Você está na página 1de 12

A IDEOLOGIA DA SUBJETIVIDADE

O FENÔMENO SOCIAL DO ENVELHECENDO, FRENTE O ÔNUS DA SAÚDE MENTAL DA PESSOA


IDOSA
GILSON BEZERRA DE LIMA SILVA
ALUNO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
DA FACULDADE MAURICIO DE NASSAU- CARUARU

Reinauguração

Nossa idade – velho ou moço – pouco importa.

Importa é nos sentirmos vivos e alvoroçados

mais uma vez, e revestidos de beleza, a exata

beleza que vem dos gestos espontâneos e do

profundo instinto de subsistir enquanto as coisas

em redor se derretem e somem como nuvens

errantes no universo estável.

Prosseguimos. Reinauguramos. Abrimos olhos

gulosos a um sol diferente que nos acorda para

os descobrimentos.

Esta é a magia do tempo.

Esta é a colheita particular que se exprime no

cálido abraço e no beijo comungante, no

acreditar na vida e na doação de vivê-la em

perpétua procura e perpétua criação.

E já não somos apenas finitos e sós.

Carlos Drummond de Andrade

Somos sempre o jovem ou o velho em relação a alguém.

Pierre Bourdieu
INTRODUÇÃO

Envelhecer é um processo tão natural quanto qualquer outra fase da vida! Se crescer
exige que dominemos os primeiros passos e falas, envelhecer põe a prova tudo aquilo
adquirido ao longo da vida, a demência corresponde a um desses desafios. Denota-se
então, que o envelhecimento é um fenômeno transitório e irreversível, do qual todos
estamos sujeitos e fadados a passar. Segundo o IBGE o Brasil tem mais de 28 milhões de
idosos, e a tendência é que esse número aumente mais até 2050. Se a focalizá- los existem
vários tipos de lentes, as fotografias das câmeras curiosas costumam não ir além de luzes,
sombras e cores que as aparências revelam. E como os que observam são parte da perspectiva
que adotam, o que fica das imagens são a contundência dos sinais de desgaste dos corpos, os
vincos nas faces, a voz mais cadenciada, o andar mais vagaroso ou trôpego, a queda inexorável
dos músculos e a fragilidade dos movimentos. Esse retrato, que é feio em relação aos padrões de
beleza que adotam o jovem como símbolo, costuma receber um veredicto de quem o produz e
de quem o contempla. É o veredicto que assinala a velhice como problema e como doença. A
partir daí, muitas perguntas puderam ser feitas, num processo de aprofundamento sucessivo que
começou de forma intuitiva: será que estamos errados na resistência aos rótulos dominantes?
Será que, por influência da época, estaremos sendo vítimas da ideologia-mito da eterna
juventude, esse vírus que corrói a humanização do envelhecimento e da morte? Ou será, ao
contrário, que os próprios limites do ciclo e do curso da vida estão se desfazendo, por causa do
fenômeno irrefutável do aumento da esperança de vida a partir da segunda metade do século
XX, aqui e em todo o mundo?
Com certeza, as constatações poderão servir de baliza para essa grande faixa da
população que hoje marcha não numa estrada sem fim e sem sentido, mas para a larga porteira
aberta de uma fazenda de colheitas. Nesse espaço de movimento e construção, continuam a
existir não apenas os frutos, mas a semente, o plantar, a alegria dos brotos e todos os prazeres,
dores e sofrimentos do ceifar, como em qualquer etapa da vida. Mas com enormes diferenças: é
simultaneamente o tempo do orgasmo da vida e da liberdade e o tempo da medida do possível e
da dependência. Tudo concomitante e tudo diferenciado pela trajetória individual. O assunto da
velhice foi ‘estatizado’ e ‘medicalizado’, transformando-se ora em problema político, ora em
‘problema de saúde’, seja para ser regulado por normas, seja para ser pensado de forma
preventiva, seja para ser assumido nos seus aspectos de disfunções e distúrbios que, se todos
padecem, são muito mais acentuados com a idade. Como mote central dessa última e decisiva
etapa da existência? Dizemos isso porque talvez seja esta a maior e mais con- tundente
descoberta que este livro poderá trazer como contribuição da antropologia. É complexo o tema
do envelhecimento, pois complexos são todos os processos vitais experimentados desde o
nascimento, a infância e a adolescência até a vida adulta. Recusamo-nos não a reconhecer a
complexidade, mas sim a colocar como farinha do mesmo saco envelhecimento, doença,
privação, dependência, tristeza e frustração. Aqui se trabalha para executar um movimento que
positive o envelhecimento como um tempo produtivo específico da vida, emocional, intelectual
e social, superan- do assim os estigmas da discriminação. Sendo assim concordamos que o
envelhecimento não é um processo homogêneo. Cada pessoa vivencia essa fase da vida de uma
forma, considerando sua história particular e todos os aspectos estruturais (classe, gênero e
etnia) a eles relacionados, como saúde, educação e condições econômicas. Os capítulos que
integram este livro demonstrarão que os fatores que contribuem mais e melhor para diferenciar
a vivência do envelhecimento são as redes de apoio social e comunicação, com ênfase na
solidariedade familiar. O que torna a velhice sinônimo de sofrimento é mais o abandono que a
doença; a solidão que a dependência.

Palavras-chave: IDOSO, ENVELHECIMENTO, SAÚDE MENTAL, SOCIALIZAÇÃO, QUALIDADE DE VIDA


ENVELHECER É DE FATO UM FENÔMENO

O que é envelhecimento?”, pergunta Veras (1995:25) em seu livro País Jovem com
Cabelos Brancos, para em seguida responder: “Velhice é um termo impreciso. (...)
nada flutua mais do que os limites da velhice em termos de complexidade fisiológica,
psicológica e social”. Na sociedade ocidental, não somente o ciclo da vida é
socialmente padronizado como também seu curso passa, cada vez mais, a ser
regulado pelo Estado, a despeito das potencialidades e dos problemas de cada um. A
infância, a adolescência e a juven- tude são tempo de escolarização; a idade adulta é
o tempo associado à procriação e à participação no mercado de trabalho; a velhice, o
tempo da aposentadoria. Essa institucionalização crescente das fases da vida envolve
todas as dimensões do mundo doméstico, do trabalho e, também, do consumo. Num
estudo recente, Simões (2000) reconstruiu a história da constituição do movimento dos
aposentados brasileiros. Com os termos ‘luta’, ‘mobilização’ e ‘nova categoria’
estruturando seu discurso ordenador desde o início dos anos 80 e culminando na
segunda metade dos anos 90, os idosos se reuniram e foram para as ruas reivindicar
reconhecimento de seus direitos previdenciários, aumento das aposentadorias e parti-
cipação na gestão de seus interesses, com assento nos conselhos nacionais de
Saúde e de Seguridade Social.
Cada vez mais se admitem outras formas de pertencimento social e tempo para o
ócio criativo, possibilidade que vem junto com a perspectiva de diminuição da jornada
de trabalho, como previu Marx (1984) em A Ideologia Alemã. Em segundo lugar, e em
conseqüência de uma abertura propiciada, sobretudo, pelas tecnologias de
comunicação e informacionais, vem se ampliando o respeito ao pluralismo de
comportamentos e de atividades, o que, em conseqüência, acaba por romper
estereótipos ideológicos e comportamentais. Por fim, do ponto de vista cultural,
observa-se uma valorização da subjetividade em todos os níveis do mundo da vida, da
ciência e da política. A maior abertura para o pluralismo de idéias, comportamentos e
atitudes configura, para esses homens e essas mulheres, o espaço menos
preconceituoso para seus desejos e possibilidades de realizações, retirando de suas
testas a tarja repressora, na qual está escrito que ser velho é colocar o pijama de avô
ou o chinelinho de avó, contar histórias do passado, parar de ousar e preparar-se para
a morte. Por fim, as novas possibilidades de comunicação, de viagens, de participação
grupal, de ampliação da cultura, do cultivo de diferentes formas de lazer permitem
também uma existência mais saudável. Para tudo isso, é importante mudar a idéia de
que velhice é doença, substituindo-a por uma nova visão de um tempo no qual se
pode optar com menos constrangimentos pelo rumo que se quer dar a esta última
etapa da vida, produzindo dela uma síntese criadora. Essa autoria, para a qual não
estão definidos os caminhos a priori, cabe ser inventada, tal qual tem sido feito pelos
movimentos citados aqui. Para ultrapassar o estado atual de conhecimentos, é preciso
levar-se em conta que o envelhecimento é vivido de modo diferente de um indivíduo
para outro, de uma geração para outra e de uma sociedade para outra

UMA VISÃO SOCIAL DO PAPEL DO IDOSO

O estatuto da pessoa idosa é claro quando diz que: A Pessoa idosa como ser social! E
qual a minha responsabilidade? A experiência da pessoa idosa tem um valor
incomparável para a sociedade e efetivamente pode ser ele um agente de
transformação social. Todavia, é necessário que a pessoa idosa seja cada vez mais
incluído e faça essa opção,direcionando o seu tempo livre para a realização de novos
projetos nesta nova etapa de sua vida, contribuindo para uma sociedade mais justa e
fraterna

A sociedade passa por grandes modificações. A tecnologia avança, os meios de


comunicação bombardeiam com fatos e dados, a vida é cada vez mais agitada, o
tempo cada vez menor e as condições econômicas são mais difíceis, principalmente à
medida que as pessoas vivem mais. Isso tudo exige uma capacidade de adaptação,
que o idoso nem sempre possui, fazendo com que essas pessoas enfrentem diversos
problemas sociais(1).

Envelhecer é um processo natural que caracteriza uma etapa da vida do homem e dá-
se por mudanças físicas, psicológicas e sociais que acometem de forma particular
cada indivíduo com sobrevida prolongada. É uma fase em que, ponderando sobre a
própria existência, o indivíduo idoso conclui que alcançou muitos objetivos, mas
também sofreu muitas perdas, das quais a saúde destaca-se como um dos aspectos
mais afetados(2).

“O envelhecimento se configura como um "processo de


diminuição orgânica e funcional, não decorrente de
doença, acontecendo inevitavelmente com o passar do
tempo" (ERMINDA, 1999, p. 43).

A Organização Mundial de Saúde OMS definiu como


idoso um limite de 65 anos ou mais de idade para os
indivíduos de países desenvolvidos e 60 anos ou mais de
idade para indivíduos de países subdesenvolvidos.
Segundo Corin (1985), a antropologia deve interrogar
sobre o papel de fatos socioculturais mais gerais na
construção de uma representação da velhice enraizada
nas idéias de deterioração e perda. De acordo com essa
autora, trata-se de investigar a interação entre
parâmetros culturais, traços individuais e marcadores
biológicos na construção de representações da velhice e
do envelhecimento.

No cotidiano, entretanto, as ‘idades’ ainda são percebidas principalmente como parte


do passar do tempo, mimetizando como duração e ritmo os ciclos da natureza e as 39
ENVELHECIMENTO E SENTIMENTO DO CORPO estações, o que é expresso no
corpo das pessoas. Diz-se completar ‘quinze primaveras’, estar ‘na flor da idade’ ou
‘ainda viçosa aos 50 anos’, ‘bem conservado(a)’, ‘no inverno da vida’ etc. Expressa-se
um tempo ‘da natureza’ em trajetórias pelo mundo da cultura no capitalismo.O
envelhecimento possui determinantes intrínsecos e extrínsecos, apresentando uma
complexidade de variáveis relacionadas aos aspectos biológicos, psicológicos,
intelectuais, sociais, econômicos e funcionais. Não é algo determinado pela idade
cronológica, mas é consequência das experiências passadas, da forma como se vive e
se administra a própria vida no presente e de expectativas futuras. É uma integração
entre as vivências pessoais e o contexto social e cultural em determinada época
(SCHNEIDER; IRIGARAY, 2008, p. 586).
A cultura, no entanto, também está inscrita no corpo, ao mesmo tempo condicionando
e transformando a natureza. Não atua, sabemos, de modo homogêneo no interior de
uma sociedade e em determinado período histórico. É conformada por determinados
sistemas de relações sociais em seus modos de realização, que se constituem, ao
mesmo tempo, em dimensões básicas da vida social e da sua análise, como as
relações de classe, de gênero e entre as gerações (Britto da Motta, 1999a). 40
ANTROPOLOGIA, SAÚDE E ENVELHECIMENTO Por isso, os corpos, além de sua
forma e ‘natureza’ humana, diferenciam-se em cada período histórico no seu existir
biossocial – como corpos de homem ou de mulher, de jovem ou de velho – e de classe
social, com diferentes práticas. Boltanski analisa, como expressão geral, o corpo em
sua percepção e uso conforme a situação de classe:

Às vezes as pessoas fazem concessões e expressam um esteticismo abstrato,


comentando a beleza de um rosto “marcado pelo tempo”, “um pergaminho”. Mas
ninguém quer ter essa ‘beleza’, essa aparência associada ao desgaste e à
proximidade da morte. No imaginário social, o envelhecimento é um processo que
concerne à marcação da ‘idade’ como algo que se refere à ‘natureza’, e que se
desenrola como desgaste, limitações crescentes e perdas, físicas e de papéis sociais,
em trajetória que finda com a morte. Não se costuma pensar em nenhum bem; quando
muito, alguma experiência. Nenhum ganho, nessa ‘viagem ladeira abaixo’. As perdas
são tratadas principalmente como problemas de saúde, expressas em grande parte na
aparência do corpo, pelo sentimento em relação a ele e ao que lhe acontece:
enrugamento, encolhimento, descoramento dos cabelos, ‘enfeiamento’, reflexos mais
lentos, menos agilidade... Mas são expressas muito mais pelos outros do que pelos
próprios velhos. Há, naturalmente, da parte dos próprios idosos, a clara percepção
desse processo – tanto o do corpo como o da reação social a ele. Existem queixas,
moderadamente, ou a referência à ‘normalidade’ do que acontece, principalmente em
relação a dores – na coluna, nas pernas, ‘nos quartos’, nos braços... Há, também,
quase uma ‘naturalidade’ sobre isso, e não apenas nas classes populares, entre os
menos assistidos. O ator Paulo Autran, em recente entrevista a um programa de
televisão e em meio a animados comentários sobre seu mais novo trabalho, definiu:
“Ser velho é sentir uma dor a cada dia”. Essas referências à dor ou a problemas de
saúde, nas entrevistas que fiz, são sempre matizadas por um certo fair-play, uma
‘filosofia do cotidiano’ – ‘isso é da velhice’ – que alcança até o limite da ambigüidade.
Vejam-se D. Marta, 72 anos, e o Sr. Manoel, 73. São ativos e participam de grupos de
idosos. Eles falam sobre o sentimento da ‘idade’

“O envelhecer não é somente um ‘momento’ na vida de um


indivíduo, mas um ‘processo’ extremamente complexo e
pouco conhecido, com implicações tanto para quem o
vivencia como para a sociedade que o suporta ou assiste a
ele” (FRAIMAN, 1995, p. 19).

O momento é de acelerada mudança, permanente transição. Se o corpo, imagem


física do idoso, vai passando de descuidado a pretensamente e – não raro –
desajeitadamente disciplinado (Foucault, 1997), a imagem social vai melhorando em
ritmo mais seguro. Na realidade, ainda coexistem as duas imagens: a tradicional,
‘naturalizada’, do velho inativo, respeitável, mas ‘inútil’; e a nova imagem, mais
dinâmica e participante, embora apenas em determinadas situações sociais. Esta
ironicamente propiciada, grosso modo, pela sociedade de consumo, ávida pelas
pensões e pelos ‘benefícios’ dos aposentados. Apenas em contraponto – e não é tão
pouco assim –, a reação ou construção política do movimento dos aposentados e a
pedagogia inesperada (Britto da Motta, 1999a) da sociabilidade e construção de uma
identidade coletiva de idosos, nos seus grupos. Verificou-se que não existe um
consenso, nem na definição do limite inicial da velhice, nem na compreensão dos
conceitos, apresentando-se em muitas vezes contraditórios Ao longo da história o
idoso assumiu diferentes papéis sociais, Conforme destacado por Lemos et al. (2015)
verifica-se, no passado, que os Babilônios, Hebreus e os Gregos davam grande
importância aos problemas inerentes à velhice, e pesquisavam formas de se impedir o
processo de envelhecimento. Para os Babilônios a imortalidade era um ideal a ser
conquistado. Os gregos desprezavam seus velhos e os colocavam em serviços
subalternos e humilhantes, enaltecendo a beleza e a juventude. Apenas o filósofo
grego Platão possuía uma visão onde a velhice estaria ligada a sabedoria, prudência,
sensatez e astúcia. Os Hebreus se destacavam pela importância dada a seus velhos,
que eram vistos como os chefes naturais. Na cultura hebraica destaca-se “Matusalém”
que, segundo as escrituras, teria vivido 969 anos. Para eles, uma vida longa era vista
como uma benção. Na sociedade romana os velhos detinham uma posição
privilegiada. Eles possuíam a autoridade de “ pater famílias”, ou “pais de famílias”.
Porém, esta autoridade provocava a ira das gerações mais novas.

“Em cada sociedade e na mesma sociedade, em momentos históricos


diferentes, a velhice e o envelhecimento ganham especificidades, papéis e
significados distintos em função do meio ser rural ou urbano, da classe social,
do grupo profissional e de parentesco, da cultura, da ideologia dominante, do
poder econômico e político que influenciam o ciclo de vida e o percurso de
cada indivíduo, do nascimento à morte” (MAGALHÃES, 1989, p. 13)

Definir a velhice, a princípio, parece simples. Porém, verifica-se que este tema é
complexo, necessitando de aprofundamento em sua análise, que envolve várias
dimensões da vida, quais sejam: biológica, psicológica, sociológica, econômica,
cultural, dentre outras. A velhice, conforme verificado ao longo do estudo, sempre
esteve presente na história das sociedades, sejam elas primitivas ou modernas, em
maior ou menor grau. Seus conceitos e definições foram criados a cada passo da
evolução social, transformando-se conforme épocas distintas. Dessa forma, através
das alterações nas formas de entendimento dos estudiosos e teóricos do assunto,
verificou-se que não há um consenso, nem na definição do limite inicial da velhice,
nem na compreensão dos conceitos. Ao longo da história a velhice foi sendo
modificada e construída, desde a decadência, doença e morte, assim como a imagem
de deuses, com saberes e poderes adquiridos com a maturidade. Em algumas
sociedades a velhice era entendida ocupando um lugar de respeito e sabedoria. A
velhice era enaltecida, sendo a memória e sabedoria rotuladas como riquezas. O
velho, então, era detentor do poder e do saber.

Segundo documento do Ministério da Saúde, A Organização Pan-Americana da Saúde


(Opas) define envelhecimento como “um processo sequencial, individual, acumulativo,
irreversível, universal, não patológico, de deterioração de um organismo maduro,
próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o tempo o torne menos
capaz de fazer frente ao estresse do meio ambiente e, portanto, aumente sua
possibilidade de morte”. (Brasil, 2006) O processo de envelhecimento deve ser
compreendido em sua totalidade, incluindo os aspectos orgânico e funcional, bem
como as implicações na vida social. Assim, conforme Brêtas (2003), é preciso
considerar que o envelhecimento é um processo complexo, pluridimensional, revestido
por perdas e aquisições individuais e coletivas, fenômenos inseparáveis e
simultâneos. Por mais que o ato de envelhecer seja individual, o ser humano vive na
esfera coletiva e, como tal, sofre as influências da sociedade. A vida é social e
culturalmente construída. A busca de atividades físicas ou de lazer no maior período
livre de que o aposentado passa a dispor pode ser uma ocupação interessante do
tempo e possibilitar uma melhor preparação para essa nova etapa da vida. Cabe
ressaltar que seus benefícios podem minimizar as doenças relacionadas ao trabalho e
também prevenir problemas de saúde e fatores de risco, como estresse e ansiedade
(Santos, 1990)

OS BENEFICIOS DAS PRÁTICAS DE ATIVIDADE


De acordo com Papalia, Olds e Feldman (2006), existem vários modelos de
envelhecimento ideal. Um desses modelos, ilustrado pela Teoria da Atividade, postula
que, quanto mais ativas as pessoas se mantêm no decorrer de sua vida, melhor elas
envelhecem. Isso porque a cultura ocidental valoriza excessivamente a atividade como
forma de produtividade e geração de bens. Sendo assim, o idoso que já não tem
obrigações profissionais é visto como alguém que perdeu a capacidade de
desempenhar suas funções e seu papel social. Essa percepção distorcida se dá
porque, em muitos momentos, o avanço da idade leva as pessoas a abrirem mão de
vários papéis sociais até então desempenhados. Por isso a aposentadoria, a perda do
companheiro, o afastamento dos filhos, as limitações impostas por algumas doenças,
dentre outros fatores, interferem negativamente em sua qualidade de vida, tornando o
idoso mais insatisfeito com sua condição. Como algumas perdas são inevitáveis, cabe
ao idoso buscar novas alternativas para garantir a manutenção de um papel ativo em
seu meio. De acordo com essa teoria, o desempenho de atividades e o suporte social
podem contribuir para reforçar o sentimento de valor pessoal. Consequentemente,
reforçam o autoconceito e o sentimento de autoeficácia, facilitando o manejo das
situações estressantes com as quais o idoso se depara em decorrência do declínio de
suas forças físicas e de suas perdas pessoais e financeiras (Deps, 2006). A atividade
é um meio de contrabalançar as perdas comuns a esse estágio, ao mesmo tempo o de
proporcionar um espaço para que outras características sejam desenvolvidas e até
potencializadas, proporcionando ao idoso uma forma de crescimento pessoal, além de
ser uma aliada na superação do estresse. A ação ou o ato de fazer alguma coisa é
uma das necessidades básicas do ser humano. Independentemente da idade, é
através da ação que o indivíduo explora, transforma e domina a si mesmo e ao seu
ambiente.

ENVELHECIMENTO ATIVO E QUALIDADE DE VIDA

A partir do elucidado pela Teoria da Atividade, percebe-se que um modelo de


envelhecimento considerado “ideal” seria aquele no qual o idoso mantém padrões de
autonomia e atividade, fenômeno denominado “envelhecimento ativo”. O
envelhecimento ativo aplica-se tanto a indivíduos quanto a grupos populacionais. Ele
permite que as pessoas percebam o seu potencial para o bemestar físico, social e
mental ao longo do curso da vida, e que essas pessoas participem da sociedade de
acordo com suas necessidades, desejos e capacidades; ao mesmo tempo, propicia
proteção, segurança e cuidados adequados, quando necessários (OMS, 2005, p. 13).
O conceito “ativo” não abrange apenas a capacidade de estar fisicamente ativo ou
fazer parte da força de trabalho. Refere-se à participação contínua do idoso em
questões sociais, econômicas, culturais, espirituais e civis. O envelhecimento ativo
aumenta a expectativa de uma vida saudável e de qualidade. Essa abordagem do
envelhecimento ativo baseia-se no reconhecimento dos direitos humanos das pessoas
idosas, associados aos princípios estabelecidos pela Organização das Nações Unidas
(ONU) de independência, participação, dignidade, assistência e autorrealização. Apoia
a responsabilidade dos idosos no exercício de sua participação ativa nos aspectos de
sua vida e da comunidade (OMS, 2005). Estereótipos em relação à velhice
comprometem a possibilidade de uma qualidade de vida melhor. Em nosso meio, a
velhice é comumente associada a perdas, incapacidades, dependência, impotência,
decrepitude, desajuste social, baixos rendimentos, solidão, viuvez, cidadania de
segunda classe, e assim por diante. O idoso é chato, rabugento, implicante, triste,
demente e oneroso. Generalizam-se características de alguns idosos para todo o
universo. Tal visão estereotipada, aliada à dificuldade de distinguir entre
envelhecimento normal e patológico, senescência e senilidade, leva à negação da
velhice, ou à negligência de suas necessidades, vontades e desejos (Paschoal, 2002,
p. 82).
A inserção de idosos em grupos de suporte social proporciona uma mudança no
paradigma de velhice enquanto limitação e incapacidade, porque nesses grupos é
possível encontrar idosos ativos, autônomos, satisfeitos com sua condição geral e que
se relacionam interpessoalmente com outras pessoas de mesma faixa etária ou não.
Os idosos convivem com as limitações de sua saúde, contudo elas não os
impossibilitam de exercer seu papel de sujeito socialmente ativo. O idoso tem opiniões
formadas e conceitos cristalizados. Ele, muitas vezes, não acredita no poder vital de
suas potencialidades e capacidades, que podem ser desenvolvidas nesta etapa de
sua vida. Por vezes, o idoso acredita que sua vida não terá mais transformação. [...] A
partir da música, ele poderá cantar suas dores e amores, suas perdas e ganhos,
reconhecendo-se em seu fazer musical. Dessa forma, elabora conteúdos internos,
afetivos e emocionais, num processo contínuo de estruturação e ordenação, mas, ao
mesmo tempo, de maleabilidade e descobertas (Souza, 2002, p. 876).

A religião é outro fator que parece influenciar positivamente na qualidade de vida de


idosos. Percebe-se nos grupos de cunho religioso uma atmosfera de amor fraterno,
solidariedade e fé, o que facilita a ocorrência e a manutenção de relacionamentos
interpessoais e minimiza a sensação de solidão ou vazio. Nesses contextos, a prática
religiosa regular proporciona aos idosos um suporte social. Goldstein e Sommerhalder
(2002) afirmam ser a religiosidade um fator imprescindível de ser pesquisado em
amostra de população de terceira idade e justifica o fato devido ao seu valor
informativo e terapêutico. O envelhecimento acarreta perdas, muitas irreparáveis, e o
idoso precisa encontrar uma forma de enfrentamento dessa situação. A fé aparece
neste contexto como uma forma de lidar com os momentos difíceis e com a iminência
do desconhecido (já que a morte aparece cada vez mais próxima à medida que se
envelhece). De acordo com Goldstein e Sommerhalder (2002).
Para a psicologia, a religião pode ser vista como um recurso de enfrentamento que
pode oferecer respostas às exigências da velhice, porque facilita a aceitação das
perdas ligadas ao processo de envelhecimento, bem como oferece ferramentas
psicológicas para o enfrentamento de situações estressantes, sem desequilibrar o
indivíduo, ou seja, pode oferecer recursos para a compreensão e aceitação das
dificuldades da vida. A religião pode fornecer um sentido, um significado à vida, que
transcende o sofrimento, a perda e a percepção da mortalidade (Goldstein &
Sommerhalder, 2002, p. 951).
Participar ativamente de um grupo pareceu interferir positivamente na avaliação do
idoso relativamente à sua qualidade de vida, pois proporciona um suporte social,
contribui para minimizar os sentimentos de solidão e abandono. Do mesmo modo, a
atividade também parece ser um importante fator, já que ajuda a reforçar no idoso o
sentimento de valor pessoal, ao mesmo tempo em que possibilita uma forma de
crescimento pessoal. Seria importante se futuros trabalhos nesta área investigassem o
papel do engajamento em grupos na depressão e sentimentos de solidão. Um outro
aspecto interessante observado nos contextos grupais em que foi realizada a pesquisa
e que merece ser brevemente mencionado é a intergeratividade. O grupo de coral,
assim como o religioso não são exclusivos para pessoas da terceira idade, portanto
nos mesmos ocorrem relações intergeracionais. Estudos vêm mostrando que a
ocorrência de tais tipos de relações nos ambientes familiares ou sociais são benéficas
para o bem-estar e a qualidade de vida do idoso, proporcionam o convívio com a
diversidade geracional além de promover a troca de experiências enriquecedoras para
todas as gerações envolvidas (Coutrim, 2006; Goldani, 2004). Interessante destacar
que, na terceira idade, as pessoas parecem buscar espaço para fazer uma reflexão
acerca de seu passado e pensar sobre o que a vida ainda pode lhe proporcionar.
Dessa forma, pode-se fazer um paralelo entre o que foi observado na pesquisa de
campo e a teoria de Erikson (Papalia, Olds, & Feldman, 2006).

Para ultrapassar o estado atual de conhecimentos, é preciso levar-se em conta que o


envelhecimento é vivido de modo diferente de um indivíduo para outro, de uma
geração para outra e de uma sociedade para outra. Essa diversidade de experiências
nos convida a distinguir entre os elementos intrínsecos ao processo do
envelhecimento e aqueles mais diretamente ligados às características do indivíduo, à
dinâmica social e às políticas públicas vigentes. Nessa perspectiva, particularidades
culturais e processos lógicos predominando em cada contexto emergem como
elementos essenciais para a elaboração de políticas mais adequadas às
características das populações a serem atendidas.
As dificuldades e limitações desencadeadas nesse processo estão diretamente ligadas
à forma como o indivíduo percebe o seu envelhecimento, enquanto ser que comanda
a sua existência, entrelaçada por valores préconcebidos durante todo o seu processo
de desenvolvimento. Aqui, considera-se essa percepção como a auto-atribuição dos
traços característicos da velhice através da manifestação subjetiva diante das
alterações sofridas, em nível somático e funcional. Em conseqüência, existem vários
fatores que contribuem para o desenvolvimento de conflitos e crises comuns a essa
fase da vida, que, segundo Stuart-Hamilton (2002, pp. 134-140), são:
l Surgimento de doenças crônicas que deterioram a saúde e estão freqüentemente
acometendo os idosos;
l Modificações orgânicas x auto-imagem;
l Viuvez, morte de amigos e parentes;
l Ausência de papéis sociais favoráveis;
l Dificuldades financeiras (aposentadoria)

Para Jung, o envelhecimento suscita a abertura de novas possibilidades, em que


considera o balanço entre limites e perdas como o aspecto psicológico básico do
processo de envelhecer (como citado por Freitas et al., 2002). Nessas circunstâncias,
o idoso pode sofrer uma paralisação ou bloqueio emocional em relação às respostas
que emite aos estímulos externos, com o desencadeamento de doenças como a
depressão. “Como a vida se dá pela tensão dos contrários, o processo de envelhecer,
com suas metamorfoses, nos apresenta ganhos e perdas” (Monteiro, 2002, p. 13).
Existe a possibilidade de o idoso conseguir adaptar-se com maior facilidade a todo
esse processo, reagindo de maneira positiva às mudanças ocorridas. Neri (2001)
salienta algumas alternativas possíveis para esse enfrentamento:
l Apoio e suporte familiar são considerados de fundamental importância para que o
idoso possa preservar sentimentos de reconhecimento e pertencimento junto às
pessoas que ama, sendo que o despertar de tais sentimentos tem grande
probabilidade de motivá-lo na busca de novas relações.
l Uma das alternativas atuais é a participação em grupos de terceira idade, uma vez
que estes oportunizam novas possibilidades e perspectivas de vida. É de fundamental
importância, para o bem viver da população idosa, incentivar que as pessoas, na
velhice, busquem manter boas expectativas para a vida com planejamento e crença no
futuro, como salienta a autora:
“as pessoas de mais idade dentro de um grupo sociocultural podem
afirmar a sua própria identidade, expandir as fronteiras de seu valor,
reconhecerem-se como participantes da vida atual do grupo, por meio
da memória compartilhada, porque a identidade individual é uma
instância que depende do outro” (Neri, 2001, p. 144)

O envelhecimento, que vem sendo cada dia mais estudado, tem contribuído para que
a sociedade possa repensar a visão preconceituosa que, historicamente, tem
mostrado em relação a essa faixa etária. Idoso saudável hoje já está sendo uma
realidade mais presente em nossa sociedade, pois a procura de estimulação como
forma de manutenção funcional de suas habilidades e a disposição para a descoberta
de novos aprendizados têm aberto novas perspectivas em relação à vivência do idoso.
Para enfatizar essa afirmação, Zimerman (2000) afirma que: As pessoas mais
saudáveis e mais otimistas têm condições de se adaptarem às transformações
trazidas pelo envelhecimento. Elas estão mais propensas a verem a velhice como um
tempo de experiências acumuladas, de maturidade, de liberdade para assumir novas
ocupações e, até mesmo, de liberação de certas responsabilidades. (p. 25)

O grupo de apoio Cuidando da Saúde com Alegria foi implementado como um grupo
de atendimento do idoso com caráter de apoio, onde este teria condições de encontrar
um espaço de informação, reflexão e, fundamentalmente, apoio, diante das
necessidades que possuem nessa fase, tais como conflitos familiares, adoecimento,
discriminação, preconceitos e perdas, dentre outros. O grupo de apoio foi baseado,
principalmente, na busca de estratégias lúdicas que proporcionassem atividades
divertidas e alegres, pois entende-se que o idoso pode e deve ser responsável por sua
saúde, mas precisa de estímulo e ajuda para perceber e conscientizar-se dessa
necessidade de uma forma satisfatoriamente estimulante. Conscientizar o idoso da
importância e da necessidade de responsabilizar-se pelo cuidado com a sua saúde,
através de estratégias lúdicas que despertem alegria e diversão, foi o objetivo principal
dessa intervenção; no entanto, buscou-se também informar e esclarecer os aspectos
do envelhecimento, favorecer a necessidade do autocuidado do idoso, contribuir para
melhor conscientização do idoso diante das necessidades, dificuldades e limitações
que possuem nessa fase e, finalmente, despertálo para a necessidade de proporcionar
e preservar momentos de atividades pessoais prazerosas em seu dia a dia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conota-se portanto, que é mais do que somente envelhecer , é um processo


permanente do curso natural da vida, assim como as laranjeiras se preparando para
primavera após o longo outono. É mais do que envelhecer ou seguir a matriz básica
da nossa existência, é então a partir dessa nova concepção de envelhecimento que
concluímos que está é uma fase com muitas possibilidades não somente de
aprendizagem e conhecimento, mais de necessária buscar de estratégias para
facilitar ao idoso o enfrentamento desse processo e a ruptura com a visão passiva de
que a velhice é o fim; pelo contrário, é o começo da largada para uma marota de
novas possibilidades. Contudo, a atividade, ao longo da vida, está baseada em metas
e projetos de vida, e, no processo de envelhecimento, faz-se necessário revê-los e
adaptá-los para alcançar êxito. Ao idoso, cabe a responsabilidade de continuar
utilizando sua experiências de vida no convívio com as patologias dessa fase,
elaborando perdas e ganhos, e, simultaneamente, planejando e desejando dentro de
seu processo de envelhecimento. É importante destacar o papel do psicólogo como
facilitador do processo grupal, pois ele possibilita a socialização e a revisão das
experiências em comum, que precisam ser mantidas e/ou resgatadas. Portanto, a
formação de grupos de idosos torna-se uma alternativa bastante viável na promoção e
na prevenção da saúde biopsicossocial dos idosos, e constitui uma experiência
enriquecedora, que proporciona a formação de uma rede de suporte psicossocial entre
os participantes enquanto modalidade de intervenção psicológica que contribui tanto
para a valorização da identidade como para o reconhecimento da alteridade pelo
idoso.

“Todas as pessoas devem proteger a dignidade da pessoa idosa e nenhuma


pessoa idosa pode sofrer qualquer tipo de negligência, discriminação,
violência, crueldade ou opressão, sendo que qualquer descumprimento aos
direitos da pessoa idosa será punido por lei. O art. 3º do Estatuto do Idoso
afirma que “é obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do
Poder Público, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao
trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade,ao respeito e à convivência
familiar”.

BIBLIOGRÁFIA

MARX, K. O Capital. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978. Livro I.


MARX, K. A Ideologia Alemã. São Paulo: Hucitec, 1984.

SIMÕES, J. A. Velhice e espaço político. In: LINS DE BARROS, M. M. (Org.) Velhice ou


Terceira Idade? Estudos antropológicos sobre identidade, memória e política. 2.ed. Rio de
Janeiro: FGV, 2000
VERAS, R. P. País Jovem com Cabelos Brancos. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1995.
Coutrim, R. M. E. (2006) Idosos trabalhadores: perdas e ganhos nas relações intergeracionais.
Sociedade e Estado, Ago, vol.21, no.2, pp.367-390.
COSTA, E. M. S. Gerontodrama: a velhice em cena: estudos clínicos e psicodramáticos sobre o
envelhecimento e a terceira idade. São Paulo: Agora, 1998
FERRIGNO, J. C. Uma visão histórica de família e velhice. Revista A terceira Idade, São Paulo,
ano 4, n. 4, Jul. 1991. Disponível em:. Acesso em: 24 abr. 2018
REZENDE, C. B. A Velhice na Família: estratégias de sobrevivência. 2008. 156f. Dissertação
(Mestrado em Serviço Social) - Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”,
Franca, 2008. Disponível em:

SIMÕES, J. A. Velhice e espaço político. In: LINS DE BARROS, M. (Org.). Velhice ou Terceira
Idade? Estudos antropológicos sobre identidade, memória e política. 2. ed. Rio de Janeiro:
FGV, 1998.

SIMÕES, J. A. Velhice e espaço político. In: LINS DE BARROS, M. (Org.). Velhice ou Terceira
Idade? Estudos antropológicos sobre identidade, memória e política. 2. ed. Rio de Janeiro:
FGV, 1998.
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-12472008000100009

https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2018/marco/CartilhaUNISAL.pdf
ERMINDA, J. G. Processo de envelhecimento. In: COSTA, M. A. M. et al. (Org.). O idoso:
problemas e realidade. Coimbra: Formasau, 1999
BIRMAN, J. Futuro de todos nós: temporalidade, memória e terceira idade na psicanálise. In:
VERAS, R. (Org.). Terceira idade: um envelhecimento digno para o cidadão do futuro. Rio de
Janeiro: Relume-Dumará, 1995. p.29-48

WHOQOL-OLD (2007). Instrumento de avaliação de qualidade de vida da Organização Mundial


de Saúde [Manual]. Recuperado em 23 de agosto, de http://www.ufrgs.br/psiq/whoqolold.html
WHOQOL-OLD (2007). Instrumento de avaliação de qualidade de vida da Organização Mundial
de Saúde. Recuperado em 23 de agosto de http://www.ufrgs.br/psiq/whoqolold.ht

https://www.scielo.br/j/rbgg/a/XdNkzgtfCCP3rBCcp9ZBSxp/
https://conselho.saude.gov.br/biblioteca/livros/estatuto_idoso2edicao.pdf
https://www.scielo.br/j/estpsi/a/LTdthHbLvZPLZk8MtMNmZyb/?format=pdf
https://www.scielo.br/j/motriz/a/fFxf4W5HZ6bWvxpshvwrkHj/
http://fapmg.org.br/uploads/noticias/anexo/Reprivatizacao_da_velhice.pdf
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-12472008000100009
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-73142008000200004

Você também pode gostar