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JI-PARANÁ, RO
ABRIL DE 2022
ANDREIA TONIATO
JI-PARANÁ, RO
ABRIL DE 2022
FICHA CATALOGRÁFICA
ATA DE AVALIAÇÃO
Dedico este trabalho a Deus, minha família e amigos por me guiarem e me apoiarem
do início ao fim.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a minha família e amigos por todo apoio e incentivo que me deram.
Astronomy is the science that studies the universe and its components. Its study is
mainly based on observation. In schools, as an object of study, it comprises a
discipline of great importance for covering everyday topics of students' daily lives and
for being able to arouse students' interest. During high school, it is an area that can
be approached in several subjects, such as Physics, Chemistry, Biology and
Geography, however, although foreseen by the National Curricular Parameters
(PCN), the reality in most Brazilian schools, mainly public ones, is that issues related
to Astronomy are little discussed or even non-existent. Much of this reality is due to
the teachers' lack of preparation, extensive and rigid menus, high dependence on
textbooks, lack of resources for practical classes and lack of knowledge of
educational tools that can replace them. In this sense, based on the learning theory
proposed by Vygotsky, that the subject builds knowledge from the interaction with the
physical and social environment, this work aims to propose a didactic methodology
for the teaching of Astronomy linked to the discipline of Physics for high school
students. The didactic proposal is based on the use of animations and the
construction of portfolios, to facilitate and consolidate learning and for evaluation by
the teacher. The proposal was developed in two schools, one public and one private.
The classes took place remotely and the topics covered were: solar system,
exoplanets and the life and death of stars. At the end of the classes, the students
prepared their portfolios and answered a questionnaire. It was observed that the
didactic proposal facilitated the teaching-learning process and was able to arouse
students' interest in the contents. It is believed that other tools can be studied and
tested in order to promote the viability of astronomy content within the classroom.
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................18
2 REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................21
3 REVISÃO DE LITERATURA.....................................................................................25
3.1 A ASTRONOMIA NOS CURRÍCULOS ESCOLARES...........................................25
3.2 ASTRONOMIA & EDUCAÇÃO..............................................................................27
3.3 ASTRONOMIA – UM HISTÓRICO DOS POVOS..................................................29
3.4 ASTRONOMIA MODERNA....................................................................................31
3.5 A FÍSICA APLICADA À ASTRONOMIA...............................................................33
3.6 USO DE PORTFÓLIO COMO FERRAMENTA DE ENSINO...........................38
4. REVISÃO TEÓRICA DE FÍSICA...............................................................................40
4.1 LEI DE KEPLER........................................................................................................40
4.2 GRAVITAÇÃO..........................................................................................................46
4.3 INSTRUMENTOS QUE MEDEM A DISTÂNCIA..................................................48
4.3.1 Radar......................................................................................................................49
4.3.2 Paralaxe...............................................................................................................49
4.3.3 Anos luz...............................................................................................................51
4.3.4 Unidade astronômica.......................................................................................51
4.4 INSTRUMENTOS DE OBSERVAÇÃO ASTRONÔMICA.....................................52
4.4.1 Lunetas...................................................................................................................52
4.4.2 Telescópio..............................................................................................................53
4.2.2 Radiotelescópio......................................................................................................58
4.5 SISTEMA SOLAR.....................................................................................................60
4.5.1 Mercúrio.................................................................................................................60
4.5.2 Vênus.....................................................................................................................62
4.5.3 Terra.......................................................................................................................62
4.5.4 Marte......................................................................................................................63
4.5.5 Cinturão de asteroides............................................................................................64
4.5.6 Jupiter.....................................................................................................................65
4.5.7 SATURNO.............................................................................................................66
4.5.8 Urano......................................................................................................................67
4.5.9 Netuno....................................................................................................................68
4.5.10 Plutão.....................................................................................................................69
4.5.11 Cometas..................................................................................................................70
4.6 ESTRELAS...............................................................................................................71
4.7 EXOPLANETAS........................................................................................................77
4.7.1 Métodos de detecção de um exoplaneta.................................................................77
5 METODOLOGIA..........................................................................................................81
5.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA E TIPO DE ABORDAGEM...............................82
5.2 PRODUTO DIDÁTICO.............................................................................................83
5.3 DESCRIÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DO PRODUTO EDUCACIONAL................85
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES................................................................................90
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................96
8. REFERÊNCIAS.............................................................................................................97
APÊNDICE A – PRODUTO EDUCACIONAL............................................................109
18
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Desta forma, é através das relações interpsíquicas que o ser humano entra
em contato com a cultura, para posteriormente compreendê-la numa visão
intrapsíquica, conforme palavras do autor:
22
precisão
dos resultados e fazer predições constitui a essência da práxis científica”.
Portanto, os modelos científicos são fundamentais para a evolução da física.
É
certo também que a evolução destes modelos está intimamente ligada com o
advento
do computador. Esta inovação imprimiu grande velocidade em realizar tarefas
complicadas para mãos humanas mais habilidosas e também permitiu realizar
simulações e experiências que não eram possíveis anteriormente. Os cálculos
despendiam demasiado tempo e ocupavam toda atividade cerebral do cientista, em
detrimento das observações dos fenômenos e conceitos físicos. Neste sentido, a
utilização de ferramentas computacionais - softwares, aplicativos, sites e plataformas
educacionais - fornece ao estudante de física duas ferramentas importantes: a
resolução de complexas contas matemáticas e o manuseio de animações e
experimentações de fenômenos físicos.
Em convergência com o que expusemos, os autores Pietrocola e Brockington
(2004) fazem uma observação sobre as animações presentes nestas ferramentas
computacionais descrevendo o grande benefício que estas tecnologias podem
oferecer aos educandos:
Por outro lado, a energia pode ser descrita em função do módulo do momento
angular L, uma vez que L = mr2Өž. Sendo assim:
[2]
43
Definindo
[5]
Chegamos à equação 6:
[6]
Cuja solução é:
[7]
Onde
44
[9]
[10]
onde, k = L2/mα.
Que representa a velocidade areolar do planeta, que é a razão entre a área varrida e
o intervalo de tempo gasto. Assim, considerando dois intervalos de tempo iguais,
sejam I1 = (t1, t2) e I2 = (t3, t4) tais que t2 – t1 = t4 – t3, ao substituir esse intervalo na
equação 14, obtém-se:
[15]
46
dessa forma tem-se que o raio vetor que liga o Sol ao planeta descreve áreas iguais
em tempos iguais, provando a segunda lei de Kepler.
Para demonstração da terceira Lei de Kepler, Souza e Oliveira (2004) utilizam
um resultado denominado derivação da constante “K”, obtendo como resultado:
[16]
de acordo com os autores, duas relações das elipses são dadas por: A = π.a.b, com
A sendo a área da elipse, a o semieixo maior e b o semieixo menor, com:
Da Lei das Áreas provada anteriormente, tem-se que dA = h/2 dt. Ao integrar-
se sobre um período P obtém-se que:
[17]
4.2 GRAVITAÇÃO
onde:
FG é a força gravitacional.
G é a constante gravitacional;
M1 é a massa de um dos corpos;
M1 é a massa de um dos corpos e
R é a distância entre os dois corpos.
Essa força mantém a Terra ligada ao Sol, e a Lua à Terra. De modo geral, o
sistema solar possui um campo gravitacional (principalmente em função da massa
solar) que mantém todos os corpos (planetas, cometas, asteroides, entre outros)
48
4.3.1 Radar
4.3.2 Paralaxe
[22]
da estrela (P’) (o qual se dá o nome de paralaxe) uma vez medida, permite calcular
a distância (d) da Terra até a estrela através das propriedades do triângulo
retângulo, de acordo com a equação 22.
Em razão das grandes distâncias que separam as estrelas, o ângulo de
deslocamento paralático é muito pequeno, geralmente na ordem de milissegundos
de arco ao longo de um ano. Desta forma, para que a medida seja possível, é
necessária muita precisão nas medidas astronômicas. Via de regra, considerando a
importância da paralaxe na determinação das distâncias astronômicas, se adota a
distância correspondente a paralaxe de 1 segundo de arco, abreviada por parsec,
como medida padrão de distância para objetos do Sistema Solar. No Sistema
Internacional de medidas, 1 parsec equivale à distância de 3.0857 x 10 16m (SOUZA,
2016).
usados para observação dos astros, como por exemplo lunetas, telescópios e os
mais modernos radiotelescópios.
4.4.1 Lunetas
4.4.2 Telescópio
Figura 7 - Escala e ampliação de um refrator, objetivo forma uma imagem do objeto no plano focal.
Esse tipo de telescópio combina a refração e reflexão, pois faz uma junção de
espelhos e lentes especialmente projetados. A refração acontece quando a luz
passa por um componente de vidro localizado na extremidade do tudo do telescópio.
Já a reflexão é feita com espelhos primários e secundários. Esse tipo de telescópio
tem o objetivo de obter um grau maior de retificação de erros gerais quando são
comparados com telescópios de outros modelos. Seu formato fornece um campo de
visão livre. As partes divididas desse tipo de telescópio são:
a) Lentes: cada telescópio tem uma ou mais lentes que são colocadas na
objetiva e recebem a luz que entra. A maioria dessas lentes são bicôncavas.
b) Espelhos: cada telescópio tem um ou mais espelhos que são colocados
como uma configuração objetiva junto com as lentes. A maioria usa dois
espelhos esféricos. O uso de lentes e espelhos produz uma imagem de
melhor qualidade.
c) Tubo do telescópio: serve como o corpo do telescópio e é projetado de
acordo com o arranjo lente-espelho usado. O tubo tem um botão abaixo da
57
Criado pelo óptico alemão Bernhard Schmidt em 1932. Foi desenvolvido para
eliminar aberrações esféricas existentes nos espelhos primários. Espelhos que
possuem distâncias focais pequenas tem uma superfície parabólica. Nesse modelo
de telescópio o espelho principal possui uma superfície esférica e quem corrige a
aberração esférica é um disco de vidro colocado na parte posterior do tubo.
4.2.1.6 Cassegrain
4.2.2 Radiotelescópio
O início do Sistema Solar se deu por meio de um produto final entre nuvens
de poeiras e gases interestelares, devido à gravidade ocorrida este se uniformizou e
se achatando e em forma de disco o seu interior formou o Sol e partir de diversas
colisões, originou-se corpos maiores, dando origem aos planetas (SANTOS, 2017a).
Assim pode-se definir que o sistema solar é composto de uma estrela central,
chamado Sol e atualmente oito planetas orbitando essa estrela e muitos outros
61
objetos menores. O estudo sobre o sistema solar evoluiu rapidamente após o uso
das sondas espaciais, pois as mesmas tornaram possível o estudo dos astros. Na
antiguidade era conhecido apenas os planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte,
Jupiter e Saturno e nessa mesma época Sol e Lua eram considerados planetas.
Posteriormente após a invenção do telescópio outros três planetas foram
descobertos, sendo eles: Urano, Netuno e Plutão. Além dos planetas vários objetos
astronômicos foram descobertos depois da invenção dos telescópios, como as
crescentes luas de Jupiter e Saturno. De acordo com Karttunen (2007), para um
objeto ser considerado planeta ele deve satisfazer a três condições: orbitar o Sol,
massa suficiente para sua auto gravidade superar as forças do corpo rígido
assumindo equilíbrio eletrostático e suas perturbações eliminarem outros objetos na
vizinhança de sua órbita. Assim caso um corpo só satisfaça as duas primeiras
condições ele é considerado um planeta anão, como é o caso de Plutão que em
2006 devido não satisfazer as três condições foi rebaixado a planeta anão.
4.5.1 Mercúrio
Este planeta possui fraca atração gravitacional, não sendo capaz de reter
elementos em grandes quantidades. A disso, é importante destacar que os planetas
não sofrem apenas a ação gravitacional exercida pelo Sol. Pequenas perturbações
fazem com que o semieixo da órbita originalmente elíptica gire lentamente. A
velocidade com que o semieixo gira é a velocidade de precessão da órbita. Essa
perturbação tem várias origens, por exemplo, o fato de o Sol não ser perfeitamente
esférico, a interação com outros planetas, ou ainda os efeitos da teoria geral da
relatividade. Neste contexto, a proximidade de Mercúrio com o Sol faz com que ele
sofra com maior intensidade os efeitos dessa deformação da geometria, em
comparação com os outros planetas. Inclusive, esta característica foi um ponto
controverso na gravitação newtoniana, uma vez que as primeiras medidas da
precessão da órbita de Mercúrio não concordavam com a predição newtoniana, com
uma discrepância entre o valor teórico e o valor observado de arco por segundo
(CUNHA e TORT, 2017).
4.5.2 Vênus
4.5.3 Terra
Terceiro planeta do sistema solar com diâmetro de 12.742 km, possui núcleo
de ferro-níquel. Único planeta que se sabe da existência de vida, com seu satélite
natural a Lua, forma quase um planeta duplo, pois o tamanho relativo da Lua é maior
que qualquer outro satélite natural do sistema solar (Figura 14). A atmosfera
terrestre é composta de 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e 1% de argônio.
Possui um período de rotação de 23 horas, 56 minutos e 4,1 segundo e período de
translação de 365,25 dias.
Figura 14 - Imagem da Terra capturada do espaço pela câmera Epic (Earth Polychromatic Imaging
Camera), que está a bordo do satélite Dscovr (Deep Space Climate Observatory).
64
4.5.4 Marte
Planeta rochoso mais afastado do Sol, possui diâmetro de 6000 km, sua
superfície vista de um telescópio é avermelhada com manchas escuras e calotas
polares brancas, essas calotas aumentam e diminuem de acordo com as estações
do ano, nas áreas mais escuras os cientistas suspeitam que eram vegetação (Figura
15). Sua atmosfera é composta de 95% de dióxido de carbono, 2% de nitrogênio e o
restante oxigênio. Tem atmosfera muito seca. Seu período de rotação é de pouco
mais de 24 horas e período de translação de 687 dias. É um dos planetas mais
explorados pelos cientistas pois o robô Rover Opportunity, enviado pela NASA,
varreu a superfície marciana quase por inteira e fez grandes descobertas como
crateras, bacia de lavas e vulcões, inclusive encontrado vulcões ativos (Figura 16).
O planeta possui dois satélites naturais em sua orbita que são chamados de Fobos e
Deimos.
65
Figura 16 - imagem tiradas pelo Rover Opportunity mostra vulcões, crateras de impactos e rios.
4.5.6 Jupiter
Figura 19 - imagem da grande mancha vermelha de júpiter vista pelo Voyager 1 em 1979.
4.5.7 SATURNO
4.5.8 Urano
Planeta gasoso, não pode ser visto a olho nu, descoberto em 1781 por
William Herschel, possui diâmetro de 50.724 km, período orbital de 84 anos e
período de rotação de aproximadamente 17,3 horas (Figura 21). Visto pelo
telescópio é esverdeado em decorrência as fortes bandas de absorção de metano
no infravermelho próximo. Esse planeta quase não possui características pois está
de baixo de uma espessa nevoa e poluição atmosférica. Assim como saturno possui
anéis, sendo que os mais internos são amplos e difusos e os externos escuros e
estreitos. Até 2020 foram registrados 27 satélites naturais, sendo os dois maiores
Oberon e Titânia.
4.5.9 Netuno
Planeta gasoso, com diâmetro de 49.500 km, período orbital de 165 anos,
período de rotação interna de aproximadamente 16 horas e 7 minutos e período de
rotação externa de aproximadamente 17 horas (Figura 22). Também possui anéis
em sua volta, seu núcleo é composto por silicatos e tem aproximadamente 16.000
km que é cercada por uma camada de água e metano liquido, sua camada gasosa é
composta por hidrogênio e hélio em sua maioria, se encontra também na sua
camada gasosa metano e etano. Até 2020 tem registrado 14 satélites naturais
orbitando Netuno, sendo sua maior lua Tritão com 2.700 km de diâmetro e uma
atmosfera composta principalmente de nitrogênio.
70
Figura 22 - Esta imagem de Netuno foi produzida a partir das últimas imagens de planetas inteiros
tiradas pelos filtros verde e laranja da câmera de ângulo estreito Voyager 2.
4.5.10 Plutão
Figura 23 - Esta visão colorida aprimorada da espaçonave New Horizons da NASA amplia a porção
sudeste das grandes planícies de gelo de Plutão.
4.5.11 Cometas
4.6 ESTRELAS
De acordo com o dicionário Aurélio, estrela é todo “Astro fixo que possui luz
própria”. Já para Oliveira Filho e Saraiva (2012), estrelas são:
quantidade de luz que ela irradia por segundo (fluxo de radiação), através de toda a
sua superfície (CAPELATO, 2003).
Essas relações deram origem a um diagrama (Figura 25) que mostra
precisamente a luminosidade versos a temperatura da superfície emissora (também
conhecida como temperatura efetiva). Os astrônomos Hertzprung e Borris Russel
(1877-1957), pegaram as medidas de várias centenas de estrelas e colocaram em
um diagrama inventado pelos mesmos, conhecido como diagrama de Hertzprung-
Russel (H-R). Tornando-se evidente que as diferenças entre elas eram muito
importantes (PINTO, 2003).
Figura 25 - Diagrama H-R, que mostra como as estrelas se distribuem conforme sua cor
(temperatura) e brilho (luminosidade).
As anãs marrons são estrelas desativadas. Tem sua massa menor que 0,08
massas solares são pequenas demais para que em seu centro sejam alcançadas as
temperaturas para a fusão do hidrogênio em hélio. Pode-se imaginar uma estrela
anã mais ou menos com uma versão um tanto grande demais de um planeta
gasoso, um exemplo deles é o planeta Júpiter. A apenas doze anos-luz distanciada
do Sol foi descoberta uma anã marrom. (KOUZMIN-KOROVAEFF,2010).
4.6.3 SUPERNOVAS
entorno é completamente encurvado e, embora a matéria possa ser atraída por ele,
dele nunca poderá escapar. (GUIMARÃES, 2007).
4.7 EXOPLANETAS
São planetas que não estão no Sistema Solar, fazendo parte de outros
sistemas planetários. Como exemplo tem-se o Gliesse 667 que apresenta duas
estrelas amarelas e uma estrela anã de coloração vermelha e é composto por seis
tipos de exoplanetas, onde desses seis, apenas três contemplam uma zona
habitável (SALES; CARVALHO, 2020). De acordo com Lenchuk et al. (2020) o
primeiro exoplaneta encontrado foi no ano de 1995, utilizando uma técnica suíça
denomina variação da velocidade radial, estando a cerca de 50 anos luz da Terra.
Onde está primeira descoberta datou um grande marco para a pesquisa
astronômica.
A maior parte dos exoplanetas descobertos foram detectados pelo efeito
doppler, usando medida de perturbação gravitacional causada por esses planetas
em suas estrelas centrais. Essa técnica é conhecida no meio astronômico como
velocimetria radial. Essas informações devem ser colhidas ao longo de no mínimo
um período orbital. Com essa técnica foram descobertos planetas rochosos que
estão próximos de sua estrela mãe. Em 2006 foram lançados os satélites CoRoT
(convection, rotation and planetary Transits e Kepler. Com ajuda deles a quantidade
de exoplanetas descobertos vem aumentando a cada ano que passa.
que um planeta ao seu redor reflete. Será apresentado alguns métodos possíveis
para detecção dos exoplanetas:
Velocidade Radial ou Efeito Doppler: consiste em medir a oscilação que um
planeta em órbita causa em sua estrela massiva. Os puxões gravitacionais
produzidos pelo planeta fazem com que a luz emitida pela estrela sofra uma
pequena variação em sua trajetória, devido ao efeito Doppler das ondas
eletromagnéticas. As estrelas mãe tem um deslocamento devido a atração do
campo gravitacional do exoplaneta que descreve um movimento ao seu redor.
Nesse método somente planetas massivos ou mais próximos da estrela da estrela
mãe pode ser detectados. Pode-se escrever matematicamente fazendo algumas
deduções:
[23]
M s . as =M p.a p
Onde:
M s = massa da estrela
M p = massa do planeta
a s = distancia entre a estrela e o centro de massa do sistema
a p = distância entre o planeta e o centro de massa do sistema
2 πRs [24]
vs =
P
2 G ( Ms+ Mp ) as
2
[25]
v =
s 2
a p
( )
1
G
= M p .sin ( i )
máx 2
v radial [26]
ap . M s
Assim pode-se ser feito uma relação da velocidade radial da estrela com o
deslocamento doppler (Figura 27).
Fonte: lcogt.net
Fonte: NASA
81
Fonte: NASA
82
5 METODOLOGIA
Na aula dez foi realizado com os alunos uma atividade avaliativa (quadro 2)
que consistiu na aplicação de um questionário, via Google Formulários, que teve o
intuito de verificar os conhecimentos desenvolvidos durante as aulas, bem como
avaliar a viabilidade da sequência didática proposta.
Questão 08. Você gostaria que outro conceito dentro da astronomia fosse
trabalhado? Se sim qual?
Questão 09. De acordo com os estudos feitos, quantos e quais são os planetas
terrosos do nosso sistema solar?
Questão 10. De acordo com estudos feitos, quantos e quais são os planetas
gasosos do nosso sistema solar?
Questão 11. De acordo com os estudos feitos como uma estrela nasce e como
ela morre?
Questão 12. De acordo com os estudos feitos, o que são exoplanetas? e qual
sua importância no meio astronômico?
Questão 13. Qual nome se dá ao processo químico que ocorre nas estrelas?
Questão 14. o que você achou da experiência de se estudar e Sim Não
desenvolver um projeto de astronomia de maneira totalmente
virtual?
Fonte: Elaboração própria
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES
alunos foram incentivados a adjetivar sua perspectiva a cera dos conteúdos aos
quais foram expostos (Figura 32).
é possível, então acho que uma boa forma de estudar é através de vídeos e
animações gráficas”.
De fato, são raras as escolas que oferecem uma estrutura física mínima para
o estudo de Astronomia, como um observatório. Das poucas escolas que oferecem,
praticamente todas são privadas. Na rede pública, a defasagem de infraestruturas
adequadas pode tornar-se um empecilho, porém, é cada vez mais crescente o
número de professores que tem utilizados vídeos, animações e simuladores em
suas salas de aulas, para ilustrar fenômenos. Este recurso representa uma
ferramenta interessante, principalmente para a disciplina de Física. É importante
ressaltar a necessidade de momentos de conversa em grupo após o vídeo, no intuito
de discutir os pontos de menor compreensão. O professor deve dar liberdade aos
alunos para expor suas opiniões sobre o assunto, de modo que cada estudante
possa dizer o que já conhecia, o que aprendeu e o que mais o marcou. Estes
momentos proporcionam o compartilhamento de ideias e a fixação dos conceitos
estudados. De acordo com Miranda (2001) a utilização deste tipo de metodologias
proporciona melhorias nos aspectos de a cognição (desenvolvimento da inteligência
e da personalidade); afeição (desenvolvimento da sensibilidade e da estima);
socialização (simulação da vida em grupo); motivação (envolvimento da ação) e a
criatividade.
Em relação a pergunta “quais outros conceitos você gostaria que fossem
trabalhados?”, as respostas foram as mais variadas. Observou-se que muitos alunos
possuem curiosidades em relação a ideias expostas em filmes, o que também pode
ser utilizado pelo professor como estratégia de prender a atenção dos alunos
durante as aulas:
“Tenho muita curiosidade em relação a buracos negros. É um dos assuntos
que eu mais gostaria de estudar”;
“Gostaria de estudar sobre viagens no tempo e buracos de minhoca”.
“Eu tenho muita curiosidade em relação a passagem do tempo no espaço e
na Terra. Porque uma pessoa que vai para o espaço fica mais jovem em relação a
pessoas que estão aqui na Terra. Não entendo porque isso acontece”.
“Eu gostaria de me aprofundar mais nos fenômenos que acontecem durante o
processo de morte das estrelas”.
Estas respostas trazem ideias de assuntos que o professor pode utilizar como
“isca” para prender a atenção do aluno. A exemplo de buracos negros e dilatação do
97
tempo, que não tendem a ser assuntos centrais das aulas de Física, porém, ao
utilizar-se deles, o professor pode levar manter a atenção e o interesse do aluno,
levando-o melhor compreensão das leis da gravidade, propostas por Albert Einstein,
onde, estas sim, tendem a ter maior relevância na disciplina. Desta forma, observa-
se que, apesar de inúmeros desafios, é possível estudar a Astronomia em sala de
aula de forma eficiente e com intencionalidade.
98
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
8. REFERÊNCIAS
Referência resultados e discussões
OLIVEIRA. I. A. et al. A ASTRONOMIA COMO ESTRATÉGIA METODOLÓGICA NO ENSINO DE
“ESPECTROSCOPIA E ELEMENTOS QUÍMICOS”: UMA DISCUSSÃO ACERCA DA COMPOSIÇÃO
QUÍMICA DOS ASTROS. CONEDU: VI Congresso Nacional de Educação. Disponível em: <
https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2019/TRABALHO_EV127_MD1_SA16_ID3562_140
82019165442.pdf>. Acesso em: 10 de abril de 2022.
ais/fiped/2014/Modalidade_1datahora_16_06_2014_09_33_13_idinscrito_1851_6cdf
162d351d305dd4fd1d42a2deecb7.pdf>. Acesso em: 20 de agosto de 2021.
REFERÊNCIAS
https://www.sab-astro.org.br/wp-content/uploads/2017/04/SNEA2011_TCP26.pdf>.
Acesso em: 15 de set. 2021.
SILVA, D. M.; et al. Característica dos astros: sol e terra. UNILA. 2018.
Disponível em: <
https://dspace.unila.edu.br/bitstream/handle/123456789/5019/SERIA_62-66.pdf?seq
uence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 25 de set. 2021.