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Estado de Goiás

Secretaria de Estado da Segurança Pública


Polícia Militar do Estado de Goiás
Gabinete do Comando do
CEPMG PASTOR JOSÉ ANTERO RIBEIRO
Seção Pedagógica

Trabalho de Artes – História do Carnaval 1ª séries - Professora: Gláucia


Habilidades BNCC: Reconhecer o significado das comemorações e festas escolares,
diferenciando-as das datas festivas comemoradas no âmbito familiar ou da comunidade.

História do Carnaval
Carnaval é uma festa popular marcada pelos exageros. Tem forte ligação com o catolicismo e possui
relações com festivais realizados na Antiguidade.
"O Carnaval é uma tradicional festa popular realizada em diferentes locais do mundo, sendo a mais
celebrada no Brasil. Apesar do forte secularismo presente no Carnaval, a festa é tradicionalmente
ligada ao catolicismo, uma vez que sua celebração antecede a Quaresma. O Carnaval não é uma
invenção brasileira, pois sua origem remonta à Antiguidade.
A palavra Carnaval é originária do latim, carnis levale, cujo significado é “retirar a carne”. Esse
sentido está relacionado ao jejum que deveria ser realizado durante a Quaresma e também ao
controle dos prazeres mundanos. Isso demonstra uma tentativa da Igreja Católica de controlar os
desejos dos fiéis."
"Tópicos deste artigo
1 - Origem do Carnaval
2 - Cristianismo e Carnaval
3 - Carnaval na Europa medieval e moderna
4 - Carnaval no Brasil"
"Origem do Carnaval
Alguns estudiosos entendem o Carnaval como uma festa cristã, pois sua origem, na forma como
entendemos a festa atualmente, tem relação direta com o jejum quaresmal. Isso não impede que
sejam traçadas as origens históricas que nos mostram a influência que o Carnaval sofreu de outras
festas que existiam na Antiguidade.
Na Babilônia, duas festas possivelmente originaram o que conhecemos como Carnaval. As Sacéias
eram uma celebração em que um prisioneiro assumia, durante alguns dias, a figura do rei, vestindo-
se como ele, alimentando-se da mesma forma e dormindo com suas esposas. Ao final, o prisioneiro
era chicoteado e depois enforcado ou empalado.
Outro rito era realizado pelo rei no período próximo ao equinócio da primavera, um momento de
comemoração do ano novo na Mesopotâmia. O ritual ocorria no templo de Marduk (um dos primeiros
deuses mesopotâmicos), onde o rei perdia seus emblemas de poder e era surrado na frente da
estátua de Marduk. Essa humilhação servia para demonstrar a submissão do rei à divindade. Em
seguida, ele novamente assumia o trono.
O que havia de comum nas duas festas e que está ligado ao Carnaval era o caráter de subversão de
papéis sociais: a transformação temporária do prisioneiro em rei e a humilhação do rei frente ao seu
deus. Possivelmente a subversão de papéis sociais no Carnaval, como os homens vestirem-se de
mulheres e outras práticas semelhantes, é associável a essa tradição mesopotâmica.
A associação entre o Carnaval e as orgias pode ainda relacionar-se com as festas de origem greco-
romana, como os bacanais (festas dionisíacas, para os gregos). Seriam eles dedicados ao deus do
vinho, Baco (ou Dionísio, para os gregos), marcados pela embriaguez e pela entrega aos prazeres da
carne.
Havia ainda, em Roma, a Saturnália e a Lupercália. A primeira ocorria no solstício de inverno, em
dezembro, e a segunda, em fevereiro, que seria o mês das divindades infernais, mas também das
purificações. Tais festas duravam dias, com comidas, bebidas e danças. Os papéis sociais também
eram invertidos temporariamente, com os escravos colocando-se nos locais de seus senhores, e estes
colocando-se no papel de escravos."
"Cristianismo e Carnaval"
"As festas citadas eram, naturalmente, celebrações pagãs e eram extremamente populares. Com o
fortalecimento de seu poder, a Igreja não via com bons olhos essas celebrações nas quais as pessoas
entregavam-se aos prazeres mundanos. Nessa concepção do cristianismo, havia a crítica da inversão
das posições sociais, pois, para a Igreja, ao inverter os papéis de cada um na sociedade, invertia-se
também a relação entre Deus e o demônio.
A Igreja Católica, então, procurou ressignificá-las dando-lhes um senso mais cristão. Durante a Alta
Idade Média, foi criada a Quaresma — período de 40 dias antes da Páscoa caracterizado pelo jejum.
Tempos depois, as festividades realizadas pelo povo foram concentradas nesse período e nomeadas
carnis levale.
A Igreja pretendia, dessa forma, manter uma data para as pessoas cometerem seus excessos, antes
do período da severidade religiosa. Nesse momento, o Carnaval estendia-se durante várias semanas,
entre o Natal e a Páscoa."
"Carnaval na Europa medieval e moderna"
"O Carnaval medieval era marcado por festas, banquetes e muitas brincadeiras.
Durante os carnavais medievais, por volta do século XI, no período fértil para a agricultura, homens
jovens que se fantasiavam de mulheres saíam às ruas e aos campos durante algumas noites. Diziam-
se habitantes da fronteira do mundo dos vivos e dos mortos e invadiam os domicílios, com a
aceitação dos que lá habitavam, fartando-se com comidas e bebidas, e também com os beijos das
jovens das casas.
Durante o Renascimento, nas cidades italianas, surgia a commedia dell'arte, teatros improvisados
cuja popularidade ocorreu até o século XVIII. Em Florença, canções foram criadas para acompanhar
os desfiles, que contavam ainda com carros decorados, os trionfi. Em Roma e Veneza, os
participantes usavam a bauta, uma capa com capuz negro que encobria ombros e cabeça, além de
chapéus de três pontas e uma máscara branca."
"Era comum na Itália renascentista a realização de bailes de máscara durante o Carnaval.
A lógica que regia as festas da Antiguidade era a mesma para o Carnaval na Europa da Idade Média
e Moderna: o mundo de cabeça para baixo. Sendo assim, tratava-se de um período de inversão
proposital da ordem, portanto, as restrições das vidas das pessoas eram abolidas, e os papéis que
existiam naquela sociedade, invertidos.
A partir do século XVI, houve iniciativas de impor o controle sobre as festas carnavalescas no
continente.
Essa tentativa de silenciamento foi uma reação aos conflitos religiosos que atingiam a Europa naquele
período, mas também pode ser explicada como forma de impor controle social. Outra explicação pode
ser o conservadorismo vigente que buscava demonizar as festas populares."
"Carnaval no Brasil"
"O Carnaval chegou ao Brasil durante a colonização e transformou-se na maior festa popular do
país.
A história do Carnaval no Brasil iniciou-se no período colonial. Uma das primeiras manifestações
carnavalescas foi o entrudo, uma brincadeira de origem portuguesa que, na colônia, era praticada
pelos escravos. Nela, as pessoas saíam às ruas sujando umas às outras jogando lama, urina etc. O
entrudo foi proibido em 1841, mas continuou até meados do século XX.
Depois surgiram os cordões e ranchos, as festas de salão, os corsos, e as escolas de samba. Afoxés,
frevos e maracatus também passaram a fazer parte da tradição cultural carnavalesca brasileira.
Marchinhas, sambas e outros gêneros musicais foram incorporados à maior manifestação cultural do
Brasil.
Sugestões de links:
https://brasilescola.uol.com.br/carnaval/cuidados-com-o-corpo-durante-o-carnaval.htm
https://brasilescola.uol.com.br/pascoa/pascoa-crista.htm
https://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/carnaval-na-idade-moderna.htm
https://brasilescola.uol.com.br/carnaval/historia-do-carnaval.htm

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM


1- A festa do carnaval, na Antiguidade Ocidental, estava relacionada com rituais pagãos que
envolviam embriaguez e promiscuidade sexual. Dois desses rituais eram realizados entre o fim e o
início de cada ano, isto é, um em dezembro e o outro em fevereiro. Eram eles:

A) As Saceias e as Olímpicas.

B) As Apolíneas e as Siríacas.

C) O Pão e Circo e o Lupanar.

D) As Saturnálias e Lupercálias.

E) o Pão e Circo e as Apolíneas.

2- Durante a Idade Moderna, o Carnaval era realizado em diversas regiões da Europa, sobretudo no
sul do continente. Era um período marcado pelo consumo de grandes quantidades de carne e bebidas
alcoólicas, além de inúmeras brincadeiras e jogos. Uma das práticas mais comuns desse período era
uma forma de zombaria conhecida como:
A) Cocanha.

B) Abbaye des Conards.

C) Charivari.

D) Festa dos Bobos.

E) Hölle.
3- Em fevereiro, no dia 17 (sexta-feira) e no dia 18 (sábado), as escolas do Grupo de Acesso devem
desfilar na Marquês de Sapucaí. As vencedoras passam para o Grupo Especial no ano seguinte.
Nos dias 20 (domingo) e 21 (segunda-feira), o público pode apreciar as agremiações do Grupo
Especial. Depois de avaliadas pelos jurados, as vencedoras voltam ao sambódromo no dia 25 de
fevereiro, no tradicional Desfile das Campeãs. Pesquisar e registrar no espaço abaixo, quais
escolas de samba irão desfilar no grupo especial do Rio de Janeiro. Os desfiles das escolas de
samba do Grupo Especial de São Paulo vão acontecer nos dias 17 e 18 de fevereiro. Informe quais
as escolas de samba desfilaram no sambódromo de Anhembi nesse ano de 2023.

4- Em 2022, a vencedora do Carnaval de São Paulo do Grupo Especial foi a Mancha Verde. A escola
de samba levou à Avenida o enredo "Planeta Água", e falou sobre a importância da preservação
da água e sua presença nas religiões. Em segundo lugar, ficou a Mocidade Alegre, com o enredo
sobre Clementina de Jesus. Já a Império de Casa Verde ficou em terceiro lugar, falando sobre as
múltiplas formas de comunicação dos primórdios até a era digital. Fique de olho nos resultados do
Carnaval 2023 e informe quem serão as escolas vencedoras do Grupo Especial de São Paulo e Rio
de Janeiro. informe o enredo que as escolas levaram para avenida comentando suas abordagens e
destaques principais.

5- Os vários dias de agitação do Carnaval devem ser curtidos, portanto, com moderação, sendo
essenciais os cuidados corporais para evitar problemas de saúde. Enumere alguns fatores que
devemos fazer para evitar prejuízos a saúde.

6- "A Páscoa também encerra a Quaresma, aquele período de quarenta dias que é iniciado com a
Quarta-Feira de Cinzas. Na tradição cristã católica, a Quaresma é um período marcado por uma
série de jejuns, o jejum de carne vermelha é o mais conhecido. É um período também marcado por
penitências, quando muitos são privados de algo ou realizam algum ato de caridade. Inclusive, se
você tiver interesse em saber por que as pessoas não consomem carne na Sexta-Feira Santa. " Por
que não comer carne na Sexta-Feira Santa?

7- Considerando espaço urbano, o mundo citadino, assinale a alternativa correta:

A) Os citadinos da Idade Média, diferentemente dos da contemporaneidade, não se procuravam com a


segurança, nem mesmo no período da noite, porque não havia bandos rurais ou bandos de
salteadores urbanos que os atormentassem.
B) As festas medievais eram essencialmente religiosas e tinham apenas a função do regozijo, que era
o da glorificação de Deus e de seus santos, não permitindo o repouso dos cristãos por ocasião destas
festas.
C) As cidades medievais do século XIII proibiam as peças teatrais, inclusive as Paixões, até mesmo no
espaço das catedrais, porque os burgueses não tinham interesse em seu desenvolvimento.
D) O carnaval, que era na Alta Idade Média uma festa rústica, camponesa, com forte conotação pagã,
invade a cidade, urbaniza-se, e aí introduz uma contestação ideológica, transformando-se em algo
que se opõe à quaresma e combate a mentalidade penitencial e ascética da religião cristã.

E) A desruralização das cidades é um fenômeno do século XIII. Desde este período, foi abolida do
meio urbano qualquer atividade rural, sendo um espaço exclusivo de produção de manufaturas, e
tendo, inclusive, proibido a criação de animais pelas famílias citadinas.

8- Paralelamente à sucessivas proibições ao entrudo, surge o novo carnaval no Rio de Janeiro. Nele
predominam, de início, as máscaras aqui introduzidas em 1834, vindas de Paris e Veneza, além de
bailes e ricas fantasias, segundo os usos e costumes da Europa. Em fins do século, aparece e
confete, depois o corso, práticas festejadas nos jornais da época como símbolos de civilização. A
partir desta citação sobre as mudanças introduzidas no carnaval do Rio de Janeiro nas primeiras
décadas do século XX, em função das novas relações entre as elites urbanas e as camadas
populares no Brasil, é correto afirmar:
A) O carnaval fortaleceu-se, com os desfiles organizados pelo governo, como uma festa de elite,
marcada pela elegância e sobriedade dos participantes.
B) O carnaval tornava-se, cada vez mais, uma festa de características populares, concentrado nos
bairros pobres e nas periferias urbanas.
C) O carnaval de origem européia, com desfiles e fantasias, somava-se aos festejos populares
identificados ao passado colonial brasileiro.
D) O samba, o carnaval e o futebol permaneceram, apesar das mudanças, elementos de uma cultura
popular que se remetia ao início do século XIX.
E) O carnaval carioca tornou-se elitista e fechado às camadas populares urbanas, tornando-se uma
festa de características rurais.

9- No final do século XIX, as Grandes Sociedades carnavalescas alcançaram ampla popularidade entre
os foliões cariocas. Tais sociedades cultivavam um pretensioso objetivo em relação à comemoração
carnavalesca em si mesma: com seus desfiles de carros enfeitados pelas principais ruas da cidade,
pretendiam abolir o entrudo (brincadeira que consistia em jogar água
nos foliões) e outras práticas difundidas entre a população desde os tempos coloniais, substituindo-
os por formas de diversão que consideravam mais civilizadas, inspiradas nos carnavais de Veneza.
Contudo, ninguém parecia disposto a abrir mão de suas diversões para assistir ao carnaval das
sociedades. O entrudo, na visão dos seus animados praticantes, poderia coexistir perfeitamente
com os desfiles.

PEREIRA, C.S. Os senhores da alegria: a presença das mulheres nas Grandes


Sociedades carnavalescas cariocas em fins do século XIX. In: CUNHA, M.C.P.
Carnavais e outras festas: ensaios de história social da cultura. Campinas: Unicamp; Cecult, 2002
(adaptado).

A) Distinções sociais eram deixadas de lado em nome da celebração.


B) Aspirações cosmopolitas da elite impediam a realização da festa fora dos clubes.
C) Liberdades individuais eram extintas pelas regras das autoridades públicas.
D)Tradições populares se transformavam em matéria de disputas sociais.
E) Perseguições policiais tinham caráter xenófobo por repudiarem tradições estrangeiras.

10 A commedia dell’arte surgiu na Itália, no século XVI. A improvisação era utilizada pelos atores
que cantavam, dançavam, faziam acrobacias em praças, ruas ou palácios, brincando com a
fantasia das pessoas, sem se preocupar com a continuidade dos fatos. Esse tipo de teatro tem
sempre os mesmos personagens que, ao tratarem de assuntos amorosos, provocam muito riso
com o desenrolar de histórias confusas e cheias de intrigas. São personagens desse tipo de
teatro o(s)
A) Comediantes.
B) Artistas mambembes.
C) Palhaços.
D) Saltimbancos.
E) Arlequim, a colombina e o pierrô.
11 Commedia Dell’Arte
A Commedia Dell’arte foi um estilo de peça teatral popular, surgido na Itália. Ele teve início no século
XVI (por volta do ano de 1500).
Personagens da Commedia dell’arte
Os principais personagens são: Pierrô, Arlequim e a Colombina
Os três papéis representam serviçais envolvidos em um triângulo amoroso: Pierrô ama Colombina,
que ama Arlequim, que, por sua vez, também deseja Colombina.
Assista os vídeos:
https://www.google.com/search?q=Filme+pierrot%2C+colombina+e+arlequim
https://www.google.com/search?q=Filme+pierrot%2C+colombina+e+arlequim&rlz
A) Você conhecia algum personagem da Commedia Dell’Arte? Se sim, qual?
B) Com qual dos três personagens principais você mais se identifica? Pierrô, Arlequim ou Colombina?
Por quê?

Bom Trabalho!

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