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O USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NA APLICAÇÃO DE SIMULADOS:

ABORDAGENS, PERPSPECTIVAS E AVALIAÇÃO

Autor: Manoel Campos Junior


Tutor externo: Josélia Baldez
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso (FLC21493FSB) – Estágio Curricular Supervisionado
26/05/2023

RESUMO (16 linhas )

Esse trabalho tem como foco maior, a aplicação de simulados nas turmas de 9º ano
do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio, elaborados com habilidades da
Matriz Curricular do SPAECE ( Sistema permanente de Avaliação Básica do Estado do
Ceará ) através de abordagens diferenciadas, usando recursos tecnológicos, ( físicos
e digitais ) oportunizando ainda momentos de reflexão sobre o desempenho individual
e do grupo, salientando que antes de cada aplicação houve momentos de
socialização de ideias e integração dos estudantes, citando ainda o estudo histórico
sobre a implementação das avaliações externas e o impacto dos resultados na
educação brasileira. Além de todas essas ações, os estudantes receberam a
devolutiva, através de um instrumental com o resultado individual, a fim de verificarem
seus erros e acertos. Para o professor regente, os resultados servem como referência
para possíveis intervenções em sua prática educativa. Os simulados foram elaborados
com questões que avaliam habilidades básicas, as quais os alunos das turmas citadas
já devem dominar e os instrumentais apontam quais os caminhos possíveis para
melhorar os índices de aprendizagem, cabendo ao professor uma tomada de decisão
na condução do seu trabalho pelas necessidades percebidas.

Palavras-chave: simulados, recursos, reflexão.

1 INTRODUÇÃO

As aviações externas trouxeram à tona uma nova realidade na educação


brasileira, vale salientar que nos últimos 20 anos tivemos mudanças
significativas nos sistemas de ensino, a nível municipal, estadual e federal,
cabe aqui informar o quanto a realidade das escolas mudou, não apenas na
sua estrutura física mas principalmente na prática educativa de professores,
nas intervenções no processo de ensino e aprendizagens e no entendimento
de que é necessário investir na educação para que os resultados esperados
possam se tornar realidade.
Nesse contexto, o uso das tecnologias digitais vem cada vez mais se
tornando um recurso de suma importância, visto que a criança e o jovem estão
totalmente inseridos nesse mundo. Diante dessa afirmação, entendemos que
não há como dissociar o processo educacionais do uso desses instrumentos.

Para a efetivação desse trabalho recorremos às tecnologias como forma


de engajar os estudantes, de conquistá-los, criar uma atmosfera capaz de
envolver e despertar o interesse da turma, para tanto, decidimos usar um
projetor de slides para apresentar o assunto, neste caso, os simulados que
foram disponibilizados de forma bem didática, com a utilização de textos que
tratam de temas diversos e de interesse da clientela, alunos dos anos finais do
ensino fundamental e do ensino médio.
Outro elemento de suma importância para a efetivação das aulas foram
os descritores utilizados, já que a intenção era apresentar a devolutiva aos
supervisores. Inicialmente foi realizada uma entrevista com os professores de
língua portuguesa das turmas em questão para entender qual seria a forma
mais prudente de preparar os simulados, considerando as habilidades nas
quais os estudantes apresentavam maiores dificuldades, depois foi conversado
ainda sobre quais abordagens surtiriam mais efeito e atrairiam a atenção e o
interesse das turmas.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

As avaliações externas surgiram a partir da criação do SAEB em 1990,


desde então os sistemas de educação dos estados e munícipios passaram a
ser avaliados e a partir daí surgiu uma nova forma de encarar as escolas, que
estava inteiramente ligada aos resultados obtidos nessas avaliações.
A partir de 2007 o resultados das avaliações externas passaram a ser
usados para o cálculo do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica) o que trouxe uma nova realidade para os sistemas de ensino, visto que
os recursos enviados pelos governos federal e estadual enviados aos
municípios passaram a ser atrelados aos resultados obtidos pelas escolas.
As etapas escolhidas para serem avaliadas pelo SAEB foram o 5º e 9º
anos e o 3º ano do ensino médio e nessa mesma época os estados brasileiros
também passaram a avaliar suas redes de ensino, nesse contexto, aqui no
Ceará surgiu o SPAECE (Sistema Permanente de Avaliação do estado do
Ceará).
Portanto, o ato de avaliar se tornou ainda mais importante no âmbito
escolar e nessa perspectiva, Fernandes e Freitas (2008, p.20) afirmam que:
“[...] a avaliação parte do princípio de que todas as pessoas são capazes de
aprender e de que as ações educativas, as estratégias de ensino das
disciplinas devem ser planejadas a partir dessas infinitas possibilidades de
aprender do estudante”

Na concepção de Bauer, Gatti e Tavares (2013), as avaliações em larga


escala mostravam dados que permitiam aos governos reformas educacionais,
bem como possibilitavam a efetivação de mudanças nas práticas
desenvolvidas nos espaços escolares, visto que, a partir de sua criação,
escancarou-se uma realidade até então desconhecida, o que culminou no
envolvimento dos profissionais de ensino e aprendizagem.
Nos anos seguintes o que se viu foi uma força tarefa organizada, em
função dos resultados positivos nas avaliações externas, pois as escolas e
sistemas que, alcançassem os melhores índices recebiam mais recursos.
Essa nova visão do espaço escolar, onde foram consideradas diversas
formas de aprender, de vivenciar os saberes, não somente pelos estudantes,
mas também pela gestão, professores, funcionários e comunidade escolar, fez
com que a escola ficasse muito exposta para a sociedade, até porque a sua
atuação extrapolava os muros e chegava a lugares aos quais nunca teve
acesso anteriormente.
Os resultados obtidos através das avaliações externas poderiam alçar
uma instituição de ensino, gestão e professores a patamares de
reconhecimento nunca antes alcançados, mas o outro lado da moeda também
passou a ser visto como forma de apontar lacunas na formação dos
professores, na adoção de medidas pedagógicas diferenciadas e inovadoras,
na atuação de uma gestão democrática, na participação efetiva dos órgãos
colegiados.
Salientamos ainda que diversos fatores podem interferir na
aprendizagem, além das questões pedagógicas, desde a formação do
professor, criação de políticas públicas, existe um outro fator que também é
citado quando se trata de sucesso e fracasso escolar: o acompanhamento
familiar.
Segundo Freitas existem diversos fatores que influenciam na
aprendizagem:
É importante saber se a aprendizagem em uma escola de periferia é baixa
ou alta. Mas fazer do resultado o ponto de partida para um processo de
responsabilização da escola via prefeituras leva-nos a explicar a diferença
baseados na ótica meritocracia liberal: mérito do diretor que é bem
organizado; mérito das crianças que são esforçadas; mérito dos professores
que são aplicados; mérito do prefeito que deve ser reeleito etc. Mas e as
condições de vida dos alunos e professores? E as políticas públicas
governamentais inadequadas? E o que restou de um serviço público do qual
as elites, para se elegerem, fizeram de cabide de emprego generalizado,
enquanto puderam, sem regras para contratação ou demissão? O que dizer
da permanente remoção de professores e especialistas a qualquer tempo,
pulando de escola em escola? O que dizer dos professores horistas que se
dividem entre várias escolas? O que dizer dos alunos que habitam as
crescentes favelas sem condições mínimas de sobrevivência e muito menos
para criar um ambiente propício aos estudos?
(FREITAS, 2007, p.971).

É necessário entender que o processo avaliativo, muitas vezes, não


considerara o lugar em que se vive, as características da comunidade no
entorno da escola e as vivências dos estudantes, bem como a cultura do povo.
Luckesi (1998, p.28) aponta que: “(...) a avaliação não se dá nem se dará num
vazio conceitual, mas sim dimensionada por um modelo teórico de mundo e de
educação, traduzido em prática pedagógica.”

O que cabe ainda salientar, são os processos vivenciados e recursos


utilizados para a aquisição das aprendizagens, é preciso envolver os
estudantes, despertar, aguçar a sua curiosidade, o aprender precisa ser um ato
de respeito com todos os agentes envolvidos.
O uso de simulados têm sido um fator diferencial nesse processo de
aprendizagem pois leva ao aluno um pouco da vivência das avaliações
externas, pois permite ao professor introduzir um pouco da realidade desse
momento e de sua importância.

3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
O Estágio em questão ocorreu em duas escolas da cidade de
Maracanaú – CE, sendo elas, EMEIEF José Dantas Sobrinho e EEM Milton de
Vasconcelos Dias. São escolas situadas em bairros distintos, respectivamente
Conjuntos Novo oriente e Acaracuzinho, mas vale salientar algumas
particularidades, por exemplo: os alunos que concluem o Ensino Fundamental
na escola José Dantas são automaticamente encaminhados para prosseguir no
ensino média na escola Milton Dias. Os bairros são vizinhos, sendo que a
maior parte do comercio e lojas estão na região do Conjunto Acaracuzinho.

O processo de estágio nas duas escolas se deu de forma tranquila visto


que a gestão e professores me receberam com cortesia e boa vontade, e pela
experiência de 8 ( oito anos ) em sala de aula e 12 ( doze ) anos atuando
como gestor não senti maiores dificuldades na condução do estágio, nem na
documentação.
As turmas escolhidas no ensino fundamental foram as de 9º ano, uma
no turno matutino e outra no turno vespertino, cada uma com 35 alunos, porém
com o auxílio da professora regente, houve uma boa colaboração por parte da
da turma, que na verdade já convive com essa prática de aplicação e
simulados desde o começo do ano letivo de 2023, o que tornou a aula bem
mais interessante e até facilitou a condução do plano de aula, no entanto,
também percebi algumas dificuldades na fluência de leitura de dois estudante,
bem como dificuldades de interpretação de alguns.
Na escola do estado as aulas ocorreram numa turma de 2º ano ( noturna
) bem como nem uma turma de 3º ano ( matutina ) mas neste caso
especificamente à noite, tive um pouco de dificuldade, já que se tratava de
uma turma de ensino regular e os estudantes não demonstraram um espírito
colaborativo, com raras exceções, já na turma do 3º ano houve maior
envolvimento, já que a escola também tinha a prática de trabalhar simulados
com os estudantes.
Na realização das entrevistas, tudo ocorreu com tranquilidade, tanto om
gestão, coordenação pedagógica, como também com as professoras,
houveram também momentos de diálogos e discussões que contribuíram na
minha experiência.
4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)

O estágio foi sem dúvida, mais um percurso responsável por mudanças


e novas aprendizagens, ter a oportunidade de dialogar com professores e
estudantes me levou a repensar minha prática educativa. Não se trata apenas
de concluir uma exigência para a conclusão da graduação, mas acima de tudo
é a oportunidade de vivenciar novas realidades, ter acesso a novos saberes.
O maior desafio foi conduzir a aula diante de uma turma que
apresentava um alto nível de resistência, talvez por eu ser um estranho,
alguém que estava ali por alguns dias e depois não retornaria, mesmo assim é
interessante vivenciar experiências negativas, experimentar essas dificuldades,
pois durante a regência, muitos outros desafios surgirão.
Outro fator a ser considerado, acredito até pela instituição diz respeito ao
acesso às escolas, pois no meu caso, ao procurar uma outra escola não houve
a mesma receptividade por parte da gestão, fato esse que acabou atrasando o
desenvolvimento do estágio, porém depois iniciei e recebi o apoio nos outros
dois ambientes as coisas acabaram fluindo bem melhor.
Um dos fatores que chamaram a minha atenção foi a diferença entre as
escolas, já que uma delas atende desde a educação infantil até o 9º ano,
públicos bem diferenciados considerando as etapas do desenvolvimento, na
outra são somente as turmas de 1º ao 3º ano do ensino médio.
A recepção por parte dos professores em ambas as escolas foi muito
boa, tive acesso aos pedagogos e os formados em áreas específicas e tive a
oportunidade de desenvolver um diálogo mais amplo, entender um pouco das
nuances das salas de aula com crianças, pré adolescentes e adolescentes.
Enfim, foi um período de muito aprendizado, de descobrir sobre mim e
sobre outro, bem mais sobre mim, tive a oportunidade de vivenciar espaços tão
distintos, uma escola com uma grande área para os alunos, outra sem muito
espaço, ter acesso a pessoas dispostas a contribuir, outras nem tanto, porém
são situações que um profissional enfrenta no decorrer da sua vida, são
experiência que podem trazer um grande crescimento inclusive para a vida
pessoal.
REFERÊNCIAS

FREITAS, L. C., Eliminação adiada: o caso das classes populares da Escola e


a ocultação da (má) qualidade do ensino. Educação e Sociedade. Campinas,
Vol. 28 n.100 - Especial p.965- 987, out. 2007; Disponível no sitio eletrônico
Acessado em 23 de março de 2013.

_____. Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional - Lei 9394, de 20 de


dezembro de 1996. Fonte:< WWW.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>
acesso: 10/09/2022.

BAUER, Adriana; GATTI, Bernadete A.; TAVARES, Marialva (Org.). Vinte e


cinco anos de avaliação de sistemas educacionais no Brasil. 1. ed.
Florianópolis: Insular, 2013. p. 27-41.

FERNANDES, Claudia de Oliveira. FREITAS, Luiz Carlos de. Indagação sobre


currículo - Currículo e avaliação. Caderno nº 5. p.17-43. Brasília. 2008.
Disponível em http://crv.educacao.mg.gov.bccr/sicstemacrv/

FREITAS, L. C., Eliminação adiada: o caso das classes populares da Escola e


a ocultação da (má) qualidade do ensino. Educação e Sociedade. Campinas,
Vol. 28 n.100 - Especial p.965- 987, out. 2007; Disponível no sitio eletrônico
Acessado em 23 de março de 2013.

KALOUSTIAN, Sílvio (org.); MASAGÂO, Vera. Indicadores da qualidade na


educação - Versão adaptada para o programa Escola de Gestores da
Educação Básica - Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira, 2005. 60p. Disponível em:
moodle3.mec.gov.br/ufmg. Acesso: 30/06/14. LUCENA, Maria Diva da Salete.
Avaliação de Desempenho. São Paulo. Editora Atlas S.A. 1995.

LUCKESI, Cipriano Carlos – Avaliação da aprendizagem componente do ato


pedagógico – 1 ed. – São Paulo: Cortez, 2011.
ANEXO I
Registro de Frequência (excluir esse exemplo e anexar o seu registro de
frequência em forma de imagem)
ANEXO II

ROTEIRO DE ENTREVISTA 1

Nome do(a) Estagiário(a):

Título do Projeto de Estágio:

Curso:

Disciplina:

Nome do Orientador:

QUESTÕES:

1. Escreva a questão 1
RESPOSTA:
2. Escreva a questão 2
RESPOSTA:
3. Escreva a questão 3
RESPOSTA:
4. Escreva a questão 4
RESPOSTA:
5. Escreva a questão 5
RESPOSTA:
6. Escreva a questão 6
RESPOSTA:
7. Escreva a questão 7
RESPOSTA:
8. Escreva a questão 8
RESPOSTA:
9. Escreva a questão 9
RESPOSTA:
10. Escreva a questão 10
RESPOSTA:
ROTEIRO DE ENTREVISTA 2

Nome do(a) Estagiário(a):

Título do Projeto de Estágio:

Curso:

Disciplina:

Nome do Orientador:

QUESTÕES:

1. Escreva a questão 1
RESPOSTA:
2. Escreva a questão 2
RESPOSTA:
3. Escreva a questão 3
RESPOSTA:
4. Escreva a questão 4
RESPOSTA:
5. Escreva a questão 5
RESPOSTA:
6. Escreva a questão 6
RESPOSTA:
7. Escreva a questão 7
RESPOSTA:
8. Escreva a questão 8
RESPOSTA:
9. Escreva a questão 9
RESPOSTA:
10. Escreva a questão 10
RESPOSTA:

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