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A

ESFERA
DIVINA
E
MÍSTICA

© 1996 Living Stream Ministry


Witness Lee
CONTEÚDO

1. Conhecer Esta Era 
2. Entrar na Esfera Divina e Mística do Ministério Celestial 
de Cristo 
3.   A   Esfera   Divina   e   Mística   do   Espírito   Consumado   e   o 
Cristo Pneumático 
4. “O Próprio Espírito com o Nosso Espírito” A Chave para 
Abrir as Oito Seções da Salvação Orgânica de Deus (1)  
5. “O Próprio Espírito com o Nosso Espírito” A Chave para 
Abrir as Oito Seções da Salvação Orgânica de Deus (2)  
6.   A   Única   Base   das   Igrejas   Locais   de   Deus   e   a   Unidade 
Única do Corpo Universal de Cristo 

Este livro é composto de mensagens dadas pelo Irmão 
Witness Lee em Anaheim, Califórnia na Conferência Inter­
nacional de Cooperadores e Presbíteros Entremesclados de 9­
11 de Abril de 1996.  
  
    

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CAPÍTULO UM

CONHECER ESTA ERA

Leitura Bíblica: Jo 7:39; 1Co 15:45b; 2Co 3:17­18; Êx 30:23­
25; Rm. 8:2, 9­11; Ap. 1:4; 3:1; 4:5; 5:6  

ESBOÇO

Leitura Bíblica: Jo 7:39; 1Co 15:45b; 2Co 3:17­18; Êx 30:23­
25; Rm 8:2, 9­11, Ap 1:4; 3:1; 4:5; 5:6

I.     Nenhuma   das   teologias   atuais,   incluindo   o   Credo   de 


Nicene,   enfatiza   de   modo   adequado   os   cincos   pontos 
críticos que se seguem com respeito ao Espírito de Deus 
no mover da economia eterna de Deus: 
A.     O Espírito que dá vida ainda não era antes da 
glorificação (ressurreição) de Cristo—Jo 7:39
B.       O   ultimo   Adão   (Cristo   em   carne)   tornou­se   o 
Espírito   que   dá   vida   (cumprido   Jo   7:39)—1Co 
15:45b. Por isso, em 2 Coríntios 3:17 diz que “o 
Senhor  é o Espírito”, e os versículos seguintes 
usa “O Senhor Espírito” como um titulo divino 
composto.
C.    O Espírito composto tipificado pelo óleo da unção 
(composto de him de azeite de oliva com quatro 
tipos   de   especiarias   e   sua   eficácia)   em   Êxodo 
30:23­25
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D.    O Espírito da vida, o Espírito de Deus, o Espírito 
de   Cristo,   o   próprio   Cristo,   e   o   Espírito   que 
habita   interiormente   em   Romanos   8:2,   9­11, 
todos   se   referem   ao   Espírito   composto   que   dá 
vida.
A. Os sete Espíritos (o Espírito sete vezes intensi­
ficado, cf. sete vezes a luz do sol—Is 30:26) de 
Deus—Ap 1:4; 3:1; 4:5; 5:6
II.   A   Igreja   Católica,   as   denominações   protestantes,   as 
assembléias dos Irmãos Unidos, as igrejas pentecostais, 
e   todos   os   grupos   livres   se   agarram   em   sua   teologia 
imperfeita   e   não   bíblica,   distante   da   visão   central   de 
Deus  e não atingem  o nível  da  conclusão da  economia 
eterna de Deus por causa de suas falhas, negligência e 
oposição   aos   cinco   pontos   críticos   acima   citados   com 
respeito ao Espírito de Deus. 
III. Deus necessita ter um povo que são homens­Deus para 
serem   Seus   vencedores   a   fim   de   que   Ele   realize   Sua 
economia   eterna   com   respeito   a   igreja   resultando   no 
Corpo de Cristo e consumando na Nova Jerusalém.

Oração: 

Senhor,   nós   O   adoramos   por   esta   reunião.   Nós   Te 


louvamos. Somente Tu podes organizar esta reunião. Senhor, 
para esta reunião nós precisamos de Ti de uma maneira sete 
vezes intensificada. Senhor, venha e abra a Ti mesmo a nós, 
e que possamos também nos abrir a Ti. Rogamos que haja 
uma relação, um caminho, entre Tu e nós. Senhor, liberta­
nos   da   velharia.   Liberta­nos   do   conhecimento   velho   e   das 
coisas tradicionais, coisas que temos guardado durante anos. 
Senhor,   nos   perdoe,   nos   limpe   e   nos   cubra   em   todos   os 
aspectos   com   Seu   sangue   prevalecente   contra   o   inimigo. 
Liberar Sua  palavra   é uma batalha, portanto, Senhor,  nos 

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ocultamos   em   Ti.   Ocultamo­nos   sob   o   sangue   do   Cordeiro. 
Senhor, nos fortaleça e derrame a Ti mesmo em nós de uma 
maneira sete vezes intensificada. Senhor, nos toque e fala a 
nós, fazendo­nos um espírito Contigo. Obrigado. Amém.  

O título desta mensagem é “Conhecer Esta Era.” Esta­
mos   usando   a   palavra   era   aqui   para   referir   não   à   era   do 
mundo   de   uma   maneira   geral,   mas   a   era   do   Cristianismo 
atual de uma maneira particular, especialmente em relação 
à revelação das Escrituras, as verdades divinas, e a teologia 
genuína e adequada.  
O   primeiro   assunto   abordado   nas   Escrituras   é   o 
próprio Deus. A revelação com respeito a Deus envolve Sua 
pessoa, e a Sua pessoa é muito misteriosa. Ele é um, contudo 
três; portanto, Ele é triúno. As compreensões diferentes da 
Trindade   Divina   tem   sido   o   fator   principal,   um   elemento 
oculto, de todos os problemas no Cristianismo atual. O Cris­
tianismo foi dividido pelos diferentes conceitos da Trindade 
Divina.  
A   realização   do   segundo   (Cristo)   e   do   terceiro   (o 
Espírito)   da   Trindade   Divina   é   ainda   mais   perturbador   e 
problemático. Quem é Cristo? Em resposta a esta pergunta, 
diria  a  maioria   dos   cristãos   que Cristo  é  o Filho  de  Deus. 
Porém,   muitos   crentes   não   percebem   que   Cristo   não   é 
meramente o Filho unigênito de Deus (Jo 3:16) mas também 
o Filho primogênito de Deus (Rm 8:29; Cl 1:18; Hb 1:6; Ap 
1:5). Como pode o Filho unigênito se tornar o Filho primo­
gênito? Como Filho unigênito Ele deve ser somente filho e 
não pode ser o primeiro, e como o Filho primogênito Ele é o 
primeiro  Filho   e  assim   não  pode  ser   somente  Filho.   Como 
deveríamos explicar isto?  
Os teólogos declaram que as pessoas da Trindade não 
deveriam ser confusas. Não obstante, precisamos fazer certas 
perguntas.   É   Cristo   somente   o   Filho   e   não   é   também   o 

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Espírito? O Espírito é somente o Espírito? O Espírito tam­
bém não está relacionado a Cristo e envolvido com o Filho? 
Outra pergunta com respeito aos sete Espíritos (Ap 1:4; 3:1; 
4:5; 5:6). De acordo com Apocalipse 5:6 os sete Espíritos são 
os sete olhos do Cordeiro. Os sete Espíritos e o Cordeiro são 
uma ou duas pessoas? Seguramente Eles são dois, contudo os 
sete Espíritos são os sete olhos do Cordeiro. Eles são um ou 
dois? Se dissermos que o Cordeiro e os sete Espíritos como os 
sete   olhos   do   Cordeiro   são   um,   outros,   insistem   que   o 
Espírito   é   o   Espírito   e   o   Filho   é   o   Filho,   nos   acusam   de 
confundir as pessoas da Trindade Divina. Mas em Apocalipse 
5:6   o   terceiro   da   Trindade   Divina   é   os   olhos   do   segundo. 
Como, então, o Espírito pode estar separado do Filho? Seus 
olhos estão separados de você? Enquanto seus olhos estive­
rem   olhando   para   alguém,   você   está   olhando   para   aquela 
pessoa.   Ninguém   diz,   “Somente   meus   olhos   estão   olhando 
para você; eu não estou olhando para você.” Seus olhos são 
você. Se seus olhos olham para algo significa que você está 
olhando.   Estas   são   breves   ilustrações   das   deficiências   da 
teologia no Cristianismo de hoje.  
Pelo   fato   de   as   questões   do   Filho   e   do   Espírito   na 
Trindade Divina serem tão difíceis e complicadas, temos sido 
compelidos  a  dar a  Cristo um  titulo particular  — o Cristo 
todo­inclusivo. Cristo é todo­inclusivo porque Ele é tudo. Ele 
é Deus, Ele é o Pai (Is 9:6), Ele é o Filho, e Ele é o Espírito. 
De   acordo   com   a   revelação   no   Novo   Testamento,   o   Pai   é 
encarnado   no   Filho   (Cl   2:9),   e   o   Filho   é   concebido   pelo 
Espírito (Jo 14:17, 20). Assim, o Filho  é a incorporação do 
Pai, e o Espírito é a realização do Filho. Esta com certeza é 
uma linguagem divina e celestial.  
João   1:1   diz,   “No   princípio   era   o   Verbo,   e   o   Verbo 
estava com Deus, e o Verbo era Deus.” Desde que o Verbo era 
Deus,   que   necessidade   havia   de   Ele   estar   com   Deus? 

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Ninguém   pode   explicar   isto   adequadamente,   porque   não 
temos a linguagem para expressar este tipo de “cultura.”

I. NENHUMA DAS TEOLOGIAS DE HOJE, 
INCLUSIVE O CREDO DE NICENE, ENFATIZA 
ADEQUADAMENTE OS SEGUINTES CINCO 
PONTOS CRÍTICOS COM RESPEITOS AO 
ESPÍRITO DE DEUS NO MOVER DA ECONOMIA 
ETERNA DE DEUS

A. Antes da Glorificação (Ressurreição) de Cristo
Ainda não Havia o Espírito Que Dá Vida

Antes   da   Glorificação  (Ressurreição)   de  Cristo   ainda 


não havia o Espírito que dá vida (Jo 7:39b). João 7:37­39 diz, 
“Ora, no último dia, o grande  dia  da festa, Jesus pôs­se em 
pé clamou: Se alguém tem sede, venha a Mim e beba. Quem 
crer em Mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão 
rios   de   água   viva.   Isso,   porém,   Ele   disse   com   respeito   ao 
Espírito   que  haviam   de   receber   os   que  Nele   cressem;  pois 
ainda   não   havia   o   Espírito,   porque   Jesus   não   havia   sido 
ainda  glorificado.”  O  fundo histórico  da  palavra  do  Senhor 
estava   relacionado   a   Festa   dos   Tabernáculos,   a   última   e 
maior das festas anuais dos Judeus. A Festa dos Taberná­
culos era uma festa muito agradável. Ela foi estabelecida na 
ocasião quando os filhos de Israel vinham juntos para desfru­
tar o que eles tinham colhido. Eles se alegravam juntos por 
um período de sete dias. O último dia era o grande dia da 
festa. Naquele dia, para a surpresa daqueles que participa­
vam da festa, o Senhor Jesus se levantou e clamou, dizendo, 
“Se alguém tem sede, venha a Mim e beba.” Esta palavra é 
rica em significado, pois ela indica que aqueles que estavam 
participando da Festa dos Tabernáculos ainda estavam se­
dentos, não tendo nada que saciasse sua sede.  

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Tanto no passado quanto no presente, muitos grandes 
homens, após tornarem­se bem­sucedidos em suas carreiras 
ou   empreendimento   ou   se   tornarem   renomados,   sentiram 
que suas vidas ainda era vaidade. Como o Rei Salomão eles 
poderiam   dizer,   “Vaidade   das   vaidades;   tudo   é   vaidade.… 
Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis 
que tudo é vaidade e correr atrás do vento” (Ec 1:2, 14). Ter 
este   sentimento   é   estar   sedento   e   insatisfeito.   Percebendo 
que as pessoas não tinham sido satisfeitas e a sede delas não 
tinha sido saciada, o Senhor Jesus se levantou e clamou no 
grande dia da festa, “Se alguém tem sede, venha a Mim e 
beba.” Isso é que é uma grande palavra! Somente o Senhor 
Jesus   estava  qualificado  para   dizer   essa   palavra.   Somente 
Ele, um  pequeno  homem  de mais de trinta anos de idade, 
poderia dizer, “Quem crer em Mim... do seu interior fluirão 
rios de água viva.” 
No versículo  39  o apóstolo  João,  o escritor do Evan­
gelho de João, deu a explicação, dizendo, “Isso, porém, disse 
Ele com respeito ao Espírito que haviam de receber os que 
Nele cressem”. Aqui João não fala do Espírito de Deus, nem 
do Espírito de Jeová, nem do Espírito Santo, mas simples­
mente   do   Espírito,   dizendo­nos   que   “não   havia   o   Espírito, 
porque Jesus não tinha sido glorificado.” Sua palavra indica 
uma   expectativa   —   a   expectativa   de   que,   embora   “não 
houvesse” o Espírito, o momento estava chegando quando o 
Espírito estaria lá. Este momento era o momento da glorifi­
cação de Jesus, isto é, o momento da ressurreição de Jesus 
(Lc   24:26).   O   Senhor   Jesus   era   o   próprio   Deus   cheio   de 
glória. Porém, Ele se tornou carne, e Sua glória divina estava 
oculta   dentro   da   casca   de   Sua   carne,   a   casca   de   Sua 
humanidade. Quando Ele morreu esta casca foi quebrada, e 
quando   Ele   ressuscitou,   a   glória   que   estava   oculta   dentro 
Dele foi liberada. Disto vemos que Sua ressurreição foi Sua 
glorificação.   Portanto,   a   expectativa   em   João   7:39   era   que 

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quando o Senhor Jesus fosse glorificado pela ressurreição, o 
Espírito que “não era” se tornaria o Espírito que agora é.  

B. O Último Adão (o Cristo na Carne) Se Tornando 
o Espírito Que dá Vida

O   segundo   ponto   crítico   com   relação   ao   Espírito   de 


Deus não enfatizado adequadamente nas teologias de hoje é 
que, como revelado em 1 Coríntios 15:45b, em ressurreição o 
último Adão (o Cristo na carne) se tornou o Espírito que dá 
vida (cumprindo João 7:39). Conseqüentemente, 2 Coríntios 
3:17 diz que “o Senhor é o Espírito”, e o versículo seguinte 
usa “o Senhor Espírito” como um título divino composto. A 
palavra em 1 Coríntios 15:45b sobre o último Adão se tornan­
do o Espírito que dá vida é um forte cumprimento da profecia 
em João 7:39 com relação ao Espírito que não havia porque 
Cristo   ainda   não   tinha   sido   glorificado,   ressuscitado.   Na 
ressurreição, Cristo se tornou o Espírito que dá vida. 
Muitos pastores, missionários, teólogos, e mestres se 
opõem   a   nós   por   ensinar   que,   de   acordo   com   1   Coríntios 
15:45,   Cristo   como   o   último   Adão   na   carne   se   tornou   o 
Espírito que dá vida em ressurreição. Até mesmo dois coope­
radores se opuseram a nós nesta questão. Um destes coope­
radores que eventualmente se tornou um oponente disse que 
ele   não   acreditava   que   Cristo   o   Filho   pôde   tornar­se   o 
Espírito que dá vida. Em uma ocasião esta pessoa me disse 
que cria que o Pai, o Filho, e o Espírito eram três Deuses. 
Quando o ouvi dizer isto, eu lhe disse que estava ensinando a 
heresia do triteísmo. Eu mostrei­lhe a questão na Bíblia que 
diz que Deus é unicamente um. O outro cooperador estava 
preocupado   por   causa   de   três   hinos   que   eu   tinha   escrito 
sobre Cristo como o Espírito (Hinos, #493, 539, e 745). Ele 
admitiu que a Bíblia diz que Cristo se tornou o Espírito que 
dá  vida,  entretanto ele me advertiu  que se nós  pregarmos 

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isto, o Cristianismo nos rejeitará. Eu disse, “Irmão, eu vim 
para este país com o encargo de ensinar isto. Considerando 
que você concorda que está de acordo com a Bíblia dizer que 
Cristo se tornou o Espírito que dá vida, por favor, dê­me a 
liberdade de ensinar esta verdade.” 
O Novo Testamento fala dos dois tornou­se de Cristo. 
João 1:14 diz que, como a Palavra, Deus tornou­se carne, e 1 
Coríntios 15:45 diz que Cristo, como o último Adão na carne, 
tornou­se   o   Espírito   que   dá   vida.   Devemos   crer   e   ensinar 
tanto que Deus tornou­se carne e que o último Adão tornou­
se o Espírito que dá vida.   

C. O Espírito Composto Tipificado 
Pelo Óleo da Unção

Terceiro, nenhuma das teologias atuais enfatizam ade­
quadamente o ponto crítico com relação ao Espírito composto 
tipificado   pelo  óleo  da   unção   (um   composto   de   um   him   de 
azeite de oliva com quatro tipos de especiarias e a eficácia 
delas)   em   Êxodo   30:23­25.   O   Espírito   que   dá   vida   não   é 
simples, mas é um Espírito que foi composto. O último Adão 
era um homem, e o Espírito que dá vida é divino. Assim, este 
Espírito   deve   ser   um   Espírito   com   duas   naturezas   —   a 
natureza humana e a natureza divina. Estas duas naturezas 
não somente foram mescladas, mas foram compostas, como 
indicado   pelo   tipo   em   Êxodo   30:23­25   o   qual   registra   as 
instruções de Deus para compor o óleo da unção.
Este ungüento não era um elemento simples, mas uma 
composição.   Um   elemento   simples   não   pode   ser   um   un­
güento. O óleo da unção em Êxodo 30 era um composto de 
um item principal — um him de óleo de oliva composto com 
quatro   tipos   de   especiarias:   mirra,   cinamomo,   cálamo   e 
cássia. Em tipologia, o óleo tipifica o Espírito de Deus. Mirra 
fluida   tipifica   a   morte   de   Cristo,   e   o   cinamomo   tipifica   a 

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doçura   e   a   eficácia   de   Sua   morte.   Cálamo,   um   junco   que 
cresce em um pântano ou lugar barrento, cresce em direção 
ao céu, tipifica ressurreição. Cássia tipifica o poder repelente 
e a eficácia da ressurreição de Cristo. Cássia é um tipo casca 
de árvore que era usada como repelente para repelir cobras e 
insetos.   Assim,   cássia   significa   o   poder,   especialmente   o 
poder de repelir, da ressurreição de Cristo. Sua ressurreição 
tem   poder   para   repelir   Satanás,   a   serpente.   Estas   quatro 
especiarias foram compostas com um him de azeite de oliva 
para se tornar um ungüento de cinco elementos.  
Com este ungüento composto nós temos o número um 
(um   him   de   azeite   de   oliva)   tipificando   o   único   Deus   e   o 
número   quatro   (quatro   especiarias)   tipificando   o   homem 
como a criatura de Deus. Nós também temos o número três, 
visto no fato de que a quantidade das especiarias envolvia 
três   unidades,   cada   uma   de   quinhentos   siclos:   mirra   – 
quinhentos   siclos;   cássia   –   duzentos   e   cinqüenta   siclos; 
cálamo – duzentos e cinqüenta siclos; e cássia – quinhentos 
siclos. Conseqüentemente, a quantidade das especiarias con­
sistia em três unidades de quinhentos siclos, ou três unida­
des   de   quinhentos   siclos.   O   número   três   tipifica   o   Deus 
Triúno.   Aqui   devemos   notar   que   a   segunda   unidade   de 
quinhentos   siclos   foi   dividida   em   duas   partes   (tipificando 
Cristo, o centro da Trindade Divina que foi ferido na cruz), 
cada uma de duzentos cinqüenta siclos. Na Bíblia dois é o 
número   do   testemunho.   Além   disso,   com   este   ungüento 
composto nós temos o número cinco, formado pela adição de 
um him de azeite de oliva e as quatro especiarias. O número 
cinco também é visto nos quinhentos siclos. Na Bíblia cinco 
tipifica   responsabilidade.   Por   exemplo,   os   Dez   Mandamen­
tos foram escritos em duas tábuas, com cinco mandamentos 
em cada uma. Em Mateus 25 as dez virgens são divididas em 
dois grupos que consistem em cinco sábias e cinco néscias. De 
todo o antecedente nós vemos que os números um, dois, três, 

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quatro e cinco são todos usados no tipo do óleo composto em 
Êxodo 30.  
Este   tipo  no   Antigo   Testamento  que   de  fato   era   um 
tipo de profecia tem que ter um cumprimento de Novo Testa­
mento. O tipo do óleo da unção foi completamente cumprido 
no Espírito que dá vida que foi produzido na ressurreição de 
Cristo. O Espírito que dá vida, que o último Adão se tornou, 
contém a divindade de Cristo, Sua humanidade, a doçura e a 
eficácia  de  Sua   morte,  o poder  e a  eficácia  de Sua  ressur­
reição. O Espírito que dá vida é, portanto, o Espírito com­
posto tipificado pelo óleo da unção no Antigo Testamento. 
 
D. O Espírito da Vida, o Espírito de Deus, o Espírito de 
Cristo, o Próprio Cristo, e o Espírito que Habita 
Interiormente, Todos Se referem ao 
Espírito Composto Que Dá Vida

Cristo é Cristo, e Ele também é o Espírito, porque Ele 
foi pneumatizado e tornou­se o Cristo pneumático. Com rela­
ção ao Cristo pneumático, precisamos ver que o Espírito da 
vida,   o   Espírito   de   Deus,   o   Espírito   de   Cristo,   o   próprio 
Cristo,  e o  Espírito  que habita   interiormente  em   Romanos 
8:2, 9­11 todos se referem ao Espírito composto que dá vida. 
No versículo 2 temos o Espírito da vida, e nos versículos de 9 
a   11,   o   Espírito   de   Deus,   o   Espírito   de   Cristo,   o   próprio 
Cristo, e o Espírito que habita interiormente. Eles são cinco 
ou são um? O Espírito que dá vida é chamado de o Espírito 
da vida, o Espírito da vida é o Espírito de Deus, o Espírito de 
Deus é o Espírito de Cristo, o Espírito de Cristo é o próprio 
Cristo. Além disso, este Espírito que é da vida, de Deus, de 
Cristo, e o próprio Cristo que habita em nós como o Espírito 
que habita interiormente dispensa vida a nós todo o tempo. 
Este é o Cristo pneumático.  

12
Segunda Coríntios 3:17 diz, “O Senhor é o Espírito”, e 
o versículo 18 diz que somos transformados “como o Senhor 
Espírito.” Como o título Deus Pai, o título Senhor Espírito é 
um título divino composto. Ele é o Senhor, e Ele também é o 
Espírito. Hoje nosso Cristo  é o Cristo pneumático, o Cristo 
pneumatizado, o Cristo que é tanto o Senhor quanto o Espí­
rito. 
Com   o   Espírito   em   Si,   não   havia   humanidade.   Do 
mesmo modo, no Espírito não estava incluído os elementos 
da morte de Cristo, a eficácia de Sua morte, de Sua ressur­
reição, e o poder de Sua ressurreição. Porém, o elemento da 
humanidade   de   Cristo   e   os   elementos   de   Sua   morte,   a 
eficácia   de   Sua   morte,   da   ressurreição   e   o   poder   de   Sua 
ressurreição   foram   todos   adicionados   e   compostos   com   o 
Espírito de Deus para produzir o Espírito composto. Hoje o 
Cristo pneumático é este Espírito consumado que dá vida.  

E. Os Sete Espíritos de Deus

O   quinto   ponto   crítico   que   as   teologias   atuais   não 


enfatizam adequadamente com relação ao Espírito de Deus 
no mover da economia eterna de Deus é os sete Espíritos (o 
Espírito sete vezes intensificado, cf. sete vezes maior que a 
luz solar — Is 30:26) de Deus (Ap 1:4; 3:1; 4:5; 5:6).  
Como o último Adão na carne, Cristo poderia ser nosso 
Redentor, mas Ele não poderia entrar em nós para ser nossa 
vida.   Mas   depois   que   Ele   tornou­se   o   Espírito,   Ele   pôde 
entrar   em   nós   como   o   Espírito   da   vida   para   nos   salvar 
organicamente, levando a cabo a Sua salvação orgânica para 
dentro de nós como o Espírito que dá vida. Especificamente, 
Ele é o Espírito que dá vida para produzir a igreja. Porém, 
não   muito   tempo   depois   que   a   igreja   foi   produzida,   ela 
degradou­se.   Apocalipse,   o   último   livro   da   Bíblia,   fala   da 
degradação da igreja. Por causa desta degradação, o Espírito 

13
que dá vida que é Cristo e o Espírito foi intensificado sete 
vezes.  
Isaias 30:26, uma profecia relacionada ao milênio, diz, 
“A luz da lua será como a luz do sol, e a luz do sol será sete 
vezes maior.” Considerando que em Isaias temos a luz solar 
sete vezes maior, em Apocalipse temos o Espírito sete vezes 
intensificado. Para produzir a igreja o Espírito que dá vida é 
suficientemente forte, mas sob a degradação da igreja este 
Espírito   forte   foi   intensificado   sete   vezes.   Assim,   Cristo 
tornou­se não somente o Espírito que dá vida, mas também o 
Espírito sete vezes intensificado. Os sete Espíritos que são os 
sete olhos do Cordeiro (Ap 5:6) indica que os sete Espíritos e 
Cristo são uma só pessoa.  

II. SENDO IMPEDIDOS PELA TEOLOGIA 
IMPERFEITA E NÃO BÍBLICA DA VISÃO CENTRAL 
DE DEUS E NÃO ATINGINDO A CONCLUSÃO DA 
ECONOMIA                 ETERNA DE DEUS

A   Igreja   Católica,   as   denominações   Protestantes,   os 


Irmãos   Unidos,   as   igrejas   Pentecostais,   e   todos   os   grupos 
livres   são   impedidos   pela   teologia   imperfeita   e   não   bíblica 
deles da visão central de Deus e não atingem a conclusão da 
economia eterna de Deus por causa dos seus desvios, negli­
gência   e   oposição   aos   cinco   pontos   críticos   anteriores   com 
relação ao Espírito de Deus.  
Todos   nós   precisamos   ter   uma   visão   clara   da   visão 
central   de   Deus.  A   revelação  central   de   Deus   é   Deus 
tornando­se   carne,   a   carne   tornando­se   o   Espírito   que   dá 
vida,   e   o   Espírito   que   dá   vida   tornando­se   sete   vezes 
intensificado para edificar a igreja para resultar no Corpo de 
Cristo para consumar a Nova Jerusalém. Precisamos ver que 
o   Deus   Triúno   tornou­se   carne,   que   a   carne   tornou­se   o 
Espírito que dá vida, e que o Espírito que dá vida tornou­se o 

14
Espírito   sete   vezes   intensificado.   Este   Espírito   é   para 
edificar a igreja que se torna o Corpo de Cristo consumando a 
Nova   Jerusalém   como   a   meta   final   da   economia   de   Deus. 
Esta revelação central foi completamente negligenciada nas 
teologias atuais. A Igreja Católica, as denominações Protes­
tantes, os Irmãos Unidos, as igrejas Pentecostais, e todos os 
grupos   livres  são  impedidos   pela  teologia   imperfeita  e  não 
bíblica   deles   da   visão   central   de   Deus   e   não   atingem   a 
conclusão  da  economia  eterna  de  Deus  por  causa   dos   seus 
desvios, negligência e oposição aos cinco pontos críticos ante­
riores com relação ao Espírito de Deus que salientamos nesta 
mensagem.   A   restauração   do   Senhor   hoje   é   a   restauração 
destes   pontos   críticos   com   relação   ao   Espírito   de   Deus   no 
mover da economia eterna de Deus.  
Estou bastante preocupado com todos os cooperadores 
e  presbíteros.  Pode ser  que muitos  deles  não tenham   uma 
percepção plena do que  é a restauração do Senhor. Se nos 
pedirem para explicar o que é a restauração hoje, devemos 
responder   com   uma   simples   sentença:  A   restauração   do 
Senhor   é   Deus   tornando­se   carne,   a   carne   tornando­se   o 
Espírito que dá vida, e o Espírito que dá vida tornando­se o 
Espírito sete vezes intensificado para edificar a igreja que se 
torna o Corpo de Cristo e isso consuma a Nova Jerusalém. 
Com relação a presente restauração do Senhor, espero que 
nenhum de vocês sejam impedidos por causa da velha teolo­
gia ou da velha percepção que vocês tem da restauração.  

III. DEUS TEM UM GRUPO DE PESSOAS 
QUE SÃO OS HOMENS­DEUS PARA 
SER SEUS VENCEDORES

Deus deve ter um povo que são os homens­Deus para 
ser Seus vencedores para Ele cumprir Sua economia eterna 

15
com relação à igreja resultando no Corpo de Cristo e consu­
mando a Nova Jerusalém.   
  
  

CAPÍTULO DOIS

ENTRAR NA ESFERA DIVINA E MÍSTICA 
DO MINISTÉRIO CELESTIAL DE CRISTO

ESBOÇO

Entrar na esfera mística do ministério celestial de Cristo

ESBOÇO

I.  Passando por meio da esfera física do ministério terreno 
de Cristo:
 
A.             Na   esfera   física   do   Seu   ministério   terreno, 
Cristo é o Cristo em carne:
1.   Por trinta e três anos e meio, a partir de Sua 
encarnação para tornar­se a carne para Sua 
morte toda­inclusiva.
2.   Em Sua carne (Cl 1:22) Cristo executou Seu 
ministério   terreno   ao   cumprir   a   redenção 
judicial   de   Deus,   resultando   objetivamente 
em Deus: 

16
a.  Perdão dos pecados dos crentes—Ef 1:7.
b.  Lavando os pecados dos crentes—Hb 1:3
c.  Justificando os crentes—Rm 3:24
d.   Reconciliando   os   crentes   como   Seus   ini­
migos a Si mesmo—Rm 5:10a
e.   Santificando   os   crentes   na   posição   deles 
para Si mesmo como Seu povo santo—Hb 
13:12; 10:29

3.   Como um procedimento da salvação completa 
de   Deus   para   os   crentes   participarem   da 
salvação orgânica de Deus como o propósito 
da salvação completa de Deus.
B.   Aquele que experimentou a redenção judicial de 
Deus pode ser considerando salvo apenas por ser 
redemido, mas ele ainda necessita ser mais salvo 
pela salvação orgânica de Deus no cumprimento 
da economia de Deus.
II.  Entrar na esfera mística do ministério celestial de 
Cristo:
A.       Na   esfera   mística   de   Seu   ministério   celestial, 
Cristo é o Cristo como o Espírito que dá vida:
1.   A partir de Sua ressurreição na qual Ele se 
tornou   o   Espírito   que   dá   vida   através   da 
eternidade.
2.   Como o Espírito que dá vida (Rm 8:9­10; 2Co 
3:17­18), Cristo está executando Seu minis­
tério   celestial   ao   cumprir   subjetivamente  a 
salvação orgânica em oito passos:
a. Regeneração—para gerar os crentes redi­
midos com Sua vida divina para que eles 
possam   ser   nascidos   de   Deus   para   ser 
Seus   filhos   de   Sua   espécie—Jo   1:12­13; 
3:6b.

17
b. Alimentando—para alimentar os bebês re­
cém­nascidos   pela   regeneração   em   Seu 
apascentamento   do   Seu   rebanho   ao 
nutrir  e  cuidar (Ef 5:29) para  que  Suas 
ovelhas   possam   crescer   na   vida   divina 
para   maturidade—Jo   10:10­11,   14­16; 
21:15­17; Hb 13:20; 1Pe 5:4; 2:25 
c.   Santificação  disposicional—para   santificar 
os   crentes   que   estão   crescendo   na   vida 
divina em sua disposição com a natureza 
santa de Deus—Rm 15:16; 6:19, 22; 1Ts 
5:23
d.   Renovação—ter a mente mudada em sua 
religião,   lógica,   e   filosofia   com   respeitos 
ao universo, humanidade, Deus, etc, pelo 
Espírito   da   verdade   com   a   visão   das 
Escrituras, e até mesmo para ter a mente 
de   Cristo   substituindo   suas   mentes   por 
meio   da   obra   consumadora   da   cruz—Tt 
3:5;   Rm   12:2b;   Ef   4:23;   Rm   8:6;   Fl   2:5; 
2Co 4:16
e.   Transformação—ser   transformado   não 
apenas   em   natureza   interiormente,   mas 
muito   mais   na   forma   exterior   para 
expressão.   Não   é   uma   correção   nem 
meramente uma mudança exterior; é um 
metabolismo   interior   por   ter   mais   do 
elemento   da   vida   divina   adicionada   aos 
crentes   para   expressão   exterior—Rm 
12:2b; 2Co 3:18
f.     Edificação—o crescimento dos crentes na 
vida   divina   e   sua   união   com   outros 
crentes   na   vida   divina   (Ef   4:15­16). 
Renovação   resulta   em   transformação,   e 

18
transformação resulta em edificação. Isso 
é plenamente provado pela muralha com 
sua   fundação   na   Nova   Jerusalém.   A 
muralha da Nova Jerusalém é de jaspe, 
expressando   a   aparência   de   Deus   (Ap 
4:3). Enquanto as pedras de jaspe estão 
sendo   transformadas,   elas   são   unidas 
(juntas) e edificadas em uma muralha.
g.   Conformação—para ser conformado a ple­
na imagem do Filho primogênito de Deus, 
que   é   o   primeiro   homem­Deus,   como   o 
proto­tipo para reprodução em massa. Ele 
é   o   Deus   mesclado   com   o   homem   e   o 
homem mesclado com Deus para viver a 
vida do homem­Deus que expressa todos 
os   atributos   de   Deus   como   as   virtudes 
humanas para expressão da glória divina 
na   humanidade,   da   qual   a   última 
consumação e maturidade da vida divina 
é   a   Nova   Jerusalém—Rm   8:29;   1:4;   Ef 
4:14; Ap 21
h.     Glorificação—ser   saturado   com   a   glória 
divina   interiormente   na   maturidade   da 
vida divina e ser glorificado do exterior por 
e com a gloria divina como a finalização da 
redenção  judicial   de Deus   dos  corpos   dos 
crentes e a parte mais importante da fili­
ação divina na salvação orgânica de Deus
—Rm 8:30; Hb 2:10; Fl 3:21; Ef 4:30; Rm 
8:23
         A.   Devemos   ser   lembrados   todo   o   tempo   que 
Cristo cumpriu a salvação orgânica de Deus não por Si 
mesmo   como   o   Cristo   na   carne,   mas   por   Si   mesmo 
como o Espírito. 

19
   B. Também devemos lembrar que todos os itens da 
salvação orgânica de Deus não são levados a cabo 
pelo ministério terrenal de Cristo judicialmente e 
objetivamente,   mas   por   Seu   ministério   celestial 
organicamente e subjetivamente.

C. Precisamos também ser lembrados que todos os 
itens da salvação orgânica de Deus não são execu­
tados   pelo   ministério   terreno   de   Cristo   judicial­
mente e  objetivamente,  mas  pelo Seu  ministério 
celestial organicamente e subjetivamente. 

Oração: 

Senhor, nós O adoramos por que Tu nos estabeleceste como 
um povo particular, como propriedade exclusiva Sua. Nós Te 
agradecemos, Senhor, por ter­nos escolhido e até mesmo nos 
designado com uma comissão de levar a cabo Sua economia 
eterna. Oh, isso é que é uma carreira! Por nós mesmos não 
somos   absolutamente   qualificados,   mas   Tu   nos   comissio­
naste.   O   que   diremos   nós?   Nós   apenas   olhamos   para   Ti. 
Senhor,  abra  Seu  coração novamente  a  nós  e revele  o que 
está oculto nas profundezas de Seu bom prazer. Senhor, nós 
gostamos   de   estar   abertos   a   Ti.   Nós   não   queremos   ter 
qualquer coisa nos impedindo. Senhor, nós Ti pedimos que 

20
tire   todos   os   véus,   toda   a   lógica,   teologias,   filosofias,   e 
ensinamentos   tradicionais.   Senhor,   remova   camada   após 
camada   dos   véus   em   nós.   Senhor,   nós   desejamos   ser 
libertados,   ser   livrados   de   todas   estas   algemas.   Nós   não 
queremos ser impedidos ou sermos limitados de levar a cabo 
Sua economia. Obrigado, Senhor, por nos tratar como Seus 
seguidores amorosos. Nós cremos que Tu estás aqui, sentado 
conosco,   querendo   ter   uma   comunhão   íntima,   falar   face   a 
face   sobre   Seu   objetivo,   segundo   a   Sua   economia   eterna. 
Senhor, fale conosco. Nós rogamos para que possamos ouvir 
Sua voz e possamos ver Sua visão. Amém, Senhor.  

O título desta mensagem é “Entrar na Esfera Mística 
do Ministério Celestial de Cristo.” Aqui a palavra esfera é de 
grande   significado.   Em   vez   de   reino   nós   podemos   usar   a 
palavra esfera e assim podemos  falar da  esfera  mística  do 
ministério   celestial   de   Cristo.   Se   quisermos   entrar   para 
dentro da esfera do ministério celestial de Cristo, uma esfera 
que   é   totalmente   mística,   precisamos   conhecer   o   Cristo 
místico.  
Em   Sua   pessoa   Cristo   é   místico.   Com   respeito   à 
encarnação   de   Cristo,   há   dois   tipos   de   registros   no   Novo 
Testamento — um registro físico e um registro místico. Nos 
Evangelhos sinópticos, os Evangelhos de Mateus, Marcos e 
Lucas, o registro da encarnação do Senhor é completamente 
físico. Nós temos dito que Ele nasceu de uma virgem, que Ele 
foi posto em uma manjedoura, que pastores vieram adorá­Lo, 
que Ele foi levado de Israel para o Egito, e que Ele cresceu 
em   Nazaré.   Tudo   isso   é   um   registro   físico.   O   registro   no 
Evangelho de João é absolutamente diferente. Por exemplo, o 
capítulo   um   não   é   um   registro   físico,   mas   um   registro 
místico.   Os   versículos   1   e   14   dizem,   “No   princípio   era   o 
Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.… E o 
Verbo tornou­se carne e armou tabernáculo entre nós… cheio 

21
de   graça   e   da   realidade.”   Esta   maneira   de   falar   sobre   a 
encarnação é mística e misteriosa. “Porque todos nós temos 
recebido da Sua plenitude, e graça sobre graça” (v. 16). Isto 
também é místico. O relato de João da encarnação de Cristo 
é totalmente místico.  
De fato, todo o Evangelho de João é místico. “Todas as 
coisas foram feitas por intermédio Dele [a Palavra].… Nele 
estava vida, e a vida era a luz dos homens” (1:3, 4). Isto  é 
místico. Eis “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” 
e  sobre  Ele o  Espírito  desceu  “do céu  como uma  pomba,  e 
permaneceu sobre Ele” (vv. 29, 32). Isto, também, é místico. 
Aqueles que criam Nele se tornavam pedras (v. 42). Falando 
de Si mesmo como a escada celestial, Cristo disse, “Vereis o 
céu  aberto e os  anjos   de Deus   subindo  e descendo  sobre o 
Filho   do   Homem”   (v.   51).   Seguramente,   todas   estas   coisas 
são   místicas.   Cristo   sendo   o   templo   como   a   casa   de   Deus 
(2:16­21) é místico, e regeneração também é mística. “O que é 
nascido do Espírito é espírito” (3:6b). O resultado da regene­
ração é produzir uma noiva que é o aumento do Noivo (vv. 
29­30). Uma vez mais, esta é uma questão mística. “E como 
Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o 
Filho do Homem seja levantado” (v. 14). Cristo sendo levan­
tado   na   cruz   como   uma   serpente   de   bronze   é   certamente 
místico. Em 4:10  e  14  Cristo nos  fala  que  se bebermos  da 
água   viva   que   somente   Ele   pode   nos   dar,   esta   água   se 
tornará   em   nós   “uma   fonte  de   água   que   jorrará   pela   vida 
eterna.”   Então   Ele   continua   a   dizer,   “Deus   é   Espírito,   e 
importa   que   os   que   O   adoram   O   adorem   em   espírito   e 
veracidade” (v. 24). Tudo isto é místico.  
Todos   os   santos   na   restauração   do   Senhor,   especial­
mente   os   cooperadores   e   os   presbíteros,   precisam   ter   uma 
visão clara com relação à esfera física e a esfera mística. Os 
cooperadores e os presbíteros que tomam a frente na restau­
ração   do   Senhor   têm   que   perceber   que   a   restauração   do 

22
Senhor   é  descansar nos  ombros  dela. O  que a  restauração 
será   dependerá   do   que   eles   serão.   Eu   tenho   um   pesado 
encargo sobre isto. Considerando que este é meu encargo, eu 
não   posso   lhes   dar   ensinamentos   comuns.   Ao   invés   disso, 
terei   que   apresentar   algo   especial.   Você   precisa   conhecer 
esta era e perceber que é uma era de ignorância, um tempo 
em que os cristãos estão sendo cegados e aprisionados pela 
teologia tradicional. Portanto, eu tenho o encargo de dizer a 
vocês que precisam entrar numa esfera que é muito superior 
a esfera que você está agora. Esta esfera mais elevada  é a 
esfera mística do ministério celestial de Cristo.   

I. ATRAVESSANDO A ESFERA FÍSICA DO 
MINISTÉRIO TERRENO DE CRISTO

Primeiramente,   devemos   passar   através   da   esfera 


mística do ministério terreno de Cristo. Seguramente, o que 
é   físico   é   também   terreno.   Nós   não   devemos   nos   demorar 
nesta   esfera,   mas   atravessá­la   rapidamente,   como   aqueles 
que estão pegando um trem expresso.  

A. Na Esfera Física do Seu Ministério Terreno, 
Cristo É o Cristo na Carne

Você alguma vez ouviu que quando Cristo estava na 
terra, Ele era o Cristo na carne? Na Bíblia a carne é uma 
palavra muito negativa. De acordo com Gênesis 6:3, quando 
o homem caiu a tal ponto pelo fato de ter­se tornado carne, 
Deus   decidiu   destruir   o   homem   da   face   da   terra.   Não 
obstante,   João   1:14   não   diz   que   a   Palavra   se   tornou   um 
homem nem que a Palavra se tornou uma pessoa, mas que a 
Palavra se tornou carne. Porque carne é algo condenado por 
Deus, muitos cristãos não têm ousadia de ensinar que Cristo 
era   carne.   Alguns   podem   dizer   que   Deus   se   tornou   um 

23
homem,   mas   a   Bíblia   diz   que   Deus   se   tornou   carne.   Em 
Romanos   8:3   Paulo   nos   diz   que   o   Filho   de   Deus   veio   “na 
semelhança da carne de pecado.” Cristo teve a semelhança 
da   carne   de   pecado,   mas   não   a   natureza   do   pecado,   da 
mesma maneira que a serpente de bronze tinha a forma de 
uma   serpente,   mas   não   a   natureza   venenosa   de   uma   ser­
pente (Jo 3:14; Nm 21:4­9). O Novo Testamento revela clara­
mente que Cristo era carne, contudo sem pecado; Ele nunca 
pecou (Hb 2:14; 4:15). Nós temos dito até mesmo que Deus 
fez Cristo pecar por nós: “Ele não conheceu pecado, Deus O 
fez pecado por nós” (2Co 5:21). Esta é a genuína, clara e pura 
visão da Palavra de Deus.  

1. Da Sua Encarnação para Se tornar a Carne 
para a Sua Morte Todo­inclusíva

Cristo   viveu   na   carne   durante   trinta   e   três   anos   e 


meio, da Sua encarnação para se tornar a carne para a Sua 
morte todo­inclusíva.  

2. Em Sua Carne Cristo Levou a Cabo Seu Ministério 
Terreno Realizando a Redenção Judicial de Deus

Em Sua carne (Cl 1:22) Cristo levou a cabo Seu minis­
tério   terreno   realizando   a   redenção   judicial   de   Deus.   Esta 
redenção   resultou   objetivamente   no   perdão   de   Deus   dos 
pecados dos crentes (Ef 1:7), lavando seus pecados (Hb 1:3), 
justificando­os (Rm 3:24), reconciliando­os como Seus inimi­
gos para Si mesmo (Rm 5:10a), e santificando­os na posição 
deles para Si mesmo como Seu povo santo (Hb 13:12; 10:29). 
Todas estas  questões são muito boas, mas  elas são físicas, 
terrenas, judiciais e objetivas.  

24
3. Como um Procedimento da 
Salvação Plena de Deus

O que Cristo levou a cabo em Seu ministério terreno 
foi   um   procedimento   da   salvação   plena   de   Deus   para   os 
crentes   participarem   na   salvação   orgânica   de   Deus   com   o 
objetivo da salvação plena de Deus. Este procedimento pode 
ser   comparado   a   uma   escada   rolante   que   nos   leva   de   um 
nível  para outro. Uma escada rolante  é útil, mas a pessoa 
não deve ficar por muito tempo nela. Porém, a maioria dos 
cristãos hoje estão demorando na “escada rolante” do proce­
dimento   da   salvação   plena   de   Deus.   Alguns   nem   mesmo 
estão na escada rolante, mas ainda estão no “andar térreo”; 
contudo,   eles   não   começaram   a   experimentar   o   procedi­
mento.  
É extremamente importante que diferenciemos entre o 
procedimento da salvação plena de Deus e o propósito da Sua 
salvação   plena.   O   procedimento   é   judicial,   e   o   propósito   é 
orgânico. Além disso, o procedimento está na esfera física, e o 
propósito está na esfera mística.  

B. Aquele Que Experimentou a Redenção 
Judicial de Deus é Considerado Salvo

Aquele que experimentou a redenção judicial de Deus 
pode ser considerado salvo somente ao ser regenerado, mas 
ele ainda precisa ser salvo ainda mais pela salvação orgânica 
de Deus no cumprimento da Sua economia.   

II. ENTRAR NA ESFERA MÍSTICA DO MINISTÉRIO 
CELESTIAL DE CRISTO

25
Nós precisamos atravessar a esfera física do ministério 
terreno de Cristo e entrar em algo mais elevado — a esfera 
mística do ministério celestial de Cristo.  

A. Na Esfera Mística do Seu Ministério Celestial, 
Cristo É o Cristo como o Espírito Que dá vida

Cristo  sendo  o  Espírito  que  dá   vida   é  a   qualificação 


mais   importante   para   Cristo   levar   a   cabo   Seu   ministério 
celestial. Quando Ele estava na carne, Ele não podia entrar 
em nós como vida. Como um jovem cristão, eu ficava aborre­
cido quando ouvia que, de acordo com a Bíblia, Cristo está 
em nós. Eu queria saber como era possível Cristo estar em 
mim. Naquela época, eu não percebia que, na ressurreição, o 
Cristo que estava na carne se tornou o Espírito que dá vida. 
Mais tarde eu pude ver que o Novo Testamento desvenda o 
fato de que Aquele que morreu na cruz como nosso Salvador 
foi ressuscitado, e em ressurreição Ele se tornou o Espírito 
que dá vida. Agora Ele está qualificado para levar a cabo Seu 
ministério celestial na esfera mística.  

1. Da Sua Ressurreição pela Eternidade

Na esfera mística do Seu ministério celestial, Cristo é 
o Espírito que dá vida por causa da Sua ressurreição na qual 
Ele se tornou o Espírito que dá vida, pela eternidade.  

2. Realizando a Salvação Orgânica de Deus 
Subjetivamente em Oito Passos

Como o Espírito que dá vida (Rm 8:9­10; 2Co 3:17­18), 
Cristo está levando a cabo Seu ministério celestial realizando 
subjetivamente a salvação orgânica de Deus em oito passos. 
Aqui podemos ver um contraste nítido: terreno versus divino, 

26
físico  versus  místico,   judicial  versus  orgânico,   e   objetivo 
versus subjetivo. Todos os oito aspectos da salvação orgânica 
de Deus são subjetivos.  

a. Regeneração

Regeneração é gerar os crentes redimidos com a vida 
divina para que eles possam nascer de Deus para ser Seus 
filhos conforme Sua espécie (Jo 1:12­13; 3:6b). Como filhos de 
Deus nós somos do gênero Dele, da espécie Dele. Portanto, 
nós somos deuses, tendo a vida e natureza de Deus, mas não 
Sua Deidade.  

b. Alimentação 

Alimentar   é   alimentar   os   bebês   recém­nascidos   por 


meio   da   regeneração   em   Cristo   pastoreando   Seu   rebanho 
nutrindo   e   cuidando   com   carinho   (Ef   5:29)   para   que   Suas 
ovelhas possam crescer na vida divina até a maturidade (Jo 
10:10­11, 14­16; 21:15­17; Hb 13:20; 1Pe 5:4; 2:25). Alimen­
tar certamente é orgânico.  

c. Santificação Disposicional

Santificação  disposicional   é santificar   os   crentes   que 


estão   crescendo   na   vida   divina   na   disposição   deles   com   a 
natureza santa de Deus (Rm 15:16; 6:19, 22; 1Ts 5:23). Nossa 
disposição natural é tortuosa, pervertida e distorcida, contu­
do pode ser santificada e corrigida, não com ensinamentos, 
mas com a natureza santa de Deus.   

27
d. Renovação

Renovação é ter nossa mente mudada em nossa reli­
gião,   lógica   e   filosofia   com   relação   ao   universo,   a   humani­
dade, Deus, etc., pelo Espírito da verdade com as revelações 
das Escrituras, até mesmo ter a mente de Cristo que subs­
titui a nossa mente pela obra consumadora da cruz (Tt 3:5; 
Rm 12:2b; Ef 4:23; Rm 8:6; Fp 2:5; 2Co 4:16).  
Os   missionários   que   vinham   para   a   China   falavam 
muito sobre amor, dizendo­nos que tínhamos que amar uns 
aos outros. Depois que fui salvo, eu fui iluminado para ver 
gradualmente   que   todas   as   virtudes   Cristãs,   inclusive   o 
amor, são diferentes das  virtudes humanas naturais. Toda 
virtude Cristã tem que ter uma qualificação quádrupla: Deve 
passar por meio da cruz, deve ser pelo Espírito, deve ser para 
ministrar Cristo, e deve ser para produzir a igreja. O amor 
ensinado no Novo Testamento é um amor que é passado pela 
cruz, o qual elimina o ego e é pelo Espírito, e ministra Cristo 
para   produzir   a   igreja.   Após   ter   ficado   claro   em   relação   a 
isto, eu percebi que os missionários estavam enganados em 
seus   ensinamentos,   porque   eles   ensinavam   erradamente 
sobre   o   amor   enquanto   reivindicavam   que   o   ensinamento 
deles estava de acordo com a Bíblia. O amor desvendado na 
Bíblia não é um amor humano natural (amar os homens sem 
egoísmo) como aquele ensinado por Confúcio.  
O princípio é o mesmo com submissão. A submissão de 
uma irmã a seu marido deve ser uma submissão a qual é por 
meio da cruz, isto é, pelo Espírito, que ministra ou dispensa 
Cristo, e que é para a produção e edificação da igreja. Este 
tipo de submissão é completamente diferente da submissão 
ensinada por Confúcio. Este tipo de submissão é por meio da 
vida natural, não tendo nada a ver com a cruz, o Espírito, e o 
dispensar de Cristo e não tem o objetivo de produzir a igreja. 

28
Nós precisamos ser impressionados com o fato de que 
todas as virtudes ensinadas pela Bíblia são por meio da cruz, 
pelo Espírito, e ministrar Cristo para produção das igrejas 
para a edificação do Corpo. Com relação a este assunto nossa 
mente precisa ser renovada.  

e. Transformação

Transformação é o resultado da renovação (Rm 12:2). 
Isto não é ser transformado na natureza interior, mas muito 
mais   no   aspecto   exterior   para   expressão.   Ela   não   é   uma 
correção   nem   meramente   uma   mudança   exterior;   é   um 
metabolismo   interior   quando   temos   mais   do   elemento   da 
vida divina acrescentado a nós para a expressão externa (Rm 
12:2b;   2Co   3:18).   Lembremos   que   a   transformação   não   é 
somente uma mudança externa, mas é uma mudança meta­
bólica por meio da adição da vida divina que nos transforma 
à imagem de Cristo.  

f. Edificação

Edificação é uma questão de crescimento dos crentes 
na vida divina e o ser deles unido a outros crentes na vida 
divina (Ef 4:15­16). Renovação resulta em transformação, e 
transformação resulta   em   edificação.  Isto  é  completamente 
provado pela muralha da Nova Jerusalém com seus funda­
mentos. A muralha da Nova Jerusalém é de jaspe, expres­
sando a aparência de Deus (Ap 4:3). Enquanto as pedras de 
jaspe estavam sendo transformadas, elas foram sendo unidas 
umas as outras e edificando uma muralha.  
Não   deveríamos   pensar   que   ser   edificados   é   apenas 
nos relacionar mais intimamente com outros crentes de uma 
maneira natural. Esta não é a maneira de ser edificado. A 
maneira adequada de ser edificado é crescer juntos na vida 

29
divina. Enquanto estivermos crescendo, este crescimento nos 
une a todos como um só.   

g. Conformação

Conformação   é   ser   conformado   à   imagem   plena   do 


Filho   primogênito   de   Deus   que   é   o   primeiro   homem­Deus 
como  o   protótipo   para   reprodução   em   massa.   Ele   é   Deus 
mesclado com o homem e homem mesclado com Deus para o 
viver   de   um   homem­Deus   que   vive   e   expressa   todos   os 
atributos de Deus como virtudes humanas pela expressão da 
glória   divina   na   humanidade  cujo  a   última   consumação,   a 
maturidade na vida divina,  é a Nova Jerusalém (Rm 8:29; 
1:4; Ef 4:14; Ap 21).  

h. Glorificação

Glorificação é ser  saturado  com  a glória  divina  inte­


riormente   na   maturidade   da   vida   divina   e   ser   glorificado 
exteriormente por e com a glória divina como a finalização da 
redenção   judicial   de  Deus   do   corpo   dos  crentes   e  a   porção 
máxima da filiação divina na salvação orgânica de Deus (Rm 
8:30; Hb 2:10; Fp 3:21; Ef 4:30; Rm 8:23).  
Efésios   4:30   diz   que   fomos   selados   com   o   Espírito 
Santo   “até   o   dia   da   redenção.”   Redenção   aqui   referes­se   à 
redenção do nosso corpo. O Espírito Santo como o selo em nós 
está nos selando continuamente com o elemento de Deus até 
que nosso corpo seja redimido, isto é, transfigurado e glori­
ficado.   Isto   significa   que   a   glorificação   é   uma   questão   de 
saturação. Nós podemos comparar o Espírito Santo à tinta 
que   permeia   e   satura   as   páginas   de   um   livro.   Todos   nós 
fomos pintados pelo Espírito Santo, e ano após ano e dia após 

30
dia   Seu   “pintar”,   Seu   dispensar   da   vida   divina,   está   nos 
saturando   gradualmente   até   que   sejamos   glorificados.   Nós 
fomos pintados pelo Espírito Santo que é a glória de Deus. 
Nós   temos   sido,   então,   pintados   pela   glória   de   Deus,   e   o 
“pintar” da glória de Deus está fazendo com que a Sua glória 
nos   permeie   até   saturar   todo   nosso   ser.   Se   virmos   isto, 
perceberemos   que   glorificação   não   é   meramente   objetiva, 
mas muito subjetiva.  
O tempo da saturação plena será o tempo da redenção 
do nosso corpo. Nós fomos regenerados em nosso espírito e 
estamos   sendo   transformados   agora   em   nossa   alma,   mas 
nosso corpo ainda faz parte da velha criação. Por esta razão, 
nosso   velho   corpo   precisa   ser   redimido.   A   última   fase   da 
redenção, a redenção do nosso corpo, será a porção máxima 
da nossa filiação.  
Se   não   controlarmos   nosso   corpo   adequadamente   de 
acordo   com   os   atributos   divinos   expressos   por   meio   das 
virtudes   humanas,   nosso   corpo   se   tornará   algo   horrível. 
Como uma pessoa idosa eu sou bastante fraco em meu corpo, 
e esta fraqueza física me aborrece. Eu ainda posso mover e 
trabalhar,   mas   diariamente   estou   sofrendo   por   causa   de 
minha fraqueza física. Interiormente eu digo, “Senhor Jesus, 
um dia eu serei glorificado. Então serei liberto deste velho 
corpo o qual não tem parte na filiação divina.”  
A filiação é do Espírito, e o Espírito está nos saturando 
com   a   filiação   até   que   nosso   corpo   seja   saturado   com   ela. 
Então   experimentaremos   a   plena   filiação,   a   “filificação” 
plena, a redenção de nosso corpo. Nós ainda temos uma parte
—nosso corpo físico—o qual não foi “filificado”, então estamos 
esperando pelo dia quando até mesmo nosso corpo se tornará 
parte da filiação divina. 

B. Somos Lembrados de Que Cristo Realiza a Salvação 
Orgânica de Deus por Ele como o Espírito

31
Nós temos que lembrar todo o tempo de que Cristo não 
realiza a salvação orgânica de Deus por Ele como o Cristo na 
carne, mas por Ele mesmo como o Espírito que dá vida.  

C. Lembrando Que Todos os Itens da Salvação 
Orgânica                 de Deus são Levados a cabo por 
meio do                                  Ministério Celestial de 
Cristo

Nós também temos que nos lembrar de que todos os 
itens da salvação orgânica de Deus não são levados a cabo 
judicialmente   e   objetivamente   pelo   ministério   terreno   de 
Cristo, mas por meio de Seu ministério celestial orgânica e 
subjetivamente. Há uma grande diferença entre o ministério 
terreno   de   Cristo   e   Seu   ministério   celestial.   Hoje   nós   não 
estamos   sendo   salvos   judicialmente   e   objetivamente   pelo 
ministério   terreno   de   Cristo   na   carne.   Nós   estamos   sendo 
salvos organicamente e subjetivamente pelo ministério celes­
tial   do   Cristo   que   é   o   Espírito   que   dá   vida.   Para   experi­
mentar esta salvação orgânica, todos nós precisamos entrar 
na esfera mística do ministério celestial de Cristo.   

CAPÍTULO TRÊS

A ESFERA DIVINA E MÍSTICA DO ESPÍRITO 
CONSUMADO E O CRISTO PNEUMÁTICO

Leitura Bíblica: Jo 14:10­11; Fp 1:19; Rm 8:9; 2Co 3:17­18; Jo 
14:16­20; 1Co 15:45b; Jo 20:22; 16:12­15; 15:4­5, 8,; 17:21, 23, 

ESBOÇO

32
I.   A esfera divina e mística:
A.  O Filho está no Pai, e o Pai está no Filho—Jo 14:10­
11
B.   Isto indica que o Pai  é corporificado no Filho e o 
Filho é a corporificação do Pai, formando uma esfera 
divina e mística.
II.     A esfera divina e mística do Espírito consumado e do 
Cristo pneumático—Fl 1:19; Rm 8:9; 2Co 3:17­18
A.  Outro Consolador, o Espírito da realidade, para ser 
a realidade do Filho percebida como a presença do 
Filho nos crentes—Jo 14:16­18
B.   No dia da ressurreição do Filho no qual o Filho se 
tornou o Espírito que dá vida (1Co 15:45b), Ele veio 
aos   discípulos   na   noite   daquele   dia   para   insuflar­
lhes e dizer­lhes para receber o Espírito Santo (Jo 
20:22). Por tudo isso podemos saber que o Filho está 
no Pai, e os crentes estão no Filho, e o Filho está nos 
crentes—Jo 14:19­20.
III.       Antes e depois do dia da ressurreição de Cristo:
A. Antes do dia da ressurreição de Cristo:
             1. Cristo ainda tinha muitas coisas para desvendar 
aos Seus discípulos.
2. Mas Seus discípulos, naquela época, não poderiam 
suportá­las (Jo 16:12) pois, eles ainda não tinham 
recebido   o   Espírito   da   ressurreição   de   Cristo   e 
ainda   não   tinham   entrado   na   esfera   divina   e 
mística.  
B.  Depois do dia da ressurreição de Cristo:
1. Quando o Espírito da realidade viesse, Ele guiaria 
os discípulos, que então seria o Espírito da ressur­
reição   de   Cristo,   para   toda   a   realidade   concer­

33
nente a economia de Deus para o Corpo de Cristo, 
que é o Cristo pneumático e o Espírito consumado.
2.   Ele   falou   que   o   que   Ele   ouvisse   de   Cristo,   Ele 
declararia aos discípulos nas vinte e duas epísto­
las do Novo Testamento de Romanos a Apoca­lipse
—Jo 16:13

IV.       A   transição   divina   para   a   economia   eterna   da 


Trindade Divina:
A. Tudo o que o Pai tem é a possessão do Filho, corpori­
ficado no Filho.
B.   Tudo o que o Filho possui é recebido pelo Espírito, 
concebido pelo Espírito que se tornou o Espírito que 
dá vida na ressurreição de Cristo para realização do 
Cristo pneumático.
        C.  O Espírito recebe tudo que Cristo tem e o declara aos 
discípulos (que estavam então na realidade da ressurreição 
de Cristo e na esfera divina e mística do Cristo pneumático) 
para   produção   das   assembléias   que   resultam   no   Corpo   de 
Cristo que consuma a Nova Jerusalém a fim de expressar o 
Cristo todo­inclusivo para Sua glorificação na eternidade—Jo 
16:14­15
V.    Todos os crentes deveriam estar nesta esfera divina e 
mística do Espírito consumado para serem mesclados 
com o Deus Triúno para preservar a unidade.
A.   Todos os crentes deveriam permanecer no Filho 
para que o Filho possa permanecer neles de modo 
que   possam   produzir   muitos   frutos   para   glorifi­
cação (expressão) do Pai—Jo 15:4­5, 8 
B.   Todos   os   crentes   deveriam   ser   um;   exatamente 
como o Pai está no Filho e o Filho no Pai, a fim de 
que   também   possam   estar   tanto   no   Pai   como   no 
Filho—o   Filho   está   nos   crentes   e   o   Pai   está   no 

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Filho, de modo que possam ser perfeitos (aperfei­
çoados) em um—Jo 17:21,23.
VI.  O ministério celestial de Cristo é executado nesta esfera 
mística, e a salvação orgânica de Deus é praticamente 
efetuada nessa esfera.
VII.     Os crentes devem considerar grandemente a entrada 
nesta esfera, percebendo que sem Cristo tornando­Se o 
Espírito que dá vida, sem Cristo sendo o Cristo pneu­
mático,   sem   Cristo   sendo   o   Senhor   Espírito,   e   sem 
Cristo sendo o Cristo em ressurreição e não apenas em 
carne, não há absolutamente nenhuma maneira para 
os   crentes   participarem,   experienciarem,   e   desfru­
tarem a seção orgânica da salvação completa de Deus 
em Cristo. 

Oração:
Senhor, nós cremos que nestes dias Tu estás falando 
conosco,   desvendando   as   profundezas   que   há   em   Ti.   Nós 
somos tão abençoados. Obrigado. Senhor, agora nós vimos a 
Ti para aprender como Tu, o Deus Triúno, é uma esfera e ver 
que Tu desejas que entremos nesta esfera, isto é, entrar em 
Ti.   Senhor,   abra   nossos   olhos.   Leva   embora   nossa   incapa­
cidade e nos torna capaz de conhecer as coisas místicas como 
Tu as conhece. Ó Senhor, nos cubra, nos limpe, e nos unja. 
Senhor,   permita   que   sintamos   a   Sua   presença   e   saibamos 
que Tu estás aqui falando conosco. Que todos nós possamos 
ouvir a Sua voz. Senhor, Tu é tão misericordioso. Não somos 
dignos de nada. Não somos nada, e não temos nada, e não 
podemos   fazer   nada.   Mas   nós   O   temos   como   nosso   tudo. 
Amém. 

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Nesta   mensagem   chegamos   a   um   pico   elevado   —   a 
esfera divina e mística. Algo que é místico não somente espi­
ritual, mas é também misterioso.  

I. A ESFERA DIVINA E MÍSTICA

O Deus Triúno, o Pai, o Filho, e o Espírito, são alto­
existentes,   sempre­existentes,   e   coinerem   com   os   três   da 
Trindade   Divina   que   habita   um   no   outro.   De   acordo   com 
João 14:10 e 11, o Filho está no Pai, e o Pai está no Filho. 
Isto indica que o Pai está corporificado no Filho e o Filho é a 
corporificação do Pai, formando uma esfera divina e mística, 
o  esfera do Deus Triúno. Portanto, o próprio Deus Triúno é 
uma esfera divina e mística.  
A esfera divina e mística na qual podemos entrar hoje 
não é simplesmente a esfera divina e mística do Deus Triúno, 
mas   a   esfera   divina   e   mística   do   Espírito   consumado   e   o 
Cristo pneumático. Os termos Espírito consumado e o Cristo 
pneumático são muito particulares.  
Quem é o Espírito consumado? O Espírito consumado 
é   o   Espírito   composto   tipificado   pelo   óleo   da   unção   —   um 
composto de um him de azeite de oliva com quatro tipos de 
especiarias e a eficácia delas (Êx 30:23­25). Antes do Espírito 
ser   consumado,   Ele   era   o   Espírito   de   Deus,   o   Espírito   de 
Jeová, e o Espírito Santo. Ele somente participou na criação 
de   Deus   como   o   Espírito   de   Deus   (Gn   1:2).   Muito   depois, 
quando os Israelitas, o povo escolhido de Deus, estavam em 
dificuldadeS, Deus desceu para os ajudar como o Espírito de 
Jeová (Jz 3:10; 6:34; 11:29; 13:25). O Espírito de Jeová era 
Deus   se   aproximando   do   Seu   povo   para   ajudá­los   de   uma 
maneira objetiva, não de uma maneira subjetiva. 
O Antigo Testamento é principalmente um registro de 
duas coisas: A criação de Deus e a história de Israel, o povo 

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escolhido   de   Deus.   Pelo   fato   de   sua   história   ser   tão   mise­
rável, eles constantemente precisavam da ajuda de Deus. Se 
Deus não tivesse vindo para ajudar Seu povo escolhido em 
suas   dificuldades,   não   teriam   sobrevivido.   Na   criação   de 
Deus o Espírito era o Espírito de Deus, e na ajuda de Deus a 
Israel o Espírito era o Espírito de Jeová.  
Por  meio  da   encarnação  Deus  tornou­se  um  homem. 
Deus   se   tornando   um   homem   foi   algo   que   era   totalmente 
novo, e para este algo novo, um título particular foi usado 
para o Espírito de Deus — o Espírito Santo (Mt 1:18, 20; Lc 
1:35). Em grego o Espírito Santo é chamado freqüentemente 
de “o Espírito Santo” (Lc 2:26; 3:22; 10:21; Jo 14:26). O título 
o Espírito Santo foi usado com respeito à encarnação porque 
a encarnação era algo extremamente santo. A vinda de Deus 
para tornar­se um  homem  foi uma questão muito santa, e 
Lucas 1:35 usa até mesmo a expressão ‘o ente santo’. Como a 
concepção do homem­Deus era do Espírito Santo, assim o que 
nasceu daquela concepção era um ente santo. O Espírito que 
proporcionou isto não era meramente o Espírito de Deus nem 
apenas o Espírito de Jeová, mas o Espírito Santo. Na Bíblia, 
portanto,   o   Espírito   é   chamado   de   o   Espírito   de   Deus,   o 
Espírito de Jeová e o Espírito Santo.   
Em João 7 vemos que o Senhor Jesus, o homem­Deus, 
participou   da   Festa   dos   Tabernáculos.   No   último   dia   da 
festa, o grande dia, Ele ficou em pé e exclamou, dizendo, “Se 
alguém tem sede, venha a Mim e beba. Quem crer em Mim… 
do   seu   interior   fluirão   rios   de   água   viva”   (vv.   37­38).   No 
próximo   versículo   João,   o   autor   deste   Evangelho,   dá   uma 
palavra de explicação: “Isso, porém, disse Ele com respeito ao 
Espírito   que  haviam   de   receber   os   que  Nele   cressem;  pois 
ainda   não   havia   o   Espírito,   porque   Jesus   não   havia   sido 
ainda glorificado” (v. 39). Precisamos prestar atenção espe­
cial às palavras  “ainda não havia o Espírito”. O Espírito de 
Deus  estava lá desde o princípio, na criação; o Espírito de 

37
Jeová tinha vindo ajudar o povo de Israel em suas dificul­
dades muitas e muitas vezes; e o Espírito Santo tinha sido 
ativo na encarnação. Como João poderia dizer que ainda não 
havia o Espírito? Sim, o Espírito estava lá como o Espírito de 
Deus   em   Gênesis,   como   o   Espírito   de   Jeová   em   Juízes,   e 
como o Espírito Santo em Mateus e Lucas, mas o Espírito – o 
Espírito como o Espírito composto e consumado – ainda “não 
havia”   em   João   7:39,   porque   naquele   momento   Jesus   não 
havia   sido   glorificado.   O   homem   Jesus   foi   glorificado   na 
ressurreição   (Lc   24:26).   Portanto,   o   Espírito   ainda   “não 
havia” até a ressurreição de Cristo. Na ressurreição Cristo, o 
último Adão  na   carne,  tornou­se  o  Espírito  que  dá   vida,  o 
Espírito que é vida (1Co 15:45b).  
Agora podemos ver algo com relação à história da con­
sumação do Espírito. Embora já houvesse o Espírito de Deus, 
o Espírito de Jeová e o Espírito Santo, o Espírito que dá vida 
ainda   “não   havia”   em   João   7   porque   o   Senhor   Jesus   não 
tinha passado pela morte pelos pecados do homem e contudo 
não tinha entrado na ressurreição. Pelo contrário, na época 
de João 7 Ele ainda estava na carne e não podia entrar nas 
pessoas para ser a vida delas. Mas em ressurreição Cristo se 
tornou o Espírito que dá vida, e agora Ele pode entrar nos 
crentes para dar vida a eles.  
Na ressurreição o Espírito de Deus foi mesclado com a 
humanidade de Cristo, com Sua morte e sua eficácia, e com a 
Sua ressurreição e seu poder. O resultado desta mescla é o 
Espírito composto e consumado.  
A  Bíblia  revela  o fato de que  o Espírito se tornou  o 
Espírito consumado. Pelo fato de muitos cristãos não terem 
visto a visão na Bíblia com respeito ao Espírito consumado, 
eles precisam ser reeducados. Alguns podem dizer, “Deus é o 
mesmo   desde   a   eternidade;   Ele   nunca   teve   qualquer   mu­
dança.” Porém, a Bíblia revela claramente que Deus, que é 
Espírito,   se   tornou   carne   (Jo   1:14).   Isso   não   foi   uma 

38
mudança? Além disso, o último Adão na carne se tornou o 
Espírito  que   dá   vida.  Isso   também   não  foi   uma   mudança? 
Primeiramente,  Deus   mudou  isso   por  meio  da   encarnação, 
Ele se tornou carne, e então Ele mudou isso novamente, em 
ressurreição,   Ele   se   tornou   o   Espírito   que   dá   vida,   e   este 
Espírito   é   o   Espírito   consumado.   Eu   espero   que   estes   que 
estão   debaixo   da   velha   influência   da   teologia   tradicional, 
estejam dispostos a aprender que a Bíblia, nossa autoridade 
mais   elevada,   revela   tudo   com   respeito   ao   Espírito   consu­
mado.  
A Bíblia também revela que Cristo se tornou o Cristo 
pneumático. Na eternidade Cristo era Deus como o Espírito, 
entretanto, Ele se tornou carne. Romanos 1:3 e 4 diz que Ele 
“veio da descendência de Davi segundo a carne”, mas que Ele 
foi “designado Filho de Deus com poder segundo o Espírito de 
santidade pela ressurreição dos mortos.” O título o Espírito 
de   santidade,   refere   à   divindade   de   Cristo,   Sua   essência 
divina. Primeira Pedro 3:18, fala da crucificação de Cristo, 
diz que Ele, por um lado, foi levado à morte na carne, mas 
por   outro,   vivificado   no   Espírito.   A   crucificação   somente 
colocou Cristo na morte na Sua carne, não em Seu Espírito 
como a Sua divindade. O Seu Espírito como Sua divindade 
não morreu na cruz quando Sua carne morreu; pelo contra­
rio, Seu Espírito como Sua divindade foi vivificado, estimu­
lado   com   novo   poder   de   vida.   Assim,   enquanto   Ele   estava 
morrendo em Sua humanidade e até mesmo depois que Ele 
foi sepultado, Seu Espírito como Sua divindade permanecia 
ativo.  
Em João 12:24 o Senhor Jesus referiu a Si como um 
grão de trigo: “Se o grão de trigo não cair na terra e morrer, 
fica ele só; mas se morrer, produz muito fruto.” Quando Ele 
caiu   na   terra   como   um   grão   de   trigo,   a   morte   começou 
imediatamente.   Mas   enquanto   a   Sua   “casca”   estava   mor­
rendo,   a   vida   divina   dentro   Dele   estava   crescendo.   Disto 

39
vemos  que  enquanto  o  Senhor  Jesus  estava  morrendo,  Ele 
também   estava   crescendo.   Sem   este   tipo   de   ação,   Ele   não 
poderia ter sido ressuscitado.   
A carne de Jesus foi crucificada e sepultada. Como ela 
poderia ser ressuscitada? Em João 20 Pedro e João entraram 
na   tumba   na   qual   o   Senhor   havia   sido   sepultado.   “Pedro 
entrou na tumba; e ele viu os panos de linho deixados ali e o 
lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus, não posto com os 
panos de linho, mas enrolado um lugar a parte” (vv. 6­7). O 
corpo seguramente não tinha sido roubado. Como, então, era 
possível   para   a   carne   morta   e   sepultada   do   Senhor   ser 
ressuscitada? A resposta para esta pergunta é que de acordo 
com a Sua carne Ele tinha sido sepultado lá, mas de acordo 
com   a   Sua   divindade   Ele   tinha   permanecido   muito   ativo. 
Entre o tempo do Seu sepultamento e ressurreição, Seu Espí­
rito como Sua divindade estava trabalhando para ressuscitar 
Sua   humanidade,   elevá­la,   e   introduzi­la   na   divindade   de 
forma   que   Sua   humanidade   pudesse   nascer   de   Deus.   De 
acordo com Atos 13:33 ela estava em ressurreição para que 
Deus gerasse Jesus para ser o Filho de Deus. Ele foi gerado 
para ser o Filho primogênito de Deus tendo Sua humanidade 
então   elevada   na   divindade   e   até   mesmo   introduzida   na 
filiação   divina.   Simultaneamente,   Ele   se   tornou   o   Espírito 
que dá vida e por meio disso tornou­se o Cristo pneumático.  
Temos visto que o Espírito foi consumado e que Cristo 
se tornou o Espírito que dá vida, o Cristo pneumático. Assim, 
podemos falar agora da esfera divina e mística deste Espírito 
consumado   e   deste   Cristo   pneumático.   Que   esfera   maravi­
lhosa é esta!  
Mostramos que os três da Trindade Divina são alto­
existentes,   sempre­existentes,   e   coinerem,   e   assim   como   o 
Pai, o Filho e o Espírito são uma esfera divina e mística. Com 
o   Próprio   Deus   Triúno   como   uma   esfera   mística   não   há 
qualquer  “complicação”,  mas   na   esfera   divina   e  mística  do 

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Espírito consumado e o Cristo pneumático há várias “compli­
cações”, todas as quais são bênçãos para nós.  
Deus   queria   que   estivéssemos   Nele.   Se   Ele   fosse 
somente o Deus Triúno sem a humanidade de Cristo, morte, 
e   ressurreição,   e   nós   pudéssemos   entrar   Nele,   encontra­
ríamos o Pai, o Filho e o Espírito, mas nada de humanidade, 
morte,   e   ressurreição.   Porém,   quando   entrarmos   na   esfera 
divina   e   mística   do   Espírito   consumado   e   o   Cristo   pneu­
mático, nós não apenas temos a divindade, mas também a 
humanidade de Cristo, a morte de Cristo com sua eficácia, e 
a ressurreição de Cristo com seu poder repelente. Tudo está 
aqui nesta esfera maravilhosa.  
Embora eu tenha nascido na China e me tornado um 
cidadão americano naturalizado, eu posso testificar que não 
tenho   o   sentimento   de   que   eu   sou   Chinês   ou   Americano. 
Minha esfera não é a China ou a América – minha esfera é o 
Deus   Triúno   complexo   e   complicado.   Eu   estou   aqui   com   o 
Pai, com o Filho que foi crucificado e ressuscitado, e com o 
Espírito   consumado.   Considerando   que   eu   estou   em   nesse 
Deus Triúno, eu tenho tudo que preciso. Se eu precisar de 
crucificação,   eu   a   encontro   nesta   esfera   que   eu   já   fui 
crucificado. Se eu precisar de ressurreição, nesta esfera eu já 
fui   ressuscitado.   Louvado   seja   o   Senhor   por   essa   esfera 
divina e mística!  
Nesta conjuntura, vamos considerar o que está reve­
lado   em   João   14   com   relação   à   esfera   divina   e   mística   do 
Espírito consumado e o Cristo pneumático. O versículo 1 diz, 
“Não se turbe o vosso coração.” Em que esfera ficamos abor­
recidos? Ficamos preocupados na terra, no mundo (16:33), na 
esfera física.  
Neste   versículo   (14:1)   o   Senhor   Jesus   continuou   a 
dizer,   “Crede   em   Deus,   crede   também   em   mim.”   Aqui   a 
preposição em é muito importante. Não só deveríamos crer 
em Deus e em Cristo, mas deveríamos crer em Deus e em 

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Cristo.   Nosso   coração   está   preocupado   porque   estamos   no 
mundo, e a maneira de resolver este problema é entrarmos 
em   Cristo   crendo   Nele.   Aqui   podemos   ver   duas   esferas:   a 
esfera física—o mundo onde todas as dificuldades estão—e a 
esfera mística do Deus  Triúno, o Pai, o Filho, e o Espírito 
onde a paz está.  
Em   16:33   o   Senhor   Jesus   disse,   “Essas   coisas   vos 
tenho dito para que em Mim tenhais paz. No mundo tendes 
aflição;   mas   tende   ânimo,   Eu   venci   o   mundo.”   Aqui   nova­
mente   vemos   tanto   a   esfera   física   (“o   mundo”)   e   a   esfera 
mística (“Mim”).   
Os capítulos quatorze, quinze e dezesseis de João são 
uma seção. No começo desta seção o Senhor Jesus indicou, 
em 14:1, que a intenção Dele era falar algo para nos ajudar a 
crer   Nele.   Não   deveríamos   pensar   que   em   Cristo   é   uma 
questão simples. Se Ele não tivesse morrido na cruz e tirado 
nossos pecados, para crucificar nossa carne e terminar nosso 
velho   homem,   e   se   Ele   não   tivesse   ressuscitado   para   se 
tornar o Espírito que dá vida, não haveria maneira para Ele 
entrar em nós e levar­nos para dentro Dele.  
Se estivéssemos lá quando o Senhor Jesus falou sobre 
crer em Deus e Nele, poderíamos ter dito, “Senhor, eu quero 
entrar em Ti. Diga­me como crer em Ti.” Como revelam os 
versículos   seguintes,   para   entrarmos   Nele,   Ele   teve   que 
morrer e ser ressuscitado para se tornar o Espírito que dá 
vida,   para   que   pudéssemos   recebê­Lo   crendo   Nele   e   invo­
cando, “Ó Senhor Jesus.” 
Entre   14:1   e   16:33   temos   o   ensinamento   do   Senhor 
com respeito a como crer Nele. João 14:2a diz, “Na casa de 
Meu Pai há muitas moradas.” Em 14:1 o Senhor Jesus falou 
sobre   crer   em   Deus   e   crer   Nele,   mas   aqui   Ele   de   repente 
falou sobre a casa de Seu Pai. A casa do Pai seguramente não 
é uma mansão celestial, mas algo místico. De acordo com a 
interpretação em 2:16, 21, “a casa de Meu Pai” refere­se ao 

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templo, o aumento de Cristo em Sua ressurreição para ser a 
igreja, o Seu Corpo, como o lugar de habitação de Deus (1Tm 
3:15; Ef 2:21­22). Em princípio, o corpo de Cristo era somente 
Seu corpo individual. Mas por meio de Sua morte e ressur­
reição, Seu corpo foi aumentado para ser Seu Corpo corpo­
rativo, o qual é a igreja, a casa de Deus (1Tm 3:15), o templo 
de Deus (Ef 2:21). Você já tinha percebido que quando você 
creu em Deus e no Filho, você entrou na igreja?  
João   14:2   diz­nos   que   na   casa   do   Pai   há   “muitas 
moradas.”   Estas   moradas   são   os   crentes,   os   membros   do 
Corpo de Cristo. Todo crente é uma morada, como afirmado 
no versículo 23.  
Na parte posterior do versículo 2 o Senhor Jesus disse, 
“Eu vou preparar­vos lugar.” As palavras “Eu vou” significa 
“Eu morrerei”. Ao dizer “Eu vou” Ele estava falando sobre 
Sua morte de uma maneira mística.  
Neste ponto eu quero lembrar vocês que o Evangelho 
de João é um livro místico e que todo registro em João é um 
registro   místico.   Falar   da   encarnação   dizendo   “a   Palavra 
tornou­se carne” (1:14) é falar de uma maneira mística. Do 
mesmo modo, falar da água viva que se torna em nós uma 
fonte de água a jorrar pela vida eterna (4:10, 14) também é 
falar de uma maneira mística. Pelo fato de João ser um livro 
místico, quando o lemos precisamos compreendê­lo mística­
mente. 
Em João 14:3 o Senhor Jesus continuou, “E se eu vou e 
vos preparar lugar, virei outra vez e vos receberei para Mim 
mesmo, para que onde Eu estou estejais vós também.” Aqui 
Ele falou tanto de Sua ida quanto de Sua vinda. “Eu virei” é 
um presente continuo, indicando que quando o Senhor Jesus 
falou   estas   palavras   Ele   já   estava   vindo.   Enquanto   Ele 
estava falando, Ele estava preparando para entrar na ressur­
reição.   “Eu   irei”   é   morrer   e   “Eu   virei”   é   ser   ressuscitado. 
Antes de morrer Ele já sabia que iria voltar. Aqui Sua ida e 

43
Sua vinda, a Sua morte e ressurreição, são referidas de uma 
maneira mística.  
Neste versículo o Senhor Jesus disse, “Eu vos recebe­
rei para Mim mesmo.” Se nós estivéssemos estado lá, pode­
riamos ter dito, “Senhor, Tu não me receberá na casa do Pai? 
Por que dizes que me receberá em Ti mesmo?” A resposta 
para essa pergunta é que a casa do Pai é o próprio Cristo. 
O versículo 3 termina com as palavras “Onde Eu estou 
estejais vós também”. Ele está no Pai. Assim, para estarmos 
onde Ele está significa que também estamos no Pai. Isto está 
relacionado ao nosso crer no Pai, a esfera divina e mística.  
O Senhor Jesus  continuou  a dizer, “E para onde Eu 
vou, vós sabeis o caminho” (v. 4). Então Tomé disse, “Senhor, 
não   sabemos  para  onde   vais;  como  podemos   saber   o  cami­
nho?” (v. 5). De acordo com o versículo 6 Jesus disse a ele, 
“Eu sou o caminho e a realidade e a vida; ninguém vem ao 
Pai senão por mim.” Aqui o Senhor não disse, “ninguém vem 
para a casa do Pai”; Ele disse, “ninguém vem ao Pai.” Vir ao 
Pai é vir para a casa do Pai, pois o Pai é a casa. A frase senão 
por mim revela que só podemos vir ao Pai como a casa por 
meio de Cristo como o caminho.  
No versículo seguinte o Senhor Jesus disse, “Se vós Me 
tivésseis conhecido, conheceríeis também a Meu Pai; e desde 
agora O conheceis e O tendes visto”. Quando Filipe ouviu isto 
ele disse, “Senhor, mostrar­nos o Pai, e isso nos basta” (v. 8). 
Os versículos 9 e 10 continuam, “Disse­lhe Jesus: Há tanto 
tempo estou convosco, e não me tens conhecido, Filipe? Quem 
Me vê a Mim, vê o Pai; como dizes tu: Mostra­nos o Pai? Não 
crês que Eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras 
que Eu digo vos digo, não as digo de Mim mesmo, mas o Pai, 
que permanece em Mim, faz as Suas obras”. Aqui vemos que 
o falar do Filho era na verdade o falar do Pai, o trabalhar do 
Pai por permanecer Nele. Isto é completamente místico.   

44
Temos enfatizado o fato de que o Deus Triúno é uma 
esfera divina e mística. Como revelado na primeira parte de 
João 14, o Filho está no Pai, e o Pai está no Filho. Nos versí­
culos 16 a18 nós temos não apenas uma palavra com relação 
ao Pai e o Filho, mas também com relação ao Espírito: “Eu 
rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, a fim de que 
esteja para sempre convosco, o Espírito da realidade que o 
mundo não pode receber, porque não O vê ou O conhece; vós 
O  conheceis,   porque   Ele   habita   convosco   e   estará   em   vós. 
Não   vos   deixarei   órfãos;   virei   a   vós   outros.”   O   primeiro 
Consolador   era   Cristo   na   carne,   e   o   outro   Consolador   é   o 
Espírito   da   realidade.   O   “Aquele”   que   é   o   Espírito   da 
realidade   no   versículo   17   se   torna   o   “Eu”   que   é   o   próprio 
Senhor no versículo 18. Isto significa que o Cristo que estava 
na carne passou pela morte e ressurreição para se tornar o 
Espírito   que   dá   vida,   o   Cristo   pneumático.   Isto   não   é 
meramente espiritual—ele é místico. Nós não podemos dizer 
que o Espírito da realidade é espiritual e o Cristo que estava 
na carne não era espiritual, pois quando Ele estava na carne, 
Cristo o Filho, certamente era espiritual. O que precisamos 
ver aqui não é algo que é apenas espiritual, mas algo místico. 
O   versículo   19   continua,   “Ainda   por   um   pouco   e   o 
mundo não Me verá mais; vós, porém, Me vereis; porque Eu 
vivo, vós também vivereis.” Isto se refere à ressurreição de 
Cristo. Porque Ele vive em ressurreição, nós também vive­
mos,   porque   fomos   regenerados   na   Sua   ressurreição,   como 
revelado em 1 Pedro 1:3.  
Em João 14:20 o Senhor Jesus falou de “naquele dia.” 
“Naquele dia” era o dia da Sua ressurreição (20:19), o dia no 
qual Ele se tornaria o Cristo pneumatizado, o Cristo pneu­
mático. Portanto, naquele dia na verdade significa “no dia da 
ressurreição.”  
Vamos ler agora todo o versículo 20: “Naquele dia, vós 
conhecereis que Eu estou em Meu Pai, e vós em Mim, e Eu 

45
em   vós.”   Isto  se  refere   à   esfera   divina   e   mística  onde   não 
somente o Pai, o Filho, e o Espírito estão, mas também onde 
os crentes estão. Louvado seja o Senhor que, como crentes 
em   Cristo,   estamos   agora   na   esfera   divina   e   mística   do 
Espírito consumado e o Cristo pneumático!  

II. A ESFERA DIVINA E MÍSTICA DO ESPÍRITO 
CONSUMADO E O CRISTO PNEUMÁTICO

Todos nós precisamos entrar na esfera divina e mís­
tica,   não   do   Deus   Triúno,   mas   do   Espírito   consumado   e   o 
Cristo pneumático (Fp 1:19; Rm 8:9; 2Co 3:17­18).  

A. Um Outro Consolador, o Espírito da Realidade, 
para Ser a Realidade do Filho,

João 14:16­18 fala de um outro Consolador, o Espírito 
da   realidade,   ser   a   realidade   do   Filho   percebida   como   a 
presença do Filho nos crentes. O Espírito é a realidade do 
Filho, e a presença do Filho em nós é o Espírito.  

B. O Filho Está no Pai, os Crentes Estão 
no Filho, e o Filho Está nos Crentes

No   dia   da   ressurreição   do   Filho   na   qual   o   Filho   se 


tornou o Espírito que dá vida (1Co 15:45b), Ele veio à noite 
aos discípulos naquele dia  para  insuflar  neles e lhes  disse 
que   recebessem   o   Espírito   Santo   (João   20:22).   Se   Ele   não 
fosse o Espírito, como Ele poderia pedir para os discípulos em 
quem que Ele estava insuflando para receber o Espírito? Por 
tudo   isso   podemos   saber   que   o   Filho   está   no   Pai,   que   os 
crentes estão no Filho, e que o Filho está nos crentes (João 
14:19­20).   

46
III. ANTES E DEPOIS DAQUELE DIA DA 
RESSURREIÇÃO DE CRISTO

A. Antes Daquele Dia da Ressurreição de Cristo

Antes daquele dia da ressurreição de Cristo, Ele teve 
ainda muitas coisas para desvendar aos Seus discípulos. Mas 
Seus discípulos não as puderam suportar (Jo 16:12) porque 
eles não tinham recebido o Espírito da ressurreição de Cristo 
e não tinham entrado na esfera divina e mística.  

B. Depois Daquele Dia da Ressurreição de Cristo

O Senhor Jesus disse que quando o Espírito da reali­
dade viesse, Ele guiaria os discípulos que estariam então no 
Espírito da ressurreição de Cristo em toda a realidade com 
relação à economia de Deus para o Corpo de Cristo que é o 
Cristo   pneumático   e   o   Espírito   consumado.   O   Espírito   da 
realidade falaria o que Ele ouviria de Cristo e declararia aos 
discípulos nas vinte e duas Epístolas do Novo Testamento de 
Romanos a Apocalipse (Jo 16:13).  

IV. A TRANSIÇÃO DIVINA PARA A ECONOMIA 
ETERNA DA TRINDADE DIVINA

A. Tudo o Que o Pai Possui É Propriedade do Filho 

Tudo o que o Pai possui é propriedade do Filho, está 
corporificado no Filho.  

47
B. Tudo o Que o Filho Possui É 
Realizado pelo Espírito

Tudo aquilo que o Filho possui  é recebido pelo Espí­
rito, realizado pelo Espírito que se tornou o Espírito que dá 
vida   na   ressurreição   de  Cristo para   a   realização  do  Cristo 
pneumático.  

C. O Espírito Recebe Tudo o Que Cristo 
Possui e Declara aos Discípulos

O Espírito recebe tudo o que Cristo possui e declara 
aos   discípulos  (que   estavam   então  na  realidade  da   ressur­
reição de Cristo e na esfera divina e mística do Cristo pneu­
mático) para a produção das assembléias as quais resultam 
no   Corpo   de   Cristo   que   consuma   a   Nova   Jerusalém   para 
expressar   o   Cristo   todo­inclusivo   para   Sua   glorificação   na 
eternidade (vv. 14­15). No princípio, todas as coisas eram do 
Pai. Então, o que o Pai tinha tornou­se possessão de Cristo. 
Seguindo isto, tudo o que Cristo possui é ouvido e recebido 
pelo Espírito que declara todas estas coisas aos crentes. Esta 
é   a   transição   divina   para   a   economia   eterna   da   Trindade 
Divina.  

V. OS CRENTES ESTÃO NA ESFERA DIVINA E 
MÍSTICA DO ESPÍRITO CONSUMADO 
PARA PRESERVAR A UNIDADE

Todos os crentes deveriam estar nesta esfera divina e 
mística   do   Espírito   consumado   para   estar   mesclado   com   o 
Deus Triúno para preservar a unidade.  

A. Os Crentes Permanecem no Filho

48
Todos os crentes deveriam permanecer no Filho para 
que   o   Filho   possa   permanecer   neles   para   que   possam   dar 
muito fruto para a glorificação (expressão) do Pai (15:4­5, 8). 
No capítulo quatorze o Senhor preparou os lugares, as mora­
das.  No capítulo  quinze  precisamos  permanecer  Nele como 
nossa morada para que Ele possa permanecer em nós como 
Sua morada.  

B. Todos os Crentes São Um

Todos os crentes deveriam ser um, assim como o Pai 
está no Filho e o Filho no Pai, eles também podem estar no 
Pai e o Filho. O Filho está nos crentes e o Pai está no Filho 
para   que   os   crentes   possam   ser   aperfeiçoados   na   unidade 
(17:21, 23). Nossa unidade deve ser igual à unidade entre os 
três   do   Deus   Triúno.   De   fato,   a   unidade   dos   crentes   é   a 
unidade do Deus Triúno. Ela está no Deus Triúno para que 
possamos ser aperfeiçoados para ser um. Portanto, a verda­
deira unidade está no Deus Triúno.  
Em João 14­16 o Senhor Jesus apresentou uma men­
sagem aos Seus discípulos, e então em João 17 Ele orou ao 
Pai. No final da Sua oração, Ele indicou que nossa unidade 
deveria   ser   no   Deus   Triúno,   com   o   Cristo   pneumático   e   o 
Espírito consumado. Esta unidade que é a unidade genuína é 
o   mesclar   dos   crentes   com   o   Deus   Triúno.   Para   ter   esta 
unidade, os crentes devem estar no Deus Triúno como uma 
esfera divina e mística. Aqui o Pai está no Filho, o Filho está 
nos crentes, e os crentes estão no Filho que está no Pai. Isto 
significa que os crentes são um com o Deus Triúno na esfera 
divina   e   mística   do   Cristo   pneumático   e   o   Espírito   consu­
mado.  

VI. O MINISTÉRIO CELESTIAL DE CRISTO É 
LEVADO A CABO NESTA ESFERA MÍSTICA

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O ministério celestial de Cristo é levado a cabo nesta 
esfera mística, e a salvação orgânica de Deus é praticamente 
realizada nesta esfera. Se não estivermos nesta esfera, não 
podemos participar no ministério celestial de Cristo ou pode­
mos desfrutar a salvação orgânica de Deus.  
VII. OS CRENTES DEVEM CONSIDERAR 
GRANDEMENTE A ENTRADA NESTA ESFERA

Os crentes devem considerar grandemente a entrada 
nesta esfera, percebendo que sem o Cristo que se tornou o 
Espírito que dá vida, sem o Cristo que é o Cristo pneumático, 
sem o Cristo que é o Senhor Espírito, e sem o Cristo que é o 
Cristo   em   ressurreição   e   não   somente   na   carne,   absoluta­
mente não há nenhuma maneira para os crentes participa­
rem,   experimentarem,   e   desfrutarem   a   seção   orgânica   da 
salvação completa de Deus em Cristo.   

50
CAPÍTULO QUATRO

“O PRÓPRIO ESPÍRITO COM NOSSO 
ESPÍRITO” A CHAVE PARA ABRIR AS OITO 
SEÇÕES DA SALVAÇÃO ORGÂNICA DE DEUS
(1)

Esboço

Nota: A intenção de Deus em Sua salvação orgânica é unir o 
espírito   do  crente   com   Seu  Espírito  como   um   espírito—um 
espírito mesclado—1Co 6:17.

I.     Abrir a primeira seção da regeneração:
A.    O  Espírito  da   realidade  veio  para   convencer   os 
pecadores com respeito ao pecado e com respeito 
a justiça e ao julgamento (Jo 16:8­11), levando­
os ao arrependimento da condição caída deles e 
entrando   na   morte   e   sepultamento   de   Cristo 
(Mt 3:2, 5­6).
B.   Nessa união o Espírito da realidade germina os 
crentes arrependidos com a ressurreição da vida 

51
de   Cristo   para   regenerá­los,   gerando­os   no   seu 
espírito novamente—1Pe 1:3; Jo 3:3,5.
C.   Isto  é  “o que  é  nascido do Espírito  [de  Deus]  é 
espírito   [do   homem]—um   espírito   nascido   do 
Espírito—Jo 3:6
D.   O   Espírito   de   Deus   testifica   com   o   espírito   dos 
crentes   regenerados   que  eles   são   filhos   de   Deus 
(espiritual)—Rm 8:16.
II.   Para abrir a segunda seção de alimentar
A.   O Senhor deseja que os crentes regenerados como 
bebês   recém­nascidos   alimentem­se   do   leite 
(espiritual) da palavra, que é espírito e vida (Jo 
6:63), para que eles possam crescer em Sua vida 
para sua salvação diária—1Pe 2:2 
A. Conforme eles crescem na vida divina, eles tam­
bém   têm   que   ser   nutridos   de   alimento   sólido, 
não somente de leite, ao exercitar seu espírito 
para contatar o Espírito da palavra de Deus a 
fim de que possam receber o suprimento da vida
—Hb 5:13­14; Mt 4:4b. 
III.         Para abrir a terceira seção da santificação disposi­
cional:
A.     Os crentes que foram regenerados e que estão 
crescendo   precisam   ser   santificados   pelo  Espí­
rito Santo (Rm 15:16) em sua disposição com o 
elemento   da   vida   ressurreta   de   Cristo   a   qual 
eles recebem por meio da nutrição para que a 
disposição natural, tortuosa, perversa e cheia de 
peculiaridades,   possam   ser   santificadas   com   a 
natureza santa, divina de Deus (2Pe 1:4) a fim 
de que eles possam ser santificados para Deus 
(Ef 1:4).
B. Essa   santificação   disposicional   pelo   Espírito 
Santo   começa   a   partir   do   nosso   espírito   pas­

52
sando pela nossa alma para nosso corpo a fim 
de   que   todo   nosso   ser   possa   ser   totalmente 
santificado—1Ts 5:23
IV.      Para abrir a quarta seção da renovação:
A.  Conforme prosseguimos com a santificação dispo­
sicional, o Senhor nos renova pelo Seu Espí­rito
—Tt 3:5
B.       O   Espírito   renovador   é   mesclado   com   o   nosso 
espírito regenerado como um espírito mesclado 
para expandir a nossa mente para renovar todo 
nosso ser como um membro do novo homem des­
pindo do nosso velho homem, isto é, ao renun­
ciar   e   negar   nosso   velho   ego   (Mt   16:24),   e 
revestindo do novo homem, isto é, ao aplicar o 
que Cristo cumpriu na criação do novo homem 
(Ef 2:15), por viver e magnificar Cristo através 
do suprimento abundante do Espírito de Jesus 
Cristo (Fl 1:19­21)—Ef 4:22­24.
C.       O Senhor usa os sofrimentos no ambiente para 
consumir, para matar, nosso homem exterior a 
fim   de  que   o   nosso  homem   interior   seja   reno­
vado dia após dia—2Co 4:16.
C. Visto que todos nós os crentes seremos a parte 
consumadora da Nova Jerusalém, temos que ser 
renovados   para   ser   tão   novos   como   a   Nova 
Jerusalém—Ap 21:2
V.      Para abrir a quinta seção da transformação:
A.       A   transformação   é   pela   renovação   da   nossa 
mente (Rm 12:2b). Ela não é um tipo de corre­
ção   exterior,   ou   ajuste,   mas   um   metabolismo 
interior pela adição do elemento da vida divina 
de   Cristo   em   nosso   ser   para   ser   expressado 
exteriormente na imagem de Cristo. Ela é então 
pelo Senhor Espírito (o Cristo pneumático) para 

53
nos transformar à imagem da glória de Cristo—
2Co 3:18 
D. Temos que viver e andar pelo Espírito (Gl 5:16, 
25)   e   andar   segundo   o   espírito   mesclado   (Rm 
8:4b), de modo que a vida divina de Cristo possa 
nos regular para nos transformar à imagem do 
Senhor em glória.
VI.                 Para abrir a sexta seção da edificação:
A.     Primeira Coríntios 3:9 e 12 nos desvendam que 
somos edifício de Deus e temos que edificar com 
ouro   (simbolizando   a   natureza   dourada   de 
Deus, o Pai), prata (a obra redentora de Deus o 
Filho), e as pedras preciosas (a obra transforma­
dora de Deus o Espírito), não com madeira (sim­
bolizando a natureza do homem natural), palha 
(o homem caído, o homem carnal), e feno (a obra 
e   viver   que   resultam   da   origem   terrena).   Isto 
indica   que   o   edifício   de   Deus   no   qual   somos 
participantes   deve   ser   pelos   itens   transforma­
dores como ouro, prata e pedras preciosas, não 
pela   nossa   natureza,   nossa   carne,   e   coisas   de 
origem terrena.
B.   O edifício de Deus como a edificação da igreja, o 
Corpo de Cristo, por meio da transformação do 
Espírito está claramente simbolizado pela mu­
ralha de jaspe com seus fundamentos da Nova 
Jerusalém   (Ap   21:18­20).   Jaspe   é   uma   pedra 
preciosa   transformada   e   a   muralha   da   Nova 
Jerusalém   parece   um   grande   bloco   de   jaspe, 
indicando que enquanto as pedras estavam sob 
a  transformação,  elas   foram   edificadas   juntas. 
Por isso, tanto o edifício como a transformação 
são pelo mesmo Espírito transformador e edifi­
cador.

54
C.    Os escritos de Paulo desvenda a nós que a igreja, 
o Corpo de Cristo, como o lugar de habitação de 
Deus   está   em   nosso   espírito   habitado   pelo 
Espírito de Deus—Ef 2:22; Rm 8:11
D.       Cristo faz Sua morada em nossos corações por 
meio do fortalecimento do Espírito de Deus em 
nosso   homem   interior   (nosso   espírito   regene­
rado) onde Cristo está (2Tm 4:22), para a pleni­
tude (expressão) de Deus—Ef 3:16­19
E.    Baseado no fato de que o Espírito de Deus habita 
interiormente no amante de Cristo (Jo 14:17), Deus o 
Pai e o Filho vêm para o amante de Cristo e faz uma 
mutua habitação com ele (v.23).

Oração: Senhor, nunca poderemos nos esquecer de que 
Tu és a misericórdia, a graça e o Espírito, até mesmo o Espí­
rito que dá vida e o Espírito sete vezes intensificado. Senhor, 
Tu criaste para nós um espírito humano, e em Sua salvação 
orgânica a primeira coisa que Tu fizeste foi regenerar nosso 
espírito.   Por   fim,   Senhor,   Tu   colocaste   a   Ti   mesmo   como 
Espírito   em   nosso   espírito   e   mesclando   com   nosso   espírito 
para   nos   tornar   um   espírito.   Oh,   aquele   que   se   une   ao 
Senhor é um espírito! Jamais poderemos nos esquecer disto. 
Nós O adoramos por isto. Impressione­nos e sempre nos faça 
lembrar de que nosso ser é um espírito Contigo. Nós vivemos 
em nosso espírito com Seu Espírito? Nós nos movemos em 
nosso   espírito   com   Seu   Espírito?   Senhor,   temos   comunhão 
Contigo em nosso espírito com Seu Espírito? Senhor, lembre­
nos   todo   o   tempo.   Senhor,   fale   a   nós   para   que   possamos 
receber visões adicionais. Amém.  

Nesta mensagem não queremos meramente repetir os 
itens da salvação orgânica de Deus. Ao invés disso, quere­
mos   ver   que   a   chave   da   salvação   orgânica   de   Deus   é   o 

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Próprio   Espírito   com   nosso   espírito.   Não   devemos   nos 
esquecer que há tal frase maravilhosa na Bíblia em Romanos 
8:16. Até mesmo depois que entrarmos na Nova Jerusalém, 
eu   gostaria   de   ver   um   banner   lá   que   dizendo—“O  Próprio 
Espírito com  nosso espírito.” O Próprio Espírito com  nosso 
espírito está fazendo uma coisa: testificando que somos filhos 
de Deus. Apenas dizer ao povo de Deus é muito relativo, mas 
dizer os filhos de Deus é grandioso.  
O Próprio Espírito é O que testifica, e este Espírito é o 
Espírito da vida, o Espírito que dá vida, o Espírito que é o 
Espírito  de   Cristo.  Este   Espírito   também  é   o  Cristo  pneu­
mático e o Espírito que habita interiormente. Nosso espírito 
foi criado por Deus, mas tornou­se morto por causa da queda. 
Mas depois ele foi regenerado por Deus. Não somente isso, 
após   a   regeneração,   o   Espírito   regenerador   permanece   em 
nosso   espírito   regenerado   e   se   mescla   com   nosso   espírito 
fazendo   dos   dois   um.   Primeira   Coríntios   6:17   diz,   “Aquele 
que se une ao Senhor é um espírito.”  
Nós   não   somente   somos   homens­Deus,   mas   também 
somos um com Deus, um espírito com Deus. O espírito huma­
no e o Espírito divino não estão somente unidos e mesclados, 
mas também são um espírito. O Espírito é vida e Aquele que 
dá   vida.   Deus   é   o   Espírito   e   em   Sua   salvação   orgânica 
maravilhosa, Ele nos fez um espírito com Ele. Esta é apenas 
uma palavra simples em 1 Coríntios 6:17, mas eu nunca vi 
esta verdade mesmo depois de ter estudado a Bíblia durante 
pelo menos trinta anos. Um dia eu percebi que eu era um 
espírito   com   Deus.   Isto   não   é   algo   pequeno.   Lamentavel­
mente,   até   mesmo   na   restauração   do   Senhor,   muitos   dos 
presbíteros e até mesmo os cooperadores não sabem a verda­
deira  posição deles.  Nossa  verdadeira   posição é  que somos 
um espírito com Deus. Fomos salvos neste nível elevado. O 
que Deus é, nós somos.  

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Quando percebermos nosso estado, isto afetará nosso 
viver. Quando eu falo com as pessoas de maneira engraçada, 
eu   sou   reprovado   interiormente   por   ser   tão   desprendido   e 
leviano sem peso. Eu sou lembrado sobre a minha posição, e 
tenho   que   confessar   ao   Senhor.   Devido   a   minha   posição 
divina,   não   ouso   ser   desprendido   ou   leviano.   Eu   não   ouso 
fazer   piada.   Nem   mesmo   com   meus   netos   eu   ouso   falar 
levianamente, porque eu não sou apenas o avô deles. Eu sou 
um avô que tem a mesma posição que Deus.  
De acordo com 1 Coríntios 6:17, a intenção de Deus em 
Sua salvação orgânica  é unir o espírito do crente com Seu 
Espírito   como   um   espírito—um   espírito   mesclado.   Conse­
qüentemente, isto não é apenas o espírito mesclado, mas um 
espírito que é um espírito com Deus, ele é igual a Deus em 
Sua   vida   e   natureza,   mas   não   em   Sua   Deidade.   Esta   é   a 
chave para abrirmos as oito seções da salvação orgânica de 
Deus.   Se   não   tivermos   esta   chave,   a   porta   ficará   fechada. 
Quando tivermos esta chave, a porta será aberta e podere­
mos ver todas as coisas escondidas do lado de dentro.  

I. ABRIR A PRIMEIRA SEÇÃO DA REGENERAÇÃO

A. O Espírito da Realidade Vindo 
Para Convencer os Pecadores

O Espírito da realidade veio para convencer os peca­
dores com respeito ao pecado, justiça e julgamento (Jo 16:8­
11). O pecado está relacionado com Adão. Adão é a fonte do 
pecado. A justiça está relacionada com Cristo. Cristo é nossa 
justiça.   O   julgamento   deve   ser   o   julgamento   de   Satanás. 
Aqui está Adão, a fonte do pecado; Cristo, a fonte da justiça, 
e   Satanás,   o   que   deve   exercer   o   julgamento.   Em   todo   o 
universo, Deus não culpa nenhum outro, a não ser ele. Todo 
o universo hoje está repleto de rebelião devido a um arcanjo 

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que é Satanás, assim o julgamento tem que ser seu. O pecado 
veio de Adão, a justiça procede de Cristo, e o julgamento vai 
para   Satanás.   O   Espírito   da   realidade   veio   nos   convencer 
disto, fazendo com que nos arrependamos de nossa condição 
caída e entrar na morte e sepultamento de Cristo (Mt 3:2, 5­
6). Esta convicção nos leva à morte e ressurreição de Cristo 
para recebê­Lo e sermos regenerados.   

B. O Espírito da Realidade Faz Germinar 
os Crentes Arrependidos
Primeiramente,   somos   convencidos   de   que   nascemos 
de Adão em pecado e que devemos tomar Cristo como nossa 
justiça. Se não fizermos, sofreremos o julgamento com Sata­
nás.   Esta   convicção   nos   leva   a   morte   e   a   ressurreição   de 
Cristo. Nesta conjuntura,  o Espírito da realidade germina­
nos, os crentes arrependidos, com a vida de ressurreição de 
Cristo   para   nos   regenerar,   nos   gerar   novamente   em   nosso 
espírito  (1Pe  1:3;  Jo 3:3,  5).  Devemos   tomar  nota   dos   dois 
espíritos aqui. O Espírito germina  nosso espírito. Esta  é a 
chave para entendermos a regeneração.  

C. Um Espírito Nascido do Espírito

“O que é nascido do Espírito [de Deus] é espírito [de 
homem]”—um espírito nascido do Espírito (Jo 3:6).  

D. O Espírito Testifica com Nosso Espírito

Verdadeiramente   o   Espírito   de   Deus   testifica   com   o 


espírito   dos   crentes   regenerados   que   eles   são   os   filhos   de 
Deus (Rm 8:16). Os filhos de Deus são divinos e espirituais. 
Não   deveríamos   dizer   que   eles   são   místicos,   porque   está 
muito claro e evidente que eles são os filhos de Deus.  

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II. ABRIR A SEGUNDA SEÇÃO DO ALIMENTAR

A. Alimentar do Leite Espiritual da Palavra

O   Senhor   deseja   que   os   crentes   regenerados   como 


bebês   recém­nascidos   se   alimentem   do   leite   da   palavra,   a 
qual é espírito e vida (Jo 6:63), para que eles possam crescer 
em Sua vida para a salvação diária deles (1Pe 2:2). O prime­
iro   passo   da   salvação   orgânica   de   Deus   é   a   regeneração. 
Depois da regeneração os bebês recém­nascidos precisam se 
alimentar   do   leite   da   Palavra   santa.   A   Palavra   santa   é   o 
Espírito,   de   forma   que   o   leite   é   o   leite   espiritual.   Esta 
alimentação   é   para   que   eles   possam   crescer   em   vida   na 
salvação   diária   deles.   Diariamente   precisamos   ser   salvos. 
Isto   é   porque   nossa   atitude,   o   tom   de   nossa   voz,   e   nosso 
espírito   não   é   tão   adequado.   Nem   sequer   a   maneira   que 
olhamos para os outros é correta. Precisamos ser ajustados, 
sermos salvos de muitas coisas. Precisamos crescer para essa 
salvação.   A   palavra   “para”   significa   “resultando   em”   ou 
“para.” Temos que crescer para a salvação e precisamos de 
um   crescimento   que   resulta   em   salvação.   Se   não   tivermos 
nenhum   crescimento,   não   poderemos   desfrutar   a   salvação 
que precisamos.  

B. Alimentar do Alimento Sólido da Palavra

Ao passo que eles crescem na vida divina, os crentes 
regenerados também devem se alimentar de comida sólida, 
não somente de leite, exercitando seu espírito para contatar 
o Espírito da palavra de Deus para que eles possam receber a 
provisão   de   vida   (Hb   5:13­14;   Mt   4:4b).   Nosso   receber   a 
provisão de vida é para nossa maturidade em vida. Mesmo 
na seção de alimentar, tanto o Espírito como nosso espírito 
estão envolvidos.  

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III. ABRIR A TERCEIRA SEÇÃO DA 
SANTIFICAÇÃO DISPOSICIONAL 

(O   ponto   III   desta   mensagem   foi   recomposto   para 


substituir o que foi falado na conferência. Todos os partici­
pantes   do   Treinamento   Internacional   do   Entremesclar   dos 
Cooperadores   e   Presbíteros:   por   favor,   leia   esta   porção 
recomposta como um pedido amoroso especial.)

A. No Espírito Santo

A  santificação  de Deus  em  nós  tem  três  aspectos. O 


primeiro aspecto  é Sua busca por santificação por meio do 
Espírito   Santo   com   Sua   Palavra   iluminadora   inicialmente 
(1Pe 1:2; Lc 15:8); o segundo aspecto é a santificação posicio­
nal  por meio do sangue redentor de Cristo judicialmente (Hb 
13:12; 10:29); o terceiro aspecto é a santificação disposicional 
por meio do Espírito Santo organicamente (Rm 15:16; 6:19, 
22). Salientamos os primeiros dois aspectos em outras oca­
siões. O que está evidenciado nesta mensagem  é o terceiro 
aspecto. Romanos 15:16 desvenda a nós os crentes em Cristo, 
que somos santificados no Espírito Santo para ser aceitável a 
Deus,   especialmente   os   crentes   Gentios   que   são   mais 
comuns.   Todos   os   crentes   regenerados   e   em   crescimento 
precisam ser santificados em sua disposição com o elemento 
da   vida   de   ressurreição   da   vida   de   Cristo,   a   qual   eles 
recebem  através do nutrimento, de forma  que eles  possam 
ser santificados com a natureza santa de Deus (2Pe 1:4) para 
que possam tornar­se santos para Deus (Ef 1:4). A santifi­
cação mencionada em Romanos 6:19 e 22 refere­se a este tipo 
de santificação. Nossa natureza caída tornou­se uma dispo­
sição distorcida, tortuosa e pervertida, que precisa ser ajus­
tada e endireitada particularmente na santificação de Deus 
com Sua natureza santa.  

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B. De Nosso Espírito, Por Meio de 
Nossa Alma, e até Nosso Corpo

A   santificação   orgânica   e   disposicional   por   meio   do 


Espírito Santo começa em nosso espírito, para nossa alma, 
até   nosso   corpo,   de   forma   que   todo   nosso   ser   possa   ser 
santificado   completamente.   Primeira   Tessalonicenses   5:23 
diz   claramente   que   o   Espírito   Santo   está   nos   santificando 
começando a partir de nosso espírito (não de nossa alma ou 
nosso corpo), para nossa alma, até nosso corpo para que todo 
nosso ser possa ser completamente para Deus. 

IV. ABRIR A QUARTA SEÇÃO DA RENOVAÇÃO

A. O Renovar do Espírito Santo

Ao   avançar   junto   com   a   santificação   disposicional,   o 


Senhor nos renova por meio de Seu Espírito (Tt 3:5).

B. Ser Renovados no Espírito de Nossa Mente

O renovar do Espírito está mesclado com nosso espí­
rito regenerado como um espírito mesclado para se expandir 
em nossa mente (Ef 4:23) para renovar todo nosso ser como 
um membro do novo homem despojando­nos do nosso velho 
homem (Ef 4:22), isto é, por renunciar e negar nosso velho 
ego (Mt 16:24), e nos revestindo do novo homem (Ef 4:24), 
isto   é,   por   aplicar   o   que   Cristo   realizou   ao   criar   o   novo 
homem (Ef 2:15).  
Efésios 4:23 diz que seremos renovados no espírito de 
nossa mente. Despojar do velho homem e revestir do novo 

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homem é ser renovado no espírito de nossa mente. Quando o 
Espírito Santo que habita interiormente e está mesclado com 
nosso   espírito   se   expande   em   nossa   mente,   este   espírito 
mesclado   torna­se   o   espírito   em   nossa   mente.   É   por   meio 
deste espírito mesclado que nossa mente é renovada. 
Nos tornamos um novo homem por meio de Cristo na 
cruz.   Efésios   2:15   diz   que   Cristo   na   cruz   criou   os   dois,   os 
Judeus e os Gentios, em um novo homem. Ele já criou o novo 
homem, mas temos que aplicar o novo homem. Temos que 
nos  despir do velho homem  e nos revestir do novo homem 
pela renovação do Espírito mesclado com nosso espírito para 
se expandir em nossa mente e renová­la. Isso é mudar nossa 
mente.  
Em Mateus 16:24 o Senhor diz que se quisermos vir 
após Ele, precisamos negar a nós mesmo e tomar nossa cruz. 
Negar a si mesmo é renunciar­se, aplicar a cruz a nós mes­
mos. Isso  é despir­se do velho homem. Revestir­se do novo 
homem é viver e magnificar Cristo pela provisão abundante 
do Espírito de Jesus Cristo (Fp 1:19­21). A renovação está 
completamente   envolvida   com   o   Espírito   e   nosso   espírito 
regenerado   os   quais   se   tornam   o   um   espírito.   Este   um 
espírito é o espírito renovado em nossa mente para mudá­la. 

C. A Destruição do Nosso Homem Exterior

O   Senhor   usa   os   sofrimentos   ao   nosso   redor   para 


consumir, para matar nosso homem exterior para que nosso 
homem interior possa ser renovado de dia em dia. Segunda 
Coríntios 4:16 diz, “Por isso não desfalecemos, mas ainda que 
nosso   homem   exterior   esteja   se   desgastando   [sendo   consu­
mido], contudo nosso homem interior está sendo renovado de 
dia em dia. O homem exterior deveria ser consumido, morto, 
de   forma   que   o   homem   interior,   nosso   espírito   regenerado 
como a pessoa com a alma renovada como seu órgão, possa 

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ser   renovado   de   dia   em   dia.   Este   renovar   é   por   meio   do 
trabalhar   de   Deus   com   cada   situação   em   nosso   ambiente 
diário. Diariamente estamos preocupados com muitas coisas. 
Esta preocupação pode ser com nosso cônjuge, nossos filhos, 
ou   nossos   cooperadores.   Esta   preocupação   consome   nosso 
homem exterior, nosso homem natural, de forma que nosso 
homem interior possa ser renovado com a provisão da vida de 
ressurreição.  
D. Tornando­se tão Novo quanto à Nova Jerusalém

Desde que todos nós, os crentes, seremos a parte con­
clusiva   da   Nova  Jerusalém,  temos  que ser  renovados  para 
ser tão novos quanto à Nova Jerusalém (Ap 21:2). A Nova 
Jerusalém   é   chamada   primeiramente   de   a   cidade   santa, 
assim   temos   que   ser   santos.   Então   é   chamada   de   a   Nova 
Jerusalém,   portanto,   temos   que   ser   novos.   Se   não   formos 
renovados,   não   estaremos  qualificados   para   estar  na   Nova 
Jerusalém. Devemos ser tão novos quanto à Nova Jerusalém.
  
V. ABRIR A QUINTA SEÇÃO 
DA TRANSFORMAÇÃO

A. Transformação Pela Renovação 
da Nossa Mente

Transformação é pela renovação da nossa mente; ela é 
o   resultado   da   renovação.   Romanos   12:2   diz   que   somos 
transformados pela renovação da mente. Quando sua mente 
for renovada, você será transformado. Transformação não é 
nenhum tipo de correção externa ou ajuste, mas um metabo­
lismo   interno   pela   adição   do   elemento   da   vida   divina   de 
Cristo   em   nosso   ser   para   ser   expressado   exteriormente   à 
imagem de Cristo. Nossa digestão e assimilação da comida é 
um  tipo de metabolismo para  receber um elemento novo e 

63
descartar o elemento velho. Por termos o elemento da vida de 
Cristo adicionado em nosso espírito, há uma espécie de meta­
bolismo   para   produzir   algo   para   ser   expressado   exterior­
mente   à   imagem   de   Cristo.   Se   uma   pessoa   não   comer 
durante   vários   dias,   sua   face   ficará   pálida.   Para   adquirir 
uma  cor  saudável  em  sua  face,  ela   precisa   ser  alimentada 
corretamente. Então sua face ficará saudável e rosada. Isso é 
para expressão. Hoje a transformação espiritual é a mesma 
coisa. Temos que ter o elemento da vida de Cristo adicionado 
em nós por comê­Lo como nosso alimento espiritual. Então 
haverá o metabolismo para descartar o elemento velho ao ser 
adicionado o elemento novo da vida de Cristo. Assim ele será 
expressado exteriormente para ser a imagem de Cristo. Esta 
transformação,   este   tipo   de   metabolismo,   é   por   meio   do 
Senhor Espírito (o Cristo pneumático) para nos transformar 
à imagem da glória de Cristo (2Co 3:18). O Senhor agora se 
tornou o Espírito, e este Senhor Espírito é o Espírito trans­
formador. 

B. Vivendo e Andando pelo Espírito

Temos que viver e andar pelo Espírito (Gl 5:16, 25) e 
andar de acordo com o espírito mesclado (Rm 8:4b), para que 
a vida divina de Cristo possa regular­nos e transformar­nos à 
imagem do Senhor em glória. O Espírito não somente produz 
um metabolismo divino em nós, mas também nos ajusta. Ele 
ajusta   nosso  andar,  e  isto  também   gera   transformação  em 
nós.   Interiormente   há   o   metabolismo;   exteriormente   há   o 
ajuste.  

VI. ABRIR A SEXTA SEÇÃO DO EDIFICAR

A. Edificar com Ouro, Prata e Pedras Preciosas

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Primeira   Coríntios   3:9   e   12   revela   a   nós   que   somos 
edifício de Deus e devemos edificar com ouro (tipificando a 
natureza dourada de Deus Pai), prata (a obra redentora de 
Deus o Filho), e pedras preciosas (a obra transformadora de 
Deus o Espírito), não com madeira (tipificando a natureza do 
homem natural), feno (o homem caído, o homem de carne), e 
palha (a obra e viver que resulta de uma fonte terrena). Isto 
indica   que   o   edifício   de   Deus   no   qual   somos   participantes 
deve   ser   por   meio   de   materiais   transformados   como   ouro, 
prata,   e   pedras   preciosas,   não   pela   nossa   natureza,   nossa 
carne, e as coisas da fonte terrena.  

B. Tipificado pela Muralha de Jaspe com Seus 
Fundamentos da Nova Jerusalém

A edificação de Deus assim como a edificação da igreja, 
o Corpo de Cristo, é por meio da transformação do Espírito 
tipificado claramente pela muralha de jaspe com seus funda­
mentos da Nova Jerusalém (Ap 21:18­20). Jaspe é uma pedra 
preciosa   transformada  e  a   muralha   da   Nova   Jerusalém   se 
parece   com   um   grande   pedaço   de   jaspe,   indicando   que 
enquanto   as   pedras   estavam   sob   transformação,   elas   tam­
bém   foram   edificadas   junto.   Conseqüentemente,   tanto   a 
edificação   quanto   a   transformação   são   através   do   mesmo 
Espírito transformador e edificador. O Espírito edificador é o 
mesmo   Espírito   transformador.   Os   dois   são   unidos   juntos. 
Onde   há   transformação,   também   há   edificação.   Hoje   na 
igreja é a mesma coisa—sem transformação, sem edificação. 
Coordenação não é edificação. A edificação é pela vida trans­
formada.   Quando   somos   transformados,   somos   edificados 
juntos com os outros. Vamos dizer que vários irmãos estejam 
trabalhando juntos. Quando a peculiaridade de cada irmão 
aflorar,   será   difícil   haver   coordenação   entre   eles,   é   inútil 

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dizer a eles para crescerem juntos como um edifício. Estes 
irmãos podem ser edificados juntos somente sendo transfor­
mados.   Por   meio   da   transformação   individual   de   cada   um 
eles crescem juntos. A transformação produz o crescimento 
de vida, e este crescimento os edifica juntos. Esta é a verda­
deira edificação da igreja hoje. A verdadeira edificação não é 
somente coordenação. Nossa coordenação, cedo ou tarde, será 
quebrada se nós não formos transformados. Talvez um certo 
irmão   sinta   que   ele   não   pode   continuar   junto   com   outro 
irmão por causa da peculiaridade forte daquele irmão. O que 
este irmão deveria fazer? Ele deve ir para a cruz para servir 
de exemplo para o outro irmão seguir. Depois de um período 
de tempo, ambos aprenderão a serem crucificados para ser 
transformados.   Então   eles   não   precisarão   se   preocupar 
quanto   à   coordenação,   porque   eles   crescerão   juntos.   Os 
membros   de   nosso   corpo  físico  não   são  meramente  coorde­
nados.   Eles   estão   crescendo   juntos   através   da   circulação 
sangüínea.  

C. O Lugar de Habitação de Deus em Nosso Espírito

Os   escritos   de  Paulo  desvenda   a   nós   que  a  igreja,  o 


Corpo de Cristo, como o lugar de habitação de Deus está em 
nosso espírito habitado pelo Espírito de Deus (Ef 2:22; Rm 
8:11). Isto mostra que a edificação da igreja está completa­
mente envolvida com dois espíritos, o Espírito divino e nosso 
espírito   humano.   O   Espírito   divino   é   o   Morador,   e   nosso 
espírito é o lugar de habitação. Nosso ser edificado para ser o 
lugar   de   habitação   de   Deus   está   envolvido   com   os   dois 
espíritos.  

D. Cristo Edificando Sua Morada 
em Nossos Corações

66
Cristo faz (edifica) Sua morada em nossos corações por 
meio do fortalecimento do Espírito de Deus em nosso homem 
interior   (nosso   espírito   regenerado)   onde   Cristo   está   (2Tm 
4:22),   para   a   plenitude   (expressão)   de   Deus   (Ef   3:16­19). 
Efésios 3 nos diz que hoje Cristo está fazendo Sua morada 
em   nosso   coração.   Fazer   esta   morada   é   a   edificação.   Isto 
acontece   primeiramente  por   sermos   fortalecidos   com   poder 
mediante   o   Espírito   em   nosso   homem   interior,   em   nosso 
espírito. Então Cristo tem a chance de edificar Sua morada 
em   nosso   coração   de   forma   que   possamos   ser   enchidos, 
resultando na plenitude do Deus Triúno para a expressão do 
Deus Triúno.  

E. Deus o Pai e o Filho Faz uma Morada 
Mútua com o Amante de Cristo

Baseado   no   fato   de   que   o   Espírito   de   Deus   habita 


dentro do amante de Cristo (João 14:17), Deus o Pai e o Filho 
vem a este amante de Cristo e faz uma morada mútua com 
ele (v. 23). João 14:23 diz que se alguém ama o Filho, o Pai e 
Ele virão para fazer uma morada com ele. Isto significa fazer 
um lugar de habitação mútuo para o Deus Triúno e o crente. 
O Espírito que habita interiormente é mencionado no versí­
culo 17. Baseado neste fato, o Pai e o Filho vêm fazer um 
lugar de habitação mútuo conosco. Isto é edificação. Em João 
14:2   o   Senhor   disse,   “No   casa   de   Meu   Pai   há   muitas 
moradas.” O versículo 23 nos diz como estas muitas moradas 
são   edificadas.   É   pelo   Espírito   vivendo   em   nós   como   um 
fundamento;   então   o   Pai   e   o   Filho   vêm   a   nós   fazer   uma 
morada   mútua   conosco.   Todos   estes   versículos   são   muito 
místicos.  
Na salvação orgânica de Deus, primeiro nossa vida é 
tocada, isto  é, Deus  na regeneração coloca a Si mesmo em 
nosso   espírito   para   ser   nossa   vida.   Nossa   vida   agora   tem 

67
uma adição. No passado tínhamos apenas nossa vida huma­
na. Mas pela regeneração começamos a ter outra vida que foi 
adicionada à nossa velha vida, e esta vida é a vida de Deus. 
Isto não é uma troca, mas a adição de uma outra vida. Então 
nossa natureza é santificada com a natureza de Deus; nossa 
mente é mudada por ter a mente de Deus em nossa mente 
pelo   espírito   mesclado.   Isto   significa   que   todo   nosso   ser   é 
transformado.   

CAPÍTULO CINCO

“O PRÓPRIO ESPÍRITO COM NOSSO 
ESPÍRITO” A CHAVE PARA ABRIR AS OITO 
SEÇÕES DA SALVAÇÃO ORGÂNICA DE DEUS

(2)

Esboço

68
VII. Para abrir a sétima seção da conformação:
A. Conformação é a consumação da transformação. A
transformação é uma obra gradual para nos trans-
formar à imagem gloriosa de Cristo (2Co 3:18) que
necessita da consumação e esta consumação é a
conformação para conformar os crentes transfor-
mados à imagem do primogênito Filho de Deus—o
primeiro homem-Deus—Rm 8:29
B. Esta conformação é o crescimento pleno do Deus
Triúno processado—o Pai corporificado no Filho e o
Filho concebido como o Espírito—como a vida
divina em Cristo (Cl 1:28) que cresce nos crentes
para maturidade.
A. Ela é também a varonilidade na medida da estatura
da plenitude de Cristo—Ef 4:13
VIII. Para abrir a oitava seção da glorificação:
A. Glorificação é o passo final da salvação orgânica de
Deus em Cristo que traz os crentes conformados a
glória de Deus—Rm 8:18, 21; Hb 2:10; 1Pe 5:10
B. Esta glorificação é o saturar da glória de Deus do
interior dos crentes como a aplicação da tinta do
selar que os crentes receberam em sua salvação—Ef
1:13; 4:30
C. Esta glorificação é para transfigurar nosso corpo de
humilhação para sermos conformados ao corpo da
Sua glória (Fl 3:21). Por isso, é chamada de a
redenção do corpo dos crentes—Ef 4:30; Rm 8:23
D. Esta glorificação, a redenção do nosso corpo, é o
desfrute pleno da nossa filiação—Rm 8:23

IX. Para abrir a seção adicional da salvação orgânica sete vezes


intensificada de Deus:

Nota—As três seções do ministério de Cristo:

1. A primeira seção de Seu ministério terreno, cum-


prida por Ele, judicialmente na esfera física, como
o Cristo na carne de Sua encarnação a Sua morte

69
no período de Sua idade humana de trinta e três
anos e meio.
2. A segunda seção do Seu ministério celestial, exe-
cutada por Ele organicamente na esfera mística, o
Cristo como o Espírito que dá vida desde a Sua
ressurreição até o final do milênio no período da
era da igreja e da era do reino.
3. A terceira seção do Seu ministério celestial sete
vezes intensificado, executado por Ele, intensi-
ficado sete vezes organicamente na esfera mística,
o Cristo como o Espírito que dá vida sete vezes
intensificado desde a degradação da igreja até a
vinda do novo céu e nova terra.
D. Para:
1. Salvar os crentes na igreja em Éfeso da vida
da igreja formal, que tinha perdido o pri-
meiro amor ao Senhor, a capacidade bri-
lhante do candelabro, o desfrute de Cristo
como vida, para se tornarem os vencedores
para que eles sejam recompensados para
comer da árvore da vida no Paraíso de Deus
—A Nova Jerusalém na era do reino—Ap
2:1-7
2. Fortalecer os crentes que sofrem na igreja
em Esmirna para vencer a perseguição ao
serem martirizados para que sejam recom-
pensados por não provar o dano da segun-
da morte durante a era do reino—Ap 2:8-11
3. Santificar os crentes na igreja em Pérgamo
da união com o mundo e dos ensinamentos
de Balaão e dos Nicolaítas para serem os
vencedores para que possam ser recompen-
sados para comer o maná escondido e ter
uma pedra branca na qual um novo nome
será escrito na era do reino—Ap 2:12-17
4. Salvar os crentes na igreja em Tiatira da
adoração dos ídolos, fornicação, ensina-
mentos demoníacos, e das coisas profundas
de Satanás para serem vencedores para que

70
possam ser recompensados com a autori-
dade sobre as nações na era do reino—Ap
2:18-29
5. Ressuscitar os crentes na igreja em Sardes
da sua morte e condição de morte para
serem vencedores para que possam ser
recompensados ao andar com o Senhor
vestidos de branco e não terem seus nomes
apagados do livro da vida, mas confessados
pelo Senhor diante do Pai e Seus anjos na
era do reino—Ap 3:1-6
6. Encorajar os crentes na igreja em Filadélfia
para reter o que eles têm para que ninguém
tome sua coroa para serem vencedores para
que sejam recompensados a fim de que
sejam a coluna no templo de Deus com o
nome de Deus e o nome da Nova Jerusalém
e o novo nome do Senhor escrito sobre eles
na era do reino—Ap 3:7-13
7. Despertar os crentes da igreja em Laodicéia
de sua mornidão e condição sem Cristo,
exortando-os a pagar o preço pelo ouro refi-
nado, vestes brancas, e ungüento e abrir a
sua porta ao bater do Senhor para serem
vencedores a fim de que possam ser recom-
pensados para sentarem-se no trono do
Senhor na era do reino—Ap 3:14-22
E. Pelo:
1. O falar do Cristo pneumático sete vezes
intensificado, ilimitado, liberador de vida,
(o Cordeiro com os sete Espíritos como
Seus olhos—Ap 5:6) as sete igrejas no prin-
cípio de cada epístola respectivamente se
tornando o falar sete vezes intensificado,
todo inclusivo, o Espírito que dá vida para
todas as sete igrejas no final de cada
epístola universalmente—Ap 2:1, 7, 5, 11,
12, 17, 18, 29; 3:1, 6, 7, 13, 14, 22.

71
2. A participação dos santos vencedores que
estão vivendo em seu espírito—Ap 1:10; 4:2;
17:3; 21:10
F. Para:
1. A preparação completa da noiva para Cristo
o noivo ter Seu casamento triunfante no
milênio para Sua satisfação segundo o Seu
bom prazer—Ap 19:7-9
2. A formação do exército nupcial para Cristo
derrotar e destruir Seus inimigos mais im-
portantes na humanidade, o Anticristo e seu
falso profeta—Ap 19:11-21; 17:14
3. Amarrar Satanás e lançá-lo para o abismo por
mil anos—Ap 19:11-21; 17:14
4. Trazer o reino de Cristo e de Deus, que será o
milênio—Ap 20:4-6
5. A consumação inicial da Nova Jerusalém no
milênio (Ap 2:7) e sua plena consumação
no novo céu e nova terra (Ap 21:2)
G. O resultado final—o Espírito finalmente consuma-
do como a consumação do Deus Triúno proces-
sado se torna o Noivo e o agregado dos santos
vencedores se tornam a noiva do romance uni-
versal entre o Deus redentor e Seu homem redi-
mido como a conclusão das Escrituras na totali-
dade—Ap 22:17

Oração:   Senhor,   nós   Te   agradecemos   por   Teu   propósito 


divino. Tu queres fazer­nos exatamente iguais Ti em vida e 
natureza, mas não na Deidade. Senhor, Tu adicionaste Sua 
vida divina à nossa humanidade criada, caída, redimida, e 
ressuscitada. Senhor, Tu santificaste nossa disposição distor­
cida   para   fazer­nos   como   Tu   és   em   Sua   natureza   santa. 
Senhor, Tu ainda estás trabalhando até que sejamos redimi­

72
dos   em   nosso   corpo   para   fazer­nos   iguais   a   Ti.   Por   fim, 
seremos capazes de dizer, "Senhor, o que Tu és, nós somos, e 
o   que   somos,   Tu   és."   A   única   diferença   é   que   Tu   tens   a 
Deidade. Nós Te agradecemos e Te adoramos porque nós não 
temos a Deidade. Tu és o único Deus. Tu és o Deus Triúno 
processado e consumado. Nós  temos  a humanidade mais a 
divindade, e Tu tens a divindade mais a humanidade. Que 
maravilhoso o fato de Deus ter humanidade! O Deus Triúno 
processado e consumado tem humanidade. Senhor, abra os 
céus a nós. Nós queremos estar nos céus para ver todas as 
coisas   como   Tu   as   vê.   Dá­nos   eloqüência.   Isto   é   absoluta­
mente  uma  nova   cultura   na  esfera   mística.   Precisamos   de 
Sua linguagem; nós precisamos de Sua eloqüência.  

VII. ABRIR A SÉTIMA SEÇÃO 
DA CONFORMAÇÃO

A. A Consumação da Transformação

Conformação   é   a   consumação   da   transformação.   A 


transformação é uma obra gradual para nos transformar  à 
imagem   gloriosa   de   Cristo   (2Co   3:18)   que   precisa   de   uma 
consumação.   Nós   ainda   estamos   no   processo   de   sermos 
73
transformados, mas nossa transformação, contudo, não tem 
sido   consumada.   A   consumação   de   nossa   transformação   é 
nossa conformação para conformar os crentes transformados 
à imagem do Filho primogênito de Deus—o primeiro homem­
Deus (Rm8:29). 
Precisamos ver a diferença entre Cristo como o Filho 
unigênito e como o Filho primogênito de Deus. Cristo sendo o 
Primogênito indica que muitos filhos O estão seguindo. Na 
ressurreição de Cristo três grandes itens foram produzidos: o 
Filho primogênito foi produzido, o Espírito que dá vida que é 
a transfiguração do último Adão foi produzido (1Co 15:45b), e 
todos os escolhidos e regenerados foram predestinados (1Pe 
1:3). Que resultado isto produziu!  

B. O Pleno Crescimento do Deus 
Triúno Processado

Esta   conformação   é   o   pleno   crescimento   do   Deus 


Triúno processado—o Pai encarnado no Filho e o Filho resul­
tando   como   o   Espírito—como   a   vida   divina   em   Cristo   (Cl 
1:28) que cresce nos crentes até a maturidade.  

C. A Perfeita Varonilidade

Ela   é   também   a   perfeita   varonilidade,   à   medida   da 


estatura   da   plenitude   de   Cristo   (Ef   4:13).   A   plenitude   de 
Cristo é o Corpo de Cristo (1:23) a qual tem uma estatura 
com   uma   medida.   Cristo   é   todo­inclusivo   e   todo­extensivo, 
ilimitado; Ele é Aquele que enche tudo em todos. Essa Pessoa 
tem um Corpo, e este Corpo é a Sua expressão. Este Corpo 
tem uma estatura, e a estatura tem uma medida. Quem pode 
medir a estatura do Corpo de Cristo, a plenitude do Cristo 
ilimitado?   Mas   nossa   conformação   à   imagem   do   Filho 
primogênito de Deus será a perfeita varonilidade, a medida 

74
exata   da   estatura   exata   da   expressão   exata   de   Cristo.   O 
Corpo   é   o   agregado   de   todos   os   crentes   que   por   meio   da 
transformação foram conformados à imagem do Filho primo­
gênito de Deus. Esta é a perfeita varonilidade da medida da 
estatura   da   plenitude  de  Cristo.  Embora   essa   medida   seja 
imensurável,   podemos   atingi­la   por   meio   de   nossa   confor­
mação.   

VIII. ABRIR A OITAVA SEÇÃO 
DA GLORIFICAÇÃO

A. O Passo Final da Salvação Orgânica de Deus

Glorificação   é   o   passo   final   da   salvação   orgânica   de 


Deus   em   Cristo   que   traz   os   crentes   conformados   para   a 
glória de Deus (Rm 8:18, 21; Hb 2:10; 1Pe 5:10). Se quiser­
mos entrar na glória, temos que ser conformados à imagem 
de Cristo. Temos que terminar nosso "curso de quatro anos." 
Então uma "graduação" será concedida a nós. A glorificação é 
a graduação do curso da vida Cristã plena. Não entraremos 
na   glória   de   uma   maneira   espontânea   de   acordo   com   o 
conceito de muitos cristãos. A glorificação é a consumação de 
uma obra gradual começando a partir da regeneração e conti­
nuando por meio do alimentar, da santificação disposicional, 
renovação,   transformação,   edificação   e   conformação.   Então 
um "diploma" será emitido a nós, o qual será nossa glorifica­
ção.  

B. A Saturação da Glória de Deus 
de Dentro dos Crentes

75
Esta glorificação é a saturação da glória de Deus de 
dentro dos crentes como a tinta do selar, a qual receberam 
em sua salvação (Ef. 1:13; 4:30). Quando um selo com muita 
tinta é aplicado à algumas páginas de papel, ela saturará até 
a última página. Efésios 4:30 diz que fomos selados com o 
Espírito   para   o   dia   da   redenção.   “Para”   significa   "resultar 
em." Esta tinta do selar do Espírito, por fim, resultará na 
redenção de nosso corpo em nossa glorificação.  
Quanta   liberdade  damos   a   esta   tinta   em   nossa   vida 
Cristã?   Ser   santificados   suavemente,   renovados,   transfor­
mados e conformados disposicionalmente, significa que per­
mitimos a tinta agir rapidamente dentro de nós até a nossa 
glorificação. Estar na glória tem dois aspectos. Por um lado, 
entraremos na glória. Por outro lado, esta glória nos satura 
interiormente pela tinta do selar do Espírito ao longo de toda 
a vida Cristã. Precisamos estar debaixo do pintar do Espírito 
diariamente. Então entraremos para a glória por meio deste 
pintar   interior,   o   qual   é   a   saturação   interior   da   glória   de 
Deus em nós.  

C. A Redenção do Corpo dos Crentes

Esta   glorificação   é   para   transfigurar   nosso   corpo   de 


humilhação para ser conformado ao corpo de Sua glória (Fp 
3:21).  Por isso,  ela   é chamada   de a  redenção  do corpo  dos 
crentes (Ef 4:30; Rm8:23). A palavra grega para transforma­
ção e transfiguração é a mesma. Ser transfigurado é o último 
passo da transformação. Ela é para mudar a forma de nosso 
corpo exterior. Nosso corpo hoje é um corpo de humilhação, 
mas ele será transfigurado em forma de outro corpo, isto é, 
no corpo glorioso de Cristo.  

76
D. O Desfrute Pleno da Nossa Filiação

Esta   glorificação,   a   redenção   de   nosso   corpo,   é   o 


desfrute pleno de nossa filiação (Rm 8:23). Somos os filhos de 
Deus,   mas   nosso   corpo   não   tem   sido,   contudo   "filificado." 
Nosso   corpo   será   filificado   quando   for   redimido.   Ser 
transfigurado, ser redimido, é ser filificado. Nascemos filhos 
de   Deus   no   momento   de   nossa   regeneração,   mas   somente 
nosso espírito foi filificado. A regeneração é o primeiro passo 
da filificação. A alimentação orgânica, santificação, renova­
ção, transformação, edificação, e conformação são os passos 
seguintes.   O   último   passo   é   a   filificação   de   nosso   corpo.  
Deus nos regenerou com Sua vida divina. Isso significa 
que Ele acrescentou Sua vida divina à nossa vida humana. 
Nossa vida humana foi criada por Deus, mas caiu. É por isto 
que precisamos de redenção. Redenção significa resgatar de 
volta   judicialmente   àquilo   que   estava   perdido.   Quando   o 
Senhor   morreu   na   cruz,   Ele   morreu   conosco,   com   nosso 
homem natural. Fomos crucificados com Ele, sepultados com 
Ele, e também ressuscitamos com Ele (Gl 2:20; Rm 6:4; Ef 
2:6).   Portanto,   fomos   criados,   caídos,   resgatados   judicial­
mente,   exaltados   e   ressuscitados.   Nossa   vida   humana   e   a 
vida   de   Deus   foram   enxertadas   juntas   (Rm   11:17).   Caso 
contrário, como poderíamos viver com Ele? Vivemos com Ele 
porque   temos   nossa   própria   vida   mais   a   vida   Dele. 
Regeneração é ter a vida divina, a vida espiritual de Deus 
além de nossa vida humana. 
Após nossa regeneração, somos santificados disposicio­
nalmente com o elemento da vida de ressurreição de Cristo. 
Por   meio   de   nossa   santificação,   nossa   natureza   natural 
distorcida,   tortuosa   e   pervertida   é   ajustada   e   endireitada 
com Sua natureza santa. O Espírito Santo dispensa a natu­
reza   santa   de   Deus   em   nosso   ser   para   endireitar   nossa 
disposição tortuosa. Pelo fato de participarmos da natureza 

77
divina   que   é   perfeita   e   reta,   nossa   natureza   é   corrigida. 
Então nossa mente é renovada, mudada. Filipenses 2 diz que 
deveríamos ter a mente de Cristo (v. 5). A obra de renovação 
de   Deus   acontece   por   meio   de   Seu   Espírito   mesclado   com 
nosso espírito para saturar nossa mente com todos os pensa­
mentos e critérios de Deus, para mudar nossa mente. Base­
ado na regeneração, santificação e renovação, o Senhor Espí­
rito hoje está transformando nosso ser por meio da adição da 
Sua vida divina para produzir um metabolismo divino dentro 
de nós. Isto transforma todo nosso ser. Por fim, esta transfor­
mação   será   completada   levando­nos   à   varonilidade   da 
medida da estatura da plenitude de Cristo, conformando  à 
imagem do Filho primogênito de Deus que é o agregado do 
Deus Triúno. Finalmente, pela saturação da glória de Deus 
dentro de nós, a glória sairá de nós. Então entraremos na 
glória e estaremos em glória. Quando atingirmos esta glória, 
nós   diremos,   "Senhor   Deus,   que   misericórdia   e   graça   que 
somos o que Tu és, e Tu és o que somos." Esta é a última 
consumação das oito seções da salvação orgânica de Deus.   
A salvação plena de Deus não é apenas nos redimir e 
nos perdoar judicialmente, nos lavar, nos justificar, nos re­
conciliar a Ele e nos santificar posicionalmente. Isto foi leva­
do a cabo por Cristo na carne em Seu ministério terreno. A 
redenção judicial de Deus foi somente o procedimento para 
Ele nos salvar organicamente como o Espírito que dá vida, 
como o Cristo  pneumático,  para  participarmos  na  salvação 
orgânica de Deus como o propósito da salvação plena de Deus 
no ministério celestial de Cristo.   

IX. ABRIR A SEÇÃO ADICIONAL DA SALVAÇÃO 
ORGÂNICA DE DEUS SETE VEZES INTENSIFICADA

78
De acordo com Isaias 30:26 a luz do sol será sete vezes 
intensificada no milênio. Hoje nós temos o Espírito sete vezes 
intensificado.  

NOTA—AS TRÊS SEÇÕES DO 
MINISTÉRIO DE CRISTO

Seu Ministério Terreno

A primeira seção do Seu ministério terreno foi judicial­
mente   realizado   por   Ele   na   esfera   física   como   o   Cristo   na 
carne a partir de Sua encarnação para Sua morte dentro da 
Sua idade humana de trinta e três anos e meio.  

Seu Ministério Celestial

A segunda seção do Seu ministério celestial foi levada 
a cabo organicamente por Ele na esfera mística como o Cristo 
como   o   Espírito   que   dá   vida   a   partir   de   Sua   ressurreição 
para o final do milênio dentro da era da igreja e a era do 
reino. A encarnação foi o primeiro passo, o inicio de Sua vida 
na carne. Mas a ressurreição é um outro passo, o inicio de 
Seu ser o Espírito, para levar a cabo Seu ministério celestial. 

Seu Ministério Celestial Sete Vezes Intensificado

A terceira seção do Seu ministério celestial sete vezes 
intensificado   é   levado   a   cabo   por   Ele   organicamente   sete 
vezes intensificado na esfera mística como o Cristo como o 
Espírito que dá vida sete vezes intensificado da degradação 
da igreja para a vinda  do novo céu e nova terra. A degra­

79
dação   da   igreja   começou   ainda   no   primeiro   século.   Em   2 
Timóteo   Paulo   nos   disse   que   todos   na   Ásia   tinham   o 
abandonado, deixando seu ministério (1:15). Também, alguns 
como   Himeneu   e   Fileto   estavam   tentando   subverter   a 
verdade   com   relação   à   ressurreição,   dizendo   que   a   ressur­
reição   já   havia   sido   realizada   (2:17­18).   Paulo   mencionou 
Demas   que   o   abandonara   por   causa   do   seu   amor   pela 
presente   era   (4:10).   Ele   também   falou   de   Alexandre,   o 
latoeiro,   que   causou­lhe   muitos   males   (4:14).   Alexandre,   o 
latoeiro, devia conhecer Paulo muito bem. Caso contrário, ele 
não poderia ter sido seu opositor. Todas estas descrições nos 
mostram   a   degradação   da   igreja.   Logo   após   escrever   2 
Timóteo por volta de 67 D.C., Paulo foi martirizado. Menos 
de trinta anos depois, João escreveu o livro de Apocalipse que 
mostra   a   degradação   das   igrejas.   Ele   também   escreveu   2 
João, a qual é uma Epístola que revela a proibição contra a 
heresia, que já estava se alastrando na igreja. 
O livro de Apocalipse se inicia desta maneira: "Graça a 
vós outros e paz da parte Daquele que é, e que era, e que está 
vindo, e da parte dos sete Espíritos que estão diante do Seu 
trono,   e   da   parte   de   Jesus   Cristo,   a   fiel   Testemunha,   o 
Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra" (1:4­
5). Nestes versículos os sete Espíritos são especificados como 
o segundo da Trindade Divina. Então o livro de Apocalipse 
nos dá um registro completo do mover do Espírito sete vezes 
intensificado   no   ministério   celestial   de   Cristo   para   fazer 
inúmeras coisas.  

A. Para:

1. Salvar os Crentes na Igreja em Éfeso

O   Espírito   sete   vezes   intensificado   trabalhou   para 


salvar os crentes na igreja em Éfeso da vida formal da igreja, 

80
a qual tinha perdido o primeiro amor ao Senhor, e a capaci­
dade   de   brilhar   como   o   candelabro,   e   o   desfrute   de   Cristo 
como vida, para tornarem­se vencedores de maneira que eles 
fossem   recompensados   para   comer   da   árvore   da   vida   no 
Paraíso de Deus—a Nova Jerusalém Nova na era do reino 
(Ap 2:1­7).  

2. Fortalecer os Crentes Sofredores 
na Igreja em Esmirna

Cristo como o Espírito que dá vida sete vezes intensi­
ficado   trabalhou   para   fortalecer   os   crentes   sofredores   na 
igreja em Esmirna para vencer a perseguição ao serem  mar­
tirizados   de   forma   que   eles   fossem   recompensados   a   não 
provar o dano da segunda morte durante a era do reino (2:8­
11). Isto mostra que os crentes que não vencerem provarão o 
dano da segunda morte.  

3. Santificar os Crentes na Igreja em Pérgamo

A igreja em Pérgamo tinha  se casado com o mundo, 
então Cristo como o Espírito que dá vida sete vezes intensi­
ficado trabalhou para santificar os crentes lá da união com o 
mundo e dos ensinamentos de Balaão e os Nicolaítas para 
serem vencedores de forma a serem recompensados a comer 
do maná escondido e ter uma pedra branca na qual um nome 
novo seria escrito na era do reino (2:12­17).   

4. Resgatar os Crentes na Igreja em Tiatira

O Espírito que dá vida sete vezes intensificado traba­
lha para resgatar os crentes na igreja em Tiatira da adoração 
de ídolos, fornicação, ensinamentos demoníacos, e as coisas 
profundas   de   Satanás   para   serem   vencedores   de   forma   a 

81
serem   recompensado  com   a  autoridade  sobre  as  nações   na 
era do reino (2:18­29).  

5. Reavivar os Crentes na Igreja em Sardes

O ministério celestial de Cristo sete vezes intensifica­
do é para reavivar os crentes na igreja em Sardes da condi­
ção   morta   e   agonizante   deles   para   serem   vencedores   de 
forma que possam ser recompensados ao andar com o Senhor 
de branco e não terem seus nomes apagados do livro da vida, 
mas confessado pelo Senhor diante do Pai e Seus anjos na 
era do reino (3:1­6).  

6. Encorajar os Crentes na Igreja na Filadélfia

Embora Filadélfia seja a melhor igreja, os crentes pre­
cisam conservar o que têm rapidamente para que ninguém 
tome a coroa deles para serem vencedores de maneira que 
possam ser recompensados para ser uma coluna no templo 
de Deus com o nome de Deus e o nome da Nova Jerusalém e 
o novo nome do Deus escrito sobre eles na era do reino (3:7­
13). O nome o qual está sobre eles indica que isto é o que eles 
são. Isto significa que eles são a Nova Jerusalém, e eles são 
Deus porque eles têm o nome de Deus neles. Também, eles 
são o Senhor Jesus porque eles têm o Seu novo nome escrito 
neles. Claro que, eles serem Deus e o Senhor Jesus é em vida 
e em natureza, mas não na Deidade.  

7. Despertar os Crentes na Igreja em Laodicéia

82
Os crentes na igreja em Laodicéia precisam ser des­
pertados de sua mornidão e sem Cristo. Então, o Senhor os 
exorta   a   pagar   o  preço  pelo  ouro   refinado,   vestes   brancas, 
colírio   e  abrir   suas   portas   ao  bater   do  Senhor   para   serem 
vencedores de maneira que possam ser recompensados para 
assentar­se   no   trono   do   Senhor   na   era   do   reino   (3:14­22). 
Eles não só estão mornos, mas também sem Cristo, porque 
Cristo está fora, batendo na porta da igreja.  

B. Por:

1. O Falar do Cristo Pneumático 
Sete Vezes Intensificado

Somos salvos da degradação pelo falar do Cristo pneu­
mático ilimitado, que libera vida, sete vezes intensificado (o 
Cordeiro com os sete Espíritos com Seus olhos—Ap 5:6). Os 
sete   Espíritos   são   os   olhos   de   Cristo,   que   é   o   Cordeiro. 
Ninguém pode separar seus olhos de sua pessoa. O Espírito 
sete vezes intensificado como os olhos de Cristo indica que 
eles são um com Cristo. O falar do Cristo pneumático sete 
vezes   intensificado   para   as   sete   igrejas   no   inicio   de   cada 
epístola respectivamente se torna o falar do Espírito que dá 
vida,   todo­inclusivo,   sete   vezes   intensificado   para   todas   as 
sete igrejas no final de cada epístola universalmente (Ap 2:1, 
7, 8, 11, 12, 17, 18, 29; 3:1, 6, 7, 13, 14, 22). No começo de 
cada   epístola   Cristo   está   falando,   e   no   final   é   o   Espírito 
falando. Isto mostra que Cristo é o Espírito.   

2. Os Santos Vencedores 
Vivem no Espírito Deles

O vencer da degradação é por meio da participação dos 
santos   vencedores   que   estão   vivendo   em   seu   espírito   (Ap 

83
1:10; 4:2; 17:3; 21:10). Por um lado, nosso vencer é por meio 
do   falar   de   Cristo   tornando   o   falar   do   Espírito.   Por   outro 
lado,   é   por   meio   de   nosso   viver   em   nosso   espírito   todo   o 
tempo. Em Apocalipse 1:10 João disse que no Dia do Senhor 
ele estava em espírito. Isto mostra que   João o apóstolo era 
um homem no espírito, sempre vivendo no espírito.  

C. Para:

1. A Preparação Completa da Noiva para Cristo

O   ministério   celestial   de   Cristo   sete   vezes   intensifi­


cado é para a preparação completa da noiva para Cristo o 
Noivo ter Seu casamento triunfante no milênio para Sua sa­
tisfação segundo o Seu bom prazer (Ap 19:7­9).  

2. A Formação do Exército Nupcial

O   ministério   celestial   de   Cristo   sete   vezes   intensifi­


cado   também   é   para   a   formação   do   exército   nupcial   para 
Cristo   derrotar   e   destruir   Seus   inimigos   mais   elevados   na 
humanidade, o Anticristo e o seu falso profeta (Ap 19:11­21; 
17:14). A  vinda  do Anticristo  e o seu falso profeta  será   os 
inimigos   humanos   de   Cristo,   atacando   Cristo   ao   máximo. 
Eles lutarão frente a frente com um exército contra Cristo. 
Mas Cristo e Sua noiva os destruirão e os lançarão no lago de 
fogo.  

3. A Prisão de Satanás

O   ministério   celestial   de   Cristo   sete   vezes   intensifi­


cado é para a prisão de Satanás e para lançá­lo no abismo 
durante mil anos (Ap 20:1­3).  

4. O Reino de Cristo e de Deus

84
O   ministério   celestial   de   Cristo   sete   vezes   intensifi­
cado também é para trazer o reino de Cristo e de Deus, o 
qual será o milênio (Ap 20:4­6).  

5. A Consumação da Nova Jerusalém

Finalmente, o ministério celestial de Cristo sete vezes 
intensificado é para a consumação inicial da Nova Jerusalém 
no milênio (Ap 2:7) e sua consumação plena no novo céu e 
nova   terra   (21:2).   Em   outras   palavras,   a   Nova   Jerusalém 
será consumada pelos vencedores  primeiro na  parte inicial 
nos mil anos em uma pequena escala e então na eternidade 
em uma escala plena. Todos os crentes, através da disciplina 
de   mil   anos,   serão   amadurecidos,   transformados,   e   confor­
mados, para participar na Nova Jerusalém na eternidade.  

D. O Resultado Final

O resultado final é que o Espírito consumado como a 
consumação do Deus Triúno processado finalmente se torna 
o Noivo e o agregado dos santos vencedores se torna a noiva 
do romance universal entre o Deus redentor e o Seu homem 
redimido como a conclusão de toda a Escritura (Ap 22:17). A 
conclusão de toda a Bíblia é um casal que é a consumação do 
romance universal do Deus redentor e Seu homem redimido. 
O Noivo é Deus como o Espírito consumado, e a noiva  é o 
agregado de todos os vencedores. Tudo isto é realizado pela 
seção   adicional   da   salvação   orgânica   de   Deus   sete   vezes 
intensificada.   

85
CAPÍTULO SEIS

86
A ÚNICA BASE DAS IGREJAS LOCAIS DE 
DEUS E A UNIDADE ÚNICA DO CORPO 
UNIVERSAL DE CRISTO 

Leitura Bíblica: 1Co 1:1­2, 9, 10­13; 3:3­4; Ef 4:3­6

A Única Base das Igrejas Locais de Deus e a Única 
Unidade do Corpo Universal de Cristo

Leitura Bíblica: 1Co 1:1­2, 9, 10­13; 3:3­4; Ef 4:3­6

Esboço

I.    A base única das igrejas locais de Deus—1Co 1:1­2, 9, 
10­13; 3:3­4

A.     A igreja de Deus—o conteúdo da igreja em sua 
essência—1:2a
B.  A igreja em Corinto—a localidade para existência, 
expressão   e   prática   da   igreja   (1:2b);   assim   a 
localidade   se   torna   a   base   local   das   igrejas 
locais   na   qual   elas   são   edificadas   respecti­
vamente (At 8:1; 13:1; Ap 1:11) 
C.     Aqueles que são santificados em Cristo Jesus, os 
chamados   santos—os   constituintes   como   a 
estrutura da igreja—1:2c
D.     Com todos aqueles que invocam o nome do nosso 
Senhor   Jesus   Cristo   em   todo   lugar—os 
receptores dessa epístola em todo lugar exceto 
os santos em Corinto—1:2d
E.     Cristo é “deles e nosso”—Cristo é a porção dos 
santos na localidade em Corinto e de todos os 
santos   em   todo   o   lugar,   que   participam   da 

87
comunhão (desfrute) de Cristo, na qual todos os 
crentes foram chamados pelo Deus fiel—1:2e, 9 
F.     As divisões entre os santos são condenadas pelo 
apóstolo como a autoridade delegada de Cristo a 
Cabeça—1:10­13
G.     Cristo  não   está   dividido—Cristo  é  único,   não   é 
divisível nem dividido—1:13
H.           Divisão   é   da   carne,   segundo   a   maneira   do 
homem—3:3­4
I.       Nossa   prática   sob   a   divisão   e   a   degradação 
confusa do cristianismo hoje:
1.     Nós   não   participamos   nem   deveríamos 
participar da heresia Católica, das deno­
minações protestantes, e nenhum tipo de 
grupos livres de cristãos.
2.    Mas reconhecemos e recebemos os crentes 
individuais   em   Cristo,   que   crêem   no 
Senhor Jesus Cristo, redimidos pelo Seu 
sangue e regenerados pelo Espírito San­
to,   que   não   são   facciosos   (Tt   3:10),   não 
causam divisões (Rm 16:17), não adoram 
ídolos, nem vivem em pecado (1Co 5:11), 
mesmo que eles ainda se relacionam com 
qualquer das divisões acima citadas.
3.     Somos um com todos os crentes que estão 
na   restauração   do   Senhor   em   todo   o 
mundo.
4.  Nós não temos nenhum credo, temos apenas 
a única Bíblia traduzida adequada­mente 
e   interpretada   por   e   segundo   a   própria 
Bíblia.
II.     A única unidade do Corpo universal de Cristo—Ef 4:3­6
A.    A única unidade do Corpo universal de Cristo é 
do Espírito, essa unidade os crentes não deve­

88
riam quebrá­la, mas preservá­la diligentemente 
na unidade do vínculo da paz—v.3
B.       Em todo o universo há apenas um Corpo único 
de Cristo, com o Deus Triúno como seu conte­údo
—vv.4­6

1.      O único Espírito como a essência de seu 
conteúdo.
2.      O único Senhor como o elemento do seu 
conteúdo.
3.    Deus o Pai como a origem do seu conteúdo, 
que está sobre todos, que é por meio de 
todos e em todos de maneira triúna.
C.     O entremesclar do Corpo universal de Cristo:
1.       Deus tem entremesclado o Corpo junto 
(1Co 12:24)
a.  O entremesclar de todos os membros 
individuais do Corpo de Cristo.
b.     O   entremesclar   de   todas   as   igrejas 
em determinados distritos.
c.   O entremesclar de todos os coopera­
dores.
d.   O   entremesclar   de   todos   os   presbí­
teros.
2.     Esse   entremesclar   não   é   social,   mas   o 
entremesclar  do  próprio   Cristo   que   está 
nos membros individuais, as igrejas dis­
tritais, os  cooperadores, e os presbíteros 
desfrutam,   experimentam   e   comparti­
lham.
3.       Para a edificação do Corpo universal de 
Cristo   (Ef   1:23)   para   consumar   a   Nova 
Jerusalém (Ap 21:2) como o objetivo final 

89
da economia de Deus segundo o Seu bom 
prazer (Ef 3:8­10; 1:9­10)

Oração: Senhor, como Te agradecemos por ter nos conduzido 
através de todas as comunhões anteriores. Nós cremos que 
nos dará uma conclusão gloriosa. Tu és o Alfa e o Omega. 
Nós confiamos em Ti. Senhor, te agradecemos porque todo o 
tempo nós precisamos de Sua misericórdia, Sua bênção, Suas 
providências, a Palavra e o Espírito, e Sua presença. Senhor, 
sem   estes   nós   somos   como   um   cachorro   morto.   Nós   não 
podemos fazer nada, não podemos ter nada, e não podemos 
ser nada. Senhor, isto é o que somos. Mas confiamos em Ti. 
Tu és tudo a nós com a finalidade de nos fazer iguais a Ti em 
vida e natureza, mas não em Sua Deidade. Nós agradecemos 
por isto. Nós O adoramos. O ponto principal nestes dias é que 
Tu tens nos revelado que desejas ter um grupo de pessoas 
para serem moldadas por meio da regeneração, santificação, 
renovação,   transformação,   conformação,   e   glorificação   para 
ser iguais a Ti. Nós Te pelo que Tu és. Amém.  

A base da igreja e a unidade do Corpo de Cristo são 
velhos assuntos para nós. Eu tenho falado sobre estas coisas 
durante mais de sessenta e cinco anos, mas estes assuntos 
são   muito   críticos.   Nos   últimos   quinze   meses,   o   Senhor 
levantou mais de trezentas novas igrejas ao redor do globo, e 
estas novas igrejas devem estar claras sobre a base local e a 
unidade   universal.   A   base   está   relacionada   às   igrejas   de 
Deus,   e  a   unidade   está   relacionada   ao   Corpo  de  Cristo.   A 
base e a unidade são únicas, as quais significam que a base 
para a igreja e a unidade para o Corpo são um.  

I. A ÚNICA BASE DAS IGREJAS 
LOCAIS DE DEUS

90
Primeiramente, queremos ver a base única das igrejas 
locais de Deus (1Co 1:1­2, 9, 10­13; 3:3­4).  

A. A Igreja de Deus

Primeira   Coríntios   1:2a   falam   da   igreja   de   Deus.   A 


igreja tem que ser de Deus. Ela não deveria ser de qualquer 
outra   coisa.   Isto   se   refere   ao   conteúdo   da   igreja   em   sua 
essência. Cada questão substancial tem sua fonte. Então ela 
tem   seu   fundamento.   Intrinsecamente,   dentro   do   funda­
mento, há a essência. O conteúdo da igreja é essencialmente 
o próprio Deus.  

B. A Igreja em Corinto

Primeira Coríntios 1:2b fala da igreja em Corinto. Isto 
revela a cidade de Corinto para a existência, a expressão, e a 
prática da igreja; tal cidade se torna a base local das igrejas 
locais nas quais elas são edificadas respectivamente (At 8:1; 
13:1; Ap 1:11). Para sua existência, expressão, e prática, a 
igreja   certamente   precisa   de   um   lugar,   e   este   lugar,   de 
acordo com o Novo Testamento  é uma cidade. A igreja em 
Corinto   foi   edificada   em   Corinto.   A   igreja   em   Atenas   está 
edificada   na   base   da   cidade   de   Atenas.   A   igreja   em   Nova 
Iorque   está   edificada   na   base   da   cidade   de   Nova   Iorque. 
Assim, a cidade se torna a base da igreja espontaneamente.  
O Irmão Watchman Nee mostrou que Deus foi muito 
sábio em Sua maneira de edificar a igreja na base local. Há 
um grande número de pessoas escolhidas por Deus. Em todos 
os lugares ao redor do globo há crentes em Cristo, e eles não 
deveriam se espalhar, mas deveriam estar reunidos para ser 
uma   igreja.   Se   não   houvesse   uma   limitação   adequada   da 
base, não haveria limites para o estabelecimento das igrejas. 

91
Hoje   no   Sul   da   Califórnia   há   uma   igreja   chamada   “The  
Taiwan Gospel Church”. Estes crentes usaram Taiwan como 
a base deles. Eu cresci na China na cidade de Chefoo, e em 
Chefoo havia a Igreja da Inglaterra. As pessoas estabelecem 
igrejas muito facilmente. Hoje é mais fácil estabelecer uma 
igreja do que abrir um restaurante. Todas as denominações 
têm   fundamento   divisivo,   incluindo   os   Batistas   do   Sul,   os 
Presbiterianos e os Luteranos.  
Se nós os crentes preservarmos o modelo estabelecido 
por   Deus   na   Bíblia   para   ter   uma   igreja   em   uma   cidade, 
poderemos guardar a unidade. Qualquer crente que vier para 
uma cidade tem que estar na igreja naquela cidade. Se eu for 
para Tóquio, eu devo me reunir na igreja em Tóquio. Se eu 
for para Londres, eu devo ir para a igreja em Londres. Se eu 
for   para   Dallas,   eu   tenho   que   me   reunir   com   a   igreja   em 
Dallas. Então, espontaneamente não haverá nenhuma divi­
são.   A   Bíblia   estabeleceu   um   modelo   de   como   os   crentes 
devem se reunir. O primeiro ajuntamento dos cristãos foi em 
Jerusalém, e Atos 8:1 chama este ajuntamento de a igreja em 
Jerusalém.   Jerusalém   era   uma   cidade   grande,   mas   havia 
somente uma igreja naquela cidade. Embora haja uma igreja 
em   uma   cidade,   a   igreja   não   necessariamente   precisa   se 
reunir em num único lugar. Mas devemos ter em mente que 
a   cidade   na   qual   estamos   deve   ser   a   única   base   local   da 
igreja.   
C. Os Chamados Santos

Aqueles   que   foram   santificados   em   Cristo   Jesus,   os 


chamados santos, são os constituintes como a estrutura da 
igreja (1Co 1:2c). O Deus Triúno é o conteúdo da igreja, com o 
Espírito como a essência, o Senhor como o elemento, e o Pai 
como a fonte. A estrutura da igreja é os crentes genuínos, os 
verdadeiros santos, os santificados em Cristo Jesus. A igreja 

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deve ser de Deus, em sua base local, e com os santos como os 
constituintes.  

D. Com Todos Os Que Invocam 
o Nome do Senhor

Primeira   Coríntios   foi   escrito  aos   santos   em   Corinto 


com   todos   aqueles   que   invocam   o   nome   de   nosso   Senhor 
Jesus Cristo em todo lugar—os receptadores desta Epístola 
em todo lugar não é outro senão os santos em Corinto (1:2d). 
Mesmo   hoje   nós   somos   os   receptadores   deste   livro.   Esta 
Epístola foi escrita para a igreja em Corinto, a composição 
dos santos naquela cidade, mas ela foi e será lida por pessoas 
de milhares de lugares ao longo das gerações.  

E. Cristo é “Deles e Nosso”

Cristo  que  é  “deles   e nosso”   significa   que Cristo  é  a 


porção dos santos situados em Corinto e de todos os santos 
em   todo   e   qualquer   lugar,   que   participam   da   comunhão 
(desfrute) de Cristo no qual todos os crentes foram chamados 
pelo   Deus   fiel   (1:2e,   9).   O   mesmo   Cristo   não   é   a   porção 
somente para uma igreja local, mas também para todas as 
igrejas na terra. Ele é a porção comum repartida a nós por 
Deus.   Toda   igreja   local   tem   uma   porção   de   Cristo.   Além 
disso, fomos chamados pelo Deus fiel na comunhão de Cristo. 
Como   os   chamados   santos,   Cristo   é   nossa   porção,   e   fomos 
chamados   para   o   desfrute,   a   comunhão   de   Cristo   como   o 
centro.  

F. As Divisões entre os Santos São 
Condenadas pelo Apóstolo

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As divisões entre os santos são condenadas pelo após­
tolo como o representante da autoridade de Cristo a Cabeça 
(1:10­13). Paulo escreveu para a igreja em Corinto porque ele 
ouviu que havia divisões entre eles. Alguns diziam que eram 
de   Paulo,   outros   que   eram   de   Apolo,   outros   que   eram   de 
Cefas,   e   ainda   outros   que   eram   de   Cristo.   Eles   estavam 
divididos   em   quatro   grupos,   mas   Paulo   lhes   perguntou, 
“Acaso   Cristo   está   dividido?”   Era   como   se   Paulo   estivesse 
perguntando,   “Quantos   Cristos   vocês   têm?   Vocês   têm   um 
Cristo para Cefas, para Apolo, para Paulo, e até mesmo para 
Cristo?   Independente   de   Cefas,   de   Apolo,   de   Paulo,   e   de 
Cristo, o que vocês têm é somente um Cristo. A comunhão na 
qual todos vocês estão é a comunhão do único Cristo. Cristo 
não está dividido.” As divisões entre os santos foram conde­
nadas   pelo   apóstolo   como   representante   da   autoridade   de 
Cristo.  

G. Cristo Não Está Dividido

Cristo é único, não divisível nem dividido (1:13). Que 
vergonha haver tantas divisões entre os cristãos hoje quando 
Cristo não está dividido.  

H. A Divisão é da Carne

Paulo disse que a divisão é da carne, de acordo com a 
maneira do homem (3:3­4). Os Taiwaneses querem ter uma 
Taiwan Gospel Church porque eles gostam do sabor de Taiwan. 
Alguns irmãos Chineses não gostam de freqüentar as reuni­
ões Inglesas, porque eles perdem o sabor Chinês. Até mesmo 
dentro   dos   Estados   Unidos   há   os   Texanos   e   os   Nova­
iorquinos,   os   negros   e   os   brancos   cujo   orgulho   cultural   e 

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preferências   naturais   são   divisivos.   Não   deveríamos   ter 
nosso   próprio   sabor.   Ser   dividido   por   causa   de   qualquer 
sabor racial, nacional ou cultural é carnal, é de acordo com a 
maneira   do   homem   e   não   de   acordo   com   a   maneira   dos 
santos.  
Com   relação   às   coisas   espirituais   e   divinas   para   a 
igreja,   temos   que   nos   lembrar   de   quatro   pontos   cruciais. 
Primeiro,   temos   que   passar   pela   cruz.   Nosso   sabor   nativo 
deve ser crucificado por Cristo. Tanto os Americanos quanto 
os Chineses devem ser crucificados. Na igreja não há lugar 
para nenhuma pessoa natural, mas Cristo é tudo e em todos 
(Cl 3:11). Na cruz tanto Judeus e Gentios foram crucificados. 
Segundo,  tudo deve ser pelo Espírito. Terceiro,  isto  é para 
dispensar Cristo a outros. Quarto, tudo é para a edificação da 
igreja. Em outras palavras, tudo o que fazemos deve ser por 
meio da cruz pelo Espírito para dispensar Cristo aos outros 
para a edificação da igreja como o Corpo de Cristo.  
Mas hoje as pessoas não tomam a cruz ou vivem pelo 
Espírito.   Ao   invés   disso,   vivem   pela   sua   carne.   Elas   não 
querem dispensar Cristo. Antes, querem o tipo de vida social 
que tem. Após nossas reuniões, gostamos de congregar com 
aqueles que vão de encontro ao nosso  background  natural. 
Os Chineses vão para os Chineses e os Americanos vão para 
os Americanos. Isto mostra que precisamos ser crucificados. 
O sabor Japonês, o sabor Chinês, o sabor Taiwanês, e o sabor 
Americano,   todos   devem   ser   crucificados.   Não   deveríamos 
fazer coisas de acordo com nosso sentimento, mas de acordo 
com   o   Espírito.   Não   somente   deveríamos   desfrutar   Cristo 
para nós mesmos, mas dispensar Cristo a outros. O sabor do 
nosso   homem   natural   com   nossa   cultura   é   o   sabor   de 
homens, o sabor da carne. Isso tem que ser crucificado pelo 
Espírito para que possamos dispensar Cristo para a igreja.   

I. Nossa Prática Hoje

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Precisamos   saber   que   nossa   prática   está   debaixo   da 
degradação divisiva e confusa do Cristianismo de hoje. Não 
participamos   e   jamais   deveríamos   participar   da   heresia 
Católica, as denominações Protestantes, e qualquer espécie 
de grupos livres de cristãos. Participar de quaisquer destas 
coisas   é   participar   de   uma   divisão.   Mas   reconhecemos   e 
recebemos   os   crentes   individuais   em   Cristo   que   crêem   no 
Senhor   Jesus   Cristo   que   são   redimidos   pelo   Seu   sangue   e 
regenerados   pelo  Espírito  Santo,  que  não  são  facciosos  (Tt 
3:10), que não causam divisões (Rm 16:17), que não adoram 
ídolos ou vivem em pecado (1Co 5:11), e mesmo se eles ainda 
estão associados a quaisquer destas divisões acima citadas. 
Romanos   16:17   diz   que  devemos   ficar   atentos   àqueles   que 
fazem ou criam divisões. Há quatro tipos de pessoas que não 
podemos tolerar: pessoas que são divisivas, facciosas, idóla­
tras, ou ainda vivem em pecado. Recebemos qualquer um que 
não   esteja   nestas   categorias,   porque   não   somos   divisivos, 
mas  não podemos  ir  às  reuniões  deles,  porque  as  reuniões 
deles são divisivas.  
Nós somos um com todos os crentes que estão na resta­
uração   do   Senhor   em   toda   parte   do   mundo.   Também,   não 
temos nenhum credo; temos somente a única Bíblia correta­
mente   traduzida   e   interpretada   de   acordo   com   a   própria 
Bíblia. A Palavra de Deus é inspirada. Nós somente devería­
mos interpretar a Bíblia de acordo com a Bíblia. Por exem­
plo, os discípulos de Confúcio têm o conceito de renovação, 
mas isto é diferente do ensinamento da Bíblia. A renovação 
na   Bíblia   é   que nosso  velho  homem   deve  ser   crucificado  e 
deve   ser   consumido   de   forma   que   o   novo   homem   interior 
possa ser renovado.  
Todas   as   virtudes   na   vida   Cristã   deveriam   ser   por 
meio  da  cruz   e pelo Espírito  para  dispensar Cristo para a 
igreja.   Muitos   falam   sobre   amor,   mas   o   ensinamento   da 

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Bíblia em relação ao amor é único. O amor deve ser por meio 
da   cruz   pelo   Espírito   para   dispensar   Cristo   para   a   igreja. 
Quando amamos alguém, temos que checar se nosso eu está 
ou   não   crucificado   e   se   nosso   amor   é   pelo   Espírito.   Além 
disso, não amamos as pessoas para nosso interesse, mas pelo 
dispensar de Cristo e para a edificação do Corpo. Esta é a 
virtude humana do amor ensinada pela Bíblia, a qual é abso­
lutamente diferente do amor mundano. Este  é um exemplo 
de interpretar a Bíblia de acordo com a Bíblia.  

II. A UNIDADE ÚNICA DO CORPO 
UNIVERSAL DE CRISTO

Efésios 4:3­6 mostra a unidade única do Corpo univer­
sal de Cristo.  

A. A Unidade do Espírito

A   unidade   única   do   Corpo   universal   de   Cristo   é   do 


Espírito. Efésios 4:3 diz que precisamos ser diligentes para 
preservar a unidade do Espírito. Esta é uma palavra forte 
para   nós.   Como   pessoas   carnais,   devemos   preservar   a 
unidade   do   Espírito.   Para   isso,   certamente   devemos   ser 
tratados pela cruz. Nossa carne, nossa natureza, nosso ego, 
nosso “eu”, deve ser crucificado pela cruz de Cristo; e assim 
devemos seguir o Espírito. Então poderemos ter a unidade do 
Espírito pelo dispensar de Cristo e para a edificação do Seu 
Corpo. Não deveríamos quebrar esta unidade, mas preservá­
la diligentemente no vinculo da paz.  

B. O Um Só Corpo de Cristo

Em todo o universo, há um só Corpo de Cristo. Não há 
o   Corpo   de   Cristo   na   América   e   outro   Corpo   de   Cristo   no 

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Japão. Em todos os lugares, o Corpo de Cristo  é exclusiva­
mente um com o Deus Triúno com sua essência (Ef 4:4­6). O 
um   só   Espírito   é   a   essência   de   seus   conteúdos.   O   um   só 
Senhor   é   o   componente   de   seus   conteúdos.   Além   do   mais, 
Deus o Pai é a fonte de seus conteúdos, o qual é sobre todos e 
por meio de todos triúnicamente. A essência é do elemento e 
o elemento vem da fonte. Até mesmo Deus o próprio Pai, em 
certo sentido, é triúno porque Ele está sobre nós, por meio de 
nós, e em nós—em três direções. No Corpo de Cristo o Deus 
Triúno é o conteúdo—o Pai é a fonte, o Filho é o elemento, e o 
Espírito é a essência.   

C. A Mescla do Corpo Universal de Cristo

1. Deus Tem Mesclado o Corpo Junto

Deus   mesclou   o   Corpo   junto   (1Co   12:24).   A   palavra 


mesclou também significa ajustou, harmonizou, temperou e 
mesclou. Deus mesclou o Corpo, ajustou o Corpo, harmonizou 
o   Corpo,   temperou   o  Corpo,   e  mesclou   o  Corpo.   A   palavra 
grega   para   mesclar   implica   perda   de   peculiaridades.   A 
peculiaridade de um irmão pode ser rapidez, e de outro pode 
ser lentidão. Mas na vida do Corpo a lentidão desaparece e a 
rapidez é levada embora. Todas estas peculiaridades se vão. 
Deus  mesclou todos  os crentes  de diferentes raças  e cores. 
Quem   pode   fazer   os   negros   e   os   brancos   perderem   suas 
peculiaridades? Somente Deus pode fazer isto. Um marido e 
uma esposa só podem ter harmonia em sua vida matrimonial 
perdendo suas peculiaridades.  
Para ser harmonizado, misturado, ajustado, mesclado, 
e temperado na vida do Corpo, temos que passar pela cruz e 
pelo   Espírito,   dispensando   Cristo   aos   outros   por   causa   do 
Corpo   de   Cristo.   Os   cooperadores   e   presbíteros   têm   que 
aprender a serem crucificados. Tudo que fazemos deveria ser 

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pelo Espírito para dispensar Cristo. Também, o que fazemos 
não   deveria   ser   para   nosso   interesse   e   segundo   o   nosso 
querer, mas para a igreja. Contanto que pratiquemos estes 
pontos, nós teremos a mescla.  
Todos estes pontos significam que devemos ter comu­
nhão. Quando um cooperador fizer qualquer coisa, ele deve 
ter   comunhão   com   os   outros   cooperadores.   Um   presbítero 
deve ter comunhão com os outros presbíteros.  A comunhão 
nos   tempera;   a   comunhão   nos   ajusta;   a   comunhão   nos 
harmoniza;   a   comunhão   nos   entremescla.  Deveríamos   nos 
esquecer se somos lentos ou rápidos e somente ter comunhão 
com outros.  Não deveríamos fazer nada sem comunhão com 
os outros santos que estão coordenando conosco. A comunhão 
exige que paremos quando estivermos a ponto de fazer algo. 
Em nossa coordenação na vida da igreja, na obra do Senhor, 
todos   nós   devemos   aprender   a   não   fazer   nada   sem   comu­
nhão.  
Entre   nós   deveria   haver   o   entremesclar   de   todos   os 
membros individuais do Corpo de Cristo, o entremesclar de 
todas as igrejas em determinados distritos, o entremesclar de 
todos os cooperadores, e o entremesclar de todos os presbí­
teros.  Entremesclar   significa   que   sempre   devemos   parar 
para   ter   comunhão   com   outros.  Então   receberemos   muitos 
benefícios.   Se   nos   isolarmos   e   nos   excluirmos,   perderemos 
muito ganho espiritual.  Aprenda a ter comunhão. Aprenda 
estar entremesclado. De agora em diante, as igrejas devem 
reunir­se freqüentemente para se entremesclarem. Podemos 
não ser usados para isto, mas após começarmos a praticar o 
entremesclar  algumas   vezes,  adquiriremos   o  gosto   por   ele. 
Isto   é   a   coisa   mais   gratificante   e   preserva   a   unidade   do 
Corpo universal de Cristo. Hoje é muito fácil para nos entre­
mesclarmos uns com os outros por causa desta era moderna 
com suas facilidades modernas.  

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Quando nos entremesclamos juntos, temos a cruz e o 
Espírito. Sem a cruz e o Espírito, tudo o que temos é a carne 
com divisão. Não é fácil ser crucificado e fazer todas as coisas 
pelo Espírito em nós. É por isso que temos que aprender a 
nos entremesclar. O entremesclar exige que sejamos crucifi­
cados.  O entremesclar exige que estejamos no Espírito para 
dispensar Cristo e fazer tudo por causa do Seu Corpo.  
Podemos   nos   reunir   sem   muito   entremesclar   porque 
cada um permanece em si mesmo. Eles têm medo de ofender 
os outros e cometer erros, assim eles permanecem quietos. 
Esta é a maneira do homem segundo a carne. Quando nos 
reunimos,   deveríamos   experimentar   o   terminar   da   cruz. 
Assim   aprenderíamos   a   seguir   o   Espírito,   como   dispensar 
Cristo, e como dizer e fazer algo para o benefício do Corpo. 
Isso   mudará   toda   a   atmosfera   da   reunião   e   temperará   a 
atmosfera.  Entremesclar não é uma questão de ficar quieto 
ou falar, mas uma questão de ser temperado. Podemos estar 
em harmonia, porque fomos temperados. Por fim, todas as 
distinções terão ido embora. Entremesclar significa perder as 
distinções.   Todos   nós   temos   que   pagar   algum   preço   para 
praticar o entremesclar.  
Um grupo de presbíteros podem se reunir freqüente­
mente   sem   estarem   entremesclados.   Estar   entremesclado 
significa que você é tocado através de outros e que você está 
tocando outros. Mas você deveria tocar outros de uma mane­
ira entremesclada. Passe pela cruz, faça coisas pelo Espírito, 
e faça tudo para dispensar Cristo por causa do Seu Corpo. 
Não   deveríamos   vir   para   uma   reunião   de   entremesclar   e 
ficar   calados.   Temos   que   nos   preparar   para   dizer   algo   ao 
Senhor.  O Senhor pode usá­lo, mas você precisa ser tempe­
rado   e   crucificado,   e   precisa   aprender   a   seguir   o   Espírito 
para dispensar Cristo por causa do Seu Corpo.  
Quando eu tinha apenas vinte e sete anos aproxima­
damente, uma igreja foi levantada em minha cidade natal. 

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Eu aprendi a fazer tudo por meio da cruz e pelo Espírito para 
ministrar Cristo para o Seu Corpo. Por eu ser jovem, eu orei 
a oração de Salomão: “Senhor, dá­me, pois agora sabedoria e 
conhecimento   para   conduzir   o   Teu   povo”   (2Cr   1:10),   e   o 
Senhor me respondeu. Através dos anos, eu aprendi a entre­
mesclar com os santos.  

2. O Entremesclar Não é Social

Este   entremesclar   não   é   social,   mas   uma   mescla   do 


próprio Cristo com quem os membros individuais, as igrejas 
distritais, os cooperadores, e os presbíteros desfrutam, expe­
rimentam e participam.  

3. Para a Edificação do Corpo de Cristo 
Para Consumar a Nova Jerusalém

O entremesclar é para a edificação do Corpo universal 
de   Cristo   (Ef   1:23)   para   consumar   a   Nova   Jerusalém   (Ap 
21:2) como a meta final da economia de Deus segundo o Seu 
bom prazer (Ef 3:8­10; 1:9­10).   

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