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Nr15 - Radiações Não Ionizantes PDF
Nr15 - Radiações Não Ionizantes PDF
IONIZANTES
watts e acima).
Quando se está muito perto da fonte ou
antena.
Quando se permanece longo tempo exposto.
alto risco.
Uso de barreiras (chapas ou telas metálicas,
devidamente aterradas).
Distanciamento da fonte (equipamentos,
transmissores, antenas).
Automação dos processos, afastando o operador.
Controle médico.
Radiação Infravermelha
A radiação infravermelha é o chamado
calor radiante e se situa na faixa de
comprimentos de onda que vai de
alguns milímetros a 0,78 micrometro.
A radiação é muito pouco penetrante
(alguns milímetros) e sua absorção
causa basicamente o aquecimento
superficial (pele).
Está considerada nos problemas de
calor industrial, pois a carga radiante
das fontes é medida pelo termômetro
de globo no índice IBUTG.
Radiação Infravermelha
Todavia, a radiação também pode causar efeitos
oculares, independentemente da questão do
aquecimento do corpo inteiro nos estudos de calor.
As fontes infravermelhas são os corpos aquecidos e
incandescentes, chamas, arcos, material em fusão.
A quantidade irradiada será tão maior quanto mais
alta a temperatura da fonte e sua área de emissão.
Existem também lâmpadas especiais nessa região.
Devemos ainda nos lembrar do sol, que é a fonte
infravermelha que garante a vida na terra.
A seguir, apresentamos o espectro solar básico ao
nível do mar:
Espectro Solar ao Nível do Mar
Radiação Infravermelha
Efeitos Oculares
O efeito de uma exposição não protegida à radiação
infravermelha é uma das doenças ocupacionais
mais antigas, relacionando uma ocupação a uma
moléstia.
Trata-se da “catarata do vidreiro”, reconhecida há
milênios como parte do destino dessa ocupação, se
houver exposição excessiva e sem a devida
proteção.
Radiação Infravermelha
Efeitos Oculares
Deve-se ressaltar que esse é um efeito crônico, que
pode levar muitos anos para se desenvolver.
Evidentemente, toda exposição não protegida a
fontes infravermelhas significativas, por tempo
prolongado, poderá produzir o mesmo efeito que
nos vidreiros.
Normalmente essas fontes não são muito brilhantes
(parte visível) e, portanto, não produzem aversão
visual por ofuscamento.
Dessa forma, as pessoas se expõem
inadvertidamente em muitas atividades industriais,
como na regulagem de chamas, fornos, maçaricos,
soldagem, secagem de tintas com lâmpadas
infravermelhas.
Radiação Infravermelha
Efeitos Oculares
Em todas as radiações não ionizantes, com exceção do LASER,
afastar-se das fontes sempre será benéfico.
Quando se necessita de proteção ocular, pode-se lançar mão de
tabelas como a que se apresenta a seguir:
Radiação Infravermelha
Avaliação e Controle
A avaliação da radiação em termos da exposição
de pele e olhos é feita por meio de sensores
especiais e radiômetros leitores.
Há limites de exposição previstos na ACGIH que
devem ser consultados para essas avaliações.
O controle da exposição de pele e olhos deve
ser tratado dentro dos mesmos princípios já
expostos anteriormente, com as seguintes
peculiaridades:
Radiação Infravermelha
Avaliação e Controle
Blindar as fontes incandescentes, munindo fornos e
estufas de portas e fechamento adequado.
Reduzir a área exposta das fontes.
Promover o uso de barreiras, feitas de material metálico
polido (o melhor em termos práticos e de eficiência será
o alumínio polido).
Afastar-se das fontes.
Reduzir o tempo de exposição às áreas com radiação
intensa.
Prover-se de proteção ocular, seguindo a orientação da
tabela apresentada.
Luz
Antes de prosseguir, lembramos que a luz visível
também é uma radiação não ionizante, a qual tem a
peculiaridade de impressionar a visão.
Em outras palavras, nossos olhos são capazes de
perceber a radiação não ionizante (ondas
eletromagnéticas) na região de 400 nanômetros a 780
nanômetros.
Existem limites de exposição para luz muito intensa
(ACGIH), mas esse não é o caso ocupacional geral, em
que a iluminação é apenas suficiente e muitas vezes
deficiente.
Radiação Ultravioleta
A radiação ultravioleta ocupa o espectro na região que
vai de 400 nanômetros aproximadamente 100
nanômetros.
Está subdividida em bandas, como mostrado a seguir:
Radiação Ultravioleta
Ocorrência e Fontes de Radiação Ultravioleta
Sol, fonte natural, ao nível do mar, em que recebemos
radiação que vai até os 290 nm aproximadamente.
Todos os tipos de arcos elétricos, com especial atenção
a todos os tipos de solda.
As modalidades de maior emissão UV são as
protegidas com o gás Argônio (MIG, TIG, MAG).
Lâmpadas especiais, em que destacamos:
Lâmpadas de luz negra.
Lâmpadas germicidas.
Lâmpadas de vapor de mercúrio, sendo as de maior risco
aquelas de maior pressão e bulbo transparente.
Lâmpadas na indústria gráfica, heliografia, cura de resinas.
Radiação Ultravioleta
Ocorrência e Fontes de Radiação Ultravioleta
Corpos incandescentes a temperaturas acima dos dois
mil graus Celsius.
Apresentamos a seguir o espectro de emissão de
algumas lâmpadas e de alguns tipos de arcos elétricos.
Espectros de Emissão de
Arcos Elétricos
Efeitos da Radiação Ultravioleta
A radiação ultravioleta é muito pouco penetrante; dessa
forma, seus efeitos serão sempre superficiais, envolvendo a
pele e os olhos.
Os efeitos agudos são, em geral, retardados de 6 a 12 horas,
e essa é uma característica típica da radiação.
Não existe sensação no momento da exposição e por isso
doses elevadas podem ser recebidas sem qualquer
advertência sensorial.
Na pele, a radiação produz o eritema ou “queimadura solar”,
sendo bem conhecida por experiência própria das pessoas.
A pele exposta tende a se pigmentar, e o aumento da
pigmentação protegerá a pessoa de novos eritemas.
Efeitos da Radiação Ultravioleta
Evidentemente, aqui existe um papel importante
representado pelo tipo de pele, ou seja, uma maior ou
menor facilidade de pigmentação.
Nos olhos, produz-se uma querato-conjuntivite
(inflamação fotoquímica da córnea e da conjuntiva
ocular) muito dolorosa e granulosa (os atingidos têm a
sensação de areia nos olhos).
Esse efeito é incapacitante, cedendo em um ou dois
dias e não produzindo, em regra, nenhuma sequela.
Os limites de exposição da ACGIH definem valores
permissíveis para a prevenção desses efeitos.
Efeitos da Radiação Ultravioleta
Um efeito importante e reconhecido da radiação
ultravioleta é o câncer de pele, para o qual não está
vinculado um limite de exposição.
Esse efeito é mais reconhecido nas profissões “ao
tempo”, como agricultura, pesca, salinas, offshore.
Parece não existir ainda vínculo causal com as
atividades industriais em interiores.
Os limites de exposição da ACGIH não preveem a
proteção contra o câncer de pele.
Para a pesquisa de qualquer tipo de carcinogênico,
recomenda-se consultar a IARC, que é a Agência
Internacional de Pesquisa em Câncer da OMS.
( www.who.org/iarc).
Efeitos da Radiação Ultravioleta
Considerações sobre a Carcinogenicidade da
Radiação UV (vide IARC):
Há evidência suficiente de carcinogenicidade da
radiação solar para o homem (câncer de pele e
melanoma).
Há evidência limitada para lâmpadas de
bronzeamento artificial.
Não há evidência adequada para lâmpadas
fluorescentes e outras fontes artificiais.
Há evidência suficiente de carcinogenicidade
para UVA, UVB e UVC em relação a animais.
Avaliação da Radiação
Ultravioleta
A NR-15 trata das radiações não ionizantes, na qual se
inclui a radiação ultravioleta, em seu anexo 7.
A insalubridade associada, de grau médio, é
caracterizada por meio de laudo de inspeção.
O anexo não define limite de tolerância diretamente,
ficando este à escolha do perito caracterizador.
É boa prática técnica em higiene ocupacional, também
reforçada pela NR-9, que, na inexistência de limites de
tolerância quantitativos na NR-5, sejam adotados os
preconizados pela ACGIH.
Avaliação da Radiação
Ultravioleta
Em relação aos Limites de Exposição deve-se ter em
mente que:
Eles protegem a maioria, mas não todos, podendo