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Bacharelado em Engenharia Mecânica

Transferência de calor e massa – TCAE6

Condução unidimensional em regime


estacionário
Sistemas radiais - cilindro
Isolamento térmico - Raio crítico
Sistemas radiais – esfera
Geração de energia interna – Parede plana

Prof. Angelo Reami Filho

Profº Angelo Reami Filho


Bacharelado em Engenharia Mecânica
Transferência de calor e massa – TCAE6

Objetivos
• Definir os cálculos de resistência térmica para paredes
cilíndricas simples
• Definição de raio crítico de isolamento
• Definir os cálculos de resistência térmica para paredes
esféricas – método alternativo
• Definição os tipos comuns de geração de energia térmica
interna
• Desenvolver a equação do calor para paredes planas com
geração de energia térmica interna
• Verificar a dependência do fluxo térmico em relação à
posição

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Sistemas radiais
É comum em sistemas cilíndricos ou esféricos o gradiente de
temperatura estar apenas na direção radial, possibilitando analisar os
sistemas como unidimensionais.

Se esses sistemas estiverem em regime estacionário e sem geração de


calor, pode-se utilizar tanto o método padrão quanto o método
alternativo para a solução.

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Sistemas radiais
Cilindro
A figura mostra um cilindro oco cujas superfícies interna e externa
estão expostas a fluidos com diferentes temperaturas. Para as
condições de estado estacionário e sem geração de calor, a forma
apropriada da equação de calor é:

1𝑑 𝑑𝑇
𝑘𝑟 =0
𝑟 𝑑𝑟 𝑑𝑟

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Sistemas radiais
Cilindro
Aplicando-se a Lei de Fourier:
𝑑𝑇 𝑑𝑇
𝑞ሶ 𝑟 = −𝑘𝐴 = −𝑘 2𝜋𝑟𝐿
𝑑𝑟 𝑑𝑟
𝑜𝑛𝑑𝑒 2𝜋𝑟𝐿 𝑟𝑒𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎 𝑎 á𝑟𝑒𝑎 𝑛𝑜𝑟𝑎𝑙 à 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜 𝑑𝑎 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟
Supondo k constante e integrando-se duas vezes a equação do calor,
tem-se:

𝑇 𝑟 = 𝐶1 ln 𝑟 + 𝐶2

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Sistemas radiais
Cilindro
Para encontrar as constantes de integração C1 e C2, introduz-se as
condições de contorno:
𝑇 𝑟1 = 𝑇𝑠1 𝑒 𝑇 𝑟2 = 𝑇𝑠2
Obtendo-se:

𝑇𝑠1 − 𝑇𝑠2 𝑟
𝑇 𝑟 = 𝑟1 ln + 𝑇𝑠2
ln ൗ𝑟2 𝑟2

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Sistemas radiais
Cilindro
Analisando a equação, percebe-se que a distribuição de temperaturas
é logarítmica e não linear, conforme mostra o detalhe da figura.
𝑇 𝑟1 = 𝑇𝑠1 𝑒 𝑇 𝑟2 = 𝑇𝑠2

Agora é possível encontrar a expressão da taxa de transferência de


calor utilizando a lei de Fourier:

𝑇1 − 𝑇2
𝑞ሶ 𝑟 = 𝑘 2𝜋𝐿 𝑟
ln 2ൗ𝑟1

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Cilindro
Portanto, para este caso a resistência térmica mostrada em série na
figura, é:

𝑟2
ln ൗ𝑟1
2𝜋𝐿𝑘

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Cilindro
Para o caso de paredes compostas e desprezando-se as resistências
de contato interfaciais, a taxa de transferência de calor pode ser
representada por:

𝑇∞1 − 𝑇∞4
𝑞ሶ 𝑟 = 𝑟2 𝑟 𝑟
1 ln ൗ𝑟1 ln 3ൗ𝑟2 ln 4ൗ𝑟3 1
+ + + +
2𝜋𝑟1 𝐿ℎ1 2𝜋𝐿𝑘𝐴 2𝜋𝐿𝑘𝐵 2𝜋𝐿𝑘𝐶 2𝜋𝑟4 𝐿ℎ4

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Sistemas radiais
Cilindro
É possível especificar o coeficiente global de transmissão de calor, U,
como sendo:
1
𝑈=
σ 𝑅𝑡

O termo σ 𝑅𝑡 , é a soma de todas as resistências térmicas que estão


presentes no circuito.
Com base no exposto, a taxa de transferência de calor pode ser
escrita como:

𝑞ሶ = 𝑈𝐴∆𝑇

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Cilindro
Para o exemplo exposto o coeficiente global de transferência de calor
pode ser dado em função da área interna A1:

1
𝑈1 =
1 𝑟 𝑟 𝑟 𝑟 𝑟 𝑟 𝑟 1
+ 1 ln 2 + 1 ln 3 + 1 ln 4 + 1
ℎ1 𝑘𝐴 𝑟1 𝑘𝐵 𝑟2 𝑘𝐶 𝑟3 𝑟4 ℎ4

Ou em função da área externa A4:


1
𝑈4 =
𝑟4 1 𝑟 𝑟 𝑟 𝑟 𝑟 𝑟 1
+ 4 ln 2 + 4 ln 3 + 4 ln 4 +
𝑟1 ℎ1 𝑘𝐴 𝑟1 𝑘𝐵 𝑟2 𝑘𝐶 𝑟3 ℎ4

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Sistemas radiais
Cilindro
Ou qualquer outra área intermediária sendo que:

−1

𝑈1 𝐴1 = 𝑈2 𝐴2 = 𝑈3 𝐴3 = 𝑈4 𝐴4 = ෍ 𝑅𝑡

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Exercício
Exemplo 2 (3.39): Um tubo de aço inoxidável (AISI 304 - Kaço = 14,4
W/mK) usado para transportar um fluido farmacêutico refrigerado
tem um diâmetro interno de 36 mm e uma espessura de parede de 2
mm. O fluido farmacêutico e o ar ambiente estão, respectivamente,
nas temperaturas de 6°C e 23°C, enquanto os coeficientes convectivos
interno e externo são 400 W/m2K e 6 W/m2K, respectivamente.
a) Qual é o ganho de calor por unidade de comprimento do tubo?
b) Qual é o ganho de calor por unidade de comprimento, se uma
camada de 10 mm isolante de silicato de cálcio (kiso = 0,050
W/mK) for colocada sobre a superfície externa do tubo?

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Exercício
Solução
Dados:
Tubo de aço inoxidável diâmetro interno di = 36 mm e espessura eaço = 2
mm
Kaço = 14,4 W/mK
Fluido farmacêutico interno com Tꝏi = 6 °C e hi = 400 W/m2K
Ar ambiente externo com Tꝏe = 23 °C e he = 0,05 W/m2K
Isolante de silicato de cálcio com espessura eiso = 10 mm
kiso = 0,050 W/mK
Pede-se
a) O ganho de calor por unidade de comprimento sem isolante
b) O ganho de calor por unidade de comprimento com isolante

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Exercício
Solução
Esquema:

Considerações:
1. Condições em estado estacionário
2. Condução unidimensional na direção radial
3. Propriedades constantes
4. Desprezar resistência de contato entre o tubo e o isolante
5. Desprezar os efeitos de radiação

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Exercício
Solução
a) Sem a camada isolante, a resistência térmica total por unidade de
comprimento é:
𝑟
1 ln 𝑒ൗ𝑟𝑖 1
𝑅′𝑡𝑜𝑡1 = 𝑅′𝑐𝑜𝑛𝑣𝑖 + 𝑅′𝑐𝑜𝑛𝑑 𝑎ç𝑜 + 𝑅′𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒 = + +
2𝜋𝑟𝑖 ℎ𝑖 2𝜋𝑘𝑎ç𝑜 2𝜋𝑟𝑒 ℎ𝑒
ln 0,02ൗ
1 0,018 1
𝑅′𝑡𝑜𝑡1 = + +
2𝜋0,018.400 2𝜋14,4 2𝜋0,02.6

𝑅′𝑡𝑜𝑡1 = 0,0221 + 0,00116 + 1,33 = 1,35 𝑚𝐾/𝑊

E o ganho de calor será, então:


𝑇∞𝑒 − 𝑇∞𝑖 23 − 6
𝑞′𝑟 = = = 12,6 𝑊/𝑚
𝑅′𝑡𝑜𝑡1 1,35

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Exercício
Solução
b) Com a camada isolante, a resistência térmica total por unidade de
comprimento é:
𝑅′𝑡𝑜𝑡2 = 𝑅′𝑐𝑜𝑛𝑣𝑖 + 𝑅′𝑐𝑜𝑛𝑑 𝑎ç𝑜 + 𝑅′𝑐𝑜𝑛𝑑 𝑖𝑠𝑜 + 𝑅′𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒

Somente a última parcela é alterada em relação ao cálculo anterior,


portanto, calcula-se as duas últimas parcelas:

ln
𝑟𝑒𝑖𝑠𝑜
ൗ𝑟𝑒 ln 0,03ൗ0,02
𝑅′𝑐𝑜𝑛𝑑 𝑖𝑠𝑜 = = = 1,29 𝑚𝐾/𝑊
2𝜋𝑘𝑖𝑠𝑜 2𝜋0,05
1 1
𝑅′𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒 = = = 0,88 𝑚𝐾/𝑊
2𝜋𝑟𝑒𝑖𝑠𝑜 ℎ𝑒 2𝜋0,03.6

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Exercício
Solução
A nova resistência total, portanto, será:

𝑅′𝑡𝑜𝑡2 = 0,0221 + 0,00116 + 1,29 + 0,88 = 2,20 𝑚𝐾/𝑊

E o ganho de calor será, então:

𝑇∞𝑒 − 𝑇∞𝑖 23 − 6
𝑞′𝑟 = = = 7,7 𝑊/𝑚
𝑅′𝑡𝑜𝑡2 2,20

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Exercício
Para validar se é conveniente desprezar os efeitos da radiação,
considera-se o pior caso onde a temperatura da superfície externa do
tubo esteja à temperatura do fluido interno (Ts = Tꝏi = 279 K) e a
temperatura da vizinhança igual à do ar (Tviz = Tꝏe = 296 K).
Considerando uma emissividade de ε=0,7, o calor trocado líquido por
radiação com a vizinhança é:
4
𝑞′𝑟𝑎𝑑 = 𝜀𝜎 2𝜋𝑟𝑒 𝑇𝑣𝑖𝑧 − 𝑇𝑠4 = 0,7.5,67. 10−8 . 2𝜋0,02 2964 − 2794
𝑞′𝑟𝑎𝑑 = 7,7 W/m

Isto mostra que é comparável à perda de calor por convecção, não


sendo adequado desprezar.

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Exercício

Se a transferência de calor com o ar for por convecção natural, o valor


de he com o isolamento seria menor do que o cálculo feito para
radiação, reduzindo ainda mais o ganho de calor. O isolamento
também aumentaria a temperatura da superfície externa, reduzindo
assim a transferência de calor líquida por radiação com a vizinhança.

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Isolamento térmico
Os materiais que apresentam elevado coeficiente de condutividade
térmica são chamados de condutores enquanto aqueles que têm
baixo coeficiente de condutividade térmica são chamados de
isolantes.

A condutividade térmica é uma propriedade que varia com a


temperatura, porém em diversos problemas de engenharia essa
variação é suficientemente pequena para poder ser desprezada.

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Isolamento térmico
É intuitivo considerar que, aumentando-se a espessura de uma
camada isolante, melhor será o isolamento.

Porém, há casos em que aumentar a espessura de uma camada de


material isolante nem sempre reduz a transferência de calor.

Analisa-se o caso de transferência de calor através de paredes


cilíndricas:

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Isolamento térmico
O calor trocado radialmente por condução em um cilindro vazado é
inversamente proporcional ao logaritmo do raio externo, conforme
visto na condução em sistemas radiais (cilindro), ao passo que o calor
dissipado por convecção na superfície externa é diretamente
proporcional ao mesmo raio.

Esse efeito concorrente (aumento da resistência condutiva e ao


mesmo tempo diminuição da resistência convectiva) sugere que há
uma espessura ótima para uma camada de isolamento em sistemas
cilíndricos em que maximize a resistência total minimizando a perda
de calor.

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Isolamento térmico
Para compreender, seja o exemplo 1:
1. Um tubo de cobre com parede delgada, de raio ri, é usado para
transportar um refrigerante a uma baixa temperatura Ti, que é
inferior à temperatura ambiente Tꝏ adjacente ao tubo. Há uma
espessura ótima associada à aplicação de isolamento sobre o
tubo?
2. Confirme o resultado anterior calculando a resistência térmica
total, por unidade de comprimento do tubo, em um tubo com 10
mm de diâmetro possuindo as seguintes espessuras de
isolamento: 0, 2, 5, 10, 20 e 40 mm. O isolamento é composto por
vidro celular (k = 0,055 W/mK) e o coeficiente de transferência de
calor por convecção em sua superfície é de 5 W/m2K.

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Exercício
Solução
Dados:
Tubo de cobre com raio ri
Transporta fluido refrigerante com temperatura Ti
Ar ambiente externo com Tꝏ> Ti
Pede-se
1. Se existe uma espessura ótima de isolamento que minimize a
taxa de transferência de calor?
2. A resistência térmica associada ao uso de isolante de vidro
celular com várias espessuras. (k=0,055 W/mK e h= 5 W/m2K)

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Exercício
Solução
Esquema:

Considerações:
1. Condições em estado estacionário
2. Transferência de calor unidimensional na direção radial
3. Resistências térmicas na parede do tubo desprezível
4. Propriedades constantes
5. Troca térmica por radiação desprezível

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Exercício
Solução
1. A resistência térmica é dominada pela condução no isolante e pela
convecção no ar. O circuito térmico é:

Onde a resistência total por unidade de comprimento é:


𝑟
ln 1
𝑟1
𝑅′𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = +
2𝜋𝑘 2𝜋𝑟ℎ

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Exercício
Solução
A taxa de transferência de calor por unidade de comprimento do tubo
é dada por:
𝑇∞ − 𝑇𝑖
𝑞′ =
𝑅′𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Uma espessura ótima poderia ser associada ao valor de r que


minimiza q’ ou maximiza R’total. Tal valor pode ser obtido por meio do
cálculo da primeira derivada igualando a zero, ou seja:
𝑑𝑅′𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
=0
𝑑𝑟

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Exercício
Solução
Assim:
1 1 𝑘
− 2
=0→𝑟=
2𝜋𝑘𝑟 2𝜋𝑟 ℎ ℎ

Para determinar se o resultado acima realmente maximiza ou


minimiza a resistência total, é necessário que a segunda derivada seja
avaliada:

𝑑 2 𝑅′𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 1 1
2
=− 2
+ 3
𝑑𝑟 2𝜋𝑘𝑟 𝜋𝑟 ℎ

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Exercício
Solução
Para r=k/h:
𝑑 2 𝑅′𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 1 1 1 1
2 = 2 − = 3 2 >0
𝑑𝑟 𝜋 𝑘Τℎ 𝑘 2𝑘 2𝜋 𝑘 Τℎ

Como o resultado é sempre positivo, tem-se que r = k/h é o raio do


isolante para o qual a resistência total é um mínimo e não um
máximo. Assim, uma espessura ótima de isolante não existe. Faz mais
𝑘
sentido pensar em termos de um raio crítico do isolante 𝑟𝑐𝑟 = que

maximiza a transferência de calor, isto é, abaixo do qual q’ aumenta
com o aumento de r e acima do qual q’ diminui com o aumento de r.

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Exercício
Solução
2. Com h = 5 W/m2K e k = 0,055 W/mK, o raio crítico é:

𝑘 0,05
𝑟𝑐𝑟 = = = 0,011 𝑚
ℎ 5
Como rcr > ri, a transferência de calor irá aumentar com a adição de
isolamento até uma espessura de:
𝑟𝑐𝑟 − 𝑟𝑖 = 0,011 − 0,005 = 0,006 𝑚

As resistências térmicas correspondentes às espessuras de isolante


especificadas podem ser calculadas e são representadas graficamente
a seguir:
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Exercício
Comparação entre resistências térmicas condutivas e convectivas
em sistemas cilíndricos
8,000
7,000
6,000
5,000
Resistência térmica

4,000
3,000
2,000 R'cond R'conv R'total

1,000
0,000
0 10 20 30 40 50
Espessura do isolante

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Exercício
Comentários importantes:
1. O efeito do raio crítico é revelado pelo fato de que, mesmo
para 20 mm de isolamento, a resistência total não é tão grande
quanto o valor para o tubo sem isolamento.
2. Se ri < rcr, como é o caso apresentado, a resistência total
decresce e, portanto, a taxa de transferência de calor aumenta com a
adição do isolante. Isso permanece até que o raio externo do isolante
seja igual ao raio crítico e é desejável para, por exemplo, corrente
elétrica passando em um fio, em que se necessita aumentar o calor
dissipado para a vizinhança. Se ri > rcr, qualquer adição de isolante
aumenta a resistência, diminuindo a perda de calor o que é desejável,
por exemplo, em escoamento de vapor em uma tubulação evitando a
perda de calor para a vizinhança.

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Exercício
Comentários importantes:
3. Esta questão do raio crítico em sistemas radiais só existe
quando as dimensões são pequenas e para coeficientes de
transferência de calor por convecção pequenos. Para valores típicos (k
= 0,03 W/mK e h = 10 W/m2K/), rcr = (k/h) = 0,003 m que é um valor
tão pequeno e, portanto, normalmente ri > rcr não necessitando
preocupação com o efeito.
4. O raio crítico existe porque a área de transferência de calor
varia na direção da transferência (como a condução radial em
cilindros ou esferas). Em uma parede plana não há espessura crítica
porque a área é constante e a resistência térmica sempre aumenta
com o aumento da espessura.

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Sistemas radiais
Esfera
Analisando a figura que representa a condução de calor em uma
esfera oca e para um volume diferencial de controle mostrado, a
conservação de energia exige que 𝑞ሶ 𝑟 = 𝑞ሶ 𝑟+𝑑𝑟 .

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Sistemas radiais
Esfera
Essa condição é válida nas hipóteses de transferência de calor
unidimensional, em regime estacionário e sem geração de calor.
Se for considerado o método alternativo é possível usar diretamente
a equação de Fourier na forma apropriada:

𝑑𝑇 2
𝑑𝑇
𝑞ሶ 𝑟 = −𝑘𝐴 = −𝑘 4𝜋𝑟
𝑑𝑟 𝑑𝑟

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Sistemas radiais
Esfera
Em que 4πr2 é a área normal à direção da transferência de calor.
Como 𝑞ሶ 𝑟 é constante, independente de r, a equação pode ser escrita
na forma integral, ou seja:

𝑞ሶ 𝑟 𝑟2 𝑑𝑟 𝑇𝑠2
න 2 = − න 𝑘 𝑇 𝑑𝑇
4𝜋 𝑟1 𝑟 𝑇𝑠1

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Sistemas radiais
Esfera
Supondo ainda que k seja constante, obtém-se

4𝜋𝑘 𝑇𝑠1 − 𝑇𝑠2


𝑞ሶ 𝑟 =
1 1

𝑟1 𝑟2

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Sistemas radiais
Esfera
Aplicando-se o conceito de resistência térmica já abordado
anteriormente, chega-se à:

1 1 1
𝑅𝑡𝑐𝑜𝑛𝑑 = −
4𝜋𝑘 𝑟1 𝑟2

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Sistemas radiais
Esfera
É perfeitamente possível, usar o método padrão para encontrar os
resultados. Será um exercício!
Lembrando que a forma da equação do calor para as condições
apresentadas é:

1 𝑑 2
𝑑𝑇
𝑘𝑟 =0
𝑟 2 𝑑𝑟 𝑑𝑟

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Exercício
Exemplo 2: Um recipiente esférico metálico com parede delgada é
usado para armazenar nitrogênio líquido a 77 K. O recipiente possui
um diâmetro de 0,5 m e é coberto por um isolante térmico refletivo,
composto de pó de sílica com vácuo nos interstícios (k=0,0017
W/mK). O isolante tem espessura de 25 mm e sua superfície externa
está exposta ao ar ambiente a 300K. O coeficiente convectivo é
conhecido e vale 20 W/m2K. O calor latente de vaporização e a massa
específica do nitrogênio líquido são, respectivamente, 2.105 J/kg e 804
kg/m3.
1. Qual é a taxa de transferência de calor para o nitrogênio líquido?
2. Qual é a taxa de perda de líquido por evaporação?

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Exercício
Solução
Dados:
Nitrogênio líquido com hfg=2.105 J/kg e ρ=804 kg/m3 a uma
temperatura Tꝏi=77 K
Recipiente esférico com diâmetro D=0,5 m e espessura desprezível
Coberto com isolante de espessura eiso=25 mm e kiso=0,0017 W/mK
Ar ambiente externo com Tꝏe=300 K e he = 20 W/m2K
Pede-se
1. 𝑞ሶ 𝑟 (para o nitrogênio)
2. 𝑚ሶ (evaporação do nitrogênio)

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Exercício
Solução
Esquema:

Considerações:
1. Condições em estado estacionário
2. Transferência de calor unidimensional na direção radial
3. Resistências térmicas na parede do recipiente e do recipiente para
o nitrogênio desprezíveis
4. Propriedades constantes
5. Desprezar os efeitos de radiação entre o isolante e a vizinhança
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Exercício
Solução
1. O circuito térmico é composto por uma resistência condutiva e
uma convectiva em série

1 1 1 1 1 1
𝑅𝑡𝑐𝑜𝑛𝑑 = − = − = 17,02𝐾/𝑊
4𝜋𝑘𝑖𝑠𝑜 𝑟1 𝑟2 4𝜋0,0017 0,25 0,275
1 1
𝑅𝑡𝑐𝑜𝑛𝑣 = = = 0,05 𝐾/𝑊
ℎ𝑒 4𝜋𝑟22 20.4𝜋0,2752

𝑅𝑡𝑡𝑜𝑡 = 𝑅𝑡𝑐𝑜𝑛𝑑 + 𝑅𝑡𝑐𝑜𝑛𝑣 = 17,02 + 0,05 = 17,07 𝐾/𝑊

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Exercício
Solução
Logo, o calor recebido pelo nitrogênio é:

𝑇∞𝑒 − 𝑇∞𝑖 300 − 77


𝑞ሶ 𝑟 = = = 13,06 𝑊
𝑅𝑡𝑡𝑜𝑡 17,07

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Exercício
Solução
2. Realizando um balanço energético em uma superfície de controle
ao redor do nitrogênio, tem-se:
𝐸ሶ 𝑒𝑛𝑡 − 𝐸ሶ 𝑠𝑎𝑖 = 0

O fluxo de energia que entra é o calor calculado no item 1. E o fluxo


de energia que sai é a perda devido à ebulição do nitrogênio
calculada como: 𝑞ሶ 𝐿 = 𝑚ℎ
ሶ 𝑓𝑔 ,portanto:
𝑞ሶ 𝑟 − 𝑞ሶ 𝐿 = 0 → 13,06 = 𝑚. ሶ 2. 105
13,06 −5 𝐾𝑔
𝑚ሶ = = 6,53. 10 𝑜𝑢
2. 105 𝑠
𝑚ሶ 6,53. 10−5 ሶ 𝑚3 𝑚3 𝐿
∀= = = 8,12. 10 −8 = 0,007 =7
𝜌 804 𝑠 𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑖𝑎

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Condução com geração de energia interna


Neste tipo de situação é necessário determinar a distribuição de
temperaturas no meio considerando, não apenas os efeitos de
fronteira, mas também de processos que podem ocorrer no interior
do meio como, por exemplo, a geração de energia térmica devido à
conversão de uma outra forma de energia.

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Condução com geração de energia interna

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Condução com geração de energia interna


Um processo comum de geração de energia é o efeito Joule
provocado pela condução de energia elétrica em um meio condutor. A
taxa de geração de energia elétrica em função de uma resistência
elétrica é:

𝐸ሶ 𝑠 = 𝐼 2 𝑅𝑒
Se a geração for uniforme em todo
o volume V do meio, a taxa volumétrica
de geração é, então:
𝐸ሶ 𝑠 𝐼 2 𝑅𝑒
q′′′ = =
𝑉 𝑉
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Bacharelado em Engenharia Mecânica
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Condução com geração de energia interna


A geração também pode ocorrer:
• desaceleração e absorção de nêutrons no elemento combustível de
um reator nuclear
• reações químicas exotérmicas que ocorre no meio.
• reações endotérmicas que convertem energia térmica em energia
de ligações químicas (um sumidouro de energia térmica).
• conversão de energia eletromagnética em energia térmica devido à
absorção de radiação no interior do meio.

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Para equacionar o fenômeno de transferência de calor, toma-se uma
parede plana que possui uma geração de energia por unidade de
volume constante e cujas temperaturas das superfícies são mantidas
constantes a Ts1 e Ts2.

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Se a condutividade térmica do material da parede for constante, a
forma apropriada da equação do calor é:

𝑑 2 𝑇 𝑞′′′
2 + =0
𝑑𝑥 𝑘

Realizando a integração duas vezes,


obtém-se a solução geral:

𝑞′′′ 2
𝑇 𝑥 =− 𝑥 + 𝐶1 𝑥 + 𝐶2
2𝑘

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Em que C1 e C2 são constantes de integração. Para as condições de
contorno apresentadas:

𝑇 −𝐿 = 𝑇𝑠1 𝑒 𝑇 𝐿 = 𝑇𝑠2

Pode-se encontrar as constantes de


integração que têm a seguinte forma:

𝑇𝑠2 − 𝑇𝑠1 𝑞′′′ 2 𝑇𝑠1 + 𝑇𝑠2


𝐶1 = 𝑒 𝐶2 = 𝐿 +
2𝐿 2𝑘 2

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Finalmente a distribuição de temperaturas no meio é:

𝑞′′′𝐿2 𝑥2 𝑇𝑠2 − 𝑇𝑠1 𝑥 𝑇𝑠1 + 𝑇𝑠2


𝑇 𝑥 = 1− 2 + +
2𝑘 𝐿 2 𝐿 2

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O fluxo térmico em qualquer ponto da parede pode ser obtido pela
aplicação da lei de Fourier utilizando a equação anterior. É importante
salientar que, com geração de calor interno, o fluxo térmico não é
mais independente de x.

Se as superfícies forem mantidas a uma mesma temperatura, Ts1 = Ts2


= Ts, a distribuição de temperaturas é simétrica em relação ao plano
central e a equação é simplificada para:

𝑞′′′𝐿2 𝑥2
𝑇 𝑥 = 1 − 2 + 𝑇𝑠
2𝑘 𝐿

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E, para este caso, a máxima temperatura ocorre no plano central da
parede, ou seja:

𝑞′′′𝐿2
𝑇 0 = 𝑇0 = + 𝑇𝑠
2𝑘

E a distribuição de temperaturas pode ser expressa como:

𝑇 𝑥 − 𝑇0 𝑥 2
= 2
𝑇𝑠 − 𝑇0 𝐿

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Percebe-se que, na figura (b) o gradiente de temperatura (dT/dx) = 0
(é nulo) e, portanto, não há transferência de calor cruzando esse
plano e ele pode ser representado pela superfície adiabática
mostrada na figura (c).

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Este fato implica em que se pode aplicar a equação simplificada da
distribuição de temperatura definida anteriormente para uma parede
plana que tem uma de suas superfícies perfeitamente isolada (em
x=0) enquanto a outra superfície é mantida a uma temperatura Ts fixa
(em x=L).

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Se as condições de contorno implicarem em fluidos adjacentes às
superfícies e as temperaturas conhecidas são Tꝏ e não Ts. Novamente
é possível obter as equações aplicando-se o balanço de energia na
superfície.

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Considere a superfície em x=L para a parede plana simétrica (figura
(b)) ou a parede plana perfeitamente isolada (figura (c)).
Desprezando-se a radiação e substituindo as equações apropriadas
para as taxas, o balanço de energia é:
𝑑𝑇
−𝑘 ቟ = ℎ 𝑇𝑠 − 𝑇∞
𝑑𝑥 𝑥=𝐿
Como:

𝑞′′′𝐿2 𝑥2 𝑑𝑇 𝑞′′′𝑥
𝑇 𝑥 = 1 − 2 + 𝑇𝑠 → =−
2𝑘 𝐿 𝑑𝑥 𝑘

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Substituindo-se para x=L, tem-se:

𝑞′′′𝐿
𝑇𝑠 = 𝑇∞ +

Esta equação também pode ser obtida pelo balanço de energia global
da parede. Como exemplo, toma-se a parede da figura (c) com uma
superfície de controle em torno da parede. A taxa na qual a energia é
gerada no interior da parede deve ser equilibrada pela taxa na qual a
energia sai, por convecção, pela fronteira:
𝐸ሶ𝑔 = 𝐸ሶ 𝑠𝑎𝑖

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Que, para uma unidade de área da superfície:

𝑞′′′𝐿 = ℎ 𝑇𝑠 − 𝑇∞

Obtendo da mesma forma a equação para a temperatura da


superfície.
Assim, por meio desta equação pode-se calcular a temperatura na
superfície e aplicar a equação da distribuição de temperatura
conforme deduzido.

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Se for feita uma substituição da equação de Ts na equação da
distribuição de temperaturas, pode-se ter uma equação da
distribuição sem necessitar conhecer Ts. Este processo também
poderia ser alcançado avaliando as constantes de integração impondo
as condições de contorno de terceira espécie para x=L

𝑑𝑇
−𝑘 ቟ = ℎ 𝑇𝑠 − 𝑇∞
𝑑𝑥 𝑥=𝐿

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OBRIGADO!

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