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Segurando

Cena Bônus pelo ponto de vista do Nyktos

Tradução não-oficial por @frombloodbrasil


Conteúdo gratuito.
Sangue.
Eu precisava de sangue.
Mas ele continuou vazando de mim, se derramando das feridas irregulares em meu peito.
Malditos dakkais.
Joguei a toalha encharcada de lado, ignorando o grito de dor quando o movimento repuxou a
pele que já deveria ter cicatrizado. Peguei uma toalha nova para estragar, umedecendo-a.
Vislumbrando a bagunça que as garras dos dakkais fizeram no meu peito, deixei escapar uma
risada áspera. Eu estava mal, e eu...
Eu a fiz estremecer.
Porra.
Eu ainda podia sentir o gosto amargo da vergonha de Sera. E, pior ainda, o forte cheiro de sua
preocupação estava no centro do meu peito, doendo mais do que os cortes feitos pelas malditas
garras.
Porra.
Como ela podia fazer parecer tão real? Sua culpa? Sua preocupação por mim, quem ela
planejava matar? Não era como se eu não entendesse os motivos dela. Os Destinos sabiam que eu
faria quase qualquer coisa para proteger meu povo – e eu fiz –, mas era uma pílula enorme e
amarga de engolir. A minha falha em perceber o que ela estava planejando. Como eu comecei a
confiar nela. Como comecei a lamentar a perda do meu kardia...
— Nada disso importa — eu murmurei.
E não porque Sera provavelmente sempre soube que eu podia ler emoções. Ela jogou o jogo
dela. Destinos sabiam que ela não era a primeira a se tornar tão habilidosa em manipular meus
sentimentos. Não era exatamente a mesma merda que Veses tinha feito? Que ainda tentava fazer?
Eu não ia cair nessa de novo.
Mas ela se encolheu.
— Porra — eu rugi, bombeando mais sangue que eu não podia perder para fora das feridas.
Exalando asperamente, levantei meu olhar para o espelho. Eu mal me reconhecia. Minha pele
estava pálida, minhas bochechas encovadas e as maçãs do rosto muito acentuadas. Sombras se
instalaram sob meus olhos. As presas se projetavam.
Era eu quem parecia um monstro.
Minha cabeça se curvou, então, meu pescoço parecendo um pouco solto demais para meu
conforto. O chão sob meus pés nem parecia estar lá. Eu agarrei a vaidade, me ancorando – ou
tentando. Eu já estive pior do que isso. Com o corpo quebrado. Com os ossos quebrados. Isso não
era nada. Repeti, mesmo quando senti meu pulso lento. Isso não é nada. Mas…
Fazia um tempo desde que eu me alimentei. Eu podia sentir a fome me consumindo. Sentia
isso há dias, mas as opções eram…
As opções eram um pesadelo.
Eu arrastei a toalha sobre meu peito, um silvo de dor escapando de mim. Droga, talvez isso
fosse um pouco mais do que nada. Um estremecimento passou por mim, e uma névoa branca
encheu os cantos dos meus olhos. A única escolha agora era dormir, ir para o solo e me curar,
mas isso deixaria as Terras Sombrias desprotegidas. Deixaria ela desprotegida. Eu rosnei. Nektas
e os outros não podiam fazer muito.
Um zumbido suave de energia pressionou minha nuca, quase imperceptível sob a dor, mas eu
senti.
Eu a senti.
Destinos, não. Eu tinha que estar alucinando. Não havia como ela ter chegado tão perto de
mim sem que eu a sentisse até agora. De jeito nenhum ela estava aqui.
— Nyktos.
Cada músculo do meu corpo travou ao som de sua voz. Meu aperto de vaidade aumentou. Ela
não podia estar aqui. Lentamente, eu levantei minha cabeça e a cascata de cachos loiros prateados
perfurou as sombras nublando minha visão. Ela ficou na entrada da câmara de banho, com o
queixo erguido, ombros retos e pés plantados como... como um guerreiro indo para a batalha. Eu
a vi.
Linda.
A postura dela. A subida e a descida de seu peito a cada respiração que ela dava, esticando o
laço apertado de seu corpete. As curvas infinitas de seu corpo. Desafiando. Aquele maldito
cabelo glorioso. A boca exuberante.
Tudo nela era lindo, até mesmo suas mentiras.
A respiração que me deixou foi irregular, e eu não inalei enquanto olhava para ela, contando
os segundos entre as batidas da minha pulsação.
— Lembro-me claramente de dizer a Nektas para colocá-la em algum lugar seguro, onde você
não pudesse se meter em problemas.
— Sim, bem, ele acha que ouviu você.
Havia muitos segundos entre as batidas.
— Ele não ouviu.
Ela engoliu em seco, atraindo meu olhar para a linha delicada de sua garganta. Uma pontada
aguda de fome perfurou meu estômago e meu peito. Meus músculos se apertaram ainda mais.
— Você precisa se alimentar — disse ela.
Eu quase ri com o desafio em sua voz, mas aquela sombra branca foi aumentando no que
agora eram minutos entre as batidas. Era um desejo insidioso de sangue. Uma besta em forma de
lobo, afundando suas garras em meu peito e mente, cavando cada vez mais fundo até que tudo
que eu podia ver era o pulso latejando em sua garganta. Eu contei o tempo entre eles também.
Estável. Cheio de vida. Cheio de fogo. Eu inalei, então.
— E você, a última pessoa que eu quero ver agora, precisa ir embora.
Sera enrijeceu, o desafio crescendo em sua postura.
— Você precisa se alimentar. É por isso que estou aqui.
Uma onda nebulosa e trêmula de consciência passou por mim. Me alimentar? Minha
mandíbula latejava. Ela não era a única coisa latejando. Mas também meu pau. Que tinha
endurecido no momento em que ela disse meu nome, como sempre acontecia. O mármore
começou a rachar sob meus dedos quando o desejo instintivo de atacar me atingiu com força.
Enquanto o lobo se avolumava e crescia. Estiquei o pescoço de um lado para o outro.
— Você não me ouviu?
— Eu ouvi — Sera se aproximou.
Meus lábios se abriram. Ela estava perto demais para o meu estado de espírito. Minha cabeça
estava uma bagunça. O lobo estava se tornando mais palpável. Ela estava muito perto porque a
besta a queria.
Ela parou, proporcionando um indulto momentâneo e feliz.
— Mas eu não estaria aqui se você se alimentasse como... como os outros Primordiais.
Eu ri. Ou pensei que sim. O único som que ouvi foi um estrondo baixo e animalesco.
— E como você saberia o que os outros Primordiais fazem?
— Eu... Eu não sei, mas imagino que eles se certificariam de não estarem enfraquecidos — ela
admitiu. — Para estarem plenamente capazes de proteger seu povo.
A última coisa em que ela deveria estar pensando era no povo, porque protegê-lo era a última
coisa em que eu estava pensando quando aliviei a vaidade e me virei para ela. Ela deveria estar
mais preocupada em se proteger, mas isso exigiria que ela tivesse pelo menos um grama de
autopreservação. Ela nunca pensava nos riscos, pensava? E, no entanto, fiquei surpreso. A besta
também. Ficou surpresa e emocionada. A presa tola era a mais fácil de caçar e capturar.
Conquistar e...
Uma respiração fina separou meus lábios.
— Você realmente não tem medo da morte, não é?
— Eu... Eu sempre soube que encontraria uma morte prematura de um jeito ou de outro — ela
disse, quase como se fosse algum tipo de piada.
— Como? — A sombra enevoada estava invadindo minhas veias, fluindo para o vazio do meu
peito. — Como você sabia que iria morrer?
— Achei que seria por sua mão ou por um de seus guardas se eu...
— Se você realmente conseguisse me enfraquecer? Se eu me apaixonasse por você? — Eu fui
até a abertura da câmara de banho, sentindo um toque de mal-estar azedo e cítrico. Não medo.
Nunca medo. — Se você conseguisse me matar?
Sera assentiu.
O lobo pressionou contra a minha carne enquanto eu observava a forma como seus lábios se
separaram. A elevação rasa de seus seios. A batida de seu pulso...
O breve gosto dela, aquela pequena gota que eu roubei, ainda persistia em meus sentidos, mas
isso não era tudo que eu precisava. Destinos, eu precisava dela contra mim. Debaixo de mim. Seu
sangue era fogo, mas sua carne era o paraíso. Uma paz violenta.
E eu queria isso.
Precisava disso.
Eu poderia tê-la. Facilmente. A dor física iria embora. O vazio diminuiria por um tempo. Eu
poderia aguentar...
Não isso.
Ela.
Eu poderia tê-la.
Sera.
Seria dela que eu estaria me alimentando.
E eu provavelmente a mataria.
— Você precisa ir embora — eu disse a ela.
— Eu não vou embora.
O lobo rugiu em aprovação enquanto eu gritava:
— Vá embora!
Sera se encolheu... porra, ela se encolheu de novo, e eu provei... a amargura do medo. Bom.
Um rosnado baixo e gutural ecoou do fundo do meu peito. Ela precisava estar apavorada.
Mas ela não se mexeu.
E eu soube então que ela não o faria. O lobo também.
— Se você não der o fora, vou me alimentar de você — eu avisei, não sentindo mais a batida
do meu pulso, — e te foder ao mesmo tempo.
A inalação de Sera me alcançou, assim como o toque picante e esfumaçado de excitação. Cada
parte do meu ser estava focada nela. Somente nela. Meu olhar caiu momentaneamente para sua
boca. Eu poderia pensar em outros talentos. Meu pau latejava, querendo-a tanto quanto eu queria
seu sangue.
— É uma promessa? — Ela levantou uma sobrancelha. — Ou mais conversa fiada?
O desejo por seu sangue e por ela colidiram, fundindo-se. Não havia como separar os dois
agora. Meu peito zumbiu.
— Imprudente.
— Acho que você já sabe que esse é um dos meus talentos.
— Eu posso acabar te matando. Você entende isso? Não me alimento há décadas — isso era
mentira, mas não era. Eu não me alimentava de bom grado há décadas. — Não posso confiar em
mim mesmo nesse momento. Entendeu, liessa?
O belo rubor de sangue atingiu suas bochechas. Seu queixo se ergueu.
— Você não vai me matar.
Tão bonita.
Tão corajosa.
— Sua tola — eu ronronei.
— Talvez, mas ainda estou aqui.
Ela estava.
Sera ficou lá como um sacrifício. Ou um presente.
E eu não podia lutar contra isso. Eu não queria.
— Que seja então.
Cruzei a distância entre nós antes que ela tivesse a chance de mudar de ideia. Meus dedos se
enrolaram em seu cabelo, seu cabelo macio e sedoso, enquanto eu puxava sua cabeça para trás.
Eu golpeei, afundando minhas presas profundamente em sua carne. Eu me apertei contra ela na
primeira gota de sangue, e a besta uivou de prazer.
O sangue de Sera.
Quente e suave, atingiu minha língua primeiro e depois desceu pela minha garganta. Ela tinha
gosto de... tudo. Eu a puxei para mim, com goles fortes e profundos. Bebi e bebi, movendo-me
enquanto o fazia, prendendo seu corpo macio entre o meu e a parede, minha boca movendo-se
avidamente em sua garganta. Ela agarrou meus braços, e a deliciosa pontada de dor arranhou
minhas terminações nervosas enquanto suas unhas cravavam em minha pele.
Ela tinha gosto de fogo doce e luz do sol.
Eu a avisei.
Eu a levei para dentro de mim, devorando o gosto dela, deleitando-me com isso. Nada tinha
gosto de Sera. Nada.
Eu disse a ela o que iria acontecer.
Eu me afoguei em seu gosto, no calor de seu sangue, na sensação de sua passagem por minhas
veias.
Ela conhecia os riscos.
Eu me pressionei contra a suavidade de seu corpo, chupando seu pescoço vorazmente. De
forma egoísta.
E, no entanto, ela ficou.
Um sacrifício?
Um presente?
Eu estava no ponto de ruptura. Eu podia sentir a fera subindo pela minha nuca, preparando-se
para assumir o controle total. Se eu deixasse, tiraria tudo dela.
Eu não queria isso.
Em minha névoa de sangue e desejo, eu sabia disso. Eu não queria ver a centelha desafiadora
dela extinta. Eu não queria ver a vida desaparecer de seu olhar de aço. Eu não queria quebrá-la.
Levou tudo em mim para parar. Para afrouxar meu aperto em seu ombro. Para retardar minha
alimentação. Mas eu fiz isso porque eu a queria.
Viva e quente e debaixo de mim...
Eu queria estar dentro dela.
E ela também queria isso.
Talvez tanto quanto eu, porque seu sangue agora estava enfumaçado com sua excitação.
Gemendo, enfiei minha coxa entre as dela enquanto puxava minha mão de seu ombro para o
volume de seu seio, curvando meus dedos ao longo de seu corpete. Ela estremeceu contra mim,
deixando sua cabeça cair para trás contra a parede, cedendo a mim completamente. E, por um
momento, a besta ergueu a cabeça novamente. Ceder a isso seria tão fácil. Havia uma espécie de
prazer obscuro em tirar uma vida. Em sentir aquela última batida na língua. Chupei mais forte...
O emaranhado de seus dedos no meu cabelo abriu meus olhos. Ela me puxou para mais perto
dela, se contorcendo contra minha coxa. Eu diminuí a velocidade em sua garganta quando ela se
desfez tão primorosamente em meus braços.
O lobo e eu nos fundimos.
Seu grito suave de prazer abafou a sede de sangue. Eu diminuí a velocidade em sua garganta
enquanto ela tremia contra mim, seus quadris balançando mais uma vez enquanto ela puxava meu
cabelo, enviando uma onda ardente de prazer pelo meu couro cabeludo.
Tão maravilhosamente imprudente.
Curvando meus dedos ao longo da borda de seu corpete, rasguei o vestido até a cintura. Seu
suspiro foi um beijo sensual no ar. O roçar de seus seios quentes contra meu peito anulou a
necessidade de seu sangue. Eu afastei minha boca de seu pescoço. Eu queria... não, eu precisava
ver o que eu havia descoberto tão avidamente, mas ela endireitou a cabeça. Nossos olhares se
encontraram, e eu... eu não conseguia desviar o olhar daqueles lindos olhos verdes.
Tão ousados.
Tão valentes.
Eu queria dizer isso a ela, mas as palavras me faltaram quando ela desviou o olhar do meu. Eu
não conseguia desviar o olhar de seu rosto, das poucas sardas, mas soube o momento exato em
que ela percebeu minha excitação. Sua respiração aumentou, e o gosto da luxúria explodiu. Ela se
recostou na parede.
Lentamente, meu olhar baixou para as curvas pesadas de seus seios e as pontas duras e firmes.
Eu gostava de ver meu sangue manchado em sua pele, especialmente naqueles pequenos
mamilos. Puxei seu cabelo para frente, deixando as mechas deslizarem entre meus dedos
enquanto alinhava os cachos em seu seio. Eu deveria ter bebido dali. Um lado dos meus lábios se
curvou. Sua pele era tão maravilhosamente quente e macia sob minha palma. Tão perfeita. Sua
respiração ficou presa enquanto meus dedos percorriam seu mamilo. Eu segurei seu seio. Ela
gemeu. Meu olhar voou para o dela.
Eu sabia que ela me deixaria prová-la ali.
Ela segurava minha cabeça em seu seio com a mesma força com que a segurava em sua
garganta.
Os lábios de Sera se abriram enquanto ela engolia.
— Você bebeu o bastante?
Sua voz me tirou da minha névoa dupla de luxúria e necessidade, forçando-me de volta à
realidade. Eu tomei o suficiente? Engoli em seco, gemendo com o gosto de seu sangue. Eu
poderia beber mais, mas o pior da sede de sangue havia passado. Eu não tinha certeza exatamente
quando. Antes ou depois de rasgar o vestido dela? Mas eu podia sentir a batida do meu pulso, e o
lobo tinha recolhido suas garras.
— Vai ter que bastar — corri meu polegar sobre uma protuberância endurecida de carne,
querendo-a ferozmente. Mas eu estava no controle. Eu sabia sobre o que a havia advertido, mas
ela não era um sacrifício. Ela era um presente, um presente traiçoeiro, mas ainda assim um
presente. E eu não faria dela um sacrifício para ambas as minhas luxúrias.
Fiz uma das coisas mais difíceis que fiz em muito tempo. Eu me forcei a me afastar dela.
— Tem que bastar.
Sera olhou para o meu peito e franziu a testa como se não tivesse certeza de que eu falava a
verdade.
Ela ficou em silêncio, porém, enquanto eu mergulhava em sua carne exposta. Sua beleza. Meu
corpo zumbia. Meu pau doía de uma forma que me dizia que minha mão não iria resolver.
Seu olhar se ergueu para o meu novamente e eu vi tudo em seus olhos de uma só vez. A
decisão. A determinação. Eu poderia tê-la impedido. Eu não impedi. Ela estendeu a mão,
deslizando o vestido de seus quadris, desnudando-se completamente...
Puta merda.
— Sera... — Eu estremeci, observando-a enquanto ela colocava a mão entre os seios e
deslizava aqueles dedos finos em seu estômago. Nada poderia me fazer desviar o olhar. Ela parou
logo acima do umbigo.
— Você não bebeu o bastante.
Então, eu realmente fiquei sem palavras.
— Você prometeu — Sera enfiou os dedos entre aquelas lindas coxas e no calor úmido que eu
queria tanto sentir. Eu inalei bruscamente. — Você prometeu se alimentar de mim e me foder ao
mesmo tempo.
Eu fiquei rígido, meu pulso batendo forte. Seus dedos desapareceram dentro dela...
O espaço entre nós desapareceu. Eu peguei a mão dela, levando-a à minha boca. Fechei meus
lábios sobre um dedo liso, sugando o gosto dela. Era tão decadente quanto seu sangue. Meu olhar
travou com o dela.
— Eu prometi — eu disse, precisando engrossar minha voz. — Eu te avisei o que ia acontecer.
— Avisou.
Meu olhar caiu para seus seios. Um lado dos meus lábios se curvou. Então eu ataquei,
afundando minhas presas na carne farta enquanto envolvia meu braço ao redor de sua cintura. Eu
a levantei, tomando seu sangue enquanto o deixava fluir, bebendo dela enquanto chupava um
mamilo endurecido. Ela jogou a cabeça para trás, mas eu a peguei. Seu prazer quase me desfez
quando nos virei para a cama, deitando-a de costas. Seus dedos foram para o meu cabelo
enquanto eu me mexia, empurrando minhas calças para baixo. Eu precisava parar de beber dela,
mas seu gosto, o jeito que ela cedeu gloriosamente ao fogo. O desejo dela…
Eu levantei a mão até sua bochecha, correndo meu polegar em seu lábio. Sua cabeça virou e
meu pau saltou quando sua boca se fechou sobre meu polegar. Ela tremeu debaixo de mim
quando passei minha mão em seu rosto.
Gemendo, estremeci contra ela, querendo tomar meu tempo. Para explorar cada centímetro de
seu corpo. Para descobrir como cada parte dela era contra meus lábios e língua. Mas mesmo com
a pouca experiência que eu tinha nessas atividades carnais, eu sabia que estava perto de
desmoronar. Corri minha mão sobre seu outro seio e o doce volume de seu quadril, a necessidade
superando o desejo.
O instinto assumiu quando estendi a mão entre nós, minha mão tremendo ligeiramente
enquanto eu me agarrei e guiei a cabeça do meu pau até seu calor. Eu empurrei para dentro dela,
puxando profundamente seu peito enquanto ela inclinava seus quadris para cima, me recebendo.
Bons Destinos…
Eu me acomodei profundamente dentro dela, nunca tendo sentido nada assim antes.
Diminuindo as profundas chupadas em seu seio, passei minha língua sobre seu mamilo. Seu
gemido gutural atraiu meu olhar. Eu levantei minha cabeça para encontrar aqueles olhos verdes
fixos nos meus. Olhei entre nós, observando onde estávamos unidos. A visão era tão incrível
quanto o que ela se sentia.
— Linda — eu murmurei. Uma gota de seu sangue caiu do meu lábio, atingindo seu outro
seio. Eu abaixei minha cabeça, limpando a gota com minha língua. E então continuei, puxando o
pico de seu seio em minha boca.
Sera gemeu, seus quadris balançando, arrancando um gemido irregular de mim. Nunca havia
sentido isso. Destinos, era...
Eu me mexi, observando nossos corpos enquanto me retirava e então empurrava de volta.
— Ah, deuses — Sera sussurrou, passando as mãos sobre meus ombros e braços.
Um tremor passou por mim enquanto eu segurava a parte de trás de sua cabeça. O aperto firme
de seu corpo, o prazer que provei dela e o meu foram quase demais. Eram demais. O controle
sobre minha forma mais mortal começou a cair. Cílios grossos se ergueram quando Sera abriu os
olhos.
— Nyktos?
Estremeci, lutando para conter um tipo diferente de besta. Um Primordial que era muito mais
perigoso que o lobo.
Sera tocou minha bochecha.
Respirando fundo, desejei que meu pulso diminuísse.
— Eu... Eu nunca senti nada assim antes.
Algo doce irradiava dela quando ela sussurrou:
— Nem eu.
Eu endureci, querendo que isso fosse verdade.
— Não minta para mim agora, embora você seja tão boa nisso.
— Não estou mentindo. Também nunca senti isso antes. Nunca.
Ela parecia tão malditamente genuína. E, porra, eu queria que esse momento fosse nosso, que
fosse real. Mesmo que não fosse, não mudava o fato de eu precisar disso. Precisar dela.
— Não tenho muito controle sobre mim mesmo no momento. Não quero te machucar.
— Você não vai me machucar.
— Você não tem como saber disso. Eu mesmo não sei.
— Você não me machucou quando se alimentou — Sera passou o dedo pelo meu queixo. —
Não vai fazer isso agora.
— Sua fé em mim... — Sua bravura era quase tão tola quanto sua aparente confiança em mim,
mas ainda assim, me abalou profundamente. Eu enrolei minha mão em seu cabelo. — É
admirável, mas imprudente.
— E seu receio é equivocado — ela deslizou as pernas para cima e ao redor dos meus quadris.
Perdi o fôlego. Ela também. Seus joelhos pressionaram contra minhas laterais.
Então ela, uma mortal, assumiu o controle.
Me pegando de surpresa, Sera me virou de costas. A mudança de posição foi um choque de
sensações. Eu estava profundamente nela, tão fundo quanto eu poderia ir.
— Mas eu sou mesmo imprudente — ela ofegou, plantando as mãos no meu peito.
Graças aos deuses ela era.
— Bons deuses! — Eu a observei se inclinar para frente, colocando as mãos no meu peito
curado por causa de seu sangue, por causa dela.
As pontas de seu cabelo dançavam sobre ele, de alguma forma tão sensuais quanto seu olhar.
Ela começou a se mover, balançando lentamente. Eu gemi.
— É assim que... É assim que você pretende me matar?
— Não — ela levantou até que apenas a cabeça do meu pau permaneceu dentro dela e então
deslizou de volta para baixo.
Outro estrondo profundo me deixou.
— Tem certeza? — Agarrei sua cintura com uma mão enquanto unia as mechas de seu cabelo
com a outra, segurando os cachos macios para trás enquanto ela balançava. Eu queria ver tudo
dela. As mechas de luar de seus cabelos. O balanço de seus seios e onde estávamos fundidos. —
E acho que vou gostar dessa morte.
Avistei um leve sorriso enfeitando seus lábios antes de sua cabeça cair para trás. Ela segurou a
mão que eu mantinha em seu cabelo, levando-a à boca. Ela pressionou um beijo ali, e o vazio em
meu peito deu um chute instável. Eu não pisquei quando ela puxou minha mão para baixo do
centro de seu corpo para seu calor escorregadio, envolvendo-me. Ela pressionou nossos dedos
contra seu clitóris e então gritou.
— Caralho — gemi, sentindo a onda de seu prazer. Meus quadris se ergueram. — Você é
maravilhosa, liessa.
Liessa.
A cabeça de Sera se projetou para frente e seus olhos se abriram, brilhantes como duas
esmeraldas polidas. Eu mantive meus dedos onde ela queria, provocando o pedaço sensível de
carne. Ela me montou mais rápido, e eu alegremente segui seu exemplo, saboreando o tempero
defumado de seu prazer. Eu sabia que ela estava perto. Estava nos movimentos mais rápidos e
espasmódicos de seus quadris e na aceleração de sua respiração. Eu podia sentir os espasmos
começando nela. Eu assisti avidamente, obsessivamente, não querendo perder um único momento
de sua liberação.
— Ash — ela gritou, tremendo em cima de mim.
Então eu perdi o controle. Eu não sabia se era a sensação dela gozando ou o nome que saiu de
seus lábios. O ar deixou meus pulmões enquanto eu a agarrei com força, empurrando para cima e
para dentro dela, mais forte e mais profundo. A tensão crescia. Segurando-a perto de mim, não
havia nenhum espaço entre nós. Eu precisava...
Eu a rolei, mantendo-me aninhado profundamente dentro dela. Eu apoiei meu peso em um
braço. Ela gritou quando choques de prazer cascatearam por todo o meu corpo. Eu empurrei
profundamente em seu calor sedoso. Isso foi tudo o que precisou. A liberação desceu pela minha
espinha, explodindo em uma cascata de prazer estonteante e de tirar o fôlego. Minha cabeça caiu
em seu ombro enquanto eu me perdia com força, tremendo até os ossos, e parecia continuar pelo
que parecia uma eternidade feliz.
E Sera... Ela tomou tudo de mim.
Ela me segurou com tudo que podia. Eu a sentia em todos os lugares. Passando as mãos pelo
meu cabelo, pelas minhas costas e pelos meus braços. Ela me segurou até que eu cansei e depois
por mais tempo, e havia uma intimidade nisso que eu nunca tinha experimentado antes. Uma
proximidade que parecia... importante. Monumental.
Sentindo-me estranhamente fraco, levantei a cabeça e olhei para Sera. Seus olhos estavam
entreabertos, parcialmente escondidos por uma franja de cílios muito mais escuros que seus
cabelos. Sera sempre foi bonita, mas a cautela sempre presente que estava gravada em suas
feições e olhos havia desaparecido. Havia uma suavidade ali agora. Eu tinha visto quando
estávamos no lago dela e na outra noite na varanda. Era tão raro vê-la assim. Meu olhar fixou-se
no punhado de sardas. Elas eram como uma constelação, uma ainda a ser descoberta.
Suas mãos pararam em minhas costas, e eu abri meus sentidos, sentindo algo fresco e suave.
Mas havia tanta coisa fermentando por baixo disso. Uma violenta tempestade de emoções mal
diminuía, mas me concentrei no sabor leve. Eu sabia o que era.
Contentamento.
Porque eu sentia isso nesse momento. Paz. E era uma loucura para mim. Como se o ontem não
existisse. Nem o amanhã. Só havia o agora. Ela. Eu. Isso. Eu me vi olhando para sua boca.
Aqueles lábios macios.
Eu... eu queria beijá-la.
Eu queria aquele contentamento, que a paz fosse a única emoção que ela sentisse. Olhei para
sua boca, aqueles lábios que derramaram tantas mentiras.
Porra.
Eu saí dela e rolei de costas, começando a fechar meus sentidos para ela quando senti o sabor
da angústia. Ele agarrou meu peito enquanto eu inclinei minha cabeça em direção a ela, me
perguntando se o que eu sentia vindo dela era real ou não. Querendo saber por que eu dava a
mínima. Ela hesitantemente voltou seu olhar para o meu.
— Como? — Eu perguntei. — Como consegue ser tão convincente?
Ela enrijeceu, o sabor da tristeza aumentando até que eu quase, quase acreditei nela.
— Você está lendo minhas emoções.
Sera não era apenas ousada e corajosa. Ela também era inteligente. E era estranhamente
divertido que ela estivesse com raiva por eu ler suas emoções.
— Bom, isso não é nada perto do que você pretendia fazer comigo.
— Não deixa de ser uma grosseria — ela retorquiu.
— Suponho que não, mas você não respondeu à minha pergunta. Como consegue ser tão
convincente? Também te ensinaram isso?
Uma explosão ácida de raiva irradiou dela.
— Ninguém me ensinou a forçar a emoções.
Eu duvidava disso.
— Não mesmo? Seja sincera, Sera. Não é parte da sedução? De me fazer amá-la? Me fazer
acreditar que sente algo por mim?
Uma pitada de vergonha amarga tingiu sua raiva.
— Em primeiro lugar, nós não sabíamos que você era capaz de ler as emoções dos outros. Se
soubéssemos, então é provável eu tivesse aprendido a sentir algo tão profundamente que até
começasse a acreditar que era verdade. Segundo, por que eu fingiria o que estou sentindo agora?
Não faria a menor diferença. Não salvaria meu povo, mesmo que eu pudesse matá-lo. E, por fim,
preciso lembrá-lo de não me dizer o que estou sentindo?
Isso era uma coisa, no entanto. Eu não sabia o que a família dela sabia ou não, e as emoções
podiam ser forçadas a ponto de alguém começar a acreditar nelas. Elas eram, talvez, a coisa mais
fácil de manipular. Foi algo que aprendi da maneira mais difícil.
Mas por que ela as fingiria agora?
Minha mandíbula apertou quando virei minha cabeça para o lado. Por que ela continuaria? O
plano estava perdido. Não servia para nada.
O silêncio caiu entre nós. Não demorou muito para ela falar.
— Você bebeu sangue suficiente? Fale a verdade?
— Mais do que suficiente.
— Ótimo
Comecei a fechar os olhos, mas a senti se mover ao meu lado. Eu os abri para encontrá-la
sentada, o cabelo emaranhado caindo sobre os ombros. Meu olhar mergulhou na curva de seu
seio e na marca que deixei lá. Uma onda animalesca de satisfação disparou através de mim. Eu
deveria ter vergonha de sentir isso, mas gostei de ver minha mordida nela. Muito.
Sera se afastou de mim, indo até a beirada da cama.
Meus músculos ficaram tensos.
— Aonde você pensa que vai
Ela olhou por cima do ombro.
— Para o meu quarto.
Meus olhos se estreitaram.
— Por quê?
— Por que não? — Seu peito subiu bruscamente. — Ou serei levada para outro lugar? Para
aquelas celas que você falou? Se sim, posso pelo menos pegar uma roupa que você não tenha
rasgado?
Ela pensou…
Relaxando, senti meus lábios se curvarem.
— É, eu rasguei aquele vestido todo.
Sera ficou quieta por um segundo.
— Não sei qual é a graça.
— Essa vai ser a minha recordação favorita por anos a fio.
— Ora, que bom para você. Mas não tenho tantas roupas assim para que alguém as arranque
do meu corpo.
Eu olhei para ela, não precisando ler suas emoções para saber que ela estava irritada. O rubor
rosa rastejando em suas bochechas me disse o que eu precisava saber. E porra, como eu gostava
quando ela estava com raiva. Isso me deixou confuso, mas também me deixou duro. Eu roubei
outro olhar rápido para a minha marca em seu peito.
— Você não reclamou na hora.
Os olhos de Sera se tornaram fendas finas.
Meus lábios se contraíram.
— Se bem me lembro, você estava desesperada para se livrar daquele vestido.
Ela olhou para mim, então seu olhar mergulhou abaixo da minha cintura. O pico agudo de sua
excitação me alcançou, e eu me senti engrossar. Olhar para os seios dela não ajudava, mas eu não
queria ajuda.
— Você está sentada ao meu lado, gloriosamente nua, e eu estou olhando de propósito.
— Eu estou vendo — ela retrucou.
Observando a mordida enrugada, arrastei meus dentes sobre meu lábio inferior.
— Acho fascinante uma marca minha em suas partes inomináveis.
Suas sobrancelhas franziram, e então ela olhou para baixo, puxando uma respiração instável.
Houve outra explosão de luxúria picante.
— Pervertido.
— Não posso discordar de você — eu virei minha cabeça para o lado. — Eu não vou levá-la
uma cela.
— Ah, não?
Eu deveria, mas...
— Por que eu faria isso? — Fechei os olhos, esperando que meu pau entendesse a dica. —
Você precisa descansar. Eu também. Precisamos nos preparar para o que está por vir.
Ela não se mexeu.
— Descansar significa dormir, Sera, o que exige que você se deite, a menos que consiga
dormir sentada. Eu acharia isso impressionante — eu disse a ela. — Mas também seria uma
distração.
Um momento se passou.
— Você quer que eu durma com você?
— Eu quero que você descanse. Se você está ao meu lado, não preciso me preocupar com o
que possa fazer — eu raciocinei com ela, comigo mesmo.
Ela ainda não se moveu.
— Você não tem medo?
— De quê?
— Ah, sei lá. De que eu o ataque?
Eu ri, incapaz de me conter. Ela realmente achava que teria a chance?
— Não sei por que você acha essa sugestão engraçada.
— Porque é.
Ela permaneceu ereta.
Eu reprimi um suspiro.
— Vá dormir, liessa.
O silêncio me cumprimentou e pude senti-la crescendo ao meu lado. A violenta tempestade.
Suas emoções selvagens quebraram quaisquer escudos que eu tinha.
— Quer saber?
— O quê?
— Vá se foder.
Meus olhos se abriram. Ela acabou de... Eu lentamente virei minha cabeça para ela em
descrença. Ela realmente não tinha medo. Ou bom senso. Ela estava de costas para mim e ela
estava de joelhos, prestes a sair da cama. Era quase como se ela tivesse esquecido o que eu era.
Quem eu era. Ou ela não se importava.
Isso mudaria.
Eu me movi, muito mais rápido do que ela. Pegando-a pela cintura, puxei-a contra meu peito
enquanto envolvia minha mão em seu queixo, inclinando-a para trás. Não houve sequer uma
mínima explosão de medo dela e, se era isso que eu queria dela, e eu nem tinha certeza, mudou
quando seu corpo entrou em contato com o meu.
Eu a queria.
De novo.
— Quer saber por que acho sua sugestão tão engraçada? — Eu perguntei, pressionando meu
pau contra sua bunda enquanto eu movia minha mão de sua cintura, deslizando-a para a parte
inferior de seu estômago. — Quer?
— Não — a ponta de sua língua rosa umedeceu seus lábios, enviando um dardo de luxúria
brutal através de mim. — Mas aposto que vai me contar. Você adora ouvir a própria voz.
Eu ri. Destinos, ela tinha uma língua afiada. Mergulhei meus dedos entre suas coxas,
encontrando aquele lugar que ela tanto gostava. Seus quadris se mexeram, arrancando uma risada
mais áspera de mim.
— Você gosta dos meus dedos dentro de si, não gosta?
Ela não respondeu, mas eu sabia que sim. Observei as pontas de seus seios endurecerem
enquanto rolava um dedo sobre seu clitóris, e ela balançava contra minha mão.
— E acho que tem uma coisa que você gosta ainda mais do que meus dedos — murmurei,
separando-a. — Não é verdade?
— E daí? — Ela desafiou, sua voz cheia de desejo. Destinos, ela estava deliciosamente
molhada.
Eu pressionei contra sua bunda, e ela balançou para trás. A fricção fez com que os pelos de
todo o meu corpo se arrepiassem.
— Sabe o que eu acho? — Ela disse. — Você esqueceu o que ia dizer.
— Ah, pode acreditar que não esqueci, liessa — minha respiração passou ao lado de seu
pescoço e da marca de mordida ali. Movi-me lentamente atrás dela, seguindo o ritmo do dedo que
deslizei dentro dela até meu pau latejar na minha mão, tão tenso e duro quanto a corda de um
arco. — Só estava fazendo você esquecer.
Sera ficou imóvel.
Eu a virei sobre suas mãos, antebraços e barriga, mantendo seu traseiro erguido. Um sorriso
selvagem surgiu em meus lábios enquanto eu olhava para a curva completa da bunda dela e a
linha elegante de sua coluna. Ela tremeu enquanto eu trabalhava meu dedo para dentro e para
fora, sentindo sua umidade escorregadia. Seu gemido trouxe outra onda de satisfação brutal e... e
raiva. Principalmente de mim mesmo.
Porque eu sabia que não deveria desejá-la. Não havia desculpas. Nenhuma besta para domar,
exceto minha luxúria. Desejo que não era suprido pela alimentação. Isso tudo era eu.
— A sugestão é engraçada porque você não pode me machucar — minha boca pairou sobre a
mordida, e eu não tinha certeza se estava falando com ela ou comigo mesmo. — Você jamais
conseguirá me enfraquecer a ponto de ser uma ameaça.
Ela prendeu a respiração. Então ela virou a cabeça em minhas mãos, na minha direção.
— Tem certeza disso?
Pelo amor de Deus. Essas três palavras…
Minha cabeça caiu, minhas presas encontrando as duas perfurações em sua garganta. Eu não
as afundei. Eu apenas as segurei lá, um ato de domínio, respondido com uma enxurrada de
excitação de Sera.
Ela queria isso.
Assim.
Ela queria que eu dominasse.
Meus lábios se curvaram em um grunhido aquecido quando puxei meu dedo de seu calor
apertado para aquela carne sensível e, em seguida, enfiei meu pau profundamente dentro dela.
Seu grito de prazer alimentou minha necessidade. Eu não precisava dela para me mostrar o
caminho desta vez. Não houve sedução lenta de nenhum de nós. Isso foi puro instinto. A posição.
O jeito que eu a segurava. Destinos, eu ia explodir.
Uma picada repentina e aguda atraiu meu olhar para baixo. Ela tinha colocado meu polegar em
sua boca. A diabinha tinha me mordido.
— Porra — eu gemi contra sua garganta.
Uma risada gutural a deixou quando ela fechou os lábios em volta do meu polegar e chupou
tão forte quanto quando aquela boca esteve em volta do meu pau. E, porra...
Eu me coloquei profundamente dentro dela, descendo minha mão em sua bunda em um tapa
leve.
— Safada.
E descobri que ela também gostava disso.
Sera gemeu em volta do meu polegar, empurrando para trás e gemendo, e eu perdi o controle.
Eu mergulhei nela com força e furiosamente. Não houve sedução. Nem palavras provocativas. Os
únicos sons eram seus gemidos e gritos suaves. Meus grunhidos e o encontro da nossa carne. Eu
a segurei no lugar e a tomei, empurrando mais e mais. Foi selvagem. Cru. Isso era foder...
Mas parecia mais do que isso.
A liberação nos levou numa rápida sucessão, primeiro ela, e então quando ela me apertou, seus
espasmos me levaram ao limite. Com um grito rouco, gozei ainda mais forte do que antes.
Aproveitando os tremores secundários que a balançavam, mantive seu corpo colado ao meu,
apoiando meu peso em meu braço. Eu não sabia por que, mas pressionei meus lábios onde a tinha
mordido antes. Eu simplesmente fiz. Ela estremeceu embaixo de mim e, desta vez, fui eu quem a
segurou.
E continuei segurando.
Mesmo depois que nossos corpos relaxaram e eu nos deitei de lado, com as costas dela em
meu peito. Eu a segurei enquanto ela caía no sono. Eu não a deixei ir. Eu não dormi. Não por um
longo tempo. Eu apenas a segurei, sentindo as batidas de seu coração, cada respiração. Minutos
passaram. Horas.
Meus braços ao redor de Sera não afrouxaram.

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