso amor é pelo Espírito. Além disso, não amamos as
pessoas para nosso interesse, mas pelo dispensar de Cristo e
para a edificação do Corpo. Esta é a virtude humana do amor
ensinada pela Bíblia, a qual é abso-lutamente diferente do amor
mundano. Este é um exemplo de interpretar a Bíblia de acordo
com a Bíblia.
A. A Unidade do Espírito
86
preservar a unidade do Espírito. Esta é uma palavra forte para
nós. Como pessoas carnais, devemos preservar a unidade do
Espírito. Para isso, certamente devemos ser tratados pela cruz.
Nossa carne, nossa natureza, nosso ego, nosso “eu”, deve ser
crucificado pela cruz de Cristo; e assim devemos seguir o
Espírito. Então poderemos ter a unidade do Espírito pelo
dispensar de Cristo e para a edificação do Seu Corpo. Não
deveríamos quebrar esta unidade, mas preservá-la
diligentemente no vinculo da paz.
B. O Um Só Corpo de Cristo
87
mesclou todos os crentes de diferentes raças e cores. Quem
pode fazer os negros e os brancos perderem suas
peculiaridades? Somente Deus pode fazer isto. Um marido e
uma esposa só podem ter harmonia em sua vida matrimonial
perdendo suas peculiaridades.
Para ser harmonizado, misturado, ajustado, mesclado, e
temperado na vida do Corpo, temos que passar pela cruz e pelo
Espírito, dispensando Cristo aos outros por causa do Corpo de
Cristo. Os cooperadores e presbíteros têm que aprender a
serem crucificados. Tudo que fazemos deveria ser pelo Espírito
para dispensar Cristo. Também, o que fazemos não deveria ser
para nosso interesse e segundo o nosso querer, mas para a
igreja. Contanto que pratiquemos estes pontos, nós teremos a
mescla.
Todos estes pontos significam que devemos ter comu-
nhão. Quando um cooperador fizer qualquer coisa, ele deve ter
comunhão com os outros cooperadores. Um presbítero deve
ter comunhão com os outros presbíteros. A comunhão nos
tempera; a comunhão nos ajusta; a comunhão nos harmoniza;
a comunhão nos entremescla. Deveríamos nos esquecer se
somos lentos ou rápidos e somente ter comunhão com outros.
Não deveríamos fazer nada sem comunhão com os outros
santos que estão coordenando conosco. A comunhão exige
que paremos quando estivermos a ponto de fazer algo. Em
nossa coordenação na vida da igreja, na obra do Senhor, todos
nós devemos aprender a não fazer nada sem comu-nhão.
Entre nós deveria haver o entremesclar de todos os
membros individuais do Corpo de Cristo, o entremesclar de
todas as igrejas em determinados distritos, o entremesclar de
todos os cooperadores, e o entremesclar de todos os presbí-
teros. Entremesclar significa que sempre devemos parar para
ter comunhão com outros. Então receberemos muitos
benefícios. Se nos isolarmos e nos excluirmos, perderemos
muito ganho espiritual. Aprenda a ter comunhão. Aprenda estar
entremesclado. De agora em diante, as igrejas devem reunir-se
freqüentemente para se entremesclarem. Podemos não ser
usados para isto, mas após começarmos a praticar o
entremesclar algumas vezes, adquiriremos o gosto por ele. Isto
88
é a coisa mais gratificante e preserva a unidade do Corpo
universal de Cristo. Hoje é muito fácil para nos entre-
mesclarmos uns com os outros por causa desta era moderna
com suas facilidades modernas.
Quando nos entremesclamos juntos, temos a cruz e o
Espírito. Sem a cruz e o Espírito, tudo o que temos é a carne
com divisão. Não é fácil ser crucificado e fazer todas as coisas
pelo Espírito em nós. É por isso que temos que aprender a nos
entremesclar. O entremesclar exige que sejamos crucifi-cados.
O entremesclar exige que estejamos no Espírito para dispensar
Cristo e fazer tudo por causa do Seu Corpo.
Podemos nos reunir sem muito entremesclar porque
cada um permanece em si mesmo. Eles têm medo de ofender
os outros e cometer erros, assim eles permanecem quietos.
Esta é a maneira do homem segundo a carne. Quando nos
reunimos, deveríamos experimentar o terminar da cruz. Assim
aprenderíamos a seguir o Espírito, como dispensar Cristo, e
como dizer e fazer algo para o benefício do Corpo. Isso mudará
toda a atmosfera da reunião e temperará a atmosfera.
Entremesclar não é uma questão de ficar quieto ou falar, mas
uma questão de ser temperado. Podemos estar em harmonia,
porque fomos temperados. Por fim, todas as distinções terão
ido embora. Entremesclar significa perder as distinções. Todos
nós temos que pagar algum preço para praticar o entremesclar.
Um grupo de presbíteros podem se reunir freqüente-
mente sem estarem entremesclados. Estar entremesclado
significa que você é tocado através de outros e que você está
tocando outros. Mas você deveria tocar outros de uma mane-
ira entremesclada. Passe pela cruz, faça coisas pelo Espírito, e
faça tudo para dispensar Cristo por causa do Seu Corpo. Não
deveríamos vir para uma reunião de entremesclar e ficar
calados. Temos que nos preparar para dizer algo ao Senhor. O
Senhor pode usá-lo, mas você precisa ser tempe-rado e
crucificado, e precisa aprender a seguir o Espírito para
dispensar Cristo por causa do Seu Corpo.
Quando eu tinha apenas vinte e sete anos aproxima-
damente, uma igreja foi levantada em minha cidade natal. Eu
aprendi a fazer tudo por meio da cruz e pelo Espírito para
89
ministrar Cristo para o Seu Corpo. Por eu ser jovem, eu orei a
oração de Salomão: “Senhor, dá-me, pois agora sabedoria e
conhecimento para conduzir o Teu povo” (2Cr 1:10), e o Senhor
me respondeu. Através dos anos, eu aprendi a entre-mesclar
com os santos.
90