Disciplina: Mecânica dos Fluidos 1

Período: 2/2021 - Responsável: Prof. Aristeu da Silveira Neto e Daniel Dall Onder
Quinta Experiência

Caracterização hidrodinâmica de um orifício

1. Objetivo

• Calibrar um orifício como um medidor de vazão.

• Determinar os coeficientes de velocidade, de contração e de descarga de um orifício.

2. Desenvolvimento teórico

A Fig. 1 ilustra um orifício, por meio do qual passa uma vazão Qex . Apresenta-se em seguida a
teoria resumida sobre os coeficientes citados acima.
A velocidade que se atingiria na vena contracta, se os efeitos de atrito não fossem considerados é
denominada de velocidade teórica ou ideal Vte . Devido ao efeito do atrito viscoso, a velocidade real
Vex é menor e a relação entre elas é o coeficiente de velocidade Cv . A razão da área do jato na
vena contracta Avc e a área do orifício Ao é definida como sendo o coeficiente de contração Cc . A
razão entre a vazão real Qex e a vazão ideal Qte é definida como
sendo o coeficiente de descarga do orifício Cd .

Vex Avc Qex

Cv = , Cc = , Cd = (1)
Vte Ao Qte

Se Qex = Cd Qte = Avc Vex e Qte = AoVte , conclui-se que:

Cd = Cc . Cv . (2)

Aplicando-se a equação de Bernoulli entre os pontos 1 e 2 da Fig.

1, tem-se que: Figura 1. Venturi

Vte = 2 gh , logo, Vex = Cv 2gh . (3)

Para se determinar os coeficientes a que se propõe, necessita-se determinar a vazão e o

coeficiente de descarga. Como o Cc não pode ser medido no nosso laboratório, buscar-se-á uma
forma de se medir o Cv . Para tanto será utilizado o seguinte desenvolvimento teórico. Considera-
se o jato da Fig. 1, o qual está submetido ao campo gravitacional, para determinar as posições x e
y de uma partícula de fluido:
 2
1 1  x x2 1 x2
x = Vx t , y = gt 2 = g   = = (4)
2 2  Vx  2 2
4Cv h (2 Cv ) h

logo,
 1  x2
y= 2
. (5)
 ( 2Cv )  h

Traçando-se a reta y versus x2 h determina-se o seu coeficiente angular e em consequência o

coeficiente de velocidade Cv . Determina-se experimentalmente Cd e com a equação (4)
determina-se Cc .

3. Equipamento experimental

• Bancada hidráulica base.

• Aparato para teste de jatos. Dorificio = 6 mm

4. Procedimento experimental

Será explicado no laboratório.

5. Resultados

• Realizar os experimentos e preencher as tabelas anexas.

• Ajusta-se uma reta de Qex em função de Qte e determina-se o coeficiente de descarga
Cd .
• Para cada altura h traça-se numa folha branca ou milimetrada a trajetória do jato livre e
obtém-se os pares y função de x2 h .
Com a curva y = f ( x / h) determina-se Cv por meio de uma regressão linear. Assim,
2
•
determinam-se diferentes valores de Cv e Cc .
• Traçar as curvas de Cv e Cc em função de h.

6. Relatório

Elaborá-lo segundo as recomendações.

7. Bibliografia

Conforme nos experimentos precedentes.

 Tabela 1. Vazão experimental e altura.
Medida Volume/tempo Qex [l /s] h [mm]

volume 1 v2 v3
2
tempo 1 t2 t3

volume 1 v2 v3
4
tempo 1 t2 t3

volume 1 v2 v3
6
tempo 1 t2 t3

volume 1 v2 v3
8
tempo 1 t2 t3

volume 1 v2 v3
10
tempo 1 t2 t3
 Tabela 2. Posições modificadas dos jatos.
Medida [m]

x2 h
y

10
 Gráfico 1. Determinação do coeficiente de velocidade (2 curvas).

Tabela 3. Cálculo dos coeficientes do orifício.

Medida Qte [m3/s] Qex [m3/s] erro [%] Cv Cd Cc
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Gráfico 2. Determinação do coeficiente de descarga. Gráfico 3. Curvas de Cv e Cc em
função de h.

7. Bibliografia

White, F, Mecânica dos Fluidos, McGrawHill, RJ, 1991.