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CASOS EMPRESARIAIS
ESCOLA DO DESIGN
Don Fontino
Mais de meio século depois de sua chegada, o velho Fontino está bastante preocupado
com as perspectivas de seu restaurante. Dois de seus filhos não quiseram cursar uma
faculdade, e dependem da cantina Don Fontino para criar os netos do septuagenário
Vincenzo. Depois do expediente do almoço de mais um dia demasiadamente calmo, o
patriarca está avaliando o lento crescimento do restaurante, pensando sobre o futuro
e imaginando se deve mudar uma fórmula que deu certo durante mais de quarenta
anos: nas suas próprias palavras, "oferecer a inigualável comida tradicional italiana, a
um preço justo, para todos os meus clientes e amigos".
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A cantina Don Fontino tem história. O restaurante italiano é relativamente grande e
está localizado na área residencial de um subúrbio de classe média, em importante
rota de tráfego rodoviário. Vincenzo acredita que seus planos para a abertura do
negócio foram bem estruturados. Mesmo há cinqüenta anos, a região prometia bons
negócios e, de fato, há cerca de quinze anos, até mesmo um shopping center – com
uma enorme praça de alimentação – foi construído a duas quadras da cantina.
Quando Vincenzo Fontino estava preparado para iniciar seu negócio, analisou diversos
locais possíveis. Em suas próprias palavras:
"Procurei vários pontos, mas aqui,
particularmente, percebi o grande tráfego
logo de início. Aqui é um entroncamento
rodoviário para o qual convergem as
principais rotas estaduais. Assim, ficou
óbvio que este seria o local". Após decidir
sobre a localização, Vincenzo assinou um
contrato de locação e começou a preencher
o espaço vazio da loja no prédio recém-
construído. Em pouco tempo, o restaurante
estava faturando até $ 40 mil por mês.
Desde então, a cada cinco anos a cantina Don Fontino passa por uma reforma
completa. Há três anos, exatamente quando parece ter começado a interminável crise,
Vincenzo reassentou o piso do restaurante, revestiu as paredes com lambris, reparou
as instalações elétricas e hidráulicas, construiu um banheiro extra e renovou o
equipamento de cozinha. Tudo isso custou $ 37 mil, pagos ao longo dos seis meses
seguintes. No ano seguinte, pela primeira vez desde os anos 1950, Vincenzo foi
persuadido investir $ 3.625 para anunciar a cantina Don Fontino no suplemento de
bairros de um jornal com boa circulação. O suplemento é distribuído em uma área que
compreende sete bairros, de modo que o dinheiro pagou apenas três anúncios de um
quarto de página, em duas cores.
No final daquele ano, o negócio ainda não havia melhorado e Vincenzo gastou $ 1.600
de sua reserva de caixa para fazer propaganda no rádio: 10 spots no horário avançado
da noite em um programa de notícias de uma estação com audiência média. Também
gastou mais $ 1.350 em alguns anúncios de uma revista de circulação local.
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Um cliente costumeiro da cantina, que durante os anos 1980 e 1990 almoçava ali pelo
menos três vezes por semana, e que agora aparece apenas eventualmente, deu
algumas pistas do que poderia estar causando a queda no faturamento: "A comida
continua excelente, mas tenho tido preguiça de vir até aqui se posso encomendar
qualquer coisa pelo telefone. Existe ainda esse shopping novo, que oferece várias
opções no mesmo lugar em que faço minhas compras.
Às vezes minha secretária reserva uma mesa no mesmo
restaurante em que almoça meu corretor. Então posso
comer rápido e falar de negócios, sem perder tempo".
Questões
1. Discuta criticamente a missão declarada por Vincenzo Fontino para sua cantina.
2. Conduza uma análise SWOT para a cantina Don Fontino.
3. Sugira um curso de ação estratégica para a cantina, buscando uma adequação
entre suas capacidades internas e as possibilidades externas.
ESCOLA DE PLANEJAMENTO
Sorocred
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trilhões por ano mundo afora) a entrar na dança das vendas em várias vezes no cartão
– sem acréscimo, nem carnê, nem cheques pré.
No entanto, se pobre não pagasse, a Sorocred não teria 2 milhões de cartões que
neste ano pendurarão R$ 500 milhões em 35 mil casas de 600 cidades paulistas e de
estados com filiais de Casas Bahia, Droga Raia, Extra, Barateiro, Insinuante... Se
pobre fosse mau pagador, a Sorocred não daria 300 empregos diretos e nem sonharia
em se derramar por 11 novas capitais, dentre as quais Belo Horizonte, Rio de Janeiro,
Curitiba e Porto Alegre.
Para obter o cartão na Sorocred, basta ter endereço, nome limpo e pagar R$ 10 (ou
esperar as promoções e não pagar nada). O limite do crédito é o ganho mensal
declarado. Em mês de cartão utilizado, a fatura vem acrescida de R$ 8,99 (ou R$
107,88 para quem usa todo mês, o dobro da taxa nos bancos de cartões com
bandeira). Quem não consegue quitar pode dividir o saldo em três vezes com juros de
9,9% ao mês. Esta é uma das fontes de receita da Sorocred, além da taxa de retenção
(o desconto dado pela loja) que varia de 3% a 8%. A outra é a do parcelamento "sem
juros no cartão". O dinheiro pego no banco a 4% ao mês é repassado a 8% para cobrir
risco e custo operacional.
Por meio dessas operações, sobra lucro suficiente na Sorocred para dobrar a cada dois
ou três anos o número de cartões ativos e as vendas bancadas por eles. A fórmula
simples torna a Sorocred abusada, a ponto de invadir Minas Gerais, onde prosperam
José Francisco Gomes da Silva e a Excard.
A Policard, criada em Uberlândia em 1995, além desses tem uma dezena de outros
cartões, dos de débito e crédito aos pré-pagos, de desconto ou de fidelidade. Seu
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presidente, Humberto Pereira Carneiro, orgulha-se de já ter emitido mais de um
milhão de cartões, que compram mais de R$ 20 milhões por mês em 20 mil
estabelecimentos de 520 cidades de 16 estados. A Policard mantém contratos de
cartão de adiantamento salarial com 3500 empresas, entre elas Ambev, Alpargatas,
Cargil, Mabel e Coteminas. Outro plástico da Policard é o "primeiro cartão de
alimentação que substitui a cesta básica": em vez de a prefeitura licitar na cidade
grande, o prefeito dá o cartão e o beneficiado compra onde quiser.
Questões
ESCOLA DE POSICIONAMENTO
Danone
Com essa receita, a multinacional francesa – que atua no Brasil com as marcas
Danone e Paulista – pretende em um curto espaço de tempo consolidar a retirada de
30 produtos do mercado e promover o lançamento de outros 25. Na prática, esse
movimento significará um enxugamento de 5% em seu portfólio de unidades
estratégicas de negócios (UENs), as quais passariam a somar 90 itens. "Estamos mais
seletivos nos lançamentos. E também decidimos descontinuar os itens de baixa
lucratividade", argumenta Gioji Okuhara, diretor-geral de produtos frescos da Danone
no país.
Deixarão as gôndolas dos supermercados, por exemplo, o iogurte com mel da marca
Paulista e o Danone Batido. Este último faz parte da linha de iogurtes líquidos
familiares, cujas vendas vêm despencando. A participação de mercado da empresa na
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categoria caiu de 14,7% no bimestre abril/maio de 2002 para 10,6% no mesmo
período de 2003, conforme a ACNielsen. "Nesse mercado, o nome do jogo é preço e
distribuição regional", revela Okuhara. Por essa mesma razão,
a Danone pretende seguir atuando com a marca Agite,
comercializada a preços 20% inferiores aos da linha Danone
Batido. Ainda assim, a equipe de Gioji Okuhara decidiu
substituir as embalagens cartonadas por garrafas plásticas, de
forma a acrescentar valor para a produção e para o cliente.
O diretor Gioji Okuhara está otimista: "Com essas mudanças, buscamos manter a
rentabilidade". Nos últimos 12 meses, os preços do leite in natura subiram em média
35% no país, e as embalagens aumentaram quase 50%. Os reajustes da Danone não
ultrapassaram os 15%. Para completar sua receita, a Danone investiu em marketing,
que em 2003 recebeu investimentos de R$ 40 milhões, contra R$ 28 milhões no ano
anterior.
Questões
1. Por meio da matriz de crescimento produto/mercado do Boston Consulting Group,
avalie a(s) estratégia(s) adotada(s) pela Danone com relação a suas UENs.
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2. Como você elaboraria uma nova matriz para responder às oportunidades e às
ameaças do ambiente de mercado em que está inserida a Danone?
Vinhos brasileiros
De acordo com o parecer da Casa Chandon, que produz espumantes na serra gaúcha
desde 1973, o Brasil vem se consolidando nos últimos anos como a terra do
espumante na América Latina. Na opinião de Laurent Boidevezi, diretor-geral da marca
no Brasil, a qualidade dos espumantes nacionais equivale à dos produzidos na França
e na Itália. O desafio agora é fazer do vinho brasileiro um produto de qualidade
internacional e, possivelmente, num segundo momento, rumar para o exterior.
O consumo anual por pessoa ainda é pequeno no Brasil, e não passa de 1,8 litro.
Ações integradas de promoção estão sendo conduzidas para aumentar as vendas e
derrubar o mito de que o vinho brasileiro não possui qualidade. A invasão de vinhos
estrangeiros, de acordo com Paviani, ao mesmo tempo em que atrapalha, torna-se um
estímulo para que os produtores invistam mais: "Nosso trabalho é posicionar o vinho
dentro de um nicho, associado a um bom prato e também à saúde".
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obtendo demanda também por mulheres e pessoas mais jovens, segmentos de
mercado antes pouco afeitos ao produto. Começam também a crescer as instituições
de ensino voltadas para a formação de enólogos. O Cefet em Bento Gonçalves (RS)
oferece cursos técnicos, e há turmas de graduação e pós-graduação em universidades
no Sul do Brasil.
A rede Pão de Açúcar conta com a orientação de Carlos Cabral, enófilo e fundador da
Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho. Cabral reporta que os vinhos nacionais
respondem atualmente por 70% das vendas da bebida, embora representem apenas
30% da oferta. Devido à procura, em breve o Pão de Açúcar planeja abrir uma seção
dedicada exclusivamente aos vinhos nacionais.
Questões
1. Tomando por base o modelo de Porter para análise competitiva, examine as cinco
forças no ambiente das organizações que atuam na indústria de vinhos no Brasil.
2. Como os produtores brasileiros estão lidando com as barreiras à entrada no setor?
3. Qual(is) das estratégias competitivas genéricas de Porter parece(m) vir sendo
seguida(s) predominantemente pelos produtores brasileiros de vinhos?
4. Que estratégia competitiva seria a mais adequada para um novo entrante no setor?
Defenda seu ponto de vista considerando esse novo entrante uma empresa familiar de
porte pequeno.
RIBEIRO, E.; FRANÇA, M. Em busca de mais espaço nas taças do país. In: O GLOBO,
24 de outubro 2004. p. 38.
Caso preparado por José Luis F. S. Carvalho.
TransBurti
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precisamente no mercado de preparação de fotolitos, que são os negativos
fotográficos usados no processo de impressão industrial de imagens. Seus principais
clientes são revistas, jornais e agências de propaganda.
A solução adotada pela Burti para lidar com este problema compreendeu um
investimento da ordem de US$ 4 milhões ao longo de três anos para a implantação de
uma rede privada de transmissão de dados e imagens que liga a Burti por ondas de
rádio às maiores agências de publicidade de São Paulo e também a alguns veículos de
mídia e a empresas jornalísticas.
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Durante o primeiro ano de funcionamento, o sistema estava capacitado para atingir,
além dos dois grandes jornais do estado, treze agências de publicidade, dentre as
quais estavam todos os nomes mais importantes do mercado paulista e brasileiro, tais
como DM9, Talent, McCann-Erickson, Norton, Almap/BBDO, Salles, DMB&B, Fischer &
Justus, além das duas pioneiras, DPZ e W/Brasil. Posteriormente, o plano previa a
operação em outras praças, iniciando pelo Rio de Janeiro (com cerca de 15 agências
clientes da Burti) e Curitiba. Para um futuro mais distante, o projeto poderia ser
expandido até mesmo para o exterior.
Na concepção dos executivos da Burti, ser uma empresa virtual tem algumas
vantagens, tais como o aumento da flexibilidade, a redução dos entraves burocráticos,
a rapidez de resposta ao mercado, a redução de custos e a facilidade de inovação. Os
idealizadores do projeto destacam cinco tópicos principais para evidenciar os ganhos
propiciados pelo sistema TransBurti:
- Custo: redução de custos em virtude do aumento da eficiência operacional
permitida pela eliminação dos motoqueiros, pela racionalização do trabalho e
pela diminuição de desperdícios.
- Qualidade: a maior interação da Burti com seus clientes levou a um aumento
da qualidade do trabalho, uma vez que a empresa pôde dedicar-se a
compreender melhor o negócio de seus clientes.
- Tempo: redução no tempo do ciclo produtivo e no tempo médio de
atendimento do cliente.
- Flexibilidade: melhor habilidade de resposta para alterações durante a
execução do layout dos fotolitos, permitindo mesmo que eventuais ajustes
possam ser feitos diretamente pelos clientes.
- Inovação: a Burti posicionou-se de forma diferenciada à frente de seus
concorrentes ao lançar uma inovação eficiente para melhor atender seus
clientes (troca eletrônica de dados por sinais digitais).
Questões
1. Esboce a cadeia de valor genérico da Burti antes da implementação do sistema
Transburti.
2. Mostre as principais modificações na cadeia de valor depois que a Transburti entrou
em operação.
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3. As alterações na cadeia de valor correspondem a alguma mudança com relação à
escolha da estratégia competitiva genérica que parece vir sendo seguida pela Burti?
ESCOLA EMPREENDEDORA
Gang
Depois de ser eleita por unanimidade a rainha dos bailes funk do Rio de Janeiro, a
Gang – confecção carioca criada há 30 anos pelo paulista Alcyr Amorim – está se
transformando rapidamente numa celebridade fashion internacional. Aos poucos, a
marca vem deixando de lado o estigma de grife restrita às "popozudas" – eternizado
pelo funkeiro Saddam no refrão "calça da Gang toda mulher quer, duzentos reais pra
deixar a bunda em pé" – e há três anos tornou-se artigo de exportação para mais de
20 países, dentre os quais Japão e Israel.
O embrião da Gang foi um pequeno negócio comandado por Alcyr Amorim no início da
década de 1970, em São Paulo: a loja Erótica vendia roupas importadas, inclusive
jeans, mas as dificuldades inerentes a esse tipo de operação acabaram levando o
empresário a produzir sua própria linha. Na época,
uma amiga de Amorim recém-chegada de Saint
Tropez mostrou um jeans mais claro, o délavé, que
não existia no Brasil. Amorim investiu no tecido e
começou a vender com sucesso para grifes cariocas,
tais como Smuggler e Company.
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O grande pulo do gato veio em 1996, quando a Gang desenvolveu um tecido
confortável cuja composição é guardada a sete chaves e é tida como responsável pelo
sucesso entre as adeptas dos bailes funk e das academias de ginástica. Sabe-se que o
tecido da Gang é uma mistura de moletom, jeans e lycra. A preocupação com a
falsificação é grande. As calças levam até 90 dias para ficar prontas, porque são
confeccionadas de modo quase artesanal por 120 pessoas que trabalham na fábrica e
por mais 400 pessoas responsáveis pela costura dos moldes.
Nenhum funcionário participa do processo completo.
A principal preocupação de Alcyr Amorim é que sua marca não fique associada
unicamente ao mundo do funk. Até agora, ele parece ter conseguido. A Gang tem hoje
uma clientela bastante diversificada. De atrizes e modelos famosas, que colecionam
suas calças por pura diversão, a mulheres que fazem malabarismos financeiros para
conseguir comprar uma. Waleska Zanyor, tinturista de um salão de cabeleireiros na
Zona Norte, compra calças da marca há cinco anos, parcelando o pagamento. Waleska
orgulha-se dos sete diferentes modelos de calças em seu armário e acredita que o
efeito provocado pela roupa compensa o preço alto. Outra cliente da Gang é a
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manequim Mariana Weickert, que já desfilou nas principais passarelas do mundo.
Mariana se rendeu aos encantos da marca durante os desfiles da Semana
BarraShopping de Estilo e comprou cinco modelos de uma só vez, os quais fazem
parte de seu figurino diário até mesmo nas viagens internacionais.
A lista de fãs da calça não pára de crescer. De atrizes brasileiras, como Suzana Vieira,
a estrelas internacionais, como Meg Ryan. E o funk se confirma. Antes, só as
cachorras, depois vieram as preparadas. Agora, é o baile todo.
Questões
FRANÇA, M.; RIBEIRO, E. A Gang que se espalha pelo mundo. In: O GLOBO, 31 de
outubro 2004. p. 38.
Caso preparado por José Luis F. S. Carvalho.
ESCOLA COGNITIVA
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da aprovação da nova empresa no processo de seleção da entidade, supunha-se que
os empreendedores devessem esperar por uma vaga deixada por uma empresa
incubada mais antiga, que resolvesse alçar vôo sozinha. No entanto, os sócios da
Biruta não tinham qualquer intenção de aguardar pela saída de quem quer que fosse
para se instalar. As mangas das camisas já estavam arregaçadas. Assim, mesmo sem
um lugar apropriado para abrir um pequeno negócio, eles deram início à sua Biruta.
Com satisfação, Groissman lembra dos tempos do banheiro: "Nossa proposta já tinha
o amparo de uma incubadora, o que, naturalmente, diminuiu nossos riscos. Espaço,
portanto, não podia ser um elemento limitador. Nossa empresa vive de idéias!". A
Biruta Mídias Mirabolantes vende idéias. São idéias ditas mirabolantes para um
mercado em que não faltam idéias.
Rômulo Groissman, líder e porta-voz dos primeiros cinco hóspedes do velho banheiro
desativado, explica o sucesso da Biruta: "O mercado não tinha espaço para mais uma
agência de publicidade. Era preciso oferecer uma mídia feita sob encomenda. Por isso,
levamos os produtos para as ruas, e as pessoas olham para o que está acontecendo e
depois comentam. E isso é o que causa repercussão".
Segundo o empresário, a Biruta não trabalha com mídias prontas. Tudo é feito,
garante Groissman, de acordo com as necessidades de cada cliente. Daí, por exemplo,
a UIP contratar a agência para lançar seu filme "O Espanta Tubarões". Nesse caso, os
jovens da Biruta criaram uma réplica do tubarão-protagonista da película e o levaram
para passear – com a ajuda de uma lancha – em praias do Rio de Janeiro e na Lagoa
Rodrigo de Freitas.
Para o cliente-empresa Senac Bistrô, a alternativa foi formar uma fila de dez garçons
que desfilaram pelas ruas do Flamengo para apresentar o restaurante a transeuntes e
a empresas. A turma também viajou para a cidade da garoa e parou a Avenida
Paulista ao montar uma espécie de pit stop – com direito a serviços feitos por
mecânicos uniformizados em carros que passavam pela rua naquele momento. A idéia
ali era promover o Grande Prêmio Brasil e os produtos da Shell.
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Por conta dessa enxurrada de idéias, a Biruta Mídias Mirabolantes conquistou, em
menos de um ano, o prêmio MaxiMídia na categoria mídia exterior / outdoor ou indoor.
Além disso, a empresa dobrou o número de funcionários e planeja aportar
definitivamente na capital paulista, onde em breve Groissman e seus birutas
pretendem abrir um escritório.
Na virada de 2004 para 2005, a Biruta decidiu apresentar mais uma mídia ao Rio de
Janeiro, transformando a fachada do edifício Atlântica Business Center, na praia de
Copacabana, em uma grande painel eletrônico, com espaço não somente para
propaganda, mas também para exposições digitais de artes e até para "torpedos".
Uma idéia adequada para mais um ano de idéias explosivas.
Questões
RIBEIRO, F. Uma agência de publicidade tão maluca quanto eficiente. In: O GLOBO,
12 de dezembro de 2004. Caderno Boa Chance, p. 10.
Caso preparado por José Luis F. S. Carvalho.
ESCOLA DE APRENDIZADO
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Emannuel Bousquet, é um motoqueiro que tem muitos contatos no mundo da moda e
é casado com uma brasileira. Não que seja obrigatório ter morado no Brasil, mas acho
que não dá pra vender Havaianas sem entender o espírito do país".
A equipe de Rui Porto acredita que uma eventual escolha por massificar o produto no
mercado externo – caso isso seja necessário no futuro
– poderia ser mais fácil do que fazer o caminho
inverso, de construir uma imagem sofisticada para um
produto popular. Por outro lado, é exatamente esse o
caminho que vem sendo trilhado pela empresa no
Brasil desde 1994.
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A São Paulo Alpargatas resolveu então lançar as Havaianas coloridas. De uma hora
para outra, sem deixar de calçar pessoas humildes, as sandálias também se tornaram
um item de moda. Em quatro anos, as vendas cresceram de 76 milhões de pares por
ano para 120 milhões. O incremento nas vendas foi acompanhado por um salto
significativo na lucratividade. Cerca de 30% da receita interna atualmente obtida pela
Alpargatas correspondem às sandálias de modelos diferenciados, que podem custar
até R$ 29, contra os R$ 8 do modelo tradicional.
Questões
ESCOLA DE PODER
Volkswagen
O próprio projeto de construção civil é inovador: o piso da fábrica está preparado para
suportar até cinco toneladas de peso por metro quadrado; o acabamento da superfície
foi feito com laser; a fábrica é totalmente climatizada – a primeira no Brasil a manter
a temperatura interna constantemente entre 6 e 9 graus inferior à externa; as portas
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são controladas a laser, para evitar a saída do ar resfriado; os chassis são conduzidos
por via aérea para a linha de montagem.
A fábrica de Resende emprega 1,4 mil funcionários, dos quais apenas 200 são
contratados diretos da própria montadora – os mil e duzentos restantes são
empregados dos fornecedores. Para se ter uma idéia das dimensões dessa
terceirização, o grupo Iochpe-Maxion, por exemplo, que antes fornecia rodas e apenas
dois itens do chassi, passa a responder pela montagem de mais de 300 componentes,
em parceria com outros fornecedores. Nas palavras de Miguel Jorge, vice-presidente
de assuntos corporativos da Volkswagen: "É um compartilhamento total. Apenas uma
linha no chão separa um fornecedor do outro".
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A urgência dessa uniformização tende a acelerar a transferência de tecnologia entre
empresas, por meio de joint ventures, bem como a formação de grandes grupos de
fornecimento mundial. Nos caso da fábrica de Resende da VW, dos sete consórcios,
quatro são liderados por multinacionais: as alemãs Eisenmann (pintura), VDO
(montagem da parte externa e interna das cabines) e MWM (que juntamente com a
americana Cummins fornece todo o sistema do
motor) e a também americana Rockwell (monta
a suspensão).
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duas empresas, a Horizonte Motores foi integrada ao módulo 4, responsável pela
montagem de motores.
Há duas semanas, o prefeito de Mairiporã, em São Paulo (Figura 4), entrou em contato
com a Horizonte e – ciente de que está localizado no centro geográfico das novas
fábricas – ofereceu uma área física no distrito industrial da cidade com atraentes
subsídios tributários para que a Horizonte para lá se mudasse. A infra-estrutura de
Mairiporã é fantástica e os principais fornecedores de matéria prima da Horizonte
Motores estão localizados nas imediações.
Questões
ESCOLA CULTURAL
Depois de duas investidas mal sucedidas no Brasil, a Kentucky Fried Chicken (KFC) –
maior rede de fast food de frango do mundo – volta ao país totalmente reformulada:
sob nova administração e com novidades no cardápio. Cinco anos depois de sua última
tentativa de conquistar uma fatia do mercado brasileiro (no qual as pessoas fazem 2,4
20
bilhões de refeições fora de casa ao ano), a KFC acaba de abrir novas lojas no Brasil.
Para a primeira delas, o ponto escolhido foi o Norte Shopping, localizado no bairro do
Cachambi, zona norte da cidade. É a terceira investida da marca por aqui em 30 anos.
Ao longo dos últimos dois anos, o mercado brasileiro foi exaustivamente estudado e a
empresa resolveu fazer algumas adaptações em seu cardápio para buscar moldar-se à
cultura e aos hábitos brasileiros. Foram incorporados arroz branco e salada de batatas
ao cardápio, além de garfo e faca nas refeições. O tradicional Matte Leão e a mousse
de maracujá também complementam o toque brasileiro.
A KFC defende uma nova perspectiva estratégica para seu retorno ao Brasil. Das
outras vezes em que a empresa tentou se instalar por aqui (nas décadas de 1970 e
1990), sua controladora era a PepsiCo. Agora, o projeto está sendo
capitaneado pela norte-americana Yum! Brands, uma multinacional
que não faz outra coisa senão administrar restaurantes. A Yum! é
uma gigante de US$ 24 bilhões de faturamento, com 33 mil lojas em
mais de 100 países e também proprietária da Pizza Hut e da Taco
Bell. A empresa nasceu em 1997, quando a PepsiCo se desfez da
sua divisão de restaurantes.
Para gerir o negócio no Brasil, a Yum! Brands fez uma joint venture
com o empresário Oscar Curi (ver foto à esquerda), que tem ampla
experiência na área de fast food. Curi conhece o mercado brasileiro
tão bem quanto a cultura americana de tocar empreendimentos na
área, pois comandou a operação nacional da Dunkin' Donuts entre 1994 e 2002.
A diretriz mais importante do projeto que está em seus primeiros estágios é começar
devagar, porque ninguém quer trazer à tona os arranhões de imagem que levaram a
rede a baixar as portas e abandonar o Brasil em 1998. "Da última vez eles sofreram
do mal da comparação com o McDonald’s", avalia o consultor Eugênio Foganholo:
"Vieram com uma estrutura muito aquém da montada pelos concorrentes e deixaram
a desejar em dois conceitos básicos do fast food. Tinham mix restrito e nenhuma
padronização dos produtos". Em outras palavras, ao contrário do McDonald’s, no KFC
comia-se somente sanduíche de frango. Pior: o sabor mudava de uma loja para outra,
falha imperdoável no competitivo mundo da comida rápida.
A nova tentativa começa, então, pelo Rio, onde a KFC jamais operou, e não por São
Paulo, onde as más recordações ainda estão frescas na cabeça do consumidor. Oscar
Curi justifica de outra forma a escolha pelo Rio de Janeiro: "Num mercado menor e no
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qual somos menos conhecidos, a consolidação da marca vai ocorrer mais
rapidamente". O empresário fala em abrir outras unidades o mais rápido possível,
todas próprias, todas no Rio de Janeiro. O sistema de franquias, por enquanto, é
tratado apenas como uma possibilidade distante. Antes, segundo Curi, é preciso testar
o novo conceito que a KFC está trazendo ao País. E aí entra a segunda parte da
estratégia.
O novo KFC sucumbiu a tal constatação e, fato inédito, colocou talheres à disposição
de seus clientes nacionais. Isso não ocorre em nenhum dos 80 países pelos quais a
rede espalha os seus tentáculos. No Brasil, só não vai ter feijão. Mas o arroz e as
saladas já acompanham o frango – preparado inclusive à brasileiríssima moda
"passarinho". Para o consultor de varejo Marcos Gouvêa, a mudança de foco é
acertada, "mas a KFC precisará de muito fôlego para encarar a concorrência dos
restaurantes a quilo, que abocanham a maior parte do faturamento do setor, que é de
cerca de R$ 40 bilhões anuais". Além disso, existe a questão do preço.
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O sucesso do McDonald's no Brasil – com mais de 570 restaurantes e faturamento de
R$ 1,6 bilhão – funciona como estímulo para novas empreitadas. Outro exemplo de
sucesso é a Pizza Hut, que acabou tornando-se símbolo de virada e recuperação de
imagem. Na década de 1990, quando a marca era operada pela PepsiCo e chegou a
ter 112 lojas, a pizza da Hut tinha fama de "massuda" e cara. Hoje, com cinco tipos de
massa no cardápio e sabores bem "brasileiros", como catupiry, a rede constata em
pesquisas que não existem mais vestígios de rejeição à marca.
Em resumo, o insucesso das cadeias de fast food no passado é atribuído mais à gestão
deficiente do que apenas à ambígua popularidade das marcas (amadas por uns,
odiadas por outros) ou ao cardápio engessado. Os empresários do setor afirmam que
as adaptações no cardápio são essenciais, mas que os consumidores brasileiros
também gostam de novidades. Afinal, se o cliente brasileiro do McDonald´s conseguiu
até gostar de pepino dentro do hambúrguer, é possível que venha a apreciar frango
frito vendido em baldes...
Questões
1. Faça uma relação de três possíveis ações estratégicas que a Kentucky Fried Chicken
poderia adotar para competir no mercado carioca de "refeições fora de casa".
2. Verifique se estas ações têm o suporte de recursos situados na zona de criação de
valor da Visão Baseada em Recursos. Caso seja necessário, liste os recursos que
podem ser utilizados pela KFC para dar suporte a essas ações.
3. Imagine que você está prestando serviços de consultoria em gestão para uma
pequena loja de lanches típicos do Nordeste brasileiro (sucos de frutas tropicais,
salgados e doces regionais) situada em um bairro no qual todas as grandes redes
estrangeiras de fast food também estejam instaladas (pense no Largo do Machado,
por exemplo). Com base na VBR, o que você sugeriria para seu cliente em termos de
estratégia competitiva?
CRUZ, C. KFC tenta outra vez. In: Istoé Dinheiro, 06 de agosto de 2003.
JORNAL DO BRASIL. Concorrência no fast food. In: Jornal do Brasil, 24 de novembro
de 2004. p. A20.
Caso preparado por José Luis F. S. Carvalho.
ESCOLA AMBIENTAL
Herbarium
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Curitiba – viveram um pesadelo. De um dia para o outro, metade dos produtos da
empresa foi proibida pelo Ministério da Saúde, por intermédio da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), e teve de ser retirada às pressas do mercado. Naquele
ano, a Anvisa determinou que 71 dos 112 produtos da Herbarium fossem recolhidos
por não estarem em acordo com as regras estabelecidas para o setor. Nas palavras de
Clóvis Teske, "foi um trauma" para a companhia. Depois de dois anos de prejuízos
devidos a uma queda brutal nas receitas de vendas, somente a partir do início de 2004
o negócio começou a recuperar sua saúde.
Casos de carros-chefes de vendas que desaparecem sem aviso prévio são incomuns,
mas sempre traumáticos. Recentemente, o Merck, um dos laboratórios farmacêuticos
do mundo, viveu esse mesmo drama. A empresa decidiu tirar do mercado um de seus
produtos mais bem-sucedidos, o antiinflamatório Vioxx, depois que um estudo revelou
que riscos de complicações cardiovasculares poderiam dobrar com o uso contínuo do
medicamento. O remédio foi responsável por 12% do faturamento total da empresa
em 2003. Calcula-se que a decisão represente uma perda de receitas de pelo menos
US$ 20 bilhões até 2012. No caso da Herbarium, o estrago foi proporcionalmente
maior. Somente o Bioslim, composto com anunciadas propriedades emagrecedoras,
representava um terço do faturamento.
Questões
1. Que fatores ambientais intervieram na trajetória de crescimento da Herbarium?
Como a empresa poderia ter se protegido deles?
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2. É possível analisar o setor formado pela Herbarium e por seus concorrentes em
termos de um nicho ecológico? Explique.
3. Os problemas enfrentados pela Herbarium poderiam ter sido evitado se a empresa
tivesse investido em ética no lugar de produtos supostamente milagrosos?
4. Algum tipo de ameaça ambiental continua a pairar sobre a Herbarium? E quanto ao
laboratório Merck, também citado no caso? Elabore sua resposta utilizando o conceito
do imperativo ambiental.
ESCOLA DE CONFIGURAÇÃO
Mundo Verde
Hoje, com três lojas próprias e nada menos que 104 franqueados em 11 estados, a
lojinha da cidade serrana é a casa-forte de um pequeno império que abriga 1200
funcionários, relaciona-se com 800 fornecedores (entre microempresas e poderosas
multinacionais), e movimentou R$ 42 milhões somente no ano de 2003.
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precisou simultaneamente atrair os consumidores e se adaptar às necessidades de
uma clientela crescente e diversificada que se formava junto com a própria empresa:
esportistas, místicos, ambientalistas, novos hyppies, naturistas, praticantes de ioga,
seguidores de todas as religiões, adeptos de dietas que mudam a cada ano, e mesmo
os eventuais curiosos por um estilo de vida dito alternativo.
O Mundo Verde oferece apoio, por exemplo, ao Instituto Social Elza Pires, ajudando
jovens de comunidades carentes. Em parceria com a Apae, contrata profissionais com
deficiência para trabalhar em suas unidades. Dilson Cleiton da Costa Chaves, de 25
anos, é um desses profissionais. "Desde que comecei o estágio, gostei muito de
trabalhar no Mundo Verde. Os colegas são animados,
brincam com a gente, o clima é muito bom. O Mundo
Verde é o primeiro emprego que tenho, e pretendo ficar
nele ainda por muitos anos", diz Cleiton. Outro projeto
da empresa é o Mundo Verde Casazul, que ajuda
crianças e adolescentes da Favela Bairro Terreirão, no
Recreio dos Bandeirantes. Desenvolvido em parceria
com a atriz Glória Pires, o Casazul busca promover a
saúde física, mental, psíquica e social dos futuros
cidadãos, por meio da música, da expressão corporal,
das artes plásticas e do teatro.
A respeito dos projetos sociais, Jorge Antunes é direto: "As empresas precisam ter a
consciência de que têm de atuar em sintonia com a sociedade. Essa atitude garante
satisfação pessoal, além de ganhos indiretos para o negócio".
O bom desempenho da marca fez com que o Mundo Verde resolvesse aumentar ainda
mais sua participação no mercado. O primeiro filhote da empresa é o Mundo Verde
Sucos, uma cantina de alimentação natural que saiu do papel em 2003. Hoje, são três
lojas, sendo apenas uma própria. Para Antunes, o sucesso inicial o empreendimento
significou a confirmação da aceitação do Mundo Verde pelo consumidor. Com base
nessa constatação, novos parceiros já estão sendo analisados para mais um ciclo de
expansão.
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Os resultados obtidos pelo Mundo Verde fizeram com que a empresa fosse um
exemplo para a região serrana do Rio de Janeiro. Afinal, o Mundo Verde não vem de
um grande centro. Nas palavras de Jorge Antunes: "Somos uma empresa que tem
raízes em Petrópolis e que hoje está no país todo. Fizemos o caminho inverso daquele
feito por muitas redes". Até aqui, tudo Verde.
Questões
MOTTA, A. Por um mundo socialmente correto. E verde. In: O GLOBO Razão Social, n.
17, outubro de 2004. p. 14-15.
O GLOBO. Uma forte aposta na consciência verde. In: O GLOBO, 31 de outubro 2004.
Caderno Boa Chance, p. 3.
Caso preparado por José Luis F. S. Carvalho.
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