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Objetivos
• Exercícios com geração de calor interna
Exercício
Exemplo: Uma parede plana é composta por duas camadas de
materiais (A e B). Na parede de material A há geração de calor
uniforme q′′′ = 1,5. 106 𝑊/𝑚3 , 𝑘𝐴 = 75 𝑊/𝑚𝐾 e a espessura é LA =
50 mm. A parede de material B não apresenta geração de calor, 𝑘𝐵 =
150 𝑊/𝑚𝐾 e a espessura é LB = 20 mm. A superfície interna do
material A está perfeitamente isolada, enquanto a superfície externa
do material B é resfriada por uma corrente de água com Tꝏ = 30 °C e
h = 1000 W/m2K.
1. Esboce a distribuição de temperaturas que existe na parede
composta em condições de regime estacionário.
2. Determine a temperatura T0 da superfície isolada e a temperatura
T2 da superfície resfriada.
Exercício
Solução
Dados:
Parede plana com dois materiais.
Material A:
Geração interna de calor q′′′ = 1,5. 106 𝑊/𝑚3 , 𝑘𝐴 = 75 𝑊/𝑚𝐾 e LA = 50
mm, isolada em um dos lados
Material B:
Encostada do lado esquerdo em A, sem geração de calor, 𝑘𝐵 = 150 𝑊/𝑚𝐾
e a espessura é LB = 20 mm e é resfriada por água no lado direito
Água em contato com B, Tꝏ = 30 °C e h = 1000 W/m2K.
Pede-se
1. Esboço da distribuição de temperaturas em regime estacionário
2. As temperaturas T0 e T2.
Exercício
Solução
Esquema:
Considerações:
1. Condições em estado estacionário
2. Transferência de calor unidimensional na direção x
3. Resistência térmica de contato entre as paredes desprezível
4. Superfície interna de A adiabática
5. Propriedades constantes dos materiais A e B
Exercício
Solução
1. Analisando as condições físicas especificadas, é possível determinar que
a distribuição de temperaturas na parede composta possui as seguintes
características:
a) Parabólica no material A
b) Inclinação nula no contorno isolado
c) Linear no material B
d) Mudança de inclinação = kB/kA = 2 na interface
A distribuição de temperatura na água é caracterizada por
e) Grande gradiente próximo à superfície
Exercício
Solução
Exercício
Solução
2. A temperatura da superfície externa T2 pode ser obtida por meio
do balanço energético em um volume de controle ao redor do
material B. Como não há geração de energia térmica nesse
material, tem-se que, em condições de regime estacionário e para
um área superficial unitária, o fluxo térmico que entra em x = LA
deve ser igual ao fluxo térmico que sai, por convecção em x = LA +
LB. Portanto:
𝑞" = ℎ 𝑇2 − 𝑇∞
Exercício
Solução
O fluxo térmico q” pode ser determinado pela execução de um
segundo balanço de energia em um volume de controle envolvendo o
material A. Em particular, uma vez que a superfície x = 0 é adiabática,
não há entrada de energia e a taxa na qual a energia é gerada deve
ser igual à taxa que deixa o material. Desta forma, para uma área
superficial unitária:
𝑞′′′𝐿𝐴 = 𝑞"
Exercício
Solução
Igualando as duas equações, a temperatura da superfície externa é:
𝑞′′′𝐿𝐴
𝑇2 = 𝑇∞ +
ℎ
1,5. 106 . 0,05
𝑇2 = 30 + = 105 °𝐶
1000
𝑞′′′𝐿2
𝑇0 = + 𝑇1
2𝑘
Exercício
Solução
T1 pode ser obtida a partir do seguinte circuito térmico:
𝐿𝐵 1
𝑅"𝑐𝑜𝑛𝑑,𝐵 = 𝑒 𝑅"𝑐𝑜𝑛𝑣,𝐵 =
𝑘𝐵 ℎ
Exercício
Solução
Assim:
0,02 1
𝑇1 = 30 + + 1,5. 106 . 0,05
150 1000
𝑇1 = 30 + 85 = 115 °𝐶
Exercício
Comentários:
1. O material A, onde há geração de calor, não pode ser
representado por um elemento de circuito térmico.
2. Como a resistência à transferência de calor por convecção é
significativamente maior do que aquela devido à condução no
material B, R”conv/R”cond=7,5, a diferença de temperaturas entre a
superfície e o fluido é muito maior do que a queda de
temperatura ao longo do material B, (T2-Tꝏ)/(T1-T2)=7,5. Esse
resultado é consistente com a distribuição de temperaturas
esboçada na parte 1
Exercício
Comentários:
3. As temperaturas das superfícies e da interface (T0, T1 e T2)
dependem da taxa de geração q′′′, das condutividades térmicas kA
e kB e do coeficiente convectivo h. Cada material terá uma
temperatura operacional máxima permissível, que não deve ser
ultrapassada se a fadiga térmica do sistema deve ser evitada.
Explorando o efeito de um desses parâmetros calculando e
representando graficamente distribuições de temperaturas para
valores de h = 200 e 1000 W/m2k, que podem ser considerados
representativos para um resfriamento com ar e com um líquido,
respectivamente
Exercício
Comentários:
𝑑𝑇 𝑞′′′ 2
𝑟 =− 𝑟 + 𝐶1
𝑑𝑟 2𝑘
𝑞′′′ 2
𝑇 𝑟 =− 𝑟 + 𝐶1 ln 𝑟 + 𝐶2
4𝑘
Para calcular as constantes de integração, utiliza-se as condições de
contorno:
𝑑𝑇
=0 𝑒 𝑇 𝑟0 = 𝑇𝑠
𝑑𝑟 𝑟=𝑜
𝐶1 = 0
𝑞′′′ 2
𝐶2 = 𝑇𝑠 + 𝑟0
4𝑘
𝑞′′′𝑟02 𝑟2
𝑇 𝑟 = 1 − 2 + 𝑇𝑠
4𝑘 𝑟0
𝑞′′′𝑟02 𝑟2
T(𝑟) = 1 − 2 + 𝑇𝑠
4𝑘 𝑟0
𝑞′′′𝑟0
𝑇𝑠 = 𝑇∞ +
2ℎ
Exercício
Exemplo: Considera-se um tubo sólido, isolado no raio externo r2 e resfriado no
raio interno r1, com geração uniforme de calor 𝑞′′′ 𝑊/𝑚3 no interior do sólido.
Pede-se:
1. A solução geral para a distribuição de temperaturas no tubo.
2. Em um aplicação prática, um limite seria fixado para a temperatura máxima
permitida na superfície isolada (r=r2). Especificando esse limite como Ts2, quais
são as condições de contorno apropriadas usadas para determinar as
constantes de integração da solução geral? Determinar essas constantes e a
forma correspondente da distribuição de temperaturas.
3. Determinar a taxa de retirada de calor por unidade de comprimento do tubo.
4. Se o fluido estiver disponível a uma temperatura Tꝏ, obter uma expressão para
o coeficiente de convecção que deveria ser mantido na superfície interna para
permitir a operação nas condições especificadas de Ts2 e 𝑞′′′ .
Exercício
Solução
Dados:
Tubo sólido com geração de calor uniforme isolado externamente e
resfriado internamente.
Pede-se
1. Solução geral para a distribuição de temperaturas T(r)
2. Condições de contorno apropriadas e a forma correspondente da
distribuição de temperaturas
3. Taxa de remoção de calor para uma temperatura máxima
especificada
4. Formulação para o coeficiente de convecção necessário na
superfície interna.
Profº Angelo Reami Filho Condução de calor unidimensional
Bacharelado em Engenharia Mecânica
Transferência de calor e massa – TCAE6
Exercício
Solução
Esquema:
Considerações:
1. Condições em estado estacionário
2. Transferência de calor unidimensional na direção radial
3. Propriedades constantes
4. Geração de calor volumétrica uniforme
5. Superfície externa adiabática
Exercício
Solução
1. Para determinar T(r), a forma apropriada da equação do calor
deve ser resolvida. Para as condições especificadas, essa
expressão se reduz à
1𝑑 𝑑𝑇 𝑞′′′
𝑟 + =0
𝑟 𝑑𝑟 𝑑𝑟 𝑘
Portanto essa solução é válida tanto para tubos quanto para cilindro
sólido.
Profº Angelo Reami Filho Condução de calor unidimensional
Bacharelado em Engenharia Mecânica
Transferência de calor e massa – TCAE6
Exercício
Solução
2. Duas condições de contorno são necessárias para a solução de C1
e C2 e, no problema apresentado é apropriado especificá-las em
termos de r2. Usando o limite de temperatura especificado:
𝑇(𝑟2 ) = 𝑇𝑠2
Aplicando-se a equação de Fourier na superfície externa adiabática:
𝑑𝑇
ቤ =0
𝑑𝑟 𝑟
2
Exercício
Solução
Aplicando essa condição na equação geral:
𝑞′′′ 2
𝑇𝑠2 = − 𝑟 + 𝐶1 ln 𝑟2 + 𝐶2
4𝑘 2
𝑑𝑇 𝑑𝑇 𝑞′′′ 2
Como ቚ = 0e𝑟 = − 𝑟 + 𝐶1 , resulta que:
𝑑𝑟 𝑟2 𝑑𝑟 2𝑘
𝑞′′′ 2
0=− 𝑟 + 𝐶1
2𝑘 2
Exercício
Solução
𝑞′′′ 2
Portanto C1 é: 𝐶1 = 𝑟2
2𝑘
𝑞′′′ 2 𝑞′′′ 2
E C2 é: 𝐶2 = 𝑇𝑠2 + 𝑟 − 𝑟 ln 𝑟2
4𝑘 2 2𝑘 2
𝑞′′′ 2 2
𝑞′′′ 2 𝑟2
T(r) = 𝑇𝑠2 + 𝑟2 − 𝑟 − 𝑟2 ln
4𝑘 2𝑘 𝑟
Exercício
Solução
3. A taxa de remoção de calor pode ser determinada pela obtenção
da taxa condutiva em r1 ou pela avaliação da taxa de geração total
no tubo. Pela lei de Fourier, tem-se:
𝑑𝑇
𝑞ሶ 𝑟 = −2𝑘𝜋𝑟
𝑑𝑟
Como se conhece a distribuição de temperaturas, fazendo-se para r1:
Exercício
Solução
Alternativamente, como o tubo está isolado em r2, a taxa de calor
gerado no tubo deve ser igual à taxa de remoção em r1. Para um
volume de controle ao redor do tubo, a conservação de energia,
impõe que 𝐸ሶ𝑔 − 𝐸ሶ 𝑠𝑎𝑖 = 0, onde
𝐸ሶ𝑔 = 𝑞′′′𝜋 𝑟22 − 𝑟12 𝐿 𝑒 𝐸ሶ 𝑠𝑎𝑖 = 𝑞 ′ 𝑐𝑜𝑛𝑑 𝐿 = −𝑞′𝑟 𝑟1 𝐿
Assim:
Exercício
Solução
4. Usando a exigência da conservação de energia na superfície
interna: 𝑞′𝑐𝑜𝑛𝑑 = 𝑞′𝑐𝑜𝑛𝑣
Ou
𝜋𝑞′′′ 𝑟22 − 𝑟12 = ℎ2𝜋𝑟1 𝑇𝑠1 − 𝑇∞
Exercício
Comentários:
1. Percebe-se que, no item 3, após a aplicação da lei de Fourier o
sinal de q’r(r1) foi determinado como negativo implicando que a
transferência de calor é na direção negativa de r. Porém, ao aplicar
o balanço de energia, reconhece-se que a transferência foi para
fora da parede. Assim foram representados 𝑞′𝑐𝑜𝑛𝑑 = −𝑞′ 𝑟 𝑟1 e
𝑞′ 𝑐𝑜𝑛𝑣 = ℎ2𝜋𝑟1 𝑇𝑠1 − 𝑇∞ e não h2𝜋𝑟1 𝑇∞ − 𝑇𝑠1
Exercício
Comentários:
2. Resultados da análise anterior podem ser usados para determinar
o coeficiente convectivo necessário para manter a temperatura
máxima no tubo Ts2, abaixo de um valor especificado.
Considerando um tubo com condutividade térmica k = 5 W/mK e
raios r1 = 20 mm e r2 = 25 mm, com temperatura máxima
permitida de Ts2 = 350 °C. No tubo há geração a uma taxa de q′′′ =
5. 106 𝑊/𝑚3 e o fluido refrigerante está a uma temperatura de
Tꝏ = 80 °C. Obtendo T(r1) = Ts1 da equação
𝑞′′′ 2 2
𝑞′′′ 2 𝑟2
𝑇 𝑟1 = 𝑇𝑠1 = 𝑇𝑠2 + 𝑟2 − 𝑟 − 𝑟2 ln
4𝑘 2𝑘 𝑟
Exercício
Comentários:
5. 106 5 2
5. 106 5
0,025
𝑇 𝑟1 = 𝑇𝑠1 = 350 + 0,025 − 0,020 − 0,025 ln
4.5 2.5 0,020
𝑇 𝑟1 = 𝑇𝑠1 = 336,51 °𝐶
Calculando h:
𝑞′′′ 𝑟22 − 𝑟12 5. 106 0,0252 − 0,0202
ℎ= = = 109,64 𝑊/𝑚2 𝐾
2𝑟1 𝑇𝑠1 − 𝑇∞ 2.0,020. 336,5 − 80
Exercício
Comentários:
Usando os recursos de programação é possível fazer um estudo de
sensibilidade paramétrica para determinar os efeitos do coeficiente
convectivo e da taxa de geração na temperatura máxima no tubo. A
seguir são representados resultados da temperatura máxima como
uma função de h para três valores de 𝑞′′′:
Alerta
É importante alertar que, quando há efeitos de geração de calor, a
taxa de transferência de calor não é constante e independente da
coordenada espacial. Como consequência, é incorreto usar os
conceitos de resistências condutivas e as equações a elas relacionadas
para a taxa de transferência de calor que foram vistas anteriormente!
OBRIGADO!