Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ESFERA
DIVINA
E
MÍSTICA
1. Conhecer Esta Era
2. Entrar na Esfera Divina e Mística do Ministério Celestial
de Cristo
3. A Esfera Divina e Mística do Espírito Consumado e o
Cristo Pneumático
4. “O Próprio Espírito com o Nosso Espírito” A Chave para
Abrir as Oito Seções da Salvação Orgânica de Deus (1)
5. “O Próprio Espírito com o Nosso Espírito” A Chave para
Abrir as Oito Seções da Salvação Orgânica de Deus (2)
6. A Única Base das Igrejas Locais de Deus e a Unidade
Única do Corpo Universal de Cristo
Este livro é composto de mensagens dadas pelo Irmão
Witness Lee em Anaheim, Califórnia na Conferência Inter
nacional de Cooperadores e Presbíteros Entremesclados de 9
11 de Abril de 1996.
2
CAPÍTULO UM
CONHECER ESTA ERA
Leitura Bíblica: Jo 7:39; 1Co 15:45b; 2Co 3:1718; Êx 30:23
25; Rm. 8:2, 911; Ap. 1:4; 3:1; 4:5; 5:6
ESBOÇO
Leitura Bíblica: Jo 7:39; 1Co 15:45b; 2Co 3:1718; Êx 30:23
25; Rm 8:2, 911, Ap 1:4; 3:1; 4:5; 5:6
Oração:
4
ocultamos em Ti. Ocultamonos sob o sangue do Cordeiro.
Senhor, nos fortaleça e derrame a Ti mesmo em nós de uma
maneira sete vezes intensificada. Senhor, nos toque e fala a
nós, fazendonos um espírito Contigo. Obrigado. Amém.
O título desta mensagem é “Conhecer Esta Era.” Esta
mos usando a palavra era aqui para referir não à era do
mundo de uma maneira geral, mas a era do Cristianismo
atual de uma maneira particular, especialmente em relação
à revelação das Escrituras, as verdades divinas, e a teologia
genuína e adequada.
O primeiro assunto abordado nas Escrituras é o
próprio Deus. A revelação com respeito a Deus envolve Sua
pessoa, e a Sua pessoa é muito misteriosa. Ele é um, contudo
três; portanto, Ele é triúno. As compreensões diferentes da
Trindade Divina tem sido o fator principal, um elemento
oculto, de todos os problemas no Cristianismo atual. O Cris
tianismo foi dividido pelos diferentes conceitos da Trindade
Divina.
A realização do segundo (Cristo) e do terceiro (o
Espírito) da Trindade Divina é ainda mais perturbador e
problemático. Quem é Cristo? Em resposta a esta pergunta,
diria a maioria dos cristãos que Cristo é o Filho de Deus.
Porém, muitos crentes não percebem que Cristo não é
meramente o Filho unigênito de Deus (Jo 3:16) mas também
o Filho primogênito de Deus (Rm 8:29; Cl 1:18; Hb 1:6; Ap
1:5). Como pode o Filho unigênito se tornar o Filho primo
gênito? Como Filho unigênito Ele deve ser somente filho e
não pode ser o primeiro, e como o Filho primogênito Ele é o
primeiro Filho e assim não pode ser somente Filho. Como
deveríamos explicar isto?
Os teólogos declaram que as pessoas da Trindade não
deveriam ser confusas. Não obstante, precisamos fazer certas
perguntas. É Cristo somente o Filho e não é também o
5
Espírito? O Espírito é somente o Espírito? O Espírito tam
bém não está relacionado a Cristo e envolvido com o Filho?
Outra pergunta com respeito aos sete Espíritos (Ap 1:4; 3:1;
4:5; 5:6). De acordo com Apocalipse 5:6 os sete Espíritos são
os sete olhos do Cordeiro. Os sete Espíritos e o Cordeiro são
uma ou duas pessoas? Seguramente Eles são dois, contudo os
sete Espíritos são os sete olhos do Cordeiro. Eles são um ou
dois? Se dissermos que o Cordeiro e os sete Espíritos como os
sete olhos do Cordeiro são um, outros, insistem que o
Espírito é o Espírito e o Filho é o Filho, nos acusam de
confundir as pessoas da Trindade Divina. Mas em Apocalipse
5:6 o terceiro da Trindade Divina é os olhos do segundo.
Como, então, o Espírito pode estar separado do Filho? Seus
olhos estão separados de você? Enquanto seus olhos estive
rem olhando para alguém, você está olhando para aquela
pessoa. Ninguém diz, “Somente meus olhos estão olhando
para você; eu não estou olhando para você.” Seus olhos são
você. Se seus olhos olham para algo significa que você está
olhando. Estas são breves ilustrações das deficiências da
teologia no Cristianismo de hoje.
Pelo fato de as questões do Filho e do Espírito na
Trindade Divina serem tão difíceis e complicadas, temos sido
compelidos a dar a Cristo um titulo particular — o Cristo
todoinclusivo. Cristo é todoinclusivo porque Ele é tudo. Ele
é Deus, Ele é o Pai (Is 9:6), Ele é o Filho, e Ele é o Espírito.
De acordo com a revelação no Novo Testamento, o Pai é
encarnado no Filho (Cl 2:9), e o Filho é concebido pelo
Espírito (Jo 14:17, 20). Assim, o Filho é a incorporação do
Pai, e o Espírito é a realização do Filho. Esta com certeza é
uma linguagem divina e celestial.
João 1:1 diz, “No princípio era o Verbo, e o Verbo
estava com Deus, e o Verbo era Deus.” Desde que o Verbo era
Deus, que necessidade havia de Ele estar com Deus?
6
Ninguém pode explicar isto adequadamente, porque não
temos a linguagem para expressar este tipo de “cultura.”
I. NENHUMA DAS TEOLOGIAS DE HOJE,
INCLUSIVE O CREDO DE NICENE, ENFATIZA
ADEQUADAMENTE OS SEGUINTES CINCO
PONTOS CRÍTICOS COM RESPEITOS AO
ESPÍRITO DE DEUS NO MOVER DA ECONOMIA
ETERNA DE DEUS
A. Antes da Glorificação (Ressurreição) de Cristo
Ainda não Havia o Espírito Que Dá Vida
7
Tanto no passado quanto no presente, muitos grandes
homens, após tornaremse bemsucedidos em suas carreiras
ou empreendimento ou se tornarem renomados, sentiram
que suas vidas ainda era vaidade. Como o Rei Salomão eles
poderiam dizer, “Vaidade das vaidades; tudo é vaidade.…
Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis
que tudo é vaidade e correr atrás do vento” (Ec 1:2, 14). Ter
este sentimento é estar sedento e insatisfeito. Percebendo
que as pessoas não tinham sido satisfeitas e a sede delas não
tinha sido saciada, o Senhor Jesus se levantou e clamou no
grande dia da festa, “Se alguém tem sede, venha a Mim e
beba.” Isso é que é uma grande palavra! Somente o Senhor
Jesus estava qualificado para dizer essa palavra. Somente
Ele, um pequeno homem de mais de trinta anos de idade,
poderia dizer, “Quem crer em Mim... do seu interior fluirão
rios de água viva.”
No versículo 39 o apóstolo João, o escritor do Evan
gelho de João, deu a explicação, dizendo, “Isso, porém, disse
Ele com respeito ao Espírito que haviam de receber os que
Nele cressem”. Aqui João não fala do Espírito de Deus, nem
do Espírito de Jeová, nem do Espírito Santo, mas simples
mente do Espírito, dizendonos que “não havia o Espírito,
porque Jesus não tinha sido glorificado.” Sua palavra indica
uma expectativa — a expectativa de que, embora “não
houvesse” o Espírito, o momento estava chegando quando o
Espírito estaria lá. Este momento era o momento da glorifi
cação de Jesus, isto é, o momento da ressurreição de Jesus
(Lc 24:26). O Senhor Jesus era o próprio Deus cheio de
glória. Porém, Ele se tornou carne, e Sua glória divina estava
oculta dentro da casca de Sua carne, a casca de Sua
humanidade. Quando Ele morreu esta casca foi quebrada, e
quando Ele ressuscitou, a glória que estava oculta dentro
Dele foi liberada. Disto vemos que Sua ressurreição foi Sua
glorificação. Portanto, a expectativa em João 7:39 era que
8
quando o Senhor Jesus fosse glorificado pela ressurreição, o
Espírito que “não era” se tornaria o Espírito que agora é.
B. O Último Adão (o Cristo na Carne) Se Tornando
o Espírito Que dá Vida
9
isto, o Cristianismo nos rejeitará. Eu disse, “Irmão, eu vim
para este país com o encargo de ensinar isto. Considerando
que você concorda que está de acordo com a Bíblia dizer que
Cristo se tornou o Espírito que dá vida, por favor, dême a
liberdade de ensinar esta verdade.”
O Novo Testamento fala dos dois tornouse de Cristo.
João 1:14 diz que, como a Palavra, Deus tornouse carne, e 1
Coríntios 15:45 diz que Cristo, como o último Adão na carne,
tornouse o Espírito que dá vida. Devemos crer e ensinar
tanto que Deus tornouse carne e que o último Adão tornou
se o Espírito que dá vida.
C. O Espírito Composto Tipificado
Pelo Óleo da Unção
Terceiro, nenhuma das teologias atuais enfatizam ade
quadamente o ponto crítico com relação ao Espírito composto
tipificado pelo óleo da unção (um composto de um him de
azeite de oliva com quatro tipos de especiarias e a eficácia
delas) em Êxodo 30:2325. O Espírito que dá vida não é
simples, mas é um Espírito que foi composto. O último Adão
era um homem, e o Espírito que dá vida é divino. Assim, este
Espírito deve ser um Espírito com duas naturezas — a
natureza humana e a natureza divina. Estas duas naturezas
não somente foram mescladas, mas foram compostas, como
indicado pelo tipo em Êxodo 30:2325 o qual registra as
instruções de Deus para compor o óleo da unção.
Este ungüento não era um elemento simples, mas uma
composição. Um elemento simples não pode ser um un
güento. O óleo da unção em Êxodo 30 era um composto de
um item principal — um him de óleo de oliva composto com
quatro tipos de especiarias: mirra, cinamomo, cálamo e
cássia. Em tipologia, o óleo tipifica o Espírito de Deus. Mirra
fluida tipifica a morte de Cristo, e o cinamomo tipifica a
10
doçura e a eficácia de Sua morte. Cálamo, um junco que
cresce em um pântano ou lugar barrento, cresce em direção
ao céu, tipifica ressurreição. Cássia tipifica o poder repelente
e a eficácia da ressurreição de Cristo. Cássia é um tipo casca
de árvore que era usada como repelente para repelir cobras e
insetos. Assim, cássia significa o poder, especialmente o
poder de repelir, da ressurreição de Cristo. Sua ressurreição
tem poder para repelir Satanás, a serpente. Estas quatro
especiarias foram compostas com um him de azeite de oliva
para se tornar um ungüento de cinco elementos.
Com este ungüento composto nós temos o número um
(um him de azeite de oliva) tipificando o único Deus e o
número quatro (quatro especiarias) tipificando o homem
como a criatura de Deus. Nós também temos o número três,
visto no fato de que a quantidade das especiarias envolvia
três unidades, cada uma de quinhentos siclos: mirra –
quinhentos siclos; cássia – duzentos e cinqüenta siclos;
cálamo – duzentos e cinqüenta siclos; e cássia – quinhentos
siclos. Conseqüentemente, a quantidade das especiarias con
sistia em três unidades de quinhentos siclos, ou três unida
des de quinhentos siclos. O número três tipifica o Deus
Triúno. Aqui devemos notar que a segunda unidade de
quinhentos siclos foi dividida em duas partes (tipificando
Cristo, o centro da Trindade Divina que foi ferido na cruz),
cada uma de duzentos cinqüenta siclos. Na Bíblia dois é o
número do testemunho. Além disso, com este ungüento
composto nós temos o número cinco, formado pela adição de
um him de azeite de oliva e as quatro especiarias. O número
cinco também é visto nos quinhentos siclos. Na Bíblia cinco
tipifica responsabilidade. Por exemplo, os Dez Mandamen
tos foram escritos em duas tábuas, com cinco mandamentos
em cada uma. Em Mateus 25 as dez virgens são divididas em
dois grupos que consistem em cinco sábias e cinco néscias. De
todo o antecedente nós vemos que os números um, dois, três,
11
quatro e cinco são todos usados no tipo do óleo composto em
Êxodo 30.
Este tipo no Antigo Testamento que de fato era um
tipo de profecia tem que ter um cumprimento de Novo Testa
mento. O tipo do óleo da unção foi completamente cumprido
no Espírito que dá vida que foi produzido na ressurreição de
Cristo. O Espírito que dá vida, que o último Adão se tornou,
contém a divindade de Cristo, Sua humanidade, a doçura e a
eficácia de Sua morte, o poder e a eficácia de Sua ressur
reição. O Espírito que dá vida é, portanto, o Espírito com
posto tipificado pelo óleo da unção no Antigo Testamento.
D. O Espírito da Vida, o Espírito de Deus, o Espírito de
Cristo, o Próprio Cristo, e o Espírito que Habita
Interiormente, Todos Se referem ao
Espírito Composto Que Dá Vida
Cristo é Cristo, e Ele também é o Espírito, porque Ele
foi pneumatizado e tornouse o Cristo pneumático. Com rela
ção ao Cristo pneumático, precisamos ver que o Espírito da
vida, o Espírito de Deus, o Espírito de Cristo, o próprio
Cristo, e o Espírito que habita interiormente em Romanos
8:2, 911 todos se referem ao Espírito composto que dá vida.
No versículo 2 temos o Espírito da vida, e nos versículos de 9
a 11, o Espírito de Deus, o Espírito de Cristo, o próprio
Cristo, e o Espírito que habita interiormente. Eles são cinco
ou são um? O Espírito que dá vida é chamado de o Espírito
da vida, o Espírito da vida é o Espírito de Deus, o Espírito de
Deus é o Espírito de Cristo, o Espírito de Cristo é o próprio
Cristo. Além disso, este Espírito que é da vida, de Deus, de
Cristo, e o próprio Cristo que habita em nós como o Espírito
que habita interiormente dispensa vida a nós todo o tempo.
Este é o Cristo pneumático.
12
Segunda Coríntios 3:17 diz, “O Senhor é o Espírito”, e
o versículo 18 diz que somos transformados “como o Senhor
Espírito.” Como o título Deus Pai, o título Senhor Espírito é
um título divino composto. Ele é o Senhor, e Ele também é o
Espírito. Hoje nosso Cristo é o Cristo pneumático, o Cristo
pneumatizado, o Cristo que é tanto o Senhor quanto o Espí
rito.
Com o Espírito em Si, não havia humanidade. Do
mesmo modo, no Espírito não estava incluído os elementos
da morte de Cristo, a eficácia de Sua morte, de Sua ressur
reição, e o poder de Sua ressurreição. Porém, o elemento da
humanidade de Cristo e os elementos de Sua morte, a
eficácia de Sua morte, da ressurreição e o poder de Sua
ressurreição foram todos adicionados e compostos com o
Espírito de Deus para produzir o Espírito composto. Hoje o
Cristo pneumático é este Espírito consumado que dá vida.
E. Os Sete Espíritos de Deus
13
que dá vida que é Cristo e o Espírito foi intensificado sete
vezes.
Isaias 30:26, uma profecia relacionada ao milênio, diz,
“A luz da lua será como a luz do sol, e a luz do sol será sete
vezes maior.” Considerando que em Isaias temos a luz solar
sete vezes maior, em Apocalipse temos o Espírito sete vezes
intensificado. Para produzir a igreja o Espírito que dá vida é
suficientemente forte, mas sob a degradação da igreja este
Espírito forte foi intensificado sete vezes. Assim, Cristo
tornouse não somente o Espírito que dá vida, mas também o
Espírito sete vezes intensificado. Os sete Espíritos que são os
sete olhos do Cordeiro (Ap 5:6) indica que os sete Espíritos e
Cristo são uma só pessoa.
II. SENDO IMPEDIDOS PELA TEOLOGIA
IMPERFEITA E NÃO BÍBLICA DA VISÃO CENTRAL
DE DEUS E NÃO ATINGINDO A CONCLUSÃO DA
ECONOMIA ETERNA DE DEUS
14
Espírito sete vezes intensificado. Este Espírito é para
edificar a igreja que se torna o Corpo de Cristo consumando a
Nova Jerusalém como a meta final da economia de Deus.
Esta revelação central foi completamente negligenciada nas
teologias atuais. A Igreja Católica, as denominações Protes
tantes, os Irmãos Unidos, as igrejas Pentecostais, e todos os
grupos livres são impedidos pela teologia imperfeita e não
bíblica deles da visão central de Deus e não atingem a
conclusão da economia eterna de Deus por causa dos seus
desvios, negligência e oposição aos cinco pontos críticos ante
riores com relação ao Espírito de Deus que salientamos nesta
mensagem. A restauração do Senhor hoje é a restauração
destes pontos críticos com relação ao Espírito de Deus no
mover da economia eterna de Deus.
Estou bastante preocupado com todos os cooperadores
e presbíteros. Pode ser que muitos deles não tenham uma
percepção plena do que é a restauração do Senhor. Se nos
pedirem para explicar o que é a restauração hoje, devemos
responder com uma simples sentença: A restauração do
Senhor é Deus tornandose carne, a carne tornandose o
Espírito que dá vida, e o Espírito que dá vida tornandose o
Espírito sete vezes intensificado para edificar a igreja que se
torna o Corpo de Cristo e isso consuma a Nova Jerusalém.
Com relação a presente restauração do Senhor, espero que
nenhum de vocês sejam impedidos por causa da velha teolo
gia ou da velha percepção que vocês tem da restauração.
III. DEUS TEM UM GRUPO DE PESSOAS
QUE SÃO OS HOMENSDEUS PARA
SER SEUS VENCEDORES
Deus deve ter um povo que são os homensDeus para
ser Seus vencedores para Ele cumprir Sua economia eterna
15
com relação à igreja resultando no Corpo de Cristo e consu
mando a Nova Jerusalém.
CAPÍTULO DOIS
ENTRAR NA ESFERA DIVINA E MÍSTICA
DO MINISTÉRIO CELESTIAL DE CRISTO
ESBOÇO
Entrar na esfera mística do ministério celestial de Cristo
ESBOÇO
I. Passando por meio da esfera física do ministério terreno
de Cristo:
A. Na esfera física do Seu ministério terreno,
Cristo é o Cristo em carne:
1. Por trinta e três anos e meio, a partir de Sua
encarnação para tornarse a carne para Sua
morte todainclusiva.
2. Em Sua carne (Cl 1:22) Cristo executou Seu
ministério terreno ao cumprir a redenção
judicial de Deus, resultando objetivamente
em Deus:
16
a. Perdão dos pecados dos crentes—Ef 1:7.
b. Lavando os pecados dos crentes—Hb 1:3
c. Justificando os crentes—Rm 3:24
d. Reconciliando os crentes como Seus ini
migos a Si mesmo—Rm 5:10a
e. Santificando os crentes na posição deles
para Si mesmo como Seu povo santo—Hb
13:12; 10:29
3. Como um procedimento da salvação completa
de Deus para os crentes participarem da
salvação orgânica de Deus como o propósito
da salvação completa de Deus.
B. Aquele que experimentou a redenção judicial de
Deus pode ser considerando salvo apenas por ser
redemido, mas ele ainda necessita ser mais salvo
pela salvação orgânica de Deus no cumprimento
da economia de Deus.
II. Entrar na esfera mística do ministério celestial de
Cristo:
A. Na esfera mística de Seu ministério celestial,
Cristo é o Cristo como o Espírito que dá vida:
1. A partir de Sua ressurreição na qual Ele se
tornou o Espírito que dá vida através da
eternidade.
2. Como o Espírito que dá vida (Rm 8:910; 2Co
3:1718), Cristo está executando Seu minis
tério celestial ao cumprir subjetivamente a
salvação orgânica em oito passos:
a. Regeneração—para gerar os crentes redi
midos com Sua vida divina para que eles
possam ser nascidos de Deus para ser
Seus filhos de Sua espécie—Jo 1:1213;
3:6b.
17
b. Alimentando—para alimentar os bebês re
cémnascidos pela regeneração em Seu
apascentamento do Seu rebanho ao
nutrir e cuidar (Ef 5:29) para que Suas
ovelhas possam crescer na vida divina
para maturidade—Jo 10:1011, 1416;
21:1517; Hb 13:20; 1Pe 5:4; 2:25
c. Santificação disposicional—para santificar
os crentes que estão crescendo na vida
divina em sua disposição com a natureza
santa de Deus—Rm 15:16; 6:19, 22; 1Ts
5:23
d. Renovação—ter a mente mudada em sua
religião, lógica, e filosofia com respeitos
ao universo, humanidade, Deus, etc, pelo
Espírito da verdade com a visão das
Escrituras, e até mesmo para ter a mente
de Cristo substituindo suas mentes por
meio da obra consumadora da cruz—Tt
3:5; Rm 12:2b; Ef 4:23; Rm 8:6; Fl 2:5;
2Co 4:16
e. Transformação—ser transformado não
apenas em natureza interiormente, mas
muito mais na forma exterior para
expressão. Não é uma correção nem
meramente uma mudança exterior; é um
metabolismo interior por ter mais do
elemento da vida divina adicionada aos
crentes para expressão exterior—Rm
12:2b; 2Co 3:18
f. Edificação—o crescimento dos crentes na
vida divina e sua união com outros
crentes na vida divina (Ef 4:1516).
Renovação resulta em transformação, e
18
transformação resulta em edificação. Isso
é plenamente provado pela muralha com
sua fundação na Nova Jerusalém. A
muralha da Nova Jerusalém é de jaspe,
expressando a aparência de Deus (Ap
4:3). Enquanto as pedras de jaspe estão
sendo transformadas, elas são unidas
(juntas) e edificadas em uma muralha.
g. Conformação—para ser conformado a ple
na imagem do Filho primogênito de Deus,
que é o primeiro homemDeus, como o
prototipo para reprodução em massa. Ele
é o Deus mesclado com o homem e o
homem mesclado com Deus para viver a
vida do homemDeus que expressa todos
os atributos de Deus como as virtudes
humanas para expressão da glória divina
na humanidade, da qual a última
consumação e maturidade da vida divina
é a Nova Jerusalém—Rm 8:29; 1:4; Ef
4:14; Ap 21
h. Glorificação—ser saturado com a glória
divina interiormente na maturidade da
vida divina e ser glorificado do exterior por
e com a gloria divina como a finalização da
redenção judicial de Deus dos corpos dos
crentes e a parte mais importante da fili
ação divina na salvação orgânica de Deus
—Rm 8:30; Hb 2:10; Fl 3:21; Ef 4:30; Rm
8:23
A. Devemos ser lembrados todo o tempo que
Cristo cumpriu a salvação orgânica de Deus não por Si
mesmo como o Cristo na carne, mas por Si mesmo
como o Espírito.
19
B. Também devemos lembrar que todos os itens da
salvação orgânica de Deus não são levados a cabo
pelo ministério terrenal de Cristo judicialmente e
objetivamente, mas por Seu ministério celestial
organicamente e subjetivamente.
C. Precisamos também ser lembrados que todos os
itens da salvação orgânica de Deus não são execu
tados pelo ministério terreno de Cristo judicial
mente e objetivamente, mas pelo Seu ministério
celestial organicamente e subjetivamente.
Oração:
Senhor, nós O adoramos por que Tu nos estabeleceste como
um povo particular, como propriedade exclusiva Sua. Nós Te
agradecemos, Senhor, por ternos escolhido e até mesmo nos
designado com uma comissão de levar a cabo Sua economia
eterna. Oh, isso é que é uma carreira! Por nós mesmos não
somos absolutamente qualificados, mas Tu nos comissio
naste. O que diremos nós? Nós apenas olhamos para Ti.
Senhor, abra Seu coração novamente a nós e revele o que
está oculto nas profundezas de Seu bom prazer. Senhor, nós
gostamos de estar abertos a Ti. Nós não queremos ter
qualquer coisa nos impedindo. Senhor, nós Ti pedimos que
20
tire todos os véus, toda a lógica, teologias, filosofias, e
ensinamentos tradicionais. Senhor, remova camada após
camada dos véus em nós. Senhor, nós desejamos ser
libertados, ser livrados de todas estas algemas. Nós não
queremos ser impedidos ou sermos limitados de levar a cabo
Sua economia. Obrigado, Senhor, por nos tratar como Seus
seguidores amorosos. Nós cremos que Tu estás aqui, sentado
conosco, querendo ter uma comunhão íntima, falar face a
face sobre Seu objetivo, segundo a Sua economia eterna.
Senhor, fale conosco. Nós rogamos para que possamos ouvir
Sua voz e possamos ver Sua visão. Amém, Senhor.
O título desta mensagem é “Entrar na Esfera Mística
do Ministério Celestial de Cristo.” Aqui a palavra esfera é de
grande significado. Em vez de reino nós podemos usar a
palavra esfera e assim podemos falar da esfera mística do
ministério celestial de Cristo. Se quisermos entrar para
dentro da esfera do ministério celestial de Cristo, uma esfera
que é totalmente mística, precisamos conhecer o Cristo
místico.
Em Sua pessoa Cristo é místico. Com respeito à
encarnação de Cristo, há dois tipos de registros no Novo
Testamento — um registro físico e um registro místico. Nos
Evangelhos sinópticos, os Evangelhos de Mateus, Marcos e
Lucas, o registro da encarnação do Senhor é completamente
físico. Nós temos dito que Ele nasceu de uma virgem, que Ele
foi posto em uma manjedoura, que pastores vieram adoráLo,
que Ele foi levado de Israel para o Egito, e que Ele cresceu
em Nazaré. Tudo isso é um registro físico. O registro no
Evangelho de João é absolutamente diferente. Por exemplo, o
capítulo um não é um registro físico, mas um registro
místico. Os versículos 1 e 14 dizem, “No princípio era o
Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.… E o
Verbo tornouse carne e armou tabernáculo entre nós… cheio
21
de graça e da realidade.” Esta maneira de falar sobre a
encarnação é mística e misteriosa. “Porque todos nós temos
recebido da Sua plenitude, e graça sobre graça” (v. 16). Isto
também é místico. O relato de João da encarnação de Cristo
é totalmente místico.
De fato, todo o Evangelho de João é místico. “Todas as
coisas foram feitas por intermédio Dele [a Palavra].… Nele
estava vida, e a vida era a luz dos homens” (1:3, 4). Isto é
místico. Eis “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”
e sobre Ele o Espírito desceu “do céu como uma pomba, e
permaneceu sobre Ele” (vv. 29, 32). Isto, também, é místico.
Aqueles que criam Nele se tornavam pedras (v. 42). Falando
de Si mesmo como a escada celestial, Cristo disse, “Vereis o
céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o
Filho do Homem” (v. 51). Seguramente, todas estas coisas
são místicas. Cristo sendo o templo como a casa de Deus
(2:1621) é místico, e regeneração também é mística. “O que é
nascido do Espírito é espírito” (3:6b). O resultado da regene
ração é produzir uma noiva que é o aumento do Noivo (vv.
2930). Uma vez mais, esta é uma questão mística. “E como
Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o
Filho do Homem seja levantado” (v. 14). Cristo sendo levan
tado na cruz como uma serpente de bronze é certamente
místico. Em 4:10 e 14 Cristo nos fala que se bebermos da
água viva que somente Ele pode nos dar, esta água se
tornará em nós “uma fonte de água que jorrará pela vida
eterna.” Então Ele continua a dizer, “Deus é Espírito, e
importa que os que O adoram O adorem em espírito e
veracidade” (v. 24). Tudo isto é místico.
Todos os santos na restauração do Senhor, especial
mente os cooperadores e os presbíteros, precisam ter uma
visão clara com relação à esfera física e a esfera mística. Os
cooperadores e os presbíteros que tomam a frente na restau
ração do Senhor têm que perceber que a restauração do
22
Senhor é descansar nos ombros dela. O que a restauração
será dependerá do que eles serão. Eu tenho um pesado
encargo sobre isto. Considerando que este é meu encargo, eu
não posso lhes dar ensinamentos comuns. Ao invés disso,
terei que apresentar algo especial. Você precisa conhecer
esta era e perceber que é uma era de ignorância, um tempo
em que os cristãos estão sendo cegados e aprisionados pela
teologia tradicional. Portanto, eu tenho o encargo de dizer a
vocês que precisam entrar numa esfera que é muito superior
a esfera que você está agora. Esta esfera mais elevada é a
esfera mística do ministério celestial de Cristo.
I. ATRAVESSANDO A ESFERA FÍSICA DO
MINISTÉRIO TERRENO DE CRISTO
A. Na Esfera Física do Seu Ministério Terreno,
Cristo É o Cristo na Carne
Você alguma vez ouviu que quando Cristo estava na
terra, Ele era o Cristo na carne? Na Bíblia a carne é uma
palavra muito negativa. De acordo com Gênesis 6:3, quando
o homem caiu a tal ponto pelo fato de terse tornado carne,
Deus decidiu destruir o homem da face da terra. Não
obstante, João 1:14 não diz que a Palavra se tornou um
homem nem que a Palavra se tornou uma pessoa, mas que a
Palavra se tornou carne. Porque carne é algo condenado por
Deus, muitos cristãos não têm ousadia de ensinar que Cristo
era carne. Alguns podem dizer que Deus se tornou um
23
homem, mas a Bíblia diz que Deus se tornou carne. Em
Romanos 8:3 Paulo nos diz que o Filho de Deus veio “na
semelhança da carne de pecado.” Cristo teve a semelhança
da carne de pecado, mas não a natureza do pecado, da
mesma maneira que a serpente de bronze tinha a forma de
uma serpente, mas não a natureza venenosa de uma ser
pente (Jo 3:14; Nm 21:49). O Novo Testamento revela clara
mente que Cristo era carne, contudo sem pecado; Ele nunca
pecou (Hb 2:14; 4:15). Nós temos dito até mesmo que Deus
fez Cristo pecar por nós: “Ele não conheceu pecado, Deus O
fez pecado por nós” (2Co 5:21). Esta é a genuína, clara e pura
visão da Palavra de Deus.
1. Da Sua Encarnação para Se tornar a Carne
para a Sua Morte Todoinclusíva
2. Em Sua Carne Cristo Levou a Cabo Seu Ministério
Terreno Realizando a Redenção Judicial de Deus
Em Sua carne (Cl 1:22) Cristo levou a cabo Seu minis
tério terreno realizando a redenção judicial de Deus. Esta
redenção resultou objetivamente no perdão de Deus dos
pecados dos crentes (Ef 1:7), lavando seus pecados (Hb 1:3),
justificandoos (Rm 3:24), reconciliandoos como Seus inimi
gos para Si mesmo (Rm 5:10a), e santificandoos na posição
deles para Si mesmo como Seu povo santo (Hb 13:12; 10:29).
Todas estas questões são muito boas, mas elas são físicas,
terrenas, judiciais e objetivas.
24
3. Como um Procedimento da
Salvação Plena de Deus
O que Cristo levou a cabo em Seu ministério terreno
foi um procedimento da salvação plena de Deus para os
crentes participarem na salvação orgânica de Deus com o
objetivo da salvação plena de Deus. Este procedimento pode
ser comparado a uma escada rolante que nos leva de um
nível para outro. Uma escada rolante é útil, mas a pessoa
não deve ficar por muito tempo nela. Porém, a maioria dos
cristãos hoje estão demorando na “escada rolante” do proce
dimento da salvação plena de Deus. Alguns nem mesmo
estão na escada rolante, mas ainda estão no “andar térreo”;
contudo, eles não começaram a experimentar o procedi
mento.
É extremamente importante que diferenciemos entre o
procedimento da salvação plena de Deus e o propósito da Sua
salvação plena. O procedimento é judicial, e o propósito é
orgânico. Além disso, o procedimento está na esfera física, e o
propósito está na esfera mística.
B. Aquele Que Experimentou a Redenção
Judicial de Deus é Considerado Salvo
Aquele que experimentou a redenção judicial de Deus
pode ser considerado salvo somente ao ser regenerado, mas
ele ainda precisa ser salvo ainda mais pela salvação orgânica
de Deus no cumprimento da Sua economia.
II. ENTRAR NA ESFERA MÍSTICA DO MINISTÉRIO
CELESTIAL DE CRISTO
25
Nós precisamos atravessar a esfera física do ministério
terreno de Cristo e entrar em algo mais elevado — a esfera
mística do ministério celestial de Cristo.
A. Na Esfera Mística do Seu Ministério Celestial,
Cristo É o Cristo como o Espírito Que dá vida
1. Da Sua Ressurreição pela Eternidade
Na esfera mística do Seu ministério celestial, Cristo é
o Espírito que dá vida por causa da Sua ressurreição na qual
Ele se tornou o Espírito que dá vida, pela eternidade.
2. Realizando a Salvação Orgânica de Deus
Subjetivamente em Oito Passos
Como o Espírito que dá vida (Rm 8:910; 2Co 3:1718),
Cristo está levando a cabo Seu ministério celestial realizando
subjetivamente a salvação orgânica de Deus em oito passos.
Aqui podemos ver um contraste nítido: terreno versus divino,
26
físico versus místico, judicial versus orgânico, e objetivo
versus subjetivo. Todos os oito aspectos da salvação orgânica
de Deus são subjetivos.
a. Regeneração
Regeneração é gerar os crentes redimidos com a vida
divina para que eles possam nascer de Deus para ser Seus
filhos conforme Sua espécie (Jo 1:1213; 3:6b). Como filhos de
Deus nós somos do gênero Dele, da espécie Dele. Portanto,
nós somos deuses, tendo a vida e natureza de Deus, mas não
Sua Deidade.
b. Alimentação
c. Santificação Disposicional
27
d. Renovação
Renovação é ter nossa mente mudada em nossa reli
gião, lógica e filosofia com relação ao universo, a humani
dade, Deus, etc., pelo Espírito da verdade com as revelações
das Escrituras, até mesmo ter a mente de Cristo que subs
titui a nossa mente pela obra consumadora da cruz (Tt 3:5;
Rm 12:2b; Ef 4:23; Rm 8:6; Fp 2:5; 2Co 4:16).
Os missionários que vinham para a China falavam
muito sobre amor, dizendonos que tínhamos que amar uns
aos outros. Depois que fui salvo, eu fui iluminado para ver
gradualmente que todas as virtudes Cristãs, inclusive o
amor, são diferentes das virtudes humanas naturais. Toda
virtude Cristã tem que ter uma qualificação quádrupla: Deve
passar por meio da cruz, deve ser pelo Espírito, deve ser para
ministrar Cristo, e deve ser para produzir a igreja. O amor
ensinado no Novo Testamento é um amor que é passado pela
cruz, o qual elimina o ego e é pelo Espírito, e ministra Cristo
para produzir a igreja. Após ter ficado claro em relação a
isto, eu percebi que os missionários estavam enganados em
seus ensinamentos, porque eles ensinavam erradamente
sobre o amor enquanto reivindicavam que o ensinamento
deles estava de acordo com a Bíblia. O amor desvendado na
Bíblia não é um amor humano natural (amar os homens sem
egoísmo) como aquele ensinado por Confúcio.
O princípio é o mesmo com submissão. A submissão de
uma irmã a seu marido deve ser uma submissão a qual é por
meio da cruz, isto é, pelo Espírito, que ministra ou dispensa
Cristo, e que é para a produção e edificação da igreja. Este
tipo de submissão é completamente diferente da submissão
ensinada por Confúcio. Este tipo de submissão é por meio da
vida natural, não tendo nada a ver com a cruz, o Espírito, e o
dispensar de Cristo e não tem o objetivo de produzir a igreja.
28
Nós precisamos ser impressionados com o fato de que
todas as virtudes ensinadas pela Bíblia são por meio da cruz,
pelo Espírito, e ministrar Cristo para produção das igrejas
para a edificação do Corpo. Com relação a este assunto nossa
mente precisa ser renovada.
e. Transformação
Transformação é o resultado da renovação (Rm 12:2).
Isto não é ser transformado na natureza interior, mas muito
mais no aspecto exterior para expressão. Ela não é uma
correção nem meramente uma mudança exterior; é um
metabolismo interior quando temos mais do elemento da
vida divina acrescentado a nós para a expressão externa (Rm
12:2b; 2Co 3:18). Lembremos que a transformação não é
somente uma mudança externa, mas é uma mudança meta
bólica por meio da adição da vida divina que nos transforma
à imagem de Cristo.
f. Edificação
Edificação é uma questão de crescimento dos crentes
na vida divina e o ser deles unido a outros crentes na vida
divina (Ef 4:1516). Renovação resulta em transformação, e
transformação resulta em edificação. Isto é completamente
provado pela muralha da Nova Jerusalém com seus funda
mentos. A muralha da Nova Jerusalém é de jaspe, expres
sando a aparência de Deus (Ap 4:3). Enquanto as pedras de
jaspe estavam sendo transformadas, elas foram sendo unidas
umas as outras e edificando uma muralha.
Não deveríamos pensar que ser edificados é apenas
nos relacionar mais intimamente com outros crentes de uma
maneira natural. Esta não é a maneira de ser edificado. A
maneira adequada de ser edificado é crescer juntos na vida
29
divina. Enquanto estivermos crescendo, este crescimento nos
une a todos como um só.
g. Conformação
h. Glorificação
30
dia Seu “pintar”, Seu dispensar da vida divina, está nos
saturando gradualmente até que sejamos glorificados. Nós
fomos pintados pelo Espírito Santo que é a glória de Deus.
Nós temos sido, então, pintados pela glória de Deus, e o
“pintar” da glória de Deus está fazendo com que a Sua glória
nos permeie até saturar todo nosso ser. Se virmos isto,
perceberemos que glorificação não é meramente objetiva,
mas muito subjetiva.
O tempo da saturação plena será o tempo da redenção
do nosso corpo. Nós fomos regenerados em nosso espírito e
estamos sendo transformados agora em nossa alma, mas
nosso corpo ainda faz parte da velha criação. Por esta razão,
nosso velho corpo precisa ser redimido. A última fase da
redenção, a redenção do nosso corpo, será a porção máxima
da nossa filiação.
Se não controlarmos nosso corpo adequadamente de
acordo com os atributos divinos expressos por meio das
virtudes humanas, nosso corpo se tornará algo horrível.
Como uma pessoa idosa eu sou bastante fraco em meu corpo,
e esta fraqueza física me aborrece. Eu ainda posso mover e
trabalhar, mas diariamente estou sofrendo por causa de
minha fraqueza física. Interiormente eu digo, “Senhor Jesus,
um dia eu serei glorificado. Então serei liberto deste velho
corpo o qual não tem parte na filiação divina.”
A filiação é do Espírito, e o Espírito está nos saturando
com a filiação até que nosso corpo seja saturado com ela.
Então experimentaremos a plena filiação, a “filificação”
plena, a redenção de nosso corpo. Nós ainda temos uma parte
—nosso corpo físico—o qual não foi “filificado”, então estamos
esperando pelo dia quando até mesmo nosso corpo se tornará
parte da filiação divina.
B. Somos Lembrados de Que Cristo Realiza a Salvação
Orgânica de Deus por Ele como o Espírito
31
Nós temos que lembrar todo o tempo de que Cristo não
realiza a salvação orgânica de Deus por Ele como o Cristo na
carne, mas por Ele mesmo como o Espírito que dá vida.
C. Lembrando Que Todos os Itens da Salvação
Orgânica de Deus são Levados a cabo por
meio do Ministério Celestial de
Cristo
Nós também temos que nos lembrar de que todos os
itens da salvação orgânica de Deus não são levados a cabo
judicialmente e objetivamente pelo ministério terreno de
Cristo, mas por meio de Seu ministério celestial orgânica e
subjetivamente. Há uma grande diferença entre o ministério
terreno de Cristo e Seu ministério celestial. Hoje nós não
estamos sendo salvos judicialmente e objetivamente pelo
ministério terreno de Cristo na carne. Nós estamos sendo
salvos organicamente e subjetivamente pelo ministério celes
tial do Cristo que é o Espírito que dá vida. Para experi
mentar esta salvação orgânica, todos nós precisamos entrar
na esfera mística do ministério celestial de Cristo.
CAPÍTULO TRÊS
A ESFERA DIVINA E MÍSTICA DO ESPÍRITO
CONSUMADO E O CRISTO PNEUMÁTICO
Leitura Bíblica: Jo 14:1011; Fp 1:19; Rm 8:9; 2Co 3:1718; Jo
14:1620; 1Co 15:45b; Jo 20:22; 16:1215; 15:45, 8,; 17:21, 23,
ESBOÇO
32
I. A esfera divina e mística:
A. O Filho está no Pai, e o Pai está no Filho—Jo 14:10
11
B. Isto indica que o Pai é corporificado no Filho e o
Filho é a corporificação do Pai, formando uma esfera
divina e mística.
II. A esfera divina e mística do Espírito consumado e do
Cristo pneumático—Fl 1:19; Rm 8:9; 2Co 3:1718
A. Outro Consolador, o Espírito da realidade, para ser
a realidade do Filho percebida como a presença do
Filho nos crentes—Jo 14:1618
B. No dia da ressurreição do Filho no qual o Filho se
tornou o Espírito que dá vida (1Co 15:45b), Ele veio
aos discípulos na noite daquele dia para insuflar
lhes e dizerlhes para receber o Espírito Santo (Jo
20:22). Por tudo isso podemos saber que o Filho está
no Pai, e os crentes estão no Filho, e o Filho está nos
crentes—Jo 14:1920.
III. Antes e depois do dia da ressurreição de Cristo:
A. Antes do dia da ressurreição de Cristo:
1. Cristo ainda tinha muitas coisas para desvendar
aos Seus discípulos.
2. Mas Seus discípulos, naquela época, não poderiam
suportálas (Jo 16:12) pois, eles ainda não tinham
recebido o Espírito da ressurreição de Cristo e
ainda não tinham entrado na esfera divina e
mística.
B. Depois do dia da ressurreição de Cristo:
1. Quando o Espírito da realidade viesse, Ele guiaria
os discípulos, que então seria o Espírito da ressur
reição de Cristo, para toda a realidade concer
33
nente a economia de Deus para o Corpo de Cristo,
que é o Cristo pneumático e o Espírito consumado.
2. Ele falou que o que Ele ouvisse de Cristo, Ele
declararia aos discípulos nas vinte e duas epísto
las do Novo Testamento de Romanos a Apocalipse
—Jo 16:13
34
Filho, de modo que possam ser perfeitos (aperfei
çoados) em um—Jo 17:21,23.
VI. O ministério celestial de Cristo é executado nesta esfera
mística, e a salvação orgânica de Deus é praticamente
efetuada nessa esfera.
VII. Os crentes devem considerar grandemente a entrada
nesta esfera, percebendo que sem Cristo tornandoSe o
Espírito que dá vida, sem Cristo sendo o Cristo pneu
mático, sem Cristo sendo o Senhor Espírito, e sem
Cristo sendo o Cristo em ressurreição e não apenas em
carne, não há absolutamente nenhuma maneira para
os crentes participarem, experienciarem, e desfru
tarem a seção orgânica da salvação completa de Deus
em Cristo.
Oração:
Senhor, nós cremos que nestes dias Tu estás falando
conosco, desvendando as profundezas que há em Ti. Nós
somos tão abençoados. Obrigado. Senhor, agora nós vimos a
Ti para aprender como Tu, o Deus Triúno, é uma esfera e ver
que Tu desejas que entremos nesta esfera, isto é, entrar em
Ti. Senhor, abra nossos olhos. Leva embora nossa incapa
cidade e nos torna capaz de conhecer as coisas místicas como
Tu as conhece. Ó Senhor, nos cubra, nos limpe, e nos unja.
Senhor, permita que sintamos a Sua presença e saibamos
que Tu estás aqui falando conosco. Que todos nós possamos
ouvir a Sua voz. Senhor, Tu é tão misericordioso. Não somos
dignos de nada. Não somos nada, e não temos nada, e não
podemos fazer nada. Mas nós O temos como nosso tudo.
Amém.
35
Nesta mensagem chegamos a um pico elevado — a
esfera divina e mística. Algo que é místico não somente espi
ritual, mas é também misterioso.
I. A ESFERA DIVINA E MÍSTICA
O Deus Triúno, o Pai, o Filho, e o Espírito, são alto
existentes, sempreexistentes, e coinerem com os três da
Trindade Divina que habita um no outro. De acordo com
João 14:10 e 11, o Filho está no Pai, e o Pai está no Filho.
Isto indica que o Pai está corporificado no Filho e o Filho é a
corporificação do Pai, formando uma esfera divina e mística,
o esfera do Deus Triúno. Portanto, o próprio Deus Triúno é
uma esfera divina e mística.
A esfera divina e mística na qual podemos entrar hoje
não é simplesmente a esfera divina e mística do Deus Triúno,
mas a esfera divina e mística do Espírito consumado e o
Cristo pneumático. Os termos Espírito consumado e o Cristo
pneumático são muito particulares.
Quem é o Espírito consumado? O Espírito consumado
é o Espírito composto tipificado pelo óleo da unção — um
composto de um him de azeite de oliva com quatro tipos de
especiarias e a eficácia delas (Êx 30:2325). Antes do Espírito
ser consumado, Ele era o Espírito de Deus, o Espírito de
Jeová, e o Espírito Santo. Ele somente participou na criação
de Deus como o Espírito de Deus (Gn 1:2). Muito depois,
quando os Israelitas, o povo escolhido de Deus, estavam em
dificuldadeS, Deus desceu para os ajudar como o Espírito de
Jeová (Jz 3:10; 6:34; 11:29; 13:25). O Espírito de Jeová era
Deus se aproximando do Seu povo para ajudálos de uma
maneira objetiva, não de uma maneira subjetiva.
O Antigo Testamento é principalmente um registro de
duas coisas: A criação de Deus e a história de Israel, o povo
36
escolhido de Deus. Pelo fato de sua história ser tão mise
rável, eles constantemente precisavam da ajuda de Deus. Se
Deus não tivesse vindo para ajudar Seu povo escolhido em
suas dificuldades, não teriam sobrevivido. Na criação de
Deus o Espírito era o Espírito de Deus, e na ajuda de Deus a
Israel o Espírito era o Espírito de Jeová.
Por meio da encarnação Deus tornouse um homem.
Deus se tornando um homem foi algo que era totalmente
novo, e para este algo novo, um título particular foi usado
para o Espírito de Deus — o Espírito Santo (Mt 1:18, 20; Lc
1:35). Em grego o Espírito Santo é chamado freqüentemente
de “o Espírito Santo” (Lc 2:26; 3:22; 10:21; Jo 14:26). O título
o Espírito Santo foi usado com respeito à encarnação porque
a encarnação era algo extremamente santo. A vinda de Deus
para tornarse um homem foi uma questão muito santa, e
Lucas 1:35 usa até mesmo a expressão ‘o ente santo’. Como a
concepção do homemDeus era do Espírito Santo, assim o que
nasceu daquela concepção era um ente santo. O Espírito que
proporcionou isto não era meramente o Espírito de Deus nem
apenas o Espírito de Jeová, mas o Espírito Santo. Na Bíblia,
portanto, o Espírito é chamado de o Espírito de Deus, o
Espírito de Jeová e o Espírito Santo.
Em João 7 vemos que o Senhor Jesus, o homemDeus,
participou da Festa dos Tabernáculos. No último dia da
festa, o grande dia, Ele ficou em pé e exclamou, dizendo, “Se
alguém tem sede, venha a Mim e beba. Quem crer em Mim…
do seu interior fluirão rios de água viva” (vv. 3738). No
próximo versículo João, o autor deste Evangelho, dá uma
palavra de explicação: “Isso, porém, disse Ele com respeito ao
Espírito que haviam de receber os que Nele cressem; pois
ainda não havia o Espírito, porque Jesus não havia sido
ainda glorificado” (v. 39). Precisamos prestar atenção espe
cial às palavras “ainda não havia o Espírito”. O Espírito de
Deus estava lá desde o princípio, na criação; o Espírito de
37
Jeová tinha vindo ajudar o povo de Israel em suas dificul
dades muitas e muitas vezes; e o Espírito Santo tinha sido
ativo na encarnação. Como João poderia dizer que ainda não
havia o Espírito? Sim, o Espírito estava lá como o Espírito de
Deus em Gênesis, como o Espírito de Jeová em Juízes, e
como o Espírito Santo em Mateus e Lucas, mas o Espírito – o
Espírito como o Espírito composto e consumado – ainda “não
havia” em João 7:39, porque naquele momento Jesus não
havia sido glorificado. O homem Jesus foi glorificado na
ressurreição (Lc 24:26). Portanto, o Espírito ainda “não
havia” até a ressurreição de Cristo. Na ressurreição Cristo, o
último Adão na carne, tornouse o Espírito que dá vida, o
Espírito que é vida (1Co 15:45b).
Agora podemos ver algo com relação à história da con
sumação do Espírito. Embora já houvesse o Espírito de Deus,
o Espírito de Jeová e o Espírito Santo, o Espírito que dá vida
ainda “não havia” em João 7 porque o Senhor Jesus não
tinha passado pela morte pelos pecados do homem e contudo
não tinha entrado na ressurreição. Pelo contrário, na época
de João 7 Ele ainda estava na carne e não podia entrar nas
pessoas para ser a vida delas. Mas em ressurreição Cristo se
tornou o Espírito que dá vida, e agora Ele pode entrar nos
crentes para dar vida a eles.
Na ressurreição o Espírito de Deus foi mesclado com a
humanidade de Cristo, com Sua morte e sua eficácia, e com a
Sua ressurreição e seu poder. O resultado desta mescla é o
Espírito composto e consumado.
A Bíblia revela o fato de que o Espírito se tornou o
Espírito consumado. Pelo fato de muitos cristãos não terem
visto a visão na Bíblia com respeito ao Espírito consumado,
eles precisam ser reeducados. Alguns podem dizer, “Deus é o
mesmo desde a eternidade; Ele nunca teve qualquer mu
dança.” Porém, a Bíblia revela claramente que Deus, que é
Espírito, se tornou carne (Jo 1:14). Isso não foi uma
38
mudança? Além disso, o último Adão na carne se tornou o
Espírito que dá vida. Isso também não foi uma mudança?
Primeiramente, Deus mudou isso por meio da encarnação,
Ele se tornou carne, e então Ele mudou isso novamente, em
ressurreição, Ele se tornou o Espírito que dá vida, e este
Espírito é o Espírito consumado. Eu espero que estes que
estão debaixo da velha influência da teologia tradicional,
estejam dispostos a aprender que a Bíblia, nossa autoridade
mais elevada, revela tudo com respeito ao Espírito consu
mado.
A Bíblia também revela que Cristo se tornou o Cristo
pneumático. Na eternidade Cristo era Deus como o Espírito,
entretanto, Ele se tornou carne. Romanos 1:3 e 4 diz que Ele
“veio da descendência de Davi segundo a carne”, mas que Ele
foi “designado Filho de Deus com poder segundo o Espírito de
santidade pela ressurreição dos mortos.” O título o Espírito
de santidade, refere à divindade de Cristo, Sua essência
divina. Primeira Pedro 3:18, fala da crucificação de Cristo,
diz que Ele, por um lado, foi levado à morte na carne, mas
por outro, vivificado no Espírito. A crucificação somente
colocou Cristo na morte na Sua carne, não em Seu Espírito
como a Sua divindade. O Seu Espírito como Sua divindade
não morreu na cruz quando Sua carne morreu; pelo contra
rio, Seu Espírito como Sua divindade foi vivificado, estimu
lado com novo poder de vida. Assim, enquanto Ele estava
morrendo em Sua humanidade e até mesmo depois que Ele
foi sepultado, Seu Espírito como Sua divindade permanecia
ativo.
Em João 12:24 o Senhor Jesus referiu a Si como um
grão de trigo: “Se o grão de trigo não cair na terra e morrer,
fica ele só; mas se morrer, produz muito fruto.” Quando Ele
caiu na terra como um grão de trigo, a morte começou
imediatamente. Mas enquanto a Sua “casca” estava mor
rendo, a vida divina dentro Dele estava crescendo. Disto
39
vemos que enquanto o Senhor Jesus estava morrendo, Ele
também estava crescendo. Sem este tipo de ação, Ele não
poderia ter sido ressuscitado.
A carne de Jesus foi crucificada e sepultada. Como ela
poderia ser ressuscitada? Em João 20 Pedro e João entraram
na tumba na qual o Senhor havia sido sepultado. “Pedro
entrou na tumba; e ele viu os panos de linho deixados ali e o
lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus, não posto com os
panos de linho, mas enrolado um lugar a parte” (vv. 67). O
corpo seguramente não tinha sido roubado. Como, então, era
possível para a carne morta e sepultada do Senhor ser
ressuscitada? A resposta para esta pergunta é que de acordo
com a Sua carne Ele tinha sido sepultado lá, mas de acordo
com a Sua divindade Ele tinha permanecido muito ativo.
Entre o tempo do Seu sepultamento e ressurreição, Seu Espí
rito como Sua divindade estava trabalhando para ressuscitar
Sua humanidade, elevála, e introduzila na divindade de
forma que Sua humanidade pudesse nascer de Deus. De
acordo com Atos 13:33 ela estava em ressurreição para que
Deus gerasse Jesus para ser o Filho de Deus. Ele foi gerado
para ser o Filho primogênito de Deus tendo Sua humanidade
então elevada na divindade e até mesmo introduzida na
filiação divina. Simultaneamente, Ele se tornou o Espírito
que dá vida e por meio disso tornouse o Cristo pneumático.
Temos visto que o Espírito foi consumado e que Cristo
se tornou o Espírito que dá vida, o Cristo pneumático. Assim,
podemos falar agora da esfera divina e mística deste Espírito
consumado e deste Cristo pneumático. Que esfera maravi
lhosa é esta!
Mostramos que os três da Trindade Divina são alto
existentes, sempreexistentes, e coinerem, e assim como o
Pai, o Filho e o Espírito são uma esfera divina e mística. Com
o Próprio Deus Triúno como uma esfera mística não há
qualquer “complicação”, mas na esfera divina e mística do
40
Espírito consumado e o Cristo pneumático há várias “compli
cações”, todas as quais são bênçãos para nós.
Deus queria que estivéssemos Nele. Se Ele fosse
somente o Deus Triúno sem a humanidade de Cristo, morte,
e ressurreição, e nós pudéssemos entrar Nele, encontra
ríamos o Pai, o Filho e o Espírito, mas nada de humanidade,
morte, e ressurreição. Porém, quando entrarmos na esfera
divina e mística do Espírito consumado e o Cristo pneu
mático, nós não apenas temos a divindade, mas também a
humanidade de Cristo, a morte de Cristo com sua eficácia, e
a ressurreição de Cristo com seu poder repelente. Tudo está
aqui nesta esfera maravilhosa.
Embora eu tenha nascido na China e me tornado um
cidadão americano naturalizado, eu posso testificar que não
tenho o sentimento de que eu sou Chinês ou Americano.
Minha esfera não é a China ou a América – minha esfera é o
Deus Triúno complexo e complicado. Eu estou aqui com o
Pai, com o Filho que foi crucificado e ressuscitado, e com o
Espírito consumado. Considerando que eu estou em nesse
Deus Triúno, eu tenho tudo que preciso. Se eu precisar de
crucificação, eu a encontro nesta esfera que eu já fui
crucificado. Se eu precisar de ressurreição, nesta esfera eu já
fui ressuscitado. Louvado seja o Senhor por essa esfera
divina e mística!
Nesta conjuntura, vamos considerar o que está reve
lado em João 14 com relação à esfera divina e mística do
Espírito consumado e o Cristo pneumático. O versículo 1 diz,
“Não se turbe o vosso coração.” Em que esfera ficamos abor
recidos? Ficamos preocupados na terra, no mundo (16:33), na
esfera física.
Neste versículo (14:1) o Senhor Jesus continuou a
dizer, “Crede em Deus, crede também em mim.” Aqui a
preposição em é muito importante. Não só deveríamos crer
em Deus e em Cristo, mas deveríamos crer em Deus e em
41
Cristo. Nosso coração está preocupado porque estamos no
mundo, e a maneira de resolver este problema é entrarmos
em Cristo crendo Nele. Aqui podemos ver duas esferas: a
esfera física—o mundo onde todas as dificuldades estão—e a
esfera mística do Deus Triúno, o Pai, o Filho, e o Espírito
onde a paz está.
Em 16:33 o Senhor Jesus disse, “Essas coisas vos
tenho dito para que em Mim tenhais paz. No mundo tendes
aflição; mas tende ânimo, Eu venci o mundo.” Aqui nova
mente vemos tanto a esfera física (“o mundo”) e a esfera
mística (“Mim”).
Os capítulos quatorze, quinze e dezesseis de João são
uma seção. No começo desta seção o Senhor Jesus indicou,
em 14:1, que a intenção Dele era falar algo para nos ajudar a
crer Nele. Não deveríamos pensar que em Cristo é uma
questão simples. Se Ele não tivesse morrido na cruz e tirado
nossos pecados, para crucificar nossa carne e terminar nosso
velho homem, e se Ele não tivesse ressuscitado para se
tornar o Espírito que dá vida, não haveria maneira para Ele
entrar em nós e levarnos para dentro Dele.
Se estivéssemos lá quando o Senhor Jesus falou sobre
crer em Deus e Nele, poderíamos ter dito, “Senhor, eu quero
entrar em Ti. Digame como crer em Ti.” Como revelam os
versículos seguintes, para entrarmos Nele, Ele teve que
morrer e ser ressuscitado para se tornar o Espírito que dá
vida, para que pudéssemos recebêLo crendo Nele e invo
cando, “Ó Senhor Jesus.”
Entre 14:1 e 16:33 temos o ensinamento do Senhor
com respeito a como crer Nele. João 14:2a diz, “Na casa de
Meu Pai há muitas moradas.” Em 14:1 o Senhor Jesus falou
sobre crer em Deus e crer Nele, mas aqui Ele de repente
falou sobre a casa de Seu Pai. A casa do Pai seguramente não
é uma mansão celestial, mas algo místico. De acordo com a
interpretação em 2:16, 21, “a casa de Meu Pai” referese ao
42
templo, o aumento de Cristo em Sua ressurreição para ser a
igreja, o Seu Corpo, como o lugar de habitação de Deus (1Tm
3:15; Ef 2:2122). Em princípio, o corpo de Cristo era somente
Seu corpo individual. Mas por meio de Sua morte e ressur
reição, Seu corpo foi aumentado para ser Seu Corpo corpo
rativo, o qual é a igreja, a casa de Deus (1Tm 3:15), o templo
de Deus (Ef 2:21). Você já tinha percebido que quando você
creu em Deus e no Filho, você entrou na igreja?
João 14:2 diznos que na casa do Pai há “muitas
moradas.” Estas moradas são os crentes, os membros do
Corpo de Cristo. Todo crente é uma morada, como afirmado
no versículo 23.
Na parte posterior do versículo 2 o Senhor Jesus disse,
“Eu vou prepararvos lugar.” As palavras “Eu vou” significa
“Eu morrerei”. Ao dizer “Eu vou” Ele estava falando sobre
Sua morte de uma maneira mística.
Neste ponto eu quero lembrar vocês que o Evangelho
de João é um livro místico e que todo registro em João é um
registro místico. Falar da encarnação dizendo “a Palavra
tornouse carne” (1:14) é falar de uma maneira mística. Do
mesmo modo, falar da água viva que se torna em nós uma
fonte de água a jorrar pela vida eterna (4:10, 14) também é
falar de uma maneira mística. Pelo fato de João ser um livro
místico, quando o lemos precisamos compreendêlo mística
mente.
Em João 14:3 o Senhor Jesus continuou, “E se eu vou e
vos preparar lugar, virei outra vez e vos receberei para Mim
mesmo, para que onde Eu estou estejais vós também.” Aqui
Ele falou tanto de Sua ida quanto de Sua vinda. “Eu virei” é
um presente continuo, indicando que quando o Senhor Jesus
falou estas palavras Ele já estava vindo. Enquanto Ele
estava falando, Ele estava preparando para entrar na ressur
reição. “Eu irei” é morrer e “Eu virei” é ser ressuscitado.
Antes de morrer Ele já sabia que iria voltar. Aqui Sua ida e
43
Sua vinda, a Sua morte e ressurreição, são referidas de uma
maneira mística.
Neste versículo o Senhor Jesus disse, “Eu vos recebe
rei para Mim mesmo.” Se nós estivéssemos estado lá, pode
riamos ter dito, “Senhor, Tu não me receberá na casa do Pai?
Por que dizes que me receberá em Ti mesmo?” A resposta
para essa pergunta é que a casa do Pai é o próprio Cristo.
O versículo 3 termina com as palavras “Onde Eu estou
estejais vós também”. Ele está no Pai. Assim, para estarmos
onde Ele está significa que também estamos no Pai. Isto está
relacionado ao nosso crer no Pai, a esfera divina e mística.
O Senhor Jesus continuou a dizer, “E para onde Eu
vou, vós sabeis o caminho” (v. 4). Então Tomé disse, “Senhor,
não sabemos para onde vais; como podemos saber o cami
nho?” (v. 5). De acordo com o versículo 6 Jesus disse a ele,
“Eu sou o caminho e a realidade e a vida; ninguém vem ao
Pai senão por mim.” Aqui o Senhor não disse, “ninguém vem
para a casa do Pai”; Ele disse, “ninguém vem ao Pai.” Vir ao
Pai é vir para a casa do Pai, pois o Pai é a casa. A frase senão
por mim revela que só podemos vir ao Pai como a casa por
meio de Cristo como o caminho.
No versículo seguinte o Senhor Jesus disse, “Se vós Me
tivésseis conhecido, conheceríeis também a Meu Pai; e desde
agora O conheceis e O tendes visto”. Quando Filipe ouviu isto
ele disse, “Senhor, mostrarnos o Pai, e isso nos basta” (v. 8).
Os versículos 9 e 10 continuam, “Disselhe Jesus: Há tanto
tempo estou convosco, e não me tens conhecido, Filipe? Quem
Me vê a Mim, vê o Pai; como dizes tu: Mostranos o Pai? Não
crês que Eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras
que Eu digo vos digo, não as digo de Mim mesmo, mas o Pai,
que permanece em Mim, faz as Suas obras”. Aqui vemos que
o falar do Filho era na verdade o falar do Pai, o trabalhar do
Pai por permanecer Nele. Isto é completamente místico.
44
Temos enfatizado o fato de que o Deus Triúno é uma
esfera divina e mística. Como revelado na primeira parte de
João 14, o Filho está no Pai, e o Pai está no Filho. Nos versí
culos 16 a18 nós temos não apenas uma palavra com relação
ao Pai e o Filho, mas também com relação ao Espírito: “Eu
rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, a fim de que
esteja para sempre convosco, o Espírito da realidade que o
mundo não pode receber, porque não O vê ou O conhece; vós
O conheceis, porque Ele habita convosco e estará em vós.
Não vos deixarei órfãos; virei a vós outros.” O primeiro
Consolador era Cristo na carne, e o outro Consolador é o
Espírito da realidade. O “Aquele” que é o Espírito da
realidade no versículo 17 se torna o “Eu” que é o próprio
Senhor no versículo 18. Isto significa que o Cristo que estava
na carne passou pela morte e ressurreição para se tornar o
Espírito que dá vida, o Cristo pneumático. Isto não é
meramente espiritual—ele é místico. Nós não podemos dizer
que o Espírito da realidade é espiritual e o Cristo que estava
na carne não era espiritual, pois quando Ele estava na carne,
Cristo o Filho, certamente era espiritual. O que precisamos
ver aqui não é algo que é apenas espiritual, mas algo místico.
O versículo 19 continua, “Ainda por um pouco e o
mundo não Me verá mais; vós, porém, Me vereis; porque Eu
vivo, vós também vivereis.” Isto se refere à ressurreição de
Cristo. Porque Ele vive em ressurreição, nós também vive
mos, porque fomos regenerados na Sua ressurreição, como
revelado em 1 Pedro 1:3.
Em João 14:20 o Senhor Jesus falou de “naquele dia.”
“Naquele dia” era o dia da Sua ressurreição (20:19), o dia no
qual Ele se tornaria o Cristo pneumatizado, o Cristo pneu
mático. Portanto, naquele dia na verdade significa “no dia da
ressurreição.”
Vamos ler agora todo o versículo 20: “Naquele dia, vós
conhecereis que Eu estou em Meu Pai, e vós em Mim, e Eu
45
em vós.” Isto se refere à esfera divina e mística onde não
somente o Pai, o Filho, e o Espírito estão, mas também onde
os crentes estão. Louvado seja o Senhor que, como crentes
em Cristo, estamos agora na esfera divina e mística do
Espírito consumado e o Cristo pneumático!
II. A ESFERA DIVINA E MÍSTICA DO ESPÍRITO
CONSUMADO E O CRISTO PNEUMÁTICO
Todos nós precisamos entrar na esfera divina e mís
tica, não do Deus Triúno, mas do Espírito consumado e o
Cristo pneumático (Fp 1:19; Rm 8:9; 2Co 3:1718).
A. Um Outro Consolador, o Espírito da Realidade,
para Ser a Realidade do Filho,
João 14:1618 fala de um outro Consolador, o Espírito
da realidade, ser a realidade do Filho percebida como a
presença do Filho nos crentes. O Espírito é a realidade do
Filho, e a presença do Filho em nós é o Espírito.
B. O Filho Está no Pai, os Crentes Estão
no Filho, e o Filho Está nos Crentes
46
III. ANTES E DEPOIS DAQUELE DIA DA
RESSURREIÇÃO DE CRISTO
A. Antes Daquele Dia da Ressurreição de Cristo
Antes daquele dia da ressurreição de Cristo, Ele teve
ainda muitas coisas para desvendar aos Seus discípulos. Mas
Seus discípulos não as puderam suportar (Jo 16:12) porque
eles não tinham recebido o Espírito da ressurreição de Cristo
e não tinham entrado na esfera divina e mística.
B. Depois Daquele Dia da Ressurreição de Cristo
O Senhor Jesus disse que quando o Espírito da reali
dade viesse, Ele guiaria os discípulos que estariam então no
Espírito da ressurreição de Cristo em toda a realidade com
relação à economia de Deus para o Corpo de Cristo que é o
Cristo pneumático e o Espírito consumado. O Espírito da
realidade falaria o que Ele ouviria de Cristo e declararia aos
discípulos nas vinte e duas Epístolas do Novo Testamento de
Romanos a Apocalipse (Jo 16:13).
IV. A TRANSIÇÃO DIVINA PARA A ECONOMIA
ETERNA DA TRINDADE DIVINA
A. Tudo o Que o Pai Possui É Propriedade do Filho
Tudo o que o Pai possui é propriedade do Filho, está
corporificado no Filho.
47
B. Tudo o Que o Filho Possui É
Realizado pelo Espírito
Tudo aquilo que o Filho possui é recebido pelo Espí
rito, realizado pelo Espírito que se tornou o Espírito que dá
vida na ressurreição de Cristo para a realização do Cristo
pneumático.
C. O Espírito Recebe Tudo o Que Cristo
Possui e Declara aos Discípulos
O Espírito recebe tudo o que Cristo possui e declara
aos discípulos (que estavam então na realidade da ressur
reição de Cristo e na esfera divina e mística do Cristo pneu
mático) para a produção das assembléias as quais resultam
no Corpo de Cristo que consuma a Nova Jerusalém para
expressar o Cristo todoinclusivo para Sua glorificação na
eternidade (vv. 1415). No princípio, todas as coisas eram do
Pai. Então, o que o Pai tinha tornouse possessão de Cristo.
Seguindo isto, tudo o que Cristo possui é ouvido e recebido
pelo Espírito que declara todas estas coisas aos crentes. Esta
é a transição divina para a economia eterna da Trindade
Divina.
V. OS CRENTES ESTÃO NA ESFERA DIVINA E
MÍSTICA DO ESPÍRITO CONSUMADO
PARA PRESERVAR A UNIDADE
Todos os crentes deveriam estar nesta esfera divina e
mística do Espírito consumado para estar mesclado com o
Deus Triúno para preservar a unidade.
A. Os Crentes Permanecem no Filho
48
Todos os crentes deveriam permanecer no Filho para
que o Filho possa permanecer neles para que possam dar
muito fruto para a glorificação (expressão) do Pai (15:45, 8).
No capítulo quatorze o Senhor preparou os lugares, as mora
das. No capítulo quinze precisamos permanecer Nele como
nossa morada para que Ele possa permanecer em nós como
Sua morada.
B. Todos os Crentes São Um
Todos os crentes deveriam ser um, assim como o Pai
está no Filho e o Filho no Pai, eles também podem estar no
Pai e o Filho. O Filho está nos crentes e o Pai está no Filho
para que os crentes possam ser aperfeiçoados na unidade
(17:21, 23). Nossa unidade deve ser igual à unidade entre os
três do Deus Triúno. De fato, a unidade dos crentes é a
unidade do Deus Triúno. Ela está no Deus Triúno para que
possamos ser aperfeiçoados para ser um. Portanto, a verda
deira unidade está no Deus Triúno.
Em João 1416 o Senhor Jesus apresentou uma men
sagem aos Seus discípulos, e então em João 17 Ele orou ao
Pai. No final da Sua oração, Ele indicou que nossa unidade
deveria ser no Deus Triúno, com o Cristo pneumático e o
Espírito consumado. Esta unidade que é a unidade genuína é
o mesclar dos crentes com o Deus Triúno. Para ter esta
unidade, os crentes devem estar no Deus Triúno como uma
esfera divina e mística. Aqui o Pai está no Filho, o Filho está
nos crentes, e os crentes estão no Filho que está no Pai. Isto
significa que os crentes são um com o Deus Triúno na esfera
divina e mística do Cristo pneumático e o Espírito consu
mado.
VI. O MINISTÉRIO CELESTIAL DE CRISTO É
LEVADO A CABO NESTA ESFERA MÍSTICA
49
O ministério celestial de Cristo é levado a cabo nesta
esfera mística, e a salvação orgânica de Deus é praticamente
realizada nesta esfera. Se não estivermos nesta esfera, não
podemos participar no ministério celestial de Cristo ou pode
mos desfrutar a salvação orgânica de Deus.
VII. OS CRENTES DEVEM CONSIDERAR
GRANDEMENTE A ENTRADA NESTA ESFERA
Os crentes devem considerar grandemente a entrada
nesta esfera, percebendo que sem o Cristo que se tornou o
Espírito que dá vida, sem o Cristo que é o Cristo pneumático,
sem o Cristo que é o Senhor Espírito, e sem o Cristo que é o
Cristo em ressurreição e não somente na carne, absoluta
mente não há nenhuma maneira para os crentes participa
rem, experimentarem, e desfrutarem a seção orgânica da
salvação completa de Deus em Cristo.
50
CAPÍTULO QUATRO
“O PRÓPRIO ESPÍRITO COM NOSSO
ESPÍRITO” A CHAVE PARA ABRIR AS OITO
SEÇÕES DA SALVAÇÃO ORGÂNICA DE DEUS
(1)
Esboço
Nota: A intenção de Deus em Sua salvação orgânica é unir o
espírito do crente com Seu Espírito como um espírito—um
espírito mesclado—1Co 6:17.
I. Abrir a primeira seção da regeneração:
A. O Espírito da realidade veio para convencer os
pecadores com respeito ao pecado e com respeito
a justiça e ao julgamento (Jo 16:811), levando
os ao arrependimento da condição caída deles e
entrando na morte e sepultamento de Cristo
(Mt 3:2, 56).
B. Nessa união o Espírito da realidade germina os
crentes arrependidos com a ressurreição da vida
51
de Cristo para regenerálos, gerandoos no seu
espírito novamente—1Pe 1:3; Jo 3:3,5.
C. Isto é “o que é nascido do Espírito [de Deus] é
espírito [do homem]—um espírito nascido do
Espírito—Jo 3:6
D. O Espírito de Deus testifica com o espírito dos
crentes regenerados que eles são filhos de Deus
(espiritual)—Rm 8:16.
II. Para abrir a segunda seção de alimentar
A. O Senhor deseja que os crentes regenerados como
bebês recémnascidos alimentemse do leite
(espiritual) da palavra, que é espírito e vida (Jo
6:63), para que eles possam crescer em Sua vida
para sua salvação diária—1Pe 2:2
A. Conforme eles crescem na vida divina, eles tam
bém têm que ser nutridos de alimento sólido,
não somente de leite, ao exercitar seu espírito
para contatar o Espírito da palavra de Deus a
fim de que possam receber o suprimento da vida
—Hb 5:1314; Mt 4:4b.
III. Para abrir a terceira seção da santificação disposi
cional:
A. Os crentes que foram regenerados e que estão
crescendo precisam ser santificados pelo Espí
rito Santo (Rm 15:16) em sua disposição com o
elemento da vida ressurreta de Cristo a qual
eles recebem por meio da nutrição para que a
disposição natural, tortuosa, perversa e cheia de
peculiaridades, possam ser santificadas com a
natureza santa, divina de Deus (2Pe 1:4) a fim
de que eles possam ser santificados para Deus
(Ef 1:4).
B. Essa santificação disposicional pelo Espírito
Santo começa a partir do nosso espírito pas
52
sando pela nossa alma para nosso corpo a fim
de que todo nosso ser possa ser totalmente
santificado—1Ts 5:23
IV. Para abrir a quarta seção da renovação:
A. Conforme prosseguimos com a santificação dispo
sicional, o Senhor nos renova pelo Seu Espírito
—Tt 3:5
B. O Espírito renovador é mesclado com o nosso
espírito regenerado como um espírito mesclado
para expandir a nossa mente para renovar todo
nosso ser como um membro do novo homem des
pindo do nosso velho homem, isto é, ao renun
ciar e negar nosso velho ego (Mt 16:24), e
revestindo do novo homem, isto é, ao aplicar o
que Cristo cumpriu na criação do novo homem
(Ef 2:15), por viver e magnificar Cristo através
do suprimento abundante do Espírito de Jesus
Cristo (Fl 1:1921)—Ef 4:2224.
C. O Senhor usa os sofrimentos no ambiente para
consumir, para matar, nosso homem exterior a
fim de que o nosso homem interior seja reno
vado dia após dia—2Co 4:16.
C. Visto que todos nós os crentes seremos a parte
consumadora da Nova Jerusalém, temos que ser
renovados para ser tão novos como a Nova
Jerusalém—Ap 21:2
V. Para abrir a quinta seção da transformação:
A. A transformação é pela renovação da nossa
mente (Rm 12:2b). Ela não é um tipo de corre
ção exterior, ou ajuste, mas um metabolismo
interior pela adição do elemento da vida divina
de Cristo em nosso ser para ser expressado
exteriormente na imagem de Cristo. Ela é então
pelo Senhor Espírito (o Cristo pneumático) para
53
nos transformar à imagem da glória de Cristo—
2Co 3:18
D. Temos que viver e andar pelo Espírito (Gl 5:16,
25) e andar segundo o espírito mesclado (Rm
8:4b), de modo que a vida divina de Cristo possa
nos regular para nos transformar à imagem do
Senhor em glória.
VI. Para abrir a sexta seção da edificação:
A. Primeira Coríntios 3:9 e 12 nos desvendam que
somos edifício de Deus e temos que edificar com
ouro (simbolizando a natureza dourada de
Deus, o Pai), prata (a obra redentora de Deus o
Filho), e as pedras preciosas (a obra transforma
dora de Deus o Espírito), não com madeira (sim
bolizando a natureza do homem natural), palha
(o homem caído, o homem carnal), e feno (a obra
e viver que resultam da origem terrena). Isto
indica que o edifício de Deus no qual somos
participantes deve ser pelos itens transforma
dores como ouro, prata e pedras preciosas, não
pela nossa natureza, nossa carne, e coisas de
origem terrena.
B. O edifício de Deus como a edificação da igreja, o
Corpo de Cristo, por meio da transformação do
Espírito está claramente simbolizado pela mu
ralha de jaspe com seus fundamentos da Nova
Jerusalém (Ap 21:1820). Jaspe é uma pedra
preciosa transformada e a muralha da Nova
Jerusalém parece um grande bloco de jaspe,
indicando que enquanto as pedras estavam sob
a transformação, elas foram edificadas juntas.
Por isso, tanto o edifício como a transformação
são pelo mesmo Espírito transformador e edifi
cador.
54
C. Os escritos de Paulo desvenda a nós que a igreja,
o Corpo de Cristo, como o lugar de habitação de
Deus está em nosso espírito habitado pelo
Espírito de Deus—Ef 2:22; Rm 8:11
D. Cristo faz Sua morada em nossos corações por
meio do fortalecimento do Espírito de Deus em
nosso homem interior (nosso espírito regene
rado) onde Cristo está (2Tm 4:22), para a pleni
tude (expressão) de Deus—Ef 3:1619
E. Baseado no fato de que o Espírito de Deus habita
interiormente no amante de Cristo (Jo 14:17), Deus o
Pai e o Filho vêm para o amante de Cristo e faz uma
mutua habitação com ele (v.23).
Oração: Senhor, nunca poderemos nos esquecer de que
Tu és a misericórdia, a graça e o Espírito, até mesmo o Espí
rito que dá vida e o Espírito sete vezes intensificado. Senhor,
Tu criaste para nós um espírito humano, e em Sua salvação
orgânica a primeira coisa que Tu fizeste foi regenerar nosso
espírito. Por fim, Senhor, Tu colocaste a Ti mesmo como
Espírito em nosso espírito e mesclando com nosso espírito
para nos tornar um espírito. Oh, aquele que se une ao
Senhor é um espírito! Jamais poderemos nos esquecer disto.
Nós O adoramos por isto. Impressionenos e sempre nos faça
lembrar de que nosso ser é um espírito Contigo. Nós vivemos
em nosso espírito com Seu Espírito? Nós nos movemos em
nosso espírito com Seu Espírito? Senhor, temos comunhão
Contigo em nosso espírito com Seu Espírito? Senhor, lembre
nos todo o tempo. Senhor, fale a nós para que possamos
receber visões adicionais. Amém.
Nesta mensagem não queremos meramente repetir os
itens da salvação orgânica de Deus. Ao invés disso, quere
mos ver que a chave da salvação orgânica de Deus é o
55
Próprio Espírito com nosso espírito. Não devemos nos
esquecer que há tal frase maravilhosa na Bíblia em Romanos
8:16. Até mesmo depois que entrarmos na Nova Jerusalém,
eu gostaria de ver um banner lá que dizendo—“O Próprio
Espírito com nosso espírito.” O Próprio Espírito com nosso
espírito está fazendo uma coisa: testificando que somos filhos
de Deus. Apenas dizer ao povo de Deus é muito relativo, mas
dizer os filhos de Deus é grandioso.
O Próprio Espírito é O que testifica, e este Espírito é o
Espírito da vida, o Espírito que dá vida, o Espírito que é o
Espírito de Cristo. Este Espírito também é o Cristo pneu
mático e o Espírito que habita interiormente. Nosso espírito
foi criado por Deus, mas tornouse morto por causa da queda.
Mas depois ele foi regenerado por Deus. Não somente isso,
após a regeneração, o Espírito regenerador permanece em
nosso espírito regenerado e se mescla com nosso espírito
fazendo dos dois um. Primeira Coríntios 6:17 diz, “Aquele
que se une ao Senhor é um espírito.”
Nós não somente somos homensDeus, mas também
somos um com Deus, um espírito com Deus. O espírito huma
no e o Espírito divino não estão somente unidos e mesclados,
mas também são um espírito. O Espírito é vida e Aquele que
dá vida. Deus é o Espírito e em Sua salvação orgânica
maravilhosa, Ele nos fez um espírito com Ele. Esta é apenas
uma palavra simples em 1 Coríntios 6:17, mas eu nunca vi
esta verdade mesmo depois de ter estudado a Bíblia durante
pelo menos trinta anos. Um dia eu percebi que eu era um
espírito com Deus. Isto não é algo pequeno. Lamentavel
mente, até mesmo na restauração do Senhor, muitos dos
presbíteros e até mesmo os cooperadores não sabem a verda
deira posição deles. Nossa verdadeira posição é que somos
um espírito com Deus. Fomos salvos neste nível elevado. O
que Deus é, nós somos.
56
Quando percebermos nosso estado, isto afetará nosso
viver. Quando eu falo com as pessoas de maneira engraçada,
eu sou reprovado interiormente por ser tão desprendido e
leviano sem peso. Eu sou lembrado sobre a minha posição, e
tenho que confessar ao Senhor. Devido a minha posição
divina, não ouso ser desprendido ou leviano. Eu não ouso
fazer piada. Nem mesmo com meus netos eu ouso falar
levianamente, porque eu não sou apenas o avô deles. Eu sou
um avô que tem a mesma posição que Deus.
De acordo com 1 Coríntios 6:17, a intenção de Deus em
Sua salvação orgânica é unir o espírito do crente com Seu
Espírito como um espírito—um espírito mesclado. Conse
qüentemente, isto não é apenas o espírito mesclado, mas um
espírito que é um espírito com Deus, ele é igual a Deus em
Sua vida e natureza, mas não em Sua Deidade. Esta é a
chave para abrirmos as oito seções da salvação orgânica de
Deus. Se não tivermos esta chave, a porta ficará fechada.
Quando tivermos esta chave, a porta será aberta e podere
mos ver todas as coisas escondidas do lado de dentro.
I. ABRIR A PRIMEIRA SEÇÃO DA REGENERAÇÃO
A. O Espírito da Realidade Vindo
Para Convencer os Pecadores
O Espírito da realidade veio para convencer os peca
dores com respeito ao pecado, justiça e julgamento (Jo 16:8
11). O pecado está relacionado com Adão. Adão é a fonte do
pecado. A justiça está relacionada com Cristo. Cristo é nossa
justiça. O julgamento deve ser o julgamento de Satanás.
Aqui está Adão, a fonte do pecado; Cristo, a fonte da justiça,
e Satanás, o que deve exercer o julgamento. Em todo o
universo, Deus não culpa nenhum outro, a não ser ele. Todo
o universo hoje está repleto de rebelião devido a um arcanjo
57
que é Satanás, assim o julgamento tem que ser seu. O pecado
veio de Adão, a justiça procede de Cristo, e o julgamento vai
para Satanás. O Espírito da realidade veio nos convencer
disto, fazendo com que nos arrependamos de nossa condição
caída e entrar na morte e sepultamento de Cristo (Mt 3:2, 5
6). Esta convicção nos leva à morte e ressurreição de Cristo
para recebêLo e sermos regenerados.
B. O Espírito da Realidade Faz Germinar
os Crentes Arrependidos
Primeiramente, somos convencidos de que nascemos
de Adão em pecado e que devemos tomar Cristo como nossa
justiça. Se não fizermos, sofreremos o julgamento com Sata
nás. Esta convicção nos leva a morte e a ressurreição de
Cristo. Nesta conjuntura, o Espírito da realidade germina
nos, os crentes arrependidos, com a vida de ressurreição de
Cristo para nos regenerar, nos gerar novamente em nosso
espírito (1Pe 1:3; Jo 3:3, 5). Devemos tomar nota dos dois
espíritos aqui. O Espírito germina nosso espírito. Esta é a
chave para entendermos a regeneração.
C. Um Espírito Nascido do Espírito
“O que é nascido do Espírito [de Deus] é espírito [de
homem]”—um espírito nascido do Espírito (Jo 3:6).
D. O Espírito Testifica com Nosso Espírito
58
II. ABRIR A SEGUNDA SEÇÃO DO ALIMENTAR
A. Alimentar do Leite Espiritual da Palavra
B. Alimentar do Alimento Sólido da Palavra
Ao passo que eles crescem na vida divina, os crentes
regenerados também devem se alimentar de comida sólida,
não somente de leite, exercitando seu espírito para contatar
o Espírito da palavra de Deus para que eles possam receber a
provisão de vida (Hb 5:1314; Mt 4:4b). Nosso receber a
provisão de vida é para nossa maturidade em vida. Mesmo
na seção de alimentar, tanto o Espírito como nosso espírito
estão envolvidos.
59
III. ABRIR A TERCEIRA SEÇÃO DA
SANTIFICAÇÃO DISPOSICIONAL
A. No Espírito Santo
60
B. De Nosso Espírito, Por Meio de
Nossa Alma, e até Nosso Corpo
IV. ABRIR A QUARTA SEÇÃO DA RENOVAÇÃO
A. O Renovar do Espírito Santo
B. Ser Renovados no Espírito de Nossa Mente
O renovar do Espírito está mesclado com nosso espí
rito regenerado como um espírito mesclado para se expandir
em nossa mente (Ef 4:23) para renovar todo nosso ser como
um membro do novo homem despojandonos do nosso velho
homem (Ef 4:22), isto é, por renunciar e negar nosso velho
ego (Mt 16:24), e nos revestindo do novo homem (Ef 4:24),
isto é, por aplicar o que Cristo realizou ao criar o novo
homem (Ef 2:15).
Efésios 4:23 diz que seremos renovados no espírito de
nossa mente. Despojar do velho homem e revestir do novo
61
homem é ser renovado no espírito de nossa mente. Quando o
Espírito Santo que habita interiormente e está mesclado com
nosso espírito se expande em nossa mente, este espírito
mesclado tornase o espírito em nossa mente. É por meio
deste espírito mesclado que nossa mente é renovada.
Nos tornamos um novo homem por meio de Cristo na
cruz. Efésios 2:15 diz que Cristo na cruz criou os dois, os
Judeus e os Gentios, em um novo homem. Ele já criou o novo
homem, mas temos que aplicar o novo homem. Temos que
nos despir do velho homem e nos revestir do novo homem
pela renovação do Espírito mesclado com nosso espírito para
se expandir em nossa mente e renovála. Isso é mudar nossa
mente.
Em Mateus 16:24 o Senhor diz que se quisermos vir
após Ele, precisamos negar a nós mesmo e tomar nossa cruz.
Negar a si mesmo é renunciarse, aplicar a cruz a nós mes
mos. Isso é despirse do velho homem. Revestirse do novo
homem é viver e magnificar Cristo pela provisão abundante
do Espírito de Jesus Cristo (Fp 1:1921). A renovação está
completamente envolvida com o Espírito e nosso espírito
regenerado os quais se tornam o um espírito. Este um
espírito é o espírito renovado em nossa mente para mudála.
C. A Destruição do Nosso Homem Exterior
62
ser renovado de dia em dia. Este renovar é por meio do
trabalhar de Deus com cada situação em nosso ambiente
diário. Diariamente estamos preocupados com muitas coisas.
Esta preocupação pode ser com nosso cônjuge, nossos filhos,
ou nossos cooperadores. Esta preocupação consome nosso
homem exterior, nosso homem natural, de forma que nosso
homem interior possa ser renovado com a provisão da vida de
ressurreição.
D. Tornandose tão Novo quanto à Nova Jerusalém
Desde que todos nós, os crentes, seremos a parte con
clusiva da Nova Jerusalém, temos que ser renovados para
ser tão novos quanto à Nova Jerusalém (Ap 21:2). A Nova
Jerusalém é chamada primeiramente de a cidade santa,
assim temos que ser santos. Então é chamada de a Nova
Jerusalém, portanto, temos que ser novos. Se não formos
renovados, não estaremos qualificados para estar na Nova
Jerusalém. Devemos ser tão novos quanto à Nova Jerusalém.
V. ABRIR A QUINTA SEÇÃO
DA TRANSFORMAÇÃO
A. Transformação Pela Renovação
da Nossa Mente
Transformação é pela renovação da nossa mente; ela é
o resultado da renovação. Romanos 12:2 diz que somos
transformados pela renovação da mente. Quando sua mente
for renovada, você será transformado. Transformação não é
nenhum tipo de correção externa ou ajuste, mas um metabo
lismo interno pela adição do elemento da vida divina de
Cristo em nosso ser para ser expressado exteriormente à
imagem de Cristo. Nossa digestão e assimilação da comida é
um tipo de metabolismo para receber um elemento novo e
63
descartar o elemento velho. Por termos o elemento da vida de
Cristo adicionado em nosso espírito, há uma espécie de meta
bolismo para produzir algo para ser expressado exterior
mente à imagem de Cristo. Se uma pessoa não comer
durante vários dias, sua face ficará pálida. Para adquirir
uma cor saudável em sua face, ela precisa ser alimentada
corretamente. Então sua face ficará saudável e rosada. Isso é
para expressão. Hoje a transformação espiritual é a mesma
coisa. Temos que ter o elemento da vida de Cristo adicionado
em nós por comêLo como nosso alimento espiritual. Então
haverá o metabolismo para descartar o elemento velho ao ser
adicionado o elemento novo da vida de Cristo. Assim ele será
expressado exteriormente para ser a imagem de Cristo. Esta
transformação, este tipo de metabolismo, é por meio do
Senhor Espírito (o Cristo pneumático) para nos transformar
à imagem da glória de Cristo (2Co 3:18). O Senhor agora se
tornou o Espírito, e este Senhor Espírito é o Espírito trans
formador.
B. Vivendo e Andando pelo Espírito
Temos que viver e andar pelo Espírito (Gl 5:16, 25) e
andar de acordo com o espírito mesclado (Rm 8:4b), para que
a vida divina de Cristo possa regularnos e transformarnos à
imagem do Senhor em glória. O Espírito não somente produz
um metabolismo divino em nós, mas também nos ajusta. Ele
ajusta nosso andar, e isto também gera transformação em
nós. Interiormente há o metabolismo; exteriormente há o
ajuste.
VI. ABRIR A SEXTA SEÇÃO DO EDIFICAR
A. Edificar com Ouro, Prata e Pedras Preciosas
64
Primeira Coríntios 3:9 e 12 revela a nós que somos
edifício de Deus e devemos edificar com ouro (tipificando a
natureza dourada de Deus Pai), prata (a obra redentora de
Deus o Filho), e pedras preciosas (a obra transformadora de
Deus o Espírito), não com madeira (tipificando a natureza do
homem natural), feno (o homem caído, o homem de carne), e
palha (a obra e viver que resulta de uma fonte terrena). Isto
indica que o edifício de Deus no qual somos participantes
deve ser por meio de materiais transformados como ouro,
prata, e pedras preciosas, não pela nossa natureza, nossa
carne, e as coisas da fonte terrena.
B. Tipificado pela Muralha de Jaspe com Seus
Fundamentos da Nova Jerusalém
A edificação de Deus assim como a edificação da igreja,
o Corpo de Cristo, é por meio da transformação do Espírito
tipificado claramente pela muralha de jaspe com seus funda
mentos da Nova Jerusalém (Ap 21:1820). Jaspe é uma pedra
preciosa transformada e a muralha da Nova Jerusalém se
parece com um grande pedaço de jaspe, indicando que
enquanto as pedras estavam sob transformação, elas tam
bém foram edificadas junto. Conseqüentemente, tanto a
edificação quanto a transformação são através do mesmo
Espírito transformador e edificador. O Espírito edificador é o
mesmo Espírito transformador. Os dois são unidos juntos.
Onde há transformação, também há edificação. Hoje na
igreja é a mesma coisa—sem transformação, sem edificação.
Coordenação não é edificação. A edificação é pela vida trans
formada. Quando somos transformados, somos edificados
juntos com os outros. Vamos dizer que vários irmãos estejam
trabalhando juntos. Quando a peculiaridade de cada irmão
aflorar, será difícil haver coordenação entre eles, é inútil
65
dizer a eles para crescerem juntos como um edifício. Estes
irmãos podem ser edificados juntos somente sendo transfor
mados. Por meio da transformação individual de cada um
eles crescem juntos. A transformação produz o crescimento
de vida, e este crescimento os edifica juntos. Esta é a verda
deira edificação da igreja hoje. A verdadeira edificação não é
somente coordenação. Nossa coordenação, cedo ou tarde, será
quebrada se nós não formos transformados. Talvez um certo
irmão sinta que ele não pode continuar junto com outro
irmão por causa da peculiaridade forte daquele irmão. O que
este irmão deveria fazer? Ele deve ir para a cruz para servir
de exemplo para o outro irmão seguir. Depois de um período
de tempo, ambos aprenderão a serem crucificados para ser
transformados. Então eles não precisarão se preocupar
quanto à coordenação, porque eles crescerão juntos. Os
membros de nosso corpo físico não são meramente coorde
nados. Eles estão crescendo juntos através da circulação
sangüínea.
C. O Lugar de Habitação de Deus em Nosso Espírito
D. Cristo Edificando Sua Morada
em Nossos Corações
66
Cristo faz (edifica) Sua morada em nossos corações por
meio do fortalecimento do Espírito de Deus em nosso homem
interior (nosso espírito regenerado) onde Cristo está (2Tm
4:22), para a plenitude (expressão) de Deus (Ef 3:1619).
Efésios 3 nos diz que hoje Cristo está fazendo Sua morada
em nosso coração. Fazer esta morada é a edificação. Isto
acontece primeiramente por sermos fortalecidos com poder
mediante o Espírito em nosso homem interior, em nosso
espírito. Então Cristo tem a chance de edificar Sua morada
em nosso coração de forma que possamos ser enchidos,
resultando na plenitude do Deus Triúno para a expressão do
Deus Triúno.
E. Deus o Pai e o Filho Faz uma Morada
Mútua com o Amante de Cristo
67
uma adição. No passado tínhamos apenas nossa vida huma
na. Mas pela regeneração começamos a ter outra vida que foi
adicionada à nossa velha vida, e esta vida é a vida de Deus.
Isto não é uma troca, mas a adição de uma outra vida. Então
nossa natureza é santificada com a natureza de Deus; nossa
mente é mudada por ter a mente de Deus em nossa mente
pelo espírito mesclado. Isto significa que todo nosso ser é
transformado.
CAPÍTULO CINCO
“O PRÓPRIO ESPÍRITO COM NOSSO
ESPÍRITO” A CHAVE PARA ABRIR AS OITO
SEÇÕES DA SALVAÇÃO ORGÂNICA DE DEUS
(2)
Esboço
68
VII. Para abrir a sétima seção da conformação:
A. Conformação é a consumação da transformação. A
transformação é uma obra gradual para nos trans-
formar à imagem gloriosa de Cristo (2Co 3:18) que
necessita da consumação e esta consumação é a
conformação para conformar os crentes transfor-
mados à imagem do primogênito Filho de Deus—o
primeiro homem-Deus—Rm 8:29
B. Esta conformação é o crescimento pleno do Deus
Triúno processado—o Pai corporificado no Filho e o
Filho concebido como o Espírito—como a vida
divina em Cristo (Cl 1:28) que cresce nos crentes
para maturidade.
A. Ela é também a varonilidade na medida da estatura
da plenitude de Cristo—Ef 4:13
VIII. Para abrir a oitava seção da glorificação:
A. Glorificação é o passo final da salvação orgânica de
Deus em Cristo que traz os crentes conformados a
glória de Deus—Rm 8:18, 21; Hb 2:10; 1Pe 5:10
B. Esta glorificação é o saturar da glória de Deus do
interior dos crentes como a aplicação da tinta do
selar que os crentes receberam em sua salvação—Ef
1:13; 4:30
C. Esta glorificação é para transfigurar nosso corpo de
humilhação para sermos conformados ao corpo da
Sua glória (Fl 3:21). Por isso, é chamada de a
redenção do corpo dos crentes—Ef 4:30; Rm 8:23
D. Esta glorificação, a redenção do nosso corpo, é o
desfrute pleno da nossa filiação—Rm 8:23
69
no período de Sua idade humana de trinta e três
anos e meio.
2. A segunda seção do Seu ministério celestial, exe-
cutada por Ele organicamente na esfera mística, o
Cristo como o Espírito que dá vida desde a Sua
ressurreição até o final do milênio no período da
era da igreja e da era do reino.
3. A terceira seção do Seu ministério celestial sete
vezes intensificado, executado por Ele, intensi-
ficado sete vezes organicamente na esfera mística,
o Cristo como o Espírito que dá vida sete vezes
intensificado desde a degradação da igreja até a
vinda do novo céu e nova terra.
D. Para:
1. Salvar os crentes na igreja em Éfeso da vida
da igreja formal, que tinha perdido o pri-
meiro amor ao Senhor, a capacidade bri-
lhante do candelabro, o desfrute de Cristo
como vida, para se tornarem os vencedores
para que eles sejam recompensados para
comer da árvore da vida no Paraíso de Deus
—A Nova Jerusalém na era do reino—Ap
2:1-7
2. Fortalecer os crentes que sofrem na igreja
em Esmirna para vencer a perseguição ao
serem martirizados para que sejam recom-
pensados por não provar o dano da segun-
da morte durante a era do reino—Ap 2:8-11
3. Santificar os crentes na igreja em Pérgamo
da união com o mundo e dos ensinamentos
de Balaão e dos Nicolaítas para serem os
vencedores para que possam ser recompen-
sados para comer o maná escondido e ter
uma pedra branca na qual um novo nome
será escrito na era do reino—Ap 2:12-17
4. Salvar os crentes na igreja em Tiatira da
adoração dos ídolos, fornicação, ensina-
mentos demoníacos, e das coisas profundas
de Satanás para serem vencedores para que
70
possam ser recompensados com a autori-
dade sobre as nações na era do reino—Ap
2:18-29
5. Ressuscitar os crentes na igreja em Sardes
da sua morte e condição de morte para
serem vencedores para que possam ser
recompensados ao andar com o Senhor
vestidos de branco e não terem seus nomes
apagados do livro da vida, mas confessados
pelo Senhor diante do Pai e Seus anjos na
era do reino—Ap 3:1-6
6. Encorajar os crentes na igreja em Filadélfia
para reter o que eles têm para que ninguém
tome sua coroa para serem vencedores para
que sejam recompensados a fim de que
sejam a coluna no templo de Deus com o
nome de Deus e o nome da Nova Jerusalém
e o novo nome do Senhor escrito sobre eles
na era do reino—Ap 3:7-13
7. Despertar os crentes da igreja em Laodicéia
de sua mornidão e condição sem Cristo,
exortando-os a pagar o preço pelo ouro refi-
nado, vestes brancas, e ungüento e abrir a
sua porta ao bater do Senhor para serem
vencedores a fim de que possam ser recom-
pensados para sentarem-se no trono do
Senhor na era do reino—Ap 3:14-22
E. Pelo:
1. O falar do Cristo pneumático sete vezes
intensificado, ilimitado, liberador de vida,
(o Cordeiro com os sete Espíritos como
Seus olhos—Ap 5:6) as sete igrejas no prin-
cípio de cada epístola respectivamente se
tornando o falar sete vezes intensificado,
todo inclusivo, o Espírito que dá vida para
todas as sete igrejas no final de cada
epístola universalmente—Ap 2:1, 7, 5, 11,
12, 17, 18, 29; 3:1, 6, 7, 13, 14, 22.
71
2. A participação dos santos vencedores que
estão vivendo em seu espírito—Ap 1:10; 4:2;
17:3; 21:10
F. Para:
1. A preparação completa da noiva para Cristo
o noivo ter Seu casamento triunfante no
milênio para Sua satisfação segundo o Seu
bom prazer—Ap 19:7-9
2. A formação do exército nupcial para Cristo
derrotar e destruir Seus inimigos mais im-
portantes na humanidade, o Anticristo e seu
falso profeta—Ap 19:11-21; 17:14
3. Amarrar Satanás e lançá-lo para o abismo por
mil anos—Ap 19:11-21; 17:14
4. Trazer o reino de Cristo e de Deus, que será o
milênio—Ap 20:4-6
5. A consumação inicial da Nova Jerusalém no
milênio (Ap 2:7) e sua plena consumação
no novo céu e nova terra (Ap 21:2)
G. O resultado final—o Espírito finalmente consuma-
do como a consumação do Deus Triúno proces-
sado se torna o Noivo e o agregado dos santos
vencedores se tornam a noiva do romance uni-
versal entre o Deus redentor e Seu homem redi-
mido como a conclusão das Escrituras na totali-
dade—Ap 22:17
72
dos em nosso corpo para fazernos iguais a Ti. Por fim,
seremos capazes de dizer, "Senhor, o que Tu és, nós somos, e
o que somos, Tu és." A única diferença é que Tu tens a
Deidade. Nós Te agradecemos e Te adoramos porque nós não
temos a Deidade. Tu és o único Deus. Tu és o Deus Triúno
processado e consumado. Nós temos a humanidade mais a
divindade, e Tu tens a divindade mais a humanidade. Que
maravilhoso o fato de Deus ter humanidade! O Deus Triúno
processado e consumado tem humanidade. Senhor, abra os
céus a nós. Nós queremos estar nos céus para ver todas as
coisas como Tu as vê. Dános eloqüência. Isto é absoluta
mente uma nova cultura na esfera mística. Precisamos de
Sua linguagem; nós precisamos de Sua eloqüência.
VII. ABRIR A SÉTIMA SEÇÃO
DA CONFORMAÇÃO
A. A Consumação da Transformação
B. O Pleno Crescimento do Deus
Triúno Processado
C. A Perfeita Varonilidade
74
exata da estatura exata da expressão exata de Cristo. O
Corpo é o agregado de todos os crentes que por meio da
transformação foram conformados à imagem do Filho primo
gênito de Deus. Esta é a perfeita varonilidade da medida da
estatura da plenitude de Cristo. Embora essa medida seja
imensurável, podemos atingila por meio de nossa confor
mação.
VIII. ABRIR A OITAVA SEÇÃO
DA GLORIFICAÇÃO
A. O Passo Final da Salvação Orgânica de Deus
B. A Saturação da Glória de Deus
de Dentro dos Crentes
75
Esta glorificação é a saturação da glória de Deus de
dentro dos crentes como a tinta do selar, a qual receberam
em sua salvação (Ef. 1:13; 4:30). Quando um selo com muita
tinta é aplicado à algumas páginas de papel, ela saturará até
a última página. Efésios 4:30 diz que fomos selados com o
Espírito para o dia da redenção. “Para” significa "resultar
em." Esta tinta do selar do Espírito, por fim, resultará na
redenção de nosso corpo em nossa glorificação.
Quanta liberdade damos a esta tinta em nossa vida
Cristã? Ser santificados suavemente, renovados, transfor
mados e conformados disposicionalmente, significa que per
mitimos a tinta agir rapidamente dentro de nós até a nossa
glorificação. Estar na glória tem dois aspectos. Por um lado,
entraremos na glória. Por outro lado, esta glória nos satura
interiormente pela tinta do selar do Espírito ao longo de toda
a vida Cristã. Precisamos estar debaixo do pintar do Espírito
diariamente. Então entraremos para a glória por meio deste
pintar interior, o qual é a saturação interior da glória de
Deus em nós.
C. A Redenção do Corpo dos Crentes
76
D. O Desfrute Pleno da Nossa Filiação
77
divina que é perfeita e reta, nossa natureza é corrigida.
Então nossa mente é renovada, mudada. Filipenses 2 diz que
deveríamos ter a mente de Cristo (v. 5). A obra de renovação
de Deus acontece por meio de Seu Espírito mesclado com
nosso espírito para saturar nossa mente com todos os pensa
mentos e critérios de Deus, para mudar nossa mente. Base
ado na regeneração, santificação e renovação, o Senhor Espí
rito hoje está transformando nosso ser por meio da adição da
Sua vida divina para produzir um metabolismo divino dentro
de nós. Isto transforma todo nosso ser. Por fim, esta transfor
mação será completada levandonos à varonilidade da
medida da estatura da plenitude de Cristo, conformando à
imagem do Filho primogênito de Deus que é o agregado do
Deus Triúno. Finalmente, pela saturação da glória de Deus
dentro de nós, a glória sairá de nós. Então entraremos na
glória e estaremos em glória. Quando atingirmos esta glória,
nós diremos, "Senhor Deus, que misericórdia e graça que
somos o que Tu és, e Tu és o que somos." Esta é a última
consumação das oito seções da salvação orgânica de Deus.
A salvação plena de Deus não é apenas nos redimir e
nos perdoar judicialmente, nos lavar, nos justificar, nos re
conciliar a Ele e nos santificar posicionalmente. Isto foi leva
do a cabo por Cristo na carne em Seu ministério terreno. A
redenção judicial de Deus foi somente o procedimento para
Ele nos salvar organicamente como o Espírito que dá vida,
como o Cristo pneumático, para participarmos na salvação
orgânica de Deus como o propósito da salvação plena de Deus
no ministério celestial de Cristo.
IX. ABRIR A SEÇÃO ADICIONAL DA SALVAÇÃO
ORGÂNICA DE DEUS SETE VEZES INTENSIFICADA
78
De acordo com Isaias 30:26 a luz do sol será sete vezes
intensificada no milênio. Hoje nós temos o Espírito sete vezes
intensificado.
NOTA—AS TRÊS SEÇÕES DO
MINISTÉRIO DE CRISTO
Seu Ministério Terreno
A primeira seção do Seu ministério terreno foi judicial
mente realizado por Ele na esfera física como o Cristo na
carne a partir de Sua encarnação para Sua morte dentro da
Sua idade humana de trinta e três anos e meio.
Seu Ministério Celestial
A segunda seção do Seu ministério celestial foi levada
a cabo organicamente por Ele na esfera mística como o Cristo
como o Espírito que dá vida a partir de Sua ressurreição
para o final do milênio dentro da era da igreja e a era do
reino. A encarnação foi o primeiro passo, o inicio de Sua vida
na carne. Mas a ressurreição é um outro passo, o inicio de
Seu ser o Espírito, para levar a cabo Seu ministério celestial.
Seu Ministério Celestial Sete Vezes Intensificado
A terceira seção do Seu ministério celestial sete vezes
intensificado é levado a cabo por Ele organicamente sete
vezes intensificado na esfera mística como o Cristo como o
Espírito que dá vida sete vezes intensificado da degradação
da igreja para a vinda do novo céu e nova terra. A degra
79
dação da igreja começou ainda no primeiro século. Em 2
Timóteo Paulo nos disse que todos na Ásia tinham o
abandonado, deixando seu ministério (1:15). Também, alguns
como Himeneu e Fileto estavam tentando subverter a
verdade com relação à ressurreição, dizendo que a ressur
reição já havia sido realizada (2:1718). Paulo mencionou
Demas que o abandonara por causa do seu amor pela
presente era (4:10). Ele também falou de Alexandre, o
latoeiro, que causoulhe muitos males (4:14). Alexandre, o
latoeiro, devia conhecer Paulo muito bem. Caso contrário, ele
não poderia ter sido seu opositor. Todas estas descrições nos
mostram a degradação da igreja. Logo após escrever 2
Timóteo por volta de 67 D.C., Paulo foi martirizado. Menos
de trinta anos depois, João escreveu o livro de Apocalipse que
mostra a degradação das igrejas. Ele também escreveu 2
João, a qual é uma Epístola que revela a proibição contra a
heresia, que já estava se alastrando na igreja.
O livro de Apocalipse se inicia desta maneira: "Graça a
vós outros e paz da parte Daquele que é, e que era, e que está
vindo, e da parte dos sete Espíritos que estão diante do Seu
trono, e da parte de Jesus Cristo, a fiel Testemunha, o
Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra" (1:4
5). Nestes versículos os sete Espíritos são especificados como
o segundo da Trindade Divina. Então o livro de Apocalipse
nos dá um registro completo do mover do Espírito sete vezes
intensificado no ministério celestial de Cristo para fazer
inúmeras coisas.
A. Para:
1. Salvar os Crentes na Igreja em Éfeso
80
a qual tinha perdido o primeiro amor ao Senhor, e a capaci
dade de brilhar como o candelabro, e o desfrute de Cristo
como vida, para tornaremse vencedores de maneira que eles
fossem recompensados para comer da árvore da vida no
Paraíso de Deus—a Nova Jerusalém Nova na era do reino
(Ap 2:17).
2. Fortalecer os Crentes Sofredores
na Igreja em Esmirna
Cristo como o Espírito que dá vida sete vezes intensi
ficado trabalhou para fortalecer os crentes sofredores na
igreja em Esmirna para vencer a perseguição ao serem mar
tirizados de forma que eles fossem recompensados a não
provar o dano da segunda morte durante a era do reino (2:8
11). Isto mostra que os crentes que não vencerem provarão o
dano da segunda morte.
3. Santificar os Crentes na Igreja em Pérgamo
A igreja em Pérgamo tinha se casado com o mundo,
então Cristo como o Espírito que dá vida sete vezes intensi
ficado trabalhou para santificar os crentes lá da união com o
mundo e dos ensinamentos de Balaão e os Nicolaítas para
serem vencedores de forma a serem recompensados a comer
do maná escondido e ter uma pedra branca na qual um nome
novo seria escrito na era do reino (2:1217).
4. Resgatar os Crentes na Igreja em Tiatira
O Espírito que dá vida sete vezes intensificado traba
lha para resgatar os crentes na igreja em Tiatira da adoração
de ídolos, fornicação, ensinamentos demoníacos, e as coisas
profundas de Satanás para serem vencedores de forma a
81
serem recompensado com a autoridade sobre as nações na
era do reino (2:1829).
5. Reavivar os Crentes na Igreja em Sardes
O ministério celestial de Cristo sete vezes intensifica
do é para reavivar os crentes na igreja em Sardes da condi
ção morta e agonizante deles para serem vencedores de
forma que possam ser recompensados ao andar com o Senhor
de branco e não terem seus nomes apagados do livro da vida,
mas confessado pelo Senhor diante do Pai e Seus anjos na
era do reino (3:16).
6. Encorajar os Crentes na Igreja na Filadélfia
Embora Filadélfia seja a melhor igreja, os crentes pre
cisam conservar o que têm rapidamente para que ninguém
tome a coroa deles para serem vencedores de maneira que
possam ser recompensados para ser uma coluna no templo
de Deus com o nome de Deus e o nome da Nova Jerusalém e
o novo nome do Deus escrito sobre eles na era do reino (3:7
13). O nome o qual está sobre eles indica que isto é o que eles
são. Isto significa que eles são a Nova Jerusalém, e eles são
Deus porque eles têm o nome de Deus neles. Também, eles
são o Senhor Jesus porque eles têm o Seu novo nome escrito
neles. Claro que, eles serem Deus e o Senhor Jesus é em vida
e em natureza, mas não na Deidade.
7. Despertar os Crentes na Igreja em Laodicéia
82
Os crentes na igreja em Laodicéia precisam ser des
pertados de sua mornidão e sem Cristo. Então, o Senhor os
exorta a pagar o preço pelo ouro refinado, vestes brancas,
colírio e abrir suas portas ao bater do Senhor para serem
vencedores de maneira que possam ser recompensados para
assentarse no trono do Senhor na era do reino (3:1422).
Eles não só estão mornos, mas também sem Cristo, porque
Cristo está fora, batendo na porta da igreja.
B. Por:
1. O Falar do Cristo Pneumático
Sete Vezes Intensificado
Somos salvos da degradação pelo falar do Cristo pneu
mático ilimitado, que libera vida, sete vezes intensificado (o
Cordeiro com os sete Espíritos com Seus olhos—Ap 5:6). Os
sete Espíritos são os olhos de Cristo, que é o Cordeiro.
Ninguém pode separar seus olhos de sua pessoa. O Espírito
sete vezes intensificado como os olhos de Cristo indica que
eles são um com Cristo. O falar do Cristo pneumático sete
vezes intensificado para as sete igrejas no inicio de cada
epístola respectivamente se torna o falar do Espírito que dá
vida, todoinclusivo, sete vezes intensificado para todas as
sete igrejas no final de cada epístola universalmente (Ap 2:1,
7, 8, 11, 12, 17, 18, 29; 3:1, 6, 7, 13, 14, 22). No começo de
cada epístola Cristo está falando, e no final é o Espírito
falando. Isto mostra que Cristo é o Espírito.
2. Os Santos Vencedores
Vivem no Espírito Deles
O vencer da degradação é por meio da participação dos
santos vencedores que estão vivendo em seu espírito (Ap
83
1:10; 4:2; 17:3; 21:10). Por um lado, nosso vencer é por meio
do falar de Cristo tornando o falar do Espírito. Por outro
lado, é por meio de nosso viver em nosso espírito todo o
tempo. Em Apocalipse 1:10 João disse que no Dia do Senhor
ele estava em espírito. Isto mostra que João o apóstolo era
um homem no espírito, sempre vivendo no espírito.
C. Para:
1. A Preparação Completa da Noiva para Cristo
2. A Formação do Exército Nupcial
3. A Prisão de Satanás
4. O Reino de Cristo e de Deus
84
O ministério celestial de Cristo sete vezes intensifi
cado também é para trazer o reino de Cristo e de Deus, o
qual será o milênio (Ap 20:46).
5. A Consumação da Nova Jerusalém
Finalmente, o ministério celestial de Cristo sete vezes
intensificado é para a consumação inicial da Nova Jerusalém
no milênio (Ap 2:7) e sua consumação plena no novo céu e
nova terra (21:2). Em outras palavras, a Nova Jerusalém
será consumada pelos vencedores primeiro na parte inicial
nos mil anos em uma pequena escala e então na eternidade
em uma escala plena. Todos os crentes, através da disciplina
de mil anos, serão amadurecidos, transformados, e confor
mados, para participar na Nova Jerusalém na eternidade.
D. O Resultado Final
O resultado final é que o Espírito consumado como a
consumação do Deus Triúno processado finalmente se torna
o Noivo e o agregado dos santos vencedores se torna a noiva
do romance universal entre o Deus redentor e o Seu homem
redimido como a conclusão de toda a Escritura (Ap 22:17). A
conclusão de toda a Bíblia é um casal que é a consumação do
romance universal do Deus redentor e Seu homem redimido.
O Noivo é Deus como o Espírito consumado, e a noiva é o
agregado de todos os vencedores. Tudo isto é realizado pela
seção adicional da salvação orgânica de Deus sete vezes
intensificada.
85
CAPÍTULO SEIS
86
A ÚNICA BASE DAS IGREJAS LOCAIS DE
DEUS E A UNIDADE ÚNICA DO CORPO
UNIVERSAL DE CRISTO
Leitura Bíblica: 1Co 1:12, 9, 1013; 3:34; Ef 4:36
A Única Base das Igrejas Locais de Deus e a Única
Unidade do Corpo Universal de Cristo
Leitura Bíblica: 1Co 1:12, 9, 1013; 3:34; Ef 4:36
Esboço
I. A base única das igrejas locais de Deus—1Co 1:12, 9,
1013; 3:34
A. A igreja de Deus—o conteúdo da igreja em sua
essência—1:2a
B. A igreja em Corinto—a localidade para existência,
expressão e prática da igreja (1:2b); assim a
localidade se torna a base local das igrejas
locais na qual elas são edificadas respecti
vamente (At 8:1; 13:1; Ap 1:11)
C. Aqueles que são santificados em Cristo Jesus, os
chamados santos—os constituintes como a
estrutura da igreja—1:2c
D. Com todos aqueles que invocam o nome do nosso
Senhor Jesus Cristo em todo lugar—os
receptores dessa epístola em todo lugar exceto
os santos em Corinto—1:2d
E. Cristo é “deles e nosso”—Cristo é a porção dos
santos na localidade em Corinto e de todos os
santos em todo o lugar, que participam da
87
comunhão (desfrute) de Cristo, na qual todos os
crentes foram chamados pelo Deus fiel—1:2e, 9
F. As divisões entre os santos são condenadas pelo
apóstolo como a autoridade delegada de Cristo a
Cabeça—1:1013
G. Cristo não está dividido—Cristo é único, não é
divisível nem dividido—1:13
H. Divisão é da carne, segundo a maneira do
homem—3:34
I. Nossa prática sob a divisão e a degradação
confusa do cristianismo hoje:
1. Nós não participamos nem deveríamos
participar da heresia Católica, das deno
minações protestantes, e nenhum tipo de
grupos livres de cristãos.
2. Mas reconhecemos e recebemos os crentes
individuais em Cristo, que crêem no
Senhor Jesus Cristo, redimidos pelo Seu
sangue e regenerados pelo Espírito San
to, que não são facciosos (Tt 3:10), não
causam divisões (Rm 16:17), não adoram
ídolos, nem vivem em pecado (1Co 5:11),
mesmo que eles ainda se relacionam com
qualquer das divisões acima citadas.
3. Somos um com todos os crentes que estão
na restauração do Senhor em todo o
mundo.
4. Nós não temos nenhum credo, temos apenas
a única Bíblia traduzida adequadamente
e interpretada por e segundo a própria
Bíblia.
II. A única unidade do Corpo universal de Cristo—Ef 4:36
A. A única unidade do Corpo universal de Cristo é
do Espírito, essa unidade os crentes não deve
88
riam quebrála, mas preservála diligentemente
na unidade do vínculo da paz—v.3
B. Em todo o universo há apenas um Corpo único
de Cristo, com o Deus Triúno como seu conteúdo
—vv.46
1. O único Espírito como a essência de seu
conteúdo.
2. O único Senhor como o elemento do seu
conteúdo.
3. Deus o Pai como a origem do seu conteúdo,
que está sobre todos, que é por meio de
todos e em todos de maneira triúna.
C. O entremesclar do Corpo universal de Cristo:
1. Deus tem entremesclado o Corpo junto
(1Co 12:24)
a. O entremesclar de todos os membros
individuais do Corpo de Cristo.
b. O entremesclar de todas as igrejas
em determinados distritos.
c. O entremesclar de todos os coopera
dores.
d. O entremesclar de todos os presbí
teros.
2. Esse entremesclar não é social, mas o
entremesclar do próprio Cristo que está
nos membros individuais, as igrejas dis
tritais, os cooperadores, e os presbíteros
desfrutam, experimentam e comparti
lham.
3. Para a edificação do Corpo universal de
Cristo (Ef 1:23) para consumar a Nova
Jerusalém (Ap 21:2) como o objetivo final
89
da economia de Deus segundo o Seu bom
prazer (Ef 3:810; 1:910)
Oração: Senhor, como Te agradecemos por ter nos conduzido
através de todas as comunhões anteriores. Nós cremos que
nos dará uma conclusão gloriosa. Tu és o Alfa e o Omega.
Nós confiamos em Ti. Senhor, te agradecemos porque todo o
tempo nós precisamos de Sua misericórdia, Sua bênção, Suas
providências, a Palavra e o Espírito, e Sua presença. Senhor,
sem estes nós somos como um cachorro morto. Nós não
podemos fazer nada, não podemos ter nada, e não podemos
ser nada. Senhor, isto é o que somos. Mas confiamos em Ti.
Tu és tudo a nós com a finalidade de nos fazer iguais a Ti em
vida e natureza, mas não em Sua Deidade. Nós agradecemos
por isto. Nós O adoramos. O ponto principal nestes dias é que
Tu tens nos revelado que desejas ter um grupo de pessoas
para serem moldadas por meio da regeneração, santificação,
renovação, transformação, conformação, e glorificação para
ser iguais a Ti. Nós Te pelo que Tu és. Amém.
A base da igreja e a unidade do Corpo de Cristo são
velhos assuntos para nós. Eu tenho falado sobre estas coisas
durante mais de sessenta e cinco anos, mas estes assuntos
são muito críticos. Nos últimos quinze meses, o Senhor
levantou mais de trezentas novas igrejas ao redor do globo, e
estas novas igrejas devem estar claras sobre a base local e a
unidade universal. A base está relacionada às igrejas de
Deus, e a unidade está relacionada ao Corpo de Cristo. A
base e a unidade são únicas, as quais significam que a base
para a igreja e a unidade para o Corpo são um.
I. A ÚNICA BASE DAS IGREJAS
LOCAIS DE DEUS
90
Primeiramente, queremos ver a base única das igrejas
locais de Deus (1Co 1:12, 9, 1013; 3:34).
A. A Igreja de Deus
B. A Igreja em Corinto
Primeira Coríntios 1:2b fala da igreja em Corinto. Isto
revela a cidade de Corinto para a existência, a expressão, e a
prática da igreja; tal cidade se torna a base local das igrejas
locais nas quais elas são edificadas respectivamente (At 8:1;
13:1; Ap 1:11). Para sua existência, expressão, e prática, a
igreja certamente precisa de um lugar, e este lugar, de
acordo com o Novo Testamento é uma cidade. A igreja em
Corinto foi edificada em Corinto. A igreja em Atenas está
edificada na base da cidade de Atenas. A igreja em Nova
Iorque está edificada na base da cidade de Nova Iorque.
Assim, a cidade se torna a base da igreja espontaneamente.
O Irmão Watchman Nee mostrou que Deus foi muito
sábio em Sua maneira de edificar a igreja na base local. Há
um grande número de pessoas escolhidas por Deus. Em todos
os lugares ao redor do globo há crentes em Cristo, e eles não
deveriam se espalhar, mas deveriam estar reunidos para ser
uma igreja. Se não houvesse uma limitação adequada da
base, não haveria limites para o estabelecimento das igrejas.
91
Hoje no Sul da Califórnia há uma igreja chamada “The
Taiwan Gospel Church”. Estes crentes usaram Taiwan como
a base deles. Eu cresci na China na cidade de Chefoo, e em
Chefoo havia a Igreja da Inglaterra. As pessoas estabelecem
igrejas muito facilmente. Hoje é mais fácil estabelecer uma
igreja do que abrir um restaurante. Todas as denominações
têm fundamento divisivo, incluindo os Batistas do Sul, os
Presbiterianos e os Luteranos.
Se nós os crentes preservarmos o modelo estabelecido
por Deus na Bíblia para ter uma igreja em uma cidade,
poderemos guardar a unidade. Qualquer crente que vier para
uma cidade tem que estar na igreja naquela cidade. Se eu for
para Tóquio, eu devo me reunir na igreja em Tóquio. Se eu
for para Londres, eu devo ir para a igreja em Londres. Se eu
for para Dallas, eu tenho que me reunir com a igreja em
Dallas. Então, espontaneamente não haverá nenhuma divi
são. A Bíblia estabeleceu um modelo de como os crentes
devem se reunir. O primeiro ajuntamento dos cristãos foi em
Jerusalém, e Atos 8:1 chama este ajuntamento de a igreja em
Jerusalém. Jerusalém era uma cidade grande, mas havia
somente uma igreja naquela cidade. Embora haja uma igreja
em uma cidade, a igreja não necessariamente precisa se
reunir em num único lugar. Mas devemos ter em mente que
a cidade na qual estamos deve ser a única base local da
igreja.
C. Os Chamados Santos
92
deve ser de Deus, em sua base local, e com os santos como os
constituintes.
D. Com Todos Os Que Invocam
o Nome do Senhor
E. Cristo é “Deles e Nosso”
F. As Divisões entre os Santos São
Condenadas pelo Apóstolo
93
As divisões entre os santos são condenadas pelo após
tolo como o representante da autoridade de Cristo a Cabeça
(1:1013). Paulo escreveu para a igreja em Corinto porque ele
ouviu que havia divisões entre eles. Alguns diziam que eram
de Paulo, outros que eram de Apolo, outros que eram de
Cefas, e ainda outros que eram de Cristo. Eles estavam
divididos em quatro grupos, mas Paulo lhes perguntou,
“Acaso Cristo está dividido?” Era como se Paulo estivesse
perguntando, “Quantos Cristos vocês têm? Vocês têm um
Cristo para Cefas, para Apolo, para Paulo, e até mesmo para
Cristo? Independente de Cefas, de Apolo, de Paulo, e de
Cristo, o que vocês têm é somente um Cristo. A comunhão na
qual todos vocês estão é a comunhão do único Cristo. Cristo
não está dividido.” As divisões entre os santos foram conde
nadas pelo apóstolo como representante da autoridade de
Cristo.
G. Cristo Não Está Dividido
Cristo é único, não divisível nem dividido (1:13). Que
vergonha haver tantas divisões entre os cristãos hoje quando
Cristo não está dividido.
H. A Divisão é da Carne
Paulo disse que a divisão é da carne, de acordo com a
maneira do homem (3:34). Os Taiwaneses querem ter uma
Taiwan Gospel Church porque eles gostam do sabor de Taiwan.
Alguns irmãos Chineses não gostam de freqüentar as reuni
ões Inglesas, porque eles perdem o sabor Chinês. Até mesmo
dentro dos Estados Unidos há os Texanos e os Nova
iorquinos, os negros e os brancos cujo orgulho cultural e
94
preferências naturais são divisivos. Não deveríamos ter
nosso próprio sabor. Ser dividido por causa de qualquer
sabor racial, nacional ou cultural é carnal, é de acordo com a
maneira do homem e não de acordo com a maneira dos
santos.
Com relação às coisas espirituais e divinas para a
igreja, temos que nos lembrar de quatro pontos cruciais.
Primeiro, temos que passar pela cruz. Nosso sabor nativo
deve ser crucificado por Cristo. Tanto os Americanos quanto
os Chineses devem ser crucificados. Na igreja não há lugar
para nenhuma pessoa natural, mas Cristo é tudo e em todos
(Cl 3:11). Na cruz tanto Judeus e Gentios foram crucificados.
Segundo, tudo deve ser pelo Espírito. Terceiro, isto é para
dispensar Cristo a outros. Quarto, tudo é para a edificação da
igreja. Em outras palavras, tudo o que fazemos deve ser por
meio da cruz pelo Espírito para dispensar Cristo aos outros
para a edificação da igreja como o Corpo de Cristo.
Mas hoje as pessoas não tomam a cruz ou vivem pelo
Espírito. Ao invés disso, vivem pela sua carne. Elas não
querem dispensar Cristo. Antes, querem o tipo de vida social
que tem. Após nossas reuniões, gostamos de congregar com
aqueles que vão de encontro ao nosso background natural.
Os Chineses vão para os Chineses e os Americanos vão para
os Americanos. Isto mostra que precisamos ser crucificados.
O sabor Japonês, o sabor Chinês, o sabor Taiwanês, e o sabor
Americano, todos devem ser crucificados. Não deveríamos
fazer coisas de acordo com nosso sentimento, mas de acordo
com o Espírito. Não somente deveríamos desfrutar Cristo
para nós mesmos, mas dispensar Cristo a outros. O sabor do
nosso homem natural com nossa cultura é o sabor de
homens, o sabor da carne. Isso tem que ser crucificado pelo
Espírito para que possamos dispensar Cristo para a igreja.
I. Nossa Prática Hoje
95
Precisamos saber que nossa prática está debaixo da
degradação divisiva e confusa do Cristianismo de hoje. Não
participamos e jamais deveríamos participar da heresia
Católica, as denominações Protestantes, e qualquer espécie
de grupos livres de cristãos. Participar de quaisquer destas
coisas é participar de uma divisão. Mas reconhecemos e
recebemos os crentes individuais em Cristo que crêem no
Senhor Jesus Cristo que são redimidos pelo Seu sangue e
regenerados pelo Espírito Santo, que não são facciosos (Tt
3:10), que não causam divisões (Rm 16:17), que não adoram
ídolos ou vivem em pecado (1Co 5:11), e mesmo se eles ainda
estão associados a quaisquer destas divisões acima citadas.
Romanos 16:17 diz que devemos ficar atentos àqueles que
fazem ou criam divisões. Há quatro tipos de pessoas que não
podemos tolerar: pessoas que são divisivas, facciosas, idóla
tras, ou ainda vivem em pecado. Recebemos qualquer um que
não esteja nestas categorias, porque não somos divisivos,
mas não podemos ir às reuniões deles, porque as reuniões
deles são divisivas.
Nós somos um com todos os crentes que estão na resta
uração do Senhor em toda parte do mundo. Também, não
temos nenhum credo; temos somente a única Bíblia correta
mente traduzida e interpretada de acordo com a própria
Bíblia. A Palavra de Deus é inspirada. Nós somente devería
mos interpretar a Bíblia de acordo com a Bíblia. Por exem
plo, os discípulos de Confúcio têm o conceito de renovação,
mas isto é diferente do ensinamento da Bíblia. A renovação
na Bíblia é que nosso velho homem deve ser crucificado e
deve ser consumido de forma que o novo homem interior
possa ser renovado.
Todas as virtudes na vida Cristã deveriam ser por
meio da cruz e pelo Espírito para dispensar Cristo para a
igreja. Muitos falam sobre amor, mas o ensinamento da
96
Bíblia em relação ao amor é único. O amor deve ser por meio
da cruz pelo Espírito para dispensar Cristo para a igreja.
Quando amamos alguém, temos que checar se nosso eu está
ou não crucificado e se nosso amor é pelo Espírito. Além
disso, não amamos as pessoas para nosso interesse, mas pelo
dispensar de Cristo e para a edificação do Corpo. Esta é a
virtude humana do amor ensinada pela Bíblia, a qual é abso
lutamente diferente do amor mundano. Este é um exemplo
de interpretar a Bíblia de acordo com a Bíblia.
II. A UNIDADE ÚNICA DO CORPO
UNIVERSAL DE CRISTO
Efésios 4:36 mostra a unidade única do Corpo univer
sal de Cristo.
A. A Unidade do Espírito
B. O Um Só Corpo de Cristo
Em todo o universo, há um só Corpo de Cristo. Não há
o Corpo de Cristo na América e outro Corpo de Cristo no
97
Japão. Em todos os lugares, o Corpo de Cristo é exclusiva
mente um com o Deus Triúno com sua essência (Ef 4:46). O
um só Espírito é a essência de seus conteúdos. O um só
Senhor é o componente de seus conteúdos. Além do mais,
Deus o Pai é a fonte de seus conteúdos, o qual é sobre todos e
por meio de todos triúnicamente. A essência é do elemento e
o elemento vem da fonte. Até mesmo Deus o próprio Pai, em
certo sentido, é triúno porque Ele está sobre nós, por meio de
nós, e em nós—em três direções. No Corpo de Cristo o Deus
Triúno é o conteúdo—o Pai é a fonte, o Filho é o elemento, e o
Espírito é a essência.
C. A Mescla do Corpo Universal de Cristo
1. Deus Tem Mesclado o Corpo Junto
98
pelo Espírito para dispensar Cristo. Também, o que fazemos
não deveria ser para nosso interesse e segundo o nosso
querer, mas para a igreja. Contanto que pratiquemos estes
pontos, nós teremos a mescla.
Todos estes pontos significam que devemos ter comu
nhão. Quando um cooperador fizer qualquer coisa, ele deve
ter comunhão com os outros cooperadores. Um presbítero
deve ter comunhão com os outros presbíteros. A comunhão
nos tempera; a comunhão nos ajusta; a comunhão nos
harmoniza; a comunhão nos entremescla. Deveríamos nos
esquecer se somos lentos ou rápidos e somente ter comunhão
com outros. Não deveríamos fazer nada sem comunhão com
os outros santos que estão coordenando conosco. A comunhão
exige que paremos quando estivermos a ponto de fazer algo.
Em nossa coordenação na vida da igreja, na obra do Senhor,
todos nós devemos aprender a não fazer nada sem comu
nhão.
Entre nós deveria haver o entremesclar de todos os
membros individuais do Corpo de Cristo, o entremesclar de
todas as igrejas em determinados distritos, o entremesclar de
todos os cooperadores, e o entremesclar de todos os presbí
teros. Entremesclar significa que sempre devemos parar
para ter comunhão com outros. Então receberemos muitos
benefícios. Se nos isolarmos e nos excluirmos, perderemos
muito ganho espiritual. Aprenda a ter comunhão. Aprenda
estar entremesclado. De agora em diante, as igrejas devem
reunirse freqüentemente para se entremesclarem. Podemos
não ser usados para isto, mas após começarmos a praticar o
entremesclar algumas vezes, adquiriremos o gosto por ele.
Isto é a coisa mais gratificante e preserva a unidade do
Corpo universal de Cristo. Hoje é muito fácil para nos entre
mesclarmos uns com os outros por causa desta era moderna
com suas facilidades modernas.
99
Quando nos entremesclamos juntos, temos a cruz e o
Espírito. Sem a cruz e o Espírito, tudo o que temos é a carne
com divisão. Não é fácil ser crucificado e fazer todas as coisas
pelo Espírito em nós. É por isso que temos que aprender a
nos entremesclar. O entremesclar exige que sejamos crucifi
cados. O entremesclar exige que estejamos no Espírito para
dispensar Cristo e fazer tudo por causa do Seu Corpo.
Podemos nos reunir sem muito entremesclar porque
cada um permanece em si mesmo. Eles têm medo de ofender
os outros e cometer erros, assim eles permanecem quietos.
Esta é a maneira do homem segundo a carne. Quando nos
reunimos, deveríamos experimentar o terminar da cruz.
Assim aprenderíamos a seguir o Espírito, como dispensar
Cristo, e como dizer e fazer algo para o benefício do Corpo.
Isso mudará toda a atmosfera da reunião e temperará a
atmosfera. Entremesclar não é uma questão de ficar quieto
ou falar, mas uma questão de ser temperado. Podemos estar
em harmonia, porque fomos temperados. Por fim, todas as
distinções terão ido embora. Entremesclar significa perder as
distinções. Todos nós temos que pagar algum preço para
praticar o entremesclar.
Um grupo de presbíteros podem se reunir freqüente
mente sem estarem entremesclados. Estar entremesclado
significa que você é tocado através de outros e que você está
tocando outros. Mas você deveria tocar outros de uma mane
ira entremesclada. Passe pela cruz, faça coisas pelo Espírito,
e faça tudo para dispensar Cristo por causa do Seu Corpo.
Não deveríamos vir para uma reunião de entremesclar e
ficar calados. Temos que nos preparar para dizer algo ao
Senhor. O Senhor pode usálo, mas você precisa ser tempe
rado e crucificado, e precisa aprender a seguir o Espírito
para dispensar Cristo por causa do Seu Corpo.
Quando eu tinha apenas vinte e sete anos aproxima
damente, uma igreja foi levantada em minha cidade natal.
100
Eu aprendi a fazer tudo por meio da cruz e pelo Espírito para
ministrar Cristo para o Seu Corpo. Por eu ser jovem, eu orei
a oração de Salomão: “Senhor, dáme, pois agora sabedoria e
conhecimento para conduzir o Teu povo” (2Cr 1:10), e o
Senhor me respondeu. Através dos anos, eu aprendi a entre
mesclar com os santos.
2. O Entremesclar Não é Social
3. Para a Edificação do Corpo de Cristo
Para Consumar a Nova Jerusalém
O entremesclar é para a edificação do Corpo universal
de Cristo (Ef 1:23) para consumar a Nova Jerusalém (Ap
21:2) como a meta final da economia de Deus segundo o Seu
bom prazer (Ef 3:810; 1:910).
101