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O Carnaval é uma festa de origem pagã.

A sua história remonta à Antiguidade, tanto na Mesopotâmia


quanto na Grécia e em Roma.

A palavra carnaval é originária do latim, carnis levale, cujo


significado é retirar a carne. O significado está relacionado com
o jejum que deveria ser realizado durante a quaresma, que se
avizinha e também com o controle dos prazeres mundanos. Por
esse motivo, sabendo que a abstinência de todo e qualquer
prazer se avizinhava, criou-se o hábito de, no período do

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Carnaval, se fazer a despedida da vida mundana sendo
permitido, neste período, cometer muitos excessos.

Na antiga Babilónia, duas festas possivelmente originaram o


que conhecemos como carnaval: as Saceias e o ritual que
ocorria no templo de Marduk.

As Saceias era uma festa em que um prisioneiro assumia durante


alguns dias a figura do rei, vestindo-se como ele, alimentando-se
da mesma forma e dormindo com as suas esposas.

Tudo era a fingir, como acontece no Carnaval.

O ritual no templo de Marduk era realizado pelo rei nos dias que
antecediam o equinócio da primavera, período de comemoração
do ano novo na região. Ocorria no templo de Marduk, um dos
primeiros deuses mesopotâmicos, em que o rei perdia os seus
emblemas de poder e era surrado na frente da estátua de Marduk.

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Essa humilhação servia para
demonstrar a submissão do rei à
divindade. Em seguida, assumia
novamente o trono.

Os gregos, os bacanais: festa em


honra de Baco, deus do vinho e de
todos os vícios, em que as
sacerdotisas bacantes, se
entregavam a todos os vícios,
nomeadamente ao da carne,
praticando nesse período amor livre.

Os romanos, as lupercais e as saturnais. Festins, músicas


estridentes, danças, disfarces e licenciosidade formavam o fundo
destes regozijos.

Também os egípcios e os hebreus comemoravam, permitindo uma


liberdade interdita ao longo do ano.

Os gauleses tinham festas análogas, especialmente a grande


festa do inverno a que é marcada pelo adeus à carne. A partir
desta festa fazia-se um grande período de abstinência e jejum,
como indica o seu próprio nome em latim "carnis levale" . Para a
sua preparação havia uma grande concentração de festejos
populares. Cada lugar e região brincava a seu modo, geralmente
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de uma forma propositadamente extravagante, de acordo com
seus costumes

O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da


sociedade vitoriana do século XX.
A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa
carnavalesca para o mundo.
Cidades como Nice, Santa Cruz de Tenerife, Nova Orleans,
Toronto e Rio de Janeiro inspiraram-se no Carnaval parisiense
para implantar as suas novas festas carnavalescas.

Presentemente o Carnaval mais conhecido é o do Brasil,


sobretudo o do Rio de Janeiro que criou e exportou o carnaval
com desfiles de escolas de samba, um espetáculo de cor, música
e alegria contagiantes.

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