O documento analisa as práticas de avaliação de empresas no Brasil com base em laudos de avaliação disponíveis na CVM entre 2004-2015. Os resultados mostraram que os laudos preferiram projeções em moeda nacional e constante, sem considerar inflação, e prazos de projeção entre 5-10 anos. As taxas de crescimento apresentaram grande variação, indicando dificuldade em prever o desempenho futuro das empresas. O estudo revela que as práticas nos laudos nem sempre seguem estritamente a teoria de finan
O documento analisa as práticas de avaliação de empresas no Brasil com base em laudos de avaliação disponíveis na CVM entre 2004-2015. Os resultados mostraram que os laudos preferiram projeções em moeda nacional e constante, sem considerar inflação, e prazos de projeção entre 5-10 anos. As taxas de crescimento apresentaram grande variação, indicando dificuldade em prever o desempenho futuro das empresas. O estudo revela que as práticas nos laudos nem sempre seguem estritamente a teoria de finan
O documento analisa as práticas de avaliação de empresas no Brasil com base em laudos de avaliação disponíveis na CVM entre 2004-2015. Os resultados mostraram que os laudos preferiram projeções em moeda nacional e constante, sem considerar inflação, e prazos de projeção entre 5-10 anos. As taxas de crescimento apresentaram grande variação, indicando dificuldade em prever o desempenho futuro das empresas. O estudo revela que as práticas nos laudos nem sempre seguem estritamente a teoria de finan
O artigo aborda a avaliação de empresas no Brasil e analisa as práticas
adotadas nos laudos de avaliação em comparação com a teoria de finanças. A pesquisa foi realizada com base em laudos de avaliação de Ofertas Públicas de Ações (OPAs) disponíveis na CVM no período de 2004 a 2015.
A avaliação econômica de uma empresa é uma peça fundamental para a
execução de suas estratégias financeiras e gestão. Ela é formulada com base em expectativas futuras de resultados operacionais da empresa, e as premissas utilizadas para essas projeções devem buscar respaldo na teoria de finanças.
Os resultados da pesquisa mostraram que a maioria dos laudos de avaliação
preferiu utilizar projeções em moeda nacional e constante, ou seja, sem considerar a inflação. Essa escolha pode ser atribuída à dificuldade de prever a inflação e à preferência por uma abordagem mais conservadora. Os prazos de projeção variaram entre 5 e 10 anos para o período explícito, o que indica uma visão de longo prazo na avaliação das empresas.
No entanto, as taxas de crescimento, tanto nominais quanto reais,
apresentaram grandes oscilações ao longo dos anos e entre os setores analisados. Isso indica a dificuldade de prever o desempenho futuro das empresas e a influência de fatores externos, como crises econômicas e instabilidades do mercado.
As variáveis macroeconômicas PIB e inflação foram as mais difíceis de serem
previstas e mostraram-se não homogêneas no período analisado. Isso pode ser atribuído à complexidade dessas variáveis e à influência de fatores externos, como políticas governamentais e eventos econômicos globais.
No que diz respeito às premissas de obtenção do custo de capital próprio e
custo de capital total, os laudos de avaliação mostraram-se alinhados com a teoria de finanças. A metodologia utilizada para estimar o custo de capital próprio foi o modelo CAPM, que considera o risco sistemático da empresa. No entanto, os laudos foram conservadores na estimação dos betas, preferindo a metodologia de realavancamento do beta médio de empresas comparáveis no mercado.
Em resumo, o estudo revelou que as práticas adotadas nos laudos de
avaliação de empresas no Brasil nem sempre seguem estritamente a teoria de finanças. Embora algumas premissas estejam alinhadas com a teoria, outras apresentam divergências significativas. Essas divergências podem ser atribuídas à dificuldade de prever o desempenho futuro das empresas e às incertezas do ambiente econômico. O estudo contribui para a divulgação das premissas utilizadas nos laudos de avaliação e mostra a importância de uma análise crítica dessas premissas para garantir avaliações mais precisas e confiáveis.
9687 - Avaliacao Comparativa Do Modelo Dinamico Versus Modelo Tradicional Na Analise Das Demonstracoes Financeiras - Um Estudo Aplicado Na Kroton Educacional S.A