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Primeiros sinais de gravidez

Muitas mulheres intuitivamente sabem quando engravidaram. Isso ocorre porque o corpo envia alguns sinais claros
da presença de um bebê no útero. Algumas destas mudança acontecem porque o corpo se prepara para nutrir o
feto, aumentando assim o nível de hormônio durante as primeiras semanas da gestação.
Acompanhe alguns destes sinais:
• Cansaço durante a noite e o dia
• Atraso no ciclo menstrual
• Seios sensíveis e levemente maiores
• Fraqueza e um pouco de tontura
• Aumento da secreção vaginal
• Enjôo
• Sensibilidade emocional exacerbada, causada por mudanças hormonais
• Aumento no volume de urina
• Rejeição a cheiros comuns como o de café e cigarro
Vale lembrar que o mal-estar é passageiro e já no terceiro mês de gestação costuma diminuir ou desaparecer.

Obstetra esclarece dúvidas sobre o uso de anticoncepcionais


A pílula do dia seguinte - conhecida por Postinor -, é mais uma alternativa que surge para evitar a gravidez,
principalmente nos casos emergenciais. Segundo a obstetra Zsuzsanna Jármy Di Bella, ela age alterando o
endométrio, não permitindo a fixação de um eventual ovo. "Deve ser tomada em duas doses com intervalo de 12
horas, porém, antes de utilizá-la é importante conversar com o ginecologista", afirma.
Os efeitos colaterais mais comuns são enjôos e vômitos e a eficiência quando tomada até 72 horas da relação
sexual desprotegida é mais ou menos de 80%. "É importante salientar que esta pílula não é um método
anticoncepcional, por isso não deve ser utilizado freqüentemente, pois traz danos para o ciclo menstrual", afirma.
Uma outra novidade é a pílula masculina, que já está sendo testada na Escócia, China, África do Sul e Nigéria, e
impede a formação dos espermatozóides. Este método contraceptivo - que ainda não está disponível no mercado
-, age com a produção de altas taxas de progesterona (hormônio sexual feminino) e a diminuição da testosterona
(hormônio sexual masculino). A pílula masculina é composta de testosterona e desogetrel (esteróide sintético),
utilizado também no anticoncepcional feminino.

O teste deu positivo! e agora?


Tanto a gravidez programada, quanto a inesperada passa por um momento crucial: como dar a notícia. As reações
são as mais diversas, mas há um consenso entre os homens de que as mulheres costumam dar a notícia da
maneira mais inesperada. Jussara Barbieri, mãe de Pedro Barbieri Batista, 9 anos, lembra muito bem de como
contou a boa nova. "O Pedro foi muito esperado. Quando finalmente recebi o teste positivo, a primeira coisa que fiz
foi correr para contar ao Geraldo, que na época ainda era meu namorado. Foi neste momento, que apesar de
atônito, ele me pediu em casamento. Depois disso, contamos juntos para toda a família e para os amigos", conta
Jussara, acrescentando que no momento, nem passou pela sua cabeça "ensaiar" uma maneira melhor para dar a
notícia.
Petra Michaela S. Ronqui, mãe de André, Michele e Danielle, conta que foi fácil dar a notícia a seu marido José
Roberto Ronqui, o difícil foi contar à mãe. "Como não estávamos ainda casados e eu tinha apenas 18 anos, o
maior drama foi contar à minha mãe. A estratégia, arquitetada pelo José Roberto, foi levá-la para um passeio no
shopping. Lá, uma parada para um lanche no McDonald e, na primeira mordida que a minha mãe deu num Big
Mac, a notícia foi dada. Ela quase morreu engasgada, mas no final deu tudo certo", detalhou Petra.
O fato é que a reação do pai é fundamental para a alegria e tristeza da mãe. Mesmo quando a gravidez for uma
surpresa, que não venha no momento planejado, a última coisa a se fazer deve ser rejeitar a futura mamãe. O pai
tem todo o direito de ficar atônito, mas com certeza, apesar das dificuldades o momento é para comemorar.

Estou preparado para ser pai ou mãe?


Passei toda a vida esperando pelo momento de ser mãe ou pai...
Mas agora quando este momento se aproxima, será que estou preparada (o). "Poucas são as pessoas que ao
saberem que são capazes de procriar, não se preocuparam com isto. Os anos passaram e ao tomar contato com
crianças, pais e mães, foram percebendo que a tarefa não era das mais fáceis e que esta decisão era uma coisa
"pra lá se séria". Um dia chega a nossa hora e fica tudo decidido, até a época ideal do nascimento, mas por mais
que tentamos...nada! Não conseguimos engravidar. Já fizemos todos os exames e tratamentos.
Hoje em dia os métodos contraceptivos são variados.
Algumas pessoas pensam que poderão engravidar no dia e hora que quiserem e planejam, pensam que dominam
o corpo conforme desejam, mas muitas vezes estas pessoas não são correspondidas. "Fazer um filho" não é
apenas uma ação. É, antes de tudo, uma ação que inclui e comporta algo muito complexo. São os mecanismos
somáticos que estão diretamente implicados na fecundação. Mecanismos somáticos que se interpõe
profundamente com a participação de dois seres: uma mulher e um homem.
Às vezes, na ansiedade de ter um filho, os parceiros procuram fazer investigações médicas muito precoces. A
preocupação e ansiedade os faz exigir respostas rápidas sobre suas condições de fertilidade, embora, a maioria
dos casais devesse esperar, assimilar com tranqüilidade, este tempo de espera.
Este tempo é de seis a oito meses para que possa vir a fecundação. Um casal que esteve comigo, há muito fazia
tratamento, vários tipos deles, e depois de algum tempo começaram a questionar e refletir sobre outras opções,
chegando a possibilidade de pensar em uma adoção. Quando deram entrada no processo na Vara da Família, veja
que ato simbólico: "engravidaram".
Como se este ato fosse a sua alforria, como se tivessem assinado: "Agora estamos prontos. Podemos ser pais".
As implicações psíquicas na fecundação são decisivas, apesar de não se dar muito ouvidos a elas. Enquanto não
se está namorando, nossos pais e as pessoas queridas, não vêem a hora de que você comece a namorar sério.
Quando se começa a namorar, perguntam quando vão noivar ou casar, quando se casa, perguntam: para quando
é o bebê?
Para algumas pessoas estas "cobranças" são mais fortes, famílias que fazem uma maior pressão, ou então, são
aquelas pessoas que sempre corresponderam às expectativas familiares. Mas quando casaram, tinham a
perspectiva de tomarem conta de suas vidas, de serem mais elas e deste modo, desejam sim ter um filho, mas
quando elas mesmas quiserem e não por imposição familiar.
As vezes o parceiro passa por um momento de insegurança no trabalho, não se sente em condições de ser pai,
outras vezes, a própria história de vida: sofrimento muito grande com os próprios pais por serem autoritários, ou
porque o abandonaram, ou ainda o agrediram. Nestes momentos um medo grande de tornar a vivenciar estas
circunstâncias toma a pessoa.
Outras situações são àquelas em que mulheres engravidam seguidamente, encontrando nesta condição uma
maneira de escapar das relações sexuais, as quais não apreciam muito. São gravidezes em geral complicadas,
nas quais a grávida passa um bom tempo se sentindo mal ,impossibilitando um contato mais íntimo.
As uniões que se dão, em geral, com tantos planos e sonhos comportam um caráter complexo do projeto de ter um
filho. Cada um dos parceiros traz uma história própria de vida, angústias, alegrias e expectativas próprias sobre
este filho que vai nascer e sobre a sua nova condição de ser mãe ou pai.

maternidade e paternidade: Ser ou não Ser, eis a Questão!


Planejar a vinda de uma criança para a família é na verdade se comprometer com um projeto de vida vitalício, que
requer tempo, dinheiro, amor, energia, paciência, responsabilidade... e uma lista infinita de abnegações. A vida do
casal é radicalmente alterada, o que não indica que esta mudança seja má. Ainda assim, esta é uma decisão
importante, que deve ser tomada em conjunto, de comum acordo entre o casal.
O tempo dedicado ao trabalho, o estilo de vida do casal, as exigências profissionais de cada um devem ter um
peso definitivo na decisão, pois ter filhos significa dedicar mais tempo à família, abrir mão do isolamento emocional.

Há em torno da maternidade/paternidade uma aura romanceada, mas para decidir-se realmente por esta opção é
necessário ser mais racional.
Esperamos que o site Bebê 2000 possa auxiliá-lo a tomar esta decisão e, mais ainda, ajudá-los a levá-la adiante
através de dicas e informações dos maiores especialistas do assunto. Enquanto você decide, que tal fazer um
teste para saber se você está pronto para ter um bebê?
Responda as Questões e Confira a Avaliação.
1. Você convive com crianças (sobrinhos, vizinhos, filhos de amigos)?
2. O que você poderia dizer da experiência de passar alguns momentos com crianças?
3. É uma experiência prazerosa?
4. Qual a melhor parte em estar com uma criança? Qual a pior?
5. Como está o relacionamento do casal?

Ser Pai, é participar


Como tudo no mundo está em transformação, o ser humano não poderia fugir à regra. As relações afetivas de
hoje, os laços familiares e até mesmo a forma de encarar a profissão, mudaram muito em função desta
transformação e eis que surge, em meio a este processo, um novo pai.
Aos 84 anos, o escultor Vasco Prado não consegue correr pelo casarão onde vive, em Porto Alegre, atrás de sua
mais perfeita criação: a filha Pilar, uma sapeca menina de 10 anos. Propôs a ela outro passatempo: jogar xadrez.
O enlevo da paternidade supera os limites físicos. O coração do paizão está tinindo. "Sempre é hora de fazer o que
se gosta, como ter um filho", afirma. Talvez não veja realizados os planos que faz, todos os dias, para Pilar, mas
aposta no essencial: "Ela vai ser feliz".
A milhares de quilômetros do casarão de Vasco, outro pai faz a mesma aposta, num apartamento do Recife.
"Marina me ensinou que a idade não conta quando se quer um filho", diz Wilton Bezerra da Silva Neto, 18 anos,
representante de um segmento em crescimento no Brasil: o pai adolescente. Wilton, pré-vestibulando, tem pernas
muito mais firmes que as de Vasco. Arrasa no futebol e já fez da pequena Marina, 8 meses de vida, a mascote do
time.
Esses dois homens simbolizam uma revolução silenciosa, que está mudando o perfil da família brasileira: são os
novos pais. Para eles, o modelo patriarcal está gasto. Não querem ser apenas provedores, os bastiões morais da
casa, os folgados incapazes de doar ao menos uma noite de sono para acalmar a tosse de um filho. Ao contrário
do que ocorre no Brasil, onde a paternidade responsável vem merecendo os primeiros estudos, em países
desenvolvidos os especialistas já se debruçam sobre o chamado "envolvimento masculino". Mais e mais, homens
lutam para ter um espaço renovado no lar e, principalmente, na educação das crianças. Reclamam a guarda da
prole na Justiça, organizam-se nos movimentos pró-pai e reivindicam folgas no serviço quando os filhos adoecem.
Enquanto as mulheres temem ficar quatro meses em casa após o parto - receiam perder o pique profissional - há
pais que pedem licença superior aos cinco dias de lei só para acalentar seus bebês.
Fertilização do óvulo

Bê a Bá da Fertilização do óvulo

Por volta do 14o dia do ciclo a probabilidade de


engravidar cresce pois um óvulo maduro é liberado
de um dos ovários, inteiramente pronto para ser
fecundado. A centelha de vida passa pela trompa
de Falópio e segue em direção ao útero, podendo
sobreviver até 24 horas. Centenas de
espermatozóides chegarão a este óvulo, após uma
viagem que vai da vagina até as trompas uterinas.
Neste momento os espermatozóides irão liberar
uma enzima que permitirá que um deles (ou mais!)
penetre na capa de proteção do óvulo. Este é o tão
esperado momento da fertilização! (imagens a,b)
Este óvulo se dividirá em duas células, logo depois
em quatro .... e continua o processo (imagens
c,d,e,f) até descer à trompa uterina e chegar ao
útero ( imagens g,h), quando então será composto
por 30 células, chamadas mórula (amora em latin).
( imagens i,j)
Nesta fase, podemos dizer que você está
oficialmente grávida! O conjunto de células,
chamadas mórula se fixou no endométrio
(revestimento uterino) ( imagens j,k) e conforme
as células entram em processo de
amadurecimento, formam um blastócito - bola de
células cheia de líquido - responsável por uma série
de mudanças no corpo feminino, inclusive a
interrupção do ciclo menstrual. (imagem l)

a) b) 12 horas - óvulo fertlizado

c) 12 horas - 1 célula d) 30 horas - 2 células


e) 45 horas - 4 células f) 72 horas - 16 células

h) processo de descer à trompa uterina e


g)
chegar ao útero

i) j) mórola

k) mórula se fixou no endométrio l) blastócito - bola de células cheia de


(revestimento uterino) líquido

m) embrião no dia 9 n) embrião no dia 13


o) embrião no dia 14 p) embrião no dia 21 - início do
fornecimento de sangue da mãe para o
feto.

q) r) embrição no dia 27 já
tomando forma e medindo
4,5mm

Adolescência
Valesca da Costa Abranches - Publicado em 20.07.2003

Os pais estão cada vez mais preocupados a respeito do futuro de seus filhos, hoje em dia a família não mais se
sente auto-suficiente para administrar a educação de seus filhos, é comum que busquem ajuda em programas de
TV, no ciclo social, e principalmente, encarem a escola como uma parceria na formação dos filhos em todos os
aspectos educacionais. As expectativas que os pais têm da escola são inúmeras, mas pode-se resumir dizendo
que os pais esperam que a escola reforce aquilo que eles ensinam em casa, e ainda preencha as lacunas que
eles, pais, não se sentem capazes (e talvez realmente não sejam) de preencher. Hoje é motivo de preocupação
para os pais questões que antes eles podiam resolver simplesmente ocultando dos filhos, ou impondo-lhes uma
dita “verdade” ou simplesmente proibindo-os, tais como questões de religião, etnia, ideologia, classe e etc. hoje
passaram a ser tema de debate que não pode ser mantido fora do diálogo entre pais e filhos bem como da sala de
aula. Temas que obrigam os pais a “saber” tratar, e que faz com os pais se preocupem em como a escola vai
tratar.

A relação entre os pais e filhos mudou, pois mudou a família, tomando novas formas através de divórcios e
segundos casamentos, madrastas e padrastos, meio-irmãos, irmãos dos irmãos e primos que não tem relação
consangüínea, “pais de fins-de-semana”, mães que trabalham fora de casa, e por isso não podem manter a mesma
dedicação à Educação dos filhos como a anos atrás, e diversas outras “novidades” que atualmente são
corriqueiras na vida das crianças. Aumentou o nível de preocupações dos pais e também o número de coisas que
eles tem de considerar, os jovens hoje estão expostos a uma diversidade de informações e de “perigos” que antes
não existiam.

Os valores e as tradições educacionais estão em contínuo processo de transformação, porque a sociedade é


dinâmica e a “verdade” efêmera. Não se pode mais acreditar numa solução unívoca que atenda a todas as
demandas educacionais que se tem hoje em dia, os pais e as escolas agora têm de se adaptar ao movimento da
sociedade, buscando encontrar caminhos para preparar as crianças para o futuro, para isto tem-se que enfrentar a
polêmica e encarar as possibilidades de caminhos que podem variar de formas conservadoras, até reacionárias, a
formas revolucionárias.

Não importa o quão tradicional seja a educação que se pretende dar aos filhos, não se tem como ignorar os
processos de formação da personalidade individual, bem como os mecanismos afetivos, destacar apenas o
comportamento observável de uma criança ou adolescente acarretará num sério problema de comunicação entre
pais e filhos que pode levar a drásticas surpresas.

O comportamento não é controlado apenas por suas conseqüências, então o uso de recompensas e de punições
para induzir o comportamento desejado, pode levar ao estabelecimento de uma relação de troca onde deveria
haver uma relação de afeto e confiança. Os pais de todo mundo lançam mão desta idéia, e passam a reforçar o
estímulo para a Educação criando várias formas de punição e também de recompensa, se utilizam desta técnica
para obter um “bom” comportamento dos filhos, ou seja, um comportamento condicionado, obediente, mas fácil de
lidar.

Isto ocorre até hoje dentro de famílias modernas e dos estabelecimentos de ensino, mesmo se sabendo que esta é
uma visão sectária, não levando em conta todo o processo interno ao sujeito (não observável) mas de grande valor
na formação da personalidade. Uma rígida disciplina parece ser o caminho para o sujeito de comportamento “bem
educado”, então a disciplina é a obrigação dos educadores (pais ou professores), pois é o que permite a
aprendizagem. Contudo, mesmo não questionando a importância de por limites ao comportamento, afinal, a
vivência em comunidade impõe esta condição, o controle autoritário do comportamento ignora a individualidade
dos sujeitos, ignora a possibilidade de diferentes respostas a um mesmo estímulo. Entretanto, como é uma técnica
de emprego fácil e que muitas vezes pode dar rápidos resultados, ou pelo menos resultados aparentes, se torna
uma grande tentação para o educador, só que estabelece uma relação autoritária, não recíproca e que, se não
receber outras formas de comprometimento, pode se tornar hostil, principalmente na adolescência.

É por este motivo que este tipo de Educação vem sendo cada vez mais criticada, e tem perdido espaço para novos
experimentos que se preocupam com a formação do caráter, com o saber ser apreendido, assimilado e refletido,
com desenvolvimento da individualidade ou mesmo da humanidade. O respeito aos pais é construído
sinceramente, sem que seja forjado pelo medo.

Por isso, no final dos anos 70, os pais da classe média passaram a questionar o tipo de educação que receberam,
vale lembrar que eles haviam passado por processos de liberação sexual, luta contra a ditadura, crítica a censura,
intenso contato com teorias psicológicas, novas teorias pedagógicas e outras coisas, que faziam eles questionarem
a validade de se manter uma relação tão apartada com seus filhos, impondo-lhes a aceitação de tudo de forma
arbitrária, através da força. Os pais de classe média mais “liberais” foram os primeiros a procurar por uma
valorização do lado humano, afetivo, criativo, consciente e experimentador da infância e da adolescência, mas,
anos mais tarde, tiveram de deparar com uma realidade não muito animadora, que é a deficiência de se controlar e
de impor limites que permitam aos filhos uma boa convivência social e uma boa colocação dentro da sociedade,
nenhum pai quer que seu filho se sinta excluído.

Gravidez precoce, abandono dos estudos, uso de drogas, prostituição, violência, brigas, pequenos crimes entre
outras coisas são preocupações constantes dos pais, suas maiores dúvidas são saber como conduzir os filhos por
um caminho onde estas coisas estão presentes, tendo de protegê-los e ao mesmo tempo de prepará-los para o
enfrentamento, como explicar sem manipular, como afastar sem coibir a liberdade, ou seja, como impor limites,
informar, esclarecer, cuidar, aceitar os riscos e amar, tudo na medida certa, medida esta que é totalmente
desconhecida dos pais e dos filhos. Os objetivos dos pais estão ligados a preparar o filho para a “vida”, dando-lhe
confiança, criatividade e iniciativa, há uma grande preocupação com a formação do caráter e de um
comportamento ético, mas não esquece da necessidade de adequação às exigências do mercado de trabalho e da
comunidade, condições de sobrevivência, que ainda apresentam cobranças muito “tradicionais”.

A adolescência é, em especial, um período de muita instabilidade para as pessoas, pois nela ocorrem diversas
transformações hormonais que mexem não só com o corpo, mas também com a mente. Após os 11 anos, o
pensamento já atinge um certo nível de abstração, então a percepção passa a ser também subjetiva, o que permite
ao adolescente fazer uma reflexão crítica das coisas, nesta hora, os pais, que se esforçaram em dar condições aos
filhos de questionamento da realidade, vão perceber antes dos outros os primeiros resultados desse esforço,
muitas vezes em forma de um questionamento a respeito deles pais, o que não deve ser encarado como algo
negativo, e sim a nascimento de um novo projeto de vida.

Entre os 11 e 12 anos, a puberdade está em latência, é comum aparecerem distúrbios motores, afetivos, biológicos
advindos deste novo contexto sócio-afetivo. Até os 11 anos, a noção de grupo, de comunidade, de ligações
afetivas era baseada em coisas bem concretas (família, turma da escola, turma da rua, etc.), após os 11 anos, a
criança já possui novos parâmetros (que só vão se ampliar) de relacionamentos, e a identificação de grupo ao qual
ela pertence se transforma.

Para optar entre estes novos parâmetros (que envolvem a postura profissional, sexual, ética, empreendedora e
tudo mais), os jovens levam em consideração tudo que existe ao seu redor que eles começam a perceber,
separam os que mais parecem lhes satisfazer e daí pesam os prós e os contras de cada um, levando em conta
não só a vontade própria, como também a opinião dos pais, que tem um valor fundamental afetivo. Mas nem
sempre a decisão final agrada aos pais (na maioria das vezes, isto é causado simplesmente devido à “defasagem”
ocasionada pelas mudanças socioculturais entre a adolescência dos pais e a dos filhos, sem que signifique
realmente um motivo concreto para a preocupação dos pais), daí ser comum o sentimento dos pais de querer
impedir o crescimento dos filhos no intuito de protegê-los, só que eles também querem ver desenvoltas as aptidões
individuais dos filhos e suas personalidades próprias. Cria-se um paradigma paterno que espelha um outro
paradigma, o dos filhos adolescentes, que experimentam agudamente o medo, a ansiedade e o sentimento de que
perderam a infância para algo que desconhecem, e ao mesmo tempo, vontade crescerem e de se afirmarem como
indivíduos.

Entretanto, muitas vezes, observa-se um comportamento esquivo em adolescentes, tal como, querer dormir
demais, ser muito tímido, não ter ânimo para sair de casa ou fazer as coisas, comer absurdamente, ficar o tempo
todo jogando no computador, uso de drogas, ficar com a atenção presa a TV, etc., mas este comportamento é uma
fuga do paradigma que o aflige. Da mesma forma, que muitos pais enchem seus filhos com “gordas” mesadas,
cedem-lhe às vontades, ou os matriculam em uma enorme quantidade de tarefas extracurriculares, para fugir do
mesmo paradigma. Estes são, sem dúvida, comportamentos que fogem da tentativa de comunicação entre pais e
filhos, mas a comunicação com os pais é de grande valor para os filhos, bem como suas opiniões lhes servem na
formação do caráter. Nada disso, vai fazer com que os filhos sigam estritamente o que os pais lhe recomendam,
contudo com certeza vai influenciar suas ações e diminuir a angústia de ambos.

Pais e adolescentes sofrem com as mudanças que ocorrem nesta fase do desenvolvimento humano (que vai dos
11 ou 12 anos até os 17 ou 18 anos), a tarefa de saber como se educar já não é fácil, aliás, é uma proposição
suficientemente difícil em qualquer idade, nesta as dificuldades são ainda maiores, mas exatamente por ser um
período de grandes mudança é que ele se torna um período muito fértil e criativo, que pode desembocar em um
relacionamento muito bom entre pais e filhos, mas para isso, ambos tem de enfrentar o problema juntos,
encarando as dificuldades e respeitando uns aos outros, se comunicando sinceramente, sem medo e sem
julgamentos, apenas, honestas tentativas de ajudar.

Dados sobre a Gravidez na Adolescência

18% das adolescentes de 15 a 19 anos já haviam ficado grávidas alguma vez.


1 em 3 mulheres de 19 anos já são mães ou estão grávidas do 1º filho.
1 em 10 mulheres de 15 a 19 anos já tinham 2 filhos.
49,1% destes filhos foram indesejados.
20% das adolescentes residentes na zona rural tem pelo menos 1 filho.
13% das adolescentes residentes na área urbana tem pelo menos 1 filho.
54% das adolescentes sem escolaridade já haviam ficado grávidas.
6,4% das adolescentes com mais de 9 anos de escolaridade ou já eram mães ou estavam grávidas do 1º
filho.
20% das adolescentes residentes na região norte tem pelo menos 1 filho.
9% das adolescentes residentes na região centro-oeste tem pelo menos 1 filho.

Planejamento familiar
Prof. Humberto L. Vieira

Membro da Pontifícia Academia para a Vida


Consultor do Pontifício Conselho para a Família
Presidente da Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família
de Deus
Resumo da Conferência proferida no Congresso Regional do ECC
- Brasília, 30.06.2002

1. O início da vida humana

Para uma análise dos métodos de planejamento familiar é importante


conhecer quando se dá o início da vida humana.
Todo ser humano tem início no momento da concepção, isto é, quando o
óvulo é fecundado pelo espermatozóide. A fecundação natural se dá nas
trompas e o ovo (óvulo fecundado) se desloca para o útero para se fixar
no endométrio (parede interna do útero). O ato de fixar-se no útero dá-
se o nome de nidação. O espaço de tempo entre a fecundação e a
nidação é de app. 7 a 10 dias. Uma vez nidado o feto é alimentado pelo
cordão umbilical e desenvolve-se até o nascimento.

2. Métodos artificiais de planejamento familiar

Os métodos artificiais de planejamento familiar são classificados em


hormonais (pílulas, injetáveis e implantes subdermais)
espermaticidas (esponjas e geléias), de barreira (capuz cervical,
preservativos e diafragma) e os de ação mecânica, combinados ou não
com hormônios (DIUs). Alguns ainda incluem a esterilização cirúrgica
(ligadura de trompas e vasectomia) e o aborto entre métodos de
planejamento familiar.

Além dos efeitos colaterais de todos os métodos artificiais, muitos deles


provocam o aborto na fase inicial de vida, no período que vai da
concepção (fertilização) à fixação no útero (nidação).

Os anticoncepcionais orais presentes, hoje em dia no mercado, as


conhecidas pílulas, têm quatro mecanismos de ação:

1 - produzem a suspensão da ovulação. Neste caso não há fecundação


e, conseqüentemente, funcionam como anticoncepcional;

2 - alteram o estado do muco cervical dificultando o acesso do


espermatozóide até o óvulo. Aí também funcionam como
anticoncepcional;

3) - determinam mudanças no endométrio (parede interna do útero)


impedindo a nidação do embrião. Neste caso funcionam como abortivo.

4) alteram a movimentação do óvulo nas trompas. Se este está


fecundado resultará em aborto - um microaborto, quando não se dá
uma gravidez ectópica (a criança se desenvolve na trompa causando
sério risco de vida para a mãe)

Estudos realizados nos EE. UU. demonstraram que a pílula comum pode
provocar abortos na proporção de 5% a 10%. Enquanto as mini e micro
pílulas (pílulas de baixa dosagem) podem provocar o microaborto em
30% a 50% dos casos.

Estudos comprovam que a pílula apresenta, entre outros, os seguintes


efeitos colaterais: distúrbios circulatórios, câncer de mama, câncer
cervical, tumores hepáticos, malformação fetal, etc.

Segundo estudos da Associação Médica Inglesa as pílulas causam 130


mudanças hormonais no corpo da mulher, criando uma situação
totalmente artificial, substituindo o mecanismo dos hormônios naturais
existentes no organismo.

Os DIUs funcionam como um corpo estranho no útero impedindo a


nidação do embrião e não eliminando o espermatozóide, como muitos
de seus defensores querem fazer crer. Associado ao cobre (DIU de
cobre) ou a hormônios têm, os DIUs, o efeito de abortar o bebê em seus
primeiros dias de vida.
Os mesmos mecanismos abortivos ocorrem com os implantes hormonais
(Norplant).

Recentemente, foi introduzido no mercado a "Pílula do Dia Seguinte"


também conhecida como "Contracepção de Emergência". Essa pílula,
com alta dosagem de hormônio tem 2 mecanismos de ação:

a) se a mulher não está ovulando a pílula impede a ovulação,


funcionando com anticoncepcional. Isso ocorre em 20% dos casos.
b) se já ovulou a pílula impede a nidação, abortando o embrião na fase
inicial da vida. Isso ocorre em 80% dos casos.

3. Fecundação artificial

Muitos casais estéreis, ou que se submeteram a esterilização


(vasectomia ou ligação de trompas) vêm recorrendo a fecundação
artificial para ter filhos.
Nem sempre esses casais sabem das implicações desse procedimento.

Há várias modalidades de fecundação artificial:

a) fecundação homóloga - quando as células germinativas (óvulo e


espermatozóide) são do próprio casal;
b) fecundação heteróloga - quando um dos gametas (óvulo ou
espermatozóide) é de uma outra pessoa que não do esposos. Isso
caracteriza o adultério.
c) fecundação extracorpórea - quando a fecundação do óvulo se dá fora
do corpo feminino. Também conhecida como fecundação "in vitro" (bebê
de proveta)
d) fecundação intracorpórea - quando a união do espermatozóide com o
óvulo se dá no corpo da mulher com auxílio técnico (Método conhecido
como "Gift")

A fecundação artificial é condenada pela Igreja, não somente por atentar


contra a lei natural da procriação, como implicar em problemas morais e
éticos, além de colocar em risco a vida humana.

4. Métodos naturais de planejamento familiar

Enquanto os métodos artificiais causam efeitos colaterais provocando,


muitos deles, o aborto na fase inicial da vida humana, e a fecundação
artificial, além de resultar em abortos, tem sérias implicações éticas e
morais, os métodos naturais não têm inconvenientes e são mais eficazes
que aqueles. Estimulam o conhecimento mútuo do casal, incentivam o
respeito dos cônjuges e unem os esposos.

O homem é fértil durante todo o tempo, desde a puberdade até a morte.


Já a mulher só é fértil 24 horas durante seu ciclo menstrual.
Teoricamente só um dia, durante um mês, a mulher pode engravidar.
Como o espermatozóide pode ficar no corpo da mulher (na vagina ou no
colo do útero) por 3 ou 4 dias aguardando o momento de fertilizar o
óvulo, por segurança o período fértil se estende por 5 a 7 dias.

A Igreja defende o planejamento familiar com os métodos naturais que


respeitam a integridade física do ser humano e a cumplicidade do casal
na preservação da espécie humana. Esses métodos têm base científica e
comprovada eficácia: método da ovulação (Billings), método da
temperatura basal e o método da tabelinha (Knaus-Ogino)

A "tabelinha" muitas vezes é tomada como único método natural, pelos


defensores do métodos artificiais. Isso porque esse método é baseado
no período menstrual e apenas 20% das mulheres têm o ciclo menstrual
regular. Outros denominam a "Tabelinha" de "Método do Colar" por usar
um colar de contas para orientar os dias férteis da mulher. Esse método
é válido apenas para as mulheres que têm um ciclo menstrual regular.

Já o método da ovulação, também conhecido pelo nome de seus


descobridores, o casal de médicos australianos, John e Evelyn Billings
tem uma eficácia comprovada, pela Organização Mundial de Saúde, de
98%, superior à pílula anticoncepcional que se situa entre 96% e 97%.
O método da ovulação se baseia nas transformações naturais do corpo
da mulher.

Consiste, basicamente, na observação, pela mulher, do muco cervical. O


muco é produzido no colo uterino e constitui uma espécie de barreira
natural. Quando ele se torna líquido e flexível desce pela vagina e é
sentido pela mulher. Inicialmente é úmido e pegajoso depois se torna
elástico (3-5cm), muito elástico (5-10cm), regride e some. O muco é
semelhante à clara de ovo. O espermatozóide é, então, alimentado e se
movimenta, graças ao muco.

Quando a mulher está com sensação de secura no decorrer do ciclo,


antes e depois do muco, não é fértil.

Há um outro método natural que é baseado na observação da


temperatura corporal da mulher. É o chamado "método da temperatura
basal"

O método da temperatura basal indica o período fértil, quando a


temperatura da mulher encontra-se mais elevada

A temperatura basal é a temperatura mais baixa e estável do corpo,


obtida após um período de total repouso. Geralmente pela manhã, antes
de se levantar, o corpo humano tem a temperatura mais baixa durante
o dia.
Diferentemente do homem, a mulher tem uma temperatura bifásica
(uma fase alta e uma fase baixa). A ovulação (período fértil) se dá
quando a temperatura está elevada.

Hoje já existem vários aparelhos baseados nos métodos naturais que


auxiliam as mulheres para detectar seus dias férteis. Entre eles estão:
PG-53, Donna, Baton da Fertilidade e o Mini-sophia. Os primeiros estão
em fase de experiência, enquanto o Mini-sophia, já foi suficientemente
experimentado, e hoje constitui o mais eficaz aparelho para detectar os
dias férteis. Sua eficácia é calculada em 99,2%. Trata-se de um
termômetro eletrônico, cuja sonda é colocada sob a língua, pela manhã,
para tomada da temperatura basal. Os dados são registrados e
apresentados, numa tela, os dias férteis.

5. Conclusão

Os métodos naturais são cientificamente comprovados e de eficácia


superior aos métodos artificiais. São os únicos lícitos, admitidos pela
Igreja e de aceitação moral e ética. Entre outras vantagens asseguram
ao casal a responsabilidade pelo planejamento familiar, além de
possibilitar o diálogo e a união dos esposos.
Os métodos artificiais, além das conseqüências para a saúde da mulher,
a maioria deles, hoje, provoca o aborto na fase inicial da vida. Entre os
métodos de controle de população está o aborto cirúrgico praticado
clandestinamente ou sob suposto amparo da lei.

(Conferência proferida no Congresso Regional do ECC - Brasília,


30.06.2002)

Planejamento Familiar Pós Aborto e Atenção à Saúde Reprodutiva

Nos países em desenvolvimento, grande número de mulheres encontra-se aprisionadas num


perigosos círculo vicioso da gravidez indesejada e abortamentos realizados em condições de risco e,
com frequência, ilegais. Embora parece óbvia a importância de integrar a assistência ao abortamento
com a de planejamento familiar, isso poucas vezes ocorre nos serviços de saúde dos países em
desenvolvimento.

Os obstáculos para a prestação de serviços de planejamento pós-abortamento são, entre outros, a


fragmentação administração entre os serviços de emergência e os de planejamento familiar, bem
como a falta de atenção e compreensão das necessidades, dos pontos de vista e das motivações das
mulheres. Tal falta de integração entre os serviços contribua para expor as mulheres a futura
gravidez indesejada, e a abortos realizados sob condições de risco, debilitando ainda mais seu estado
de saúde. Além disso, a falta de outros serviços de saúde reprodutiva - tratamento da infertilidade e
doenças sexualmente transmissíveis - não possibilita oferecer às mulheres toda a atenção que
necessitam.

Uma Oportunidade Crítica

O período pós-abortamento - imediatamente seguinte à assistência a um abortamento espontâneo


ou provocado - é uma importante oportunidade para que a equipe de saúde auxilie as mulheres a
solucionar problemas que contribuem para uma gravidez indesejada, além das Doenças
Sexualmente Transmissíveis e a AIDS / HIV. Uma mulher que acaba de passar pelos riscos e
perigos de um abortamento inseguro, pode estar expressando claramente um desejo de controlar
sua fecundada e a necessidade de apoio para evitar uma outra gravidez indesejada. A rápida
recuperação da fecundidade pós- aborto torna especialmente crítico o momento de escolha de um
método anticoncepcional. Em geral, o período fértil da mulher retorna nas duas semanas
seguintes a um abortamento do primeiro trimestre e dentro de quarto semanas naqueles do segundo
trimestre. É possível que muitas delas não estejam cientes desse rápido reinicio da fecundidade,
particularmente porque este difere do prolongado período de recuperação da fecundidade no pós-
parto.

No mínimo, todas as mulheres que recebem assistência ao abortamento precisam de


aconselhamento e informação para garantir que tenham compreendido que:
1. Podem engravidar novamente antes da próxima menstruação;
2. Existem métodos seguros para evitar ou adiar a gravidez;
3. Podem ser encaminhadas a outros serviços de saúde reprodutiva

Métodos Anticoncepcionais

O planejamento familiar é a possibilidade do homem, da mulher ou do casal poder escolher livre e


conscientemente o número de filhos que quer ter, quando tê-los e o espaçamento entre eles, usando
para isso qualquer método contraceptivo existente.

Método da Ovulação:
A mulher identifica os dias que pode engravidar, observando a umidade de sua vagina. Requer um
período de observação e treinamento para que o método funcione. Não pode ser confundido com
corrimento.

Tabela:
É o método onde o casal evita ter relações sexuais no período do mês em que a mulher tem maior
possibilidade de engravidar, isto é, nos dias férteis. Este método não é totalmente seguro.

Espermicidas:
São produtos em forma de geléia, óvulo ou espuma que a mulher coloca na vagina antes de cada
relação sexual. São substâncias capazes de matar o espermatozóide. Não deverá ser usado
isoladamente.

Diafragma:
É uma capa de borracha macia flexível que é colocada no fundo da vagina pela própria mulher antes
de cada relação sexual, devendo ser retirado a partir de 8 horas após a relação.

Anticoncepção Oral (Pílula):


São comprimidos feitos com hormônios artificiais semelhantes aos produzidos pelo organismo da
mulher. Existem vários tipos de pílulas com diferentes tipos de hormônios. A pílula usada
corretamente é um dos métodos mais eficaz. Não deverá ser usado sem orientação de um
profissional de saúde.
Dispositivo Intra-Uterino (DIU):
É uma peça pequena de plástico colocada dentro do útero da mulher e tem validade de até 10 anos.
Não causa câncer. Somente profissionais capacitados poderão inserir o DIU

Injetáveis:
São injeções contendo hormônios que impedem a ovulação. São aplicados mensalmente ou
trimestralmente.

Camisinha Masculina:
É uma capa de borracha fina para ser colocada no pênis antes de qualquer contato sexual. Impede a
passagem dos espermatozóides e protege das DST's (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e AIDS.

Camisinha Feminina:
É um saquinho de plástico fino e macio que é colocado na vagina antes da relação sexual e é retirado
após cada relação. Impede a penetração do espermatozóide e protege das DSTs e AIDS.

Ligadura:
Cirurgia feita na mulher. As trompas são cortadas impossibilitando que o óvulo encontre o
espermatozóide. A mulher deve pensar bastante antes de escolher este método pois o mesmo é de
muito difícil reversão.

Vasectomia:
Pequena cirurgia feita no homem que impede que seus espermatozóides saiam na ejaculação. Não
interfere na atividade sexual do homem.

Coito Interrompido:
Não é método anticoncepcional. Consiste na retirada do pênis antes da ejaculação e na deposição
do sêmen fora da cavidade vaginal. Este método é muito conhecido das adolescentes e fica na
dependência exclusiva do parceiro sexual. Sua utilização muitas vezes não passa de tentativa, pois é
necessário um auto-controle suficiente, não muito comum, principalmente precoce. Só deve der
usado em situações absolutamentes excepcionais. A eficácia é baixa não apenas por este motivo,
mas também devido ao líquido pré-ejaculatório poder conter espermatozóides vivos. É comum a
insatisfação de um ou de ambos parceiros, sendo que a mulher, principalmente, fica muito ansiosa
com o desenlace da relação ou da relação incompleta.

IMPORTANTE: As informações contidas neste site têm caráter informativo e não devem ser utilizadas para realizar auto-diagnóstico, auto-tratamento ou
auto-medicação. Lembre-se que em qualquer situação, somente seu médico poderá prescrever medicamentos e orientá-la sobre o melhor tratamento.

Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)

AS DST são doenças transmitidas por meio da relação sexual, seja de homem com mulher, homem
com homem ou mulher com mulher. Em geral, a pessoa infectada transmite a DST para seus
parceiros, principalmente quando acontece penetração.

Ao contrário do que muita gente pensa, as DST são doenças graves que podem causar disfunções
sexuais, esterilidade, aborto, nascimento de bebes prematuros com problemas de saúde, deficiência
física ou mental, alguns tipos de câncer e até a morte. Uma pessoa com DST também tem mais
chance de pegar outras DST, inclusive a aids.

Quem pode pegar DST?


Quem tem relações sexuais sem camisinha;
Quem tem parceiro que mantém relações sexuais com outras pessoas sem camisinha;
Pessoas que usam drogas injetáveis e compartilham seringas;
Pessoas que têm parceiros que usem drogas injetáveis, compartilhando seringas;
Pessoas que recebem transfusão de sangue não testado;
Qualquer pessoa - casada, solteira, jovem, adulta, rica ou pobre - pode pegar DST.

Quais os principais sinais?


Feridas (úlceras): aparecem nos órgão genitais ou em qualquer parte do corpo. Podem doer ou não.
Corrimento: aparecem no homem e na mulher no canal da uretra, vagina ou ânus. Podem ser
esbranquiçados, esverdeados ou amarelados como pus. Alguns têm cheiro forte e ruim. Tem gente
que sente dor ao urinar ou durante a relação sexual. Nas mulheres, quando o corrimento é pouco, só
é visto em exames ginecológicos.
Verrugas: são como caroços, podem parecer uma couve-flor quando a doença está em estágio
avançado. Em geral, não dói mas pode ocorrer irritação ou coceiras.

Quais os principais sintomas?


Ardência ou coceira: mais sentido ao urinar ou nas relações sexuais. Há pessoas que sentem as duas
coisas, outras somente uma e muitas pessoas não sentem nada e, sem saber, transmitem DST para
seus parceiros.
Dor e mal-estar: embaixo do umbigo, na parte baixa da barriga, ao urinar, ao evacuar ou nas
relações sexuais.

Como tratar?
Faça apenas o tratamento indicado por um profissional de saúde, não aceite indicações de vizinhos,
parentes, funcionários de farmácias etc.
Siga a receita e tome os remédios na quantidade certa e nas horas certas.
Continue o tratamento até o fim, mesmo que não haja mais sinal ou sintoma da doença
Todos os parceiros de quem está com DST devem ser conscientizados e fazer o tratamento, senão o
problema continua.
Deve-se evitar relações sexuais durante o tratamento. Em último caso, sempre use camisinha.
Peça também para fazer o teste da aids. É sempre melhor se prevenir.

As DST mais comuns são:


Gonorréia (Pingadeira ou Esquentamento) Cancro Mole (Cavalo), Sífilis (Cancro Duro), Herpes,
Hepatite (tipo A e B), Candidíase, Linfogranuloma Venéreo (Mula), Uretrite não Gonocócias
(Chlamydia), Condiloma Acuminado, Tricomoníase e a AIDS. Mas existem ainda muitas outras.

Geralmente os sintomas das Doenças Sexualmente Transmissíveis se fazem notar alguns dias após a
infecção. Entretanto, existem agentes causadores de DST que podem permanecer por quase toda
vida sem ser percebidos pelo hospedeiro, é o caso por exemplo do Citomegalovírus, causador da
Retinite, Colite, Esofagite e da Pneumonite. Isso ocorre porque estes microorganismos, mesmo
residentes no organismo, são geralmente contidos, bloqueados por anticorpos produzidos pelo
sistema imunológico, só se pronunciando em situações especiais, como um estado de
imunodepressão (baixa de defesas imunológicas). Contudo, o portador de uma DST é também um
transmissor da doença, mesmo desconhecendo seu estado de infecção.

HIV / AIDS

HIV é uma sigla em Inglês, que significa: Human Immunodeficiency Vírus. Traduzindo para o
português: Vírus da Imunodeficiência Humana. É o agente causador da AIDS.

O HIV está em constante processo de mutação, o que dificulta muito o desenvolvimento de drogas
que possam erradica-lo. Seu aspecto mais grave reside no fato de que ele infecta e destrói,
principalmente, as células do Sistema Imunológico (anticorpos).

Existem dois tipos de vírus da AIDS: o HIV-1,que é o mais difundido pelo mundo, e o tipo HIV-2,
encontrado principalmente no oeste da África.

AIDS é uma sigla em Inglês que significa: "Acquired Immunodeficiency Syndrome". Traduzindo para
o português: Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, ou simplesmente SIDA.

O simples fato de uma pessoa ser portadora do HIV não significa que ela tenha AIDS. A Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida só se caracteriza quando o sistema imunológico estiver tão debilitado que
não seja mais capaz de defender, sozinho, o organismo. Esta fase se evidencia pelo surgimento das
infecções, ou doenças oportunistas e raras.

A AIDS e sua Transmissão pelo Ato Sexual

O vírus da Aids se transmite de vários modos. Um deles, porém, se destaca: a infecção pelo ato
sexual.
O sexo é um componente de grande importância na vida humana. Por isso, um grande número de
pessoas está sujeito a contrair doença.
Como saber, porém, se um parceiro em potencial está contaminado ou não? Há portadores do vírus
em que a doença ainda não se manifestou e dificilmente as pessoas se submetem a testes anti-HIV
periodicamente.
O fato é que quanto mais parceiros, mais probabilidades de um contato com o HIV.
Por isso a promiscuidade, ou seja, o fato de se manter relações sexuais com grande quantidade de
parceiros um dos fatores de risco na aquisição do vírus pela via sexual.
A promiscuidade facilita também a propagação de outras doenças sexualmente transmissíveis, como
a gonorréia e a sífilis. O organismo enfraquecido fica então naturalmente mais vulnerável á Aids.

Na relação entre um homem e uma mulher, qualquer um dos dois pode ser infectado. Mas o risco
parece superior para as mulheres do que para os homens, isso porque o vírus está presente em
maior quantidade no esperma do que nas secreções vaginais.
Mas se uma mulher for portadora do vírus e estiver com uma outra doença sexualmente
transmissível, apresentar algum corrimento vaginal devido a inflamações, ou mesmo estar
menstruada, a quantidade de vírus será maior, aumentando assim as possibilidades de ela transmitir
a Aids para o homem.

Foi em homossexuais masculinos que se constatou inicialmente o aparecimento da doença. Ainda


hoje, eles são considerados um dos grupos de risco, isto é, um conjunto de indivíduos mais sujeitos
à contaminação.
Uma das razões é o fato de, num ato sexual desse tipo, a penetração ocorrer através do ânus. O
pênis pode ocasionar feridas no reto, ou ainda sofrê-las, durante a penetração anal, e essas lesões
facilitam a transmissão do HIV.
Além disso, a mucosa do reto tem grande poder de absorção (o que explica o porquê de certos
remédios serem utilizados sob a forma de supositório). No caso de homossexuais femininos, o risco
de contágio é praticamente nulo, já que não ocorre a penetração.

Além da infecção pelo ato sexual, a transmissão do HIV / AIDS pode ocorrer através de objetos
cortantes ou perfurantes que entrem em contato com o sangue como agulhas e seringas de injeção,
agulhas de acupuntura e tatuagem (exija sempre material descartável ou esterilizado); e através da
mãe para o feto, através da placenta (também conhecida como transmissão vertical).

A gestante pode transmitir o vírus ao filho em qualquer fase da gravidez, sendo que o primeiro
trimestre isso é menos freqüente. O risco pode diminuir em até 67% se a gestante usar AZT durante
a gravidez e no momento do parto. O AZT ainda deve ser administrado ao recém-nascido por seis
semanas.

A transmissão pelo leite materno também pode ser evitada. Nesses casos, devem ser usados leite
industrializado ou leite humano de mulher sem o vírus HIV.

ATENÇÃO: Não se pega AIDS de outra maneira! Nem com beijo, nem com abraço, bebendo-se do
mesmo copo, usando o mesmo banheiro e nem de nenhuma outra forma.

TRATAMENTO

Ainda não existe uma cura para a AIDS. Existem drogas conhecidas como inibidores de protease,
quando usadas em combinação com outras drogas antiretrovirais, podem melhorar a saúde e a
qualidade de vida das pessoas que estão vivendo com HIV/AIDS.

No Brasil, dos 600 mil que são portadores do HIV/AIDS, pelo menos 400 mil, não sabem disso. Esses
dados são projeções do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde baseados nos
números fornecidos por unidades de doação de sangue, hospitais, maternidades e centros de
testagem de todo o País (set. 2003).

É importante que se faça o teste de HIV/AIDS. Quanto mais cedo o HIV/AIDS é diagnosticado,
maiores são as chances de receber avaliação e tratamento no menor prazo possível. Outro benefício
dos exames regulares é minimizar a transmissão do vírus por pessoas que não sabem que estão
infectadas. As pessoas não infectadas, mas com risco de infecção, devem fazer o teste cada 3-6
meses.
Veja no site www.aids.gov.br os endereços dos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) no
País, que oferecem anonimato e gratuidade ao usuário.

IMPORTANTE: As informações contidas neste site têm caráter informativo e não devem ser utilizadas para realizar auto-diagnóstico, auto-tratamento ou
auto-medicação. Lembre-se que em qualquer situação, somente seu médico poderá prescrever medicamentos e orientá-la sobre o melhor tratamento.

Durante o minuto que você vai levar para ler esta página, aproximadamente 40 mulheres no mundo
terão sido submetidas a um aborto em condições de risco. Estas mulheres são filhas, irmãs, esposas
e mães.

A maioria destas mulheres vive em condições precárias e muitas são ainda bem jovens. O desejo de
interromper a gravidez não desejada, não planejada ou inoportuna é o motivo que as levam a
arriscar sua vida.

Seja vivendo em uma metrópole como Bangkok ou Bamako, ou em uma região remota da Nigéria ou
do Brasil, cada uma dessas mulheres é vítima de uma tragédia que se repete milhões de vezes a
cada ano, tendo um impacto devastador nas crianças, famílias e comunidades do mundo inteiro.

A cada ano, mais de 70.000 mulheres morrem de complicações do aborto realizado em condições
precárias de higiene e/ou por pessoas não qualificadas. Um grande número dessas mulheres sofre
graves complicações que podem resultar em seqüelas permanentes. As mortes e danos físicos que
resultam do aborto realizado em condições de risco são inadmissíveis por serem facilmente evitáveis.
No entanto, aqueles que detêm o poder para resolver tais problemas, não se empenham o suficiente
para uma solução.

Uma mulher em situação de desespero faz qualquer coisa para interromper sua gravidez.

A legislação de quase todos os países permite o aborto em determinadas circunstâncias; no entanto,


em muitos países o acesso aos serviços apropriados de interrupção legal da gravidez (ILG) é
extremamente limitado. A mulher que não tem acesso a um prestador de serviço qualificado para
realizar o aborto e está decidida a interromper sua gravidez, recorre a métodos perigosos e
freqüentemente letais, como por exemplo:

• a inserção de caule de planta, agulha de tricô, raio da roda de bicicleta e/ou outros objetos
• a utilização de soluções químicas ou ervas tóxicas através da ingestão ou aplicação por meio de
ducha vaginal
• a overdose de medicamentos
• através de socos no abdômen ou massagens violentas no ventre; e lançando-se escada a baixo.

No Ipas, acreditamos que nenhuma mulher deve ser obrigada a arriscar a sua vida para interromper
uma gravidez não desejada. Também sabemos que a única forma de garantir que toda mulher possa
exercer, sem risco, os seus direitos sexuais e reprodutivos, é oferecer a cada uma delas o acesso a
serviços integrais de assistência à saúde reprodutiva.

A ONU escreveu uma carta contendo os 12 direitos relacionados as mulheres. Clique aqui para
saber mais sobre eles.

Os 12 Direitos da Mulher

Segundo a ONU - Organização das Nações Unidas os direitos das mulheres são:

 Direito à vida
 Direito à liberdade e a segurança pessoal
 Direito à igualdade e a estar livre de todas as formas de discriminação
 Direito à liberdade de pensamento
 Direito à informação e a educação
 Direito à privacidade
 Direito à saúde e a proteção desta
 Direito a construir relacionamento conjugal e a planejar sua família
 Direito à decidir ter ou não ter filhos e quando tê-los
 Direito aos benefícios do progresso científico
 Direito à liberdade de reunião e participação política
 Direito a não ser submetida a torturas e maltrato

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