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Bailinho de Carnaval

Oficina: Rebecca Cardoso


A Breve Historia do Carnaval

O Carnaval é uma festa que surgiu


durante a Idade Média, em relação
direta com o cristianismo, mas
alguns elementos da festa foram
herdados de celebrações da
antiguidade, como os povos
mesopotâmicos, gregos e romanos.

Mascarados no Carnaval, iluminura,


Gervais du Bus, 1310-14.
A festa da Carne
A palavra Carnaval vem do latim “carnis
levale”, que significa “retirar a carne” na
tradução literal. No entanto, o termo
acabou sendo associado às festas com
fartura de alimentos, alto consumo de
bebidas alcoólicas, danças e entrega aos
prazeres da carne, de origem greco-
romana, conhecidas como bacanais (festas
dionisíacas, para os gregos), que tinham o
costume de durar meses

Baco/ Dionisio - Caravaggio


óleo sobre tela, Florença
No decorrer da Idade Média e com a consolidação da Igreja Católica, houve uma busca
pelo controle dos ímpetos festivos da população. Assim, durante a Alta Idade Media, a
Igreja estabeleceu a Quaresma — período de 40 dias que antecede a Semana Santa.

As Bacantes por Ernest Bieler (1863-1948, Switzerland)


O Mundo Invertido
A ideia que marcava o Carnaval medieval era a do “mundo de cabeça para
baixo”, isto é, um mundo no qual a ordem das coisas foi invertida temporariamente,
sendo essa característica encontrada em uma festa mesopotâmica.
Possivelmente a subversão de papéis
sociais no Carnaval, como os homens
vestirem-se de mulheres e outras práticas
semelhantes, é associável a essa tradição
no
Assim como as práticas da festa da carne, as
máscaras são elementos muito anteriores à
consolidação do carnaval como uma festa
popular. Ao longo da humanidade, o
utensílio foi amplamente usado para
representar divindades, seres sobrenaturais
ou antepassados, sendo item fundamental em
diversos rituais e celebrações religiosas.
No Teatro
Com o tempo, essa finalidade dá espaço
para o uso nas artes: é na Grécia antiga
que ela começa a ser utilizada em peças
teatrais. Nesse contexto, as máscaras
passaram a servir de reforço das emoções
que o espectador deveria reconhecer no
ator, ainda que estivesse muito longe do
palco.

É aí que nasce o símbolo do teatro até os dias


atuais: duas máscaras gregas, uma triste, e
outra alegre – ambas exageradas, com traços
bem marcados e expressivos.
O espetáculo em Veneza
É apenas em Veneza, na Itália, que as máscaras passam a ser consideradas um adereço para o carnaval em si

Exemplo de mascaras venezianas


A origem desse uso remete,
novamente, ao teatro. Durante o
Renascimento, nas cidades
italianas, surgia a Commedia
dell'arte, teatros improvisados
cuja popularidade ocorreu até o
século XVIII.

O que hoje conhecemos como


máscaras venezianas, famosas
pela exuberância, nasceu com os
famosos Pierrot, Colombina e
Arlequim, personagens da
Commedia dell’Arte. A
popularização desses personagens,
livres de moral, aliada ao fato das
máscaras cobrirem todo o rosto,
logo se tornou uma forma dos
próprios cidadãos se esconderem
no anonimato.
Personagens da Commedia dell’arte –
Pierrot / Colombina e Arlequim
Assim, os bailes de máscara se caracterizavam como momentos onde as pessoas se livravam das amarras sociais,
constituindo um ambiente de liberdade e transgressão: não se sabe quem é rico, pobre, homem ou mulher.

Os anos transformaram a festa, mas as máscaras sobreviveram: a tradição dos bailes de máscara se estende ao longo dos
séculos e, em contato com outras culturas, se converte no que hoje já compreendemos como carnaval.
Obrigada !

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