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3ª ETAPA: FUNDAÇÃO

3.3 Continuação da execução de fundações

3.3.7 Fundação em estacas Strauss

Normalmente utilizadas para cargas médias e altas e em solos com baixa


capacidade de suporte na superfície. Este tipo de fundação não pode ter
presença de água.

Utilizando como equipamentos : tripé, guincho, soquete ( pilão) e sonda (


balde ou piteira) e tubos de revestimento. Os diâmetros vão de 0,25cm
até 0,63cm.

Conforme as cargas, podem ser utilizadas mais de uma estaca por pilar,
sendo necessário blocos de coroamento para distribuir a carga do pilar
por duas ou mais estacas.

É feita em duas fases: perfuração ( primeiro abrindo o furo utilizando o


soquete, depois substituindo-o pela sonda ou piteira) com colocação do
tubo recuperável simultaneamente. Após atingir a cota de apoio desejada
(impenetrável ou de projeto) é feito o lançamento do concreto. A
concretagem é feita com apiloamento e retirada dos tubos de
revestimento ( guincho). Por ter que concretar após a escavação de cada
estaca o concreto é feito na obra, acima da cota de arrasamento para
posteriormente fazer o arrasamento da estaca.

Obs 1: providenciar controle tecnológico do concreto

Obs 2: para estacas armadas utilizar concreto de slump mais alto e


adensar.

Vantagens:

-Ausência de trepidação

-Facilidade de locomoção dentro da obra

-Execução próximo a divisas


-Custo

Desvantagens:

-Não pode ser feita com presença de água

-A lama retirada durante a execução causa sujeira no canteiro

-Execução bem mais demorada em comparação com outros tipos de


estacas.

3.3.8 Fundação em Estacas Hélice Contínua

Caracterizada pela escavação do solo através de um trado contínuo


possuidor de hélices em torno de um tubo central vazado. Após sua
introdução no solo até a cota especificada, o trado é extraído
concomitantemente à injeção de concreto ( slump + ou – 24 cm , pedrisco
e areia) através do tubo central.

Diâmetros de 0,275m a 1,20m, com profundidades até 33m em função da


torre.

Armaduras somente até 6,00m e são introduzidas após a concretagem


com o concreto ainda mole.

Vantagens:

Executada abaixo do NA;

Não ocasiona vibração no terreno;

Muito rápida ( execução de uma estaca com 0,40m de diâmetro e 16m


leva em torno de 10 minutos, para escavar e concretar)

Desvantagens:

Tamanho do equipamento ( altura da torre)

Custo

Tem que ter central de concreto próxima


Armadura limitada

3.3.9 Fundação em estacas Franki

Normalmente para solos muito ruins e cargas elevadas de projeto.

Diâmetros de 0,35m à 0,60m.

É feita por deslocamento de solo, ou seja o solo não é retirado e sim


afastado para moldar a estaca.

Equipamento com uma torre que crava (por percussão) num primeiro
momento um tubo metálico com a ponta fechada por uma bucha de
concreto muito resistente, que vai abrindo o solo conforme as batidas
sobre o tubo. A medida que vai descendo o furo, o equipamento introduz
os tubos de revestimento no diâmetro da estaca de forma que o furo
fique revestido até a cota de apoio. Ao final com um soquete é expulsa a
bucha de concreto da ponta do tubo usado para perfurar ficando cravada
no fundo da estaca. Pode-se então concretar , se tiver armaduras devem
ser colocadas, o concreto vai sendo compactado com o soquete ao
mesmo tempo que os tubos de revestimento são retirados.

Vantagens:

-executadas abaixo do NA

-eficiente para condições bastante adversas (solos muito ruins e cargas


elevadas)

Desvantagens:

- muita vibração na execução

-custo elevado

-porte do equipamento

3.3.10 Fundação em Estacas Pré moldadas cravadas


Fundação muito utilizada para casos de solos ruins e cargas médias a
elevadas. Consiste em cravar estacas no solo normalmente por
percussão. Também este tipo de fundação é por deslocamento de solo.

As estacas podem ser de concreto armado ou concreto protendido, de


madeira de lei ou metálicas.

As mais usadas são as de concreto, que tem diversos formatos e


dimensões, podem ser quadradas, retangulares, redondas, octogonais,
etc, maciças ou vazadas. São fabricadas conforme a necessidade de
suporte de carga.

De acordo com a carga, sob um pilar pode ter várias estacas que
receberão um bloco de coroamento para distribuir estas cargas.

O equipamento necessário para a cravação é chamado de bate estaca.


Este equipamento alça a estaca, pruma ela sobre o piquete e com um
martelo vai batendo na cabeça da estaca que é protegida por um chapéu
metálico (com amortecedor dentro) para introduzi-la no solo. O ideal é
que a estaca seja cravada até a nega, ou seja, até não conseguir mais
descer (deve-se fazer o teste da nega), pois assim teremos um ponta
extremamente resistente, apoiada num solo impenetrável.

Quando não for possível atingir a nega, o calculista considerará no seu


cálculo apenas o atrito lateral como forma de distribuição de cargas.

Normalmente as estacas vem em peças de diversos comprimentos com o


máximo de 12m por conta do transporte, mas poderão ser emendadas e
alcançarem altas profundidades se necessário.

Vantagens

-podem ser cravadas na presença de água

-encontra-se no mercado com facilidade estacas para várias necessidades

-eficiente para situações adversas como por exemplo solos muito ruins
com presença de água
Desvantagens

-elevada vibração quando são cravadas

-custo

-porte do equipamento

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