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Universidade Lúrio

Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia Mecânica

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA - 2º E 3º ANO

DISCIPLINA : TRANSFERÊNCIA DE CALOR

FUNDAMENTOS DE CONVECÇÃO E TROCADORES DE CALOR

Docente: Engº Nelson Inoque Envelope 24/01/2023 1


Fundamentos da Convecção
Mecanismo Físico da Convecção

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Fundamentos da Convecção
Mecanismo Físico da Convecção

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Fundamentos da Convecção
Mecanismo Físico da Convecção

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Fundamentos da Convecção
Número de Nusselt

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Fundamentos da Convecção
Número de Nusselt

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Fundamentos
Condução da Convecção
de Calor Permanente
Escoamento Uni, Bi e Tridimensional

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Fundamentos da Convecção
Camada Limite Hidrodinâmica

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Fundamentos da Convecção
Tensão de Cisalhamento e força de Atrito

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Fundamentos da Convecção
Camada Limite Térmica

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Fundamentos da Convecção
Convecção Forçada – Arrastro e TransCal em escoamento externo

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Trocadores de Calor
Tipos

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Fundamentos da Convecção
Trocadores de Calor

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Trocadores de Calor
Tipos

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Trocadores de Calor
Casco e tubo

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Trocadores de Calor
Um passe e múltiplos passes

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Trocadores de Calor
Coeficiente Global de Transferência de Calor

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Trocadores de Calor
Coeficiente Global de Transferência de Calor

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Trocadores de Calor
Coeficiente Global de Transferência de Calor

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Trocadores de Calor
Coeficiente Global de Transferência de Calor

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Trocadores de Calor
Coeficiente Global de Transferência de Calor

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Trocadores de Calor
Coeficiente Global de Transferência de Calor

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Trocadores de Calor
Coeficiente Global de Transferência de Calor

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Trocadores de Calor
Análise de trocadores de Calor - Projecto

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Trocadores de Calor
Análise de trocadores de Calor - Projecto

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Trocadores de Calor
Análise de trocadores de Calor - Projecto

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Trocadores de Calor
Análise de trocadores
O Trocador de Calor dede Calor - Projecto
Correntes Paralelas

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Trocadores de Calor
Análise de trocadores de Calor - Projecto

Para a configuração acima considerar que: 1. U é constante ao longo de todo o


trocador. 2. O sistema é adiabático ocorrendo troca de calor somente entre os
dois fluidos. 3. As temperaturas de ambos os fluidos são constantes numa dada
seção transversal e podem ser representadas pela temperatura de mistura. 4. Os
calores específicos dos fluidos são constantes. Com base nestas hipóteses, a
troca de calor entre os fluidos quente (q) e frio (f) para uma espessura
infinitesimal dx é:

onde dA é a área elementar de troca de calor. O fluxo de energia recebida pelo


fluido frio é igual à fornecida pelo fluido quente, isto é,

onde m é o fluxo mássico e c é o calor específico. Da equação anterior resulta:

Substituindo dq da equação de transferência de calor, resulta:

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Trocadores de Calor
Análise de trocadores de Calor - Projecto

Cuja integração é igual a

Substituindo-se estas expressões na equação anterior:

Comparando-se este resultado com a primeira equação, nota-se que “diferença


média efetiva ou representativa das temperaturas” detT , procurada é dada por:

Esta diferença média efetiva ou representativa de temperatura é chamada de


diferença média logarítmica de temperatura (DMLT).
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Trocadores de Calor
O TROCADOR DE CALOR EM CONTRA-CORRENTE

As distribuições de temperaturas nos fluidos quente e frio associadas a um trocador


de calor com escoamento em contracorrente estão mostradas na figura abaixo.
Note que a temperatura de saída de fluido frio (Tfs) pode ser maior que a
temperatura de saída de fluido quente (Tqs).

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Trocadores de Calor
O TROCADOR DE CALOR EM CONTRA-CORRENTE

De forma similar que para o caso de correntes paralelas pode-se demonstrar o


DMLT para o caso contra-corrente que a taxa de transferência por conservação
de energia infinitesimal e convectivo são respectivamente:

Subtraindo o segundo e terceiro termos da equação de conservação infinitesimal


e substituindo a segunda equação juntamente com a equação de conservação,
tem-se

Substituindo a equação anterior em termos das seções 1 e 2 do gráfico acima:

Integrando a equação acima, obtém-se:

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Trocadores de Calor
O TROCADOR DE CALOR EM CONTRA-CORRENTE

Para as mesmas temperaturas de entrada e saída, a DMLT em contra-corrente é maior


que para corrente paralela, dessa forma, admitindo o mesmo U, a área necessária
para uma determinada taxa de transferência de calor é menor para um trocador em
contracorrente.
Exercicio
Um trocador de calor de tubos concêntricos com configuração em contracorrente é
utilizado para resfriar o óleo lubrificante do motor de uma grande turbina a gás
industrial. A vazão da água de resfriamento do tubo interno (Di = 25 mm) é de 0,2
kg/s, enquanto a vazão do óleo através da região anular (De = 45 mm) é de 0,1 kg/s.
O óleo e a água entram às temperaturas de 100 °C e 30 °C, respectivamente. O
coeficiente de transferência de calor por convecção na região anular (do óleo) é de
38,4 W/m²K. Qual deve ser o comprimento do trocador se a temperatura de saída do
óleo deve ser de 60°C?
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Trocadores de Calor
Método do Factor de Correção - F

Para trocadores de calor mais complexos, como os multitubulares, diversos passes na


carcaça ou correntes cruzadas, a determinação da diferença média efetiva de
temperatura é tão difícil que o procedimento usual é modificar a equação acima
através de um fator de correção F, resultando em:

onde, DMLT é aquela para um trocador de calor de tubo duplo em contracorrente


com as mesmas temperaturas de entrada e saída da configuração mais complicada.
As figuras a seguir fornecem os fatores de correção para diversas configurações.
Nestas figuras, a notação (T, t) representa as temperaturas das duas correntes de
fluido, pois não importa se o fluido quente escoa nos tubos ou na carcaça.
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Trocadores de Calor
Método do Factor de Correção - F

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Trocadores de Calor
Método do Factor de Correção - F

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Trocadores de Calor
Método do Factor de Correção - F

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Trocadores de Calor
Método do Factor de Correção - F

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Trocadores de Calor
Método do Factor de Correção - F

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Trocadores de Calor
Trocadores de Calor – Método da Efetividade - NUT

O método estudado de cálculo térmico de trocadores de calor estudado na aula


anterior, DMLT, é útil quando as temperaturas de entrada e saída dos fluidos frio e
quente são conhecidas. Porém, se mais de uma das temperaturas de entrada ou
saída do trocador de calor forem desconhecidas, o método DMLT é trabalhoso,
necessitando de um método iterativo do tipo tentativa e erro até a convergência
final. Nesta aula, vamos ver um segundo método que dispensa o conhecimento de
todas aquelas temperaturas. Trata-se do método da efetividade (e) e do número de
unidades de transferência (NUT). Para isso, considere a seguinte definição de
efetividade. :

Sendo que a máxima troca de calor possível é aquela que resultaria se um dos
fluidos sofresse uma variação de temperatura igual à máxima diferença de
temperaturas possível, o que ocorre com a temperatura de entrada do fluido quente
(Tq) menos a temperatura de entrada do fluido frio (Tf). Este método emprega a
efetividade para eliminar a temperatura de saída desconhecida e fornece a solução
para a efetividade em termos de outros parâmetros conhecidos ( m , c, A e U). Seja
a capacidade definida como C =cm . Então, pela 1a Lei da Termodinâmica, temse:
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Trocadores de Calor
Trocadores de Calor – Método da Efetividade - NUT

O que indica que o fluxo de calor cedido pelo fluido quente é aquele recebido pelo
fluido frio. A máxima troca de calor ocorre quando o fluido de menor C sofrer a
maior variação de temperatura possível, isto é,

Esta troca de calor seria conseguida num trocador de calor de contracorrente de


área infinita. Combinando as equações acima, obtém-se:

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Trocadores de Calor
Trocador de Calor de Correntes Paralelas
Considere o trocador de calor simples de correntes paralelas como aquele da
figura abaixo:

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Trocadores de Calor
Trocador de Calor de Correntes Paralelas
As seguintes hipóteses simplificadoras são válidas: 1. O coeficiente global de transf.
de calor U é constante ao longo de todo o trocador. 2. O sistema é adiabático; ocorre
transferência de calor somente entre os dois fluidos. 3. As temperaturas de ambos os
fluidos são uniformes numa dada seção transversal e podem ser representadas pela
temperatura de mistura. 4. Os calores específicos dos fluidos são constantes. Note
que são as mesmas hipóteses adoptadas para o cálculo de DMLT. Combinando as
equações acima, são obtidas as duas expressões para a efetividade:

Como o valor mínimo de C pode ocorrer tanto para o fluido quente quanto para o
fluido frio, existem dois valores possíveis para a efetividade:

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Trocadores de Calor
Trocador de Calor de Correntes Paralelas

Os índices de 𝜀 indicam qual fluido tem o valor mínimo de C. Para um TC muito


grande ( A → ∞)

Retomando a equação da DMLT, esta pode ser escrita em função de C da


seguinte maneira:

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Trocadores de Calor
Trocador de Calor de Correntes Paralelas

Se considerado que o fluido quente tem o


valor mínimo de C, a partir da equação da
efetividade, obtém-se:

Se o fluido frio tem o valor mínimo de C:

Denomina-se Número de Unidades de Transferência (NUT) ao agrupamento:

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Trocadores de Calor
Trocador de Calor de Correntes Paralelas

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Trocadores de Calor
Expressoes para efetividade

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Trocadores de Calor
Expressoes para efetividade

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Trocadores de Calor
Graficos para efetividade

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Trocadores de Calor
Graficos para efetividade

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Trocadores de Calor
Graficos para efetividade

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Trocadores de Calor
Exercicio

Exemplo Uma fluxo de água de 0,75 kg/s entra num TC de tubo duplo, em
contra-corrente, a temperatura de 38 °C. A água é aquecida por um fluxo de
óleo de 1,51 kg/s (cp=1,88 kJ/kgK) que entra no TC a 116 °C. Para uma área de
13 m² e U=340 W/m²K determinar o fluxo de calor total transferido.

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Trocadores de Calor
Exercicio

FIM
BONS ESTUDOS

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