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REVISTA DA PROFESSOR

ESCOLA DOMINICAIL
e
Ligoes Blblicas para
culo domesitico, devocional pequenos gupos

LWCAS EVANGLHO DO
PFILHO DOHOMEM

PECC)

www.educacaocristacontinuada.com.br
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CRIST CONTINUADA

MATRIZ CURRICULAR
ww
ESTUDO, LEITURA E CÓPIA MANUsCRITA DA BÍBLIA

EM 7ANOS
Ano Trim Antigo Testamento Trim Novo Testamento

1
1
Gênesis
20 Mateus

30 Exodo, Levítico, 40 Atos


Números, Deuteronômio

2 1° Josué, Juízes e Rute 2 Marcos

3 1,2 Samuel 40 Romanos

3 10

30
1,2 Reis; 1,2 Crônicas

Esdras, Neemias e Ester 40


20 Lucas

1 Corintios

40
10
Jó, Provérbios,
|Eclesiastes, Cantares
2 2 Coríntios

3 Salmos 40João
5
10 Isaías 2 Gálatas, Efésios

Filipenses, Colossenses
30 |Jeremias, Lamentações 40
1,2 Tessalonicenses
10 Ezequiel 20 | 1,2 Timóteo, Tito e Filemon
6 3 Daniel 40 Hebreus e Tiago

Oseias, Joel, Amós, Oba-


1 2° 1,2 Pedro; 1,2,3 João e Judas
dias, Jonas, Miqueias
7 Naum, Habacuque, Sofonias,
30 40 Apocalipse
Ageu, Zacarias, Malaquias

CURRÍCULO TEMÁTICcO OPCIONAL

8 3
1
Aconselhamento e Etica Cristã 2 Quem é Jesus

A familiaCristã 40 Evangelização eDiscipulado


Liderança Inspiradora Doutrinas Biblicas Fundamentais
9 e Mordomia
Serviço 40 Cidadania eResponsabilidade Social
10 Hermenêuticae Homilética 20 Espirito Santo
10°
3 Oração eSantificação 40
Escatologia Biblica
DA
REVISTA MINICAL e pequenos grupos
ESCOL Biblicas
para
oméstico, devocional
culto dom

Liçdes

Comentário
e adaptação:
Enoc Miranda e equipe editorial

SUMARIO
UÇAO
IÇÃO 11
LUCAS 1:0 EVANGELHO
DO FILHO DO HOMEM . ******************** 5

2 LUCAS 2: O NASCIMENTO DO FILHO DO HOMEM **** ***** ******** 11

LIÇÃO

LUCAS3e4:0 INICIO MINISTERIO DO FILHO DO HOMEM. .17


UCÃO 3 DO

LUCAS 5 e 6: MILAGRES, ENSINOS E ESCOLHA DOS APÓSTOLOS... 23


IÇÃO4
7 e 8: JESUS RESSUSCITA UM JOVEM E UMAADOLESCENTE.. 29
LÇÃO5
LUCAS

LUCAS9e 10:0 ENVIO DOS SETENTA EO BOM SAMARITANO..


IÇÃO6

LUCAS 11a 14:AORAÇAO, OS FARISEUS E VIDA CRIST.. 41


UÇÃO 7

LUCAS 15e 16: PARABOLAS E ENSINOS EXCLUSIVOS DE LUCAS.. 47


UÇÃO 8
LIÇÃO

LUCAS 17e 18: PERDAO, GRATIDAO,VIGILANCIA E ORAÇÃO.. 53


LÇÃO9

uCÃO 10 LUCAS 19a21:AQUEU, ENTRADA EM JERUSALÉME VOLTADE JESUS.59

11 LUCAS 22: ULTIMA CEIA E A PRISO DE JESUS. * *********************** 65


LIÇÃO

LUCAS 23: JULGAMENTO, MORTE E SEPULTAMENTO DE JESUS.


uÇÃO 12

IÇAO 13 LUCAS 24: NÓS SOMOS TESTEMUNHAS DA RESSURREIÇÃO DE JESUS. 77

Miranda é pastor, casado há 9 anos com Lais Santiago. Pastor auxiliar da Assembléia de Deus em Belém. E Teó-
Enoc
ogo, discente do curso de letras na UFPA e membro da equipe editorial do Programa de Educação CristContinuada.
EXPEDIENTE
LUCAS, O Conselho
EVANGELHO DO Editorial

Samuel Câmara, Oton Alencar, Jônatas

FILHO DO HOMEM Câmara, Câmara, Celso Brasil,


Philipe

Marcos Galdino Júnior, André Câmara.


Não podemos abrir mão de
Editor
algum dos
Quatro Evangelhos. SamuelCâmara
Lucas, porém, tem características
Editores Assistentes
instigantes,começando por encai-
Camara
Philipe
xar seu relato, precisão, no
com Pádua Rodrigues
contexto da história secular e re- Tarik Ferreira

ligiosa do seu tempo.


CoordenadorEditorial
Eo livro mais volumoso do JadielGomes
novo testamento eo mais abran-
Equipe Editorial
gente dos evangelhos porque co- Auristela Brasileiro, Elielson Figueiredo, Ivan
bre mais tempo da vida de Jesus, Martins, Leandro Santos, Ney Maranhão,
começa antes e vai além, dos de- Wladimir Farias, Estevão Farias, Wilklin

Barros, Nixon Bonneterre, Wagner Batista


mais. Além contém 54 tre-
disso,
chos só encontradas em Lucas, in- Supervisão Pedagógica
clusive as lindas histórias do bom Faculdade Boas Novas (FBN)e Seminário
Teológico da Assembleia de Deus (SETAD)
samaritano, do filho pródigo..
Lucas é o evangelho do Filho do Repertório Musical
Homem. Seu verso chave é: "Por- Rebekah Câmara

que o Filho do homem veio buscar e


Distribuição e Comercial
salvar o perdido" (Lc 19.10). Jadiel Gomes
Pela ênfase que dá a estes as-
é também, conhecido Editoraçãoe Projeto Gráfico
suntos,
Nei Neves, Tarik Ferreira, Sara Martins
como o evangelho das crianças,
das mulheres, dos pobres, dospe Conteúdo Digital e Imagens
Lopes
cadores, da oração, dos primeiros
Jeiel

hinos cristãos e da vinda do Espí- Versão biblica: Almeida Revista e Atualizada


rito Santo, em cumprimento à pro- (ARA), salvo quando indicada outra versão.

messa do Pai.
2023. Direitos reservados. E proibida a
Que o do Homem cami
Filho
reprodução parcial ou total desta obra, por
nhe conosco nesta jornada de es- qualquer meio, sem autorização por escrito

tudo e nos faça arder o coraçãão. da Assembleia de Deus em Belém do Pará e


do autor dos comentários e adaptações.

Programa de Educação Crist Continuada.


Cas
Pr.Samuél Câmara
Avenida Govemador José Malcher, 1571, es-
quina com a Tv. 14 de Março, bairro: Nazaré
Editor CEP: 66060-230. Belém - Pará Brasil. Fone:
(91) 3110-2400. E-mail: pecc@adbelem.org.br
1
LIÇÃO
LUCAS 1: O EVANGELHO DO FILHO DO
HOMEM
SUPLEMENT EXCLUSIVODO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo
o conteúdo de cada lição
é iqual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

OBJETIVOs
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA .Reconhecer a verdade histórica
do Evangelho.
1 ha 80 versos. Sugeri-
Em Lucas
a aula lendo, com .Compreenderque Deus é o Se-
mos começar nhor da história.
Lucas 1.1-25
os presentes,
todos .Compreenderque o nascimen-
(5a 7min.). to de João Batista foi um cum-
como guia de es-
A revista funciona primento profético.
tudo e leitura complementar, mas
não substitui
a leitura da Bíblia. PARA COMEÇARA AULA
Professor(a),
esta lição que
inicia
nossos estudos sobre
a nar- Comece citando um aconteci

rativa de Lucas precisa enfatizar mento recente na sua cidade, algo


zelo do escritor e o
dois pontos: 0 que esteja na memória da maioria.
de suas fontes.
caráterfidedigno Peça que alguns relatem o fato,
aos seus alu-
Não deixe de mostrar cada um a seu modo. Certamente,
nos que havia uma tradição oral
os relatos serão diferentes, mas a
anunciadora do Evangelho naquele
da Igreja.Aleluia! verdade essencial estará em todos.
primeiro século
Lucas menciona a "acurada investi- A que o Evan-
seguir, explique

gação que realizou acerca de tudo gelho é memória de fatos que o


ouviu de
que registrou, conforme Espírito Santo testificou a todos e
testemunhas. Tudo era realmen-
que o trabalho de Lucas foi com-
te digno de nota: o nascimento de
parar as narrativas da época, p0
conforme profetizado
João Batista,

ea chegada do Messias rém, sempre com o cuidado de


(Is40.3-5)
registrarsomenteo que todos tes-
prometido (Is 9.2). Mostre aos ir-

mãos como o mover do Espírito temunharam em comum.


motivou a alegria de Isabel (Lc

1.42), o cântico de Maria (Lc 1.46-


RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO
55) e o de Zacarias (Lc 1.67-79).
1)Amigo ou amado de Deus.
400 anos.
2) Um período de
3) Bendizendo ao Senhor.
Lição 1- Lucas 1: 0Evangelhodo Filho do Homem

LEITURA ADICIONAL

Tres passagens do Novo Testamento citam Lucas pelo nome: as duas

primeiras passagens bíblicas são Cl 4.14, e Fl 23s: Dessas duas saudações


resulta o seguinte:
1) Lucas foi um dos colaboradores de Paulo no trabalho missionário
entre os gentios.
2) Uma vez que em Cl
4.10s Paulo destaca os colaboradores da circun-
cisão de forma específica, sem arrolar Lucas entre eles, não pode haver
dúvida de que Lucas era de família não judaica.
3) Do título de médico, atribuído a Lucas em Cl 4.14, deduz-se que ele
era cientificamente instruído. Entre os primeiros pregadores do evange
lho Lucas é, provavelmente, ao lado de Paulo, o único que havia adquirido
uma sólida formação científica.
Como os outros três evangelistas, Lucas também não narrou a história
tiveram por objeti-
apenas por causa da história. Os quatro evangelistas
vo a salvação e apresentam os fatos de tal maneira que são reconhecidos

pelo leitor como objeto da fé.


do AT.
Mateus mostra a relação da história de Jesus com a revelação
a obra missioná-
Na ele descortina uma vasta perspectiva para
realidade
ria futura em suas palavras finais. Apesar disso está fundamentalmente
voltado para o passado.
entre a antiga a nova
Lucas na verdade também salienta a relação
tudo ele busca na atividade e no ensinamento de
aliança, mas acima de
e o começo da nova criação espiritual; seu olhar
Jesus o ponto de partida
está voltado para o futuro.
Em sua apresentação, Marcos não enfoca nem o passado nem o futuro,
se
mas única e exclusivamente o espetáculo incomparável que descortina-
da vida de Jesus.
va diante da testemunha
é a eternidade
O evangelista João, por fim, fixa o olhar no Jesus que
a vida divina que ingressou na humanidade, ofe-
que penetrou no tempo,
recendo-a a todos que almejam esse alvo supremo.

Rienecker; tradução Werner


Livro:Evangelho de Lucas: Comentário Esperança (Fritz
Fuchs. Curitiba, PR: Editora Evangélica Esperança, 2005).
Estudada

Leitura
em -
Biblica Para Estudo
LIÇÃO1 Lucas 1.1-25

LUCAS 1: Verdade Prática


O Evangelho deLucas ressalta a
per
O EVANGELHO feitahumanidade de Jesus, a qual é
essencialpara serEle o

DO FILHO DO Salvador.

INTRODUÇÃO
HOMEM I. OEVANGELHO DE LUCAS
Lc 1. 14
1. Narração coordenada Lc 1.1-2

2. Autoria e data Lc 1.3

3. Destinatário Lc 1.3-4
Texto Aureo
"Eis que
conceberás e darás à
a quem chamarás
I. PREDIÇÃO DO NASCIMENTO
luz um filho,
deJesus." DE JOÃO E DE JESUS Lc 1.5-56
pelo nome
Lucas 1.31 1. Gabriel visita Zacarias Lo 1.5-25

2. Gabriel visita Maria Lc 1.26-38

3. Alegria contagiante Lc 1.39-56

II. NASCIMENTO E INFNCIA DE


JOÃO BATISTA LC 1.57-80
1. Nascimento e circuncisão Lc 1.57

2. Seu nome é João e o cântico de


Zacarias LG 1.59

3. Crescimento de Joãoe sua vida no0

deserto Lc 1.80

APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário

Lc Lc Lc
1.35 1.44 1.64 1.68
1.6 1.17

Hinos da Harpa: 139 -46

5
Lição 1- Lucas 1: 0 Evangelho do Filho do Homem

INTRODUÇÃo obscuras e princípios complexos,


pelo contrário, suas ocupações pri-

Evangelho segundo Lucas é


O mordiais estavam em transmitir aos
o mais extenso e completo livro homens fatos absolutamente claros.
do Novo Testamento. Nele encon- O Evangelho era anunciado de
tramos uma boa
quantidade de in- forma simples durante os primór-
formações exclusivas a respeito da dios da pregação, pois a tarefa era
infância e juventude, da vida, do mi- contar a história de Jesus o Cristo-
da morte, da ressurreiçãoe
nistério, -enada além.
da ascensão do Senhor Jesus.
Neste primeiro capítulo, por 2. Autoria e data (Lc 1.3)
a mim me pareceu bem,
exemplo, todo o conteúdo só é en- igualmente
de
contrado em Lucas: prefácio (1.1-4); depois de acurada investigação
uma seção exclusiva sobre Zacarias tudo desde sua origem, dar-te por
uma
que o anjo Gabriel
e Isabel, contando escrito, excelentíssimo Teófilo,

em ordem. (1.3)
predisseo nascimento de João Batista exposição
Lucas é amplamente conside-
(1.5-25)e o de Jesus (1.26-38);
a vi-

sita que Maria fez a Isabel (1.39-45); rado o autor tanto do Evangelho
o texto do cântico de Maria (1.46-56); que leva seu nome quanto do Livro
o nascimento de João Batista, bem de Atos. 0 autor viveu no primeiro
como o cântico de Zacarias (1.67-80). século e, embora não tenha sido
testemunha ocular de Jesus, de
I. O EVANGELHO DE acordo com seus escritos, "inves-
LUCAS (Le 1.1-4) tigou tudo cuidadosamente desde
Ele provavelmente
o princípio'".

1. Narração coordenada (Lc 1.1-2) teve acesso direto aos apóstolos

Vistoque muitos houve que empreen- e a outras testemunhas da vida e


deram uma narração coordenada dos ministériode Jesus, visto ter sido
fatos que entre nós se realizaram (1.1). companheiro de viagem de Paulo.
De início, Lucas nos oferece um Em todo o Novo Testamento, o
breve e valioso resumo da nature- nome do autor é citado apenas três
za de um evangelh0, descrevendo- vezes (CI 4.14; 2 Tm 4.11; Fl 1.24)

-o como uma narração coordenada evidenciando que ele era um gentio

dos fatosa respeito de Jesus. que exercia a medicina. Lucas escre


E muito significativo que Lucas veu com a mentalidade de um histo-
não se limitasse a outras narrativas riador meticuloso e com o coração

acerca de Jesus, pois o Cristianismo é de um médico amoroso.


uma religião que se fundamenta em Sobre a data, sabe-se que foi es-
Os primeiros pregadores não
fatos. crito antes de Atos, pois Lucas deno-

andaram pelo mundo proclamando mina-o "o primeiro livro" (At 1.1);e
um sistema elaborado de doutrinas Atos não nos leva além dos dois anos
Lição 1-Lucas 1:0
Evangelhodo Filho do Homem

de Paulo em 1. Gabriel visita Zacarias


de encarceramento
do ano 62). Estas (Lc 1.5-25)
Roma (proxXimo
tornam provável que porém, o anjo: Zacarias,
Disse-lhe,
circunstancias
tenha sido escrito
em não temas, porquea tua
oração foi
o Evangelho ouvida; e Isabel, tua mulher, te dará
de 60 d.C.
por volta
Cesarela à luz um filho, a quem darás o nome
de João (1.13).
(lLc 1.3-4)
3. Destinatario
excelentissimo
Teó Eram tempos difíiceis para a
escrito,
dar-tepor
em ordem (1.3b). nação de Israel, porque o povo não
flo,
uma exposição
"amigo recebia qualquer palavra
O nome Teófilo significa proféti-
ca de Deus havia 400 anos, desde
de Deus",
mas tambem pode ser in-
como o amado de Deus. que Malaquias profetizou a vinda
terpretado
Excelentissimo
e um itulo de respei- de Elias (MI 4.5-6). Os líderes es-
a pessoas pirituais estavam presos a
para se
referir tradi-
utilizado
e, em
to,

Teófilo, portanto, foi ção alguns casos, também à


de autoridade.
um homem de
pa- corrupção. Além disso, seu rei era
provavelmente
Favorece essa hipótese Herodes, o Grande: um tirano. Nes-
tente militar
grego o autor
- se contexto, um anjo enviado por
ofato de-no original

utilizar o mesmo título nas três vezes Deus quebra o silêncioao falar com
um roma- Zacarias que, junto de sua esposa
em que se dirigiu a oficial

Isabel,inaugura a era messiânica.


no (At23.26;24.2;26.25).
Teófilo possuía
um
saber gené- Um sacerdote só podia casar-se

da fé. Entretanto, Lucas dese


com uma mulher virgem de linha
rico

java que ele obtivesse também


uma gem judaica, mas era um mérito
narrativa ordenada, um conheci- especial se essa mulher fosse des-

mento sistemático e um relato cendente de Arão, como Isabel, a


es
mulher de Zacarias.
crito, pois os dias das testemunhas

Oculares estavam passando, ou Zacarias ("Jeová se lembrou")

os apóstolos estavam sendo e Isabel ("Deus é meu juramento")


seja,

martirizadose a verdade dos fatos eram um casal piedoso, pertencen-


não chegar até muitos. tesà linhagem sacerdotal.Naquela
poderia
Lucas afirma possuir um um co epoca,os sacerdotes estavam
dividi-

nhecimento sólido dos eventos. Mas dos em 24 turnos. Como eram mui-
um sacerdote só oferecia incen-
foi a ponto de reconhecer a
humilde tos,
so uma vez na vida, o que ressalta o
necessidade
de uma pesquisa mais
que recaiu
tamanho do
detalhada quando seu conhecimen privilégio
dia.
to se mostrava insuficiente. sobre Zacarias naquele
era
Zacarias,um idoso sacerdote,
I.
PREDIÇÃO DO estigmatizado pela
sociedade judai-

de sua época por não ter filhos


NASCIMENTO DE JOAO ca
do anjo revela que ele
E DE JESUS (Lc 1.5-56) (1.25).A tala
Lição 1- Lucas 1: O Evangelhodo Filho do Homem

orava constantemente a Deus a esse 2. Gabriel visita Maria (Lc1.26-38)

respeito.E possível que isso ocupas- E, entrando o anjo onde ela estava,
se seus pensamentos enquanto es- disse: Alegra-te,muito Javorecida!
O
tava ministrando no templo. Nesta Senhor é contigo.(1.28)
Ocasião,ele é interrompido pela apa- Passados mais de seis meses
riçao de um anjo trazendo a noticia após a visäo de Zacarias, o anjo Ga
de que sua mulher, a também idosa briel também faz uma visita a Ma-

Ihe daria um fillho. O anjo tran- ria, uma jovem camponesa


de Na-
Isabel,

quilizou o sacerdote dizendo que sua zaréé de casamento marcado com


José, um artesão descendente
de
oração fora ouvida.
enfati- Davi. O anjo diz que ela conceberá
mensagem angelical
zava as caracteristicasdo seu filho, um filho, o qual será o Messias.
nome seria João, que significa E bom lembrar que a narrativa
cujo
é de Lucas acerca do nascimento de
"o Senhor gracioso", algo mui-
Jesus é feita
a partir da reação de
apropriado aquele que estava
Maria, diferente do que Mateus faz,
para ser arauto da Nova Aliança,
reação a José. de
pois representariao
de uma
inicio pois evidenciou
principal
grande alegria (v. 14). Ele teria uma
Maria, personagem
voto nesse momento, questiona o anjo
consagraçao especial, tazendo
de nazireu. Receberia uma a respeito de "como sera isso?"
vitalício
Diferente de Zacarias, sua reação
grande unção, pois assim
foi dito:
não éde dúvida e, sim de espanto e
Será cheio do Espirito Santo, já do
de curiosidade sobre como Deus ope-
ventre materno. João haveria
raria. O anjo, então, revela a intfor
ser um profeta como Elias (v. 17),
levando a nação ao arrependimen- mação: "descerà sobre ti o Espírito
um anuncio Santo" (v 35). Para reforçar que a
to. Contudo, diante de

tão miraculoso, e em face da idade promessa se cumpriria, Gabriel re-


vela que sua prima, estéril, já se en-
avançada do casal, Zacarias duvi-
dou de sua veracidade. contrava no sexto mês de gravidez,
Nesse momento o anjo Gabriel destacando que não existe nada

revela seu nome e a autoridade que impossível para Deus.


lhe fora dada especialmente para
3. Alegria contagiante (Lc 1.39-56)
essa missäo. Em seguida, dâ a Zaca-
mesmo tempo, Ouvindo esta a saudação de Maria,
rias um sinal que, ao
serviria de lição por ter o sacerdote a criança Ihe estremeceu no ventre;
duvidado de suas palavras. Ele nao então, Isabelficou posSsuida do ESpl

teria o privilégio de anunciar a notí-


rito Santo. (1.41)
cia a todos em alta voz. Permanece- O
texto apresenta a visita que

ria mudo ate o nascimento de Joao, Maria fezà sua prima Isabel,mos
comunicando-se apenas por gestos trando como os corações dessas

ou escrevendo. duas mulheres foram tomados pela


LIção 1-Lucas 1: O do Filho do Homemm
Evangelho

do Espírito O tema
Santo.
para receber a
alegria salvação eterna. Em
nesses versículos é a ale-
principal segundo lugar, Deus não apenas a
e ha trës pessoas alegrando-se salvou,mas tambéma escolheu
gria, para
no Senhor: ser a me do Messias
no ventre de (Lc1.48).
a) João se alegrou
causa da pre-
sua mae (w. 44) por Il.
NASCIMENTO E
de Jesus, mesmo antes do seu
sença INFANCIA DE JOAO
e fez o mesmo durante
nascimento, BATISTA (Lc 1.57-80)
na lerra, já que
seu ministerio aqui
de apresentaro Mes-
tevea missão 1. Nascimento ecircuncisão(Lc1.57)
sias ao povo de Israel. A Isabel
cumpriu-se o tempo de dar
b) A alegria
de Isabel (vv.39-45) à luz, e teve um
filho.
é imensa, pois quando Maria entrou Conforme o
anjo profetizara,
na casa, ISabel
ouviu sua saudação e Isabel teve um menino, o
qual nas-
ficou cheia do Espírito.
A palavra que ceu logo após a
partida de Maria.
seus lábios falaram foi "bem-aven- Uma semana depois ele é circunci-
turada". Observe como Isabel não dado em meio à alegriade vizinhos
disse que Maria era bem-aventurada e parentes.
acima das mulheres, mas sim entre
as mulheres, o quecertamente éver- 2. Seu nome é Joäo e o cântico
dade. Isabel enfatizou a fé de Maria: de Zacarias (Lc 1.59)
"Bem-aventurada a que creu". Sucedeu que, no oitavo dia, foram
c) Maria alegrou-se
também (vv. circuncidar o menino e
queriam
46-56), entoando um cntico
inspi dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias.
rado conhecido como cântico de Ma- Os vizinhos efamiliaresqueriam
ria ou
Magnificat. "Então, disse Ma- dar-Ihe o nome de seu pai, Zacarias.
ria: A minha alma engrandece ao A mae anuncia que o seu nome sera
Senhor" (1.46). 0 cântico de Maria João; o pai confirma que seu nome
desenrola-seem trës estrofes: a)
Ma é Joao e recebe novamente acapaci
ria exalta a misericórdia de Deus; b) dade da fala. E, no mesmo momen-
Maria exalta a onipotência de Deus; c) to, Zacarias expressa o seu cântico

Mariaexalta a fidelidadede Deus paraprofético, conhecido como cântico


com Israel. de Zacarias ou Benedictus.
No Maria repete a ex Zacarias inicia seu cäntico
original, ben
pressão "ele fez", ao relatar as bên- dizendo ao Senhor, uma maneira
çãos que Deus havia realizado em comum de introduzir ações de gra
seu favor: Mas o que Deus fez por Ma ças (cf.
SI 41.13; 72.18; 106.48). A
ria? (vv.
46-49). Em primeiro lugar salvação que o Messias trará é re-
Deus a salvou (Lc 1.47), indicando ferida primeiro como libertação,

ela era uma pecadora como to- depois como misericórdia em favor
que
OS nos e que precisou crer em Deus dos pais e, finalmente, como alian-

9
Lição 1- Lucas 1:O Filho do
Evangelho do Homem

ça. Poderíamos ter esperado que o em que havia de manifestar-sea Israel.


cantico falassesó a
respeito de João, Com esse versículo breve, que
mas surpreende-nos ao dedicar-se sumariza sua intäncia e juventude,
predominantemente ao Messias João Batista desaparece do cenário
que Deus estava para enviar. para reaparecer mais tarde, em seu
Somente os versos 76 e 77 de ministério de arrependimento e ba-
dicam-sea joão Batista profetizan- tismo. Lucas nada nos diz a respei-
do o seu futuro e sua missão. Este to do por que ele se retirou para o
canticoé considerado por muitos deserto e o que ele fez durante seu
estudiosos como sendo a última período de crescimento. Certamen-
proficiência da Antiga Aliançaea te, esse tempo Ihe serviu de prepa-

primeira da Nova Aliança. ração para a sua vida simples e seu


ministério vigoroso. Quanto maisos
3. Crescimento de João e sua olhos deste mundo se voltam para
vida no deserto (Lc 1.80) nós tanto mais carecemos de estar
O menino crescia esefortaleciaem es- com Deus seja em oração, seja na
pirito. E viveu nos desertos até ao dia leitura e aplicação da Sua Palavra.

APLICAÇÃO PESSOAL
Os milagres acontecem quando as limitações e fragilidades humanas
se deparam diante do ilimitado poder do Soberano e Supremo Criador.

RESPONDA
1) Qual significado do nome Teóflo?

2) Por quanto tempo Israel ficou sem receber uma palavra profêtica?

3)De que maneira Zacarias iniciou o seu cântico?


LIÇÃO 2
LUCAS 2: O NASCIMENTO DO FILHO
DO HOMEM
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplementodo professor, todo o conteúdo de cada lição
é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA .Celebrar o nascimento do Sal-

Em Lucas 2 há 52 versos. Sugeri- vador prometido.


mos começar a aula lendo, com Compreender que Jesus é Deus
todos os presentes, Lucas 2.1-24 feito homem para nos salvar.

(5 a 7min.). Compreender a simplicidade


A revistafunciona comoguia de es- do nascimento de Jesus como
tudo e leitura complementar, mas um gesto de doação completa.
não substitui a leiturada Bíblia.

COMEÇAR A AULA
A
Paz, professor(a)! Eis que PARA
chegou a salvação prometida, ale-
luia! Um
nascimento cheio de sig- os casais
Atualmente, que es-
nificado, pois a simplicidade da
peram o nascimento de um filho
manjedoura e dos pastores con- costumam organizar pequenas
trastava com o cántico dos anjos
festas de revelação do gênero do
(Lc 2.13-14) como a mostrar que
ali,humildemente, estava o verda- bebê. Em Israel já se sabia que a
deiro Rei. Também Simeão cantou salvação prometida viria por um
quando tomou nos braços o Salva- menino da descendência de Davi.
dor prometido durante séculos. Então, a simplicidade dos pastores
Esta lição deve mostrar que e a grandiosidade do coral de an-
para alguns o encontro com Jesus
jos foram as senhas para descobri-
é súbito, quase incompreensível;
rem não o gênero, mas o amor de
para outros, um encontro espera-
do. Porém, não há ninguém que
um rei acessível a todos e que veio
possa ser indiferente a Ele. Preci- para ensinara partilha e o cuidado
samos receber Jesus com a mesma com o outro.
alegria íntima de Simeão e Ana,
RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO
certos de que Ele sempre vai nos
como o fez junto aos 1) A humildes pastores.
surpreender
doutores, no templo. 2)Circuncisão, apresentação e os cânticos

de Simeão e Ana.

3) Fisico, social, mental e intelectual.


Lição 2-Lucas 2: O Nascimentodo Filho do Homem

LEITURA ADICIONAL

O propósito desse primeiro parágrafo é preparar o palco


primordial
dos pastores (VV.
para uma cena, o cäntico angelical (vv. 13,14) e a visita
no
15-20). Outro propósito, no entanto, é colocar o nascimento de Jesus
contexto ambiental do grande imperador romano César Augusto.
Para Lucas, o significado da viagem a Belém (v. Miqueias 5:2) e da vi-
sita dos pastores (Ezequiel34:23; 37:24) se encontra no contexto
de Davi.
Lucas redigiu seu registro de tal modo que, durante o reinado do grande
rei terreno, César Augusto, o filho de José- homem da casa
e família de
Davi (v. 4), o maior rei de Israel e pai do Messias nasceu.
Belém era a cidade de Davi (v. 4), pelo que foi muito pertinente que
Maria teve de
seu filho messiânico nascesse ali também. Por que razão
comentaristas, visto
acompanhar José (v.5) constitui enigma para muitos
não era necessária.
que presença dela para o devido registro
a
E claro os da narrativa de Lucas, marido e mulher
que para propósitos
ir a Belém, é o
devem ser mantidos juntos, pois, embora só José precise
de Davi, e é nessa oca-
nascimento de Jesus que deve acontecer na cidade
dos pastores ocorrerão.
sião que o cântico angelicalea visita
celestial o coro
A história dos pastores enseja outro testemunho (i.e.,

e o rei Davi. Lembre-


de anjos. vv. 13,14), c fortalece a conexäo entre Jesus
e, em
mo-nos de que Davi havia sido pastor de ovelhas (1 Samuel 16:11)
dos quais Ihe são atribuídos, Davi refere-se a
alguns dos salmos, muitos
como ovelhas (Salmos 23:1;
Deus como o nosso Pastor, e ao povo de Deus
28:9; 100:3).

(Craig A. Evans. Editora Vida, São


Livro: Novo Comentário Biblico Contemporâneo
Paulo, 1996, Pág. 46).
Estudada em /-
LIÇÃO 2 Leitura Bíblica Para Estudo
Lucas 2.1-24
LUCAS 2: Verdade Prática
Jesus se fez Filho do Homem
ONASCIMENTO DO a fim de que os seres humanos
ser filhos de Deus.
FILHO DO HOMEM pudessem

INTRODUÇÃO
L ONASCIMENTO DEJESUS
Lc 2.1-20

1. O decreto de César Lc 2.1-3


2. Omenino nasceu
Texto Aureo Lc 2.4-7
"Eque hoje vos nasceu, na cidade 3. Os anjos e os pastores Lc 2.8-20
de Davi, o Salvador, que é Cristo,
o Senhor." Il. CIRCUNCISÃO E
Lucas 2:11 Lc 221-38
APRESENTAÇÃO
1. Consagração de Jesus Lc 2.21-24

2. O cântico de Simeão Lc 2.25-35

3. A profetisa Ana Lc 2.36-38

II. A INFÄNCIA DE JESUS Lc 239-52

1. O regresso a Nazaré Lo 2.39-40


2. O menino entre os doutores

Lc 2.41-50

3. E crescia Jesus Lc 2.51-52

APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário

Lc Lc Lc Lc Lc Lc
2.11 2.14 2.20 2.25 2.26 2.32

Hinos da Harpa: 481 120

11
Lição 2- Lucas 2: O Nascimento do Filho do Homem

INTRODUÇÃO Deus usou esse censo para le-


var José e Maria a percorrer quase
E bem possível que o capítu- 130 Km (distância entre Nazaré e
lo 2 seja a parte mais conhecida e Belém), fazendo, assim, com que a
querida do Evangelho de Lucas. profecia anunciada por Miqueias
Ele permite entrever a infância de se cumprisse (Mq 5.2). Louvemos
Cristo até os doze anos, pois o resto ao Senhor, pois Seus planos não
da infância e juventude é ocultada podem ser frustrados!
e não sabemos com precisão o que
lhe ocorreu até os seus 30 anos, 2. O menino nasceu (Lc 2.4-7)
que é quando se supõe que o Filho E ela deu à luz o seu filho primo-
do Homem inicia Seu ministério. gênito, enfaixou-o e o deitou numa
Exceto o breve relato do nasci- manjedoura, porque não havia lu-
mento de Jesus, abordado também gar para eles na hospedaria. (2.7)
por Mateus, todo o restante que De maneira singela, Lucas rela-
sabemos acerca do tema é narrado ta o episódio mais importante da

com exclusividade por Lucas. história: o nascimento do Salvador.


Esse ganha dramaticidade pela
fato

I. O NASCIMENTO DE informação de que "não havia lugar


JESUS (Lc 2.1-20) para na hospedaria". Segundo
eles

historiadores,as instalações que se

Jesus teve um nascimento huma- ofereciam aos viajantes eram muito

noeuma genealogia humana qualifi- primitivas. Os viajantes levavam sua


cando-se assim como perfeito media- própria comida e tudo o que outor
dorentre Deus e os seres humanos. gava o hospedeiro era forragem para
osanimais e fogo para cozinhar
1. 0 decreto
de César (Lc 2.1-3) O Filho do homem poderia vir

Naqueles dias, foi publicado um em majestade real, nascer em um


decreto de César Augusto, convo- palácio com poder e autoridade,
cando toda a população do império mas Ele se fez o mais pobre dos se-
res humanos, pois nasceu em um
para recensear-se. (2.1)
Lucas informa que nos dias pró- estábulo, envolto em faixas.

ximos ao nascimento de Jesus,César 0 lugar era ao mesmo tempo o

Augusto publicou um decreto con-


mais humilde e o mais sagrado, pois
vocando todos ao recenseamento,. o Filho de Deus nascia em da Judeia,
Recenseamento sugere o re- conforme o profeta havia predito.
Este é o fato central de toda a His-
gistro do nome de cada cidadão,
de sua idade, posição social, do tória.

nome da esposa e dos fillhos, do


patrimônio e da renda com o obje- 3. Os anjos e os pastores (Le2.8-20)
tivo de calcular os impostos. Havia, naquela mesma regiäo,pasto
Lição 2- Lucas 2: O Nascimento do Filho do Homem

resque viviam nos campos eguarda- de que o Evangelho torna as pes-


vam o seu rebanho durante as vigíilias soas tristes e sombrias. Cristo veio
da noite. E um anjo do Senhor desceu ao mundo para trazer a alegria de
aonde eles estavam, e a glória do Se- viver a vida abundante.
nhor brilhou ao redor deles; ficaram
e As hostes celestiais louvam a
tomados de grande temor (2.8-9). Deus cantando "Glória a Deus nas
Era comum que o nascimento maiores alturas, e paz na terra
do filho de um rei fosse celebrado v. 14) ao anunciar o Salvador do
com festividades públicas, mas o mundo que veio restaurar a paz e
anúncio do nascimento do Prin- OS relacionamentos corrompidos
um a humani-
cipe da Paz foi feito a grupo pelo pecado, seja entre
de pastores, em meio à noite e de dade Deus, do indivíduo consigo
e
modo esplendoroso, por um anjoe mesmo e entre os seres humanos.
corais celestiais. Neste mundo confuso, Deus
Os anjos não apareceram a orgu- é glorificado e os Seus filhos têm
Ihosos fariseus, saduceus ou escri- paz no coração. Cumprem-se neles
bas, mas a humildes pastores. Uma as palavras do coro angelical.
das mais belas analogias usadas
para mencionar Deus é a do pastor Il. CIRCUNCISAO E
(SI 23.1). Portanto, nada mais apro- APRESENTAÇAO
priado que o anúncio do nascimento (Lc2.21-38)
do Cordeiro de Deus, o Bom Pastor,
fosse,inicialmente,feito a pastores. Sobre a primeira infância de
O anjo tranquilizou os pastores Jesus, há estes três importantes
a fim de que pudessem escutar a acontecimentos relatados com
mensagem. "Não temais" era a fra- exclusividade por Lucas: a) Sua
se preferida de Jesus. Ele veio ao circuncisäãoem Belém, aos dias 8
mundo dissipar o abatimento, o de idade, quando seu nome foi ofi-
desânimo, o pessimismo e o medo. cializado; b) Sua apresentação no
Ainda hoje, fala à alma perturba- templo após os 40 dias de idade e
da: "Não temas!. c) os louvores de Simeão e Ana.
Evangelho ensina as pessoas
a não terem medo; uma vez que 1. Consagração deJesus(Lc221-24)9

lhes oferta razões para não temer: Passados os dias da purificação


"Eis aqui vos trago novas degrande deles segundo a Lei de Moisés, le-

alegria, que será para todo o povo. varam-no a Jerusalém para o apre-
Lembremos ser o Evangelho acima sentarem ao Senhor. (2.22)
de tudo as boas novas do perdão que Jesus, mesmo
Fica claro

gratuito ofertado pela graça de sendo o Filho de Deus, nasceu "sob


Deus, trazendo "grande alegria"a a lei, para resgatar os que estavam
todos os povos. É lastimável a ideia sob a lei"e foi, portanto, sujeitado
Lição 2- Lucas2:O Nascimentodo Filho do Homem

às exigências da Lei (GI 4.4-5). Lu- período de escrita do seu relato,já


cas detalha como José e Maria, ju- testemunhava ao acompanhar o
deus piedosos, cumpriram à risca apóstolo Paulo em seu ministério.
o ritual de purificação da mulher Também evidencia a missãão
após o parto, instituído em Leví salvadora de Jesus a partir de Seu
tico 12, bem como a ordenança povo. Israel veria a glória no seu
de consagração dos primogênitos sentido mais claro quando reco-
contida em Exodo 13.2. nhecesse o Filho de Deus em meio
0 autor também dá realceà ao povo, mas a luz de Cristo irra-

viagem dos pais de Jesus a fim de diaria para todas as nações, a par-
consagrá-lo ao Senhor. Ao chega- tir da Igreja. Portanto, certamente
rem ao Templo, são saudados por o cântico de Simeo é, acima de
duas pessoas extraordinárias, os tudo,uma revelação missionária.
idosos e devotos Simeão e Ana, Por fim, o cântico de Simeão
que fazem declarações proféticas evidencia que a paz estava sendo
acerca da criança. renovada pela esperança do nas-
cimento daquela criança que ele
2. 0cântico deSimeão (Lc2.25-35) segurava em seus braços.
Simeão o tomou nos braços e lou-
vou a Deus, dizendo.. (2.28) 3. A profetisa Ana (Lc 2.36-38)
Estamos agora diante do últi- Haviauma profetisa, chamada
mo cantico narrado por Lucas so- Ana, filha de Fanuel, da tribo de
bre o nascimento de Jesus. Aser, avançada em dias, que vive-
é o único evangelista
Lucas ra com seu marido sete anosdesdee
que apresenta a pessoa de Simeão, que se casara. (2.36)
evidenciando que ele era justo no Lucas agora acrescenta as
que tocava à Lei, devoto na forma ações de graças de outra repre-
de viver a religião,tinha um cora- sentante da religião judaica. Nada
ção que estava voltado para as es- mais se sabe a respeito dela se-
peranças messiânicas e o Espírito não aquilo que lemos nos versos
Santo estava sobre ele. 36 e 37. Não havia profeta algum
0 louvor de Simeão evidencia durante séculos, de modo que é
que Jesus é a salvação para todos digno de nota que Deus levantara
os povos (Lc 2.31-32). 0 texto é essa profetisa, a qual era descen-
claro ao mostrar que a salvação dente de um pequeno remanes-
em Jesus não é para uma só na- cente da tribo de Aser que con-
ção, mas sim para todas. Portanto, servou sua genealogia depois do
significa uma transposição de bar- exílio na Babilônia.

políticas e
reiras culturais,sociais, Ana tinha sido casada durante
econômicas em todos os seus âm- sete anos e depois permaneceu
bitos, uma realidade que Lucas, no viúva, contando já com oitenta e
Lição 2- LUcas2:O Nascimentodo Filho do Homem

Filho do Homem
quatro anos por ocasião de seu Quando se dizia

fazia referência à sua humanidade.


encontro com o Salvador.
0
autor evidencia que Ana não
deixava o templo, comparecendo 2. O menino entre os doutores
constantemente nos atos religio- (Lc 2.41-50)
e Três dias depois, o acharam no
sos, como jejuns orações, práti-
no meio dos
cas que podiam ser realizadas de templo, assentado
doutores, ouvindo-os
e interrogan-
maneira individual ou comunitá-
ria, indicando uma vida discipli-
do-os. (2.46)
Anualmente seus pais iam a
nada.
a festa da Páscoa,
A atitude de Ana deixava trans- Jerusalém para
tinham a obrigação
parecer o coração alegre etransbor pois os judeus
dante da profetisa, que não se conti- de comparecer a cada uma das
acom-
nha, anunciando o Messias aos que grandes festas. Jesus sempre
panhava seus pais e, em
certo dia,
aguardavam a Sua vinda. Que Deus na festa,
nos dê um coração transbordante da depois de o terem perdido
ou-
Sua graça, como o de Ana. ele foi encontrado no templo
vindo e fazendo perguntas acerca

Il.A INFÄNCIA DE JESUS da Leiaos escribas ali reunidos.


(Lc2.39-52) Nesta ocasião Jesus tinha doze
anos, fato que pode ter conexäão
com
1. Oregresso a Nazaré (Lc2.39-40) a proximidade dos treze anos, idade

Cumpridas todas as ordenanças em que os meninos judeus celebra-


vam sua maioridade religiosa
segundo a Lei do Senhor, voltaram
para a Galileia, para a sua cidade
O de Jesus ter ficado para
fato

de Nazaré. (2.39) trás, sem que José e sua mãe o

Lucas completa essa parte da soubessem, indica que Jesus tinha


sua narrativa com a volta de José convívio com amigos e parentes

e Maria para Nazaré. O destaque é como um menino normal.


à infância de Jesus, apesar de não Ao encontrá-lo, sua me Ihe per-
termos detalhes a respeito do seu guntou com uma leve censura por
desenvolvimento. que Ihes tinha causado tanta aflição.
O 40 abrange um in-
versículo A sua resposta indica que elejá esta-
tervalo de doze anos em que o me- va consciente de Sua missão divina:

nino Jesus cresceu, fortaleceu-se em "Não sabíeis que me cumpria estar


e foi cheio de sabedoria, isto na casa de meu Pai?"(v. 49).
espírito

é, a graça de Deus estava sobre Ele.


Aos doze anos de idade, Jesus es-

Jesus foi, ao mesmo tempo,


tava ciente que, portanto, condição
Filho de Deus e Filho do Homem. de Filho de Deus e que, portanto,
Quando se dizia Filho de Deus, tinha uma missão a cumprir. Logo,
Jesus se referia à sua divindade. nada mais natural que fosse Ele en-

15
Lição 2- LUcas 2: O Nascimento do Filho do Homem

contrado na casa do seu Pai, "assen- mente a Deus e guardava Seus en-
tado no meio dos doutores, ouvindo- sinamentos, na exata medida que
-os, e interrogando-os" (v.46). Sua maturidade, ainda infantil, Ihe

permitia alcançar (Pv 1.7).


3. E crescia Jesus (Lc 2. 51-52) O Filho de Deus cresceu como
E crescia Jesus em sabedoria, esta- Os versos 40 e
qualquer criança.
tura e graça,
diante de Deus e dos 52, transmitem a mesma ideia e de-
homens. (2.52) claram que Jesus crescia espiritual,
O menino Jesus cresceu fisica- mental e fisicamente,fato compro-
mente, mas também em espiritua vado pela ao templo. Fisica-
visita
lidade e inteligência. mente, era como um menino de doze
Mesmo criança, Seu agir, Seu anos, mas deixou atônitos os estu-
proceder e Seu falar eram sábios, diosos pelosgrandes conhecimentos
bem refletidos e apropriadoS. demonstrados acerca das Escrituras.
Jesus tinha excelentes dons Espiritualmente, possuía o teste-
e era cheio de sabedoria, o que munho íntimo de que era o Filho de
significava que desde cedo era te- Deus -oMessias esperado.

APLICAÇÃO PESSOAL
O Filho de Deus, Criador e Sustentadordetudo veio ao mundoe sequer
houve um lugar para ele na estalagem. Há lugar para
Ele em sua vida?

RESPONDA
1)Aquemo coral angelical apareceu?

2)Sobre a primeira infância de Jesus há trs importantes acontecimentos. Quais são eles?

3) Quais foram os aspectos


do crescimento de Jesus evidenciados em Lucas?
LIÇÃO 3
LUCAS 3e4:O INÍCIO DO MINISTÉRIO DO
FILHO DOHOMEM
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora osuplemento do professor, todo o conteúdo
e igual decada lição
para alunos e mestres, inclusive o numere da página.

ORIENTAÇÃO OBJETIVOs
PEDAGÓGICA
Compreender que a genealogia
Em Lucas 3e 4 há 38 e 44 versos, de Jesus evidencia sua linhagem
real.
respectivamente. Sugerimos come-
çar a aula lendo, com todosos pre- .Reconhecerque a autoridade
sentes, Lucas 3.1-23 (5a min.). 7 de Jesus manifesta a perfeição
A revistafunciona como guia de es- da sua mensagem.
tudo e leitura
complementar, mas Compreender que no Jordão a
não substitui a leitura da Bíblia. Trindade se manifesta a fim de
O zelo historiográfico de Lucas
revelar o Salvador.
não deixa dúvidas sobre os fatos
registrados. Caro(a) professor(a), PARA COMEÇARA AULA
tamanho cuidado do autor torna
sua narrativa confiável até
para coma conhecida dinâmica
Inicie
incrédulos. E fato que um do telefone sem fio. Você pode esco-
profeta
anunciava o Messias no deserto, Iher 3 ou 4 versos bíblicos e recitar
tampouco se pode duvidar que o baixinho no ouvido de um
partici-
Espírito desceu sobre Jesus para pante da turma. Ele deve dizeroque
ungi-lo. Vale notar que o Senhor ouviu a mais alguéme, assim,suces-
nos dá testemunho de obediên- sivamente até que o último partici-
cia e liderança ao descer às águas
pante receba a mensagem e diga a
para cumprir tudo o que fora todos o que entendeu. O objetivo é
anunciado e para dar exemplo a compreender que a autoridade de
todos. Não deixe de observar a Jesus vinha do seu ensino correto
autoridade daquele Galileu des- das escrituras, pois ele mesmo as
conhecido. Certamente, muitos se viviacom perfeição. Qualquer dis-
perguntaram quem seria aquele torção da Biblia ou mau testemunho
pregador. Por isso Lucas dedica não procede do Senhor.
à genealogia de Jesus, a
atenção
fim de testificá-locomo o herdeiro RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO
1)V
do trono de Davi.
2) F

3)V
Lição 3-Lucas 3 e4: 0 Inicio do Ministrio do Filho do Homem

LEITURA ADICIONAL

Lucas faz um recomeço em seu evangelho. Os eventos narrados em Lc


1 e2 haviam transcorrido de forma incógnita. Somente os humildes da
tomado
haviam conhecimento desses acontecimentos.
terra
Seguira-se um tempo de silêncio.0 Filho de Deus crescia às escon-
didas na pequena Nazaré.
0
que o evangelista Lucas passa a relatar na
sequência, entre o capítulo 3 e a morte do Salvador, aconteceu com ampla
publicidade. João e Jesus saíram do anonimato.
Depois que João Batista viveu trinta anos no anonimato, ele se apre
sentou publicamente. Pouco depois também Jesus, praticamente repetin-
do a pequena diferença cronológica entre o nascimento de ambos.
1.A INTRODUÇÃO HISTÓRICA, Le 3.1ss.Agora se cumprem
as palavras
de Zacarias. Essa época relevante e especial do reino de Deus é combina-
da pelo evangelista Lucas com eventos da história universal e intelectual,
não apenas para fixar a data do acontecimento divino, mas
também para
que essa visão histórica assinale toda a miséria e escuridão daquela épo-
ca. A palavra de Paulo em Rm 5, já citada no início de Lc 2, "onde abundou
o pecado", também agora volta a causar impacto em nós
A expressão César Tibério aqui em Lc 3 e o nome César Augusto em Le
Z lembram que naquele tempo a Palestina não era um Estado soberano,
mas pertencia ao Império Romano. A força de ocupação que decidia sobre
o povo de Israel era o exército romano. Tudo o que é relatado no Novo
Testamento acontece no período desse poderio militar romano, cujo ápi-
ce estava nas mãos dos césares romanos. Em Lc 2 era César Augusto (de
31 a. C. até 14 d. C.).

PR:
Livro: Evangelho de Lucas: Comentário Esperança (Fritz Rienecker, Curitiba,

Editora Evangélica Esperança,2005).


Estudada em -
Para Estudo
LIÇÃO 3
Leitura Bíblica

Lucas 3.1-23

LUCAS 3e4: Verdade Prática


Viver em comunhão com
o Espi-
uma
O INÍCIO Do rito Santo é o segredo para
vida queagrada a Deus.

DO
MINISTÉRIO
INTRODUÇÃO
FILHO DO HOMEM I O MINISTÉRIO DE JOÃO
BATISTA Lc 3.1-14
1. Precursor de Jesus
Lc 3.1-3

2. Amensagem de João Lc 3.4-9

3. Os resultados de sua pregação Lc 3.10-14


Texto Aureo
eo Espírito
bre ele em
Santo desceu so-
forma corpórea como
IL. BATISMO, GENEALOGIA E
TENTAÇÃO DE JESUS
pomba; e ouviu-se uma voz do
céu:Tu és o meu Filho amado,em Lc3.15-4.1-13
1. O batismo do Filho do Homem
ti me comprazo."
Lc 3.15-22
Lucas 3:22
2. Sua genealogia Lc 3.23-38
3. Sua tentação no deserto Lc 4.1-13

II. O INÍCIO DO MINISTÉRIO


PUBLICO Lc4.14-44

1. Leitura inaugural na sinagoga em


Nazaré Lc 4.14-30
2. O endemoniado de Cafarnaum
Lc 4.31-37
3.
Sogra de Pedro e muitas curas
Lc 4.38-44

APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário

Lc Lc Lc Lc Lc Lc
3.5 3.16 3.22 4.1 4.4 4.8

Hinos da Harpa: 122 -437

17
3- Lucas 3 e 4:0 Início do Ministério do Filho do Homem
Lição

INTRODUÇÃO nha destaque central nas introdu-


ções, mas Lucas guarda
um espaço
detalhes
O terceiro evangelho forma especial para apresentar
coro com os demais ao afirmar a acerca de João Batista. O autor desse
da pregação de João mostre a gran-
relevància evangelho, embora
Batista para o ministério de Jesus. deza dos nomes e títulos dos deten-
Para Lucas, o fato inaugural das tores do poder político e religioso,

boas novas do Reino é o surgimen- evidencia João de forma diferente,


to do "preparador do caminho do mostrando que ele é um homem
Senhor" em cumprimento à profe- simples, sem títulos e sem lugar
fixo

aos que
cia de Isaías (Lc 3.4,5; Is 40.3-5). para pregar sua mensagem
João Batista foi, portanto, o último vem ao seu encontro, dando inicio
dos profetas e, simultaneamente, às boas novas do Reino.
um cumprimento de profecias do
Antigo Testamento.
2. A mensagem de João (Lc 3.4-9)
Produzi, pois, frutos dignos de
arre
I. O MINISTÉRIO DE pendimento e não comeceis
a dizer
JOAO BATISTA (Lc 3.1-14) entre vós mesmos: Temos por pai a
Abraão; porque eu vos afirmo que
de séculos de silêncio destas pedras Deus pode suscitar
Depois
profético, a voz de João soou no filhos a Abraão. (3.8)
deserto. Como preparador do caminho
do Senhor, a mensagem de João
1. Precursor de Jesus (Lc 3.1-3) possui um norte tão claro e con-
nesta
sendo sumossacerdotes Anás e Cai- ciso que pode ser resumida
Me-
fás, veio a palavra
de Deus a João, palavra: arrependimento (gr.
na língua origi-
no deserto. (3.2) tanoia). Trata-se,
filho de Zacarias,
nal, de um termo
de sentido com-
A perfeição com que Lucas
"mudaré a
descreve o contexto histórico de posto cujo significado
mente e/ou a trajetória",ou seja,
João é sem precedentes. Enquanto
não se refere a um movimento
os demais evangelhos apresentam
referências mais limitadas, pres-
meramente emocional, mas de um
esta- real convencimento do intelecto
supondo que seus ouvintes
diante da iminente manifestação
vam familiarizados com o ministé-
rio do Batista, Lucas data o início
do Reino de Deus, que resultam
da pregação de João tomando es-
em mudança de hábitos e atitudes.
tas referèncias: um imperador, um João centra sua mensagem n0

governador romano, três tetrarcas arrependimento. Foi o que rece-


da palestina e dois sumos sacer beu de Deus para pregar, e é a úni-

dotes de Jerusalém. ca maneira de recebermos a Cris

Nos outros evangelhos, Jesus ga to. Sem arrependimento não há

18
3-Lucas 3 e4:0 Início doMinistério do Filho do Homem
Lição

salvação. Ele não inventou nada,


1. 0batismo do Filho do Homem
apenas foi fiel ao seu chamado. (Lc3. 15-22)
E aconteceu que, ao ser todo o povo0
3. Os resultados de sua pregação batizado, também o foi Jesus; e,
(Lc3.10-14) estando ele a orar, o céu se abriu.
Então, as multidões o interroga- (3.21)
O batismo no Jordão marca
o
vam, dizendo: Que havemos, pois,
defazer? (3.10) início do ministério de Jesus. No
O terceiro evangelho dá teste Lucas narra a
evangelho, porém,
munho claro dos efetivos resulta- sujeição de Jesus
ao batismo como
dos do ministério de João Batista. todos os demais que eram ouvin-
Lucas relata que, em meio a uma tes de João Batista (v.21), o que
audiència diversificada: as mul- levanta uma questão importante:
tidões (v. 10), os publicanos (v como o Filho de Deus encarna-
12) e soldados (v. 14) recebem o do se submeteria ao batismo de
impacto da mensagem do Reino e João? A
resposta é simples: Jesus
precisava identificar-se com
todo
reagem com a mesma pergunta:
"Quehavemos de fazer?" o povo em solidariedade aos pe-
Em todos os casos apresen- cadores que veio salvar. Embora
tados por Lucas, a pergunta feita não tendo pecado, Ele se submete
tinha o seguinte sentido: "o que ao batismo e cumpre a justiça de
farei após escutar esta
mensagem Deus ao mesmo tempo em que
de uma reação
agora?". Esta era honra e aprova o ministério de
comum ao anuncio de João. João seu precursor.
Fica demonstrado, portanto, a
universalidade deste reino glorio- 2. Sua genealogia (Lc3.23-38)
sos, pois, desde o início, sua men- Ora, tinha Jesus cerca de trinta
sagem tem poder sobre indivíduos anos ao começar o seu ministério.
de toda tribo, língua e nação. Lou- Era, como se cuidava, filho deJosé,
vado seja o Rei por isso! filho de Eli.. (3.23)
Vários aspectos tornam a nar-
II. BATISMO, rativa lucana no que
singular
E
GENEALOGIA pertence à genealogia de Cristo.
TENTAÇAO DE JESUS Geralmente relatos genealógicos
(Lc 3.15 4.1-13) são trazidos na introdução de
documentos, mas em Lucas está
0 Filho amado revelado no contido no meio da narrativa. Ou-
batismo (3.22) tem sua filiação tra peculiaridade marcante está
rastreada até Adão, filho de Deus em que, geralmente, genealogias
(3.38) e, por fim, é testado no de- são enumeradas do passado para
serto pelo Diabo (4.3-12). o presente, como na descrição de

19
Lição 3-Lucas 3 e 4:0 Inicio do
Ministério do Filho do Homem

Mateus (1.1-17); Lucas, entretan- sim, os laços entre os dois


to, toma o caminho relatos.
contrário, par- E glorioso
tindo do presente em perceber que, onde
direção ao Israel falhou, o Filho de
passado. Deus foi
Se comparado com o relato de aprovado com louvores, deixando
clara a sua moral
condizente com
Mateus, percebe-se em Lucas ou- a missão que lhe cabia
tras executar
particularidades, como:adota
a linhagem O Cristo de Deus não foi somente
do pai, José; a inexis- um homem REAL, mas também
tência de mulheres; o fato de che-
um homem IDEAL,
gar em "Adão, filhode Deus" e não digno de ser
seguido. Portanto, a narrativa da
terminar em Abraão como em Ma-
tentação resume os dois focos do
teus, entre outras.
batismo: a orientação do Espírito
Lucas faz toda essa
Santo e sua identidade
em seu texto com este disposição como filho
propósito: de Deus.
demonstrar que o Filho de Deus
anunciado pelo próprio Deus no
batismo é de fato
II.O INÍCIO DO
Ele é.
quem MINISTERIO PÚBLICO
(Lc 4.14-44)
3. Sua tentação no deserto
(Lc 4.1-13) O tem importân-
Espírito Santo
Durante quarenta dias, sendo ten- cia cabal em Lucas. Ao recapitular
tado pelo diabo. Nada comeu na- o que foi
visto, percebe-se que,
queles dias, ao fim dos quais teve Somente no relato da infäncia de
fome (4.2) Jesus, seis pessoas são habitadas
Como
nos demais sinóticos, a pelo Espírito:João (1.15); Maria e
narrativa da tentação de Jesus no Jesus (1.35); Isabel (1.41); Zacarias
deserto tem objetivo de confirmar e Simeão
(1.67) (2.25-27). Já em
a vocação recebida no batismo e idade adulta, a influência do Espíri-
de servir como prelúdio de seu mi- to continua sendo descrita: na un-
nistério público. Vemos também ção batismal (3.22)e ao conduzi-lo
um claro paralelo entre o teste de à tentação no deserto (4.1).Agora,
Jesus e o teste de Israel no deser- como veremos, este mesmo Espíri-
to, pois os dois apresentam vários to o conduz à Galileia de modo que
elementos em comum, por exem- os feitos de Jesus correm por todas
plo: os dois acontecem no deserto; as terras ao redor (4.14,15).
nelesé exigido obediência; fome e
pão são fatores comuns; e onúme- 1. Leitura inaugural na sinagoga
ro 40 também aparece em ambos. em Nazaré (Lc 4.14-30)
Além disso, as respostas de Jesus Então, passou Jesus a dizer-lhes:
ao tentador são extraídas de Deu- Hoje, se cumpriu a Escritura que
teronômio 6 e 8, estreitando, as- acabais de ouvir (4.21).

20
3- Lucas 3 e 4: 0 Início do Ministério do Filho do Homem
Lição

de A narrativa continua agora em


E notório que o ministério
e os efeitos da unção
Jesus não se inicia neste relato Cafarnaum,
Além disso, uma análi- do Espírito são manifestos tam-
(4.14,15).
lugar. Como de cos-
nos bém naquele
se das passagens correlatas sábado
sinóticos demonstra que
Lucas tume, Jesus ensinava no
crono- em uma sinagoga quando se depa-
provavelmente antecipou
ra com um homem oprimido por
logicamente esse episódio, pois
ele fornece uma sintese de aber- espírito imundo. Jesus repreende
o demônio sua vez, sai
que, por
tura ideal da mensagem de Jesus. mal ao
Tudo gira em torno da decla imediatamente sem fazer

ração lida na ocasião: "O Espírito homem em questão (4.35).


do Senhor está sobre mim, pelo que A cidade, que jå se maravilha-
me ungiu.." (Lc 4.18; Is 61.1,2), ra com o ensino do Cristo (4.32),
Sua autoridade
isso é, uma confirmação bíblica e agora o louva por
sobre espíritos imundos (4.36).
profética dos assombrosos feitos
Verdadeiramente, a unção do
Es-
de Jesus que o seguiam desde seu
batismo e que o acompanhariam pírito sobre Jesus
o permitiu pôr
em todo seu ministério público. E em liberdade os cativos e oprimi-
no poder do Espírito que cativos e dos e apregoar com autoridade a
do Se-
oprimidos são libertos, enfermos chegada do Reino glorioso
são curados e a mensagem do Rei- nhor.
no estremece os corações. A auto-
ridade do sermão de Jesus deixa a 3. A sogra de Pedro e outras
plateia atônita e todos, maravilha- curas (Lc 4.38-44)
dos, perguntam: "Não é este ofilho Ao pôr do sol, todos os que tinham
deJosé?" (4.22). enfermos de diferentes moléstias
O texto sugere que a recusa de lhos traziam; e ele os curava, im-
Jesus em "validar" Sua mensagem pondo as mãos sobre cada um.
com sinais semelhantes aos reali- (4.40)
zados outrora na Galileia fez com Jesus entra na casa de Pedro e
que a plateia se enfurecesse con depara-se com a sogra deste pros-
tra Jesus a ponto de tentar matá-lo trada com "febre alta". Boa parte
(4.29).Jesus, porém passa por eles dos estudiosos sugere tratar-se de
e retira-se ileso daquele lugar. um quadro de malária, doença en-
dêmica comum na região por con-
2. O endemoniado de Cafarnaum ta do clima e geografia da área. Je-
(Lc4.31-37) sus, diante do quadro, restabelece
Achava-se na sinagoga um homem a enferma repreendendo a febre.
possesso de um espírito de demô Este é o único milagre de cura de
nio imundo, e bradou em alta voz.. Jesus em que o mestre se dirige à
(4.33). doença e não ao enfermo.

21
Lição 3-Lucas 3e 4: 0 Inicio do Ministério do Filho do Homem

A fama de Jesus se alastra na ci-


goga, eram repreendidos por Jesus
dade de modo que o povo aguar-
tal
"para que não falassem, pois sabiam
da apenas o encerramento dos cos serele o Cristo"(4.41).
tumes sabáticos e, ao cair da noite, Não é o testemunho de demô
uma multidão de enfermos aco- niosque deve convencer os ho-
metidos de "diferentes moléstias" mens da missão de Jesus, mas sim
(4.40) deságua aos pés de Jesus e os feitos do Espírito Santo, que o
todos são curados pela
imposição ungiu em Seu batismo e afirma
de Suas mãos. Demônios também
inequivocamente que Ele é 0 FI-
eram expelidos aos gritos e, assim LHO AMADO, em quem o pra-
está
como no caso do homem da sina- zer do Senhor.

O mesmo
APLICAÇÃO PESSOAL
Espírito que ungiu Jesus e o conduziu em sua obra terrena
está impulsionando a lgreja a executar a obra de Deus na terra. Bus-
quemos, então, a unção do Espírito Santo!

RESPONDA
Marque "V para a opção verdadeira e "F" para opção falsa:

1) Lucas data o inicio da pregação de João tomando estas referências: um imperador, um

governador romano, três tetrarcas da palestina e dois sumos sacerdotes de Jerusalém.

2) O batismo no Jordão não marca o inicio do ministrio de Jesus; no evangelho, porém, Lucas

narra a sujeição de Jesus ao batismo como todos os demais que eram ouvintes de João Batista.

3) Como nos demais sinóticos, a narrativa da tentação de Jesus no deserto tem objetivo de
confirmar a vocação recebida no batismo e de servir como prelúdio de seu ministrio público
LIÇÃO 4
LUCAS 5 e6:MILAGRES, ENSINOSE
ESCOLHA DOS APÓSTOLOS
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora
o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição
é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGOGICA Compreender queLucas desta-
ea
Em Lucas 5e 6 há 39e 49 versos, ca a coerência entre os atos
mensagem de Jesus.
respectivamente.Sugerimos come-
çar a aula lendo, com todos os pre-
Glorificar a
Jesus pela disponi-
bilidade de salvação para todos.
sentes, Lucas 5.1-26 (5 a 7 min.).
Reconhecer que, como discípu-
Arevista funciona como guia dees- amor de
los, nos cabe anunciar o
tudo e leitura complementar, mas
Jesus.
não substitui a leitura da Bíblia.
Nesta lição, veremos que os
atos de Jesus expõem quem Ele PARA COMEÇARAAULA
é. Ao dizer como Ele age, Lucas
tema da lição aponta para o
O
quer mostrar o caráter do Senhor.
a pesca milagrosa ou a cura amor de Jesus por pessoas margi-
Seja
das doenças, esses atos testemu- nalizadas da época. Atualmente,

nham a natureza divina de Jesus. ainda são praticados atos que ex-
cluem as pessoas por causa de sua
Contudo, a decisão de tomar con-
tato compessoas consideradas fé no Senhor Jesus. Peça a alguns
irmãos que testemunhem sobre
impuras revela uma nova ética
a
como Jesus os acolhe, mesmo que
ser vivida por nós. Professor(a),
não deixe de mostrar aos irmãos
o às vezes se sintam excluídos por
não pode- serem cristãos evangélicos. Mes-
que Jesus nos ensina: se
isso não nos mo muitos tentem associar a
que
mos curar enfermos,
fé evangélica a uma atitude que in-
isenta de abraçá-los e amá-los. Se
comoda os atuais padrões morais,
não podemos perdoar pecados,
conservamos nossa fidelidade ao
isso não nos manda odiaro peca-
dor. Tais atos não são revolucioná- que Jesus ensinou.
rios, mas misericordiosos.
O amor
confronta o inclusive aos
pecado, RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO
os dias foram
sábados, pois todos 1) V
feitos para o homem.
2) F

3) F
Lição 4-Lucas 5e 6: Milagres, Ensinos e Escolha dos Apóstolos

LEITURA ADICIONAL

A pesca maravilhosa (5:1-11). Lucas nos conta


acerca de um
no inciden-
te ministério de Jesus, João relata um acontecimento
bem diferente
depois de Jesus ter ressuscitado. Uma
observação semelhante deve ser
feita acerca da história da chamada dos
discípulos em Marcos 1:13-20,
Há alguma possibilidade de que Marcos tenha contado o
incidente sem o
milagre (embora haja, mesmo então, diferenças não
consideráveis). Mas é
mais provável que Lucas se refira a um incidente
diferente (1-3).
Jesus viu dois barcos cujos pescadores desembarcaram
para lavar as
redes. Depois de cada saída para a
pesca, o equipamento precisava ser
averiguado e limp0, como preparativo para a saída
seguinte. Jesus, pois,
entrou num dos barcos, que
pertencia a Simäo, e pediu que o afastasse
um pouco da praia. Jesus, então, assentando-se,adotando a
posição costu-
meira para ensinar, instruiu o de onde
povo Ele estava no barco.
Jesus sugeriu a Pedro que fossem pescar.
Respondendo, Pedro cha
ma Jesus de Mestre (Epistata), palavra esta que é achada somente neste
Evangelho no Novo Testamento. O termo não é específico como "Rabi"
(que Lucas nunca usa), mas denota qualquer pessoa de autoridade. Pedro
continua: havendo trabalhado toda a noite, nada
apanhamos. Há, talvez,
uma repreensão subentendida. A noite era considerada o melhor
período
para a pesca, e Pedro talvez tenha sugerido que, quando peritos, pescando
na hora certa, nada apanharam, era inútil tentar mediante o
pedido de
um Carpinteiro. Se
for assim, a disposição
de Pedro de agir conforme a
sugestão de Jesus revela o reconhecimento
que Sua palavra não deveria
ser desconsiderada em qualquer assunto que fosse. Pedro talvez não con-
cordasse, mas poderia obedecer.

Livro: Lucas Introdução e Comentário (MORRIS. Leon L. Vida Nova, São Paulo, SP
2007. Págs. 106,107).
Estudada em

LIÇÃO 4 Leitura Bíblica Para Estudo


Lucas 5.1-26
LUCAS 5e6: Verdade Prática
Estudara pessoa ea obra de Je-
MILAGRES, ENSINOS sus deve nos levar à obediëncia
e prática da Sua Palavra.
E ESCOLHA DOS
APÓSTOLOS INTRODUÇÃO
I. MILAGRES E O MÉDICO LUCAS
Lc 5.1-26

1. A pesca maravilhosaLc 5.1-11


Texto Aureo
"Ora, aconteceu que, num da- 2. A cura de um leproso Lc 5.12-16
queles dias, estava ele ensinando, 3. A cura de um paralítico em
e achavam-se ali assentados fari- Cafarnaum Lc 5.17-21
seus e mestres da Lei, vindos de
as aldeias da Galileia, da
todas
Judeia e de Jerusalém. Eo poder
Il.
A COSMOVISÃODO FILHO DO
do Senhor estava com ele para HOMEM Lc 5.27-6.11

Curar." 1. Sobre os pecadores Lc 5.27-32


Lc5.17 2. Sobre o jejum Lc 5.33-39
3. Sobre o sábado Lc 6.1-11

IL. OS 12 APÓSTOLOS EAS BEM


AVENTURANÇAS Lc6.1249
1. A escolha dos 12 apóstolos
Lc 6.12-23
2. As bem-aventuranças Lc 6.24-38

3. Guia de cego, trave no olho e dois

fundamentos Lc 6.39-49

APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário

Lc Lc Lc Lc Lc Lc
5.11 5.15 5.17 5.31 6.19 6.21

Hinos da Harpa: 07-232

23
Lição 4- Lucas 5e 6:Milagres, Ensinos e Escolha dos Apóstolos

INTRODUÇÃO 2. A cura de um leproso (Lc5.12-16)


E ele, estendendo a mão, tocou-lhe,
Os
capítulos 4 e mostram 5 a dizendo: Quero, fica limpo! E, no
expansão do ministério público de mesmo instante,Ihe desapareceu a
Jesus. Veremos milagres, ensinos e lepra.(5.13)
Oleproso era considerado como
a escolha dos apóstolos.
alguém castigado por causa de algu-
I. MILAGRES E O MÉDICO ma culpa especial. 0 texto evidencia
LUCAS (Lc5.1-26) que Cristo alcança também os que
estão segregados na sociedade.
1. A pesca maravilhosa (Lc5.1-11) Lucas, como médico, conhecia
Isto fazendo, apanharam grande a gravidade da doença e não apre-
quantidade de peixes; e rompiam- senta o homem como "um leproso,
-se-lhesas redes. (5.6) mas sim como "um homem coberto
Lucas mostra que Jesus era tão de lepra ", o que nos faz inferir que
popular a ponto de ser comum as a doença teria atingido um estágio
multidões irem ouvi-lo. Lucas é o úni- muito avançado. Isso é relevante,
co dos quatro evangelistasque desig- pois as pessoas com essa doença,
na esta massa de água com o nome conforme Levítico 13.1-3, ficavam

adequado de lago. Esse milagre afastadas de todos e, se entras-


três aspectos: primeiro, sem na cidade, precisavam gritar
apresenta
o domínio completo de Cristo sobre que eram leprosas. Na narrativa
a criação animal; segundo, mostra o de Lucas, porém, o leproso chega
chamado de Pedro para ser discípulo clamando por misericórdia, mas
de Cristo; terceiro, tem similaridades sem tocar no mestre; Jesus, por sua
com o que Elerealizou no final do seu vez, mesmo podendo só falar, esco
ministério, após a sua ressurreição, Ihe tocar no enferm0, quebrando o
quando Pedro renovou seus votos protocoloe mostrandoquea graça
como apóstolo. (Jo 21.11-14). alcança os excluidos.
0
acontecimento é significativo
e até mesmo emocionante, tudo isso 3. A cura de um paralítico em
para mostrar quão maravilhoso é Cafarnaum (Lc 5.17-21)
Jesus. O Cristo é revelado aqui tendo Vendo-lhes afë,Jesus disse ao para-
cinco atributos, de modo Homem, estão perdoados
que cada lítico: os
um mostra os aspectos de sua gran- teus pecados. (5.20)
deza, os quais são estes:sua sabedo- Nessa viva história, o Filho do Ho-
ria prática
(Lc 5.1-3),seu penetrante mem estava ensinando em uma casa,
conhecimento (Lc 5.4,5), sua profusa
possivelmente na casa de Pedro.
generosidade (Lc 5.6,7), sua inefável Lucas enfatiza a presença dos
majestade (Lc 5.8-10) e seu profun- fariseuse mestres da Lei. Eles esta-
do senso missionário (Lc
5.11). vam ali com objetivos bem diferen-

24
Lição
4- LUcas 5e 6: Milagres, Ensinos e Escolha dos Apóstolos

Observavam Jesus Lucas contrasta a visão e os


tes da multidão.
dos da época,
com o olhar crítico de fiscais da Lei costumes religiosos

e tradições judaicas. Com a fama impregnados por tradições legalis-


a perspectiva de
crescente do nazareno, precisavam tas, apresentando

saber se seus ensinos representa- Jesus, alinhada à essência da men-

vam ameaça à classe dominante de na Leie nos Profetas.


sagem divina
Israel
Nesse contexto, quatro ho- 1. Sobre os pecadores (Lc5.27-32)
Os sãos não
mens trazem um amigo paralítico Respondeu-lhes Jesus:
precisam de médico, e sim
os doentes.
para ser curado e, achando que
era impossível aproximar-se de Não vim chamar justos, e sim peca-
Jesus de outra forma, fazem-no dores,ao arrependimento. (5.31,32)
descer através do telhado. Lucas, nesse fragmento, tem
A declaração inicial de Jesus como foco o chamado do publicano
sobre o perdão dos pecados do pa- Levi, o qual aceita o convite de Cris-

ralítico, deixou os adversários cho-


to incondicionalmente, mostrando

cados. Eles consideravam mais im- que houve mudança interior em


e que
portante a cura do que o perdão
dos seu coração estava pronto

pecados, mal sabiam eles que Jesus para seguir a Jesus.Tal fato, porém,
tan- enfurece os fariseus, os quais tëm
pensava diferente e tinha poder
to para uma coisa quanto para ou- uma de quem pode
visão seletiva

tra, todavia, queria ensinar que


Sua ser salvo.Depois que Levi disse sim
ao chamado de Jesus, ele realizou
prioridade era perdoar pecados.
Jesus fez do Seu poder
maior um grande banquete em sua casa
de curar a comprovação do Seu para o qual foram convidados seus
poder de perdoar. Realizando
o amigos publicanos.
Para os fariseus, contudo, isso
que seus críticos consideravam o
mais difícil, mostrou que podia fa- era escandaloso, pois se reunir
zer o que eles achavam mais fácil". para ter comunhão à mesa com
Na verdade Jesus tem poder coletores de impostos e pecadores
era considerado uma contamina-
para fazer o que os homens consi-
deram mais fácil e mais difícil, sem ção cultual.
subverter a ordem e a prioridade Para os escribas e fariseus,Levi

das coisas.Era exatamente isso que e seus amigos eram pecadores con-
fariseus e saduceus não queriam denados, mas, para Jesus, eram pa-
entermos
aceitar:que Jesus é o Filho de Deus cientes" espiritualmente
e Nele reside todo poder. que precisavam da ajuda de um mé-
dico,fato que eleilustrouao purificar
Il. A COSMOVISÃO DO o leproso e curar o paralítico. Esta
FILHO DO HOMEM era a missão de Jesus e nesse versí-
culo Ele reafirma isto.
(Lc 5.27-6.11)

25
Lição 4- Lucas 5e 6:Milagres, Ensinos eEscolha dos Apóstolos

2. Sobre o
jejum (Lc 5.33-39)
Jesus demonstra que tem auto-
Jesus, porém, Ihes disse: Podeis
fa- ridade sobre o
zerjejuar os convidados sábado, sobretudo
para o ca- quando analisamos este episódioem
samento, enquanto está com eles o que os discípulos estavam apanhan-
noivo? (5.34)
do grãos no campo e comendo-os,
Quando Jesus foi em
questionado dia de sábado (6.1,2). Jesus se
sobre o fato de seus
discípulosnão defendeu contra a acusação de des-
jejuarem, Ele aproveitou para ensi-
cumprir a lei executando trabalhono
nar a visäo correta sobreesse
tema, sábado (6.3-5), mas a
polêmica rea
haja vistaque a práticado
jejum era parece no segundo episódio, quando
algo do qual os fariseus se
orgulha Jesus cura o homem da mão resse
vam. Para ilustrar Seu ensino, Ele quida (paralítica), sendo acusado de
conta pelo menos três
pequenas pa- quebrar a lei do sábado (6.6-11).
rábolas,(do noivo,do remendoe do A cura do homem com a mão
odre) justamente com o intuito de é narrada pelos
ressequida também
mostrar o porquê deseusdiscípulos outros evangelistas; Lucas, porém,
ainda não jejuarem. tem uma
informação adicional so
E nesse sentido que Jesus, con- bre esse milagre, isto é, evidencia
trariando
que os inimigos de Jesus ficaram
seusS
interrogadores,
denomina-se de noivo, chamando cheios de furor devido à cura que o
o tempo de Sua presença entre os Senhor realizou no sábado.
seus de tempo de alegria nupcial Isso evidencia de maneira vivi-
e não de jejum enquanto o noivo da como os fariseusse importavam
estava com eles. mais com os suas tradições do que
Ao sobre o remendo novo
falar com as pessoas que sofriam à sua
(V. 36) e ovinho novo em odres volta. Com suas ações, Jesus deixa

velhos (V. 38-39), temos uma afir- claro que a lei não pode ser um fim

mação que só aparece dessa forma em si mesma. Se deixar de conside-


em Lucas. Reforça a mesma ideia rar o amor ao próximo, qualquer
de que as pessoas devem ter equi- preceito da Lei torna-se letra fria,
líbrio entre as boas coisas novas e vazio de propósito e de significado.
as boas coisas antigas.Sem extre-
mismos ou radicalismos desneces- II.OS 12 APÓSTOLOSEAS
sários.Eles preferiam se apegar ao BEM-AVENTURANÇAS
seu status social e àssuas tradições (Lc6.12-49)
do que aceitaros novos ensinos de
Jesus. 1. A escolha dos 12 apóstolos
(Lc 6.12-23)
3. Sobre o sábado (Lc 6.1-11) E, quando amanheceu, chamou a si
E acrescentou-lhes: 0 Filho do Ho- os seus discípulos e escolheu doze
em é senhor do sábado (6.5). dentre eles, aos quais deu também

26
e Escolha dos Apóstolos
Lição 4- Lucas 5 e 6: Milagres, Ensinos

"Bem-aventurados vós, os que


O nome de apóstolos. (6.13) sereis
tendes fome, porque
Agora, com a oposição intensifi- agora
cada, Jesus se retira e passa a noite fartos. Bem-aventurados vós, os que
haveis de rir"
toda em oração.E, ao descer do mon- agora chorais, porque
Ai de os que estais
(V. 21); mas
vós,
te,Jesus escolhe doze de seus discí-
vireis a terfome.
pulos para se tornarem apóstolos. agora fartos!Porque
O Filho do Homem ensinou- Ai de vós, os que agora rides!
" Porque
-Ihes pacientemente, com pala- haveis de lamentar echorar (v. 25).
vras e principalmente com o Seu "Bem-aventurados sois quando
os homens vos odiarem e quando vos
exemplo, os princípios e valores
do Reino. Seria questao de tempo sua companhia, vos
expulsarem da
o vosso nome
para que Cristo morresse, ressus- injuriaremerejeitarem
citasse e fosse elevado aos céus. como indigno, por causa do Filho do
Logo, os apóstolos teriam a mis- Homem. Regozijai-vos naquele dia e
são de expandir o Reino de Deus exultai, porque grande é
o vosso ga-
e precisariam de toda a instrução lardão no céu; pois dessa forma pro-
necessária e aprendizado pelo cederam seus pais com os profetas" (v.
exemplo e convivência com Jesus. 22-23); mas "Ai de vós, quando todos
vos louvarem! Porque assim procede-
2.As bem-aventuranças ram seus pais com os falsos profetas."
(Lc6.24-38)
Ai de vós, quando todos vos louva- 3. Guia de cego, trave no olho e
rem! Porque assim procederam seus dois fundamentos (Lc 6.39-49)
pais com os falsosprofetas. (6.26) O discipulo não está acima do seu
Em contraposição às quatro mestre; todo aquele, porém, que
bem-aventuranças, seguem quatro for bem-instruído será como o seu
"Ais" narrativa exclusiva de Lucas mestre (6.40).
eque fazem parte da caracterização Essas parábolas
que reforçamo
completa do contraste. Servem de ensino que vem sendo ministrado.
alerta aos atuais e futuros discípulos. A parábola do cego que não
Seu propósito é provocar mudanças, pode guiar outro cego remete aos
não condenar uma classe social. falsos mestres da comunidade ju-

Segue o contraste entre as bem daica guiando pessoas até o mo-


-aventuranças e os Ais em Lucas mento em que seus olhos são aber-
6.20-26: tos pelo ensinamento de Jesus.
"Então, olhando ele para os seus A parábola do cisco esclarece
discipulos, disse-lhes: Bem-aventu- como é tolo e que al
impossível
rados vós, os pobres, porque vosso é guém,que tenha deficiências de ca-
o reino de Deus" (v. 20); Mas ai de ráter na vida e fé, tente corrigir al-
VOs, os ricos! Porque tendes a vossa guém que sofre de um mal menor
consolação (v.24). O empenho de criticar e corrigir

27
Lição 4- Lucas 5e6: Milagres, Ensinose Escolha
dos Apóstolos

outros irmãos sem amor, por cau- 49), no qual ensina que o homem
sa de pequenos erros, é completa- sábio edifica a sua casa -isto é, sua
mente equivocado quando os pró- vida sobre Cristo, a Rocha sólida;

prios erros e falhas são ignorados. já o homem insensato construiu sua


Antes de concluiro capítulocom casa sobre a areia. As duas casas,
os dois fundamentos, Jesus passa aos olhos desatentos, eram iguais.
por outros dois exemplos precio- A diferença não estava naquilo que
sOs, quais sejam: o da árvore e seus era visto, mas no alicerce. Ouvir Je-
frutose o da boca e o coração (6.43- sus ou mesmo chamá-lo de Senhor
45), ilustra, assim, a verdade de que embora seja importante, não é sufi-
nossas ações, revelam nossa nature- ciente. E necessário praticar a Sua
za e de que as nossas palavras são Palavra, evidenciando uma coerên-
a radiografiado nosso coração. cia entre a fé e a vida de obediência
Con
clui com os dois fundamentos a Deus.
(6.46-

APLICAÇÃO PESSOAL
Jesus é o Mestre e Senhor em sentido único e perfeito. Mais do que
aprender sobre Ele, o grande desafio é tornar-se semelhante a Ele.

RESPONDA
Marque "V"para a opção verdadeira e "F" para opção falsa:

1) Podemosafirmar que Cristo teve um ministério extremamente popular.

2) Lucas contrasta a visão e as tradições legalistas dos religiosos da época, apresentando a

perspectiva de Paulo, alinhada à essência da mensagem divina na Leie nos Profetas.

3) Podemosafirmar que o Filho do Homem ensinou somente com palavras os principios e


valores do Reino

28
LIÇÃO 5
LUCAS 7e 8:JESUS RESSUSCITA
UM JOVEM E UMA ADOLESCENTE
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR cada lição
todo o conteúdo de
Afora o suplementodo professor,
e mestres, inclusive o número da página.
é igual para alunos

OBJETIVOS
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA Entender que Jesus é Deuspara
libertar os
perdoar pecados e
Em Lucas 7 e 8 há 50 e 56 versos,
arrependidos.
respectivamente. Sugerimos come- Tomar consciência que arre-
çar a aula lendo, com todos os pre- decisão
7 pendimento manifesta
sentes,Lucas 7.1-17 (5a min.).
de abandonar o pecado.
comoguia de es-
A
tudo
revista funciona
e leitura complementar, mas
Anunciar o
perdão a todos que
se arrependem sinceramente.
não substituia leitura da Bíblia.

Nesta lição, veremos que a


graça excede a religiosidade e os PARA COMEÇAR A AULA
costumes para derramar-se sobre
toda imperfeição. Jesus perdoa Eleja um secretário(a) para
e salva conforme as súplicas de tomar nota de algumas palavras.
Oriente a turma dizendo que cada
quem cr. Uma pecadora arre-
pendida, uma mãe diante
do filho um deve dizer um grave pecado
morto e outras mulheres posses- cometido pelo ser humano. O se-
sas por demônios, todas recebe- cretário deve fingirque anota tudo,

ram o amor e o perdão do Senhor. mas na verdade escreverá apenas


pode afirmar que a fé a palavra PERDOADOS. Diga que
Ninguém
evangélica exclui as minorias, pois quem memorizar toda a lista ga-
a nhará um prêmio, deixe-os curio-
Jesus as acolhe. Contudo, contra-
ser o testemunho sos para saber quem conseguiu.
partida tem que
de mudança, fruto do arrependi- Ao final, levante bem alto a folha
mento. Fé sem arrependimento de papel dizendo que ao que crê
até os demônios demonstram. em Jesuse mostra-se arrependido,
tudo Ihe foi perdoado.
Professor(a), ensine aos irmãos
que "sacrifício agradável a Deus é
RESPOSTAS DAS ATIvIDADES DA LIÇÃO
o espírito quebrantado" (SI 51.17),
tem compaixo 1) Três. A filha de Jairo, o filho da viúva e Lázaro.
pois deles Jesus
para devolvê-los à vida. 2)Como o que mais registra fatos ocorridos

com as mulheres.
3)uma cena de confusão.
Lição 5- Lucas 7 e 8: Jesus Ressuscita um Jovem e uma Adolescente

LEITURA ADICIONAL

"A Ressurreição do Filho da Viúva de Naim: Este episódio só consta


do texto de Lucas. Naim ficava na planície de Esdraelom, a cerca de três
quilometros do monte Tabor, aproximadamente trinta quilòmetros ao sul
sudoeste de Cafarnaum, e a uns dez quilômetros ao sul de Nazaré. Per-
tencia à tribo de Issacar, Naim significa "agradável" ou "formosura". Este
milagre é uma das três ocasiões registradas no Novo Testamento em que
Jesus ressuscitou os mortos, embora haja clara evidência de que outras
pessoas, não informadas, tenham sido ressuscitadas.
A Ressurreição de Uma Menina e a Cura de Uma Mulher: Estes
dois milagres formam um único episódio, pois um deles foi realizado
quandoo Senhor estava a caminho para realizaro outro.
Lucas diz que a menina tinha doze anos, ao passo que Mateus omite
a sua idade, e Marcos a informa no final. Mas é interessante notar como
o assunto é tratado por Lucas, um médico, e por Marcos. Marcos diz que
a mulher "havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo

quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior" (Mc 5.26).
Lucas não é tão crítico com os médicos. Ele diz que ela gastara com os mé-
dicos todos os seus haveres, e por nenhum pudera ser curada. Com rela-

ção à cura da filha de Jairo, Maclaren observa três pontos: 1) Uma palavra
de encorajamento que sustenta uma fé fraca - Não temas; crê somente, e
será salva, 50; 2) Uma palavra de revelação que suaviza a severidade da
morte - não está morta, mas dorme, 52; 3) Uma palavra de poder que traz
de volta a menina -Levanta-te, menina."

Livro: Comentário Biblico Beacon, Mateus a Lucas (CharlesL. Childers, Casa Publi-

cadora das Assembleias de Deus, Rio de Janeiro, 2012 págs. 397 e 404)
Estudada em

Leitura Bíblica Para Estudo


LIÇÃO 5
Lucas 7.1-17

Verdade Prática
LUCAS7e8: Cristo tem dominio sobre
a vida
vi-
e
a morte. Sua soberania sobre
JESUS RESSUSCITA Vos e mortos é percebida
na gran-

de calma ao operar os mais pode-


UMJOVEMEUMA rosos milagres de ressurreição.
ADOLESCENTE INTRODUÇÃO
L. O FILHO DA VIÚVA DE NAIM
Lc 7.11-18
1. O que Jesus viu Lc 7.12
Texto Aureo
2. O que Cristo sentiu Le 7.13
"Chegando-se, tocou o esquife
O que Cristo fez Lc 7. 14-17
e, parando os que o conduziam,
3.

disse: Jovem, eu te mando:


II. MULHERES DE FË LC 7.36-8.3
levanta-te!"
Lucas 7.14 1. A mulher do vaso de alabastro
Lc 7.37
2. As mulheres que assistiam Jesus
Lc 8.1-3

3. Amulher quetoca as vestes de Jesus


Lc 8.47

II. RESSURREIÇÃO DA FILHA DE


JAIRO 849-56
1.
A noticia trågica da morte Lc 8.49
2. A atitude de Jesus Lc 8.50
3. Menina levanta-te Lc 8.54-55

APLICAÇÃO PESSOAL

S
Devocional

Lc
7.7
T
Lc
7.15
Lc
7.22
Diário
)Q)(S)CS Lc
7.27
Lc
7.47
Lc
8.21

Hinos da Harpa: 124- 303

29
5- Lucas 7 e 8: Jesus Ressuscita um Jovem
Lição e uma Adolescente

INTRODUÇÃO que saía pelo portão da cidade por


que não era permitido sepultar um
Os quatro evangelhos narram morto dentro de uma cidade judai-
três acontecimentos de
Jesus res- ca. A multidão era composta por
suscitando mortos: A filha de
Jai- mulheres com suas lamentações; o
ro, que morrera havia
pouco tem- "esquife, que não era um caixo fe-
po; filho da viúva de Naim, morto chado, como conhecemos, mas uma
há muitas horas; e de Lázaro,
cuja tábua com um pequeno beiral, uma
morte ocorrera há quatro dias. Em-
maca, ou, às vezes, um tipo de cesto
bora ressuscitados
permaneceram de vime carregado por amigos que
mortais e finalmente morreram se revezavam a intervalos.Atrás do
outra vez. Tais de-
ressurreições esquife vinham os pranteadores os
monstram ser Cristo o Doador da seus amigos ea multidão de simpa-
vida, e profetizam a ressurreição tizantes vinha por último.
final e eterna daqueles unidos a Ele Havia grande tristeza na
multi
pela fé e que ressuscitarão no sen- dão pois além do luto normal tinha
tido pleno da palavra, em corpos o agravante de ser o filho único de
glorificados e viverão para sempre. mãe viúva, conhecida e amada na
São
assuntos exclusivos de cidade, daí estar sendo acompanha-
Lucas nesses capítulos a ressur- da por uma multidão. Com a morte
reição do filho da viúva de Naim desse único, a última fonte
filho de
(7.11-17), o perdão da mulher sustentoeproteção dessa mulher se
pecadora (7. 36-50) e as mulheres esvaía,e a esperança de perpetuar a

que apoiavam Jesus (8.1-3). linhagem da famíliase desvanecia.

I. O FILHO DA VIÚVA DE 2. 0que Cristo sentiu (Lc 7.13)


NAIM (Lc 7.11-18) E, vendo-a, o Senhor se compade-
ceu dela, e lhe disse: Não chores!
O 7 inicia com a cura Os milagres deCristo eram as cre-
capítulo
que estava denciais de sua missäo divina.Porém,
do servo do centurião,
o jamais eram operados de modo me-
prestes a morrer quando Jesus
curou. Ao passo que o filho da viü- canico, desprovido de sentimento. A
mola propulsora de suas operações
va de Naim, já estava morto eJesus
era a compaixão. Comovia-o a enfer-
o ressuscitou.
midade das pessoas, e Ele tomava so-
"Não chores!"
1. 0que Jesus viu
(Lc 7.12) bre si a tristeza delas,

soava diferente nos seus lábios.


Como se aproximasse da porta da
o enterro do Os consoladores humanos não
cidade, eis que saía
à viuva
filho único de uma viúva;
e grande podiam dar boas razões
multidão da cidade ia com ela. para que cessasse o choro. O Se-
Jesus viu uma multidão 'triste
nhor Jesus, porém, é um verdadei-

30
Lição 5- LUcas 7e 8:Jesus Ressuscita um Jovem e uma Adolescente

ro Consolador. Quando nos manda vida morte. Sua soberania so-


ea
afastar o medo ou a tristeza, Ele bre vivos e mortos é percebida na
tem sempre boas razões para nos
colocar acima destas
Cristopossuia um
compassivo que sentiu
coisas.

daquela mãe; lábios com passi-


vos que Ihe falaram palavras de
a
coraçao
aflição .
grande calma ao operar os mais
poderosos milagres.

MULHERES DE
(Lc 7.36 -8.3)

éconhecido também
Lucas
FE

consolo; pés compassivos que se


apressaram para ajudar; e mãos como Evangelho que mais registra
compassivas que tocaram o jovem, fatos ocorridos com as mulheres.
restaurando-lhe a vida. Somente nestes capítulostemos tres
histórias, duas das quais, só Lucas
3. O que Cristo fez (Le 7.14-17) relata: A mulher do vaso de alabas-

Chegando-se, tocou o esquife e, paran- tro,que ungiu os pés de Jesus (7.36-


do os que o conduziam, disse: Jovem, 0) e as mulheres que asistiam
eu te mando: levanta-te!" (7.14). Jesus (8.1-3).A terceira história da
A vida encontrara-se com a mulher que foi curada tocando nas
morte; a fúnebre tinha
procisso de Jesus (8.42-48), consta
vestes
de parar Segue-se então a palavra também nos outros sinóticos.
de autoridade: jovem, eu te man-
do: Levanta-te". O Príncipe da vida 1. A mulher do vaso de alabastro
possuíaautoridade para ordenar (Lc 7.37)
ao E que uma mulher da cidade,
jovemoretorno à vida. eis

Vale lembrar queJesus superou o pecadora, sabendo que ele estava à


fato de que tocar um corpo morto ou mesa na casa do fariseu, levou um
mesmo a maca em que ele se encon- vaso de alabastro com unguento.
trava tornava alguém imundo e tam- Um certo fariseuchamado Simão
bém que deu ordema alguém além convida Jesus para jantar com ele.

do alcance da voz humana: grito al- Nesta ceia, Jesus foi ungido por uma

gum,da mãe ou de parentes, chegava mulher pecadora que sabendo que


a ele. Masa voz de Cristo soou, ea or- Jesus estava na casa do fariseu,foi a
dem foi ouvida nas regiões da morte. essa casa,trazendo consigo o vaso de
O Senhor repreendeu a morte, alabastro com perfume raro e caro.
o defunto assentou-se, e começou Ela faz o que naqueles dias
a Jesus o restituiu à sua mãe
falar, nenhuma mulher podia fazer em
restaurando a comunhão e a feli- público, inclinando-se aos pés de
cidade, também os entes queridos, Jesus, quebra o jarro de alabastro,
amigos e
conhecidos, radiantes, derrama o perfume com
misturado

glorificavam a Deus. suas lágrimas, enxuga os pés de Je-


Cristo tem domínio sobre a sus com seus cabelos e beija-os.

31
Lição 5-Lucas 7 e 8:Jesus Ressuscita um Jovem e uma
Adolescente

0 jarro de alabastro era um travez sobe ao efeito do sol


vaso claro e fino com um para
gargalo formar as nuvens, assim também
longo. Para derramar seu con- é preciso manter o ciclo
teudo, esse gargalo tinha de ser espiritual.
As bênçãos que descem do céu
quebrado. O unguento é descrito devem voltar para l na forma de
como perfume caro e cheiroso. sincera e humilde ação de
Nada é demasiadamente graças!
bom ou
caro para oferecer a
Jesus. 3. A mulher
A história desta mulher, que toca as vestes
que se de Jesus (Lc 8.47)
tornou seguidora de Jesus, se re- Vendo a mulher que não
podia
laciona com a de outras mulheres
Ocultar-se, aproximou-se trêmula
que igualmente foram abençoadas e, prostrando-se diante dele, decla-
por Ele e que passaram a seguir e rou, à vista de todo o povo, a causa
ajudar Jesus. por que Ihe havia tocado e como
imediatamente foracurada.
2. As mulheres que assistiam A caminhada para a restaura-
Jesus (Lc 8.1-3) ção à vida da filha de Jairo é inter-
E Joana, mulher de Cuza, procura- rompida pela cura da mulher que
dor de Herodes, Suzana e muitas tocou o manto de Cristo. A gran-
outras, as quais lhe prestavam as- deza da fé dessa mulher era tão
sistência com os seus bens (8.3). espantosa que só precisava de um
O capítulo 8 começa fazendo toque na veste de Jesus para ser
menção dos nomes de outras mu- curada.
lheres. Os nomes de três dessas Durante doze anos ela estivera
mulheres são mencionados: Maria sujeita a hemorragias. Em decor
Madalena, Joana e Susana e muitas rência da natureza de sua enfer-

outras (vs.3).Mulheres que tinham midade, ela perdeu sua posição


sido curadas de espíritos malignos social,religiosa e cerimonialmen-
e de enfermidades, e tinham pos- te era considerada imunda. Só res-

ses materiais e seguiam ajudando tava a última esperança: Jesus!

na manutenção do pequeno grupo Jesus mostra como sabia que

composto por Jesus e os 12. alguém realmente lhe havia toca-

A menção de Joana, esposa de do com fé ecom o propósito de ser

Cuza, o mordomo da casa de He- curada, afirmando que no momen-


rodes, mostra que o Evangelho to em que foi
tocado, dele saiu po-

deve ser levado tanto aos paläcios 0


der. Senhor a curou instantanea-

quanto aos casebres, àqueles que mente e a hemorragia estancou


a saúde e o
estão em alta posição e às pessoas completamente. Agora
simples, a todos, sem exceçãão. vigor voltaram a seu corpo.
so A afetou não sÓ 0
Como a chuva que desce experiència
bre a terra para abençoá-la e ou- corpo, mas também a alma. Cari

32
Lição 5-Lucas 7e 8:Jesus Ressuscita um Jovem e uma
Adolescente

nhosamente, Jesusa chama de "fi- suas veste. Agora a esperança que


Iha", elogia sua fé e restaura a vida havia florescido murchou de vez.
religiosae social da mulher. Agora Pensavam que não havia a mais
ela pode sorrir e
seguir o caminho remota possibilidade de Jesus po
da vida "em paz". der ressuscitar uma pessoa morta.

Il. RESSURREIÇÃO DA 2. A atitude de Jesus (Lc 8.50)


FILHA DE JAIRO (Lc8.49-56) Masjesus, ouvindo isto, Ihe disse: Não

temas, crê somente, e ela será salva.


Do pedido
equivalente a "por Embora Jesus ouça as palavras
favor, vai embora" feito pelos ge- do mensageiro, não lhes presta a
rasenos ou gadarenos (v. 37), a mínima atenção. Com majestosa
história avança para a comovente
tranquilidade, se recusa totalmen-
e sincera petição de Jairo, um che- a dar ouvidos ao arauto de in-
fe da sinagoga: te
"chegue até a mi- fortúnio. E quer que Jairo faça o
nha casa" (v.41), porque sua filha mesmo. Jairo sente medo. No mo-
estava morrendo; aliás, antes
que mento não éfácil expulsar o medo.
Jesus chegasse à casa, a filha já ha- Só há uma maneira de fazê-lo:crer
via morrido (vs. 49, 53). A meni-
firmemente na presença, nas pro-
na tinha12 anos e somente Lucas messas, na compaixão e no poder
informa que era filha única (8.42). de Deus. Por isso num ato de fé, ele
continua caminhando com Jesus.
1. A notícia trágica da morte Uma cena de confusão apre-
(Lc 8.49) a Jesus e aos três
sentou-se discí
Falava ele ainda, quando veio uma pulos assimque eles se aproxima-
pessoa da casa do chefe da sinago- ram e entraram na casa do oficial
ga, dizendo: Tua filhajáestá morta, da sinagoga. Jesus disse aos
que
não incomodes mais o Mestre. estavam em alvoroço que paras-
E possível que o mensageiro sem seu clamor, porque, "ela não
tenha sido algum parente ou ami- está morta, mas dorme". Natural-

go de Jairo. Em todo caso, no foi mente, não podemos culpar essas


ao transmitir a alar- pessoas por não saberem que a

.
diplomático
mante notícia. Ao contrário, de vida estava para triunfar sobre a
forma abrupta, disse: "Sua filha morte. Mas, o que estava errado
está morta". E acrescenta: não era não aceitar o fato de que Je-
incomode mais o Mestre". Por certo sus estava dizendo que a menina
tempo houve esperança, a saber, não estava morta, mas dormia. Era
quando a menina estava doente; uma palavra de revelação que me-
muito doente, recia uma solene reflexão e não ri-
aliás, porém Jesus
estava a caminho e ainda parou sos e escárnio porque sabiam que
para curar a mulher que tocou nas ela estava morta.

33
Lição 5- Lucas 7 e 8: Jesus Ressuscita um Jovem euma Adolescente

3. Menina, levanta-te (Lc voltou e ela


8.54-55) levantou. Aleluia!
Entretanto, ele, tomando-a pela Jesus compreende que a menina,
mão, disse-lhe, em voz alta: Menina, em decorrência de sua fatal enfermi-
levanta-te! Voltou-lhe o ela dade, carecia de alimento, por isso
espírito,
imediatamente se levantou, e ele mandou que lhe dessem de comer.
mandou que Ihe dessem de comer. Seus pais ficaram maravilhados, atô-
Jesus entra na sala onde a me- nitos, transbordando de alegria, mas
nina estava morta. Nessa sala
só6 Jesus os instruiu que a ninguém dis-
estavam com Ele os pais da menina sessem o que havia ocorrido.Prova
e Pedro,Tiago e João. Jesus com au- velmente por amorà menina, quanto
toridade, poder e ternura toman- menos publicidade,melhor!
do-a pela mão, brada: Menina, le- Em um instanteJesus triunfa s0
vanta-te! Ele usou as bre a morte e, no momento seguin-
palavras que
os pais usavam ao
despertá-la, a te, eleameniza a fome. Seu poder
saber: Talitha koum. Ante a ordem não pode ser perscrutado; tampou-
de Jesus, a morte imediatamente o sua compaixão pode ser medida.
foi vencida, o Este é o nosso Salvador e Senhor.
espírito da menina

APLICAÇÃO PESSOAL
O filho da viúva de Naim, a filha de Jairo e Lázaro foram ressuscitados
e voltaram a morrer, aguardamos porém o dia glorioso, em que eles e
todos os salvos que morrerem em Cristo, ressuscitaro e vivero para
sempre com Jesus, no céu.

RESPONDA
mortos?
1) Quantas narrativas temos nos evangelhos, em que Cristo ressuscita os

2) Como é conhecidoo evangelho de Lucas'?

Que cena se apresentou a Cristo ao entrar na casa de Jairo?


3)
LIÇÃO 6
LUCAS 9e 10: O ENVIO DOS
SETENTAEO BOM SAMARITANO
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
do o conteúdo de cada
o suplemento lição
Afora professor, todo
é igual para alunos e mestres, inclusive
o número da página.

OBJETIVOS
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA Enfatizar avocação missionária
da igreja.
Em Lucas 9e 10 hd 62e42versos, da
Compreender que o papel
respectivamente. Sugerimos come- é em qualquer
igreja pregar
çar a aula lendo, com todos os pre- contexto.
sentes, Lucas 10.25-4 (5a min.). 7
A revistafunciona comoguia de es-
.Defender e conservar averda
de evangélica.
tudo e leitura complementar, mas
não substituia leitura da Bíblia.
Sabendo a extensão do campo PARA COMEÇAR AAULA
missionário, Jesus enviou 70 discí-
A Você pode convidar um dos
pulos. parábola contada nesses
capítulos fala de trabalhadores participantes alguém mais ex-
numa grande seara, o que nos su- trovertido - para representar uma

gere que a tarefa não é fácil, pois passagem do evangelho através


eles são poucos e atuam "no meio de mímica. Escolha uma parábola
de lobos". Cremos que o Espírito conhecida. A tarefa do escolhido
aviva ações práticas. Note que Jesus
é passaro ensinamento sem usar
orienta os discípulos a deixar as ci-
nenhuma palavra. Ao final, faça
uma analogia com este tempo em
dades que recusassem recebê-los,
que os valores bíblicos so cada
mas Ele alerta que mensagem deve
vez mais recusados. Apesar da
ser entregue (Lc 10.11). Professor
recusa, precisamos cumprir a mis-
eis o argumento da aula: ninguém
são de pregar pelo testemunho de
pode pregar uma mensagem
dife-

mesmo que tentem nos im-


rente da que o Mestre ensinou e, do vida,

mesmo modo,a ninguém cabe o di- pedir de falar


reito de silenciar Porém,
todos de-
RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO
vemos viver o que ensinamos. Por
1) Enviou uma grande comissão para anun-
Isso a parábola do samaritano nos
ciar o Evangelho.
desafia a um amor sem restrições.
a
2) Para facilitar locomoção.
ouvir os ensinamentos de
3) Maria escolheu
Cristo e Marta os afazeresdomésticos.
6- Lucas 9e 10:O
Lição Envio dos Setenta e o Bom Samaritano

LEITURA ADICIONAL

em Lucas 10 ilustram o ministério triplo de todo


Estas três cenas
cris
tão e respondem à pergunta: "Qual é o
papel do cristão?". Em primeiro
lugar, somos embaixadores do Senhor, enviados para representá-lo neste
mundo (Lc 10:1-24). Também somos
pessoas disponíveis em busca de
oportunidades de demonstrar misericórdia para com nosso próximo em
nomede Cristo (Lc 10:25-37). No entanto, o cerne de nosso ministério é a
devoção a Cristo,de modo que devemos ser adoradores e dedicar
tempo a
ouvir sua Palavra ea ter comunhão com ele
(Lc 10:38-42).
Embaixadores: representantes do Senhor (Lc 10:1-24). Este
aconteci
mento não deve ser confundido como envio dos doze apóstolos (Mt 10;
Lc 9:1-11). As incumbências são semelhantes, o que é de se esperar,pois
os dois grupos foram enviados pelo mesmo Mestre, com a mesma missão
fundamental. Os doze apóstolos ministraram por toda a Galileia, mas es-
ses homens foram à Judeia e não são chamados de apóstolos. São discípu-
los anônimos.
Também foi um chamado difícil (Le 10:2). Mesmo quando há muita
ajudar, a ceifa é um trabalho árduo; esses homens, porém,
fo-
gente para
ram enviados a um campo enorme, com poucos trabalhadores para aju-
dá-los a realizar a grande colheita. Em vez de orar pedindo um trabalho
mais fácil, deveriam orar pedindo mais trabalhadores para ajudá-los,uma
oração que também devemos
fazer.

Livro: Comentário Expositivo:Novo Testamento: volume


Bíblico I
(WarrenW. Wiers-
2006. Pág. 272).
be. Santo André, SP: Geográficaeditora,

11
Estudada em _/
Para Estudo
LIÇÃO 6 Leitura Bíblica
Lucas 10.25-4

Verdade Prática
LUCAS 9e10:
Oamor aDeus e ao próximo,
recomendado por Jesus, só se
OENVIO DOS da evan-
torna realidade através
que fa-
SETENTA EO BOM gelização e discipulado
zemos pelo exemplo de vida
SAMARITANO complementado com palavras.

INTRODUÇÃO

Texto Aureo
I DA GALILEIA PARA
"A ele respondeu: Amarás
isto
JERUSALÉM Lc9.1-102
1. Ultimos feitos na Galileia Lc 9.51
o Senhor, teu Deus, de todo teu
2. Agrande comissão Lc 10.1
coração, de toda a tua alma, de
3. Trabalhadores da seara Lc 10.2
todas as tuas forças e de todo o
teu entendimento; e: Amaras o
teu próximo como a ti mesmo."
L JESUS ENVMAOS SETENTA LC 10.1-24

1. Urgência e dificuldades da missão


Lucas 10.27
Lc 10.3
2. A autoridade e atitude dos enviados
Lc 10.16

3. Missão cumprida
com alegna Lc 10.17
I1. O BOM SAMARITANOE VISITA
A MARTAE MARIA Le 10.25-42
1. Quem éo meu próximo? Lc 10.29
2. O bom samaritano Lc 10.34
3. Aescolha de Marta eade Mania Lc 10.42

APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário

Lc Lc Lc Lc Lc Lc
9.17 9.20 9.35 9.48 9.50 9.56

Hinos da Harpa: 220 - 434

35
Lição 6- Lucas 9 e 10: O Envio dos Setenta e o Bom Samaritano

INTRODUÇÃO por seus mestres e líderes


(cf. Mt
9.35-38). Os enviados
Nos capítulos 9 e 10 de Lucas, percorreram
a terrade aldeia em aldeia
Jesus envia Seus discípulos com po- pregando
o evangelho e curando
der e autoridade para enfermOSs em
expulsar de- todososlugares (v.6).
monios, curar os enfermos e anun-
Após o retorno dos doze, Jesus
ciar o Reino de Deus. Isso marca o
realiza seus últimos feitos na
fim de seu ministério na Galileia região
da Galileia:
e o início de Sua peregrinação a multiplicação de pães e
peixes (v.v 10-17);
Jerusalém, passando transfiguração
por Samaria (Vv. 28-36); cura de um jovem lu-
e sendo rejeitado, mas ilustrando nático (vv.
seus ensinos com a conhecida 37-43); questionamento
his- aos doze (vv.
tória do bom samaritano. 18-20); e o anuncio
de Sua morte e
São assuntos exclusivos narra- ressurreição ao ter-
ceiro dia (v.22). Entre outros acon-
dos por Lucas, os quais destacamos
tecimentos, estes foram os episó-
no nosso estudo de
hoje: Jesus é dios que marcaram o término do
rejeitado pelos samaritanos (9.51- seu ministério nessa região.Assim,
56); o envio dos setenta (10.1-12);
completados os dias para que Jesus
retorno alegre dos setenta (10.17- fosse elevado aos céus, Ele decidiu
2); o bom samaritano (10.29-37); partir rumo a Jerusalém (v.51).
visita a Marta e Maria (10.
38-42).
2. A grande comissão (Lc10.1)
I. DA GALILEIA PARA Depois disto, oSenhordesignou outros
JERUSALEM (Lc9.1 -10.2) setenta; e os enviou de dois em dois,
para que oprecedessem em cada cida-
1. Últimos feitos na Galileia de elugar aonde ele estava para ir

(Lc 9.51) Além de o caminho até Jerusa-


E aconteceu que, ao se completa- lém ser longo, a missão de Jesus era
rem os dias em que devia ele ser as- grande, por isso foi necessária uma
sunto ao céu, manifestou, no sem- estratégia para alcançar o objetivo
blante, a intrépida resolução de ir com excelència.Pensando nisso, Je-
para Jerusalém.
suschama um grande grupo de dis-
Antes de Jesus partir para Jeru- cípulos,um total de setenta (alguns
salém Ele enviou uma grande co- textos dizem 72, e as evidëncias em

missão para anunciar o Evangelho. favor de um ou de outro número


No início do capítulo 9, Ele envia os são igualmente válidas) com o fito
doze (termo utilizado por Lucas para de executar tal missão.

se referir aos discípulos mais próxi- Esse acontecimento é narrado

mos de Jesus). O motivo primordial apenas pelo evangelista Lucas e é


desse envio foi a grande miséria do razoável o EspíritoSanto tê-lo orien-
abandonado tado a incluir esse episódio, pois,
povo, completamente

36
assim como os doze apóstolos eram
Lição

associados aos doze filhos de Jacó e


às doze tribos de Israel, os setenta
6- Lucas

.
9 e 10: O Envio dos Setenta

JESUS ENVIA OS
SETENTA (Lc 10.1-24)
e dificuldades
e o Bom

da
Samaritano

podem ser relacionados às setenta 1. Urgência


missão (Lc10.3)
nações relacionadasem Gênesis 10.
Ide! Eis que eu vos envio como
cordei-
A ênfase de Lucas é sobre o caráter
ros para o meio de lobos.
abrangente da mensagem do Evan-
informa que eles não vão
gelho e foi uma forma simbólica de Jesus
uma Ser cordeiro
"Jesusdeseja que a mensagem tarefa fácil.
dizer: para
seja proclamada a todas as nações". entre lobos não éuma situação dese-
jável, poisa imagem representa gran-
3. Trabalhadores daseara(Lc102) de risco para os enviados. Portanto,
E lhes fez a seguinte advertëncia:A nenhum obreiro deve esperar fac
seara égrande, mas os trabalhadores lidades. Veja que os lobos possuem
são poucos. Rogai,pois, ao Senhor da dentes afiados e garras mortais, en-
seara que mande trabalhadorespara tretanto os discípulos não estão sen-
a sua seara. do lançados "aos lobos, mas para "'o

Sem dúvida, aquele foi um cha- meio dos Por isso, fica eviden-
lobos".
madoextremamente honrosoe mui- te que ochamado de Jesusnão é para
to dificil, pois a extensão do Os covardes,pois éimpossivel
campo serum
no qual deviam semear o Reino de- discípulo sem enfrentar a hostilidade
safiava os limites dos seus esforços. do mundoea fúria deSatanás.
Jesus os advertiu informando Dentre as instruções,Jesus tam
que 'a seara é grande, mas os tra- bém fala para não levarem bagagem.
balhadores são poucos", por isso, Fica evidente, portanto, que eles de-
em vez deorar pedindo um traba- vem ir comoestão.O
Mestre tambem
lho mais leve, deve-se orar pedindo diz que a saudação não deveria ser
mais trabalhadores. Vale ressaltar dada a ninguém, pois Sua ordenança
que o texto fala de trabalhadores que é urgente e não havia tempo para as

devem orar para que outros mais demoradas saudações da época.


sejam enviados; Jesus não fala de Em virtude da urgência do cha-
espectadores que se limitam a pedir mado e do pouco tempo para reali-
que outros sejam enviados a fazer o zá-lo, a proibição aplicada às baga-

que eles mesmos não querem assu- gens também pode estar relacionada
mir. Nota-se que essas instruções só à necessidade de facilitar a locomo-
são repassadas aos discípulossele ção para garantir maior agilidade
cionados para a missão, pois no final aos discipulos, tendo em vista o cur
do capítulo 9 houve uma seletiva que to tempo para executarem a missão,

reprovou muitos inaptos. Devemos, além de manifestarem a confiança

portanto, estar preparados e aptos provisão de Deus referente às


ao serviço do Reino. suas necessidades básicas.

37
Lição 6- Lucas 9e 10:O
Enviodos Setenta eo Bom Samaritano

2. A autoridade e atitudedos
suídos de
enviados(Lc 10.16) alegria, dizendo:Senhor,os

Quem vos der ouvidos próprios demônios se nos


ouve-me a submetem
mim; e quem pelo teu nome!
vos a mim me
rejeitar
Os
rejeita; quem, porém, me re-
discipulos estavam maravi-
rejeitar lhados
jeita aquelequeme enviou. com a eficácia imediata do
Sem nome de Jesus
recursos para expulsar os de-
próprios para se
manterem na viagem mônios, afinal receberam do Senhor
e depositan- e autoridade.A
do toda sua poder esse
confiança em Deus, os respeito,
Moody "poder é a
disse:
discípulos precisam de estada.Jesus de inerente; autoridade capacida
o direito
instrui sobre o
comportamento ne- de
cessário nessas exercitá-la. Logo, os discípulos
circunstâncias.
Sobre a missão nas receberam de Jesus a e
capacidade
casas, eles o direito de exercitar tais feitos, dos
deveriam
cumprimentar os morado- quais ficarammaravilhados.
res com uma
saudação de paz, prá- Antes de Jesus
tica muito expressar sua
importante no protocolo Ele os
social judaico, aprovação, adverte acerca de
pois ela
pretendia sentimentos que
comunicar bênçãos. Além disso, os poderiam ocasio-

discípulos são enviados numa


a
nar queda deles: soberbae
orgulho
mis (Pv 16.18). Para ilustrar operigo des-
são, com uma
mensagem da parte do se sentimento, o Senhor revela
que
Príncipe da Paz (vv.5-6).Jesus deixa viu Satanás cair do céu como um re-
claro quea paz nunca faltará, ou
seja, lâmpago por causa da soberba; Jesus
muitas vezes nos faltam recursos, os advertiu para não se
alegrarem
mas a paz sempre estará conosco. apenas com suas vitórias, mas prin-
Sobre a missão nas cidades,Her- cipalmente por terem seus nomes
nandes Dias Lopes destaca três ver- arrolados no céu. Esse verbo significa
dades: 1) o anúncio da chegada do que "foram arrolados e continuam
Reino de Deus, com ênfase no pouco arrolados', ou seja, trata-se de uma

tempo para os que o buscavam (v. garantia de pertencimento perma-


8-9); 2) a rejeição do Evangelho e nente e vigilante a uma cidadania
suas consequências (Lc 10.12-15); eterna no Reino de Deus (Fl 3.20).

3) a declaração de que Jesus era a Jesus se mostra feliz porque a


única fonte da autoridade que exer compreensão do Evangelho não de-
ciam. Portanto, rejeitar
o obreiro é pende de capacidades naturais ou
e
rejeitaraquele queo enviou, rejei-
níveis de instrução.Se esse fosse o
tar a Jesus é rejeitar ao próprio Pai, caso, a maioria das pessoas domun

que, por amor, o enviou ao mundo. do ficaria de fora do Reino de Deus,


e a vontade do Pai é que todos se-
3. Missão cumprida com alegria jam salvos. Por isso, Jesus exclamou

(Lc 10.17) "Graças te dou, ó Pai, porque ocultas


Então, regressaram os setenta, pos- tes estas coisas aos sábios e instruídos

38
Lição 6- Lucas 9 e 10:0 Envio dos Setenta e o Bom Samaritano

e revelaste aos pequeninos" (v.21). 2. O bom samaritano (Lc 10.34)


os fe-
E, chegando-se, pensou-lhe
óleo e
II.O BOM SAMARITANO rimentos, aplicando-lhes
o seu
E VISITAA MARTAE vinho; e, colocando-o sobre
levou-o para uma
MARIA (Lc 10.25-42) próprio animal,
hospedaria e tratou
dele.

1. Lembremos uma aldeia


que
in-
Queméomeu próximo?(Lc 1029)
teira dos samaritanos foi hostil e
Ele, porém, querendo justificar-se,
não hospedou Jesus quando
de Sua
perguntou a Jesus: Quem é o meu
o levou
próximo? viagem para Jerusalém, que
Um intérprete da lei tenta sur- os discípulos a proporem que viesse
preender Jesus com uma pergunta a todos (Lc
fogo do céu e destruísse
a da vida eterna, tema re- só repreendeu
respeito 9.54-56). Jesus não
corrente nos debates religiosos da Tiago e João, como não desistiu de
época. Porém, ele pergunta de forma cumprir Sua missão
com os sama
maliciosa (v. 25), e acaba sendo sur- ritanos, valorizando-os ao contar
a
preendido pela resposta de Jesus, que linda história do bom samaritano,
não traz nenhum outro ensinamento
que Lucas registra com exclusivida-
novo, mas a reafirmação da Torá no de. Embora não citada por Lucas, é
que diz respeito ao amora Deus e ao impossível não lembrar da mulher
próximo (vv.27-28). O intérpretees- samaritana (Jo 4.1-29).
perava uma resposta teológica e filo- Esta parábola narrada por Je-
sófica, mas Jesus, de forma simplese sus não visa afirmar que o sama-
prática, responde a pergunta que, por ritano pudesse alcançar a salvação
sua vez, requer atenção e ainda me- através de sua orientação amoro-
rece ser objeto de reflexãoem nossos sa e de sua bondade. Aqui está em
dias. De que maneira nossos pecados discussão tão somente a segunda
serão perdoados? Como comparece que o professor da lei
pergunta
remos diante de Deus? Como escapa- havia feito. Era a pergunta: "Quem
remos da condenação do inferno? O é o meu próximo?"
que nos poderá livrar da ira futura? Jesus mostra ao mestre da lei

Como posso ser salvo? que uma pessoa sincera soluciona

Jesus responde ao homem de essa questão, descrita por ele como


modo sábioe segundo o espirito tão complexa. O samaritano tinha
da Lei e dos Profetas. Posterior por conta própria a sabedoria que
mente, Ele responderá, morren- rabinos naão haviam encontrado,
do na cruz, que a vida eterna não que eles haviam perdido em suas
e conquistada, mas resultado do análises teológicas,pois não enten-
amorgratuito de Deus. Para exem- diam que enquanto o coração sem
plificar o assunto, passa a contar a amor pergunta "quem é o meu pró-
história do samaritano. ximo?", o coração amoroso age mo-

39
Lição6- Lucas 9e 10: O Envio dos Setenta eo Bom Samaritano
vido por outra questão: "de
quem sus e questioná-lo
posso sero próximo0?" pelo fato de não
mandar Maria ir
ajudá-la.
3. A escolha de Marta Jesus, porém, de forma mansa
e ade Maria e amável
(Lc1042) responde: "Marta! Marta!
Andas inquieta e te
Maria, pois, escolheu a boa preocupas com
parte, e muitas coisas". Ele destaca
esta não será tirada. que ela
está não
sobrecarregadae precisava
Jesus hospedou-se na casa de de muita coisapara oferecer confor-
Marta e Maria. 0 evangelista
Lu- to a Jesus naquela ocasião.Ele deixa
cas, menciona Maria aos
pés de claroque preferia a sua companhia
Jesus ouvindo seus ensinamentos, ao invés de um
o que deixou Marta grande banquete,
inquieta, pois afinal Jesus está do térmi-
ela estava próximo
ocupada [gr periespato: no de seu ministérioterreno e
gos-
distraída;sobrecarregada, pre- taria de
aproveitar esse momento
parando um banquete para Jesus, de comunhão, ensino e bênçãos ao
enquanto sua irm continuava sen- máximo, e diz que Maria escolheu
tada. A inquietação foi tão grande a boa parte (v. 42) ao decidir ouvir
a ponto de Marta interromper Je- Seus ensinamentos.

APLICAÇÃO PESSOAL
O exemplo deixado por Jesus nos impulsiona a cumprir nossa missão de
compartilhar o Evangelho com palavras e com atitudes sem desistir, mes-
mo diante dos que nos rejeitam.

RESPONDA
1)
O que fez Jesus antes de partir para Jerusalém?

2) Por que Cristo ordenou aos discipulos que não levassem bagagem para a viagem missionáia?

Maria ante a presença de Jesus?


3)Quais foram asescolhas de Marta e

40
7
LIÇÃO
LUCAS 11 a 14: A ORAÇÃO, OS
FARISEUS E VIDA CRIST
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada liçao
Afora
o número da página.
éigual para alunos e mestres, inclusive

ORIENTAGÇÃO OBJETIVOS
PEDAGOGICA Compreender que a prática

Em Lucas 11 a 14 há 183 versos da oração gera intimidade com


Deus.
Sugerimos começar a aula lendo,
com todos os presentes, Lucas 11.1- Praticar continuamente a ora-
7
23(5 a min.). ção a fim de resistir
ao mal.
A revista funciona como guia de Compreender os riscos de uma
estudo e leitura complementar, mas vida materialista, distante de
não substitui a leitura da Bíblia. Deus.

que seria morto em


Jesus sabia
Jerusaléme que depois de elevar- PARA COMEÇAR A AUJLA
-se ao céu a tarefa apostólica seria
difícil. Os discípulos precisam ter Pegue 3 folhas de papel e cor-
intimidade com Deus, mas para te-as ao meio. Em cada metade
isso precisariam buscá-lo, dese- escreva uma destas palavras: cé-
jar o seu Reino ea vitória contra rebro; coração; ouvidos; olhos;
as tentações. Jesus está ensinando boca; mãos. Coloque todas essas
que a oração é o recurso que te- palavras num envelope. Diga que
mos para que Deus nos dê vitória ali estão os tesouros mais va-
contra o valente (Lc 11.22) e nos liosos para quem quer vencer o

faça participantes do projeto de mal e aliar-se a Jesus. Ao retirar


redenção que trará para Jesus os Os papeis explique que pela ora-

despojos- as vidas
-roubadas por ção o Espírito nos faz reconhecer
Satanás. Professor(a), mostre que mentiras (ouvidos); nos afasta de
só há dois lados nessa guerra (Lc imagens (olhos) que podem afetar
11.23) e que a oração é a força
do nossas palavras (boca), emoções
fraco que peleja por Jesus. A hipo- (coração), pensamentos (cérebro)
crisia e a ganância de alguns os fa- e atos (mãos).
zem desapercebidos para a guerra RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO
e estes perdem suas vidas.
1) A oração do "Pai Nosso".

2)A chegada do Reino de Deus.

3)Encontrar alguma atitude


condenável em Jesus.
Lição 7- Lucas 11 a 14:A Oração, os Fariseuse Vida Cristä

LEITURA ADICIONAL

O tom solene acerca da


controvérsia com os fariseus tem
em todo o cap. 12, em que o nosso continuação
Senhor se volta para os seus seguid0
res e pronuncia uma série de
advertências que eles
Em Lucas 12.8, ele os orienta a se precisam respeitar,
preparar para a perseguiçao que
tamente os espera (v. cer
1-12).Em seguida, adverte-os acerca da avareza, a
valorização excessiva dos bens materiais, e
reforça a advertência com a
parábola solene do rico insensato (v.
13-21).
O ministério na Pereia
(13.1-17.10) Esse título,dadocomumen-
te a essa seção no
evangelho, é usado aqui por conveniência. Ele pressu-
poe que a viagem para Jerusalém tomou um caminho mais
do Jordão, supostamente para evitar a mávontade dos longo, a leste
samaritanos. Mc
10.1 diz que Jesus "saiu dali e foi
para a região da Judeia e para o outro
lado do Jordão', e tem sido sugerido que Lucas está dando os
detalhes
aqui para preencher o resumo. Essa leituradas indicações geográficas,no
entanto, de forma alguma é universalmente aceita.N. B. Stonehouse (p.
116-7), discutindo o problema, conclui: "Parece, então, que é claramente
uma designação incorreta falar dessa seção como do 'Ministério na Pe-
reia". Ele diz que 17.11 indica que o nosso Senhor ainda está somente tão
distante quanto a divisa de Samaria com a Judeia, de modo que a maioria
dos eventos de 13.1-17.10 precisa ser localizada na Galileia. Mas,não
importa a localização, a face do nosso Senhor está sempre voltada para
Jerusalém (13.22,23).

Livro: Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento (F. F. Bruce, São Paulo:

Editora Vida, 2008. Págs. 1672, 1673).


Estudada em

Para Estudo
LIÇÃO 7 Leitura Bíblica
Lucas 11.1-23
LUCAS 11a 14: Verdade Prática
oração
A ORAÇÃO,OS Oapetite pela Biblia, pela
e por servira Deus e ao próximo;
são pilares da fé crist e evidéncia
FARISEUSE VIDA de boa saúde espiritual.

CRISTA

.
INTRODUÇÃO

1.
ORAÇO
Pai Nosso Lc
PERSISTENTE
11.1-4
Lc 11.1-13

Lc 11.5-8
Texto Aureo 2. Amigo importuno

"Pois todo o que pede recebe; 3. Eficácia e persistência na oração

o que busca encontra; e a quem


"
bate, abrir-se-lhe-á.
Lc 11.7-13

Lucas 11.10 Il.


ADMOESTAÇÕESCONTRA OS
FARISEUS Lc 12.148

1. Hipocrisia Lc 12.1

2. Avareza Lc 12.13-21

3. Ansiedade Lc 12.22-34

Il. A VIDA CRIST


Lc 13.1-14.34

1. A Porta estreita Lc 13.22-30

2. Mensagem corajosa Lo 13.31-35

3. Serviço erenúncia Lc 14.25-35

APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário

Lc L C LE
LC
11.10 11.23 12.4 12.21 13.8 14.10

Hinos da Harpa: 296 - 175

41
Lição 7-Lucas 11 a 14: A Oração,os Fariseus e Vida Cristä

INTRODUÇÃO 2. "Santificado
seja o teu nome"
Que o teu nome
seja conhecido e
Nesses capítulos,
Jesus dedica honrado por todos. E como se es-
seus últimos
momentos a ensinar tivesse dizendo:
a multidão e a exortar os "Engrandecei o
religio- Senhor comigo, e todos, à uma, Ihe
Sos da época,
pois não o reconhe- exaltemos o nome".
ciam como o Messias e
buscavam 3. "Venha o teu reino."
uma oportunidade para acusá-lo e Significa:
"Que o teu reinado se estabeleça
matá-lo.
cada vez mais, tanto em extensão

I. quanto em intensidade, para que


ORAÇÃO tua vontade seja feita na terra
PERSISTENTE (Lc 11.1-13) como éfeita no céu'".
4. "O pão nosso cotidiano dá-nos
é também conhecido
Lucas de dia em dia;" continua a
Significa:
como o evangelho da oração em
suprir-nos, dia a dia, com a porção
razão do grande número de ensi- necessária para o hoje". Aqui
"pão"
nos e referências sobre o tema. 0 indica tudo o que é necessário
para
capítulo 11 eo capítulo 18 ilus- o sustento da vida física.
tram isso. 5. "Perdoa-nos os nossos
peca
dos, pois também nós perdoamos a
1. Pai nosso (Lc 11.1-4) todo o que nos deve;" Significaque
Então, ele os ensinou:Quando orar- a pessoa que não perdoa, também,
des, dizei: Pai, santificado seja o teu não está em condição de aceitar o
nome; venha o teu reino (11.2). perdão de Deus.
O Senhor ensina aos discipu- 6."Enão nos deixes cair em tenta-
los modelo de oração que é
um ção."Não permitas que, fracoscomo
conhecida como "o Pai-nosso". somose inclinados a pecar,sejamos
Lucas trata de forma resumida o vencidos pela tentação; que perma-

que aparece em Mateus 6.9-13. O neçamos vigilantes etriunfantes


demonstra ser, essencialmente,
uma oração modelo ou padrão 2. Amigo importuno (Lc 11.5-8)
para nossas oraçõões espontâneas, Digo-vos que, se não se levantar
sem a necessidade da repetição para dar-Ihos por ser seu amigo,
das mesmas palavras. 0
todavia, fará por causa da impor
Em termos breves, pois, O sen- tunação e lhe dará tudo o de que
tido é o tiver necessidade (11.8).
seguinte:
1. "Pai." O crente Interessante que,após a oração
começa sua
oração com a humilde e alegre chamada de "Pai Nosso"; ou domi-
consciència de que Deus é seu Pai, nical; ou do Senhor, Jesus apresen-
e que ele, que
suplica, é filho e her- ta a parábola do amigo importuno,
deiro desse
pai. relacionada a uma vida de oração.

42
HARMONIA DOS EVANGELHOS 250 EVENTOS NA VIDA DE CRISTO

LUCAS JOÃO
MATEUS MARCOS
EVENTO

I.O NASCIMENTOE PREPARAÇÃODE JESUS CRISTO


1.1-4
1.1
1. A natureza dos Evangelhos
.1-18

2. Deus fez-se homem


1.5-25
o de João
3.Umanjo promete a Zacarias nascimento
1.26-38

4. Um anjo promete a Maria o nascimento de Jesus


1.39-45

5. Maria visita Isabel


1.46-56
6. O cântico de louvor de Maria
Magnificat:
1.57-66
7.Nasce João Batista 1.67-80
8. A profecia de Zacarias

1.18-25
9.Um anjo aparecea José
0 registro dos antepassadosde 1.1-17 3.23-38
10. Jesus
2.1-7
11. Nasce Jesus em Belém
2.8-20
12. Pastores visitam Jesus

2.21-24
13. Maria e José levam Jesus ao
Templo
2.25-35
14. A profecia
de Simeão
2.36-38
15. A profecia
de Ana

16. Visitantes chegam do Oriente 2.1-12

2.13-18
17. A fuga para o Egito

18. 0retorno do Egito 2.19-22


2.39-40
19. Infância deJesus em Nazaré 2.23
20. Jesus fala com os mestres religiosoos 2.41-52
3.1-12 1.2-8 3.1-18 1.19-28
21. João Batista prepara o caminho para Jesus

3.13-17 1.9-11 3.21-22


22.0 batismo de Jesus
4.1-11 1.12-13 4.1-13
23. Satanás tenta Jesus no deserto

1.29-34
24. João Batista proclama Jesus como o Messias

seguem Jesus 1.35-51


25. Os primeiros discipulos

MENSAGEM E MINISTÉRIO DE JESUS


I1.
Jesus inicia Seu ministério em Jerusalém

2.1-12
26. Jesus transforma água em vinho

2.13-22
o Templo
27.Jesus limpa
2.23-3.21
28. Nicodemos visita Jesus à noite
3.22-36
mais sobre
29. João Batista fala
Jesus
3.19-20
30. Herodes coloca João na prisão
4.12 1.14 4.1-3
31. Jesus deixa a Judeia

Jesus ministra em Samaria


4.4-26
ao
32.
Jesus conversa com uma mulher junto poç 4.27-38
fala sobre a colheita espiritual
33.Jesus
4.39-42
34.Muitos samaritanos creem em Jesus

Fonte: Biblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal


EVENTO
MATEUS MARCOS LUCAS JOÃO
Jesus ministra na Galileia

35.
Jesus prega na Galileia
4.13-17 1.15 4.14-15
36. 4.43-45
Jesus cura o filho de um oficial
do governo 4.46-54
37.Alguns pescadores seguem Jesus 4.18-22 1.16-20
38. Jesus ensina 5.1-11
com autoridade
1.21-28 4.31-37
39. Jesus cura a
sogra de Pedro e muitos outros
8.14-17 1.29-34 4.38-41
40.
|
Jesus prega
por toda a Galileia
4.23-25 1.35-39
4.42-44
41.Jesuscuraum leproso
8.1-4 1.40-45 5.12-16
42. Jesus cura um paralíitico 9.1-8
2.1-12 5.17-26
43. Jesus come com
pecadores na casa de Mateus 5.27-32
9.9-13 2.13-17
44. Os lideres
religiosos perguntam a Jesus
sobre ojejum 9.14-17
2.18-22 5.33-39
45. Jesus cura o paralítico de Betesda
5.1-15
46. Jesus afirma ser o Filho de Deus
5.16-30
47. Jesus reforça sua reivindicação
5.31-47
48. Osdiscípulos
colhem espigas no sábado 12.1-8 2.23-28 6.1-5
49.Jesus cura a mo de um homem no sábado
12.9-14 3.1-6
6.6-11
50. Grandes multidões seguem Jesus 12.15-21 3.7-12 6.17-19
51. Jesus escolheos doze discípulos 3.13-19
6.12-16
52. Jesus profere asbem-aventuranças 5.1-12
6.20-26
53. Jesus ensina sobre o sal e a luz 5.13-16

54. Jesus ensina sobre a lei 5.17-20

55. Jesus ensina sobre a ira


5.21-26

56. Jesus ensina sobre a luxúria 5.27-30

57. Jesus ensina sobre o divórcio 5.31-32

58. Jesus ensina sobre votos 5.33-37

5.38-42
59. Jesus ensina sobre a
vingança
sobre amar os 5.43-48 6.27-36
60. Jesus ensina inimigos

61. Jesus ensina sobre dar aos necessitados 6.1-4

62. Jesus ensina sobre a oraçãoo 6.5-15

Jesus ensina sobre o 6.16-18


63. jejum
6.19-24
64. ensina
bre o dinheiro
Jesus
6.25-34
65. Jesus ensina sobre a preocupação
7.1-6 6.37-42
66. Jesus ensina sobre a atitude de julgar os outros

7.7-11
67. Jesus ensina sobre pedir, buscar, bater

68. A regra 7.12


áurea
69. Jesus ensina sobreo caminho para o céu 7.13-14

6.43-49
70. Jesus ensina sobre o fruto na vida das pessoas 7.15-29
7.1-10
8.5-13
71.Um oficial romano demonstra fé
7.11-17
72.Jesus ressuscita
o filho de uma viúva

7.18-35
73.Jesus sana a dúvida de João 11.1-19
11.20-30
74,Jesus promete repouso para a alma
7.36-50
75.Uma mulher pecadora unge os
pés de Jesus
8.1-3
76.Mulheres acompanham Jesus e os discipulos
3.20-30 11.14-23
7.Oslideres religiosos acusam Jesus deobter seu poderdeSatanás |12.22-37
78.Os lideres religiosos pedema Jesusum sinal 12.38-45 11.24-32
miraculoso
MARCOS LUCAS JOÃO
MATEUS
EVENTO
12.46-50 8.19-21
79. Jesus descreve sua verdadeira família 3.31-35
13.1-23 8.4-15
80. de solo 4.1-20
A parábola dos quatro tipos
4.21-25 8.16-18
81. Jesus conta a parábola da candeia
da semente 4.26-29
82. Jesus conta a parábola

13.24-30
83. Jesus conta
a parábola
do joio
13.31-33 4.30-32 13.18-21
conta as do gro de mostarda e do fermento
84. Jesus parábolas
13.34-35 4.33-34
85.Por que Jesus ensinava usando parábolas
13.36-43
86. Jesus explica a parábola dojoio
13.44
87. Jesus
conta a parábola dotesouro escondido
13.45-46
Jesus conta a parábola do negociante de pérolas
88.
13.47-52
89. Jesus
conta a parábola da rede de pesca
8.23-27 4.35-41 8.22-25
90. Jesusaplaca uma tempestade

91. Jesus expulsa demônios e deixa que entrem em uma manada de 8.28-34 5.1-20 8.26-39

porcos

5.21-43 8.40-56
92. Jesus cura uma mulher com hemorragia e ressuscita uma menina 9.18-26

93.Jesuscuracegos eum mudo 9.27-34


13.53-58 4.16-30
94 Jesus érejeitado em Nazaré 6.1-6a
os discípulos para orar por mais obreiros 9.35-38
95. Jesus insta com
10.1-15 6.6b-13 9.1-6
96. Jesus enviaosdoze discípulos

97.Jesus prepara os discípulos para a perseguição


10.16-42

14.3-12 6.17-29
98.Herodes mata JoãoBatista
99. Herodes pensa que Jesus éJoão Batista ressuscitado dos mortos 4.1-2 6.14-16 9.7-9

14.13-21 6.30-44 9.10-17


100.Jesusalimenta cincomil pessoas 6.1-15
101. Jesus anda sobre as águas 14.22-33 6.16-21
6.45-52
102. Jesus cura todos aqueles que o tocam 14.34-36 6.53-56

103.Jesus éo verdadeiro pão que veiodo céu 6.22-40

104. Alguns discordam de que Jesus veio do céu 6.41-59

105. Muitos discipulos abandonam Jesus 6.60-71

Jesus ensina sobre a pureza interior


106. 15.1-20|7.1-23
O ministério deJesusalém da Galileia
Jesus expulsa 15.21-28
107. um demônio de umajovem 7.24-30
108. Jesus cura muitas pessoas 15.29-31
7.31-37
109. Jesus alimenta 15.32-39
quatro mil pessoas 8.1-10

-
Jesus retoma seu ministério na Galileia

110. Os lideres exigem um sinal miraculoso


16.1-4 8.11-13

111. Jesus adverte contra o ensino 16.5-12 8.14-21


errôneo
112. Jesus restaura a visão para um homem cego 8.22-26

113. Pedro diz que Jesus é o Messias 16.13-20 8.27-30 9.18-21

114. Jesus sua 16.21-28 8.31-9.1 9.22-27


prediz morte pela primeira vez
115. Jesus transfigura-se no monte 17.1-13 9.2-13 9.28-36

116. Jesus cura um menino endemoninhado 17.14-21 9.14-29 9.37-43a

117. Jesus prediz sua morte pela segunda vez 17.22-23 9.30-32 9.43b-45

118. Pedro encontra a moeda na boca do peixe 17.24-27

discutem sobre quem seria 18.1-5 9.33-37 9.46-48


119,Os discípulos o maior

120.Os discipulos proíbem um homem de usar o nome de Jesus 9.38-41 9.49-50


EVENTO MATEUS MARCOS LUCAS JOÃO
121. adverte contra a tentação 18.6-11
Jesus 9.42-50
Jesus contaa parábola
122, da ovelha
perdida 18.12-14

123. Jesus ensina como lidar com um crente que peca 18.15-20

124. Jesus conta a parábola do devedor inclemente 18.21-35

125. Osirmãos de Jesus o ridicularizam


7.1-9
Jesus dirige-se
a
Jerusalém
126.
Jesus viaja para a Judeia
1-2 10.1 9.51

127. Jesus passa por Samaria 9.52-56

128.Jesus ensina sobre o preço desegui-lo 8.18-22 9.57-62

129.Jesus ensina abertamente 7.10-31


no Templo
130. Os lideres
religiosos tentam 7.32-53
prender Jesus
131. Jesus
perdoa uma mulher adúltera 8.1-11

132. Jesus éa luz do mundo 8.12-20

133.Jesus adverte do juízo vindouro 8.21-30


134. Jesus fala sobre os verdadeiros filhos de Deus 8.31-47
135.
Jesus declara que é eterno
8.48-59
136. Jesus envia setenta e dois mensageiros 10.1-16

137. Os setenta e dois


mensageiros retornam 10.17-24
138.Jesus conta a
parábola do bom 10.25-37
samaritano

139. Jesus visita Marta e Maria 10.38-42

140. Jesus instrui seus


discípulos sobre a oração
11.1-13
141. Jesus ensina sobre a luz interior 11.33-36

142. Jesus critica os líderes


religiosos 11.37-54
143. Jesus fala contra a hipocrisia 12.1-12

Jesus conta a parábola


144. do rico insensato 12.13-21

145. Jesus adverte da preocupação 12.22-34

146.Jesus adverte dos preparativos para sua vinda 12.35-48

147Jesus adverte da divisão vindoura 12.49-53

148. Jesus adverte da crise futura 12.54-59

149. Jesus chama o povo ao arrependimento 13.1-9

150. Jesus cura uma mulher aleijada 13.10-17

151.
Jesus cura um cego de nascença 9.1-12

152. Os lideres religiosos questionam o homem que fora cego


|9.13-34
153. Jesus ensina sobre a cegueira espiritual 9.35-41

154. Jesus é o bom pastor 10.1-21

155. Os lideres religiosos cercam Jesus no Templo 0.22-42

156. Jesus ensina sobre a entrada no reino 13.22-30

157 Jesus se entristece por causa de Jerusalém 23.37-39 13.31-35

158. Jesus cura um homem com membros inchados 14.1-6

Jesus ensina sobre a humildade 14.7-14


159.
160. Jesus conta a parábola do grande banquete 14.15-24

161. Jesus ensina sobre o custo de ser um discipulo 14.25-35

162. Jesus conta a parábola da ovelha perdida 15.1-7

163.Jesus conta a parábola da dracma perdida 15.8-10

164,Jesus conta
a
parábola do filho perdido 15.11-32

cONTINUA NA CONTRACAPA TRASEIRA


Vida Cnsta
Lição 7- LuUcas
11 a 14: A Oração,os Fariseuse

Tarde da noite, aparece um Pedir implica petição sincera;


da neces-
amigo viajante, exausto, cansado humildade; consciência
e faminto, pedindo hospedagem. sidade e confiança em Deus, que
Assim o hospedeiro cuja despensa é, fé em Deus.
pode responder, isto
estava vazia, corre a outro amigo Bem diferente da oração duvidosa.
seu por volta da meia-noite, o des- Buscar é pedir e agir. A pesso0a
no
perta e lhe diz: "Meu amigo, por deve estar diligentemente ativa
favor, me empreste três päes, por- esforço de obter
a resposta. Por
que um amigo meu chegou, e não não só
exemplo, alguém deveria
tenho nada para pôr diante dele" orar emde comunhão com
prol
O homem que já deitado, então Deus, mas também deveria
dili-

Escritu-
responde: "Parede me importunar; gentemente examinar as
a porta já está fechada, e meus ras, orare ir aos cultos.
fi
Ihos já estäo deitados comigo. Sinto Bater é perseverar Alguém
muito, mas não posso levantar-me continua batendo à porta do pa-
para lhe dar alguma coisa." E assim lácio do reino até que o Rei, que

que o amigo irá reagir? Jesus res- e ao mesmo tempo o Pai, abre a
que o amigo certamen- porta e providencia tudo o de que
ponde e diz
tese levantará e dará a essa pessoa se necessita. Continuem pedindo,
os três päes que solicitou; aliás, Ihe buscando e batendo.
dará "tudo o de que necessitar"
O é este: Se mesmo um
ponto Il.
ADMOESTAÇÕES
amigo humano atende ao pedido CONTRA OS
persistente, o Pai celestial
respon- FARISEUS (Lc 12.1-48)
derá, generosamente, às nossas
pe-
tições. Jesus, com isto, ensina que Só Lucas registra que os admi-
precisamos orar persistentemente. ráveis ensinos de Jesus fizeram com

que uma mulher exclamasse dizen-


3. Eficácia e persistência na do: "Bem-aventurada
aquela que te
oração (Lc11.7-13) concebeu, e os seios que te amamen-
Por isso, vos digo: Pedi, e dar-se- taram!"(Lc 11.27,28). Jesus queren-
-vos-á; buscai, e achareis; batei, e do enfatizar a necessidade de ora-
abrir-se-vos-á (11.9). e
ção resistência ao fermento dos
Jesus aqui continua enfati tariseus e aos ataques de Satanás,
zando a perseverança em oração. responde: "Antes, bem-aventurados
Uma tríplice atitude acompanha são os que ouvem a
palavra de Deus
uma promessa triplice: peçam e e a guardam!". O espanto do povo
receberäo, busquem e acharão, e o louvor que Jesus recebeu dessa
batam e portas se abrirão. Note mulher poderiam muito bem estar
que estäo ordenadas numa escala entreas causas que suscitaram a in-
de intensidade crescente.
veja e ira dos fariseus.

43
Lição 7- Lucas 11 a14:A Oração,os Fariseus eVida Cristä

1. Hipocrisia (Lc 12.1) Alguém dentre a multidão diz:


Posto que miríades de pessoas se "Mestre, diz a meu irmão que re-
aglomeraram, a ponto de uns aos parta comigo a herança". Em res-

outros se atropelarem, passou


Jesus posta Jesus conta a parábola do
a dizer, antes de tudo, aos seus dis- rico insensato e faz uma das per-
cípulos: Acautelai-vos do fermento guntas mais reflexivas da Bíblia:

dos fariseus, que é a hipocrisia. "Louco, esta noite te pedirão a tua


Hipocrisia significa fingir. Re- alma; e o que tens preparado, para
fere-se ao mau hábito de alguém quem será?"(v. 20)
esconder sua verdadeira persona- Longe de reprovar as riquezas,
lidade por trás de uma máscara. o que Jesus chama de loucura é a
Jesus adverte contraesta primeira va expectativa dos que creem em
e mais características das manifesta- si mesmos e em suas posses, igno-

ções do fermento dos fariseus dizen- rando Deus.


do que a verdade viráà lume, talvez E questão de escolher o
uma
ainda nesta vida; mas, se não, então elemento certo para ser posto em
certamente no dia do juízofinal primeiro lugar em nossa lista de
Jesus compreende plenamente prioridades.
que a ira dos oponentes seria der-
ramada não só sobre Ele, pessoal- 3. Ansiedade (Lc 12.22-34)
mente, mas também sobre Seus Buscai, antes de tudo, o seu reino,

seguidores. A advertência é segui- e estas coisas vos serão acrescenta-

da de palavras de alento aos Seus das (12.31).

discípulos: "Não temais os que ma- Jesus demonstrou que a preo-


tam o corpo depois disso, nada
e, cupação ou a ansiedade terrena
mais podem fazer"; "Até os cabelos não se harmoniza com a posição
da vossa cabeça estão todos conta-
-
dos discípulos que são a coroa da
que me confes- criação divina
- além de ser com-
dos"; "Todo aquele
sar diante dos homens, também o pletamente inútil (vv. 25, 26). Ele
Filho do Homem o confessará dian- acrescenta como um novo argu-
te dos anjos de Deus; 9mas o que mento contra a ansiedade, o con-
me traste entre cristãos e incrédulos,
negar diante dos homens será
os mundanos.
negado diante dos anjos de Deus"
O que Jesus está dizendo é que
(12.4-9).
os crentes devem ser diferentes
2. Avareza (12.13-21) dos demais em seus anelos ínti-

Então, lhes recomendou: Tende cui- mos; devem fixar o coração em


dado e guardai-vos de toda e qual- coisas diferentes; devem ser con-
quer avareza; porque a vida de um trolados por ideais diferentes
homem não consiste na abundân- e devem ser motivados por um
cia dos bens que ele possui (12.15) amor diferente. Quando os mem-

44
14:A Oração, os Fariseus e Vida Crist
Lição 7- Lucas 11 a

bros da igreja quase não se distin- cado, o ego.. As palavras "Muitos


guem dos "de fora" em suas ambi- .buscarão entrare não poderão"
ções mais íntimas, nas metas que constituem uma séria advertência
tentam alcançar, na maneira de destinadaa todos para que deixem
conduzir seus eventos e festasso- a perversidade e a indiferença.
ciais, no tipo de literatura que pre-
admi- causa
Jesus finalmente
muitos se
ferem ler, nos cânticos que prefe- ração ao mencionar que
rem cantar, na escolha de amigos surpreenderão ao pensarem que
etc.,há alguma coisa errada. merecemo Reino de Deus por sua
O Pai celestial cuida para que posição e familiaridade com Deus,
tenham não sóabundância debên- mas Ele os rejeitará afirmando
çãos espirituais. No lhes faltará o que não os conhece e que apar-
necessário para o cotidiano. Com tem-se dele todos os que praticam
muita ternura, Jesus acrescenta: a iniquidade.
"Não temais,ó pequenino rebanho;
porque vosso Pai se agradou em 2. Mensagem corajosa (Lc13.31-35)
dar-vos o seu reino" (Lc 12.32). Ele, porém, lhes respondeu: lde
dizer a essa raposa que, hoje e
I1.A VIDA CRIST amanh, expulso demônios e curo
(13.1 14.34) enfermos e, no terceiro dia, termi-
narei (13.32).
Jesus iniciara Sua última via- Alguns tariseus alertam Jesuus
gem para Jerusalém (9.51).Parecia que Herodes pretende matá-lo. No
que Ele não tinha pressa. Aliás, Ele entanto, Jesus manda dizer a He-
permaneceu tempo suficientenes- rodes, a quem chama de raposa,
ses lugares para ali poder ensinar. que continuará a curar e expulsar
demônios hoje e amanh, até que
1. A Porta estreita (Lc 13.22-30) chegue a Jerusalém.
Respondeu-lhes: Esforçai-vos por Jesus também demonstra que
entrar pela porta estreita, pois eu não está seguindo o calendário de
vos digo que muitos procurarão en- Herodes, e, sim, o de Deus. No ter-
trar e não poderão (13.24). ceiro dia -isto é, o dia divinamente
Em resposta à pergunta que designado, nem um dia antes num
alguém fez: "Senhor, são poucos os dia depois - terminarei o meu
um
que são salvos?" Jesus disse ao in- objetivo, diz Jesus. Que forma glo-
quiridor, bem como a toda a mul- riosa de descrever sua morte! Por
tidão reunida, que todos deveriam meio dessa morte ele alcançaria o
se estorçar por entrar pela porta seu objetivo, que é a redenção de
estreita. seu povo.
Esforçar-se na luta contra to- Por fim, Jesus lamenta sobre
dos os adversários: Satanás, o pe Jerusalém, comparando-se a uma

45
Lição 7- Lucas 11 a 14:A Oração,os Fariseus e Vida Cristä

galinha deseja proteger seus


que com a qualidade. No que se trata
pintinhos sob suas asas. de salvar almas perdidas, deseja
que sua casa fique cheia (v.23),
3. Serviço e renúncia (Lc 14.25-35) mas no que se refere a discipulado
Assim, pois, todo aquele que dentre pessoal, quer apenas os que estão
vós não renuncia a tudo quanto tem dispostos a aprender, a renunciar,
não pode ser meu discipulo (14.33). a amá-lo sobre tudo.
Advertëncia para os que o se- O preço de seguir Jesus é carre-
guiam apenas por causa do pão, gar a nossa cruz, ou seja, identifi-
dos milagres e dos seus próprios car-se diariamente com Jesus tam-
interesses políticos. bém no sofrimento se quisermos
Jesus não estava empolgado desfrutar da Sua glória.
com a quantidade de pessoas, mas

APLICAÇÃO PESSOAL
Há alegria no céu tanto quando um pecador que se arrepende
ser fiel a Deus e
quanto quando o salvo faz renúncias pessoais para
servir ao próximo.

RESPONDA
ensinado Cristo no capítulo 11?
1) Qual o modelo de oração por

2) O que a cura e a libertação da mulher encurvada evidenciam?

do fariseu ao convidar Jesus para comer em sua casa?


3) Qual a intenção

46
LIÇÃO 8
LUCAS 15 e 16: PARÁBOLAS E ENSINos
EXCLUSIVOS DE LUCAS
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplementodo professor, todo o conteúdo de cada lição
é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃO OBJETIVOs
PEDAGÓGICA Reafirmar a certeza da salvaço
Em Lucas 15e 16 há 32e 31 para todos os que confessam Je-
versos,
sus como Senhor.
respectivamente. Sugerimos come-
Compreender que o Evangelho é
çar a aula lendo, com todos os pre-
sentes, Lucas 15.8-32 (5a 7 min.).
A revista funciona comoguia de es
.um chamado ao arrependimento.
Serviraos irmãos com os recur-
Sos que Deus nos concede
tudo e leitura complementar, mas
não substituia leitura da Bíblia.
Toda esta lição nos ensina a PARA COMEÇARA AULA
natureza abrangente da graça de
Deus. Lucas dedica dois capítulos Esta lição pode iniciar com
a parábolas que falam da chama- uma breve narrativa sobre a mis-
da universal à salvação: um pastor
são que a nossa igreja realiza em
disposto a tudo por uma ovelha;
o que Melgaço, na Ilha do Marajó, desde
uma mulher que valoriza

pode parecer pouco; um pai que 2022. Quando souberam que ali

acolhe o filho perdido. Profes- havia o menor IDH do país, lá fo-


sor(a), mostre aos irmãos 0 amor ram os missionários para recupe
com que Jesus se oferece, como
rar ovelhas, procurar pessoas
que
Salvador, a quem foi excluído pe-
los rigorosos costumes religiosos. estavam esquecidas e cuidar de
O Senhor anunciava dispensação
a suas feridas.Aleluia! Se possível,
da graça, pela qual ele chamaria
compartilhe vídeos disponíveis
todos a si mesmo, perdoando-os
nas redes sociais da Assembleia
e exortando-os a não pecar mais.
Quanto aos que possuem mais re- de Deus.
cursos, devem usá-los em prol da
justiça a fim de não perderem
o
RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO
bem que realmente nos importa -
1)b
a salvação
2)c

3)a
Lição 8- Lucas 15 e 16: Parábolas e Ensinos Exclusivos de Lucas

LEITURA ADICIONAL

As parábolas dos capítulos 15 e 16 do evangelho de Lucas constituem


uma unidade coesa. O convívio de Jesus com coletores de impostos e a
adesão de alguns deles ao grupo de seus discípulos deram motivo para
do presen-
que ele contasse essas parábolas. Cada uma das três parábolas
te capítulo 15 descreve de maneira peculiar a misericórdia
de Deus que
transcende qualquer imaginação humana.
As parábolas de Lc 16 são proferidas ainda na presença dos fariseus
aos discípulos (Lc 16.1). Os
(Lc 16.14), mas dirigem-se primordialmente
são incentivados a exercer
seguidores abastados da classe dos publicanos
não tor-
misericórdia e amor solidário para com os seres humanos, para
do ad-
nar ineficaz a misericórdia divina que experimentaram. A parábola
ministrador injusto demonstra como administrar corretamente os bens
terrenos em benefício do próximo.
A parábola do homem rico e do pobre Lázaro revela como a indife-
rença e frieza para com o semelhante, apesar de advertência suficiente
recebida por parteda revelação de Deus, conduzem à condenação. Jesus
nas obras, o amor dos fariseus
visa demonstrar que apesar da santidade
dos
pelo mundo e pelo dinheiro não é nada melhor que o apego natural
publicanos.
do pas-
A precariedade da ovelha desgarrada e incansável paciência
a

o da moeda extraviada e o empenho ines-


tor que a aspecto sujo
procura,
a a miséria do filho perdido pela própria
gotável da mulher que procura,
do pai que o procura são traços que só podem
culpa e o amor esperançoso
verdadeiro amor reden-
ser delineados por aquele que age conosco com
tor, como mostram
essas parábolas."

PR:
de Lucas: Comentário Esperança (Fritz Rienecker, Curitiba,
Livro: Evangelho
Editora EvangélicaEsperança, 2005. Pág. 206).
Estudada em /
Para Estudo
LIÇÃO 8 Leitura Bíblica
Lucas 15.8-32
Verdade Prática
LUCAS 15e 16: Devemos usar todos os recursos
o ver-
possiveis para tornar
acessivel
PARÁBOLAS dadeiro Evangelho.
E ENSINOOS
EXCLUSIVoS DE INTRODUÇÃO
LUCAS I.ENSINANDOPOR PARÁBOLAS
Lc 15.1-10

1. O público de Jesus Lc 15.1-2

2. A parábola da ovelha perdida

Texto Aureo Lc 15.3-7

Eo filho lIhe disse: Pai, pequei con


3. A parábola da dracma perdida

tra o céue diante de ti;jáno sou Lc 15.8-100

digno de serchamado teu filho."


Lucas 15.21 Il. O FILHO PRÓDIGO Lc 15.11-32

1. O pecador arrependidorecebe a
bênção Lo 15.11-19

2. O pai Lc 15.20-24

3. O que se considerajusto perde a

benção Lc 15.25-32

Il. ORICOELÁZAROLc 16

1. Instruções aos discipulos Lc 16.1-16

2. Duas mortes Lc 16.22


3. Dois destinos Lc 16.23

APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário

Lc Lc Lc Lc Lc Lc
15.7 15.18 15.32 16.10 16.15 16.28

Hinos da Harpa: 36 -156

47
Lição 8- Lucas 15 e 16: Parábolas e Ensinos Exclusivos de Lucas

INTRODUÇÃO Muitos viam estes pecadores


como um inconveniente; Jesus os
Nos capítulos 15 e 16, Lucas via como uma oportunidade. No
menciona cinco parábolas, sendo capítulo 15, Ele nos conta
três pa-

quatro delas exclusivasde seu evan- rábolas que respondem à murmu-


gelho, que, não à toa, é conhecido ração dos fariseus.
como o Evangelho das Parábolas.
2. A parábola da ovelha perdida
I. ENSINANDO POR (Lc 15.3-7)
PARABOLAS (Lc 15.1-10) Qual, dentre vós, éo homem que,po0-
suindo cem ovelhas e perdendo uma
1.0 público de Jesus (Lc 15.1-2) delas,não deixa no deserto as noven-
Aproximavam-se de Jesus todos os ta e nove e vai em busca da que se

publicanos e pecadores para o ou- perdeu, atéencontrá-la? (15.4).


vir (15.1). Ovelhas são conhecidas por se-
Note o público que era atraído0 rem animais desprovidos de esper-
a Jesus. Os "perdidos, a escória da za, por isto precisam de pastores,
sociedade dizia: "quero ouviro que mas este não é o foco da parábola.
este Jesus tem a dizer". Este inte Não é a parábola da ovelha sem
resse dos perdidos em relação a Je- percepção, mas o foco estáno ma-
sus resultava em murmuraçao por ravilhoso pastor e o ato de resgate

parte dos escribas e fariseus (v. 2). que traz de volta a ovelha perdida.
Há um padrão nos discursos de No mundo dos negócios, uma
Jesus, nos quais podemos distinguir ovelha de cem representaria uma
três diferentes motivações entre perda de 1%. "Faz parte do risco do
seus interlocutores:1) Da multidão: negócio: ovelhas se perdem, vida que
é atraída a Jesus e ouve atentamen- segue,alguns diriam. Mas aqui estão
te Suas palavras. A condição deles asboas novas: Jesus não está dispos
está expressa no texto: pecadores. to a perder ninguém.

Ninguém os queria, os religiosos os Se você se sente perdido, Jesus


desprezavam; 2) Dos escribas e fa- está a sua procura! Ele sabe o seu
riseus: Reclamando de Jesus por dar nome, ea Sua prioridade é resgatar
atenção a pecadores. Com o coração pessoas perdidas. Por isto Ele decla-
endurecido, não discerniam o amor ra: "haverá maior júbilo no céu por
de Deus aos perdidos (do 3.16); 3) um pecador quese arTepende do que
Do Cristo: movido de compaixão em por noventa enovejustos que não ne-
salvar os perdidos. Não era interesse cessitam de arrependimento" (v.7).
Dele afugentar os pecadores. Jesus Os fariseus tinham um mote:
a verdade, não se envolvia nos
falava "Há alegria no céu quando um pe-
pecados destas pessoas, mas as rece- cador é destruído". Por esta razão o
bia com
compaixão. verso 7étão emblemático. Eis par

48
8-Lucas 15 e 16: Parábolas e Ensinos Exclusivos de Lucas
Lição

te de Jesus falar com peca-


da razão 1. 0 pecador arrependido rece-
dores. O que alegra o céu também be a bénção (Lc 15.11-19)
precisa ser a nossa alegria: encon- O mais moço deles disse ao pai: Pai,
trar ovelhas perdidas. dá-me a parte dos bens que me cabe
No texto o pastor,seus vizinhos Eele Ihes repartiu os haveres.(15.12).
e amigos se alegram (v.6), então filho mais novo é caracteri-
O
os fariseus também deveriam se zado como aquele que se revolta

alegrar,o que não era o caso. Con- contra o pai e deixa claro, ao pedir
sequentemente, não eram amigos sua herança, que quer viver longe
do bom pastor. dele. Tal ação é assustadora pois,

naquele contexto, pedir herança


3. A parábola da dracma perdida ao pai significava pedir a própria
(Lc 15.8-10) morte de seu genitor,já que heran-
Ou qual é a mulher que, tendo dez ça se ganha após a morte.
dracmas, se perder uma, não acende Percebamos a diferença das três
a candeia,varrea casa ea procura di- parábolas até aqui: a ovelha, um ser
ligentementeatéencontrú-la?(15.8). irracional, simplesmente saiu do
Jesus aborda a importância redil; a dracma, é inanimada e foi
de se buscar o perdido, em vários perdida por alguém; o filho pródigo
patamares de valor. Pode ser mais decidiu deixar o lar. Jesus amplifica
caro, ou mais barato; uma ovelha o significadode "perdido".
ou uma dracma, porém todos têm Esse filho recebe sua parte, vai
valor e quando são encontrados, em outro lugar, gastando de
morar
não importa o contexto, geram forma irresponsável tudo o que ti-
uma grande festa. nha (15.13) e, se já não bastasse,
Jesus nos ensina a irmos em uma crise assola o local de sua ha-
busca do que está perdido, seja bitação, submetendo-o a grandes
fora ou dentro de casa. Sua per- privações e ao trabalho entre por-
sistência em a humanidade
salvar cos (Lc 15.14) condição vergo-
equivale a alguém que perdeu um nhosa para um judeu pelo fato de
tesouro particular, mas está dis- animal ser considerado impuro
tal

posto a procurá-lo até encontrar. (Lv 11.7). E perceptível que tama-


nha humilhação vivida ocorre
por
II. O FILHO PRÓDIG30 causa de suas escolhas erradas.
(Lc 15.11-32) "Então, caindo em si" (v. 17)
Aqui está a grande atitude, isto é
Perder um filho dói bem mais chave. A pessoa precisa "cair em
do que um prejuízo financeiro oua si", pois não somos obrigados a
fuga de um animal. Jesus enaltece nada. Um
dia as pessoas caem em
um pai que tem dois filhosperdi si. Ele
planeja ir ao encontro do pai
dos: um dentro de casa e um fora. com tres passos essenciais: a) reco
Lição 8-Lucas 15 e 16: Parábolas e Ensinos Exclusivos de Lucas

nhecer seus pecados; b) aceitarsua quando voltava, ao apro-


e,
campo;
condição de indigno; c) concordar ximar-se da casa, ouviu a música e
com a menor atitude de benevolên- as danças (15.25).
cia que seu pai puder oferecer. outro irmão ficou
O incomo
dado com a
alegria que encontrou
2. 0Pai (Lc 15.20-24) na casa devido ao retorno do filho
E, levantando-se,foipara seu pai. Vi que estava perdido. Ele decidiu
nha ele ainda longe, quando seu pai não entrar para se alegrar,entao o
o avistou, e, compadecido dele, cor- pai saiu também ao seu encontro.
rendo, o abraçou, e beijou. (15.20) Esta atitude do filho que ficou
O pai era a figuracentral da famí- éemblematicamente similar a dos
com
lia
judaica,a ponto de receber o ma- fariseus. Ele trata o pai ingrati-

ximo respeito. Por isso, tal história é dão e desrespeito.Argumenta com


chocante para os judeus,já que o pai, o pal, porque o filho pecador sear
embora pudesse punir severamente rependeu, olhando somente para
o filho insolente,decide dar a ele a seus erros e passado (v. 30), sem

herança que lhe cabia (Lc 15.12). perceber a verdade maior de que o
A bondade e o amor do pai pelo filhoque estava morto, agora revi-
maior relevância veu (v. 32). Ele não se alegrou
filho ganham como
quando o filho que saiu resolvevol- que trazia alegria ao coração do pai.
tar e o pai sai correndo ao seu en- A parábola termina com o pai
contro, coisa incomum para a épo- convidando o filho mais velho a par-
da da salvação,mas não
ca. O pai evidencia o que Jesus fez ticipar festa

sabemos o que esse filho fez, pois a


por nós: "a si mesmo se humilhou"
para nos resgatar (FI 2.8). parábola termina em aberto. E nós?
O pai o abraça, beija, e no meio Festejamos por Deus alcançar pes
do soas com características distintas
do discurso filho
maltrapilho,
e manda colocar nele da nossa?
interrompe-o
alguns acessórios: a) "melhor rou-

pa, símbolo de distinção; b) anel, Il.O RICOE LÁZARO (Lc 16)

simbolo de autoridade e tradição


1. Instruções aos discípulos
da família (Gn 41.42); c) sandália,
símbolo de filiação, pois escravos (Lc 16.1-16)
Porque os filhos do mundo são
mais
andavam descalços. Além diss0, o
manda preparar um animal que habeis na sua própria geração do
pai
foi cuidado por anos para uma oca- que osfilhosda luz (16.8b).
A caminho de Jerusalém (como
sião memorável (Lc 15.23).
veremos na próxima lição) Jesusins
trui os seus discípulos sobre
o que
3. O que se considera justo perde
a bênção (Lc 15.25-32) ira acontecer Jesus seria preso, mor-
ressurreto e após isto retornaria
Ora, o filho mais velho estivera no to,

50
e Ensinos Exclusivos de Lucas
Lição 8- Lucas 15 e 16: Parábolas

de purpura e linho fino, e se rega-


ao céu. Ele começa aqui a prepará-
lava esplendidamente (v. 19).
-los o ministério futuro. Ele ini-
para
cia com a parábola do administrador A segunda morte éde um certo
de
infiel
Lázaro (não se refere ao amigo
(v.1-13).
homem tinha o corpo coberto
Certo rico contratou Jesus) que
um administrador. E uma história de chagas e mendigava migalhas
um a mesa do rico. Embora am-
sobre patrão mundano que con- junto
trata outro mundano para ser seu bos vivessem contextos completa-
administrador, e ambos utilizam a mente diferentes, mesmo aconte-
a morte.
sabedoria do mundo para fazer ne- cimento encontra os dois,

gócios.Tudo indica que o adminis-


trador aumentava o preço dos pro- 3. Dois destinos (Lc 16.23)
No inferno,estando
em tormentos,
dutos para ganhar algo para si.
um levantou Os olhos e viu ao longe a
Jesus usa isto para fazer
contraste junto aos seus discí- Abraão e Lázaro no seu seio.
são
pulos, argumentando que os "do Após a morte os destinos
mundo" com paixão e entusiasmo completamente diferentes.
fazem todo o mal para alcançar O destino de Lázaro, foi o seio e
seus objetivos; quanto mais os da o consolo de Abraão, levado pelos
luz devem fazer todo o bem para anjos (v. 22).
O destino do homem rico foi o
alcançar seus objetivos.
Como tem a ver com dinheiro,e inferno. Em meio a tormentos ele

os fariseus eram avarentos (v.14), levantou os olhos e viu Lázaro no

estes se aproximam, sem serem cha- seio de Abraão.


Existem várias aplicações desta
mados, para ouvir o que Jesus tem
a dizer e Jesus conta outra parábola passagem, algumas sao:
acerta de um outro "rico" e Lázaro. 1) Acerca da eternidade: E ine-
xorável e existe um grande abismo
2. Duas mortes (Lc1622) entre os dois destinos (v. 26) que
Aconteceu morrer o mendigoe ser não se pode atravessar de um lado
levado pelos anjos para o seio de para outro e nem se comunicar com
Abraão; morreu também o rico e aqueles que ainda estão em vida (v
foi sepultado. 28), ou seja, o destino é definitivo. A
Jesus conta uma história interes- vida não acaba na sepultura, a nar-

sante sobre duas vidas, duas mortes rativa mostra que na eternidade a

e dois destinos. situação dos dois personagens sofre


A primeira morte diz respeito uma grande inversão.
a um homem rico. Quando Jesus 2) Acerca das pessoas: ajude
mencionou "rico" novamente os sempre que estiverao seu alcance.
ouvidos dos fariseus se conecta Agora o homem que nun
rico,

ram ao que ele dizia. Este se vestia ca precisou pedir nenhuma ajuda,

51
Lição 8-Lucas 15e 16: Parábolas e Ensinos
Exclusivos de Lucas

experimenta o que significa mendi- cebívelqualquer destino diferente


gar,clamando até mesmo por umas do céu para este homem,
porque
de água (v. 24). Entretanto,
gotas assim acreditavam que seria com
mesmo em tal situação,o rico
ava eles. Riqueza não é passaporte
rento ainda se achava na
posição para o céu, assim como pobreza
de que Lázaro poderia servi-lo. também não garante a vida eterna.
3) Acerca das riquezas e dos Os fariseus não percebiam
fariseus:os fariseusamavam as ri-
que eles próprios também esta-
quezas. Para eles, a riqueza era um vam perdidos em seu legalismo e
sinalda bênção de Deus. Por outro
apego material. Se Jesus não con
lado, a falta dela era vista como
seguia convencê-los,nem mesmo
um sinal de maldição. De acordo Abraão, Moisés e os Profetas o fa-
com essa mentalidade, era incon- riam (v. 30-31).

APLICAÇÃO PESSOAL
Sejamos gratos a Deus pela salvação que nos trouxe e esforcemo-nos
para manifestar as obras da fé em Jesus.

RESPONDA
a cada questão e relacione-a abaixo no parèntese
a resposta apropriada
Identifique

correspondente.

a) Lázaro.
e escória da sociedade.
1) Os perdidos

e pediu a sua herança. b) O público de Jesus.


2) Se revoltou contra o pai

O filho
o consolo e o seio de Abraão. c) pródigo.
3) 0 seu
destino foi
LIÇÃO 9
LUCAS 17e 18: PERDÃO, GRATIDÃO,
VIGILÂNCIA E ORAÇÃO
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
conteúdo de cada lição
todo o
Afora o suplemento do professor,
número da página.
éigual para alunos e mestres, inclusive o

OBJETIVOS
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA e polêmi-
Evitar os escândalos
cas.
Em Lucas 17e 18 há 37 e43 versos,
come- Praticar aconciliação e a mode-
respectivamente. Sugerimos
os ração.
çar a aula lendo, com
todos pre-
a Perdoa, como fomos perdoa-
sentes, Lucas 17.1-24 (5 7min.).
de es- dos por Deus.
A revista funciona como guia
mas
tudo e leitura complementar,
não substitui a leiturada Bíblia.
PARA COMEÇARA AULA
uma lição centrada
Aqui temos Como esta lição
trata muito do
da
nos ensinos de Jesus a respeito
o que recebemos de
conduta crist. Jesus nos mostrou perdão, tanto
ba- o que devemos pra-
o padrão do comportamento Jesus quanto
dos mostran-
seado no perdão e na unidade tal começar
ticar, que
as discordän- No
santos, a fim de que do a origem dessa palavra?
não se tornemn e
cias inevitáveis - grego é áphesis [úfesi] significa
de convi-
escândalo. Nossa regra o mesmo que "permi-
mas remissão,
vência não éa infalibilidade, é a de
tiro apagamento". A ideia
o perdão. Os que ofenderem, bus- no
Os ofendidos, que o ofendido escolhe lançar
quem conciliaçao; ofensa. Portanto,
Assim, cidadãos
como esquecimento a
perdoem.
do reino, obedeceremosao Senhor Jesus nos ensina que perdoar é
O perdão é dívida
da vinha (Lc 17. 7-10). voluntariamente, anular
a

marca de quem vive pelo Espírito


e libertar o devedor. Foi que
isso
re-
e, como o leproso agradecido, nós, Ele nos amou
Ao fim Jesus fez por
conhece o favor do Senhor.
da lição, uma viúva, um publicano
primeiro0.

e um cego ilustram bem a ideia de


que o Reino é achado pelos que RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO
clamam pelo Senhor com súplica 1)V
sincera.
2)F

3)V
Lição9-Lucas 17e 18: Perdão, Gratidão, Vigilncia eOração

LEITURA ADICIONAL

Todos os ditos do presente bloco os ditos de Jesus, exceto o do servo


lavrador (Lc 17.7-10), também ocorrem em Mateus
(cf. Mt 18.6-9,15,21s;
17.20; 21.21) e Marcos (cf. Mc 9.42-47; 9.24; 11.24) com uma formulação
um pouco diferente e em outros contextos.
Os ditos aqui comunicados contêm quatro ensinamentos. 1) Jesus fala
dos escândalos (v. 1-3a), inevitáveisneste mundo mau.
primeiramente
sobre aquele que os provoca paira um grave ai de condena-
Contudo,
ção. 2) Em seguida o Senhor fala sobre verdade e amor, o único remédio
os escândalos, até mesmo entre os
para superar discípulos (v. 3b-4). 3)
Os entendem o sentido do ensinamento, pedem (v. 5) pelo
apóstolos, que
aumento da fé, porque da fé correta brota o amor para suportar e superar
os tropeços (v. 5). 4) A fé que supera escândalos é humilde e corajosa.De
forma sensata ela reconhece que não possui méritos próprios, e que é até
mesmo imprestável sem a graça de Deus, a única que gera o bem. ..]
A parábola da viúva que suplícacom insistëncia e do juiz inflexível está
estreitamente ligada ao diálogo antecedente acerca da vinda futura do
reinado de Deus em glória. Jesus havia explicado aos fariseus que o reino
de Deus é sobretudo algo Depois ele também anun-
interior, intelectual.

ciou aos discípulos a manifestação gloriosa exterior do reino de Deus.

Agora Jesus passa do fato da vinda gloriosa visível do reino de Deus para
a utilização prática, exortando seus discípulos a acelerarem esse grande
evento da revelação vindoura do reino de Deus por meio de suas orações
incessantes, ainda que a sua vinda no retorno do Senhor se estenda por
longo tempo.

Livro: Evangelho de Lucas: Comentário Esperança (Fritz Rienecker, Curitiba, PR:

Editora Evangélica Esperança, 2005. Págs. 228,238)


Estudada em

Leitura Biblica Para Estudo


LIÇÃO 9 Lucas 17.1-24
Verdade Prática
LUCAS 17e 18: Gratidão, perdão, humildade,

vigilancia
e vida de oração são
PERDÃO, GRATIDÃO, essenciais ao viver
ingredientes
cristão.
VIGILANCIA E

ORAÇÃO
.
INTRODUÇÃO

1.
PERDÃOE GRATIDÃO
Quantas vezes perdoar Lc
Le 17.1-19

17.1-10

A dos dez Lc 17.11-17


Texto Aureo 2. cura leprosos

"Interrogado pelos fariseus so- 3. A raridade da gratidão Lo 17.18-19


bre quando viria o reino de Deus,
Jesus Ihes respondeu: Não vem
Il. VIGILANCIA LC 1720-37
o reino de Deus com visivel apa-
rência". 1. O aspecto do Reino Lc 17.20-21

Lucas 17:20
2. Expectativas erradas Lc 17.22-25

3. Os dias de Noé e os de Ló Lc 17.26-37

IL. ORAÇÃO Le 18

1. Uma viúva insistente Lc 18.1-8

2. A oração do fariseuedo publicano

Lc 18.9-14

3. Aoração do cego de Jericó Lc 18.35-40

APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário
SDDO0D)
Lc Lc Lc Lc Lc Lc
17.3 17.6 17.15 18.7 18.14 18.16

Hinos da Harpa: 370 -577

53
Lição9-Lucas 17 e 18: Perdão, Gratidäo, Vigiläncia
e Oração

INTRODUÇÃO Os tropeços e também perdoar.


Perdão muitas vezes é um ato de
Chegamos a dois capítulos em fé.4) A fé que supera escândalos é
que se concentram uma parte de humilde e corajosa. De forma sen-
narrativas exclusivas deste evan- sata ela reconhece que não possui
gelho. Temos aqui o Filho do Ho- méritos próprios. Esse é o sentido
mem a caminho de Jerusalém e e nexo profundo da parábola do
alguns ensinos importantes para servo lavrador, a quem no são
os discípulos e devidos nem agradecimento nem
consequentemente
para a nossa caminhada crist. recompensa pelo cumprimento da
obrigação (v. 7-10).
I. PERDÃO E GRATIDÃO
(Lc 17.1-19) 2. A cura dos dez leprosos
(Lc 17.11-17)
1. Quantas vezes perdoar Ao entrar numa aldeia,saíram-lhe
(Lc 17.1-10) ao encontro dez leprosos. (17.12)
Disse Jesus a seus discípulos... Essa é a maior cura coletiva
(17.1a) realizada por Jesus que temos re-
Os aqui comunicados
ditos gistrada. Dez leprosos são curados
contêm quatro ensinamentos: 1) de modo instantâneo enquan-
Jesus fala dos escandalos (v. 1-3a), to obedeciam a um comando do
os quais rodeiam cada pessoa. Salvador. 0 fato de apenas um

Contudo, sobre aquele que os pro- voltar para agradecer mostra


voca paira um grave "ai" de con- que há mais pessoas recebendo
denação. 2) O Senhor fala sobre a bênçãos do que agradecendo. Se
necessidade do perdão ilimitado observarmos que este que mos-

sempre que houver arrependi- trou gratidão era um samaritano,


mento. 0 perdo deve ser ilimi- então tudo mais admirável,
fica

tado porque foi assim que Deus pois essa atitude veio de onde não
nos perdoou. Não há limites para se esperava. Temos agradecidooe
o perdo. Quando Jesusde fala glorificado a Deus pelas bênçãos
"setevezes" não significaque uma recebidas?

oitava ofensa não será perdoada,


3. A raridade da gratidão
mas que o perdão deve ser habi-

tual. Quem não perdoa destrói (Lc 17.18-19)


a ponte sobre a qual ele próprio Não houve, porventura, quem vol-

para dar glória a Deus, senão


terá de passar. 3) Os apóstolos,
tasse

que entendem o sentido do ensi-


este estrangeiro? (17.18).
Nenhuma outra história do
namento, pedem pelo aumento
da fé, porque da fé correta brota evangelho assinala tão diretamen-
e superar te a ingratidão do ser humano. Os
O amor para suportar

54
Lição 9-Lucas 17e 18: Perdão, Gratidão, Vigilância e Oração

leprosos tinham chegado a Jesus divino. Eles imaginavam a vinda


com um desejo desesperado; Ele do reino de Deus, ou seja, do rei-
os tinha curado, e nove deles não no messiânico, como um aconte-
voltaram para dar graças, consi cimento histórico súbito, exterior-
deraram sua cura como algo me- mente grandioso, que poderia ser
recido, prosseguiram a caminhada verificado com
precisão.
até o sacerdote. O décimo, um sa- Jesus ensina que o aspecto do
maritano profundamente tomado reino não é visível. Essa resposta
pelo sentimento de ser indigno, pode significar pelo menos duas
entendeu sua cura como dádiva, compreensões: 1) O Reino de Deus
por isso se sentiu obrigado a agra- está dentro de vós, isto é, ele tra-

decer de coração. A volta do sa- balha nos corações humanos. Por-


maritano não aconteceu somente tanto, não devemos procurar uma
depois de ser declarado puro pelo revolução das coisas materiais,
e
sacerdote, mas quando constatou sim uma revolução nos corações
que sua lepra havia desaparecido. dos homens. 2) O Reino de Deus
Fritz Rienecker, comentando está entre nós. O reino de Deus,
sobre o tema, diz que "Jesus ex diferente de qualquer reino ter-

pressa diante dos discipulos e do reno, é uma realidade espiritual


entorno sua surpresa com o fato que já chegou ao mesmo
invisível

de que, de todos os dez curados, tempo em que aguardamos sua


somente esse único estrangeiro plenitude final.

retorna e dá glórias a Deus. Dessa


pergunta ressoa um tom de lástima 2. Expectativas erradas

pela ingratidão que os nove judeus (Lc 17.22-25)


curados manifestaram" E vos dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está!
Não vades nem os sigais. (17.23)
II. VIGILÂNCIA (Lc 17.20-37) Agora, a expectativa da iminen-
te aparição do reino messiânico,
1. 0aspecto do Reino (Lc1720-21) que tanto os discípulos quanto os
Interrogado pelos fariseus sobre fariseus acreditavam, é considera-
o reino de Deus, Jesus da por Jesus como um erro.
quando viria
lhes respondeu: Não vem o reino de Jesus adverte os discípulos
Deus com visível aparência. (17.20) para que não deem ouvidos aos
Alguns fariseus se aproximam espíritos mentirosos e aos boatos,
do Senhor com perguntas acerca os quais diziam que o Senhor esta-
do tempo da vinda do Reino de ria ali ou acola. O retorno do Filho

Deus o diálogo de Jesus com eles


- do Homem não é acontecimento
é exclusivo de Lucas. A
pergunta Oculto, mas ocorre perante toda a
dos fariseus alicerçava-se sobre humanidade, pois o Senhor com-
um conceito bem formal do reino para sua vinda como o relâmpago.

55
Lição9-Lucas 17e 18: Perdão, Gratidão, Vigilânciae Oração

Jesus há de aparecer no céu, em mais tola que possivelmente po-


todos os lugares da terra, súbita dia fazer. E quanto a Ló,
quando
e visivelmente e com glória de rei. Deus lhe ordenou que deixas-
Sodoma, ele, ainda
que comm
3. Os dias de Noé e osde Ló um grau de hesitação, atendeu o
(Lc 17.26-37) chamado (Gn 19.14-16). Embora
Assim como foi nos dias de Noé, esses dois fizessem os prepara
será também nos dias do Filho do
tivos necessários em obediência
Homem.. O mesmo aconteceu nos às ordens divinas, as multidões,
dias de Ló
(17,26,28a) indiferentes, pereceram. Em am-
Na sequência, com base em bos os casos, foram alcançados
dois exemplos históricos do pas- por repentina destruição, mas só
sado e em três
acontecimentos da os soberbos foram destruídos. A
vida cotidiana,o Senhor assinala agua os afogou; o fogo e o enxofre
Os pontos decisivos em sua volta: os consumiram.
"Como foi nos tempos de Noé e
como foi nos tempos de Ló, assim
I1.ORAÇÃO (Lc 18)
também acontecerão naquele dia,
quando o filho do homem for ma: 1. Uma viúva insistente
nifesto" E qual é o ponto de corre- (Lc 18.1-8)
lação? E a indiferença e o absoluto Havia também, naquela mesma ci-
descuido para com as coisas de dade, uma viúva que vinha tercom
Deus. ele, dizendo: Julga a minha causa
Ao falar sobre esses dias, contra o meu adversário. (18.3)
William Hendriksen, comenta: Na parábola do
juiz iníqu0,
"O próprio caráter repentino da Jesus naturalmente não está as
vinda aponta para a necessidade semelhando Deus a um juiz injus-
de se guardar contra a falta de to. A parábola é da variedade do
preparação e o descuido. Duran- "Quanto mais Se um homem
te os dias de Noé - isto é, quando impio às vezes faz o bem, mesmo
esse "pregador da justiça" estava por motivos maus, quanto mais
construindo a arca (Gn 5.32 -7.5) Deus fará o bem.
e exortando o povo (2Pe 2.5) - o Temos aqui um juiz que não
povo se recusou a levar a sério o temia a Deus nem respeitava ho-

que ele estava fazendo e dizendo" mem algum, era controlado por
seus próprios ideais e inclinações.
Surge a pergunta: por que Jesus
escolheu Noé e Ló como exem- A viúva era um símbolo de pessoa
à ad- indefesa, mas que sabia que o di-
plo? Os dois deram atenção
vertência de Deus. Noé construiu reito estava do lado dela (não pe

uma arca ação que a muitos dia vingança, mas, sim, justiça) e

pode ter parecido como a coisa ela era persistente.

56
Lição 9- Lucas 17 e 18: Perdão, Gratidão, Vigilåncia e Oração

A viuva precisava superar dois tante, mas o que nos permite estar
obstáculos. Em primeiro lugar, perante Deus é a Sua graça e
mi-

pelo fato de ser mulher, pratica- sericórdia. Na oração, não nos ele-
mente não existia perante a lei. Na vamos acima de nossos semelhan-
sociedade palestina do tempo de tes, mas recordamos que somos
Jesus, as mulheres não pleiteavam parte da humanidade pecadora,
suas causas. Em segundo lugar, que sofre e está contrita, ajoelha-
uma vez que era viúva, não tinha da perante o trono da misericór-
um marido para representá-la no dia de Deus.
tribunal. O oração não
foco da nossa
O perseverante e insistente cla- deve estar nos pecados do outro,
mor daquela viúva mostra como mas em nossa própria pecamino-
deve ser nossa vida de oração. sidade.

2. A oração do fariseu e do pu- 3. A oração do cego deJericó


blicano (Lc 18.9-14)9 (Lc 18.35-43)
Propos também esta parábola a al- Então, ele clamou: Jesus, Filho
guns que confiavam em si mesmos, de Davi, tem compaixão de mim!
por se considerarem justos, e des- (18.38)
prezavam os outros (18.9) Havia muitos cegos naquela
Como a parábola anterior,tam- época. Vários fatores contribuíam
bém esta pertence ao material ex para isto: luminosidade solar in-
clusivo do evangelho de Lucas. tensa, a areia carregada pelo ven-
Naquela época, os devotos ora- to, falta de higiene que causavam

vam três vezes por dia: às nove da infecções oculares.


manhã, ao meio-dia e às três da Muitos cegos se deslocavam
tarde. E, nesta parábola, temos para Jericó porque havia uma
dois homens orando, sendo que crença popular de que lá pessoas
um deles era um fariseu o qual eram curadas da cegueira. Estes
orava de si mesmo;
para si a ver- não e vi-
cegos podiam trabalhar
dadeira oração, porém, é oferecida viam espalhados pela cidade na

sempre a Deus e só a Ele. O outro mendicância.


era um coletor de impostos, que, De acordo com Mateus, Jesus
consciente da sua indignidade, se curou dois cegos ao sair de Jericó;
mantinha afastado e sequer eleva- Marcos fala em um cego na saida;
va os olhos a Deus. já Lucas, em um cego na entrada.
Lucas nos mostra que ninguém Nossa opinião é que se pode pre-
deve menosprezar seus semelhan- sumir dois cegos: um na entrada e
tes nem achar-se demasiadamen- o outro na saída da cidade; dentre
te justo por causa das suas obras. os dois, Marcos destaca Bartimeu
Uma vida de boas obras é impor- como o mais conhecido.

57
Lição 9- Lucas17e 18: Perdão,
Gratidão, Vigilância e Oração

Neste momento, um cego no ao cego mostra que eles viam sua


caminho para Jericó perguntou à súplica como uma impertinência
multidão ruidosa o
que passava descabida ao Messias. O
que era aquilo que ele ouvia. Obte- cego,po-
ve a resposta de rém, não se deixa desanimar, mas
que Jesus de Naza- chama com voz ainda mais forte,
ré estava As
passando. palavras do repetindo seu pedido. O grito ou a
cego, pelas quais ele
implora mise- saudação do cego fez com que Je-
ricórdia a Jesus são: "filho
de Davi". sus parasse. Ao perguntar ao cego
Esse título é uma honraria messiâ-
"Que queres que eu te faça?", Jesus
nica quecaracterizao Senhor
como mostra toda sua ternura e o quanto
herdeiro do trono israelita. A críti- um clamor sincero toca o coraçãoO
ca que os acompanhantes dirigem do Filho do Homem.

A
APLICAÇÃO PESSOAL
prática do perdão e da ação de graças a Deus deve ser o sinal do
Reino entre nós.

RESPONDA
Marque "V"para a opção verdadeira e "F"para opço falsa:

1) A fé que supera escândalos é humilde e corajosa.

2) O retorno do Filho do Homem é acontecimento oculto, mas Ocorre perante toda a humani

dade, pois o Senhor compara sua vinda a um relâmpago

3) Lucas nos mostra que ninguém deve menosprezar seus semelhantes nem achar-se
dema
siadamente justo por causa das suas obras.

s8
LIÇÃO 10
LUCAS 19a21:ZAQUEU, ENTRADA EM
JERUSALÉMEVOLTA DE JESUS
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição
éigual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGOGICA Buscar o Senhor com a deter-
minação de Zaqueu.
Em Lucas 19 20 e 21 há 48, 47 e38

versos,respectivamente. Sugerimos
Perdoar e
celebrar
amor de
a reconci-

liação com o mesmo


começar a aula lendo, com todosos
Jesus.
presentes, Lucas 19.1-10, 28-40 (5
Alertar os homens para que
re-
7
a min..
conheçam Jesus e não cometam
A revistafunciona comoguia dees- o mesmo erro de Jerusalém.
tudo e leitura complementar, mas
não substitui a leitura da Bíblia.
Os atos de Jesus são descon- PARA COMEÇAR AAULA
certantes. Professor(a), mostre
ensina por gestos, pois A aula pode começar com a
que Jesus
ele foi a Zaqueu para nos ensinar dinâmica do "amigo invisível". Je-
duas lições: se évocê quem está rusalém não aceitou Jesus como
e
arrependido, procure o Senhor Messias porque não soube reco-
o encontrarás; se foi você o ofen- nhecer nele tudo que os profetas
dido, vá ao encontro do seu irmão
anunciaram. Ao propor a brin-
como o Senhor veio a você. Infeliz-
mente, a cidade de Jerusalém -ao cadeira, peça a alguém que des-
contrário de Zaqueu -não creu no creva a personalidade de um dos

Salvador. Se considerarmos que presentes até que o "invisível"seja


Jesus não recebido pelos seus
foi
descoberto. A mensagem e: os que
afirmar que só
(lo 1.11), podemos
de fato não vivem segundo o evangelho
na casa do publicano ele foi
não reconhecem as características
recebido. A aula deve convidar ao
de Jesus.
arrependimento e alertar para o
sermão profético proferido aos
discípulos para adverti-los acerca
RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO
futuro dos escolhidos
do Israel.
1) Amigo dos pecadores.

2) Rei que vem.

3)Cumpriram as profecias.
Lição 10-Lucas
19a21:Zaqueu,Entrada em
Jerusalém e Volta De Jesus

LEITURA ADICIONAL

Jesus e Zaqueu: a conexão entre o parágrafo final do


capítulo 18 e o
parágrafo inicialdo capítulo 19 é
quase inesquecível; porque (a)ambos
Os eventos ocorreram em Jericó;e (b)no
primeiro caso, um homem pobre
tomou-se seguidor de Jesus; no
segundo, um homem rico fez isso.
Este é o único lugar no Novo Testamento onde se menciona um "-
der de coletores". Zaqueu,
pois,teria sido considerado uma pessoa muito
proeminente. Ele fora posto como chefe de todo o distrito tributário de
Jericó e vizinhança, uma das três principais coletorias de impostos da Pa-
lestina, estando as outras duas localizadas em Cesaréia e em Cafarnaum.
Ora, uma das coisas que haviam tornado Jericó famosa era o unguento
derivado do bálsamo. Josefo denomina o bálsamo "a coisa mais precio-
sa que existe".Era fragrante, suavizante e altamente apreciado por suas
qualidades curativas. 0 comércio desse produto
- e de outras utilidades

que proliferavam na região produzia altos impostos para o go-


deJericó
verno romano. Além disso, Jericó estava no coração e centro de uma vas-
ta rede de rotas comerciais. A cidade mantinha relações comerciais com
Damasco, Tiro e Sidom, ao norte, Cesaréia e Jope, ao ocidente, e Egito ao
outras cidades e países em todas as direções.
sul, igualmente com muitas
Não obstante, os
Portanto, Zaqueu era um homem bastante importante!
os "publicanos" (certamente inclusive os principais
judeus consideravam o nome deste
como traidores e ladrões. Entretanto, significa
publicanos) ver Jesus.
é Sendo ele de pequena estatura, não podia
"aquele que justo.
interesse pelo Mestre que estava dis-
Não obstante, tão profundo era seu
coisa para v-lo.
posto a fazer quase qualquer
de Lucas, Vol. 2
do Novo Testamento: Exposição do Evangelho
Livro: Comentário
Cultura Cristä, São 425).
Paulo, 2003, pág.
(William Hendriksen,Editora
Estudada em /-
LIÇÃO 10 Leitura Biblica Para Estudo
Lucas 19.1-10, 28-440
Verdade Prática
LUCAS 19 a 21: O Filho do Homem
e salvando OS
continua
buscando
ZAQUEU, ENTRADA perdidos Para viverem uma vida
melhor aqui na terra e por tima
EM JERUSALÉM E vida eterna no céu.

VOLTA DE JESUS INTRODUÇÃO


L. ACONVERSÃO DE ZAQUEU
Lc 19.1-27

1. Um rico cobrador de impostos Lc 19.1-3

2. Salvação de Zaqueu Lc 19.8-10

3. Testemunho de Zaqueu e de Jesus


Texto Aureo
Lc 19.10
"Porque o Filho do Homem veio
buscar e salvar o perdido."
II. ENTRADA TRIUNFAL EM
Lucas 19.10
JERUSALEM Lc 19.28 -20.47
Montadoem um jumentinho Lc 19.35-36
2. Multidão jubilosa Lc. 19.37
3. Jesus chora à vista de Jerusalém

Lc 19.41-44

II. ENSINO PROFÉTICO SOBREO


FUTURO Lc21.1-38
1. Principio das dores, näo é o fim Lc 21.8-9
2. Destruição do templo e de Jerusalêm

Lc 21.20-24

3. Avindado Filho do Homem Lc 21.25-28

APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário

Lc Lc Lc Lc Lc Lc
19.10 19.40 20.25 20.38 21.4 21.36

Hinos da Harpa: 81-456

59
10- Lucas 19a 21:Zaqueu, Entrada em
Lição
Jerusalém e Volta De Jesus

INTRODUÇÃO ceu as próprias limitações, resoluto


em ver Jesus. Subiu num sicômoro
Nesta lição estudaremos três com toda pressa. Não era um lu-
a

capítulos 19 a 21. Começaremos gar muito digno para um diretor do


pela conversão de Zaqueu, que é Departamento do Tesouro, mas, que
registrada exclusivamente por Lu- era a honra dos homens comparada
cas. Destacaremos a entrada triun- aos valores que sua alma
celestiais

de Jesus em Jerusalém e os fatos


fal ansiava receber? Venceu o orgulho

que se seguiram imediatamente que impede a tantos de receberemn


após a Sua chegada. omelhor de Deus. Aquele quebusca
a salvação deve descer de seu orgu-
I. A CONVERSÃO DE lho pecaminoso e curvar-se em ar-
ZAQUEU (Lc 19.1-27) rependimento e fé.

de impostos 2. Salvação de Zaqueu (Lc19.8-10)


1. Um rico cobrador
Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve
(Lc 19.1-3)
tam-
Procurava ver quem era Jesus, mas salvação nesta casa, pois que
não podia, por causa da multidão,por bém este é filhodeAbraão (19.9).
serele depequena estatura. (19.3). Jesus estava caminhando para
Jerusalém, onde morreria, mas
es-
Jericó era uma cidade
muito rica
tava disposto a gerar vida. A multi-
e importante à época, pois possuía
com arrecada- dão se acotovelava para vë-l0, mas,
uma alfândega
alta

de impostos pelos coletores, em Jericó, a salvação chegou a um


ção
cego na beira do caminho
e ao rico
fato que garantia a Zaqueu muitas
o apresenta como o Zaqueu. A curiosidade dele o fez
posses. Lucas
correr e subir em uma árvore para
maioral dos publicanos, título que
conhecer Jesus e, assim, a graça de
não ocorre em nenhum outro lugar
Deus o alcançou.
na literatura grega remanescente,
mas posivelmente se refere a que Quanta graça oferecida a Zaqueu!
fazer a co- Os fariseuse escribas o desprezavam
empregaria outros para
leta. Um "auditor-chefe" e condenavam, mas Jesus o recebe,o
honra e por fim o salva. Jesus con-
Zaqueu tivesse ouvido
Talvez
acerca deste rabino excepcional, denava o pecado, mas demonstrava

conhecido como "amigo dos peca- compaixao para com os pecadores.


Ele não veio somente anunciar aos
dores, inclusive dos publicanos.
Por isso, desejava ver de perto o homens que estavam perdidos, mas
Mestre que falta- buscar e salvar os que assim se en-
que possuía algo
na
va aos demais rabinos. contravam. Tal atitude é ilustrada
A multidão era-lhe obstáculo conversãode Zaqueu.
A história de Zaqueu faz um
por causa da sua pequena estatura.
Mas este homem famoso e rico ven- contraste com a história do jovem

60
Lição 10-Lucas 19 a 21: Zaqueu,Entrada em Jerusalém e Volta De Jesus

mes-
(18.18-23). Zaqueu, porém, é vo. Tinha a viva fé que por si
rico

diferente, pois vemos a manifesta- ma produz boas obras.


Zaqueu subiu na árvore como
ção notável da graça de Deus levan-
do-o a conversão -
aqui o "camelo pecador,e desceu como um santo,
fe-

uma agulha". liz. Fez-se a oferta da graça e Zaqueu


passou pelo fundo de
aceitou-a. A presença de Jesus o teria
3. Testemunho de Zaqueu e de endireitado, fazendo dele um ho-
os er-
Jesus (Lc 19.10) mem justo,dispostoa corrigir

Porque o Filho do Homem veio bus- ros do passado. Sendo considerado


car e salvar o perdido. justopor Deus (pela obra de Cristo),

19.10 é consideradoo
Lucas queria também serjustopara comos
verso chave ou texto áureo do Li- homens.Suas atitudesevidenciavam
vro de Lucas. E com este verso que seu testemunho de salvação.
Jesus conclui a história da salvação
de Zaqueu, manifestando o Seu tes- 1. ENTRADA TRIUNFAL
temunho tríplice: "hoje, houve sal- EM JERUSALEM
vação nesta casa, pois que também (Lc 19.28-20.47)
é
este filho deAbraão. Porque ofilho
do homem veio buscar e salvar o 1. Montado em um jumentinho
perdido". Noutras palavras,Zaqueu (Lc19.35-36)
o procurava e o recebeu com ale- Então, o trouxeram e, pondo assuas
gria. Quanto a Jesus, era o Seu tra- vestes sobre ele, ajudaram Jesus a
balho procurar pessoas perdidas e montar. Indo ele, estendiam no ca-
levá-lasde volta a Deus. minho assuas vestes.
A conversão de Zaqueu foi tão real Domingo, deu-se a entrada
e evidente que ele faz questão de ma- triunfal em Jerusalém. A partir des-
nifestaro seu testemunho público:"E, se ponto, os fatos registrados no
levantando-se Zaqueu, disse ao Se- evangelho de Lucas se encontram
nhor". Encontrara a graça de Deus, nas seguintes passagens: Domingo:
e não lhe importava que as pessoas 19.28-44. Segunda-feira: 19.45-48.
o soubessem. Na verdade, queria Terça e quarta: 20.1-22.6.
tornar conhecida a mudança que Agora, perto de Betfagé, Jesus,
se efetivara em sua vida. na manh de domingo, envia dois de
"Senhor, eis que dou aos pobres Seus discípulos com a instrução de
metade dos meus bens'. Temos aqui irem à vila que estava adiante deles.
tangível evidência da mudança de Ele Ihes assegura que, ao entrarem
Zaqueu. Quando a conversão atin- na vila, encontrarão um jumenti-
ge o bolso, certamente há nela algo nho amarrado. Cristo
planejou uma
de real. Note-se não estar o
publi- ação dramática quando propôs-se
cano distribuindo aos
pobres a fim entrar em Jerusalém de tal maneira
de ser salvo,mas
porque já era sal- que a própria ação fosse um sinal

61
Lição 10- Lucas 19a 21:Zaqueu, Entrada em Jerusalém eVolta De Jesus

inegável de que Ele era o Messias, o 3. Jesus chora à vista de Jerusalém


Rei Ungido por Deus. Então os discí-
(Lc19.41-44)
pulos estendem seus mantos sobre Quando ia chegando, vendo a cida-
o animal para Jesus montar. de, chorou (19.41)
Jesus chorou por Jerusalém
2. Multidão jubilosa (Lc 19.37) de acordo com a
e, expressão do
E,quando se aproximava da descida texto original, (gr. Eklausen), não
do monte das Oliveiras, toda a mul- somente verteu lágrimas, mas foi
tidão dos discípulospassou, tomado de um forte lamento. Essa
jubilo-
sa, a louvar a Deus em alta voz, por é a segunda ocasião em que vemos
todos os milagres que tinham visto. sendo
Jesus chorar abertamente,
Enquanto ele cavalga rumo a a primeira no túmulo de Lázaro
Jerusalém, o povo se põe continua- Jo 11.35). Lá, ele chorou silencio-
mente a forrar a estrada com seus samente, mas aqui proferiu uma
mantos e com palmas para que Ele lamentação em alta voz, como era
passasse. A multidão se enche de de costume ao prantear os mortos.
alegria em jubilosa glória e gritos Fez como o profeta Jeremias ao
de louvorao "Rei que vem. chorar pela destruição de Jerusa
Nesse momento, porém, Jesus lém. Jonas olhou para Nínive e de-
era tão popular que os fariseusnão sejou que a cidade fosse destruída
se atreveram a silenciaro povo de (Jn 4.2), enquanto Jesus olhou para
uma forma direta. Por isso pedi- Jerusalém e chorou, porque a cida-
ram que Jesus fizesseisso por eles! de havia destruído a si mesma.
Somente Lucas registra esse inci- Olhando adiante, Jesus cho
também ele quem narra
dente. E rou pelo julgamento terrível que
a resposta de Cristo rejeitando a sobreviria à nação, a cidade e ao
solicitação dos fariseus para fazer templo. No ano 70 d.C., os romanos
calar a multidão: "Asseguro-vosque, sitiariam Jerusalém por 143 dias,
se eles se calarem, as próprias pe matariam seiscentos mil judeus, le-
dras clamarão." variam milhares cativos e, por fim,
Mateus 21.15-16 nos fala de destruiriam a cidade e o templo.

"crianças gritando hosanas". Tudo Podemos pontuar que o choro de


isso era maravilhoso. Mas, em ter- Jesus foi motivado pela: 1) ceguei
mos o que Israel queria era ra espiritualdo Seu povo, que não o
gerais,
seu próprio tipo de Messias, um reconheceu como Messias e 2) cer-
Messias da terra, um libertador po- teza do duro julgamento que viria

lítico. Não nos surpreende, pois, que sobre eles.

no castigo
Jesus chorou ao pensar
que aguardava Jerusalém pelo peca- l.ENSINO PROFÉTICO
do de o haver rejeitado. Isso fica bem SOBRE O FUTUROo
claro à luz dos versículos seguintes. (Lc21.1-38)

62
Lição 10-Lucas 19 a 21: Zaqueu,Entrada em Jerusalém e Volta De Jesus

Tendo denunciado a hipocrisia nais seráo de Jerusalém pelos


sítio

dos escribas (20.45-47), Jesus elo- exércitos invasores; 0 outro, a ma-

gia o
ato de total confiança de uma nifestação de Jesus no céu, pronto
viúva que colocou duas moedinhas para descer.
no tesouro do templo, sendo essas Jesus afirmou que coisas como
moedas tudo o que ela possuía, (Lc guerras, insurreições, terremotos,
21.1-4). Prossegue ensinando
pro- fomes, pestilências, portentos nos
feticamente sobre eventos futuros céus, perseguição dos discípulos
respondendo a duas perguntas re- que seriam entregues até mesmo
gistradas em Lucas 21.7: "Pergun- por parentes próximos. Eles, po-
taram-lhe: Mestre, quando sucederá rém, deveriam considerar essas
isto? E que sinal haverá de
quando es ocorrências não como o fim, mas
tas coisas estiverem para se cumprir?" como "oportunidades para testifi-
car". Ele mesmo promete dar-lhes
1. Princípio das dores, não é o fim "palavras de sabedoria" para fala-
(Lc21.8-9) rem e acrescenta a necessidade de
Respondeu ele: Vede que não sejais en- perseverança para vencer.
ganados; porque muitos virão em meu
nome, dizendo: Sou eu! E também: 2. Destruição do templo e de
Chegou a hora!Não os sigais (21.8). Jerusalém (Lc 21.20-24)
Enquanto Jesus e os Doze iam Quando, porém, virdes Jerusalém
saindo do Templo, seus discípulos sitiada de exércitos, sabei que está
fizeram observações sobre suas próxima a sua devastação. (21.20)
formosas pedras".Jesus respondeu: Jesus explica que quando os exér-
"Virão dias quando não será deixada citos iniciassem o cerco, os habitan-
uma pedra sobre a outra que não tesda Judeia deveriam fugir para os
será derrubada". Aturdidos, esses montes, os das cidade deveriam sair
homens quiseram saber quando dela e os do campo deveriam perma-
isso aconteceria e qual seria o sinal necer forada cidade.Na queda de Je-

pelo qual saberiam que isso estava rusalém se cumpririam as


profecias
para acontecer.Eles pensaram quea do Antigo Testamento. Ele expressa
destruição iminente do templo sig- uma profunda preocupação pelas
nificaria já o fim do mundo. mulheres grávidas e pelas que ama-
Jesus passa a mostrar- Ihes que mentam. Anuncia que muitos seriam
essas duas coisas (a destruição de mortos ou levados cativos, e afirma:
Jerusalém eo
fim do mundo) não "'até que os tempos dos gentios se
coincidirão,e que haverá dois mo- completem, Jerusalém será pisada
mentos visíveis e distintos em vez poreles"(vv.20-24).
de um só, cujos sinais são distintos, Quarenta anos depois de Jesus
mas como alguns são comuns pode- proferir essas palavras, Tito, o ge
riam ser confundidos. Um desses si- neral romano, cercou Jerusalém

63
10- Lucas 19 a 21:
Lição
Zaqueu,Entrada em Jerusalém eVolta De Jesus
e aconteceu como havia sido re- crescenta: "e sobre a terra
latado pelo Mestre, angústia
resultando na de nações em perplexidade pelo bra-
maior diáspora de todos os
tem- mido do mar em füria
pos, desde o ano 70 d.C. até 14 de
Só Lucas cita as palavras de
maio de 1948, quando Israel retor- pro
funda consolação proferidas por
nou ao seu territóriocomo
nação. Cristo: "0ra,ao começarem estas coi-
sasa suceder,exultai e erguei a vossa
3. A vinda do Filho do
Homem cabeça; porque a vossa redenção se
(Lc 21.25-28)
aproxima."(Lc 21.28).
Então, se verá o Filho do Homem Em conclusão, Jesus acrescen-
vindo numa nuvem, com poder e ta: "Vigiai, pois, a todo tempo, oran-
grande glória (21.27). do, para que possais escapar de to-
Jesus prediz certos fenômenos das estas coisas que têm de suceder
assombrosos que ocorrerão em con- e estar em pé na do Filho
presença
omitância com seu regress0: "os do Homem.". Aleluia!
po-
deres dos céus serão abalados" Lucas

APLICAÇÃO PESSOAL
Jesus voltará e arrebatará os que esperam vigilantes a Sua volta, sem
dar ouvidos aos falsos ensinos que neguam, marcam data ou vivem
como se Jesus jamais fosse voltar. Maranta!

RESPONDA
Complete as lacunas:

1) Talvez Zaqueu tivesse ouvido acerca deste rabino exoepcional, conhecido como

inclusive dos publicanos.

2)A multidão se enche de alegria em jubilosa glória


e gritos de louvor ao

3)Na queda de Jerusalém se

do Antigo Testamento.

64
LIÇÃO 11

LUCAS 22:ÚLTIMA CEIA E A PRISÃO


DE JESUS
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição
e igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃO OBJETIVOs
PEDAGOGICA Compreender que sub-Jesus
meteu-se à morte por amor à
humanidade.
Em Lucas 22 há 71 versos. Sugeri-
Declarar que tal amor se revela
mos começar a aula lendo, com to-
como obediência ao Pai.
dos os presentes, Lucas 22.1-23 (5
.Entenderque a grande trans-
7
a min.)
formação do cristão se mostra
A revista funciona como guia de es-
na obediência a Jesus.
tudo e leitura complementar, mas
não substituia leitura da Bíblia.
Novamente, veremos a ênfase PARA COMEÇARA AULA
de Lucas no caráter de Jesus, pois o
- em total sujeição Chame trêes voluntários e en-
próprio Senhor
ao plano de salvação -conduziu os tregue a um a palavra "areia",
a
momentos que antecederam o Seu outro a palavra "pedra" e ao ter-
sacrificio. Isso precisa ser enfatiza- ceiro, "deserto. Quem ficar com a

do, professor(a), pois são horas de "areia" falará do risco do desäni-


ansiedade, angústia e tristeza às mo na vida crist. Quem ficar com
amor a "pedra" dirá o que considera um
quais Jesus se submeteu por
a uma humanidade sem qualquer e quem ficar com
obstáculo à fé

mérito. Tamanh0 amor nos convi- o "deserto" falará de paciência.


da a amar sem reservas também Explique que só pedras
- obstá-
15.12), mas os discípulos real-
culos nos fortalecem para não
na areia - desânimo.
(Jo
mente não haviam entendido nada, afundarmos
seria o maior Só no deserto estão as pedras que
pois discutiam quem
no Reino. Diante da recomendação precisamos. Então, encare o de-
serto como o Getsêmani que Ihe
para que guardassem suas vidas,
tornará mais forte.
chegaram a propor que o Senhor
também tomasse uma espada para
RESPOSTAS DAS ATIvIDADES DA LIÇÃO
a guerra (Lc 22.38). Jesus nunca
1) Possessão satânica.
pregou desordens nem privilégios.
2) Os seus anseios egoistas e mundanos.
3) Que Jesus desafiavaCésar.
Lição 11-ucas 22: Ultima Ceia e a
Prisão de Jesus

LEITURA ADICIONAL

Nesta
passagem, encontramos seis símbolos que podem nos ajudar a
compreender melhor o sofrimento e a morte de Jesus.

1. Um jardim solitário (Lc 22:39): 0


ilho do Homem deixou o ce-
náculo e, com os discípulos,
dirigiu-seao jardim do Getsêmani, no monte
das Oliveiras,o lugar para onde costumava se retirar quando estava em
Jerusalém.
2. Um cálice custoso (Lc 22:40-46): Lucas é o único evangelista que
menciona como gotas de sangue". Lucas também é o único autor
"suor
que fala do ministério do anjo. Na verdade, tanto o Evangelho de Lucas
quanto o Livro de Atos destacam a presença dos anjos na obra de Cristo.
3. Um beijo hipócrita (Lc 22:47,48): Alguém definiu um beijo como
"uma contração da boca decorrente deuma expansão do coração". Poréém,
nem todos os beijos vêm de um coração amoroso, pois os beijos também
podem ser enganosos. No caso de Judas, seu beijo nasceu da mais abjeta
hipocrisia e traiçãão.
4. Uma espada inútil (Lc 22:49-53): Os discípulos lembraram as pa-
lavras de Jesus sobre a espada (Lc 22.35-38), mas as entenderam mal, de
modo que perguntaram ao Mestre se deveriam usar as duas espadas. Sem
esperar pela resposta, Pedro se adiantou e atacou um homem chamado
Malco, um servo do sumo sacerdote.
5. Um galo que canta (Lc 22:54-62): A essa altura, Pedro começou a
praguejar ejurou não conhecer Jesus nem saber do que estavam falando.
Então, o galo cantou novamente, e as palavras de Jesus se cumpriram.
6. Um trono glorioso (Lc 22:63-71): Jesus chamou a si mesmo de
"Filho do Homem", um título messiânico encontrado em Dn 7:13, 14:
Também afirmou ter o direito de assentar-se "à direita do Todo-Poderoso
Deus", uma referência clara ao SI 110:1, outra passagem messiânica".

Livro: Comentário Biblico Expositivo:Novo Testamento: volumel (Warren W. Wiers-

be, Santo André, SP: Geográficaeditora, 2006. Págs. 348-352).


Estudada em /-

Leitura Biblica Para Estudo


LIÇÃO 11
Lucas 22.1-23

Verdade Prática
LUCAS 22 A ceia é a celebração da Nova
Aliança que devemos proclamar
ÚLTIMA CEIAEA até que Jesus volte.

PRISÃO DE JESUS
INTRODUÇÃO

.TRAIÇÃO,PÁSCOAE CEIA
Lc22.1-23
1. A influência satânica Lc 22.3
Texto Aureo 2. Ceiada Páscoa Lc 22.8
à
"Chegada a hora, pos-se Jesus 3. Ordenança da Ceia do Senhor Lc22.18
E
mesa, e com ele os apóstolos.
disse-lhes: Tenho desejado ansio-
I. OS ÚLTIMOS DIAS Lc 2224-38
samente comerconvosco esta Pás-
1. Os disputam entre si

coa, antes do meu sofrimento.


discipulos

Lucas 22:14-15 Lc 22.24


2. A negação de Pedro é profetizada
Lc 22.31

3. Novas diretrizes Loc 22.36

II. AGONIA NO GETSÊMANI


Lc 22.39-71

1. Tormento e perseverança Le 22.43-44

2. Prisão
de Jesus e Pedro o nega Lc 22.61
3. O Sinédnio: primeiro julgamentoLc 22 66

APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário

Lc LC Lc Lc Lc Lc
22.13 22.19 22.20 22.22 22.26 22.40

Hinosda Harpa: 301 -12


Lição 11-Lucas 22:Ultima Ceia e a Prisão de Jesus

INTRODUÇÃO 2. Ceia da Páscoa (Lc 22.8)


Jesus, pois, enviou Pedro eJoão, di-
Nesta lição, trataremos acerca zendo: Ide preparar-nos a Páscoa
das últimas horas antes de Jesus para que a comamos.
ir ao calvário. Lucas O relato sobre a ceia de Páscoa
apresenta de-
completo em Lucas que em
talhes importantes e é mais
singulares
a respeito do que ocorre desde a Mateus e Marcos. O Evangelho Lu-
conspiração para matar Jesus até o cano relata que Pedro e João são
primeiro julgamento em um enredo enviados adiante a fim de fazer os
a ce-
marcado por grande tensão e dra- preparativos necessários para
maticidade. lebração da Páscoa. Esses discípulos
foram atrás de um sinal: um homem
carregando um jarro de água.
Pou-
I. TRAIÇO, PÁSCOA E
CEIA (Lc 22.1-23) cos homens gostavam de serem vis-

tos em público fazendo um trabalho


1. A influência satânica (Lc22.3) tipicamente feminino, na época.
uma
Ora, Satanás entrou em Judas, cha- Essa, portanto, orientação
foi

mado Iscariotes, que era um dos específica de Jesus, o qual mandou


os discípulos seguirem aquele ho-
doze
Os primeiros versículos nos mem até sua casa e solicitarem aao
mostram uma conspiração para proprietário uma sala em que o Se-
mas sem nhor pudesse participarda refeição
prendere matar Jesus,
- com seus amigos.
provocar um tumulto fato que foi

resolvido com a traição de Judas Tudo se deu exatamente como


os sinóticos informam Mestre havia anunciado. Afinal,
Enquanto
Jesus controla tudo com firmeza e
que o traidor foi um dos doze,
Lu-
entrou no sabedoria, antevendo e executan-
cas, enfatiza que Satanás
e se apoderou dele para tal do em detalhes cada ação de seu
traidor
em linguagem assus- ministério.
ato revelando,
tadoramente direta, a verdadeira
3. Ordenança da Ceia do Senhor
fonte dessa ação maldosa (Ef6.12).
Porém, apesar da ação satâni (Lc 22.18)
em
culpado e responsável
foi pois vos digo que, de agora
ca, Judas
Note-se diante, não mais beberei do fruto
(Jo 12.4-6; At 1.16-20).
o seu cha- da videira, até que venha o reino de
que, quando relatado
o Deus.
mado ao ministério, Espírito
Santo fez questão de registrar ao "Chegadaa hora" (Lc22.14),
lado do nome de Judas os seguin- de comer o cordeiro pascal, ao
à mesa
tes complementos: "que foi quem pôr-do-sol, Jesus pôs-se
e
o traiu" (Mt 10.4) "que se tornou com os seus doze apóstolos.
Cristo deixa claro que ansiava
traidor"(Lc 6.16).

66
de Jesus
Lição 11-Lucas 22: Utima Ceia ea Prisão

discípulos se envolvem
em uma
comer a Páscoa com Seus discípulos
discussão carnal, movida por an-
antes de Seu sofrimento. De fato, Je-
humana e dolorosa e mundanos. O co-
sus sentia uma seios egoístas

ansiedade por estes preciosos últi- ração humano, de fato, é enganoso


mos momentos de comunhão com e desesperadamente corrupto (r
os companheiros a quem amava, 17.9)
antes quea morte oseparasse deles. O Senhor deseja que seus dis-

dos reis
Ele também conhecia a importancia cipulos sejam diferentes
espiritual que este anoitecer teria e príncipes da terra. Quem de fato
a lgreja nos séculos futuros. for o maior no Reino de Deus, terá
para
Na ocasião, Jesus utilizou os de ser como o menor, cuja tareta
símbolos antigos para Ihes dar consiste em
servir (Lc 22.25-27).

um novo significado. Quanto ao O Senhor não apenas exige humil-


dade, mas a inspira através de
seu
pão, afirmou: "Isto éo meu corpo
oferecido por vós". Quanto ao cáli- próprio exemplo.
ce, disse: "Este é o cálice da nova
meu sangue derramado 2. A negação de Pedro é profeti-
aliança no
em favor de vós". Declarou tam- zada (Lc22.31)
bém: Fazei isto em memória de Simão, Simão, eis que Satanás vos
mim". 0
fato de que nessa mes- reclamou para vos peneirar como
ma mesa estivesse o traidor faz o trigo! (22.31)
drama mais trágico. Examinemos O versículo em apreço mostra
continuamente nossos corações a advertência de Jesus trazida a
(1Co 11.28). Ser arrolado como Pedro, o qual, tal como aconteceu
membro de igrejae participar de com de Satanás. O de-
Jó, era alvo
cultos não são prova de salvação. E sejo doinimigo era peneirar os
necessário ter vida santa e resistir discípulos como trigo. Essa metá
ao diabo (Hb 12.14; Tg 4.7). fora era defácil compreensão para
os apóstolos. Cirandar ou peneirar
II. OS ÚLTIMAS DIAS tem o fito de remover o joio ou os
(Lc 22.24-38) resíduos do trigo, ou seja, Jesus
revela o impiedosoe ardente de-
1. Os discipulos disputam entre si sejo de Satanás de expor Pedro ao
(Lc22.24) fracasso, acusá-lo de sua fraqueza
Suscitaram também entre si uma e fazé-lo naufragar na fé tão mise
discussão sobre qual deles parecia ravelmente a ponto de desistir do
o
ser maior. seu ministério por remorso seu
Apesar das impactantes lições e possível amargura dos demais
de amor e renúncia, recorren apóstolos (1Pe 5.8; 1Tm 1.19; Hb
temente ministradas 12.15).
por Jesus
através de palavras e ações, 0s Satanás não foi proibido de
Lição 11-Lucas 22: Ultima Ceia e a Prisão de Jesus

tentar Pedro, nem está impedido apóstolos tentam evitar a prisão


de nos tentar. Cristo, entretan- e morte de Jesus. Eles recorrem à
to, não é um espectador neutro espada para defender o Mestre e a
deste combate, pois temos a sua si mesmos; para resistirem ao po-

intercessão e a assistência celes- der pela violência; para agredirem


tial(Lc 22.32). 0
crente, mesmo à medida que fossem agredidos.
quando imerso nas mais duras ba- O amago da mensagem de Jesus
talhas, deve revestir-se de toda a é completamente mal entendido
armadura de Deus (Ef6.13-18) e por seus discípulos. Com o espíri-
permanecer fiel, sabendo que seu to do entusiasmo popular messiâ-

Senhor fortalece ao cansado e está nico, eles estão dispostos a pegar


semprevigilante (SI 121; Is 40.28 em armas, como dissera Pedro

31). momentos antes. Entretanto, Jesus


fica incomodado pela contínua fal-

3. Novas diretrizes (Lc22.36) ta de percepção espiritual de seus


Então, Ihes disse: Agora, porém, discipulos e encerra a discussão
quem tem bolsa, tome-a, como tam- abrupta e incisivamente: "Basta!".
bém o alforje; eo que não tem espa-
da, venda a sua capa e compre uma. 1.AGONIA NO
Quando Jesus enviou os doze, GETSEMANI (Lc22.39-71)
anteriormente, eles se beneficia-
ram da popularidade de seu Mes- Terminou a ceia da Páscoa.
tre. Nada lhes faltou, embora não Nesta seção, vemos o ministério
tenham levado provisões, tudo foi terreno de Jesus ser marcado pela
providenciado por um povo gene- traição de Judas seguida da prisão
roso e favorável. do Filho do Homem. Iniciam-se as
agora, uma grande mu-
Mas piores provações para Jesus e seus
dança está ocorrendo, já que, em discípulos.
vez da aclamação popular, o Mes-
tre está a poucas horas da cruz. 1. Tormento e perseverança
Seus discípulos compartilharão o Lc 22.43-44)
seu descrédito da mesma forma Então, Ihe apareceu um
anjo do
que compartilharam a sua popu- céu que o confortava. E, estando em
laridade. Além disso, dentro de agonia, orava mais intensamente.
pouco tempo, seus seguidores E aconteceu que o seu suor setor
deveriam partir sozinhos para le- nou como gotas de sangue caindo
var uma mensagem nem sempre sobre a terra..
popular a um povo muitas vezes Jesus saiu da sala e da cidade

grosseiro. para dirigir-se, segundo seu costu-


Por não terem compreendido a me, ao Monte das Oliveiras, lugar
essência do plano de salvação, os também conhecido de Judas (lo

68
Lição 11- Lucas 22: Ultima Ceia ea Prisão deJesus

cumbido de guardá-lo até à sessão


18.2).
Se o traidor não encontrasse
formal do Sinédrio. Aproveitaram
o Senhor no recinto da Páscoa, ele
sabia que o localizaria ali. Longe do a oportunidade para divertir-se
da cidade na noite da Páscoa, cruelmente. Entenderam que Ele
júbilo
era tido por profeta, de modo que
Jesus busca sossegoe concentração
Ihe vendaram os olhos e desafia-
ao ar livre, orando no local ao qual
se dirigira tantas vezes (Lc21.37). vam a dizer qual deles o espancava:
Há quem afirme que o fato de adivinha quem te
Agora, profeta,
ou-
Jesus ter necessitado de um anjo bateu desta vez!" Lucas não dá
celestial para fortalecê-lodeve ter tros pormenores, mas diz ainda que
aumentado seu senso de profunda a estas ofensas foram acrescentadas
humildade. E interessante saber muitas blasfëmias.
de chegar à casa do
que naquela época era costume Depois
as pessoas orarem em pe, mas na- sumo sacerdote, Pedro se senta
quele momento Jesus ajoelhou-se. junto a um grupo de pessoas que
Mateus escreve que Ele "caiu com se aqueciam ao fogo. Nessa at-
o rosto em terra" (Mateus 26.39), mosfera de comodidade, sua de-
isso porque o peso da angústia o terminação enfraquece e, quase
estava esmagando. Ali Ele supli- sem perceber, nega três vezes que
cou ao Pai que, se possível, pas- tenha qualquer relação com Jesus.
sasse aquele cálice, isto
aquelaé, Nesse momento, o cantar do galo o
terrívelexperiência iminente. lembra das advertëncias de Jesus.
Como médico, Lucas não deixa- Lucas é o único a acrescentar
ria de registrar o fato de Jesus ter que o Senhor se voltou para Pedro
expelido sangue pelos poros duran- eo fitou.O cantar dogalo e o olhar
te sua angústia.Esse raro fenômeno do Senhor suscitaram no apóstolo
físico se chama hematidrose, sua amargas lágrimas de contrição por
ocorrência está vinculada a circuns- sua tríplice negação. A intercessão
tâncias de estresse severo durante do Senhor para que sua fé não min-
as quais há o rompimento de finos guasse e seu olhar misericordioso
vasos sanguineos sob a pele. preservaram Pedro do desespero.

2. Prisão de Jesus e Pedro o nega 3.0 Sinédrio: primeirojulga


(Lc22.61) mento (Lc 22.66)
Então, voltando-se o Senhor, fixou Logo que amanheceu, reuniu-se a
os olhos em Pedro, e Pedro se lem- assembleia dos anciãos do povo,
brou dapalavra do Senhor, como tanto os principais sacerdotes como

Hoje, três vezes me ne-


Ihe dissera: o
Os escribas,e conduziram ao Siné-
garás, antes de cantar ogalo. drio,onde Ihe disseram.
Jesus, segundo parece, foi en- Os evangelhos não reúnem por-
tregue a um grupo de soldados in- menores acerca do julgamento de

69
Lição 11-Lucas 22 Ultima Ceia
ea Prisão de Jesus

Jesus, pois assim o quis o Espírito novamente afirmasse ser o Filho


Santo, que os inspirou. Mas, parece de Deus. Consciente do que esta-
claro que houve duas etapas princi- va por vir, o Senhor declara diante

pais.Primeiro, um processo judaico de todos: "Desde agora, o Filho do


instaurado pelos principaissacerdo- Homem estará sentado à direita do
tes para que Jesus fosse condenado Deus Todo-Poderoso".
de conformidade com a lei judaica; Têm-no como réu confesso e,
segundo, uma trama para construir como queriam, não precisam de
uma testemunhas, nem mesmo das
acusação suficientepara levar
os romanos a matá-lo. falsas que haviam conseguido
manobra era alegar,
A sessão da manh transcorreu (Mt 26.65). A
de forma semelhante à da noite. diante do tribunal romano, que Je-
Em ambas as ocasiöes Jesus é in- sus desafiava César, pois se decla-
Ele rava o verdadeiro rei de Israel.
terrogado, pois esperavam que

APLICAÇÃO PESSOAL mesa com


Quem dos sofrimentos de Cristo sentar-se-á à
participa
Ele novamente.

RESPONDA
O que levou Judas a trair a Cristo?
1)

2) O que levou os discipulos a disputarem entre si?

Que os judeus tinham contra Jesus ao levá-lo åàs autoridades romanas?


3) acusação

70
LIÇÃO 12
itLIÇÃOLUCAS 23:JULGAMENTO, MORTE E
SEPULTAMENTO DE JESUS
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição

é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

OBJETIVOos
ORIENTAÇÃO
PEDAGOGICA Declarar quea salvação nos foi

concedida pela graça.


Em Lucas 23 há 56 versos. Sugeri-
sacrifíciode Je-
mos começar a aula lendo, com to- .Declarar queo
dos os presentes, Lucas 23.44-55 (5 sus foi completo e santo.
a 7min.). salvação não é
comoguia de es- Declarar que a
A revista funciona
de obras humanas.
complementar, mas
tudo e leitura mérito

não substituia leitura da Bíblia.

O processo fraudulento que


levou Jesus à condenação mos- PARA COMEÇAR A AULA
ficaram
tra que as autoridades
diante Todos podem ficar sentados,
desconcertadas daquele
mas precisam obedecer ao coman-
que denunciou abusos religiosos,
curou doentes e pagou os devidos do "Deus mandou". A seguir, voce
impostos. Lucas faz questão de improvisa: "Deus mandou abrir a
mencionar as pessoas com quem Bíblia"; "Deusmandou ficarde pé'.

Solte os comandos cada vez mais


Jesus encontrou enquanto seguia
para o Calvário, pois foram tes- rápido e, quando já estiverem en-
temunhas tudo. Enquanto o
de volvidos, passe a dar ordens sem
Senhor agonizava, "o povo estava repetir o "Deus mandou". Todos
alie a tudo observava" (Lc 23.35). vão continuar fazendo o que não
Professor(a), mostre aos
irmãos foi ordenado
por Deus. Jesus obe-
deceu e por isso fomos salvos por
que muitos homens foram crucifi-
cados por Roma, mas somente Je- Ele. Cuidado para no repetirmos
sus entregou seu espírito por obe- o que todos fazem ao redore para
diência a Deus a fim de nos salvar não sermos enganados por nossas
Se alguém duvida disso, é bom sa- próprias escolhas.
ber que até um centurião romano
deu glória a Deus pela santidade RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO
1) V
do Cordeiro (Lc 23.47).
2) F

3) V
12-Lucas 23:Julgamento, Morte e Sepultamento de Jesus
Lição

LEITURA ADICIONAL

Não se sabe o que levou


Jesus teve de carregar sua cruz pessoalmente.
esse serviço.
OS soldados romanos a forçarem Simão de Cirene a prestar
A Escritura não diz que o Senhor teria sucumbido debaixo desse peso, e
Jesus.
tampouco informa que Simão teria manifesto sua simpatia por
Na grande multidão que acompanhava Jesus até o local de execução,
onde soldados romanos, comandados por um centurião, cumpririam a
mulheres que pranteavam o Senhor
sentença, havia também numerosas
em alta voz. O episódio aqui mencionado faz parte do material exclusivo
de Lucas. Neste local foi intercalado um belo aspecto de genuína huma
nidade. 0 evangelho de Lucas, que é o que mais se refere às mulheres
que estavam em contato com Jesus, narra aqui que o Senhor condenado
a morte na cruz ainda tinha uma palavra de compaixão pelas filhas de
Jerusalém.
As de comiseração feminina e humana das filhas de
manifestações
Jerusalém evidenciam claramente que os membros do Sinédrio e a mul-
tidão incitada, que expressavam com veemência a crucificaço de Jesus,
não deixaram que o verdadeiro sentimento do povo tivesse voz. Jesus viu
que a compaixão das mulheres não se referiana mesma medida aos dois
outros condenados, mas somente a ele. Por essa razão o Senhor não diz
"Não choreis por nós", mas: "Não choreis por mim!.A terrivel equipara-
ção dos três condenados aconteceu somente por meio da ação dos carras-
cos. Jesus dirige o olhar delas de si mesmo para o futuro delas por meio
da comovente palavra: "Chorai por vós mesmas e por vossos filhos!". Com
certeza trata-se de uma alusão à imprecação dos judeus (Mt 27.25), cujo
cumprimento também haveria de atingiros filhos dessas mulheres.

Livro: Evangelho de Lucas: Comentário Esperança (Fritz Rienecker; Curitiba, PR:


Editora Evangélica Esperança,2005. Pág. 297).
Estudada em

LIÇÃO 12 Leitura Bíblica Para Estudo


Lucas 23.44-55

LUCAS 23: Verdade Prática


Por amor, Jesus sofreu morte
JULGAMENTO,
cruel para que tivéssemos vida
MORTE E abundante.

SEPULTAMENTO DE
INTRODUÇÃO
JESUS
. OFILHo DO HOMEM NOS
TRIBUNAIS Lc23.1-25
1. O tribunal de Pilatos Lc 23.1-7
Texto Aureo
2. O tribunal de Herodes Lc 23.8-12
"O povo estava e a tudo obser
ali
3. A tentativa romana Lc 23.13-25
vava. Também as autonidades zom-
bavam e diziam: Salvou os outros;a
II. O FILHO DO HOMEM NA
si mesmo se salve, se é, de fato, o
CRUZ Lc 23.26-43
Cristo deDeus, o escolhido."
Lucas 23:35
1. O choro das filhas de Jerusalém
Lc 23.26-32
2. A crucificação Lc 23.33-38
3. Os dois malfeitores Lc 23.39-43

II. O FILHO DO HOMEM NOS


SALVOU Le 23.44.56

1. Nas tuas mãos entregoo meu


espirito! Lc 23.44-46

2. Este homem era justo Lc 23. 47-49


3. O sepultamentode Jesus Lc 23.50-56

APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário

Lc Lc Lc Lc Lc Lc
23.3 23.15 23.26 23.34 23.46 23.50

Hinos da Harpa: 291 39


71
Morte e Sepuiltamento de Jesus
Lição 12- Lucas23: Julgamento,

tenha fica-
INTRODUÇÃO naquela manh, Pilatos
do surpreso ao descobrir que ha-
Emtodo esse capítulo, Lucas viam colocado em suas mos um
a
enfatizará a fidelidade amorosa de caso de pena de morte, questão
ser resolvida justamente durante
Jesus, o justoque sofreu inocen-
temente; aquele que encarnou a a Páscoa." A repeito da realeza de
misericórdia de Deus entre os pe- Jesus, sabemos que Pilatos
o inter-
rogou em particular e que
estava
cadores e que nos amou atéo Seu
último suspiro. convencido de que o acusado não
cometera crime algum.

OFILHO DO HOMEM Fica claro que Pilatos não foi


mas re-
NOS TRIBUNAIS (Lc23.1-25) persuadido pelo Sinédrio,
cua da intenção de absolver Jesus,
a ira dos
Na época de a região da
Jesus, pois não queria provocar

Judeia estava sob domínio da auto- judeus pela absolvição de Jesus.


ridade romana, a quem cabia o po- Para esquivar-se, ele afirma que
é galileu e, por estava
der de decretar culpa ou inocência; Jesus isso,

vida ou morte. sujeito jurisdição de Herodes,


à

que,por ser ocasião da Páscoa, es-


1. O tribunal de Pilatos (Lc23.1-7) tava em Jerusalém.

Levantando-se toda a assembleia,


levaram Jesus a Pilatos. (23.1) 2. Otribunal de Herodes (Lc238-12)
vendo a Jesus, sobrema-
Agora, a acusação religiosa contra Herodes,
o Senhor transformou-se em acusa- neira se alegrou, pois havia muito

ção política, pois o Filho do


Homem queria vé-lo, por ter ouvido falar a
estava perante Pilatos. O Sinédrio seu respeito;esperava também vê-

informa a Pilatos que Jesus desafiou -lo fazeralgum sinal. (23.8)


a soberania de César em pelo menos Herodes tinha esperado encon-
trar-se com Jesus desde os dias de
(1) estava pervertendo a
tres coisas:
nossa nação; (2) estava proibindo o seu ministériona Galileia (Lc 9.9), e,

pagamento de tributo a César; (3) quando viu oSenhor, alegrou-se mui-


estava dizendo ser o Cristo, o Rei. E to, nãosomente porque tinha ouvido
a segunda acusação te- falar a respeito Dele muitas coisas,
provável que
nha derivado do mau entendimento mas esperava que Jesus Ihe revelas-

do que Jesus dissera a respeito de se sua identidade messiânica através


dar a César o que éde César e a Deus de um sinal. Contudo, Jesus nada lhe

oque é de Deus (20.25). respondia. Essa recusa em cooperar


Wiersbe nos fornece a seguinte sem dúvida encheu Herodes defru5
informação: "Os oficiais romanos tração e ira. Além disso, o ato de Pi-
normalmente começavam a tra- latos era cortesia política que viria a
balhar cedo, mas é provável que, reaproximá-los. Esse detalhe faz com

72
Lição 12-LUcas 23:
Julgamento, Morlee Sepultamernto de Jesus

que Herodes, por subserviência a Pi- povo a soltura de Jesus, conside


latos, também não
queira sentenciar rando o costume da festa da Páscoa.
Jesus (v. 12). Mas a multidão gritou: "Solta-nos
Entretanto, apesar da
expecta Barrabás!". Com isso, ficaram frus-
tiva das autoridades
judaicas, He- tradas todas as tentativas de liber-
rodes näo pronuncia um veredito tar Jesus levadas a efeito Pilatos.
por
de culpa, limitando-se a
participar
da violência e das zombarias
que II.
O FILHO DO HOMEM
seus soldados
praticaram contra NA CRUZ (Lc23.26-43)
Jesus. Assim, dois
governadores
da Palestina, Pilatos, da Judeia, e O relato da crucificação consis-
Herodes, da Galileia,por mais que te em três partes: (1) a caminhada
não mostrassem simpatia por até o local da crucificação (vv. 26-
Je-
sus, consideram-no inocente.
31), (2) a crucificação (vv. 33-38)
e (3) a história dos dois crimino-
3. A tentativa romana sos crucificados (vv. 39-43).
(Lc 23.13-25)
Então, pela terceira vez, Ihes per-
guntou: Que mal fez este? De fato, 1. 0choro das filhas de Jerusa-
nada achei contra ele para conde lém (Lc 23.26-32)
ná-lo à morte; portanto, depois de Porém Jesus, voltando-se para elas,
o castigar,soltá-lo-ei. (23.22) disse: Filhas deJerusalém, não cho-
Herodes devolveu Jesus a Pilatos reis por mim; chorai, antes,
por vós
sem tomar uma decisão judicial for- mesmas e por vossos filhos!(23.28)
mal, o que fez o governador retomar A caminho do Calvário, perso-
o processo. Lucas menciona os mo0-
nagens importantes surgem em
mentos principais desse inquérito cena, a exemplo de Simão, o Cire-
e, de sua síntese, descobre-se niti- neu, que foi forçado a carregar a
damente que Jesus foi condenado à cruzde Cristo (Lc 23.26). Lucas
morte sendo totalmente inocente. O também confere destaque a pie-
que Pilatos realizara até aquele ins- dosas mulheres que, muito emo-
tante fora positivo sob três aspectos: cionadas, acompanhavam a sofri-
a) ele empreendeu uma investigação da caminhada de Jesus.
minuciosa; b) declarou solenemente William Hendriksen nos infor-
a inocência de ma que "naquela grande multidão
Jesus; c) prosseguiu
num tråmite lícito em busca de mais que seguia após Jesus havia mulhe-
informações. Vemos que,por três ve- res que sentiam profunda dor pelo
zes, Pilatos tentou comunicar a ino- Mestre. Talvez fossem membros de
cência do Senhor aos superiores ju- uma sociedade caritativa femini-
deus, mas com a obstinada rejeição na de Jerusalém. Enquanto Jesus
de suas propostas. prosseguia com grande dificulda-
Por último, Pilatos oferece ao de, elas, observando sua fisionomia

73
Lição 12-Lucas 23:Julgamento, Morte e Sepultamento de Jesus

desfigurada pela dor, seu aspecto nome aramaico Gólgota; b) o vinho


totalmente esgotado, pranteavam. misturado com mirra; c) a hora; d)
O coração delas estava tomado de as pessoas que balançavam a cabe-
genuína compaixäo. Aliás, batiam ça; e) e o desafioa respeito de Jesus
no próprio peito e o lamentavam." destruir o templo e reconstruí-lo.
As palavras de Jesus soam como As autoridades do povo judeu
um peso aos ouvidos destas mulhe- e até os soldados romanos zomba-
res, pois o Filho do Homem descre- vam de Jesus, todos o ridiculariza-
ve a elas parte do horror vam dizendo que, se verdadeira-
que sobre-
virá aos habitantes de
Jerusalém. mente fosse o Messias e o Rei dos
Os dias seriam tão maus que, den- Judeus, que salvasse a si próprio.
tre as mulheres, as estéreisseriam Finalmente a oposição assassina
bem-aventuradas, pois não teriam obteve sucesso em seu plano de
outras bocas para alimentar dar um fim em Jesus (Lc 19.47-48).
du
rante a fome que desgraçaria a ci- Puseram a inscrição "Este é o Rei
dade sitiada; mulheres seriam
tais dos Judeus" no alto da cruz, como
poupadas da tristeza de ver seus insulto final. Apesar da crueldade

filhos morrerem na destruição da das circunstâncias, essa inscrição,


cidade. Seriauma experiência tão lavrada com nítida intenção jocosa,
pavorosa que as pessoas pediriam acabou por anunciar, publicamen-
a morte, para dar um ponto-final te, a preciosa e profunda verdade

ao seu sofriment0; seria o cumpri da identidade messiânica de Jesus.


mento das palavras profetizadas
em Oseias 10.8. A palavra final de 3. Os dois malfeitores(Lc 23.39-43)
Jesus é proverbial e provavelmente Um dos malfeitores crucificados
que, se Deus permite tão blasfemava contra ele, dizendo:
significa
o Cristo? Salva-te a
grande desastre como a morte do Não és tu ti

seu Filho inocente, quanto mais se- mesmo e a nós também. (23.39)
vero será o desastre sobre a Jerusa- De acordo com Marcos 15.32,
lém cheia de culpa? os criminosos que foram crucifica-
dos com Jesus também o ridicula
2. A crucificação (Lc 23.33-38) rizaram, porém, a versão de Lucas
é singular pelo fato de apresentar
Quando chegaram ao lugar cha-
mado Calvário, ali o crucificaram, a conversa entre Jesus e um dos
Mediante essa cena,
bem como aos malfeitores, um à di- criminosos.

reita, outro à esquerda. (23.33)


ficamos sabendo que, em determi
Levaram Jesus para um lugar nado momento, um dos crimino-
chamado e ali o crucifica-
Caveira sos repreendeu o outro pelo fato

ram, juntamente com dois crimi- de este aderir aos insultos a Jesus.
Em seguida, o arrependido
as-
nosos. Lucas omite muitas das mi-
núcias relatadas por Marcos: a) o sume e confessa sua culpa, pois pas

74
Lição 12- Lucas 23: Julgamento, Mortee Sepultamentode Jesus

sou a reconhecer Jesus como Seu não; (4) Finalmente, a exclamação


Salvador.Ao contrário de todos que do soldado romano logo após a
haviam condenadoo Senhor àmor- morte de Jesus é diferente.
mãos
rer como um criminoso, ele atestou A frase "Pai, nas tuas
a total inocência do crucificado. entrego o meu espírito!" é profun-
damente indica
Quando todas as vozes se juntavam significativa,pois
contra Jesus, a declaração amena de que o Salvador morreu o único
satisfa-
que Ele era inocente, especialmente tipo de morte que podia
porque vinda da boca de um malfei- zer a justiça de Deus para salvação
deve suscitarnossa admiração.
tor, dos homens. Tinha de ser um sa-
Jesus, que na cruz perseverou crifício voluntário eo próprio fato
calado diante de todos os escár- de Jesus pronunciar estas palavras
nios, não deixou o pedido do cri- em alta voz também revela que Ele
minoso sem resposta. dera sua vida de bom grado e vo-
Diante da admirável fé reve- luntariamente.

lada, Cristo garantiu-lhe gozo o


da sua gloriosa presença naquele 2. Este homem era justo
mesmo dia, no paraíso. Como se (Lc 23.47-49)
vê, a salvação é pela graça, por Vendo o centurião o que tinha
meio da fé em Jesus. Logo, nao tem acontecido, deu glória a Deus, di-
nada a ver com nossas obras e mé- zendo: Verdadeiramente, este ho-
ritos (Ef 2.8). mem erajusto. (23.47)
A singularidade de Jesus na cru
II. O FILHO DO HOMEM cificação foi tão impactante que até

NOS SALVOU (Lc23.44-56) mesmo um soldado romano, que


não compartilhava a fé judaica,reco
1. Nas tuas mãos entrego meu nheceu a justiça do Senhor. Quanto
espírito (Lc23.44-46) ao povo em geral,houve uma mistu-
Então, Jesus clamou em alta voz: ra de surpresa e temor que os levou
Pai, nas tuas mãos entrego o meu a bater no peito em sinal de pesar e,
espirito!E, dito isto, expirou. (23.46) possivelmente, arrependimento.
Há quatro diferenças dignas de Por fim, quanto àqueles que
nota entre a narrativa de Lucas e, conheciam e seguiam Jesus, in-
por exemplo, a de Marcos: (1) Em cluindo mulheres, permaneceram
Marcos, o véu do templo se rasga ali, testemunhando o sofrimento e
depois da morte de Jesus, mas em a morte de seu Mestre.
Lucas ele se rasga antes de sua Embora em angústia e tristeza,
morte; (2) Lucas omite o clamor sua presença demonstra lealdade
de Jesus, que se vê abandonado,
exemplar. A vida crist vitoriosa
conforme Marcos; (3) Lucas 23.46 consiste em seguirJesus sob quais-
faz alusão a Salmos 31.5 e
Marcos, quer circunstâncias (Hb 12.2).
Morte e Sepultamento de Jesus
Lição 12-Lucas 23: Julgamento,

3. 0 sepultamento de Jesus rependimento e


pela proclamação
o reino. Esse
(Lc 23.50-56) posterior de Jesus para
e, tirando-o do madeiro, envolveu-o homem era membro do Sinédrio,
num lençol de linho, e o depositou mas não tinha consentido no julga-
o
num túmulo aberto em rocha, onde mento de Cristo e, tendo obtido
consentimento de Pilatos para reti-
ainda ninguém havia sido sepulta-
do. (23.53) rar da cruz o corpo do Senhor, deu-
relato de Lucas sobre -Ihe uma sepultura adequada.
Segue-seo
Diferentemente maioria da
o sepultamento de Jesus, que foi fei-

to de forma abreviada por José de dos crucificados, cujos cadáveres

Arimateia, homem descrito como eram atirados numa cova comum,


bom e justo e que, à semelhança de Jesus foi colocado num sepulcro

Simeão, esperava o reino de Deus. cavado em uma rocha, onde nin-


Ao descrevê-lo dessa maneira, o guém ainda havia sido sepultado.
houvesse sofrido morte
Embora
evangelista está querendo dizer que
José teve simpatia pela pregação vergonhosa, seu sepultamento foi
anterior de João Batista para o ar- assemelhado ao de um Rei.

APLICAÇÃO PESOAL
Todos os dias nossa deve ser um sinal de que o sacrifício de Je-
vida
sus nos libertou da condenação.

RESPONDA
Marque "V"para a opção verdadeira e "F" para opção falsa:

1) Fica claro que Pilatos não foi persuadido pelo Sinédrio, mas recua da intenção de absolver

Jesus, pois não queria provocar a ira dos judeus pela absolvição de Jesus.

2) A caminho do Calvário, personagens importantes surgem em cena, a exemplo de Simão


Pedro, o Cireneu, que foi forçado a carregar a cruz de Cristo.

3) A singularidade de Jesus na crucificação foi tao impactante que até mesmo um soldado

romano, que não compartilhava a fé judaica, reconheceu a justiça do Senhor.

76
LIÇÃO 13
LUCAS 24: NÓS SOMOS TESTEMUNHAS
DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DOPROFESSOR
Afora o suplementodo professor, todo oconteúdo de cada lição
elgual para alunose mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃo OBJETIVOOs
PEDAGOGICA Afirmar continuamente a ressur-
Em Lucas24 há 53versos.Sugeri- reição de Jesus, até que Ele volte.
mos começar a aula lendo, com to- Compreender que a ressurrei
dos ospresentes, Lucas 24.29-53 (5 ção é cumprimento do que fora
a 7min.). anunciado.
Arevista funciona comoguia dees- Anunciar que Jesus vai voltar,

conforme prometeu.
tudo e leitura complementar, mas
não substituia leiturada Bíblia.
Desde o início do seu evan- PARA COMEÇAR A AULA
gelho, Lucas atua como um his-

toriador sustentado por fontes esta aula, vai uma su-


Para
verificadas. Agora que o Senhor gestão: escolha um voluntário e
ressuscitou, não seria diferente. ponha nele uma venda. Depois,
As mulheres testemunharam s0 coloque diante dele palavras
bre o que viram: o túmulo vazio. como "condenação" e "idolatria"
Os discipulos que iam para Emaús noutras folhas de papel, palavras
também toram testemunhas ocu- como "santidade" e "salvação".
lares de Jesus ressuscitado. Sabe Agora ele terá que fazer suas es
mos que muitos ainda não creem, colhas e ir trocando por outras
não é, professor(a)? Assim como até tomar sua decisão final. A
Jesus mostremos aos desa-
fez, ideia é mostrar que a
cegueira
nimados que tudo ocorreu como espiritual
- como a dos discipu-
profetizado. Ora, isso nos dá a cer- los na estrada de Emaús gera
teza deque novamente as promes- escolhas erradas. Qual a solução?
sas serão cumpridas. Portanto, o Jesus usou as Escrituras para en-
Senhor voltará como disse. Preci sinar-lhes a verdade.
samos avançar em conhecimento
RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃo
biblico para que os "ensinos de
demónios" (1Tm 4.1) não nos en- 1) Maria Madalena,Joana eMaria, mle de Tago

ganem a ponto de não crermos no 2)Eles nao criam que Jesus rossuscitaria

retorno do Senhor. 3)Alguém que relata oom sinceridade oque


viu e ouviu
de Jesus
Lição 13-Lucas 24: Nós Somos Testemunhasda Ressurreição

LEITURA ADICIONAL

A morte na cruz, a "maior tragédia da história universal, não foi o fim


da existencia terrena de Jesus, mas sua gloriosa ressurreição e ascensão
constituíram o coroamento final de sua vida e atuação. Enquanto o Se-
nhor pendia da cruz, muitas pessoas observaram sua humilhaçãoe seus
e
padecimentos. Muitos ouviram seus lamentos, vários contemplaramo
momento em que inclinou a cabeça e expirou! A ressurreição do Senhor,
porém, foi vista somente por anjos.
Todos os quatro evangelhos são idênticos na informação de que cedo
na manhã da Páscoa, as mulheres da Galileia foram até a sepultura, en-
contrando aberta a sepultura e ouvindo dos lábios de anjos a mensagem
da ressurreição do Senhor,e que o ressuscitado apareceu a essas mulhe-
res e a Maria Madalena. As variações dos diversos relatos acerca desses
fatos referem-se täo somente a momentos secundários. Significativa é a
circunstância de que Mateus apenas de uma aparição do Ressuscitado
fala

(cf. Mt 28.1-10); Marcos


descreve em seu anexo três aparições (Mc 16.9-
na Galileia, mas
20); Lucas não fala denenhuma aparição de aparições em
Jerusalém; João menciona três aparições, uma no grupo dos discípulos
reunidos em Jerusaléme outra na Galileia (Jo 21).
A apresentação das histórias da ressurreição e ascensão no evangelho
de Lucas restringe-se integralmente ao aspecto principal. Na descrição
do sepultamento não há nenhuma menção à pedra que selava a sepultu-
ra. As mulheres, que vieram a sepultura, encontraram a pedra removida

(Lc 24.2). Lucas relata as duas aparições, que eram particularmente apro-
priadas para alicerçar a convicção da ressurreição de Cristo.Corresponde
inteiramente ao plano de seu evangelho transmitir aos gentios cristãosa
certeza histórica acerca dos fatos da salvação.

Evangelho de Lucas (RIENECKER. Fritz.


Livro: Editora Evangélica Esperança,2005
Curitiba-PR. Pág. 302).
Estudada em //
Para Estudo
LIÇÃO 13 Leitura Bíblica
Lucas 24.29-53

Verdade Prática
LUCAS 24:k Jesuspagou o preço dos
nossos

pecados e ressuscitou. Seu plano


NOS SOMOS do Espirito Santo,
é que, cheios
TESTEMUNHAS DA sejamos suas testemunhas.

RESSURREIÇÃO DE
INTRODUÇÃO
JESUS
I. ELE RESSUSCITOU Lc 24.1-12
1. frustrado Lc 24.1-5
Propósito

2 Amensagem da ressureição
Lo 24.6-11

Texto Aureo 3. Pedro no sepulcro Lc 24.12


"Vós sois testemunhas destas
Coisas. Eisque envio sobre vós I. O CAMINHO DE EMAÚS
a promessa de meu Pai" Lc 24.13-35
Lucas 24.48,49
1. Não reconheceramJesus Lc 24.13-17

2. O diálogo com Jesus Lc 24.18-27

3. Os discipulos reconhecem Jesus

Lc 24.28-35

II. VÓS SOIS TESTEMUNHAS


DESTAS COISAS Lc 24.3653
1. Surpresos e atemorizados Lc 24.36-43

2. Poder para testemunharLc 24.44-49

3. Ele foi elevadoao céu Lc 24.50-53

APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário

LC Lc LcLc Lc Lc
24.1 24.5 24.19 24.27 24.36 24.45

Hinos da Harpa: 545 - 48

77
Lição 13- Lucas24:Nós Somos
Testemunhasda
Ressureiçãode Jesus

INTRODUÇÃO A
pedra do tumulo estava
re-
movida, por isso as
Se o ministério de mulheres en-
Cristo ter traram em busca do
minasse na cruz, morreriam com Mestre,mas
não o acharam. Por
Ele as que a pedra
promessas, as profecias e a foi removida? Para
esperança de salvação para a hu- permitir Jesus
sair do A pedra foi
manidade. Todavia, Cristo ressus- sepulcro? Não!
removida para as mulheres eos
citou e isso prova que de fato Ele é ou-
tros entrarem e verem
o Filho de Deus, Seu que Ele não
sacrificio pelo estava mais lá. Havia
foi ressuscitado.
pecado aceito diante
de Deus, Não havia ninguém no
sepulcro.0
garantindo, assim,a salvação de to- sábado da morte foi sucedido
dosaqueles que Nele creem. pelo
domingo da vida.
São relatos exclusivos de Lucas
neste capítulo:o
aparecimento deJe- 2. A mensagem da ressurreição
sus ressuscitado a dois
discípulosno (Lc24.6-11)
caminho de Emaús (24.13-35);as ú-
Quando disse:
Importa que o Filho
timas palavras de Jesus sobre
poder do Homem seja entregue nas mãos
para testemunhar (24.44 49); a bên- de pecadores, e seja e
crucificado,
ção e ascensão de Jesus (24.50-53). ressuscite no terceiro dia.
(24.7)
Enquanto Maria Madalena ca-
I. ELE RESSUSCITOu minhava para a cidade,suas compa-
(Lc 24.1-12) nheiras entraram timidamente no
túmulo e "eis que pararam junto de-
1. Propósito frustrado (Lc24.1-5) las dois varões, com vestidos resplan-
E encontraram a pedra removida decentes. O fato de Lucas escrever

do sepulcro; mas, ao entrarem, não o termo "varões" demonstra que os


acharamo corpo do Senhor Jesus. mensageiros celestiais, quando em
missão na apresentam-se na
terra,
(24.2-3)
Lucas faz questão de dar nome forma humana, falando a língua dos
às mulheres que voltaram ao se- homens (Gn 18.1-2,13; 19.2,5).
pulcro de madrugada para ungir o "Por que buscais entre os mortos

Senhor (Lc24.10).Eram Maria Ma- ao que vive?. Esta foi a pergunta


dos anjosa elas, evidenciando e
dalena, Joana e Maria, mãe de
Tia-

go; também as demais que


estavam Jesus é a essência da própria vida

com elas confirmaram estas coisas Jo 6.35) ea morte não pödedetë


aos apóstolos. E válido pontuar que -lo (At 2.24). As mulheres, agora,
estavam não sÓ para
elas,se quisessem, não precisavam preparadas
voltar àquele local, mas resolveram Ouvir grande mensagem da Pás-
a
as primei-
terminaro que já tinham começa- coa, também para serem
do
do e, por isso, tiveram uma surpre- rastestemunhas das boas novas

sa da parte de Deus. Cristo ressurreto.


13- Lucas 24: Nós Somos Testemunhasda Ressurreição de Jesus
Lição

3. Pedro no sepulcro (Lc24.12) esperança de que Jesus libertaria

fato
Pedro,porém, levantando-se, correu Israel(Lc 24.21) fora frustrada,
ao sepulcro. E, abaixando-se, nada que impedia de perceberem que Je-
mais viu, senão os lençóis de linho; sus nunca havia os abandonado e
e retirou-se para casa, maravilhado estava bem ao lado deles.
do que havia acontecido. (24.12) Mas o que impedia os dois dis-
de reconhecê-lo? Primei-
Os discipulos receberam a no- cipulos
tícia como fantasia ou invencioni- ro, porque a ressurreição operara
ce. A expressão que ocorre
leros, misteriosa mudança na pessoa de
somente aqui no Novo Testamen- Jesus, de modo que as pessoas po-

to, significa o mesmo que "tolice, diam olhar para Ele sem reconhe-
"fofoca" ou "mentira". Parece que cê-lo imediatamente. Em segundo
todos os onze apóstolos considera- lugar, os dois discípulos
não cre
ram essas mulheres loucas. Toda- ram que Ele vivia e, por causa do
via, elas não sedeixaram perturbar ceticismo, não esperavam vë-lo.
pela incredulidade dos apóstolos, Em terceiro lugar, seus olhos esta-
mas levaram a boa nova aos outros. vam impedidos e seu coração esta-
Disseminaram sem cessar o evan- va tomado de profunda tristeza.

gelho da ressurreição de Cristo.


2. O diálogo com Jesus(Lc 24.18-27)
Segundo Lucas, nesse contexto,
Pedro correu até o sepulcro e viu Então, lhes disse JesusS: O néscios e
os lençóis, o que o deixou perplexo. tardos de coração para crer tudo o
Mesmo tendo falhado com o Mes- que os profetas disseram! (24.25)
tre, resolveu crer na palavras das Jesus, a partir de agora, revela-
mulheres e ir ao sepulcro. -lhes as Escrituras enquanto cami-
nhava junto a eles, pois os judeus
II. O CAMINHO DE não tinhamo entendimento de que
EMAUS (Lc24.13-35) o Messias deveria morrer e ressus-
citar antes de vir em glória consu-
1. Não reconheceram Jesus mar as demais profecias. Ele con-
(Lc24.13-17) duziu os discípulosà Lei, aos Salmoss
Os seus olhos, porém, estavam como e aos Profetas,reunindo várias pro-

que impedidos deo reconhecer:(24.16) feciasconcernentes ao Messias, jun-


Os dois homens que estavam tando-as de forma a produzirem um
indo deJerusalém para Emaús eram retrato de si mesmo.

discípulos que se encontravam Ainda que não reconhecessem ali


desanimados com a morte de seu o Mestre, o poder de Sua mensagem
Mestre. Eles tinham ouvido os rela- não passou despercebido. A prega-
tos das mulheres de que o tumulo em Cristo e nas Escri
ção centrada
estava vazio e de que Jesus estava turas é impactantee constrange os
VIvo, mas não creram, porque sua corações de Seus ouvintes (24.32).

79
13-Lucas 24: Nós Somos Testemunhasda Ressurreição
de Jesus
Lição

3. Os discípulos reconhecem Enquanto Cleopas e seu ami-


Jesus (Lc 24.28-35) go estavam contando sua história
então, se lhes abriram os olhos, e o aos onze discípulos, o próprio Jesus
reconheceram; mas ele desapareceu aparece no meio deles e os saúda da
da presença deles. (24.31) seguinte forma: "Paz seja convosco"
Ao chegarem ao destino, como Essa era uma saudação judaica nor-
um gesto cortês, os dois discípulos mal, mas a ocasião dava-lhe impor-
convidaram Jesus a permanecer tante significado. 0 aparecimento
com eles para o jantar: 0 pão era co- repentino do Senhor ressurreto no
mumente partido durante a oração meio deles deve ter sido um susto,
a ponto de acharem que estavam
deações de graças antes deuma re
feição, por isso Cristo o partiu e deu vendo um fantasma. Todavia, Jesus
a eles. Alguma coisa na ação desper- transformou um cumprimento usual
tou uma lembrança, ou talvez agora em bálsamo a corações perturbados.
vissem as marcas dos pregos nas Agora, Jesus passa a acalmar e
maos de Jesus pela primeira vez. consolar os discipulos. Primeiro,
Ao ser reconhecido, Jesus desa- perguntou a razão pela qual estavam
pareceu da presença deles, pois sa- perturbados e a causa de suas dúvi-
bia que agora estavam convictos da das. O convite para que o tocassem
Sua ressurreição,e que Sua presen- e a referência à carne e aos ossos
ça fisica não era mais necessária. O demonstram que o corpo ressurre-
reconhecimento de Cristo deu-lhes to tinha aspectos físicos e materiais.

energia e eloquência renovadas. Tor- "Vede asminhas mãose os meus pés"


naram-se testemunhas alegres das éum convitepara olharem asmarcas
boas novas, ou seja, a reação imediata de suas feridase concluírem que, de
deles foi a de compartilhar a mensa- fato, era Ele mesmo quem estava ali,

gem com os seus irmãos. Apressa- diante deles. Por fim, Jesus dissipou
ram-se em chegar ao lugar de reu- todo ceticismo ao pedir alimento e
nião dos apóstolos e contaram "como comer à mesa com eles.
deles foi conhecido no partir do pão.
2. Poder para testemunhar
Il.VÓS SOIS (Lc24.44-49)
TESTEMUNHAS Eisque envio sobre vós a promessa
DESTAS COISAS de meu Pai; permanecei, pois, na ci-
(Lc24.36-53) dade, até que do alto sejais revesti-
dosde poder. (24.49)
1. Surpresos e atemorizados Uma testemunha é alguém que
(Lc24.36-43) relata com sinceridade tudo o que
Eles, porèm, surpresos e atemori- viu e ouviu.
zados, acreditavam estarem vendo Jesus diza seus discípulos que
um espírito(24.37). são testemunhas dessas coisas.

80
Lição 13- Lucas 24: Nós Somos Testemunhasda Ressureiçãode Jesus

de todo o Seu na verda-


São testemunhas pois não somente instrui

ministério público, Sua paixão, e de aos discipulos,como os capacita

a proclamá-la. Esta é uma caracte-


agora, mais importante ainda, de
sua ressurreição. Os discipulos de- rística do Cristianismo: à palavra
do acrescentam-se os dons ea
verão tornar-se proclamadores escrita

e do perdão de autoridade. A Palavra eo Espírito


arrependimento
pecados. 0 minístério deles deve cooperam e concordam entre si.
rá ser ativo,que chegue a alcançar A ressurreição de Cristo possibi-

todas as nações. No entanto, esse litou amensagem de arrependimen-


ministério ativo só poderá ser de- to e perdão, e impös aos Seus segul-

sempenhado pelo poder que vem dores que pregassem o Evangelho


de cima; e Jesus instrui Seus discí- ao mundo inteiro - tornou-se dever
tazer da salvação uma realidade. O
pulos, prometendo-lhes que desse
de ser pregado a
poder hao de ser revestidos. Esse Evangelho tinha
era pri-
poder, vem do Espírito Santo. partir de Jerusalém, porque

Lucas é conhecido como"evange meiramente para os judeus, e era na-


Iho do Espírito Santo", pois fala sobre tural que os discípuloscomeçassem
Espírito Santo do começo ao fim, onde viviam. Nossa "Jerusalém" é o
lar, a fäbrica, a igreja local,
nossa pro-
mais do que qualquer outro evange-
lista, formando um vínculo de conti- pria cidade. Os que testificam
com
nuidade tanto no ministério de Jesus sucesso em"Jerusalém" terão suces-
so "até aos confins da terra'. Os que
quanto na vida da igreja primitiva.
Por que a "promessa de meu fracassam em
seu lugar de origem

Pai'? Porque Deus já prometera o provavelmente fracassarão quando


derramamento universal do Seu chegarem "aosconfins da terra'".
Espírito (01 2.28). Jesus, em nome
do Pai, reafirmou a promessa (Jo 3.Ele foi elevado ao céu
7.37-39; 14.16). (Lc24.50-53)
Que poder é este? Eo
que pos- Aconteceu que, enquanto os aben-
sibilitará ao cristão sertestemunha çoava, ia-se retirando deles, sendo
e conquistar o mundo. Títulos ofi- elevado para o céu. (24.51

ciais-apóstolos, evangelistas,pas A ascensão foi um término e um


tores e mestres, sem o revestimen- início: o término da vida e minis-

to do poder divino,não funciona. 0 tério terrestres de Jesus e o início


mundo será evangelizado por ho- de Seu ministério celestial, atra-
mens que são do Espí-
revestidos vés dos Seus discípulos. Jesus veio
rito Santo, sabedoria, amor e zelo. ao mundo através de milagre; era
Deu-lhes o Mestre mais que muito apropriado que também o
instrução; transmitiu-lhes também deixasse de modo milagroso.
autoridade. Cristo difere neste as A vida do Salvador foi uma con-
pecto dos professores humanos, tinuidade de bênçãos, e seu último

81
Lição 13-Lucas 24: Nós Somos Testemunhasda Ressurreição de Jesus

ato na terra tinha de ser abençoar colocará em situação de não preci-


os Seus seguidores. Semelhante a sarmos mais do templo, adoração,
um pai de familiaque, antes de sair oração e Bíblia. Realmente, quanto
de casa, sempre abençoa os seus fi- mais maravilhosa a experiència,
Ihos;assim também é Jesus. No mo- tanto mais
graça precisaremos
mento de voltar ao Céu, abençoou conservar-nos humildes!
para
os apóstolos, e esta bênção perma- O modo por que Lucas encerra
nece sobre a lgreja até a Sua volta. seu evangelho indica que ja havia
Depois da maravilhosa expe- planejado uma sequência. Os dis-
riência de contemplar o Cristo
res cipulos säo deixados em Jerusalém,
surreto, e de receberem a bênção à espera. Não estão engajados em
na ascensão, os discípulos pode- seu ministério apostólico de evan-
riam ter pensado: "Depois de uma gelização.Tal ministério não se ini-
experiência tão gloriosa, não será ciaria com todo o fervor enquanto o

necessário orar muito. Já chegamos Espírito não sobreviesse. Enquanto


a Ele". Ao contrário, porém, "esta- houver um Cristo vivo, o Evangelho
vam sempre no templo, louvando será pregado; e onde se pregar o
e bendizendo a Deus". Nenhuma Evangelh0, haverá pessoas salvas.
experiência, por mais gloriosa,nos

APLICAÇÃO PESSOAL
Sema ressurreição de Jesus não haveria Cristianismo nem boas no-
vas. Por causa dela temos esperança e
garantia do poder deDeus para
testemunhar.

RESPONDA
1) Quem são as mulheres que foram de madrugada visitaro sepulcro de Jesus?

a caminho de Emaús não reconhecerama Jesus?


2) Por que os dois discipulos

3) Segundo Lucas, o que é uma testemunha?

82
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MARCOS LUCAS JOÃO
MATEUS
EVENTO 16.1-18

conta a parábola do mordomo astuto


165. Jesus
16.19-31
166. Jesus fala
sobre o homem rico e o mendigo 17.1-10

fala sobre perdão e fé


167. Jesus 11.1-16

168. Lázaro adoece e morre 11.17-37

169. Jesus consola Maria e Marta


11.38-44

170. Jesus ressuscita Lázaro


11.45-57
matar Jesus
171. Os lideres religiosos planejam
17.11-19
172. Jesus cura dez leprosos
17.20-37
173. Jesus ensina sobre a vinda do reino de Deus
18.1-8
174. Jesus conta a parábola da viúva persistente
18.9-14
175. Jesus conta a parábola de dois homens que oravam
19.3-12 10.2-12
176. Jesus ensina sobre casamento e divórcio

10.13-16 18.15-17
19.13-15
177. Jesus abençoa as criancinhas
10.17-31 18.18-30
19.16-30
178.Jesus fala aojovem rico
conta dos trabalhadores da vinha 20.1-16
179. Jesus a
parábola

20.17-19 10.32-34 18.31-34


180. Jesus prediz sua morte pela terceira vez

20.20-28 10.35-45
181. Jesus ensina
sobreservir aos outros
20.29-34 18.35-43
182. Jesus cura 10.46-52
dois mendigoscegos
19.1-10
183. Jesus traz salvação à casa deZaqueu
19.11-27
184. Jesus conta a parábola dos dez servos do rei

26.6-13 14.3-9 12.1-11


185. Uma mulher unge Jesus com perfume

O ministério de Jesus em Jerusalém


186. Jesus entra em Jerusalém montado em um jumento 21.1-11 11.1-11 19.28-40 12.12-19
19.41-44
187. Jesus se entristece outra vez por Jerusalém
21.12-17 19.45-48
188.Jesus limpaoutravez oTemplo 11.15-19
12.20-36
189. Jesus explica por que deve morrer
12.37-43
190. Muitas pessoas não creem em Jesus

12.44-50
191. Jesus resume sua mensagem
11.12-14,
192. Jesus amaldiçoa uma figueira 21.18-22 20-26

193, Os lideres religiosos desafiam a autoridade de Jesus 21.23-27 11.27-33 20.1-8

194. Jesus conta a parábola dos dois filhos 21.28-32

dos lavradores 12.1-12 20.9-19


195. Jesus conta a parábola perversos 21.33-46

196. Jesus conta a parábola do jantar de casamento 22.1-14

197. Os lideres questionam Jesus acerca do pagamentode impostos


22.15-22 12.13-17
20.20-26
religiosos

Os Jesus acerca da ressurreição 12.18-27 20.27-40


198. lideres religiosos questionam 22.23-33
22.34-40 12.28-34
199. Os lideres religiosos questionam Jesus acerca do maiormandamento
22.41-46 12.35-37 20.41-44
200.Oslideres religiosos não conseguem responder à pergunta deJesus
os líderes religiosos 12.38-40 20.45-47
201. Jesus adverte contra 23.1-12

202. Jesus condena os lideres religiosos 23.13-36

203.
Uma viúva pobre oferta tudo oquetem 12.41-44
21.1-4
estar vigilante quanto a sua volta 21.5-38
204.Jesus ensina sobre 24.1-51 13.1-37
205. Jesus conta a parábola das dez virgens 25.1-13

206.
Jesus contaa parábola do dinheiro emprestado 25.14-30

207.Jesusfala sobre juzo o final 25.31-46

cONTINUA NA ULTIMA CAPA


cONFIRA A TABELA COMPLETA NO ENCARTE
HARMONIA DOS EVANGELHOS
MATEUS MARCOS wCAS oMO
EVEVTO

M.MORTE E RESSURREIÇÃODE JESUS


de coneon
religionos tramam an
trair Jesus
de Jesus 261-5 14.1-2

26.14-1614 10-11
22.12
22.3-6

22.7-13
26.17-19 14.12-16
sciplos preparam-se paraa Piscna
13.1-20
Jeson leva os pés dos discipulos
211
da ütima ceia 26.20-30
14.17-26 22.1430 13.21-30
Jesus e os discipulos participam
212 13 31-38
2631-35 14.27-312231-38
213.Jeas prediz a negacção de Pedro 141-14

214. Jesur éoaminho até o Pal


14.15-31

215Jesus promete oEspirito Santo


15.1.17

216.Jesus ensine sobre avideira eos ramos 15.18-164


ódio do mund
217 Jesus adverte do
16.5-15
o
216 Jenus
ensina sobre Espirito Santo
16.1633
ensine sobre o uso de seu nome em oração
219 Jesus
17.15
220 ora Ele
Jesus por mesmo
176-19

221 Jesus ora por seus discipulos

crentes
1720-26
222 Jesus ora pelos futuros

26.36-46 14.32-42 22.39-46


223 Jesus agoniza no jardim
14.43-52 22.47-53 18.1-11
2647-56
224 Jesus étraido epreso 18.12-24

225.
Anas interroga Jesus
26.5768
14.53,65 254a,6365
226 Caifas interroga Jesus
26.69-75 14.66 72 2254b62 18.25-27
227.Pedro nege conhecer Jesus

27.1-2
15.1 2266-71
228Oconselho dos lideres religiosos condena Jesus

229 Judas enforca-se


27.3-10
27.11-14 15.25 18 28-37
230 Jesusé julgado perante
Platos 23.1-7
23.8-12

231Jesus éjulgado per ante Herodes


27.15-26 15.6-15 23.13-25 18.38-19,16
232Platos entrega Jiesus para ser crucificado

233 Os soldados romanos zombam de Jesus 721-31 15.16-20

234. Jesusé levado para ser crucficado 2732 15.21 23.26-31

27.33-44 15.22.32 23.3243 19.17-27


235 Jesus pregado nacruz

236 Jesus mome na cruz 2745-56 15.33-41 23.44-49 19.28-37

19 38-42
237 Jesusé depositado no sepulcro
275761 15.42-47 23.50-56

no sepuloro 276266
Z38Uma guarda ostade
24.1-11 20.1-2
28.1-8 16.1-8
24.1 203-10
240Pudree jole comem atik o sepuicro
169-11 20.11-18
28.9-10
241 Jess p
28.11-15
242 Os lideres subomamos guardes
16.12-13 24.13-35
243 Jesue apanos ajam pels estrade
16.14 243643 2019-23
Tome 2024-3
21 1.4
ete
discipuios

2.159
A7 Jesu desafa

2816-204.15-18

ta1920 4s03

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