Prólogo – (retirantes chegam com Diabo – Afastai-vos, afastai-vos. Eu
bagagens ao som da música “Ave renego toda a compaixão, o olhar Maria Sertaneja – orquestrada”, compreensivo, a pena. Eu sou formam a figura do quadro “A maior, eu me destaco. Eu quero, eu Criança Morta” de Portinari.) desejo, eu sou... (trocando de roupa) Eu fui feito por ele, eu nasci Texto: Os olhos tristes da fita como todos vós, eu tenho sangue Rodando no gravador nas veias, sou feito de carne, tenho Uma moça cosendo roupa ambição (tom) eu sou LUCIFER! Com a linha do Equador E voz da Santa dizendo Mulher 2 – Tu és um de nós, tenha O que é que eu tô fazendo calma. A vivenda é difícil, mas crê Cá em cima desse andor no amparo, a ajuda virá... (Personagens formam outra figura Diabo – Crer? A ajuda? Eu estou de Portinari, “Os Retirantes” para farto. Onde está Deus, o que é que ambos os lados da arena. Um ele fez por cada um de nós? homem sai do grupo.) Homem 2 – Ouça, nós estamos em Diabo – Ah, Meu Deus, porque me peregrinação pois temos esperança. fazei passar por essa provação. Tu estás assim agora porque a Não! O que será de mim com uma jornada parece difícil, maior do que criança nos braços com fome, com teus ombros parecem suportar, e é sede, a correr por esse mundo, a assim... sofrer sem saber de onde venho, Diabo – E o que foi que ele fez? Por sem saber para onde vou... que é que tendes fé? Peregrinas em Mulher 1 – Acalmai-vos irmão, busca de quê? tenhais fé... Homem 1 – Ele nos fez frágeis e ao Diabo – Fé?! É fé que me pedes mesmo tempo corajosos. Ele para ter? Quando não tenho como esperava que fossemos todos matar a minha fome? Quando não justos, bons, mas cada um age do tenho como saciar a minha sede? seu jeito perante as adversidades. Nós erramos com medo, mas ele Homem 1 – Eu entendo a sua dor, sempre olhou por nós! Junte-se a mas tenha calma. nós em peregrinação. Homem 2 – Todos nós passamos Diabo – Sempre a mesma por provações, mas faz parte... historinha, uma esmola aqui um Diabo – Eu não sou todos! Por que dinheirinho ali. Vós estais por toda a é que tenho que ser igual a todos? parte: “uma ajudinha no Natal, uma Eu tenho direito a um pouco mais ajudinha na Páscoa, um pãozinho por favor, um copo d’água, um Mulher 2 – Não fique assim, nos dê troco, um copo de canha, vamos a sua mão, ande conosco. Juntos pedir na frente da igreja pois lá seremos mais fortes... terão mais piedade de nós. Eu conheço-vos. Não é isso que vós Diabo – A morada das trevas, que é quereis? De que nós que somos de onde vive cada pecador. Sonso, alguma forma privilegiados e fingido, ambicioso, falsário e ladrão! felizardos (bravo)temos que cuidar João – Mas eu nunca roubei nada de vossos problemas, de vossas eu juro pelo ar que respiro. dores e feridas. Mas se estão neste estado é porque merecem. Eu Zé – Pois trate de parar de respirar. conheço cada um de vós (cheira)e Roubou ontem mesmo um ovo no vossos pecados todos. Querem galinheiro da vizinha, dona Coló! ver? Sois todos aproveitadores que tentam sempre tomar algum João – Fique quieto, cada palavra proveito quando possível. Não? pode ser usada contra nós no (murmúrios)Quereis ver? (joga o tribunal da inquisição, nunca viu pão no chão, risos. Para o homem filme de polícia?! que comeu) Guloso! Gula, gula! Zé – Mas eu nunca roubei, o (apontando para os outros) Luxúria, máximo que fiz foi pegar inveja, avareza, ira, preguiça, (para emprestado. o primeiro homem) soberba! Cada um pior do que o outro (homens João – E esqueceu de devolver, tentando se esquivar) E é claro, a pois sim. covardia! Onde pensais que ides? Diabo – Chega! Basta de pilheria. João Coió – Nós? A lugar nenhum Levarei um pelas orelhas e o outro não sinhô! pelo rabo preso, grande que é de tanta mentira! Zé Mané – Ele eu não sei, mas eu ia fazer a volta por aqui para ir até João – Valha-me pai do céu. aí para reverenciá-lo, por todo seu De Jerusalém, Belém, Nazaré poder, sua sabedoria e sua grandeza... No céu, na terra ou embaixo dela
Diabo – Debochados! Arruaceiros, O senhor que tudo sabe e tudo vê
o típico serzinho pequeno que gosta Me livre desta esparrela de dar um “jeitinho” para tirar proveito na vida... Zé – Não ore assim homem de Deus, que é capaz do coisa ruim João – Ih, olha quem falando “o ficar ainda com mais raiva vendo maior aproveitador” vosmecê tão devoto ao seu maior Diabo – Como é? inimigo.
Zé – Argumentador, ele disse... AR- João – E onde já se viu, Deus não é
GU-MENTADOR. O maior inimigo de ninguém. Mas eu lhe argumentador... peço meu Deus nosso Senhor, que nos socorra nesta hora e nos envie Diabo – Seus miseráveis cheios de um milagre, um santo ou um fiel lábia pagarão caro. Ei de arrastá-los soldado de seu andor... comigo para o quinto dos infernos... (surge Anjo Gabriel acompanhado João – Ah não por favor, lá é muito de anjinha) quente... Anjo – Deus todo Poderoso nos Zé – E eu tenho alergia a calor... enviou, Para que vos defendamos do Pobre, trabalhador Como qualquer maligno, outro É por isso que na hora da aflição Que acorda cedo com o canto do carijó. Roguem sempre pelo anjo guardião. Zé – Eu sou Zé, que vem de José Que dos caminhos do mal vos afasta Que é carpinteiro E com suas asas de querubim os Que desde pequeno dentro do ampara. templo Diabo – Toda essa conversa... Com a palavra em punho se fez Gabriel, o preferido do Papai do obreiro céu, o anunciador... por que é que Nunca foi de puxa-saquismo e nem você tem que se meter sempre de rapapé onde não foi chamado. Deve ser por isso que nessas Zé – Alto lá, o João Coió chamou! andanças João – Chamei! Chamei porque não Me apelidaram de mané. estamos sós... Diabo – Aff. Dois poetas... Chega Diabo – (reage e os dois caem de conversa, eu tenho mais o que sentados) fazer. Exijo levar esses dois Anjo – Alto lá Satanás! Sabeis que tranquera comigo! E de brinde ainda não podes judiar dos filhos de Deus, ganho esse bando de retirantes. muito menos depositar sobre eles a Pedinchas, malandros e tua mão maligna. Sobretudo quando aproveitadores... um deles invocar a proteção de Anjo – Para conduzir qualquer um nosso senhor... deles para onde seja terá antes que Diabo – Não me venha com me enfrentar. ladainhas. Diabo – (grita e vem para cima do João – O Coisa ruim ali não Anjo. Povo chora.) gostou... João – Não precisa derramar Zé – E pelo visto ele tem medo do sangue por nossa causa. sinhô! Zé – É verdade, somos todos Anjo – Não é medo meu irmão, é adultos. Por que é que não que ele reconhece que o bem é dialogamos... mais forte. Quem são vocês? Diabo – E o que é que eu ainda Apresentam-se. tenho para conversar ou ouvir para João – Eu me chamo João, entupir os meus ouvidos de asneira?! Filho de Pedro, neto de Elias João – Lá em minha terra a gente Tendo em meus antepassados prefere trocar a ofensa e a violência Abraão, Jacó e Zacarias. por um jogo de valentia. Ganha sempre o mais inteligente, Pelas andanças da vida corajoso... Me apelidaram de Coió Diabo – (cortando) Ou esperto! Zé – Se o senhor quer assim Foi o Anjo Gabriel chamar, eu aceito o elogio. Em uma missão de fé, Sendo por Deus enviado Diabo – Vá brincando, que ainda À Virgem de Nazaré hoje vosso rabo arderá no Que mui feliz era noiva braseiro... Do carpinteiro José. Anjo – Qual é a ideia João? Era jovem virtuosa João – É simples, eu conto uma E se chamava Maria; história que aprendi no catecismo. À noite quando orava, Zé – E que o coisa ruim aí nem O que sempre ela fazia, deve conhecer. Não tem cara nem Um anjo a surpreendeu, de que fez a primeira comunhão. Enchendo-a de alegria.
João – É uma história muito bonita “Salve, cheia de graça”,
de amor, confiança e compaixão. O Anjo assim lhe falou, Zé – Que também tem violência, "O Senhor está contigo inveja e ambição. E muito te agraciou"; Ouvindo esta saudação, João – E todo esse povo que tá Maria se perturbou. aqui na rua há de ficar tão tocado pela emoção que antes do final “Não temas”, o anjo disse, desse dia o bem vencerá e o coisa “Pois eis que conceberás ruim há de voltar bem quietinho pro E daqui a nove meses seu rincão. Um filho à luz darás, A quem, por ordem de Deus, De Jesus o chamarás. João - A narrativa que faço Não é minha invenção É o Filho do Altíssimo Que irá nascer de ti, Pra contar já me benzi Será grande entre os seus E os chamará para si, E fiz minha oração Deus Pai lhe dará o trono Peço a Deus discernimento Que pertenceu a Davi". Pra falar do nascimento Ouvindo a revelação De quem trouxe a salvação Do anjo que lhe saudou, Maria ficou inquieta E muito se perturbou, Zé - Nas linhas de cada verso Por isso com humildade Para o anjo assim falou: Cumprirei o meu papel Seguindo sempre a risca “Não entendo como vai Ser essa concepção, O tema desse cordel Porque com homem algum A vinda do Deus menino Eu mantenho relação”; Mas o anjo, calmamente, Sua saga seu destino Deu-lhe toda explicação: Prometendo ser fiel. "Será por obra dos céus Que tu irás conceber, O Espírito Santo vai De ao mundo enviar Cobrir-te com seu poder, O Messias Salvador". Pois é Santo o menino Que de ti irá nascer. Maria pôs-se a cantar Seu canto com harmonia, Tua prima Isabel, Pois que o Espírito Santo Mesmo estéril teve a vez, Seu coração comovia; Idosa ela ficou grávida A Mãe do Senhor servindo, E já está nos sexto mês; Cantarolava e dizia: A Deus nada é impossível, Do nada tudo Ele fez". A minh’alma engrandece Imensamente ao Senhor Maria disse ao anjo: Meu espírito se alegra "Do Senhor sou a escrava, Em Deus, o meu Salvador; Ser Mãe do Filho de Deus, Olhou pra minha baixeza Por essa não esperava, E revelou-me a beleza Mas que tudo se realize, De suas grandes ações; Conforme tua palavra". Serei por isso aclamada Mulher bem aventurada Transmitida a mensagem, Por todas as gerações. O anjo se afastou; Maria, logo em seguida, Sim, o todo poderoso, Depressa se levantou, Maravilhas fez em mim, Foi à casa de Isabel, Seu amor é para todos A ela cumprimentou. Pelos séculos sem fim; Com seus braços poderosos, O menino que Isabel Derrubou os orgulhosos Ali no ventre trazia, Da imponente escalada; Ouvindo a saudação Os famintos saciou Pronunciada por Maria, E os arrogantes deixou Comoveu-se em seu seio De mãos vazias, sem nada. E pulou de alegria. Socorreu a Israel, Cheia do Espírito Santo, O seu povo escolhido Isabel pôs-se a falar: Recordando a aliança "É uma honra para mim, No compromisso assumido; Mal posso acreditar, Lembrou-se da profecia, Que a Mãe de meu Senhor Cuja promessa um dia Vem a mim me visitar! Fez ao seu servo Abraão, De sempre o proteger Meu filho dentro de mim E com amor acolher Moveu-se de euforia, Dele toda a geração. Ao ouvir a saudação Diabo – É uma história muito De minha prima Maria; bonita, mas vocês não estão Deus lembrou-se da aliança esquecendo da pobreza e do E a cumprirá neste dia. Sofrimento ao qual esse casal foi exposto, se bem me lembro. Bendita és tu que creste Na palavra do Senhor, João – Pois isso acrescenta mais Pois que em ti se cumprirá bondade a esse texto. O casal Sua promessa de amor grávido, José e Maria, abandonaram suas famílias como Ora, se vosmecê é o rei de toda a qualquer homem ou mulher de hoje Judeia em dia que abandona sua casa e Em algum lugar nasceu um menino vagueia em busca de oportunidade que será rei, e comida. Pedindo ajuda de casa em casa, um cantinho aconchegado Então ele deve ser o seu filho? pois as primeiras dores Maria sentia, e teria ainda naquela noite Diabo – Ah, a intriga... entre capim e manjedoura a sua Boracéia – E você quem é? Faz bendita cria. parte dessa corte? Diabo – Eu exijo opinar! Essa Diabo – Da corte do mal sou história está sendo contada soberano vitalício. somente pelo vosso ângulo, e um pouco de malícia eu hei de Comando roubo, assassinato e acrescentar: parricídio.
Soberano da Judeia, Boracéia – Um homem tão forte e
poderoso Herodes soube, aturdido, e eu aqui tão corna desse gorducho Que uma estrela cintilante guloso. Haveria conduzido Herodes – Ah esposa, o que tem de Sempre o trio peregrino bela tem de ignorante.
Na direção do menino, Não percebe que o menino nascido
O santo recém-nascido. Trata-se de um golpe estabelecido
Para nossa coroa usurpar.
Herodes quis confirmar Boracéia – Mas do que se trata
isso? Eu há anos esperando a Se tinha veracidade viuvez A notícia que lhe deram, Para ficar livre e reinar de uma vez. Pois era uma novidade: Onde está esse menino? Vivo ou morto quero lhe abraçar. Sacerdotes, profecias Diabo – Agora sim essa história Consultou naqueles dias trafega justa. A importante autoridade. Zé – Estamos perdidos. Com essa Boracéia não contávamos. Diabo – Herodes tinha pois, uma Mulher quando se aperreia esposa muito ambiciosa de nome Boracéia . Ergue a casa e a todos maneia Zé – Arre que nome bem feio. A João – Se esquece então dos reis bichinha deve ser uma diaba! magos do oriente Diabo – Disse ela ao marido Que viram a luz, uma estrela Ao saber do nacsimento ocorrido: Grandiosa e poderosa Boracéia – Nasceu em algum lugar o rei dos judeus A iluminar nós tão pequenos aqui Que move um bom coração. embaixo. Zé – Chamando os homens , Nas escrituras, seus nomes Boracéia Nós podemos encontrar. Fez um pedido, matreiro: Melchior (ou Belchior), Boracéia – Encontrem esse menino, O Baltazar e o Gaspar Prossigam em seu roteiro. Levaram carinho imenso, Depois, façam-me um favor, Junto ao ouro, mirra, incenso Do enviado do Senhor Que puderam ofertar. Informem o paradeiro.
Um anjo surgiu em sonho
Seguiram o seu caminho Para lhes fazer o alerta: Aqueles três viajantes - Voltem por outro caminho, Segurando a ansiedade Pois é essa a escolha certa. Pelos mágicos instantes Não deem conhecimento Que teriam em Belém: A Herodes, mau elemento, Quando vissem o neném Dessa linda descoberta! Ficariam exultantes. Zé – Vencemos! Vencemos! Nasceu o pequeno príncipe da terra! João – E pelos quatro cantos A estrela que, para os três, alegraram-se e iluminaram-se as Era um bonito fanal casas com a estrela do céu! Riscou o céu e parou Diabo – Seus traidores, vão me pagar caro! (pula em cima deles. Bem em cima do local Anjo pega a base da estrela e Onde Maria e José acerta o Diabo. Diabo cai no chão)
Receberam, pela fé, Zé – O bem venceu!
O presente Divinal. Anjo – Não zé, o bem não venceu.
O bem só vence quando aprendemos lições e nos tornamos Os andarilhos ficaram melhores...
Tomados pela emoção Diabo – E o que será de mim,
sozinho e machucado. Abandonado Quando puderam cumprir e repleto de ambição e com o ódio a Aquela grande missão, crescer cada vez mais? Tenha pena de mim meu Deus, pois eu errei. Um fruto da persistência Não me abandone, não me E também da reverência abandone. Eu errei, eu me perdi. Zé – Nós ganhamos! Nós teu leite ganhamos, vencemos a aposta. Que é mel sagrado, que é seiva benta João – Cale a boca homem. Tu não se apedoa do sofrimento alheio. A Rompe essa porta, quero olhar teus diferença entre o bem e o mal é que olhos no bem sempre há esperança e se Quero agarrar tuas asas para planar pela estrada houver um pouquinho de Que me devolve a viagem arrependimento dentro de um Que me devolve a casa coração ele se torna luz. Por isso eu Tua morada chamo aqui a mãe do perdão: Maria – Que palavras Bonitas, João Zé - Valha-me Nossa Senhora, Mãe Coió e Zé Mané. Obrigado Gabriel, de Deus de Nazaré! meu grande amigo, anunciador da A vaca mansa dá leite, a braba dá grande alegria do nascimento do quando quer. meu filho. Obrigado por proteger esses romeiros da maldade e da A mansa dá sossegada, a braba violência que cegou este pobre levanta o pé. homem. Já fui barco, fui navio, mas hoje sou Diabo -Minha mãe, eu não sei o escaler. que aconteceu comigo. Será que eu Já fui menino, fui homem, só me mereço o vosso perdão?
falta ser mulher. Maria – Eu te compreendo meu
filho, por que já andei por este Valha-me Nossa Senhora, Mãe de mundo. Fui uma jovem pobre em Deus de Nazaré! uma cidade pequena. Sofri na pele o preconceito e a fome, mas Deus (toca musica. Entra Maria) fez em mim maravilhas e colocou em meu seio o salvador do mundo. João - Em voo rasante pelos tetos A cada dia nós podemos aprender humanos mais sobre o perdão e o que é Pássaro mãe com pegadas no ar certo, ainda que sejamos fracos e Canto sempre a ninar nas noites às vezes caiamos no erro. mancas (menino caminha ao lado dela com Nos dias em bruma, és um colo de o mundo sobre as mãos) plumas Asas como berço, colar que é terço Diabo – Eu sou digno do perdão? nos seios do luar Menino – Todos são dignos do O grito mais bárbaro, a dor mais perdão (beija a testa dele). crua Não passam longe de tua cura, do Diabo – Obrigado. Obrigado Meu seu cuidar Deus. Obrigado Senhor. Mãe passarinha, ave materna, (musica a montanha) benção eterna Que desce do céu, por sobre minha Zé – E quanto a nós João? alma João – Não servimos nem pra anjo Perdoa minha falta, minha e nem para santo... Acho que pra impaciência nós só resta ser (tom) o burro e o Estou dentro da casca como filhote boi de Belém! nu Coração afoito, boca sedenta pelo (formam o presépio. Noite feliz)