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Ela jogou para trás seu longo cabelo loiro brilhante e piscou
seus cílios para ele. Arrumava o cabelo e escolhia seus trajes de
trabalho mais sexys sempre que vinha ao escritório, hoje, usava
uma regata de renda e seu perfume mais sensual.
Espere até que consiga enganá-lo para casar-se com ela, pois
descobriria uma maneira e uma vez que estivessem casados,
estaria preso. Os Wor-Lan se casavam para toda a vida e ela
poderia comportar-se como quisesse. Faria com que rastejasse por
sexo, os Wor-Lan possuíam impulsos sexuais notoriamente altos.
Dormiria com quem quisesse. E, de acordo com as regras deles,
seria obrigado a tratá-la como uma rainha, não importava o que
acontecesse. Os homens Wor-Lan eram tão devotos a suas
mulheres como ferozes para seus inimigos.
Bom, não era sua culpa que muitos dos membros da manada
fossem tão estúpidos e teimosos como ele. Ela só aceitava mulheres
da mais alta qualidade, e se eram muito tolos para apreciá-las, isso
era problema deles, não seu.
Olhando pelo lado positivo, era óbvio que Lukan não gostava.
Sempre parecia incômodado quando Talia estava ao seu redor.
Talvez fosse por conta de algumas das coisas que Alexandra disse
a respeito dela. Infelizmente, Talia tinha um horrível sentido de
tempo.
— Talia. Sinto muito por dizer essas coisas. Não deveria ter te
chamado de vaca gorda. Estou sob muita pressão agora, fazendo
deste negócio o melhor que posso, e me comportei de maneira
inapropriada.
— Claro — disse Talia com calma. — Espero que não volte a
acontecer.
Mas ela não olhou para trás. Deixou que a porta se fechasse
e rapidamente se afastou, com os ombros encurvados contra a dor
contínua de sua rejeição.
CAPÍTULO III.
— Ele é impossível de agradar — Talia reclamou para
Rosamund em uma festa com os clientes no Anders Tower
Penthouse, dois dias depois.
Talia bufou.
— Eu li num livro.
— Cadela.
Talia bufou.
— Eu te amaldiçoo!
Agora, o que foi tudo isso, e por que todo mundo estava
estranho esta noite? Quando retornou com Rosamund, notou algo
que não tinha visto antes. Rosamund usava um xale, mas ele tinha
deslizado do braço esquerdo.
— Isso é uma contusão em seu braço, coberto com
maquiagem? Parece quase como marcas de mãos. — Talia olhou
mais de perto e Rosamund estremeceu. — Se parece como se
alguém a tivesse agarrado.
— Giorgio.
Ela olhou para cima, com a cabeça rodando . Essa voz soava
como Cora. Ela lutou para sentar-se, então se levantou com a
ajuda de Mary.
— Eu disse que não era uma boa ideia — disse Mary a Talia.
— Não deveria ter te obedecido.
— Não foi isso que quis dizer — disse Mary, com o rosto
franzido. — Lukan ficará aborrecido. — Sua cabeça girou e ela
esquadrinhou à multidão. — Lukan está aqui em algum lugar. Irei
buscá-lo e o trarei para você. — Ela deslizou, abrindo caminho
entre a multidão.
Não estava disposta a admitir que não tinha nem ideia do que
estava acontecendo. Tinha medo de ter violado alguma regra da
empresa. Mary a tinha advertido que Lukan não ia gostar disso.
Isso foi tão romântico, pensou Talia, com uma dor no peito.
Seria possível que o homem certo para ela estivesse realmente lá
fora, alguém especial, perfeitamente, para ela? E seria tão atraída
por essa pessoa tão especial como estava por Lukan?
Cora suspirou.
— Essa é uma história longa e triste, mas basicamente, a
manada de Lukan vive ao leste, e a manada do meu Tristan vive ao
oeste. As duas manadas têm uma história ruim, mas se viram
obrigados a chegar a uma trégua quando se trata desta coisa de
agência de entrevistas. Além disso, estão um pouco em guerra uns
com outros. Você conhece o outro sócio do Million Dollar Matches?
Treffon? Ele é o Reginar da manada do meu amor. Isso é como um
Alfa.
Ela estava quase pronta para deixá-lo ir. Então viu uma
mulher magra que com frequência na Terra, durante as reuniões,
dera olhares lascivos a Lukan. A mulher se aproximou dele e
acariciou seu braço. Isso a sacudiu raivosamente, principalmente
quando a mulher se aproximou ainda mais dele e se inclinou para
murmurar algo em seu ouvido.
Talia sentiu uma onda de raiva completamente irracional e
apertou seus punhos. Lukan não era dela, mas mesmo assim, se
essa cadela lhe encostasse as patas novamente, Talia ia mastigar
seu rosto. Além disso, Lukan não se afastaria sem lhe dar algumas
respostas.
— O que você quer dizer com isso, nem sequer por mim? —
perguntou Lukan, com as sobrancelhas juntas, zombando.
O que Talia quis dizer era que Lukan era o único homem que
ela queria, e duvidava que alguma vez quisesse qualquer outro
homem como o queria, se fosse sincera consigo mesma. Mas não
diria isso. Estava furiosa.
— Talia, espera. — Ele suplicou, com uma voz que ela nunca
tinha escutado antes. — Eu te desejei desde o momento em que te
vi pela primeira vez, e quando Alexandra me contou essas coisas
terríveis, foi como se meu coração morresse. E mesmo depois de
tudo o que Alexandra me disse sobre você, por alguma razão nunca
pude suportar te deixar ir. Por isso insisti em que trabalhasse
diretamente comigo, mesmo sendo uma tortura para mim.
Isso fez que Lukan ficasse quieto. Isto era uma notícia séria.
A frota cyborg tinha sido quase destruída há cerca de trinta anos,
depois das Guerras de População. Os cyborgs tinham sido criados
para trabalhar em um planeta mineiro, mas tinham se rebelado e
matado a todos os habitantes humanos. Não tinham um planeta
próprio, e decidiram tomar o controle de Ilyria liberando um vírus
mortal. A metade dos homens e noventa por cento das mulheres,
incluindo a mãe de Lukan, tinham morrido. O pai de Lukan tinha
sido o comandante de uma frota que se sacrificou para destruir os
cyborgs. A Federação tinha eliminado a maior parte do resto, mas
os rumores que estavam circulando era que os cyborgs estavam
reconstruindo-se.
— Interceptamos suas comunicações — disse Kaspar. —
Parece que se dirigiram à fortaleza Thorolf.
Não hoje.
— Não, ela só está de visita pelo dia. Ela voltará para mim
amanhã. — Pelo menos rezou para que ela o fizesse.
— Argh! Além disso, por que seu nome soa tanto como lobo?
Cora bufou.
Talia estremeceu.
Talia. Sua Talia. Ela estava ali. Ela tinha vindo por ele. E ela
não queria que ele matasse a esse chorão.
Quando olhou para cima, Talia estava ali com Cora, Mary,
Treffon, Tristan e outros vinte homens que se amontoavam atrás
deles.
— Você acha que sou tão fraco que não posso lutar minhas
próprias batalhas? — Pelagem cobriu o rosto de Treffon. — Acredita
que preciso de um cachorrinho chorão para me defender?
Ele a ansiava com cada fibra de seu ser. A queria tanto que
certamente estava alucinando, porque sentia seu cheiro. Pensou
que a ouvia caminhar para ele. Mas certamente começou sua
descida à loucura. Ansiou por ela durante muito tempo, e o var-
hool tinha envenenado seu cérebro.
Não podia estar ali assim, vestida com uma camisola de seda,
descalça e com cheiro mais doce de flores, com Mary flutuando a
seu lado, franzindo o cenho.
— Não esqueça, que sou o estúpido que pode tirar seu disco
rígido e reprogramar. — Ameaçou.
— Sim. — Grunhiu.
Podia sentir seu pulso batendo na pele lisa entre suas coxas.
Suas grandes mãos percorreram seu corpo, pressionando contra
sua coluna para que se arqueasse para ele, logo correu a curva
vestida de seda de sua cintura para empurrá-la mais contra ele.
— Oh. Meu. Deus. — Ela ofegou — Não pare. Por favor, não
pare.
— Não. Você só está aqui porque não tive tempo de lhe deixar
na propriedade da manada.
Lukan olhou para Talia. Não precisava ser capaz de ler sua
mente para saber que ele estava em silêncio pedindo sua permissão
para voltar a conectar o robô que programou para ser a
companheira de Talia. Seu coração se aqueceu ao pensar que ele
criou Mary há um ano só para fazê-la feliz, mesmo pensando que
nunca poderiam estar juntos.
— Não. — Ela disse, abafando uma risada. — Não faça.
— Eu adoraria.
Lukan sorriu.
Talia ruborizou.
Talia bufou.
— E na parte da manhã.
Salvi. É claro.
Lukan bufou.
— Lukan. Você sabe que meu pai e meus avós vivem na terra.
E Rosamund é uma de minhas melhores amigas, e na verdade, eu
tenho vários bons amigos que não deixaria para trás. Eles
perceberiam se eu desaparecesse.
Mas é claro que ela não deixaria a sua família para trás. Talia
era uma amante leal e uma mulher perfeita. Muito correta para
abandonar a sua família para ter esperança de mantê-la a seu lado
pelo resto de suas vidas. Seu coração se retorceu em seu peito
enquanto olhava seus belos olhos, repentinamente brilhantes de
lágrimas. Agora... agora que tinha provado o que seria ter Talia
como sua companheira, não acreditava que pudesse suportar
perdê-la. Seu coração se romperia. E pior ainda, ela estaria
sofrendo também. Sua estupidez a feriu. Queria uivar.
Por que não tinha pensado nisto antes? Era o seu estúpido
var-hool, sua esmagadora necessidade e desejo por ela, nublando
sua mente.
Era impossível.
— Talia!
— Sim. Eu vejo.
— Onde quiser.
Ela ficou ali olhando-o consternada. Por fim disse, com a voz
tremente.
Quando ela estava com ele, ele via a beleza do seu mundo
através de seus olhos. Sua mente não só se centrava na estratégia
militar, morte, guerra e planejamento da batalha.
Lukan sorriu.
Lukan gemeu.
Ela sabia que ele estava perto de gozar, queria que gozasse
em sua boca para engolir.
Lukan se ofereceu para levar Treffon com ele, mas Kaspar lhe
disse que Patrivar tinha solicitado especificamente que só ele
assistisse.
Voltou a falar.
— Estamos voando pelo caminho errado. Se você valoriza sua
vida, será melhor que me responda.
Salvi. O que ele disse? Fazer o que? Por que ele parecia tão
zangado? Lukan olhou para Alexandra em busca de respostas.
Por que doía seu coração? Era como uma dor latejante... uma
ausência. Se sentia frio, como se tivessem cortado todo calor e vida.
Como se o sol nunca voltasse a brilhar sobre ele.
Ele se sentou.
— Ela fez algo em sua mente, meu amor. Ela disparou com
uma espécie de pistola de raios que revolveu sua mente. — Ela se
inclinou e beijou seu ombro. Lukan tinha o desejo irresistível de
lavar a pele que havia tocado com seus lábios. — O que acontece?
— Gemeu Alexandra. — Ainda me ama, não é? Você se lembra
quando me disse que sou sua companheira de coração? Ela tentou
te colocar contra mim, mas somos muito fortes para permitir que
uma espiã para os cyborgs destrua nosso amor.
Uma onda de dor como nunca havia sentido antes caiu sobre
ele. Nunca poderia ferir a mulher no banquinho. E se alguém
tentasse lhe fazer qualquer dano, ele o mataria.
Isso fortaleceu seu amor por ele. O amor de Lukan por ela era
tão poderoso que nem sequer a máquina da câmara podia destrui-
lo.
Lukan bufou.
Ela riu. Conhecia seu avô. Estava morrendo para que lhe
perguntasse, assim, ela perguntou.
— E como foi?
Ele o fez.
Mas Talia sabia que não falava a sério. Ela adorava Mary,
embora ela não estivesse tão presente mais, agora que namorava
com Farex.
FIM...
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