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Viagem no Tempo
Fundado em
1º de março de
1833, o Clube
Carnavalesco Cruz
Vermelha só veio
a participar do
Carnaval em
1884. O clube
organizou um
cortejo com
rapazes e moças
ricamente trajados
e a novidade foi a
presença de um
carro alegórico,
com o tema
"Crítica ao Jogo de
Loteria",
ricamente
decorado com
peças importadas
da Europa. O
cortejo saiu de
uma das ruas do
Comércio, subiu a
Montanha, passou
em frente à
Barroquinha, rua
Direita do Palácio
(rua Chile), Direita
da Misericórdia,
Direita do Colégio
e retornou rumo
ao Politeama de
Baixo (Instituto
Feminino).
A iniciativa foi
um verdadeiro
sucesso e ganhou
milhares de
aplausos e pétalas
de flores dos
populares que se
encontravam nas
ruas. O Cruz
Vermelha mudou
basicamente o
Carnaval.
Em março de
1884, um grupo
de jovens fundou
o Clube
Carnavalesco
Fantoches da
Euterpe.
O grupo era
encabeçado por
quatro figuras da
alta sociedade:
Antônio Carlos
Magalhães Costa
(bisavô de ACM),
João Vaz
Agostinho,
Francisco Saraiva
e Luís Tarqüínio.
(seu primeiro
presidente) .
Década de 80
Década de 30
Existia em Salvador um conjunto musical, criado por Dorival
Caymmi, que animava algumas festas e reuniões de fim de semana, e
que se apresentava nas estações de rádio. Começava, então, a fazer
sucesso na Bahia o grupo Três e Meio, cujos integrantes eram o
próprio Caymmi, Alberto Costa, Zezinho Rodrigues e Adolfo
Nascimento – o Dodô. Em 1938, com a saída de Caymmi, o grupo
reestruturou-se e passou a contar com sete componentes, incluindo
Osmar Macêdo.
1942
Em apresentação na cidade de Salvador, o violonista clássico
Benedito Chaves (RJ) mostrou pela primeira vez ao público local um
"violão eletrizado". Dodô e Osmar, ávidos em conhecer tal
instrumento, foram assistir ao show no cine Guarani e ficaram
extremamente entusiasmados. Embora fosse um violão comum,
importado e com um captador inserido à sua boca, o instrumento era
muito primitivo e possuía microfonia. Dodô, porém, incansável na
busca da superação deste problema, construiu em poucos dias um
violão igualzinho ao de Benedito Chaves para ele, e um cavaquinho
para Osmar. Apesar da microfonia persistir, os dois uniram-se mais
uma vez para formar a "Dupla Elétrica" e começaram a se apresentar
em diversos lugares.
1943/49
A dupla elétrica passou, então, a tocar em clubes, festas e bailes,
com seus próprios instrumentos.
1951
Na quarta-feira anterior ao
Carnaval, o famoso "Clube
Carnavalesco Vassourinhas do
Recife", com 150 componentes,
apresentou-se em Salvador com
metais, alguma madeira e pouca
percussão.
1951
A dupla
resolveu convidar
o amigo e músico
Temístocles Aragão
para formar o que
se chamaria de trio
elétrico. O nome
foi ganhando fama,
fazendo com que,
nos anos
seguintes, as
pessoas ouvissem
o som eletrizante e
dissessem: "Lá
vem o trio
elétrico".
1952
A fábrica de refrigerantes "Fratelli
Vita" decidiu patrocinar o trio elétrico
de Dodô e Osmar e a dupla
abandonou a velha fobica e passou
para um veículo grande, colocando
nele oito alto-falantes, corrente
elétrica de geradores e iluminação
com lâmpadas fluorescentes. O
patrocínio permaneceu até 1957 –
época em que o trio elétrico de Dodô
e Osmar apresentava-se nas ruas
centrais de Salvador e animava
carnavais fora de época no interior do
Estado.
1953/58
Surgiram,
então, novos trios
elétricos tocando
em cima de
caminhonetes
como o Ypiranga,
Cinco Irmãos,
Conjunto Atlas,
Jacaré
(posteriormente
chamado de
Saborosa) e o
Paturi ( Feira de
Santana/BA.)
1956
Surge o conjunto musical
Tapajós (montado em uma
caminhonete), primeiro seguidor e
grande responsável pelo fato do trio
elétrico, como estrutura física, ter
se mantido e se expandido como
fenômeno carnavalesco.
1957
O trio elétrico Tapajós anima o
Carnaval no Subúrbio Ferroviário.
1958
O trio elétrico Dodô e Osmar ganhou o patrocínio da Prefeitura
Municipal de Salvador.
1959
A convite do governador de Pernambuco, o Trio Elétrico de Dodô e
Osmar saiu pela primeira vez da Bahia para tocar no Carnaval de
Recife, sob o patrocínio da "Coca-Cola".
1960
O trio elétrico Tapajós compra
de Dodô e Osmar uma de suas
carrocerias.
1961
1962
O Carnaval não teve mais uma vez a participação do trio de Dodô e
Osmar; por outro lado, assistiu à estréia do Tapajós, desfilando pelas
ruas centrais da Cidade.
1963
Com o patrocínio da Refinaria Mataripe, o trio de Dodô e Osmar
voltou a participar do Carnaval de Salvador: era um carro alegórico,
montado sobre uma carreta. Armandinho, com apenas nove anos de
idade, já era o solista do trio.
1964
Osmar resolveu construir uma
miniatura de trio elétrico em uma
pick-up Ford F-1000. A engenhoca
era destinada a seus filhos e aos
filhos de Dodô, os quais tinham
todos no máximo 12 anos.
1965
O mini-trio de Armadinho e
Betinho voltou a comandar o
Carnaval de Salvador. O trio
elétrico Tapajós consagra-se
campeão.
1966
O trio elétrico Tapajós foi aclamado bi-campeão.
1967
O Tapajós consagrou-se
tricampeão do Carnaval de
Salvador, em concurso promovido
pela Prefeitura.
1969
Caetano Veloso lançou a música
"Atrás do Trio Elétrico Só Não Vai
Quem Já Morreu". O trio Tapajós
lançou no mercado fonográfico o
primeiro disco gravado por um trio
elétrico e foi ao Rio de Janeiro para
reforçar o lançamento nacional da
música. Em uma semana, a canção
passou do sétimo para o segundo
lugar nas paradas de sucesso e foi
apresentada no programa televisivo
"A Grande Chance".
1972
Um histórico encontro na Praça
Castro Alves ocorreu entre Osmar –
que tocava no trio elétrico
Caetanave - e Armandinho, que se
apresentava em cima do trio
Saborosa, fazendo o "Desafilho".
1973
O trio Tapajós animou o Carnaval da cidade de Curitiba.
1974
Depois de uma longa
ausência, a dupla Dodô e Osmar
retornou ao Carnaval com uma
nova formação – "Trio Elétrico
Armandinho, Dodô e Osmar". Na
ocasião, eles gravaram um disco
sob o título "Jubileu de Prata",
em comemoração aos 25 anos
de criação do trio.
1975
Após sua estréia em 1950, a
fobica voltou às ruas para
comemorar o Jubileu de Prata do
trio elétrico. Uma grande festa foi
organizada para homenagear seus
inventores, incluindo um desfile de
vários trios elétricos puxados por
Dodô e Osmar. Especialmente
montados e decorados para a
parada, os trios saíram do Campo
Grande e chegaram até a Praça
Castro Alves, onde executaram em
conjunto o "Parabéns a Você". Em
seguida, a dupla recebeu o troféu
comemorativo ao jubileu pela
criação da "máquina de gerar
alegria".
Em apoteóticas homenagens, a
A empresa Souza Cruz contratou
dois trios da Tapajós para a cidade
do Rio de Janeiro.
1976
O Tapajós animou os carnavais
de Salvador, Belo Horizonte e
Santos.
1977
O trio elétrico Tapajós animou também o Carnaval em Brasília.
1978
Morreu um dos pais do trio elétrico, Adolfo Nascimento, o Dodô.
Seu sepultamento foi acompanhado pelo trio Tapajós, envolto numa
enorme faixa preta em sinal de luto, executando a Ave Maria de
Gounot e a marcha fúnebre de Choppin, além do Hino ao Senhor do
Bonfim.
1980
O trio elétrico Traz os Montes -
na verdade, equipamento de uma
entidade carnavalesca – desfilou
pela primeira vez nas ruas de
Salvador. O Traz os Montes, por
sinal, firmou-se como o trio que
mais introduziu as novidades
técnicas no Carnaval, possuindo um
som extraordinariamente potente e
de ótima qualidade e inovando com
toda a aparelhagem transistorizada.
1981
O novo trio de Armandinho, Dodô e Osmar teve como tema a
música "Vassourinha Elétrica", que, em poucas semanas, tornou-se
sucesso de vendagem em todo o País.
1983
Um trio elétrico construído na Itália foi inaugurado na Pizza Navona
diante de 80 mil pessoas embaladas ao som da banda de Armandinho,
Dodô e Osmar trieletrizado o "Império Romano".
1985
Um outro trio elétrico foi construído na França para fazer o
Carnaval em Toulouse.
1986
O trio elétrico Armandinho, Dodô e Osmar foi para a Copa do
Mundo do México e, na volta, foi à França para percorrer várias
cidades da Riviera Francesa, terminando em Lion.
1988
Foi criado o trio elétrico Espacial, com palco giratório e elevado
automático.
1990
O trio elétrico completou 40 anos.
1992
Orlandinho, filho de Orlando Campos, resgatou o trio Caetanave e
prestou uma homenagem à seu pai, promovendo neste Carnaval o
encontro de gerações.
1997
O outro pai do trio elétrico, Osmar Macêdo, faleceu e teve seu
sepultamento realizado com um cortejo de trios elétricos passando na
Praça Castro Alves.
1998
Foi inaugurado, na Praça Castro
Alves, monumento em homenagem
à dupla Dodô e Osmar.
1999
O percussionista Carlinhos
Brown retomou o projeto da
Caetanave e trouxe um novo
equipamento para as ruas de
Salvador.
2000
A fobica e seus idealizadores serão mais uma vez homenageados
no ano em que o trio elétrico completa 50 anos de existência.
O trabalho dos "afros" e "afoxés" com seus ritmos, cores e batuques, iria, então, exercer
enorme influência nos artistas "criados" em cima dos trios elétricos, que no início dos anos
80, começavam a fazer suas produções próprias e independentes. Apesar disso, o sucesso
dos novos músicos limitava-se à Bahia, graças ao incentivo e à parceria fundamentais do
estúdio WR, Itapoan FM e TV Itapoan. A hora deles, no entanto, não deixaria de
chegar... Em 1985, a canção " Fricote "- composta por Paulinho Camafeu e interpretada por
Luiz Caldas - explodiu e derrubou as barreiras existentes na mídia do Sul e Sudeste do País e
fez com que o gênero denominado axé music conquistasse todo o Brasil. Caldas e a banda
Acordes Verdes abriram as portas da indústria fonográfica nacional para a música baiana. A
axé music rompeu uma estrutura sólida e foi responsável pela mistura de diversos estilos
musicais e rítmicos, quebrando conceitos e preconceitos na maneira de fazer o público
dançar, se vestir, se comportar e se distrair. Sem falar no impulso econômico que deu à
economia baiana, através do lançamento e venda de milhares de CDs, da atração de
turistas, da geração de empregos diretos e indiretos e do crescimento do Carnaval de
Salvador.
A explosão das canções baianas foi ainda responsável pela reinserção da música
brasileira nas rádios do País, já que as programações eram recheadas apenas por sucessos
norte-americanos. Foi também após o surgimento da axé music que apareceram estilos
musicais genuinamente brasileiros, como o sertanejo da cidade de São Paulo, o pagode da
cidade do Rio de Janeiro, a lambada do Pará e o pop da cidade de Recife. Depois do sucesso
inicial, o gênero continuou se espalhando e fez surgir os carnavais fora de época nos quatros
cantos do Brasil, as quais vêm se expandindo a cada ano.
Embora muitas composições tenham sido lançadas nestes 20 anos da axé music,
apresentamos os 20 hits mais tocados nesta trajetória. Fontes: Jornal A Tarde, Assessoria de
Imprensa - Emtursa, W.R., Ricardo Chaves (cantor e produtor do CD "Luiz Caldas e
Convidados - 20 Anos de Axé) e o Jornalista Osmar Martins.