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ATIVIDADE AVALIATIVA DE PROJETO DE VIDA

Psicóloga defende tomar decisões importantes antes dos 30 anos


Meg Jay acredita que momentos como sair da casa dos pais, casar e ter filhos têm
que acontecer ou serem preparados aos vinte e poucos anos.
Edição do dia 02/03/201 02/03/2014 23h12 - Atualizado em 02/03/2014 23h13

O que fazer da vida? Uma pergunta muito comum entre quem já passou ou vai passar
pelos
seus vinte e poucos anos. É melhor se dedicar à carreira, construir uma família, continuar
na casa
dos pais até terminar os estudos? Uma psicóloga garante: o melhor é não perder tempo.
Você deve conhecer alguém que tenha 20 e poucos anos. Você deve conhecer gente
muito
diferente aos 20 e poucos anos. Aline tem 25, já casou, teve o Théo, mora com o marido,
Rodolfo, que é bombeiro e tem 26.
Bárbara tem 23, já viajou o mundo, começou duas faculdades, não terminou nenhuma, faz
vários bicos e namora, mas nada sério.
Fique certo que quase todos nesta faixa estão batendo a cabeça com a pergunta: o que
eu
faço com a minha vida?
A psicóloga americana Meg Jay escreveu um livro e ficou famosa por defender uma
resposta
para o dilema. Veja se concorda: pense num avião prestes a decolar. Nesse momento, um
pequeno ajuste na rota pode decidir se ele vai pousar no Recife ou em Manaus.
Essa hora da decolagem representaria uma década das nossas vidas - dos 20 aos 30
anos de
idade. Os ajustes feitos aqui definirão nossa trajetória. Pelo menos é isso que defende
Meg Jay. A palestra que ela deu sobre o assunto correu o mundo.
“80% dos momentos definidores de uma vida acontecem antes dos 35 anos”, defende a
psicóloga.
Não é à toa que tanto psicólogos quanto o IBGE definem a transição para a vida adulta
em quatro
momentos, rituais de passagem: Sair da casa dos pais; se sustentar; casar; ter filhos,
Meg acredita que esses momentos têm que acontecer, ou pelo menos serem preparados,
aos vinte e poucos anos. Ela adoraria a história da Aline e do Rodolfo. “A gente decidiu
casar e ter filho cedo porque a gente achou que essa era a melhor fase. Crescer junto
com a gente, seria essa a ideia”, diz Aline. Rodolfo é capitão dos bombeiros. Ele tem que
estar no trabalho antes das 7 da manhã. “A gente planejou a vinda do Théo e graças a
Deus essa família está seguindo conforme os nossos planos.
Eles moram juntos e se sustentam desde os 22 anos de idade. Hoje têm 26. Mas eles não
são regra entre os amigos da mesma idade.
“Muitos dos nossos amigos fizeram uma faculdade ou estão fazendo uma extensão ou
pós-
graduação. Às vezes, nem estudar, mas se dedicar ao trabalho. De repente moram juntos,
mas não têm aquele apego ao lar, à família”, conta Aline Alves, professora.
Essa história é mais parecida com a da Bárbara. 23 anos. “Comecei a fazer a faculdade
de
medicina, decidi que queria trancar a faculdade e queria ir pra algum lugar diferente fazer
alguma
coisa nova”, conta Bárbara.
A viagem toda durou dois anos. “Trabalhava em bares, padarias, limpando. Com a grana,
ela
conheceu meio mundo - mochila nas costas. É um estilo de viajar bem econômico e bem
liberto
assim, bem tranquilo”, diz Bárbara.
Meg Jay afirma que essa é sim uma fase de experimentar. Mas acredita que tudo tem que
ser feito planejando o futuro. Ela é contra a ideia de adolescência estendida: manter
hábitos jovens até perto dos 30.
“Hoje em dia, carreiras, casamentos, tudo começa mais tarde. É natural que os jovens de
20 e
poucos anos pensem: posso começar tudo mais tarde e vai dar tudo na mesma. Mas eu
acho que
essa é uma oportunidade única de tomar atitudes que vão ter um grande impacto no seu
futuro”,
explica.
Mas se você já passou dos 20 e ainda não sabe o que fazer da sua vida, calma. Um
psicanalista brasileiro, especialista em adolescência, discorda disso tudo.
“A gente achar que há um período da vida do sujeito onde as decisões seriam
determinantes na sua existência é uma ilusão, é uma ingenuidade, na medida que a
identidade humana é uma
metamorfose ambulante”, explica César Ibrahim, psicanalista.
Ele acredita que nenhum avião voa em linha reta. Ele pode ajustar a rota no decorrer do
voo. E que amadurecer não é casar e ter filhos. É estar preparado para as surpresas da
vida.
“A vida adulta marca a capacidade do sujeito se relacionar com a imprevisibilidade de uma
maneira mais serena”, acrescenta o psicanalista.
Ninguém pode prever a próxima fase da vida. Nem Aline, nem Rodolfo, nem a Bárbara.
Nem
ninguém. E o lugar onde o avião vai pousar é uma história que dura muito mais que uma
década. Os ajustes de rota podem - e devem - ser feitos em qualquer fase da vida.

ESTUDANDO O TEXTO
01- Comente o título da notícia.
02- Sobre a vida de Aline e Bárbara, com qual você se identifica mais? Por quê?
03- Analisando sua vida neste momento, responda ao questionamento feito no texto: “o
que eu
faço com a minha vida?”
04- Comente a alegação de Meg Jay: “80% dos momentos definidores de uma vida
acontecem antes dos 35 anos”.
05- Cite os rituais de passagem para a vida adulta citados no texto.
06- O que Meg Jay fala sobre a adolescência estendida?
07- Com o pensamento de quem você mais se identifica: Meg Jay ou César Ibrahim? Por
quê?
08- Como Ibrahim designa amadurecimento?
09- Você já planejou ou planeja algo a respeito de seu futuro? O quê?
10- Como você se imagina daqui a dez anos? Discorra? Por que se vê assim? Explique.

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