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Universidade Rovuma
Nampula
2022
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Goodfrei Castigo César Cabral
Universidade Rovuma
Nampula
2022
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ÍNDICE
1-INTRODUÇÃO............................................................................................................4
2-OBJECTIVOS...............................................................................................................5
3- DESENVOLVIMENTO..............................................................................................6
4- A FÍSICA MODERNA NO ENSINO MÉDIO...........................................................7
4.1.O que dizem as pesquisas............................................................................................7
4.2. Importância da Física Moderna no Ensino Médio.....................................................9
4.3. Tópicos mais importantes da Física Moderna...........................................................9
4.4. O que consta na Legislação.......................................................................................9
5. A OPINIÃO SOBRE A FÍSICA MODERNA NO ENSINO MÉDIO.....................11
6 - CONCLUSÃO..........................................................................................................13
7– REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA..........................................................................14
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1.INTRODUÇÃO
O presente trabalho versa sobre o contributo da Física Moderna no Ensino Médio geral
e seus objectivos.
O fruto deste é o resultado de uma investigação bibliográfica na qual pretendo fazer luz
sobre o tema em causa, esclarecendo conceitos fundamentais, abrir horizontes e
apresentar directrizes básicas que podem pela generalidade compreender do que tem
contribuido a Física Moderna no ensino médio geral.
Ao longo desse tema são desenvolvidos vários aspectos sobre o tema, que tem por
objectivo imediato a apresentar a contribuição da Física Moderna no ensino médio
geral, e por sua vez os seus obejectivos .
Com propósito metodológico, recorri a pesquisas bibliográficas, uma vista de olhar nos
serviços electrónicos (internet), seguindo da compilação da informação recolhida fez-se
o que a seguir nos é apresentado.
Uma das vertentes que tem se destacado é a introdução de tópicos de Física moderna
(FM) na grade curricular do ensino médio (EM).
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2. OBJECTIVOS
Geral
Estudar fenómenos e ideias que estruturaram a transição
da Física Clássica para a Física Moderna, focando em aspectos centrais
da Mecânica Quântica, Relatividade Restrita e Física Nuclear;
Específico
Descrever o contributo da Física Moderna no Ensino Médio geral.
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3. DESENVOLVIMENTO.
A Física moderna surge com a necessidade de se criar novos conceitos para explicar
fenômenos que a chamada física clássica não conseguia. O tempo deixa de ser absoluto,
a luz, embora uma onda, pode se comportar como partícula, as partículas geram ondas
de matéria, os elétrões nos átomos não emitem radiação continuamente, enfim, a Física
necessitava de uma reformulação, um novo olhar.
O que hoje denominamos por Física moderna, surge com algumas experiências cujos
resultados não puderam ser explicados nem pela mecânica newtoniana, nem pela teoria
electromagnética de Maxwell. Muitas experiências que causaram a ruptura com a Física
clássica tiveram origem nos estudos que Faraday realizou por volta de 1830, referentes a
descargas eléctricas em gases rarefeitos. Entretanto, fenómenos estranhos e até então
inexplicados, só foram observados depois de 1870.
A história da física moderna começou no momento em que o espectro da radiação
térmica passou a ser analisado através do estudo da radiação emitida por corpos negros.
Quem primeiro estudou a emissão e absorção do calor, chegando à conclusão sobre
corpos negros, foi o físico alemão Robert Kirchhoff.
Nas últimas décadas os avanços científicos e tecnológicos têm despertado nos jovens
olhares mais atentos sobre temas relacionados às ciências de uma forma geral. A Física,
em particular, tem contribuído de forma significativa nesse sentido, principalmente para
o desenvolvimento da medicina e das engenharias.
Um dos factores que contribuem para esse quadro é a defasagem em termos de conteúdo
do actual currículo de Física e aquilo que o aluno é informado, pela mídia escrita e
falada, sobre os avanços e descobertas científicas no campo da física no mundo.
É comum, nas aulas de Física, os alunos trazerem discussões sobre assuntos que leram
ou ouviram em revistas, jornais e telejornais e que, por serem mais actuais e/ou estarem
presentes no seu no dia a dia, despertam neles um interesse em conhecer e entender que
princípios físicos explicam dado fenómeno.
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A lacuna provocada por um currículo de Física desactualizado resulta numa prática
pedagógica desvinculada e descontextualizada da realidade do aluno. Isso não permite
que ele compreenda qual a necessidade de se estudar essa disciplina que, na maioria dos
casos, se resume em aulas baseadas em fórmulas e equações matemáticas, excluindo o
papel histórico, cultural e social que a Física desempenha no mundo em que vive.
O quadro se agrava à medida que esse aluno, quando termina o ensino médio, pára de
estudar ou envereda por carreiras onde não há mais ênfase numa formação científica.
Nesses casos, o ensino médio constitui o último contacto formal com a Física. Dessa
forma, os problemas encontrados nesse segmento do ensino, no que diz respeito a uma
formação científica mais actual e mais presente no dia a dia, contribuem de forma
negativa para a formação da cidadania de boa parte dos alunos.
Algumas pesquisas na área de ensino de Física têm contribuído com propostas que
apontam caminhos para um ensino de Física mais actual, eficaz e contextualizado. Duas
vertentes foram analisadas: a necessidade de uma actualização curricular e a introdução
de conceitos de Física moderna e na grade curricular do ensino médio geral.
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É importante ressaltar que a actualização do currículo não pode ser desvinculada da
preocupação com a formação inicial e continuada de professores. Não basta introduzir
novos assuntos que proporcionem análise e estudos de problemas mais actuais se não
houver uma preparação adequada dos alunos das licenciaturas para esta mudança e se o
profissional em exercício não tiver a oportunidade de se actualizar. Os professores
precisam ser os actores principais no processo de mudança curricular, pois serão eles
que as implementarão na sua prática pedagógica.
Ostermann e Moreira [3, p. 11], num estudo sobre a introdução de dois tópicos de FM
(partículas elementares e supercondutividade) com alunos da graduação em física, nas
aulas dessa disciplina em escolas públicas e particulares, concluíram que:
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O carácter formativo desses tópicos deve ser priorizado e faz-se necessário buscar
propostas que fujam da mera informalidade do assunto, a fim de que não sejam
inseridos como pontos isolados em um currículo que já é bastante extenso.
Assim, os tópicos mais importantes foram: efeito fotoelétrico, átomo de Bohr, leis de
conservação, radioatividade, forças fundamentais, dualidade onda-partícula, fissão e
fusão nuclear, origem do universo, raios-X, metais e isolantes, semicondutores, laser,
supercondutores, partículas elementares, relatividade restrita, big bang, estrutura
molecular e fibras ópticas.
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4.3. O que consta na legislação
Uma análise dos textos da Lei de Directrizes e Bases da Educação Nacional dos
Parâmetros Curriculares Nacionais e, mais recentemente, das Orientações Curriculares
Nacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio
mostra que o 'Novo Ensino Médio' deve priorizar a formação geral em oposição à
formação específica; o desenvolvimento de pesquisar, buscar informações, analisá-las e
selecioná-las; a capacidade de aprender, criar, formular, ao invés do simples exercício
de memorização'' [15, p. 5].
Com relação ao ensino de Física nesse nível de ensino, indicam que a escolha dos temas
a serem abordados deve ser feita de modo que o conhecimento de Física deixe de se
estruturar como um objecto em si mesmo, passando a ser entendido como um
instrumento para a compreensão do mundo.
Com relação ao que o texto do PCN+ chama de Temas Estruturadores, onde seis deles
foram privilegiados para organizar de forma mais abrangente o ensino de Física, nos
interessa, mais particularmente, o tema Matéria e Radiação.
Como justificativa para escolha desse tema, ressaltamos a importância do estudo das
radiações e suas interações com a matéria, tomando como base os modelos de
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constituição da matéria e o espectro electromagnético que proporciona uma abordagem
e compreensão dos fenómenos associados a essas interações e assim pode ampliar o
entendimento do universo físico microscópico.
Introduzir esses assuntos no ensino médio significa promover nos jovens competências
para, por exemplo, ter condições de avaliar riscos e benefícios que decorrem da
utilização de diferentes radiações, compreender os recursos de diagnóstico médico
(radiografias, tomografias, etc.)... [16,
Um dos tópicos em pauta são os raios-X. Seria importante para o aluno estudar esse
tópico? Por quê?
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disso, poder relacioná-lo com outras disciplinas do currículo do ensino médio. Isto está
referenciado pelo enfoque adotado em CTS.
Quanto à série do ensino médio em que deve ser inserida, a maioria concorda que o
aluno deve ter uma boa base de conhecimentos prévios, não só de Física, para que esse
estudo não seja prejudicado. Assim, a série escolhida foi a terceira série. Nesse sentido,
a maioria dos professores concorda que a matematização deve ser feita de forma
superficial (quando houver), priorizando a parte qualitativa (conceitual) e
fenomenológica do assunto.
Com relação à parte histórica, há unanimidade quanto à proposta servir de base para
contextualizar o desenvolvimento da teoria científica no tempo e no espaço, além de
fazer com que o aluno entenda sua evolução até os dias actuais, propiciando até mesmo,
motivação para o desenvolvimento de habilidades e competências para a área de
ciências.
6. CONCLUSÃO
Com base no manuais e das pesquisas feitas, conclui-se que as ideias da Física Moderna
puderam abrir diversas possibilidades, e agir na maneira de pensar, não apenas na
Física, ou em Química, mas também em outros aspectos tecnologia de comunicação. A
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variedade de dispositivos electrónicos, hoje sendo indispensáveis pela maioria das
pessoas, tendo como base na Física Moderna, mais precisamente na Mecânica quântica.
Por se tratar de fenómenos no dia-a-dia, mas também de princípios que podem não se
encaixar em suas ideias sobre Física, as transformações pelas quais a humanidade gerou
no século XX, dando consequências profundas na sociedade, tornando necessária a
adequação do sistema educacional. As novas metodologias de educação devem fazer
uma relação entre o que é aprendido em sala de aula com aquilo que o aluno vivencia
em seu dia a dia, discutido sobre a relevância do tema de física moderna com a
actualidade da sociedade e de como se pode trabalhar (PROGOL, 2012).
É comum encontrar professores de Física enfrentando dificuldade em construir
conhecimento com seus alunos de maneira prazerosa, seja ela qual for o ensino, (médio
ou superior). Considerando que a Física é vista pela maioria dos estudantes como uma
das disciplinas mais difíceis de ser aprendida, tendo como base, os professores
enfrentam dificuldades com o desinteresse de seus alunos em relação a aprendizagem do
conteúdo.
Com base neste argumento, as actividades experimentais têm cumprido um inusitado
papel no ensino de Física, promovendo um intenso debate sobre sua pertinência ou não
para aprendizagem de conceitos físicos (COUTO, 2008).
Os estudos, de maneira geral, apresentam possibilidade para um desenvolvimento de
uma visão crítica do mundo, podendo analisar, compreender e utilizar este
conhecimento no quotidiano, tendo condições de perceber, interferir em situações que
contribuem para sua qualidade de vida.
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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M.A. Cavalcante, Revista Brasileira de Ensino de Física 21, 4 (1999).
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