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HISTORIOGRAFIA I - FILME: Uma Cidade sem Passado (1990).

Uma “Cidade sem Passado”, é um filme dirigido por Michael Verhoven, que se passa na Alemanha,
baseado em fatos de 1990. No filme, tivemos acesso a trajetória de Sonja Rosenberg, que tentara recuperar ,
para seu segundo concurso de redação, a História de sua cidade natal, Pfilzing, durante o III Reich
(1933-1945), o filme inicia com essa pixação na parede.

Como visto, a personagem principal é Sonja Rosenberg, uma dedicada estudante, filha de professor e
professora, que começa sua pesquisa ainda na escola, antes de ingressar na universidade, estimulada pelos
concursos de redação.

A principal motivação da personagem em pesquisar sobre a história da sua cidade natal é a


percepção que existe algo oculto, ou no mínimo estranho em sua cidade após ouvir histórias de sua avó.

O desenvolvimento da sua pesquisa muitas vezes sofre influências, empecilhos ao acessar os


documentos nos arquivos. Sonja Rosenberg vive um romance, casa, tem filhos e não conclui sua pesquisa,
ingressa na Universidade tentando descobrir qual a relação de sua cidade com o Nazismo, a relação da
igreja católica e a existência de um campo de concentração no lugar.

Para acessar a documentação sigilosa, Sonja Rosenberg, teve que processar a cidade, entrou e saiu
por diversas vezes dos arquivos e bibliotecas. Assim, Sonja descobre que a cidade possuía um campo de
concentração, que dois padres da igreja condenaram um judeu por um crime que não cometeu e que
membros da elite local participaram ativamente do movimento Nazista.

Sonja escreve um livro narrando essa história, ganha projeção internacional, sendo convidada para
palestras em universidade na europa, recebe inúmeros prêmios e títulos, passa da estudante prodígio, se
separa do marido, é acusada de ser traidora, espiã e comunista é perseguida em sua cidade natal.

No filme podemos perceber como funciona o trabalho de uma historiadora em busca da


reconstituição histórica, suas metodologias e uso de diferentes fontes, materiais e orais. Além desses pontos,
ao assistir o filme, percebemos como o apagamento e silenciamento histórico, pode favorecer pessoas que se
consagraram em cargo de poder de forma vergonhosa e criminosa e nos alerta a pensar a história e o seu
fazer nos dias de hoje.

Ana Carolina Costa de Oliveira

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