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MÓDULO 4

ESTRUTURA-Fundações e
Contenções
RESISTÊNCIA
CARGAS
(tipo de solo,
TIPO DE FUNDAÇÃO (peso do prédio, da
capacidade de
ponte, etc.)
carga, etc.)
BALDRAME Casas Térreas Solo firme e seco
Casas Térreas Solo pouco firme
SAPATA
Sobrados Solo firme e seco
BROCA Sobrados e Prédios Baixos Solo firme
STRAUSS Prédios Baixos Solo pouco firme
ESTACA Prédios Altos, Pontes e Solo pouco firme ou com
PRÉ-MOLDADA
Viadutos presença de água
Prédios Altos, Pontes e
TIPO FRANKI Solo pouco firme
Viadutos
Prédios Altos, Pontes e Quando o lençol freático
A CÉU ABERTO
Grandes Viadutos é profundo

TUBULÃO Quando o lençol freático


A AR Prédios Altos, Pontes e é raso ou quando a obra
COMPRIMIDO Grandes Viadutos é dentro de rio, lagoa ou
mar.
Passo 1. O responsável
pela topografia marca os
pontos do terreno que
precisam ser nivelados
até atingir a cota
desejada.
Passo 2. A terra para o nivelamento pode ter sido
removida de outras partes do canteiro, onde houve
escavações.
Passo 3. A terra é espalhada na região a ser nivelada.
E, depois de espalhada, é compactada pelo rolo
compressor.
A norma exige que, após a compactação, uma amostra do terreno seja coletada para
medição, em laboratório, do índice de compactação e do teor de umidade. Basta uma
amostra por radier, extraída do ponto onde o rolo compressor mais afundou.

O nivelamento é conferido com


uso de equipamento a laser.
A vala ao longo
de todo o
perímetro do
radier começa
a ser preparada
manualmente,
com enxada, e
recebe
alinhamento e
gabaritos.
A picareta é
utilizada para
abrir as valas
por onde
passarão as
tubulações
hidráulicas.
A fôrma que delimita o contorno do radier
começa a ser montada dentro da vala.
Neste caso, foram usadas fôrmas
metálicas que contavam, inclusive, com
cantoneiras

O posicionamento das fôrmas no chão se


dá com uso de estacas de fixação.
Com o prumo de face e apoio do gabarito,
o alinhamento deve ser verificado em
vários pontos ao longo do perímetro.

Da mesma maneira, o nível da fôrma é


checado com o laser. Se for necessário
elevar alguns pontos, são usados calços,
como pedaços de blocos.
Uma camada de brita
de aproximadamente
7 cm faz o
nivelamento fino do
terreno e evita o
contato da armação
com o solo. Ela é
despejada no local e
espalhada com uso
de enxadas.
Os trechos de
passagem das
tubulações não
recebem brita, mas
cimento misturado
com areia para
assentamento das
instalações.
baldrame
Sapata corrida
• BLOCO DE
CONCRETO
CICLÓPICO
Tipos de fundações profundas
ESTACAS PRÉ-MOLDADAS
Fundações de Edifícios
Tipos de fundações profundas

ESTACAS ESCAVADAS
Fundações de Edifícios
Tipos de fundações profundas

PAREDES
Fundações de Edifícios

DIAFRAGMA
Passo 1
As ferragens são preparadas em lamelas, neste caso com 2,5 m de largura.
Prontas, devem ser armazenadas de modo que não fiquem sujas de terra ou lama.
Passo 2
Em todo o perímetro, canaleta-guia ajudam a orientar a escavação com clamshell.
Elas são formadas neste caso por duas vigas de concreto armado com 1,10 m de
altura, paralelas e distantes 43 cm entre si. Ao final do processo, elas são destruídas.
Passo 3
A escavação é feita com o
guindaste clamshell. Neste
caso, a profundidade
atingida é de 12 m. As
aberturas são feitas a cada
2,5 m, onde as lamelas
metálicas serão inseridas.
A lama retirada é
depositada até secar e,
depois, é levada para fora
do canteiro.
Passo 4
As lamelas metálicas são içadas por
guindaste e inseridas nos pontos
escavados
Passo 5
Nas alças das armaduras são
passadas travas de segurança
que as mantêm suspensas 20
cm em relação ao fundo do
buraco escavado para que o
metal não toque a terra.
Passo 6
O tubo por onde a parede diafragma
será concretada é içado pelo guindaste
e direcionado para o ponto central da
armadura. Ele deve atingir o ponto
mais profundo da escavação, uma vez
que a concretagem acontece de baixo
para cima.
Passo 7
Quando um único tubo não é suficiente
para atingir a profundidade, um segundo é
içado e rosqueado ao que já foi inserido no
buraco.
Passo 8
O bocal do tubo é deixado pronto para receber o funil
por onde a betoneira despejará o concreto.
Passo 9
Chapas-junta são inseridas
nas laterais de cada
armadura, separando umas
das outras
Passo 10
Ao mesmo tempo, a bomba por onde
circula lama bentonítica é ajustada para
sugar o material expelido no fundo do
buraco à medida que a concretagem
avança.

RESÍDUO DE LAMA BENTONÍTICA


É CLASSE D

Dois silos de lama bentonítica utilizada


para evitar desbarrancamentos e selar
os poros do solo e um de água fazem a
mistura que é enviada para os buracos,
e recebem a lama que sai de lá após a
concretagem. O transporte é feito por
bombas.
Passo 11
O concreto é despejado pelo funil, passando pelo tubo até chegar à sua
extemidade, onde ocorre a expulsão de uma bola que ali havia para evitar o
acesso de lama bentonítica ao interior do tubo. A parede-diafragma é
executada, então, em toda a sua profundidade.
Passo 12
Depois de curado o
concreto, prepara-se o
coroamento das
paredes-diafragma. O
primeiro passo é limpar
a lama que se acumulou
sobre a superfície.
Passo 13
O chamado concreto "podre" é retirado
com um martelete. Nesse momento são
afastadas as canaletas-guia, que
orientaram as escavações.
Passo 14
São instalados os painéis de
madeira que servirão de
fôrma às vigas de
coroamento da
parede-diafragma. Depois
de concretadas e curadas,
essas vigas darão apoio à
laje do piso térreo do edifício
em construção.
Tipos de fundações profundas

ESTACAS HÉLICE
Fundações de Edifícios

CONTÍNUA
Enquanto isso, outro
aponta a localização de
acordo com o projeto,
buscando localizar o
aparato afixado ao
piquete.
A locação é feita com
uma pequena barra de
ferro, afundada cerca de
50 cm no solo. Além de
marcar o local exato,
isso é importante para
evitar que a
movimentação das
máquinas retire a
marcação
Em seguida, a hélice é
posicionada onde será
executada a estaca. O
trado já precisa estar
ajustado para o tamanho
da estaca - neste caso,
com 30 cm de diâmetro
e 11 m de profundidade.
Antes de o trado iniciar a escavação da primeira
estaca do dia, é preciso lubrificar sua tubulação.
Para isso, é usado o próprio concreto. A tampa da
ponta do trado é aberta para a liberação do
concreto. Logo depois ela é fechada para início da
perfuração.
Conforme a perfuração avança, a hélice vai levando o solo escavado para a superfície. Após atingir
a profundidade total da perfuração - 11 m neste caso -, o operador da perfuratriz começa a
remover o trado do orifício. Simultaneamente, o concreto vai sendo lançado pelo duto que passa
no centro da hélice. É hora também de os operários removerem do trado o solo aderido.
Para garantir que todo o
espaço da estaca seja
preenchido, a pressão do
concreto, assim como a
velocidade de perfuração e
de remoção do trado, é
continuamente controlada
pelo operador. É ele
também quem dá o sinal,
com uma buzina, para início
e término da concretagem.
Após a remoção do trado, a perfuratriz se
afasta e a escavadeira entra em ação para
limpar o local e um operário finaliza o
processo. Essa etapa é importante para
retirar o concreto contaminado da ponta da
estaca. Toda a superfície precisa estar
limpa. Como ainda será executado o bloco
de fundação, quanto mais concreto for
retirado nesse momento, melhor, pois facilita
o posterior arrasamento da estaca.
Com a escavação concluída e o fuste totalmente preenchido de concreto, é hora de
colocar a armação com auxílio da própria escavadeira. O equipamento iça as
ferragens e as insere, com velocidade controlada, no orifício.
No caso desta obra, a
estaca tinha 11 m de
comprimento, mas recebeu
armaduras apenas nos 6 m
mais próximos à superfície.
Assim, com um concreto
fluido, foi preciso amarrar a
armação para que não
descesse até o fundo.
Prevendo isso, repare, na
primeira foto, que há um
arame já preso à armadura.

A armação precisa dos espaçadores e dos


roletes para descer centralizada e garantir
o cobrimento pelo concreto. As ferragens
devem ficar abaixo da cota de arrasamento
Tipos de fundações profundas

ESTACAS TIPO FRANKI


Fundações de Edifícios
Tipos de fundações profundas
ESTACAS TUBULARES
METÁLICAS
Fundações de Edifícios
O terreno é regularizado de acordo com as instruções do projeto de
fundações. Nesta obra foi necessário o aterramento de uma parte
dele, pois há um desnível de 4 m no fundo. Uma máquina de
movimentação de terra (escavadeira) distribui a terra pelo terreno.
Depois, é utilizado um rolo compactador
para que o solo fique bem firme antes de
receber as estacas.
O bate-estacas, máquina
composta por uma base e um
martelo (nesta obra, com peso de
3 t), é posicionado no local da
cravação da estaca.
Em seguida, a estaca é
posicionada no bate-estacas,
no prumo correto, para ser
cravada no local determinado
pelos desenhos do projeto. As
estacas nesta obra têm
diâmetros de 33 cm, 38 cm e
42 cm, e alturas entre 4 m e 17
m.
É feita a colocação da "caneca" ou
"capacete" de metal na ponta da estaca,
que antes deve ser protegida com um
calço de madeira (coxim). Isso alivia a
tensão da martelada sobre a cabeça da
estaca, evitando que bata diretamente no
concreto, provocando fissuras.
O operador do bate-estacas
começa então a comandar os
golpes do martelo. Ele bate na
ponta da estaca, que penetra
no solo a cada 20 cm, mais ou
menos, dependendo da altura
de queda do martelo e da
resistência do solo. Nas
primeiras séries de batidas a
estaca entra com mais
facilidade. À medida que entra
no solo, a resistência tende a
aumentar, até que começa a
ficar difícil a penetração. É
hora então de parar e começar
o monitoramento com
equipamentos especiais.
Após a cravação até a
profundidade próxima à
prevista em projeto, chega a
hora de monitorar os
resultados do processo, por
meio da colocação de
sensores especiais na
estaca. Um engenheiro
especialista em ensaios
dinâmicos começa seu
trabalho, fazendo as
medições necessárias para a
colocação dos
equipamentos.
Com uma furadeira, ele faz os furos
necessários na estaca para receber os
sensores que, durante os golpes do
bate-estacas, medem as cargas, verificam
a integridade do elemento de concreto e
calculam a velocidade de penetração.
Os dados colhidos pelos sensores são
transmitidos por ondas de rádio ao
computador, que faz a análise do
cravamento e mostra se a estaca não
fissurou, se alcançou a profundidade
necessária, indo até uma camada mais
resistente do solo, entre outras
informações importantes.
Tipos de fundações profundas

ESTACAS RAIZ
Fundações de Edifícios
Tipos de fundações profundas
Fundações de Edifícios

TUBULÕES
1. Terraplanagem e
escavação preliminar
2. Instalação das fôrmas e
montagem das armaduras
3. Concretagem da primeira
sessão
4. Escavação sob ar comprimido
5. Alargamento da base
6. Concretagem da base
• A ceú
aberto
• A ar
comprimido
MATACÕES
• são blocos de rocha que podem ser
subterrâneos ou superficialmente
expostos. Geralmente têm formato
arredondado, moldados pela ação de
intemperismos - variação de temperatura,
ação de ventos e da água de chuva e das
águas residuais presentes no solo do
entorno
• De acordo com a norma NBR 6502 - Rochas e
Solos, os matacões são pedaços de rocha com
diâmetros médios variando de 20 cm a 1 m.
"Mas a prática geotécnica consagrou o
entendimento de que os matacões
correspondem a grandes blocos isolados de
rocha, com diâmetros médios variando de
algumas dezenas de centímetros a vários
metros", diz o geólogo Álvaro Rodrigues dos
Santos, consultor e diretor presidente da ARS
Geologia.
O que fazer quando encontrá-los
Durante as escavações do terreno, o construtor poderá se deparar
com matacões não identificados nos trabalhos de sondagem.
"Quando isso acontece, é importante entrar em contato
imediatamente com projetista das fundações para que compareça
ao local e verifique as condições reais do problema", explica Lucas
Constâncio. Somente assim o projetista poderá solicitar uma
investigação adicional do solo ou readequar seu projeto de forma
segura. Entre as soluções geralmente adotadas estão a fixação, o
chumbamento, a desagregação química ou até mesmo a
reformulação do projeto. Revista Techné, novembro/2011
GABIÃO
Exercícios
1-Calcular o volume de bota-fora a ser tirado do terreno em
questão considerando o fator de empolamento de 40% e
a topografia apresentada.
2- calcular o volume de concreto a ser utilizado nas
sapatas dos desenhos apresentados em aula
3- calcular a quantidade de ferros a serem utilizados na
sapatas do desenho em questão e fornecer o total em
kilograma. Considerar pilares das sapatas com 20 x 20
cm e espaçamento dos estribos de 15 cm
Atividade de fixação 02 – Calcule o volume de material que
deverá ser cortado, para que possa ser executada uma
rampa na frente da edificação que possibilite o acesso a
garagem.

Dados:
•Récuo frontal: 30metros;
•Rampa de 15% de inclinação;
•Argila e cascalho úmido – tipo de solo que será escavado;
•A entrada para acesso a garagem terá 3metros.

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