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Universidade de Brasília

Faculdade de Tecnologia
Departamento de Engenharia Florestal
RAFAELA OLIVEIRA DE ARRUDA1

Tema: Avaliação Silvicultural e Econômica de um povoamento de Eucalyptus


urophylla S. T. Blake. com base na modelagem em nível de povoamento total

Trabalho Apresentado ao Departamento de Engenharia


Florestal da Universidade de Brasília, Como Requisito
Parcial da Disciplina de Manejo Florestal.

Professor: ÉDER PEREIRA MIGUEL

Brasília
Fevereiro de 2023

1
Sumário
LISTA DE TABELAS....................................................................................................................................3
LISTA DE FIGURAS.....................................................................................................................................4
RESUMO........................................................................................................................................................5
2. Introdução................................................................................................................................................6
3. Material e métodos.................................................................................................................................6
3.1 Planilha de Cubagem........................................................................................................................7
3.3 Planilha de Sítios e Resíduos............................................................................................................9
4. Resultados e Discussão..........................................................................................................................13
4.1 Planilha de Cubagem......................................................................................................................13
4.2 Planilha de Sítios e Resíduos..........................................................................................................15
6. Conclusão...............................................................................................................................................26
7. Referências.............................................................................................................................................26

2
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Dados de produtos a serem produzidos e seus respectivos diâmetros mínimo (cm),
comprimento (m) e preço (R$/m³)
Tabela 2 – Preços de implementação, manutenção e colheita do povoamento estudado
Tabela 3 – Dados comparativos obtidos a partir da regressão dos modelos volumétricos de Spurr e
de Schumacher-Hall Logarítmico
Tabela 4 – Estimativa da média dos volumes real e ajustados para ambos os modelos utilizados
Tabela 5 – Dados de altura dominante de cada parcela em cada um dos inventários (2019, 2020,
2021 e 2022)
Tabela 6 – Modelos gerados a partir do Programa Curve Expert 1.3 para realizar o cálculo de altura
dominante e seus respectivos parâmetros
Tabela 7 – Limites máximos e mínimos das classes de sítios usando a idade de referência igual a 7
Tabela 8 - Sítio I de produtividade, com seus respectivos valores de produção, IMA, ICA e volume
do sítio (m³)
Tabela 9 - Sítio II de produtividade, com seus respectivos valores de produção, IMA, ICA e
volume do sítio (m³)
Tabela 10 - Sítio III de produtividade, com seus respectivos valores de produção, IMA, ICA e
volume do sítio (m³)
Tabela 11 - Sítio IV de produtividade, com seus respectivos valores de produção, IMA, ICA e
volume do sítio (m³)
Tabela 12- Produtos gerados através das etapas de afilamento e sortimento do plantio, com suas
respectivas metragens, quantidade e valores
Tabela 13 – Volume total de cada um dos sítios e volume total do povoamento, de acordo com o
ano de corte
Tabela 14 – Valores de VLP, BPR e TIR para o sítio IV com suas respectivas idades de corte
Tabela 15 – Valores de VLP, BPR e TIR para o sítio III com suas respectivas idades de corte
Tabela 16 – Valores de VLP, BPR e TIR para o sítio II com suas respectivas idades de corte
Tabela 17 – Valores de VLP, BPR e TIR para o sítio I com suas respectivas idades de corte
Tabela 18 – Regulação Florestal por árvore modificada

3
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Plotagem de resíduos de DAP² * HT obtido através da regressão para o cálculo do


volume estimado pelo modelo volumétrico de Spurr
Figura 2 – Plotagem de resíduos de ln(DAP) obtido através da regressão para o cálculo do volume
estimado pelo modelo volumétrico de Schumacher-Hall Logarítmico
Figura 3 – Plotagem de resíduos de ln(HT) obtido através da regressão para o cálculo do volume
estimado pelo modelo volumétrico de Schumacher-Hall Logarítmico
Figura 4 - Gráfico de ajuste do modelo Logistic gerado pelo software Curve Expert 1.3 para o
ajuste da altura dominante
Figura 5 - Sítio I de produtividade com a projeção de IMA e ICA e o ponto de interseção deles
Figura 6 - Sítio II de produtividade com a projeção de IMA e ICA e o ponto de interseção deles
Figura 7 - Sítio III de produtividade com a projeção de IMA e ICA e o ponto de interseção deles
Figura 8 - Sítio IV de produtividade com a projeção de IMA e ICA e o ponto de interseção deles

4
RESUMO

O presente estudo foi realizado em um povoamento florestal de Eucalyptus urophylla na


Empresa Florestal S. A., com parcelas divididas em 600 m² cada com espaçamento 3 x 2 metros. O
povoamento foi plantado no ano de 2016 e a área foi inventariada nos anos de 2019, 2020, 2021 e
2022. Foram encontradas no estudo quatro classes de sítios para o plantio. Através da modelagem
em nível de povoamento total (MPT) os resultados de idade ótima de corte foram destintos entre a
rotação silvicultural e a rotação econômica. Para que os dados sejam mais precisos, é possível que
se faça necessária a utilização de uma modelagem mais precisa, como por exemplo, uma
modelagem a nível de diâmetro, para que ocorra uma melhor avaliação do local.

Palavras-chave: MPT, Eucalyptus urophylla, Rotação Econômica, Rotação Silvicultural,


Regulação Florestal

5
1.

6
2. Introdução

Manejo Florestal para SILVA (1996) é classificado como a aplicação de métodos


empresariais juntamente com princípios técnicos na operação de um povoamento florestal. O
manejo é realizado de forma a obter benefícios econômicos, sociais e ambientais, permitindo o
monitoramento do local ao longo do tempo, através de relatórios de prognose da produção, de
forma que possa se observar não somente o empreendimento, mas também a conservação da área
em que o povoamento encontra-se. (BINOTI et al., 2015).
A modelagem em nível de povoamento total estima a produção por unidade de área,
baseando-se em atributos do povoamento, como por exemplo, idade, área basal e índice de local
(VANCLAY, 1994). No Brasil, o modelo mais utilizado nesse tipo de manejo é o de Clutter
(CLUTTER, 1963)o qual será utilizado na produção deste trabalho. Este modelo é constituído por
equações de regressão que prognostica a produção atual e futura do povoamento (CAMPOS;
LEITE, 2009).
O Brasil possui cerca de 9 milhões de hectares ocupados por florestas plantadas com
povoamentos de pinus, eucalipto, teca, entre outras espécies utilizadas no ramo de produção
florestal, com as mais variadas finalidades, como produção de painéis, celulose e biomassa (IBÁ,
2021). O Eucalyptus encontra-se como um dos gêneros mais utilizados no ramo florestal na
substituição imediata de espécies nativas (REIS, et al., 2012), com cerca de 730 espécies
conhecidas e mais de 20 utilizadas em povoamentos (SANTAROSA et al., 2014). Em áreas de
florestas plantadas, estima-se que pelo menos 7,62 milhões de hectares são ocupados por espécies
do gênero Eucalyptus (EMBRAPA, 2021). A espécie Eucalyptus urophylla S. T. Blake, é segundo
o autor supracitado, é uma das mais utilizadas na produção de florestas plantadas, por sua boa
adaptação em diversos tipos de solos e regiões distintas.
Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo realizar a análise silvicultural e
econômica de um povoamento de Eucalyptus urophylla S. T. Blake pertencente a Empresa
Florestal S. A. com base na modelagem em nível de povoamento total (MPT).

3. Material e métodos
O trabalho foi realizado a partir dos dados de inventários florestais contínuos em um
povoamento de Eucalyptus urophylla S. T. Blake, plantado em 2016, com 30 parcelas, onde cada
parcela possui 600 m², sob arranjo espacial de 3 x 2 m, situado na Empresa Florestal S. A.
A parcela em questão foi inventariada aos 48, 60, 72 e 84 meses de idade, nos anos, 2019,
2020, 2021 e 2022, onde foram apurados os dados de altura total (HT) e circunferência a 1,3 m de
7
altura (CAP) em todos os indivíduos do povoamento. Para os dados de cubagem, foram coletados
também os dados de altura total e diâmetro a 1,3 m de altura (DAP).
Para realizar a análise da parcela do povoamento através do modelo MPT, foram realizados
procedimentos para a preparação dos dados.

3.1 Planilha de Cubagem


Foi realizada a cubagem rigorosa de 79 árvores, cujas medidas foram tiradas 0,1 a 1,3 a cada
0,2 m, e a partir de 2 foi medida a cada metro, até a ponta da árvore.
Inicialmente foi calculado o valor da Área Seccional (g i), ilustrado na Equação 1. E em
seguida, foi calculado o volume de cada seção da árvore, Equação 2, utilizando o método de
Smalian, exposto na Equação 3, exceto o volume da primeira seção de toco e da última seção, os
quais foram calculados pelas Equações 4 e 5, respectivamente, e a soma dos resultados das
Equações 2, 3 e 4 gerou o volume total da árvore. Esse procedimento foi repetido para cada árvore
cubada, excluindo o último valor, o valor de ponta, cujo diâmetro é 0 (zero).
2
d1
gi=π ⋅ (1)
40000

Onde: gi = área seccional ou transversal da seção requerida; π = 3,1416; d i = diâmetro da seção


requerida.
g i+ g i+1
Volume= ⋅d i +1−d 1 (2)
2
Onde: gi + 1 = área seccional ou transversal da seção seguinte; di + 1 = diâmetro da seção seguinte.

Volume da primeira seção=g i ⋅ ( d i+1−d 1 )(3)

Onde: hi + 1 = altura da seção seguinte; hi = altura da seção requerida.

1
Volume da última seção= ⋅ gi ⋅ hi+1−hi (4)
3

A partir destes dados, foi gerada uma tabela dinâmica onde foram apresentados os volumes
totais, a média dos diâmetros e a média das alturas das árvores. Essa tabela foi copiada para novas
planilhas para a realização da aplicação dos modelos de Spurr e Schumacher-Hall Logarítmico,
representados respectivamente nas Equações 5 e 6, com o intuito de avaliar qual modelo seria mais
eficaz para o trabalho em questão.
V = β 0+ ⌊(DAP ¿¿ 2 ⋅ HT )⋅ β 1 ⌋ +ε ¿ (5)
Onde: β0 = parâmetro 0 da equação; HT = altura (m); β0 = parâmetro 1 da equação; = erro.
8
ln V =β 0+ ( β 1 ⋅ln ( DAP ) ) + ( β 2 ⋅ln ( HT ) ) + ε (6)
Onde: ln(V) = volume logarítmico; ln(DAP) = diâmetro a 1,3m de altura logarítmico; ln⁡(HT) =
altura logarítmica; ε = erro (Fator de Meyer).
Os modelos foram ajustados por análise de regressão e a partir dela foram acrescidas três
novas colunas à tabela, inserindo o Volume estimado pelo modelo (V), calculado pela Equação 6. O
erro não foi acrescentado no cálculo, e foi avaliado a partir da subtração do Volume Real – obtido a
partir da soma das Equações 3, 4 e 5 através da tabela dinâmica – com o Volume estimado pelo
modelo.
Para avaliar qual dos dois modelos (Spurr e Schumacher-Hall Logarítmico) foi o mais eficaz
nesse trabalho, foram calculados Syx (%) e R². Sendo Syx o erro de estimativa de Standard,
podendo ser indicado em porcentagem (%), o qual avalia a dispersão dos valores em relação a linha
de regressão, e este é adquirido a partir da Equação 7. R² é o coeficiente de determinação que
explica a variação da variável Y independente a partir da variável X, e é calculado pela Equação 8.
erro padrão
Syx= ⋅100 (7)
média do volume real
Onde: Syx = erro padrão de estimativa de Standard (%); Erro padrão = erro padrão encontrado nas
estatísticas de regressão.
2 somaquad do erro calculado
R =1− (8)
somaquad do volume real−volume médio
Onde: R² = coeficiente de determinação; somaquad do erro calculado = soma quadrada do erro
calculado a partir da diferença do volume real e do volume estimado; somaquad do volume real –
volume médio = soma quadrada do volume real subtraído da média do volume real.
Após o calculo dos dados a partir dos dois modelos, foram gerados os gráficos da exposição
de dispersão dos resultados, para que a comparação dos dados fosse realizada e assim, escolher o
melhor modelo que se adequasse ao estudo.
O Fator de Meyer, exposto na Equação 9, foi utilizado dentro do ajuste do modelo de
Schumacher-Hall Logarítmico e também da Equação 6, a qual foi calculada em seguida, assim
como Syx (%) e R².
ε =exp( MQ do Resíduo⋅0 , 5) (9)
Onde: ε = Fator de Meyer; MQ do Resíduo = quadrado médio do resíduo adquirido na regressão.

3.2

9
3.3 Planilha de Sítios e Resíduos
Na planilha de sítios, a organização dos dados foi iniciada pela cópia dos dados do primeiro
inventário realizado em 2019, em uma nova aba, intitulada “1º Passo – 2018”, onde foram ajustados
os modelos de Curtis (Equação 10) e Trorey (Equação 11), com a finalidade de avaliar qual dos dois
modelos seria mais eficaz no estudo em questão.

ln ( H ) =β 0+ β 1⋅ ( DAP
1
)+ ε (10)

Onde: ln(H) = função logarítmica da altura; β0 e β1 = parâmetros do modelo; DAP = diâmetro a


1,3m de altura; ε = erro do modelo (Fator de Meyer).

2
H=β 0+ β 1⋅ DAP + β 2 ⋅ DAP + ε (11)

Onde: H = altura; DAP2 = diâmetro a 1,3m de altura elevado ao quadrado; ε = erro do modelo.
Inicialmente os valores de CAP foram transformados em DAP através da Equação 12, em
seguida foi realizada a filtragem dos dados, para que as árvores com DAP menores que 5 cm e HT
menor do maiores que 0 e menores que 7 m fossem excluídas da planilha. Esse mesmo
procedimento foi realizado para os quatro anos de inventário, de forma organizada em diferentes
abas.
CAP
DAP= (12)
π
Onde: DAP = diâmetro a 1,3m de altura; CAP = circunferência a 1,3m de altura; e π = 3,1416.
Após a organização desses dados, as árvores cujas alturas fossem iguais a 0 (zero) foram
retiradas da planilha. Em seguida, foi feita a estimação das alturas a partir do modelo de Curtis e
Trorey.
Após o ajuste dos dois modelos para todos os anos de inventário, foi criada a aba “2º Passo –
H est”, e nela foram postos todos os inventários, onde os cálculos para estimar a altura de todas as
árvores inicialmente inventariadas foram feitos utilizando uma equação condicional, na qual foi
posto que as árvores que tinham altura maior de zero permaneceriam com sua altura, e as árvores
que mantinham altura igual a zero seriam estimadas através do modelo de Curtis ou Trorey, a
depender de qual se adequou melhor ao inventário.
A área seccional (gi) e o volume estimado (vi) foram também calculados para todos os anos
de inventários. A área seccional foi calculada através da Equação 13, e o volume estimado foi
calculado de acordo com o modelo escolhido na Cubagem.

10
π ⋅ DAPi
gi = (13)
40000
Após a conclusão dessas etapas, iniciou-se a seleção das árvores dominantes com base no Modelo
de Assmann (1970), o qual se refere à medição da altura média das 100 árvores de maior diâmetro
por hectare. Como a parcela possui 600m², são selecionadas 6 (seis) árvores de cada parcela.
Para tal seleção, utilizou-se o filtro de seleção do Excel, organizando as parcelas das
menores para maiores e as alturas das maiores para as menores, além da criação de um Rank, que
organizou as seis árvores de maior diâmetro. Para isso, foi criada a aba “3º Passo – Hdom 3.1”,
gerando os dados das seis alturas dominantes de cada ano de inventário, iniciando pelo ano de 2022
e na sequência 2021, 2020 e 2019.
Após a finalização das tabelas para todos os anos de inventários, fez-se uma comparação
entre elas, onde as árvores dominantes em 2022 foram consideradas as iniciais, seguindo em ordem
decrescente, de forma que, quando uma árvore que tenha sido dominante em, por exemplo, 2019, e
não o tenha sido em 2021, fosse descartada em 2019, para que fossem feitas apenas as médias das
árvores dominantes que coincidam em todos os inventários. Após a comparação, a média das alturas
das árvores em cada parcela de cada ano foi feita para produzir uma tabela com as alturas
dominantes.
O seguinte passo foi realizar a escolha do melhor modelo para estimar a altura, para isso
foi preciso construir uma tabela contendo as parcelas, idade (em anos) e altura dominante de cada
parcela em determinada idade. Os dados de idade e altura dominante foram dispostos no software
Curve Expert como X e Y, respectivamente, e foram gerados os modelos sigmoidais para os ajustes
de altura. Destes, o melhor, segundo alguns critérios, é escolhido estimar a altura do povoamento.
Após a escolha do modelo e o cálculo da estimativa das alturas dominantes, fez-se o cálculo
do fator, exposto na Equação 14, que foi utilizado para definir os sítios.
Hd est
Fator= (14)
H dom
Onde: Fator = fator; Hd est = altura dominante estimada; H dom = altura dominante.
Com a obtenção do fator, foram realizados cálculos para avaliar em quantas classes de sítio
serão divididos e quais seus respectivos índices de sítio. Com estes resultados é possível montar
uma tabela dividindo os inventários por ano para avaliar qual a área seccional e volume por hectare,
e para tal conversão utilizam-se respectivamente as Equações 15 e 16.
g ⋅10000
G= (15)
área da parcela
Onde: G = área seccional por hectare; g = área seccional por parcela.
11
v ⋅10000
V= (16)
área da parcela
Onde: V = volume por hectare; v = volume por parcela.

Os dados obtidos foram dispostos em uma nova tabela, para que o modelo de Clutter fosse
testado, as parcelas foram organizadas em conjunto, com os dados de idade 1 e 2, área seccional 1 e
2, volume 1 e 2 e índice de sítio. Aqueles indicados por 1 referem-se aos valores encontrados na
etapa anterior. A idade 2 foi disposta de forma que se pode comparar os inventários 3-3, 3-4, 4-4, 4-
5, 5-5, 5-6 e 6-6, dessa forma, os primeiros números encontravam-se na idade 1 e os números
seguidos encontravam-se na idade 2, com seus respectivos valores de área seccional e volume. O
índice de sítio foi previamente calculado para a parcela, portanto, repetiu-se ao longo da mesma.
Após a confecção e organização da tabela, o passo seguinte foi fazer o ajuste do modelo de
Clutter, exposto na Equação 17, onde foram criadas novas colunas com os valores que foram
utilizados para fazer a análise de regressão.

−1 −1
ln ( V 2 )=β 0+ β 1 ⋅ S + β 2⋅ I 2 + β 3⋅
I1
I2 ( ) I1 I1
⋅ln ( G 1 )+ β 4 ⋅ 1− + β 5 ⋅ S(1− ) (17)
I2 I2

Onde: lnV2 = função logarítmica do volume 2; β 0, β 1, β 2, β 3, β 4 e β 5 = parâmetros do modelo; S


= índice de sítio; I1 = idade 1; I2 = idade 2; lnG1 = função logarítmica da área seccional 1.
O passo seguinte foi o de prognose, no qual foi necessário realizar a reorganização dos
dados de modo que fossem mantidos apenas os valores de área seccional por hectare e utilizando a
média dos índices de sítio. Em seguida, os índices de sítio foram organizados do maior para o
melhor e novas colunas com idades de 4 a 15 foram criadas, para que o modelo de Clutter (Equação
17) pudesse ser aplicado.
Assim, foi criada uma nova aba “5º Passo – ICA e IMA”, para avaliar a produção de cada
sítio. Para isso, foram calculadas as médias das produções das parcelas de cada sítio, a cada ano. Foi
calculado também o Incremento Médio Anual (IMA) e o Incremento Corrente Anual (ICA),
segundo as Equações 18 e 19.
Produção
IMA= (18)
Idade

CA=Produçãoi +1−Produção i (19)

12
Após a avaliação da produção de cada sítio, o passo seguinte foi a realização do afilamento,
que é feito a partir dos dados de Cubagem, ajustando o modelo do Polinômio de 5º grau (Schöepfer,
1999), ilustrado na Equação 20, calculando também suas estatísticas de ajuste e precisão.

di hi
=β 0+ β 1 ⋅ + β 2⋅¿ (20)
DAP HT

Onde: di = diâmetro da seção; β 0, β 1, β 2, β 3, β 4 e β 5 = parâmetros do modelo; hi = altura da


seção; HT = altura total.
Em seguida, após o ajuste do Polinômio de 5º grau, foi realizado o sortimento, onde uma
nova aba foi criada com os dados do inventário de 2022 com parcela, número da árvore, DAP e HT
(com o valor já ajustado). Para isso, foi utilizada a Tabela 1 expressando os dados dos produtos,
bem como os parâmetros obtidos no ajuste do polinômio de 5º grau. Foi feita uma análise para
determinar quantos produtos listados foram possíveis produzir e a quantidade dos mesmos.
Tabela 1 – Dados de produtos a serem produzidos e seus respectivos diâmetros mínimo (cm),
comprimento (m) e preço (R$/m³)
Produtos Diâmetro mínimo (cm) Comprimento (m) Preço R$/m³
Serraria 25.00 2.25 180 (m³)
Mourão Tipo I 18.00 2.30 18 (unidade)
Mourão Tipo II 14.00 2.30 15 (unidade)
Mourão Tipo III 11.00 2.10 12 (unidade)
Mourão Tipo
IV 7.00 2.10 8 (unidade)
Lenha 1.50 2.00 48 (m³)
Resíduo <1.50

Em seguida, em outra aba foi calculado o volume, utilizando do volume (V) segundo
Schöepfer, de forma que foi feita a integral dos parâmetros do ajuste anterior e calculou-se assim o
volume de cada um dos produtos, sendo o resíduo calculado pela diferença do volume total em
relação aos outros volumes. Com tais resultados e com a Tabela 1 foi possível indicar o valor de
cada produto.
A análise econômica foi feita a partir dos dados de produção por sítio e ano obtidos
anteriormente, o volume total por sítio e do povoamento, área total do plantio e a Tabela 2 com os
custos e a venda. Assim, a rotação econômica foi definida através do critério de maximização VPL
(Valor Presente Líquido) para uma série de infinitas rotações, BPE (Benefício Periódico) e TIR
(Taxa Interna de Retorno), os quais são calculados por funções do Excel.
13
14
Tabela 2 – Preços de implementação, manutenção e colheita do povoamento estudado
Área total de plantio 1

CUSTOS
Plantio (R$/ha) 1000
Tratos culturais no 1º ano (R$/ha) 150
Tratos culturais no 2º ano (R$/ha) 60
Tratos culturais no 3º ano (R$/ha) 60
Tratos culturais no 4º ano ou + (R$/ha) 40
Preço da terra (R$/ha) 900
Taxa de desconto (%/ano) 0.08
Custo de colheita e transporte (R$/m³) 15

VENDA
Preço da madeira (R$/m³) 80

Por fim, foi feita a regulação florestal, onde foi utilizado o conceito de Regulação Por Área
Modificada, tendo como 7 anos a idade regulatória e escolhendo o segundo sítio II para realizar a
regulação, este teve o cálculo de área pertencente a cada sítio, produção em m³ / ha, produção
relativa ao sítio escolhido, hectare equivalente a ele, Incremento Médio Anual em m³ / ha / ano,
produção total em m³, produção equivalente ao sítio escolhido, área de corte anual e anos de corte.
4. Resultados e Discussão
4.1 Planilha de Cubagem
Após seguir os passos dos materiais e métodos, foram geradas diversas informações e
resultados, porém, o objetivo inicial, era definir o melhor modelo entre Spurr e Schumacher-Hall
Logarítmico. As tabelas 3 e 4, bem como as Figuras 1 e 2, expressam o resultado dessa análise
inicial.
Tabela 3 – Dados comparativos obtidos a partir da regressão dos modelos volumétricos de Spurr e
de Schumacher-Hall Logarítmico
Modelo de Modelo de Schumacher-Hall
Spurr Logarítmico
Observações 79 79
R2 0.9924331 0.995590397
Erro Padrão 0.011321575 0.037830809
R2 ajustado 0.9924331 0.993319166
Syx% 3.788185037 3.582829168

15
Como o modelo de Schumacher-Hall Logarítmico possui características logarítmicas, foi
necessário calcular o Fator de Meyer, onde o resultado obtido através desse cálculo foi de
1.000715841.
Tabela 4 – Estimativa da média dos volumes real e ajustados para ambos os modelos utilizados
Média do volume real das Média do volume estimado das árvores cubadas
árvores Modelo de Spurr Modelo de Schumacher-Hall Logarítmico
0.298859 0.298865 0.298852

DAP²*HT Plotagem de resíduos


0.06
0.04
Resíduos

0.02
0
-0.02 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000 18000
-0.04
DAP²*HT

Figura 1 – Plotagem de resíduos de DAP² * HT obtido através da regressão para o cálculo do


volume estimado pelo modelo volumétrico de Spurr.

ln(DAP) Plotagem de resíduos


0.2
0.1
Resíduos

0
-0.1
-0.2
2 2.2 2.4 2.6 2.8 3 3.2
ln(DAP)

Figura 2 – Plotagem de resíduos de ln(DAP) obtido através da regressão para o cálculo do volume
estimado pelo modelo volumétrico de Schumacher-Hall Logarítmico

16
ln(HT) Plotagem de resíduos
0.2
0.1
Resíduos

0
-0.1
-0.2
2.4 2.6 2.8 3 3.2 3.4 3.6
ln(HT)

Figura 3 – Plotagem de resíduos de ln(HT) obtido através da regressão para o cálculo do volume
estimado pelo modelo volumétrico de Schumacher-Hall Logarítmico

De acordo com a Tabela 1 é possível observar que os modelos foram bastante semelhantes,
porém, observando a Tabela 2 é possível comprovar a eficácia de um dos modelos, é prudente
observar as Figuras 1, 2 e 3, de forma a avaliar qual o melhor modelo a ser usado. Este é definido
pelo maior R² ajustado, menor Syx (%) e dispersão de resíduos mais próximas a zero (0), por isso, o
modelo selecionado para a realização desse estudo foi o modelo de Schumacher-Hall Logarítmico.
MIGUEL et al. (2010) obtiveram também resultados satisfatórios com o modelo de Schumacher-
Hall Logarítmico em um povoamento de Eucalyptus grandis localizado em Rio Verde, Goiás.

4.2 Planilha de Sítios e Resíduos


Seguindo os passos dos materiais e métodos foi possível chegar ao resultado da Tabela 5.
Esta, apresenta os valores das alturas dominantes por ano e por parcela, obtidos a partir do ajuste do
modelo de Curtis, modelo escolhido por ser o mais adequado para o estudo, por ter apresentado um
menor Syx (%) e um maior R2 ajustado. Resultado destinto de SOUSA et al. (2013), que não
observaram desempenho satisfatório do modelo de Curtis, no estudo das relações hipsométricas em
um povoamento de Eucalyptus urophylla no Sudoeste da Bahia.

17
Tabela 5 – Dados de altura dominante de cada parcela em cada um dos inventários (2019, 2020,
2021 e 2022)
Idade (ano do inventário)
Parcela 2019 2020 2021 2022
1 15.45 22.76795 25.5084 26.40136
2 16.19633 22.36795 25.06146 25.93895
3 16.00464 20.25173 22.68527 23.47845
4 15.82767 20.35692 22.8042 23.60235
5 15.36936 19.80261 22.18474 22.9611
6 14.58747 20.67034 23.15561 23.96578
7 14.98667 22.6542 25.38089 26.26938
8 15.35093 23.04045 25.8154 26.71936
9 15.81887 22.83798 25.58895 26.48504
10 16.41202 25.56912 28.65107 29.65473
11 15.78581 24.76689 27.75068 28.72258
12 14.92369 22.65654 25.38421 26.27292
13 16.01683 21.32597 23.89345 24.72995
14 15.28253 21.16505 23.71088 24.54064
15 15.61616 20.84159 23.34803 24.16502
16 15.42878 20.70664 23.19793 24.00983
17 14.92497 21.19282 23.74414 24.57539
18 15.41452 19.79775 22.17795 22.95388
19 16.61518 19.98624 22.3891 23.17242
20 15.90035 21.97742 24.62337 25.48544
21 16.13502 22.345 25.0356 25.91216
22 15.67354 19.17959 21.48598 22.23776
23 14.77427 18.95238 21.2292 21.97134
24 15.57887 20.63443 23.12799 23.93842
25 14.43197 19.10032 21.39653 22.14541
26 16.03803 19.20223 21.51531 22.2687
27 15.14424 19.16553 21.46904 22.22005
28 15.31299 17.75152 19.88207 20.5771
29 14.74715 21.20677 23.76038 24.59229
30 15.60051 20.11887 22.53751 23.32599

18
Tabela 6 – Modelos gerados a partir do Programa Curve Expert 1.3 para realizar o cálculo de altura
dominante e seus respectivos parâmetros
Medidas de Precisão
Modelos Parâmetros dos Modelos R² ajustado Syx (%)
a= 24.832974
Logistic b= 23.390306 0.90235186
c= 1.2203953
a= 24.677843
Weibull b= 29.118802 0.90235767
c= 0.12010738
d= 2.0609792
a= 24.771102
Richards b= 3.8614034 0.90235767
c= 1.3017581
d= 1.4344656
a= 25.002608
Gompertz b= 2.3803752 0.90229522
c= 1.0396113
a= -14.16237
MMF b= 13.85904 0.9020691
c= 25.843843
d= 3.3527341

Figura 4 - Gráfico de ajuste do modelo Logistic gerado pelo software Curve Expert 1.3 para o
ajuste da altura dominante

Após a determinação da altura dominante, foi iniciado o processo de cálculo de sítios, para
tal foi feita a avaliação dos limites máximo e mínimo para quando a altura dominante é 7. Foram
projetadas 4 classes de sítios, que estão representadas na Tabela 7, e partir dessa projeção foram
encontrados os sítios e os índices dos mesmos correspondentes a cada parcela.

19
Tabela 7 – Limites máximos e mínimos das classes de sítios usando a idade de referência igual a 7
Classes LI LS IS Quantidade de Parcelas
IV 20 23 21.5 6
III 23 26 24.5 15
III 26 29 27.5 7
I 29 32 30.5 2

A partir desses resultados foram gerados os dados para a montagem e organização do


modelo de povoamento total, bem como o ajuste do modelo de Clutter, onde este, através dos dados
de prognose, permitiu realizar a avaliação dos sítios de forma separada, sendo possível assim
observar a idade ótima de corte de cada sítio, onde os anos de corte saíram como esperado. Em
PEGO et al. (2015), por exemplo, a idade referência para corte dos povoamentos foi estabelecida
como 8 anos. É possível analisar esse resultado pelas Tabelas 8, 9, 10 e 11 e pelas Figuras 4, 5, 6 e
7.
Tabela 8 - Sítio I de produtividade, com seus respectivos valores de produção, IMA, ICA e volume
do sítio (m³)

SÍTIO I
Idade Produção ICA IMA Vol Sítio (m³)
4 202.0246735 50.50616838 12121.48041
5 255.2841088 53.25944 51.05682175 15317.04653
6 298.3963205 43.11221 49.73272008 17903.77923
7 333.5890948 35.19277 47.65558497 20015.34569
8 362.6869217 29.09783 45.33586522 21761.2153
9 387.0655625 24.37864 43.00728472 23223.93375
10 407.7453152 20.67975 40.77453152 24464.71891
11 425.4858001 17.74048 38.68052728 25529.148
12 440.858827 15.37303 36.73823558 26451.52962
13 454.3005964 13.44177 34.94619973 27258.03579
14 466.1484317 11.84784 33.29631655 27968.9059
15 476.666651 10.51822 31.77777674 28599.99906

20
60

50

40

30

20

10

0
4 6 8 10 12 14

ICA IMA

Figura 5 - Sítio I de produtividade com a projeção de IMA e ICA e o ponto de interseção deles
Tabela 9 - Sítio II de produtividade, com seus respectivos valores de produção, IMA, ICA e
volume do sítio (m³)

SÍTIO II
Idade Produção ICA IMA Vol Sítio (m³)
4 135.4542 33.86354549 28445.37821
5 184.8308 49.37666781 36.96616995 38814.47845
6 227.4716 42.64078909 37.91193981 47769.04416
7 263.878 36.40632885 37.69685253 55414.37322
8 294.9881 31.11011332 36.87351013 61947.49701
9 321.7187 26.73064498 35.74652511 67560.93246
10 344.8502 23.13147907 34.48502051 72418.54306
11 365.017 20.16679228 33.1833634 76653.56944
12 382.7274 17.71036155 31.89394657 80372.74537
13 398.3875 15.66015443 30.64519333 83661.3778
14 412.3233 13.93574636 29.45166141 86587.88453
15 424.7975 12.47423254 28.31983281 89207.47337

21
60

50

40

30

20

10

0
4 6 8 10 12 14

ICA IMA

Figura 6 - Sítio II de produtividade com a projeção de IMA e ICA e o ponto de interseção deles
Tabela 10 - Sítio III de produtividade, com seus respectivos valores de produção, IMA, ICA e
volume do sítio (m³)

SÍTIO III
Idade Produção ICA IMA Vol Sítio (m³)
4 115.3402 28.835053 51903.0954
5 161.6396 46.29935001 32.3279124 72737.8029
6 202.6429 41.00335824 33.77382004 91189.31411
7 238.2931 35.65022713 34.0418782 107231.9163
8 269.1782 30.88509601 33.64728042 121130.2095
9 296.0021 26.82383853 32.88912021 133200.9369
10 319.4155 23.41337314 31.9415455 143736.9548
11 339.9733 20.55782019 30.90666138 152987.9739
12 358.1344 18.16112367 29.84453324 161160.4795
13 374.2741 16.13974051 28.79031842 168423.3627
14 388.6989 14.42475733 27.76420691 174914.5035
15 401.6594 12.96054097 26.77729585 180746.747

22
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
4 6 8 10 12 14

ICA IMA

Figura 7 - Sítio III de produtividade com a projeção de IMA e ICA e o ponto de interseção deles
Tabela 11 - Sítio IV de produtividade, com seus respectivos valores de produção, IMA, ICA e
volume do sítio (m³)
SÍTIO IV
Idade Produção ICA IMA Vol Sítio (m³)
4 109.1778 27.29445 19652.00413
5 154.5703 45.39248 30.91406 27822.65138
6 195.0014 40.43107 32.50023 35100.24464
7 230.2721 35.27075 32.89602 41448.97929
8 260.893 30.62086 32.61162 46960.7335
9 287.5245 26.63158 31.94717 51754.41876
10 310.7926 23.26806 31.07926 55942.67022
11 331.237 20.44436 30.11245 59622.65487
12 349.307 18.07005 29.10892 62875.26399
13 365.3719 16.06491 28.10553 65766.94782
14 379.734 14.36205 27.12386 68352.11607
15 392.6411 12.9071 26.17607 70675.39372

23
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
4 6 8 10 12 14

ICA IMA

Figura 8 - Sítio IV de produtividade com a projeção de IMA e ICA e o ponto de interseção deles
Após a determinação dos sítios, foram realizadas as etapas de afilamento e sortimento.
Dessas etapas, foram gerados os dados de valores correspondentes a cada produto listado, que
podem ser observados na Tabela 12.
Tabela 12- Produtos gerados através das etapas de afilamento e sortimento do plantio, com suas
respectivas metragens, quantidade e valores
quantidade/
Volumes m³ m³/hectare quantidade hectare R$/hectare
Serraria 0.0000000 0 0 0 0
Mourão Tipo I 3.0029715 10.00990507 42 140 180.1782912
Mourão Tipo II 72.1970758 240.6569192 1573 5243.333333 3609.853788
Mourão Tipo III 151.9123117 506.3743722 5495 18316.66667 6076.492467
Mourão Tipo IV 103.2065013 344.0216709 6568 21893.33333 2752.173367
Lenha 33.5552160 111.8507199 6579 21930 5368.834557
Resíduo 365.0928575 1216.976192 42204.8 140682.6667 0
Total 1.2187813 4.062604485 3843.092553 12810.30851 0

Seguidamente, foi realizada a avaliação econômica do povoamento, para essa foi necessário
utilizar o volume total por cada um dos 4 sítios, bem como o volume total do povoamento. Para tal,
foi realizado um cálculo de ajuste nos valores, para que os mesmos correspondessem ao tamanho
real e não apenas as parcelas. Os dados gerados podem ser observados na Tabela 13.

24
Tabela 13 – Volume total de cada um dos sítios e volume total do povoamento, de acordo com o
ano de corte
Volume total por Sítio Volume Total
Ano de VT Sítio I VT Sítio II VT Sítio III do
Corte (m³) (m³) (m³) VT Sítio IV (m³) Povoamento
4 12121.48041 28445.37821 51903.0954 19652.00413 112121.9582
5 15317.04653 38814.47845 72737.8029 27822.65138 154691.9793
6 17903.77923 47769.04416 91189.31411 35100.24464 191962.3821
7 20015.34569 55414.37322 107231.9163 41448.97929 224110.6145
8 21761.2153 61947.49701 121130.2095 46960.7335 251799.6553
9 23223.93375 67560.93246 133200.9369 51754.41876 275740.2218
10 24464.71891 72418.54306 143736.9548 55942.67022 296562.887
11 25529.148 76653.56944 152987.9739 59622.65487 314793.3462
12 26451.52962 80372.74537 161160.4795 62875.26399 330860.0185
13 27258.03579 83661.3778 168423.3627 65766.94782 345109.7241
14 27968.9059 86587.88453 174914.5035 68352.11607 357823.41
15 28599.99906 89207.47337 180746.747 70675.39372 369229.6131

A rotação econômica, foi adquirida através dos dados de VLP, BPR e TIR, apresentaram
anos ideais de corte diferentes. Assim, o ótimo economicamente irá depender do parâmetro
observado. Nas Tabelas 14, 15, 16 e 17 é possível observar a distinção dos valores ótimos em
relação a idade de acordo com cada parâmetro.
Tabela 14 – Valores de VLP, BPR e TIR para o sítio IV com suas respectivas idades de corte
Sítio IV
Idad
e VPL VPLi BPE TIR
4 5664.645 9828.327 1710.274 0.709458
5 7788.653 13089.48 1950.718 0.639559
6 9279.015 15126.37 2007.194 0.563332
7 10228.11 16196.12 1964.538 0.496657
8 10751.83 16560.71 1870.977 0.441026
9 10953.42 16432.85 1753.42 0.394931
10 10916.22 15972.55 1626.839 0.356535
11 10705.03 15296.24 1499.522 0.324255
12 10369.42 14487.26 1375.97 0.296842
13 9947.055 13604.57 1258.519 0.273331
14 9466.49 12689.46 1148.255 0.252979
15 8949.318 11770.52 1045.545 0.235212

25
Tabela 15 – Valores de VLP, BPR e TIR para o sítio III com suas respectivas idades de corte
Sítio III
Idad
e VPL VPLi BPE TIR
4 6063.078 10519.62 1830.569 0.734917
5 8211.863 13800.72 2056.714 0.655388
6 9702.599 15816.88 2098.821 0.574134
7 10639.8 16848.01 2043.611 0.504562
8 11145.57 17167.18 1939.495 0.447118
9 11326.46 16992.5 1813.136 0.399816
10 11267.55 16486.61 1679.197 0.360573
11 11034.62 15767.18 1545.689 0.327675
12 10677.77 14918.06 1416.887 0.299794
13 10234.99 13998.37 1294.949 0.27592
14 9734.971 13049.35 1180.821 0.25528
15 9199.393 12099.43 1074.761 0.237279

Tabela 16 – Valores de VLP, BPR e TIR para o sítio II com suas respectivas idades de corte
Sítio II
Idad
e VPL VPLi BPE TIR
4 7363.555 12775.99 2223.21 0.811339
5 9600.236 16133.99 2404.441 0.703619
6 11078.89 18060.48 2396.535 0.606984
7 11952.95 18927.38 2295.832 0.528301
8 12372.15 19056.44 2152.937 0.465074
9 12458.08 18690.22 1994.285 0.41389
10 12303.86 18002.93 1833.638 0.371923
11 11979.41 17117.18 1678.032 0.33704
12 11536.84 16118.27 1530.881 0.307671
13 11014.9 15065.06 1393.626 0.28265
14 10442.47 13997.73 1266.639 0.261108
15 9841.002 12943.3 1149.72 0.242385

26
Tabela 17 – Valores de VLP, BPR e TIR para o sítio I com suas respectivas idades de corte
Sítio I
Idad
e VPL VPLi BPE TIR
4 11667.7 20243.8 3522.72 1.014355
5 13818 23222.3 3460.807 0.824779
6 15010.36 24469.44 3246.972 0.686375
7 15530.91 24593.05 2983.059 0.584012
8 15589.45 24011.94 2712.794 0.506223
9 15333.56 23004.15 2454.591 0.445502
10 14866.45 21752.5 2215.54 0.396969
11 14260.65 20376.8 1997.579 0.357386
12 13567.44 18955.26 1800.332 0.324537
13 12823.35 17538.46 1622.433 0.296872
14 12054.43 16158.49 1462.164 0.273273
15 11279.31 14835.02 1317.757 0.252919

Por fim, foi realizada a Regulação Florestal por árvore modificada, esta foi baseada na idade
regulatória de 7 anos, os resultados estão expostos na Tabela 17, que foi dividida em duas partes
para uma melhor visualização dos resultados.
Tabela 18 – Regulação Florestal por árvore modificada
Índice de Sítio
(IS) Área (ha) Produção (m³/ha) Produção Relativa (IS=27.5) Hectare Equivalente
Sítio I 21.5 360 273.5693943 1.036726926 0.964574156
Sítio II 24.5 210 263.8779677 1 1
Sítio III 27.5 450 238.2931474 0.903042984 1.107367
Sítio IV 30.5 180 230.2721072 0.872646205 1.145939779
Total 1200

IMA Prod. Total Prod.


Índice de Sítio (IS) (m³/ha/ano) (m³) Equivalente Área de Corte Anual Anos de Corte
Sítio I 21.5 39.08134205 14069.28314 373.2216934 158.0065278 2.278386881
Sítio II 24.5 37.69685253 7916.339031 210 163.8096219 1.281975977
Sítio III 27.5 34.0418782 15318.84519 406.3693428 181.3973695 2.480741596
Sítio IV 30.5 32.89601531 5921.282755 157.0763169 187.715962 0.958895547
Total 143.7160881 43225.75011 1146.667353 7

5.

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6. Conclusão
O povoamento estudado apresentou-se em quatro diferentes sítios, com uma certa discrepância
no cruzamento do ICA e IMA, que ocorreu de forma precoce, principalmente nos sítios I e II com
as idades de corte de 6 e 7 anos respectivamente, enquanto os sítios III e IV apresentaram idade
ideal de corte ambas em 8 anos.
Utilizando a modelagem em nível de povoamento total (MPT), os dados obtidos
apresentaram uma divergência nos dados de ano ótimo de corte, quando são comparados os dados
de Rotação Silvicultural ideal e os dados de Avaliação Econômica, onde os anos da segunda foram
distintos para cada parâmetro observado.

7. Referências
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increment and yield of forest stands. Oxford: Pergamon, 1970.
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CAMPOS, J. C. C.; LEITE, H. G. Mensuração florestal: perguntas e respostas. 3. ed. Viçosa, MG:
UFV, 2009. 548p.
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