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TURMAS: 1º ANO A, B, C, D, E, e H.
ATIVIDADES: Para darmos início ao estudo de Literatura, você lerá textos variados. Lembre-se
que lidamos com linguagens o tempo todo. Mesmo textos escritos há séculos atrás guardam
relações com obras atuais, pois Literatura e seus temas não se encerram em determinado
período, mas se transformam ao longo do tempo, em um fluxo contínuo, à medida que a
sociedade e os sujeitos igualmente se modificam.
Você vai ler, a seguir, dois textos. O primeiro,“José”, de autoria de Carlos Drummond de
Andrade, é um dos mais importantes poemas da literatura brasileira; o segundo é a letra de
uma canção de Gabriel, o Pensador.
José
E agora José? Está sem mulher, e tudo fugiu
Você que é sem nome o dia não veio, sua gula e jejum,
você que faz versos, o riso não veio, sua lavra de ouro,
Vocabulário
utopia: lugar ou estado ideal, de completa felicidade e harmonia entre os indivíduos, fantasia,
quimera.
Mas aí um dia, ou quem sabe dois ou três, eu... só queria superar a timidez...
Mas o tempo passa, e se a vida é sem graça, a gente disfarça, na mesa do jantar.
na mesa do bar!
Droga é aquela substância responsável por tornar a sua vida aparentemente mais suportável.
[...]
Ninguém prepara o jovem, nem os pais nem a TV, pra botar o pé na estrada
e não se perder.
Ninguém prepara o jovem pra saber o que fazer quando bater na porta e
ninguém atender.
[...]
1.A quem o eu lírico do poema “José” se dirige, isto é, com quem ele fala?
2. O poema descreve José aos poucos, por meio de imagens, como a destes
versos:
“a noite esfriou,
poema.
b. A morte poderia ser, enfim, uma saída para José? Por quê?
3. Observe estes trechos do poema:
5. Considere agora a letra da canção “Tem alguém aí?”. A voz que fala nos poemas e canções é
chamada de eu lírico. Nem sempre ela coincide com a voz do poeta.
b. A que tempo ele se refere no verso “Antes era só alegria, o mundo não mordia”?
6. O eu lírico da canção também se encontra em um beco sem saída. a- Que tipo de beco sem
saída é esse?
b. O que o teria levado a essa situação?
c. De acordo com o ponto de vista expresso na canção, as drogas são uma saída para
Funções da literatura
Da mesma forma que o conceito de literatura tem mudado historicamente, a função ou o
papel que essa forma de expressão cumpre socialmente também tem variado, de acordo com
o momento e com o grupo que a produz. A função da literatura nem sempre é intencional, isto
é, quem produz literatura não tem necessariamente um objetivo específico com sua produção.
Entretanto, ao serem publicados, os textos de alguma maneira interferem na realidade social.
Em certas épocas, por exemplo, a literatura assume uma função predominantemente lúdica;
em outras, uma função filosófica e pedagógica; em outras, uma função política, ideológica e
até panfletária. Conheça algumas das funções atribuídas à literatura.
Quando pegamos um livro para ler, um romance ou mesmo um ensaio, ou até mesmo um
jornal ou revista, o que nos move é muito mais a experiência e o prazer que essa leitura nos
proporciona do que simplesmente a busca de informação. [...] a leitura, enquanto
oportunidade de enriquecimento e acumulação de experiências, se torna primordial na
formação do ser humano. O que é experiência? Não pode ser medida e não é facilmente
definida. Talvez nem precise de definições. A experiência é sinônimo de estar vivo, criando e
explorando, interagindo com mundos — reais, possíveis e inventados. (Leitura e colheita.
Petrópolis: Vozes, 2002. p. 23.)
Toda alma é uma música que se toca. Quis muito ser pianista. Fracassei. Não tinha
talento. Mas descobri que posso fazer música com palavras. Assim, toco a minha música…
Outras pessoas, ouvindo a minha música, podem sentir sua carne reverberando como um
instrumento musical. Quando isso acontece, sei que não estou só. Se alguém, lendo o que
escrevo, sente um movimento na alma, é porque somos iguais. A poesia revela a comunhão.
(Na morada das palavras. Campinas: Papirus, 2003. p. 71.)
AGORA
É hora É hora
da África.