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ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS

LEVANTAMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS

Aula prática 1. Introdução à classificação de solos – revisão de conteúdos

Aula prática 2. Descrição morfológica do perfil de solo - Aula de campo

Aula prática 3. Exercícios sobre os atributos diagnósticos do solo

Aula prática 4. Identificação de horizontes diagnósticos superficiais

Aula prática 5. Identificação de horizontes diagnósticos subsuperficiais

Aula prática 6. Exercícios do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos - SiBCS

Aula prática 7. Exercícios do sistema americano de classificação de solos - Soil


Taxonomy

Aula prática 8. Avaliação dos conhecimentos

Aula prática 9. Discussão de textos sobre pedologia

Aula prática 10. Exercícios de levantamento de Solos

Aula prática 11. Reconhecimentos de solos – Campo - Museu de solos

Aula prática 12. Exercícios do sistema de aptidão agrícola das terras

Aula prática 13. Exercícios do sistema de capacidade de uso das terras

Aula prática 14. Projeto de planejamento integrado de propriedades rurais

Aula prática 15. Apresentação do projeto de levantamento de solos


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Aula Prática - Revisão de conteúdos

1. Considerando os seguintes dados:

Ca++ Mg++ K+ Na++ H+ Al+++ Areia Silte Argila


Solo 01 ------------------------cmolc Kg-1------------------------- --------------g Kg-1---------------
A 1,0 0,8 0,10 0,03 2,6 1,2 700 120 180
E 0,7 0,5 0,05 0,02 2,3 1,0 800 100 100
Bt1 2,0 1,5 0,12 0,03 3,9 1,8 600 100 300
Bt2 2,5 1,6 0,10 0,04 4,0 2,0 550 100 350
Solo 02
A 15 4 0,20 0,17 4,3 0,2 40 600 360
AB 14 4,5 0,20 0,18 3,1 0,2 70 570 360
B1 13 4 0,15 0,30 3,2 0,5 100 540 360
BC 11 5 0,14 0,16 3,5 0,8 80 550 370

1.1. Determine o valor S, V%, CTC, Al%, Na%.


1.2. Faça uma relação das características químicas e a textura.
1.3. Qual solo apresenta melhores características químicas?
1.4. Qual dos solos apresenta maior grau de intemperismo? Porquê?
1.5. Qual o solo apresenta maior acidez trocável? e acidez potencial?
1.6. Qual o solo apresenta maior suscetibilidade natural à erosão? Porquê?
1.7. Qual o solo apresenta maior necessidade de correções relativas à fertilidade?

2. Questões a serem desenvolvidas:

a. Quais as principais classes de solos encontradas no RS. (caracterize por região – Ex.
Região do Planalto; Região da Campanha, Região da Depressão Central; Região das Missões;
etc...).

b. Dê exemplos de, no mínimo, 10 Unidades de Mapeamento comuns no RS, a respectiva


classe de solo e vocação de uso da terra.

c. Dê exemplos de algumas classes de solos encontradas nos estados de SC, PR, SP, MS,
MT, GO e TO.
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Aula Prática - Descrição morfológica do perfil de solo

A morfologia na Ciência do Solo é a descrição da aparência que o solo apresenta no campo, as


quais são visíveis a olho nu ou perceptíveis por manipulação. A descrição morfológica do solo objetiva a
identificação e a caracterização do perfil sendo fundamental para estudos de gênese, levantamento e
classificação dos solos.

Características morfológicas internas: Considera-se a espessura, cor, textura, estrutura, consistência,


cerosidade, porosidade, distribuição de raízes e transição de horizontes.

Características morfológicas externas: Refere-se à descrição do ambiente onde se encontra o solo.


São realizadas anotações sobre o clima, relevo, drenagem, vegetação, pedregosidade e rochosidade,
erosão e uso atual. A morfologia é descrita conforme metodologia do Manual de descrição e coleta de
solo no campo (Santos et al., 2005).
Os horizontes O ou H, A, E, B e C são os horizontes genéticos principais. Eles refletem a
atuação dos processos que atuam na formação do perfil do solo.

O - Horizonte orgânico situado sobre horizonte mineral superficial. Apresentam de boa drenagem.
H - Horizonte orgânico geralmente superficial. Apresentam condições de má drenagem.
A - Horizonte superficial mineral, geralmente de coloração escurecida pelo enriquecimento com matéria
orgânica (M.O.).
E - Horizonte mineral que ocorre abaixo do A, apresentando eluviação de argilas, óxidos ou M.O.
B – Horiz. mineral formado abaixo de um A ou E. Apresenta intensa alteração do material de origem.
C – Horiz. mineral inconsolidado pouco afetado pelos processos de intemperismo e pela ação de
organismos.
R - Substrato rochoso que corresponde à rocha sã ou rocha já alterada, podendo ser coeso. É
considerado como camada e não como horizonte.

Horizontes transicionais – Representam horizontes que apresentam características de dois


horizontes principais. Ex.: Horizonte AB - apresenta maior semelhança com o horizonte A, mas possui
características do horizonte B. Comum em solos muito desenvolvidos como os Latossolos.

Horizontes intermediários – Representam horizontes onde ocorrem partes identificáveis, mas


misturadas dos horizontes principais. Ex.: Horizonte A/C - classificado desta forma por apresentar
inclusões de áreas dentro do horizonte A constituindo menos de 50% do volume, com características do
C. Ex.: Neossolos Litólico distrófico típico (UM Pinheiro Machado).
Além dos horizontes principais, podem ser acrescidos sufixos indicando alguma característica específica.
Ex.: Bt (horizonte B textural) – Horizonte B com acúmulo de argila iluvial.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DO SOLO - vide Manual de descrição e coleta de solo


no campo (Santos et al., 2005) ou apêndice 14.3.
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Exemplo de descrição do Perfil


Descrição Geral
CLASSIFICAÇÃO: Argissolo Bruno – Acinzentado Alumínico típico.
LOCALIZAÇÃO: Coordenadas UTM: 6.657.224N e 316.070E.
SITUAÇÃO E DECLIVE DO PERFIL: Corte de estrada no terço superior de elevação.
MATERIAL DE ORIGEM: Arenito da Formação Santa Maria.
PEDREGOSIDADE E ROCHOSIDADE: Não pedregoso, não rochoso.
RELEVO LOCAL: Suave ondulado.
EROSÃO: Laminar.
DRENAGEM: Moderadamente drenado.
USO ATUAL: Pastagem.
DESCRITO E COLETADO POR: Ricardo Dalmolin e Fabrício Pedron.

Descrição Morfológica

A 0 - 30 cm; bruno-escuro (10 YR 3/3 úmido), bruno-acinzentado (10 YR 5/2 seco); franco
arenoso; pequeno, moderado, granular, blocos subangulares; friável, plástico e pouco
pegajoso; transição gradual e plana.
AB 30 - 52 cm; bruno (10 YR 4/3 úmido) e bruno (10 YR 5/3 seco); franco siltoso; pequenas a
média, moderada, blocos subangulares; friável, plástico e pouco pegajoso; transição
gradual e plana.
Bt 52 - 80+ cm; bruno-amarelado-escuro (10 YR 4/4 úmido) e vermelho-acinzentado (10 YR
5/2 seco), mosqueado comum, pequeno e médio, bruno-forte (10 R 4/6); argila; média a
forte, blocos subangulares; plástico e pegajoso.
RAÍZES – Muitas no A, comuns no AB e raras no Bt.

Análises Físicas e químicas

No de Profundidade Composição Granulométrica (g Kg-1)


Horizonte Silte/Argila
Laboratório (cm) Areia Silte Argila
271/19 A 0–30 320 540 140 3,86
271/20 AB 30–52 282 468 250 1,87
271/21 Bt 52–80 183 347 470 0,74

Complexo Sortivo (cmolc Kg-1)


Horizonte ++ ++ V (%)
Ca Mg Na+ K+ H+ Al+++ Valor S CTC
A 1,6 1,8 0,03 0,18 2,8 0,8 3,6 7,1 50,0
AB 1,3 1,3 0,10 0,05 5,9 4,6 2,7 13,2 20,0
Bt 3,8 5,4 -- 0,06 9,0 6,1 9,3 24,4 38,0

pH em Carbono P assimilável
Horizonte Al (%) M.O. (g Kg-1)
água 1:1 (g Kg-1) (mg Kg-1)
A 5,4 18,0 15,0 26,0 1,8
AB -- 63,0 6,0 10,0 2,0
Bt -- 40,0 5,0 8,0 2,7
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Aula Prática - Exercícios sobre os atributos diagnósticos do solo

1. Utilizando os quatro primeiros perfis de AULAS PRÁTICAS, desenvolva as seguintes


questões:

a. determine se os perfis apresentam caráter alumínico, ebânico ou sódico.

b. quais os perfis que apresentam argila de atividade alta e baixa.

c. descreva o comportamento dos solos em relação à saturação por bases e a presença de


mudança textural abrupta.

d. qual(is) a(s) diferença(s) entre caráter sódico, solódico, salino e sálico.

e. o que é caráter ácrico e qual a relação com a fertilidade do solo?

f. o que é cerosidade? onde ela é encontrada?

g. qual o regime de temperatura e umidade predominante nos solos do RS?

Aula Prática - Identificação de horizontes diagnósticos superficiais

1. Observe o esquema para determinar o Hz. diagnóstico superficial (sequencia a - e) e


desenvolva a questão 2.

a. Construir um quadro conforme modelo abaixo:


Hor. Prof. (cm) Cor (úmida) C(%) MO(%) V(%) P
Valor Croma

b. Verificar se o teor de carbono orgânico é suficiente para ser classificado como Hz. Hístico.
c. Delimitar no quadro até que profundidade são satisfeitos os requisitos para ser horizonte Hz.
A Chernozêmico. Verificar a espessura para Hz. A Chernozêmico.
d. Se for Hz. A Chernozêmico, verificar se não se enquadra como Hz. A Antrópico. Se não for
Hz. A Antrópico, será classificado como Hz. A Chernozêmico.
e. Se não for Hz. A Chernozêmico, ver qual horizonte diagnóstico superficial ocorre no solo em
questão.

2. Identificar o Hz. diagnóstico superficial dos primeiros quatro perfis da apostila prática.
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Aula Prática - Identificação de horizontes diagnósticos subsuperficiais

1. Observe o esquema abaixo, usado para identificação do Hz. diagnóstico subsuperficial (sequencia a -
b) e desenvolva a questão 2.

a. construir uma curva de distribuição de argila de acordo com a profundidade do solo, conforme
modelos abaixo:

% argila % argila % argila

Parte eluvial Parte


eluvial

Parte Sem
iluvial evidências
Parte de
iluvial iluviação

Curva A Curva B Curva C

b. verificar a qual curva, a distribuição de argila em profundidade, é semelhante.

Curva A – Verificar se é B textural. Caso apresentar as características para ser B textural, verificar teor
de plintita (pode ser B plíntico); características marcantes de gleização (pode ser Horizonte Glei); teor de
carbonato de cálcio, associado ao elevado pH (pode ser cálcico) e verificar se é B plânico (tem
precedência sobre o hz. glei).
Curva B – Fazer a mesma verificação da curva A, observando se o horizonte que perdeu mais argila
corresponde a um horizonte álbico. Caso positivo este perfil apresentará dois horizontes diagnósticos
subsuperficiais.
Curva C – Quando o perfil apresentar uma distribuição de argila semelhante à curva C, verificar na
sequencia qual horizonte diagnóstico subsuperficial se enquadra melhor.

2. Identificar o Hz. diagnóstico subsuperficial dos 1º quatro perfis do apêndice 14.2.

3. Questões a serem desenvolvidas:

a. qual a principal diferença entre os horizontes A Chernozêmico e A Proeminente?


b. qual o horizonte diagnóstico superficial e subsuperficial mais comum nos solos do RS e do Brasil?
c. qual a diferença entre horizonte pedogenético e horizonte diagnóstico?
d. é comum a ocorrência do horizonte A antrópico? porquê?
e. qual a principal diferença entre um horizonte B textural e o B nítico?
f. o B plânico é característico de qual classe de solo. Qual(is) unidade(s) de mapeamento do RS
representam estes solos?
g. dê exemplos de solos do RS que apresentam os seguintes horizontes diagnósticos:
- B textural: Classe de solo __________________ UM ________________________
- B incipiente: Classe de solo ________________ UM ________________________
- B latossólico : Classe de solo _______________ UM ________________________
- B nítico : Classe de solo ___________________ UM ________________________
- Horizonte vértico: Classe de solo ____________ UM ________________________
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Aula Prática 6 - Exercícios do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, SiBC

1. Após a identificação do horizonte diagnóstico superficial e subsuperficial e das principais


características do solo, utilize a chave para identificação das classes de solos no SiBCS.

- Identificar a ordem (primeiro nível categórico)


- Identificar a subordem (segundo nível categórico)
- Identificar o grande grupo (terceiro nível categórico)
- Identificar o subgrupo (quarto nível categórico)

2. Questões a serem desenvolvidas.

a. Quais as principais diferenças entre um Neossolo Litólico distrófico típico e um Neossolo


Litólico eutrófico fragmentário.
b. Qual a designação regional (RS) para as classes de solo acima?
c. Quais as principais características de um Latossolo Bruno alumínico câmbico?

d. Quais as principais características de um Chernossolo Argilúvico férrico típico?


e. Qual a classe de solo e principais características das seguintes unidades de mapeamento do
RS:
- São Pedro
- Vacacaí
- Charrua
- Santo Ângelo
- Cruz Alta
- Passo Fundo
- Escobar
- Santa Maria
- Pedregal
- Uruguaiana
- Erechim
- Ciríaco
- Vacaria
- São Borja
- São Gabriel
- Cambaí

f. Qual a provável sequencia de horizontes dos solos da questão “e”?


g. Qual a aptidão ao uso agrícola dos solos da questão “e”?
h. Porque é importante saber o nome (classe) do solo?
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Aula Prática - Exercícios da classificação americana de solos – Soil Taxonomy

1. Após a identificação do horizonte diagnóstico superficial e subsuperficial utilize a chave para


identificação das classes de solos no sistema americano de classificação de solos.
- Identificar a ordem (primeiro nível categórico)
- Identificar a subordem (segundo nível categórico)
- Identificar o grande grupo (terceiro nível categórico)

2. Questões a serem desenvolvidas:


a. Complete o quadro:

Solo Ordem Subordem Grande Grupo


Kandiudox
Hapludox
Rhodudult
Albaqualf
Argiudoll

b. O que diferencia estes solos em nível de grande grupo?


c. Qual(is) horizonte(s) diagnóstico(s) está(ão) implícito(s) no nome dos solos acima?
d. Qual(is) as principais características de cada um desses solos?
e. Qual(is) solo(s) do RS podem ser identificados com os nomes acima?
f. Identifique os regimes de umidade de cada um dos solos acima.
g. Qual a principal diferença entre os solos da ordem Alfisol e Ultisol?
h. Cite alguns exemplos de classes de oxissols encontrados no Planalto do RS.

Aula Prática 8 - Avaliação de conhecimentos

Aula Prática 9 - Discussão de textos sobre pedologia

Sugestões de textos para leitura e posterior discussão:


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Aula Prática - Exercícios de levantamento de solos

1. Identifique no mapa do levantamento de reconhecimento de solos do estado do Rio Grande


do Sul (escala 1:750.000), o município de São João do Polêsine. Identifique os solos que
ocorrem no município. A seguir, compare esta área com o mapa de solos do Município de São
João do Polêsine (Klamt et al., 1997) publicado na escala 1:20.000 e os solos que ocorrem no
município.
- Na fotografia aérea, escala 1:100.000, localize o município de São João do Polêsine.
Observe o relevo com auxílio do estereoscópio e faça uma relação com a distribuição dos solos
observada no mapa.

2. Utilizando o mapa do levantamento de reconhecimento de solos do estado do Rio Grande do


Sul, publicado na escala 1:750.000:

a. Escolha uma área na região de interesse do grupo, que abranja 1° de longitude e 30’ de
latitude. Copie em folha transparente os limites das unidades de mapeamento e identifique as
mesmas.
b. No mapa resultante, elabore a legenda de identificação, adequando as unidades
taxonômicas no sistema atual de classificação de solos (EMBRAPA, 2018).
c. Elabore uma topossequência típica dos solos que ocorrem na região escolhida.
d. Descreva o potencial de uso de cada unidade – faça um mapa com a vocação de uso,
considerando áreas aptas para lavouras, pastagens e/ou reflorestamento.

3. Indique o tipo de levantamento de solos e escala de publicação para as seguintes áreas:


- microbacia com 800 ha _________________________________________________
- município com 350 Km2 _________________________________________________
- região com 1.000.000 ha ________________________________________________
- propriedade rural com 2000 ha ___________________________________________
- estação experimental com 200 ha _________________________________________

4. Para uma área de 300 km2 qual a escala de publicação do mapa de solos se considerarmos
que suas dimensões gráficas são de 50cm x 50cm.

5. Um grupo de pedólogos foi solicitado para realização de um levantamento de solos em área


de desapropriaçãoria, onde 300 famílias receberão lotes de 100 ha cada. Este levantamento
deve ser publicado na escala 1:50.000, qual será as dimensões gráficas desta área no referido
mapa?
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Aula Prática - Reconhecimento de solos

Discussão sobre os fatores e processos pedogenéticos e sua relação com a diversidade


pedológica do RS, considerando aspectos morfológicos, físicos, químicos e mineralógicos. Aula
no Museu de Solos do Rio Grande do Sul.

Questões:
a. Quais as principais regiões geomorfológicas do RS?
b. Quais os principais processos pedogenéticos ocorridos nos solos do RS e sua distribuição
geográfica?
c. Comente a diferença entre os solos encontrados em uma climossequência no sentido oeste -
leste no planalto Riograndense.
d. Faça uma discussão sobre os diferentes tipos de Neossolos que ocorrem no RS, sua
distribuição geográfica e pedogênese, e sua vocação de uso.
e. Discuta sobre os diferentes Argissolos que ocorrem no RS, suas propriedades morfológicas
e químicas associadas com os fatores de formação, principalmente material de origem.

Aula Prática - Exercícios do sistema de aptidão agrícola das terras


1. Diferenciar os conceitos: terra e solo

2. Avaliação da aptidão agrícola das terras

a. elaborar um quadro - guia conforme o exemplo do quadro 1 na sequencia.

Neste quadro, os graus de limitações para cada fator agrícola devem ser estimados,
sempre em condições naturais (nível de manejo A, que não prevê melhoramentos). Os graus
de limitação nos níveis de manejo B e C devem ser estimados após o uso de práticas de
melhoramento das condições naturais.

No nível de manejo B as práticas de melhoramento correspondem a classe 1 de


melhoramento.

No nível de manejo C as práticas de melhoramento correspondem as classes 1 e 2.


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Quadro 1. Fatores e graus de limitações e classes de aptidão de uso nos níveis de manejo A, B
e C De Uma gleba de terra composta predominantemente por Argissolos
Vermelhos Alumínicos típicos.

Nível de Nível de Nível de


manejo A manejo B manejo C
Fatores Agrícolas Classe Classe Classe
Graus de Graus de Graus de
de de de
limitação limitação limitação
aptidão aptidão aptidão
Fertilidade natural F M1 L2
Deficiência de água L L L
Excesso de água N N N
Susceptibilidade à erosão M L/M1 N/L2
Impedimentos à mecanização L/M L L
Pior classe:
Melhor grupo: _____________
Classe de aptidão: _____________
Principais fatores limitantes: A ________ B ________ C ________

b. cruzar as informações da unidade de mapeamento considerada (Quadro 1) e o quadro guia


proposto por Ramalho Filho e Beek (1995) para cada fator agrícola dentro dos níveis de
manejo considerado.
c. em cada nível de manejo, indique a pior classe e no resultado, indique o melhor grupo de
aptidão.
Se o melhor grupo for 1, 2 ou 3 e em algum dos níveis de manejo aparecer o grupo 4, 5
ou 6, na simbologia da classe estes números (4, 5 e 6) não aparecerão, indicando que naquele
nível de manejo as terras são inaptas para aquele tipo de utilização.
d. Por fim, identifique as principal (is) limitação (os), nos níveis de manejo A, B e C.

Aula Prática - Exercícios do sistema de capacidade de uso das terras

1. No seu entendimento, para que serve o sistema de classificação da C.U.T.?


2. Qual o significado dos símbolos: IIIs; IIe-2; IVa; VII
3. Qual a classe de capacidade de uso mais indicada para uma gleba constituída por um
Planossolo Háplico distrófico arênico?
4. Qual a classe de capacidade de uso mais indicada para um Nitossolo Vermelho eutroférrico
chernossólico, que ocupa o topo de uma elevação com declividade média inferior a 2%?
5. Qual a subclasse de CUT mais indicada (complete a fórmula máxima) para uma gleba de
terra que apresenta os seguintes dados:

_______ PVd – P3 – 3 – 5/3 – 1/2 di – pd1 – La


C – 27

Faça uma descrição completa desta gleba de terra.


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Exercícios das classificações técnicas ou interpretativas

1. Quais as diferenças básicas entre o sistema de aptidão agrícola das terras e o sistema de
capacidade de uso das terras?
2. Utilizando os sistemas de classificações técnicas ou interpretativas estudados, dê 3
exemplos em que ocorra equivalência na vocação de uso. (Estabelecer para a mesma gleba de
terra, a aptidão agrícola e a capacidade de uso)
3. Qual o sistema de classificação técnica ou interpretativa você usaria para servir de base
para cobrança do ITR? Justifique tecnicamente sua resposta.
4. Considerando os seguintes solos:

Solo 1. Gleissolo Háplico Tb distrófico argissólico A proeminente textura arenosa/média relevo plano
Argissolo Vermelho - Amarelo distrófico espessarênico abrúptico A moderado textura arenosa/média
Solo 2.
relevo suave ondulado
Solo 3. Neossolo Litólico eutrófico fragmentário textura média relevo ondulado a forte ondulado
Solo 4. Latossolo Vermelho distroférrico típico A moderado textura argilosa relevo ondulado

Preencha o quadro abaixo:

4.1. Provável classificação no sistema da C.U.T. (classe sub classe)


4.2. Provável classe do sistema de aptidão agrícola das terras
4.3. Principal limitação no nível de manejo A do sistema de aptidão agrícola das terras.
4.4. Principal limitação no nível de manejo C do sistema de aptidão agrícola das terras.
OBS. As questões devem ser respondidas no quadro a seguir:

4.1 4.2 4.3 4.4


Solo 1
Solo 2
Solo 3
Solo 4

5. Numere segunda coluna de acordo com a primeira. Escolha o número da primeira coluna
que melhor se enquadra na segunda coluna. (o mesmo número pode ser repetido ou não
aparecer na segunda coluna. Pode haver respostas em branco).

1. Neossolo Litólico ( ) Complexo de solos


2. Ciríaco + Charrua ( ) inapto no nível de manejo A
3. B incipiente ( ) Solo c/ regime de umidade áquico
4. Argilic horizon ( ) 2(b)c
5. Planossolo Háplico distrófico arênico ( ) epipedon Histic
6. UM Erechim ( ) não aceita o nível de manejo C
7. A chernozêmico ( ) inclusão
8. Nitossolo Vermelho eutrófico típico ( ) IVa
( ) VIes ( ) características vérticas
( ) Oxisol ( ) epipedon Mollic
( ) 1aBC ( ) Argissolo Vermelho
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Aula Prática - Planejamento integrado de propriedades rurais.

- Realizar o levantamento de dados ambientais de uma área pré-determinada e efetuar o


planejamento integrado de uso das terras, indicando em mapas as características das
diferentes glebas de terras e sua vocação de uso.
AULA DE CAMPO

Aula Prática - Seminário

1. Identifique um município de seu interesse para que seja realizado um levantamento


semidetalhado. Elabore rapidamente um projeto de execução deste levantamento. Busque
informações sobre a localização e caracterização do município, clima, hidrografia, vegetação,
solos e uso atual.

2. Escolha uma área de 5000 ha para que seja instalada uma estação experimental que vise às
necessidades de pesquisas para os solos da área.

Projeto
O principal objetivo deste projeto é mostrar as vantagens de se fazer um levantamento
de solos para o município em questão.
Deverá ser entregue uma semana antes da apresentação do seminário.
Deve conter:
-Introdução
-Objetivos
- Metodologia / desenvolvimento
- Resultados esperados e impacto no desenvolvimento da região
- Orçamento
- Conclusões
- Bibliografia consultada

Apresentação do projeto
O seminário deverá ser apresentado por todos os componentes do grupo.
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Perfis de solos

– AULAS PRÁTICAS -

Perfil 1
Descrição geral

Situação e declive: Corte de estrada na meia encosta de uma elevação com 5% de


declividade.
Material de origem: Eruptivas básicas, basalto.
Pedregosidade e rochosidade: Não pedregoso, não rochoso.
Relevo: Suavemente ondulado.
Drenagem: Bem drenado (údico).
Uso atual: Pastagem natural.
Descrito e coletado por:

Descrição morfológica

A 0 – 40cm; bruno avermelhado escuro (2,5YR 3/3 úmido), vermelho escuro (2,5 YR 3/6
seco); muito argiloso; moderada média granular; poroso; ligeiramente duro; firme, plástico
e pegajoso; transição difusa e plana; raízes abundantes.
BA 40 – 80cm; vermelho escuro (2,5YR 3/6 úmido), bruno avermelhado escuro (2,5YR 3/6
seco), muito argiloso, moderada pequena e média, blocos subangulares; pouco poroso;
duro, firme, plástico e pegajoso; transição gradual e plana; raízes comuns.
B1 80 – 140cm; bruno avermelhado escuro (2,5YR 3/4 úmido), bruno avermelhado escuro
(2,5YR 3/5 seco), muito argiloso, moderada grande blocos subangulares; poroso, muito
duro a friável, muito plástico e muito pegajoso; transição difusa e plana; raízes comuns.
B2 140 – 170cm; vermelho escuro (2,5YR 3/6,úmido), vermelho escuro (2,5 YR 3/5, seco)
muito argiloso, moderada grande blocos subangulares, muito porosae; muito duro, friável,
muito plástico e muito pegajoso; raízes ausentes.

Dados analíticos

Composição granulométrica g Kg-1 Arg. Grau de


Prof. Relação
Hor. Areia dispersa floculação
(cm) Areia fina silte argila silte/argila
grossa g Kg-1 (%)
A 0-40 70 60 190 680 28
BA 40-80 50 40 190 720 0
B1 80-140 50 40 170 740 0
B2 140-170+ 40 80 90 750 0

Complexo sortivo – cmolc Kg-1 Fe2O3


V% Al%
Ca+2 Mg+2 K+ Na+ S H+ Al+3 CTCef CTC pH7,0 %
1,7 1,0 0,4 0,01 5,0 0,8 19
1,2 0,4 0,04 0,01 3,2 0,7 20
1,1 0,5 0,04 0,02 3,5 1,1 20
0,8 0,3 0,04 0,02 3,2 1,2 22

pH
C (g Kg-1) M. O (g Kg-1) P (mg L-1) Ki Kr
água KCl
5,3 4,4 12,3 2 1,97 1,13
5,4 4,5 5,3 1 1,95 1,19
5,4 4,4 5,1 1 1,93 1,19
5,4 4,3 3,1 1 2,00 1,28
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Perfil 2
Descrição geral

Situação e declive: Corte de estrada na meia encosta de uma elevação com 5% de


declividade.
Material de origem: Rochas sedimentares, arenito.
Pedregosidade e rochosidade: Não pedregoso, não rochoso.
Relevo: Ondulado com declives em dezenas de metros.
Drenagem: Bem drenado (údico). Uso atual: Pastagem natural.

Descrição morfológica
A1 0 - 25cm; bruno amarelado escuro (10YR 3/3 úmido); franco arenoso; moderada
pequena média granular; muito poroso; muito friável, não plástico e não pegajoso;
transição difusa e plana; raízes abundantes.
A2 25 – 65cm; bruno escuro (7,5YR 3/4 úmido); franco arenoso; moderada média blocos
subangulares; muito poroso; muito friável, não plástico, e não pegajoso; transição difusa
e plana; raízes abundantes.
AB 65 – 100cm; bruno avermelhado escuro (5YR 4/4, úmido); franco argilo arenoso,
moderada média blocos subangulares; poroso; ligeiramente duro, friável, ligeiramente
plástico e ligeiramente pegajoso; transição clara e plana; raízes abundantes.
B1 100 – 130cm; bruno avermelhado escuro (2,5YR 4/6, úmido); franco argilo arenoso; fraca
e média blocos subang.; poroso; lig. duro, friável, lig. plástico e lig. pegajoso; transição
gradual e plana; raízes muitas.
B2 130 – 160cm; vermelho escuro (2,5YR 4/8, úmido); mosqueado pouco pequeno e
proeminente Bruno escuro (10YR 3/6, úmido); franco argilo arenoso; moderada pequena
blocos subangulares; cerosidade fraca e pouco; poroso; duro; friável, lig. plástico e lig.
pegajoso; transição gradual e plana; raízes raras.
C 160 – 190cm.

Dados analíticos

Composição granulométrica g Kg-1 Argila


Prof. Grau de Relação
Hor. dispersa
(cm) Areia grossa Areia fina silte argila floculação silte/argila
g Kg-1
A1 0-25 430 300 120 150 8
A2 25-65 420 320 100 160 10
AB 65-100 340 370 110 180 18
B1 100-130 300 240 100 360 27
B2 130-160 290 240 90 380 27

Complexo sortivo – cmolc Kg-1


Fe2O3
CTC V% Al%
Ca+2 Mg+2 K+ Na+ S H+ Al+3 CTCef %
pH7,0
0,9 0,8 0,08 0,03 2,5 1,1 4
1,2 0,5 0,05 0,03 2,9 1,0 4
3,1 0,9 0,05 0,04 4,1 1,0 4,5
3,2 1,2 0,10 0,04 3,7 1,3 6
2,0 1,2 0,06 0,03 3,2 1,7 6

pH
C (g Kg-1) M. O (g Kg-1) P (mg L-1) Ki Kr
água KCl
5,0 4,1 7,0 3 2,86 2,18
5,0 4,0 7,0 1 2,36 1,89
5,1 4,1 6,0 1 2,22 1,81
5,2 4,0 7,0 1 2,18 1,77
5,2 4,0 5,0 1 2,23 1,79
16

Perfil 3
Descrição geral

Situação e declive: Corte de estrada no terço superior da várzea, com 3% de declividade.


Material de origem: Sedimentos aluviais recentes.
Pedregosidade e rochosidade: Não pedregoso, não rochoso.
Relevo: Plano a suave ondulado.
Drenagem: Mal a imperfeitamente drenado (áquico).
Uso atual: Pastagem natural.
Descrito e coletado por:

Descrição morfológica

A1 0 – 30cm; bruno escuro (10YR 3/4 úmido); franco arenoso, fraca, média, granular e
fraca média blocos subangulares; poroso; friável, ligeiramente plástico e ligeiramente
pegajoso; transição clara; raízes abundantes.
A2 30 – 45cm; bruno amarelo escuro (10YR 4/4 úmido); franco arenoso; fraca, média,
blocos subangulares e fraca média granular; poroso; friável; não plástico e não
pegajoso; transição clara e plana; raízes abundantes.
E 45 – 65cm; (10YR 5/3 úmido); mosqueado pequeno distinto; franco arenoso; fraca,
média, blocos subang.; poroso; friável; não plástico e não pegajoso; transição clara e
plana; raízes comuns.
B 65 – 120cm; cinzento (10YR 5/1 úmido), bruno amarelado (10YR 5/4 úmido amassado);
mosqueado grande abundante e proeminente; vermelho (10YR 4/8 úmido); e
mosqueado grande comum e distinto, Bruno amarelado claro; (10YR 6/4 úmido); franco
argiloso; forte grande prismática que se quebra em grande blocos subangulares;
cerosidade forte e abundante; pouco poroso; extremamente duro, muito firme, muito
plástico e muito pegajoso; transição gradual e plana; raízes poucas.
C 120 – 150cm.

Dados analíticos

Composição granulométrica g Kg-1 Argila


Prof. Grau de Relação
Hor. dispersa
(cm) Areia grossa Areia fina silte argila floculação silte/argila
g Kg-1
A1 0-30 210 430 270 90 4
A2 30-45 210 430 260 100 1
E 45-65 210 460 290 40 0
B 65-120 130 310 220 340 18

Complexo sortivo – cmolc Kg-1


CTC
Ca+2 Mg+2 K+ Na+ S H+ Al+3 CTCef V% Al%
pH7,0
0,7 0,6 0,06 0,09 3,3 1,7
0,3 0,2 0,03 0,09 1,7 1,4
0,2 0,1 0,02 0,05 1,2 0,6
7,5 2,6 0,13 0,52 2,9 1,3

pH
C (g Kg-1) M.O (g Kg-1) P (mg L-1) Ki Kr
água KCl
5,0 4,0 7,4 1 4,10 4,00
5,0 4,0 2,5 1 3,60 4,90
5,3 4,1 1,0 1 4,80 3,70
5,4 4,0 1,4 1 2,80 2,50
17
Perfil 4
Descrição geral

Situação e declive: Corte de estrada na meia encosta de uma elevação com 25% de
declividade.
Material de origem: Eruptivas básicas, basalto.
Pedregosidade e rochosidade: Pedregoso, não rochoso.
Relevo: Ondulado a forte ondulado.
Drenagem: Bem drenado (údico).
Uso atual: Pastagem natural.

Descrição morfológica
A 0 – 15cm; bruno avermelhado escuro (2,5YR 3/2 úmido); argila siltosa; moderada média
granular; muito porosa com poros pequenos, atividade biológica intensa; friável,
ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição gradual e plana; raízes
abundantes.
AB 15 – 40cm; bruno avermelhado escuro (2,5YR 3/3 úmido); argila; moderada pequena
blocos subangulares, poroso com poros pequenos; atividade biológica intensa; friável a
firme; ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição gradual e plana; raízes
abundantes.
BA 40 – 80cm; bruno avermelhado escuro (2,5YR 3/5 úmido); muito argiloso; moderada
pequena blocos subangulares; muito poroso com poros muitos pequenos; cerosidade
moderada e comum; duro, firme, Ligeiramente plástico e pegajoso; transição difusa e
plana; raízes comuns.
B 80 – 110cm; vermelho escuro(2,5YR 3/6 úmido); muito argiloso, moderada pequena
bloco subangulares; poroso com poros pequenos; cerosidade forte e abundante; duro
firme, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajosos; transição difusa e plana; raízes
raras.
C 110 – 160cm;

Dados analíticos

Composição granulométrica g Kg-1 Argila


Prof. Grau de Relação
Hor. dispersa
(cm) Areia grossa Areia fina silte argila floculação silte/argila
g Kg-1
A 0-15 220 200 400 180 60
AB 15-40 200 210 400 190 70
BA 40-80 150 180 350 320 200
B 80-110 130 170 300 400 220
C 110-160 - - - - - - -

Complexo sortivo – cmolc Kg-1


Fe2O3
CTC V% Al%
Ca+2 Mg+2 K+ Na+ S H+ Al+3 CTCef %
pH7,0
13 2,0 0,10 0,04 4,0 0 23
13 1,9 0,08 0,03 3,8 0 23
16 4,0 0,04 0,03 3,2 0 24
18 5,0 0,04 0,08 2,3 0 25

pH
C (g Kg-1) M.O (g Kg-1) P (mg L-1) Ki Kr
água KCl
5,9 5,0 19,0 4 3,6 0,9
5,9 5,2 13,0 3 3,5 0,9
6,2 5,5 7,0 2 3,7 1,4
6,3 5,7 5,0 2 3,7 1,5
18

Perfil 5
Descrição Geral

Situação e declive: coletado em barranco de corte de estrada, em trecho médio inferior do


morro, com 8 a 20 % de declive.
Material de origem: Membro Alemoa da Formação Santa Maria.
Pedregosidade e rochosidade: Ligeiramente pedregosa, não rochosa.
Relevo: Ondulado.
Drenagem: Moderado à imperfeitamente drenado (údico à áquico).
Uso atual: Pastagem nativa.
Descrito e coletado por:

Descrição Morfológica

Ap 0 – 26cm; bruno-acinzentado escuro (10YR 4/2 úmido); franco siltosa; moderada,


pequena a média, blocos angulares e subangulares; muito friável, não plástica e não
pegajosa; poros muito pequenos, comuns; transição clara e plana.
A 26 – 40cm; bruno-amarelado escuro (10YR 4/4 úmido); franco siltosa; fraca a moderada,
blocos angulares e subangulares, muito pequenos a médios; friável a solta, ligeiramente
plástica e ligeiramente pegajosa; poros muito pequenos, abundantes; transição abrupta e
plana.
B 40 – 75cm; cinzento muito escuro a preto (10YR 3/1 úmido), mosqueado vermelho
escuro (2,5YR 3/6); franco argilosa; forte, muito pequenos a médios, blocos angulares e
subangulares; cerosidade fraca, comum; muito firme, muito plástica e muito pegajosa;
poros muito pequenos, comuns; transição gradual e plana.
C 75 – 130cm.

Dados analíticos

Horizontes Fração da amostra total g Kg-1


Relação
Profundidade Calhaus + cascalho Terra fina
Símbolo Silte - Argila
(cm) (>2mm) (<2mm)
Ap 0 – 26 0 1000 3,68
A 26 – 40 0 1000 2,88
B 40 – 75 0 1000 0,97

Composição granulométrica da terra fina g Kg-1


Horizonte (dispersão com NaOH)
Areia grossa Areia fina Silte Argila
Ap 61 265 530 144
A 21 288 513 178
B 32 254 352 362

pH H2O Complexo sortivo – cmolc Kg-1


Horizonte
1:1 Ca2+ Mg2+ K+ Valor S H+ Al3+ CTC pH7
Ap 4,8 5,5 1,3 0,13 6,9 3,7 1,0 11,6
A 4,8 4,5 0,9 0,15 5,5 11,6 1,0 18,2
B 4,5 12,3 2,2 0,34 14,8 13,8 6,0 34,6

P K C
Al Valor V
Horizonte assimilável assimilável Orgânico
% mg L-1 g Kg-1
Ap 60 13 2,5 50 5,7
A 31 15 1,5 58 4,6
B 43 29 1,5 132 5,7
19

Perfil 6
Descrição Geral

Situação e declive: coletado em barranco de corte de estrada, em trecho médio inferior do


morro, com 8 a 20 % de declive.
Material de origem: Basalto da Formação Serra Geral.
Pedregosidade e rochosidade: Muito pouco pedregosa, pouco rochosa.
Relevo: Ondulado.
Drenagem: Bem drenado (údico).
Uso atual: Floresta nativa.
Descrito e coletado por:

Descrição Morfológica

Oh 4 – 0 cm;
A 0 – 12 cm; bruno acinzentado muito escuro (10YR 3/2, úmido); franco siltoso; média,
granular, moderada; muito friável, plástico e pegajosa; muitos poros, pequenos a
muito pequenos; transição irregular e clara.
A/CR 12 – 85 cm; bruno acinzentado muito escuro (10YR 3/2, úmido); franco argilo siltoso;
média, granular, moderada; muito friável, plástica e pegajosa; muitos poros, pequenos
a muito pequenos; transição irregular e clara.
CR 85 – 120 cm+;

RAÌZES: Muitas no A, comuns no A/CR, e poucas no CR.

OBSERVAÇÕES: Presença de raízes finas e de raízes grossas de árvores que penetram nas
fendas (0,5 a 2 cm de diâmetro).

Dados analíticos

Horizontes Fração da amostra total g Kg-1


Relação
Profundidade Calhaus + cascalho Terra fina
Símbolo Silte - Argila
(cm) (>2mm) (<2mm)
A 0 – 12 150 850 0,38
A/CR 12 – 85 700 300 0,60

Composição granulométrica da terra fina g Kg-1


Horizonte (dispersão com NaOH)
Areia grossa Areia fina Silte Argila
A 67 192 535 206
A/CR 26 137 524 313

pH H2O Complexo sortivo – cmolc Kg-1


Horizonte
1:1 Ca2+ Mg2+ K+ Valor S H+ Al3+ CTC pH7
A 5,9 31,8 5,8 0,51 38,1 3,6 0,0 41,7
A/CR 5,4 27,3 6,2 0,26 33,8 5,0 0,1 38,9

P K C
Al Valor V
Horizonte assimilável assimilável orgânico
% mg L-1 g Kg-1
A 0 91 10,5 200 54,5
A/CR 0 87 5,5 100 26,4
20

Perfil 7
Descrição Geral

Situação: Corte de estrada na metade de uma elevação com 3% de declive.


Altitude: Aproximadamente 900 metros.
Material de origem: Eruptivas ácidas, riodacitos.
Pedregosidade e rochosidade: Não pedregoso, não rochoso.
Relevo: Suavemente ondulado.
Cobertura vegetal: Campos naturais com mata de araucárias. No perfil, gramíneas.
Drenagem: Bem drenado (údico).
Descrito e coletado por:

Descrição Morfológica

Ap 0 - 39cm; bruno escuro (10YR 3/3, úmido); argila; moderada pequena granular e moderada
média blocos subangulares; muito poroso; macio, muito friável, ligeiramente plástico e
ligeiramente pegajoso transição clara e plana; raízes abundantes.
B1 39 - 58 cm; bruno a bruno escuro (7,5YR 4/4, úmido); argila; fraca média blocos subangulares;
revestimento fosco, comum nas superfícies verticais; muito poroso; duro, friável, plástico e
ligeiramente pegajoso; transição difusa e plana; raízes poucas.
B2 58 - 137 cm; bruno forte (7,5YR 4/6, úmido); argila; fraca média blocos angulares e
subangulares com aspecto de maciça pouco coerente; revestimento fosco e fraco só nas fendas
verticais; poroso; duro, friável a muito friável, plástico e ligeiramente pegajoso; transição clara e
plana; raízes poucas.
C 137 - 235 cm; vermelho amarelado (5YR 4/8, úmido)

Dados analíticos

Horizonte Ataque por H2SO4 pH


P
Profundidade Ki
Símbolo Fe2O3 Al2O3 Água KCl (mg L-1)
(cm)
Ap 0 - 39 17,8 19,1 1,99 4,7 3,7 2,0
B1 39 - 58 18,5 22,6 1,90 4,5 3,8 1,0
B2 58 - 137 19,5 22,6 1,95 4,8 3,9 1,0
C 137 - 235 24,2 23,3 2,15 5,2 3,8 1,0

Complexo sortivo (cmolc Kg-1) V Al


Ca++ Mg++ K+ Na+ Valor S Al+++ H+ CTC pH 7 (%) (%)
1,6 1,0 0,17 0,05 2,8 4,2 10,0 17,0 16 60
0,6 0,6 0,03 0,04 0,7 5,1 7,3 13,1 5 87
0,5 0,5 0,03 0,04 0,6 5,2 2,0 7,8 7 88
0,7 0,6 0,03 0,08 1,4 7,6 5,0 14,0 10 84

Composição Granulométrica g Kg-1 Argila Grau de


C N Silte/
C/N Dispersa Floculação
g Kg-1 g Kg-1 Areia grossa Areia fina Silte Argila Argila
g Kg-1 %
29,0 2,2 13 50 40 210 700 110 82 0,55
16,5 1,2 14 50 20 200 730 90 88 0,27
6,7 0,9 7 30 30 210 730 110 86 0,28
1,1 0,2 6 220 100 390 290 0 100 2,57
21

Perfil 8
Descrição Geral

Situação: Trincheira situada na parte abaciada do relevo.


Altitude: 150 metros.
Material de origem: Basalto.
Pedregosidade e rochosidade: Não pedregoso, não rochoso.
Relevo: Plano a suavemente ondulado, com presença de gilgai.
Cobertura vegetal: Campo natural.
Drenagem: Mal drenado (áquico).
Descrito e coletado por:

Descrição Morfológica

A1 0-15cm; preto (7,5YR N 2/, úmido); argila; moderada, grande, granular; pouco poroso;
firme, muito plástico e muito pegajoso; transição gradual e plana; raízes abundantes.
A2 15-70cm; preto (7,5YR N 2/C, úmido); argila; forte, grande, prismática que se desfaz
em média angular com arestas vivas; muitos "slickensides"; pouco poroso; firme, muito
plástico e muito pegajoso; transição clara e plana; raízes bastante.
C 70-120cm+; cinzento escuro (10YR 4/1, úmido); mosqueado grande, abundante e
proeminente, bruno amarelado (10YR 5/8, úmido); basalto intemperizado com
presença de calhaus e cascalhos.

Dados analíticos

Horizonte Ataque por H2SO4 pH


P
Profundidade Ki
Símbolo Fe2O3 Al2O3 Água KCl (mg L-1)
(cm)
A1 0-15 8,0 8,8 5,03 5,3 4,5 3
A2 15-70 10,0 11,2 3,98 5,7 4,6 <1
C 70-120+ 15,1 10,3 4,24 6,7 5,3 7

Complexo sortivo (cmolc Kg-1) V Al


Ca++ Mg++ K+ Na+ Valor S Al+++ H+ CTC pH 7 (%) (%)
31,1 11,7 0,73 0,22 43,8 0 12,7 56,5 78 0
38,6 15,3 0,16 0,47 54,5 0 8,0 62,5 87 0
37,4 16,8 0,09 0,66 55,0 0 1,6 56,6 97 0

Composição Granulométrica g Kg-1 Argila Grau de


C N Silte/
C/N Dispersa Floculação
g Kg-1 g Kg-1 Areia grossa Areia fina Silte Argila Argila
g Kg-1 %
56,4 4,3 13 30 20 430 520 370 29 0,83
33,3 2,1 16 20 10 310 660 590 11 0,47
4,4 0,5 9 50 50 410 490 570 4 0,51
22

Esquema para descrição morfológica do solo


(Extraída de Santos et al., 2005)

Escolha do local e procedimentos de preparo do perfil para descrição

O local onde será aberta a trincheira para descrição morfológica do perfil deve ser
representativo e não pode apresentar alteração antrópica como cortes de horizontes
superficiais ou aterro sobre estes horizontes. Por isso, barrancos de estradas e voçorocas
devem ser evitados, preferindo-se a abertura de trincheiras.
A trincheira deve apresentar, sempre que possível, espaço suficiente para o trabalho
dos diferentes horizontes. Para solos profundos recomenda-se 2 m de profundidade, 1,2 m de
largura e pelo menos 1,5 m de comprimento para viabilizar o manuseio dos horizontes mais
profundos. Pelo menos a face vertical onde será efetuada a descrição deve apresentar-se lisa,
bem iluminada e livre de contaminações (material do solo de outros horizontes).

Sequencia para exame morfológico do perfil

Aberta a trincheira, inicia-se o exame do perfil pela separação de horizontes, que são
diferenciados basicamente pela variação perceptível das características morfológicas (cor,
textura, estrutura, consistência etc.), avaliadas em conjunto.
Separados os horizontes, tomam-se suas profundidades e caracterizam-se a cor, a
textura, a estrutura, a consistências seca, úmida e molhada, a presença de mosqueados,
concreções, cerosidade e raízes, e a porosidade de cada horizonte com as respectivas
transições entre eles.

Espessura e arranjamento dos horizontes

- Feita a separação dos horizontes, mede-se a profundidade e a espessura, fazendo coincidir o


zero da fita métrica com o topo do horizonte superficial mineral, e procede-se a leitura.
- Em transições onduladas, irregulares descontinuas e quebradas, deve-se considerar a
profundidade anotando entre parênteses as variações máximas e mínimas.
- Na presença de um horizonte orgânico sobre o horizonte superficial, o zero da fita métrica é o
topo do horizonte A e a mensuração dos horizontes orgânicos sobrejacentes é feita de baixo
para cima (do topo do hz A em direção a superfície).

Transição entre horizontes


É descrita quanto ao grau (nitidez) e à topografia (forma) com que os horizontes se
diferenciam no perfil.

Transição entre horizontes - Grau ou nitidez

Grau ou nitidez Faixa de separação (cm)


Abrupta < 2,5
Clara 2,5 a 7,5
Gradual 7,5 a 12,5
Difusa >12,5
23

Descrição da forma de transição entre horizontes

Forma ou
Características
topografia
Plana Paralela a superfície, pouco ou nenhuma irregularidade.
Sinuosa, com desníveis em relação a um plano horizontal mais largos
Ondulada
que profundos.
Irregular, com desníveis em relação ao plano horizontal mais profundos
Irregular
que largos.
Descontínua, em que partes de um horizonte estão parcial ou
Descontínua
completamente desconectadas de outras do mesmo horizonte.

Cor
- Para a caracterização da cor a campo é conveniente quebrar os agregados ou torrões para
determinar se a cor é a mesma por fora e por dentro dos elementos da estrutura.
- Depois a caracterização é feita (pela comparação com os padrões de cores constantes na
caderneta de Munsell) em amostras secas, seca triturada, úmida, e úmida amassada.
- Alguns horizontes podem estar mesclados ou com mais de uma cor e recebe o nome de
mosqueados ou variegado.
- Na determinação da cor do mosqueado apenas a cor úmida é suficiente e esta notação é feita
da seguinte forma: cor de fundo e cor das manchas existentes e arranjamento dos
mosqueados.
- Descrição do arranjamento dos mosqueados:

Quanto à quantidade:
- pouco: quando a área total das manchas não
ocupa mais de 2% da superfície do horizonte;
- comum: de 2 a 20% da superfície do horizonte;
- abundante: mais de 20% no horizonte.

Quanto ao tamanho das manchas:


- pequeno: eixo maior < 5 mm;
- médio: eixo maior de 5 a 15 mm;
- grande: eixo maior > 5 mm.

Quanto ao contraste de cores das manchas em


relação ao fundo:
- difuso: indistinto, reconhecido apenas em um exame acurado, matiz, valor e croma do
mosqueado variam pouco;
- distinto: facilmente visível, sendo a cor do matiz facilmente distinguida da cor do mosqueado;
matiz varia de 1 a 2 unidades e valor e croma de 1 a algumas;
- proeminente: a diferença entre a cor do matiz do solo e do mosqueado é de varias unidades
em matiz, valor e, ou, croma.
24

Textura
- A campo a textura é estimada pelas sensações táteis. Para isso uma amostra é umedecida e
trabalhada na mão até formar uma massa homogênea sem excesso de água. Esse material,
passado entre o polegar e o indicador, pode dar a sensação de aspereza, sedosidade e
pegajosidade correlacionadas com as proporções areia, silte e argila, respectivamente.
- A anotação da textura é efetuada pela estimativa das porcentagens dos teores de areia, silte
e argila, utilizando-se o triângulo textural.
- Para frações grosseiras são adotadas as denominações:

Cascalho: fração de 2 mm a 2 cm de diâmetro;


Calhaus: fração de 2 a 20 cm de diâmetro;
Matacão: fração maior que 20 cm de diâmetro.

Triângulo Textural - 13 classes texturais consideradas no SiBCS


25

Estrutura
Os tipos de estrutura normalmente encontrados no solo são classificados de acordo
com a forma e ao tamanho das unidades estruturais como mostra a tabela a seguir:

Tipos ( forma e arranjamento dos agregados)


Prismática : é um tipo que Blocos: com 3 dimensões da mesma ordem de
predomina a linha vertical magnitude, distribuídas em torno de um ponto.
Forma
Laminar Forma e aspecto
Blocos Blocos
Prismática Colunar arredondado
angulares subangulares
granular grumosa
Muito
< 1 mm < 10mm < 10mm < 5 mm < 5 mm < 1 mm < 1 mm
pequena
1a2
Pequena 10 a 20 mm 10 a 20 mm 5 a 10 mm 5 a 10 mm 1 a 2 mm 1 a 2 mm
mm
2a5 10 a 20
Média 20 a 50 mm 20 a 50 mm 10 a 20 mm 2 a 5 mm 2 a 5 mm
mm mm
5 a 10 20 a 50
Grande 50 a 100 mm 50 a 100 mm 20 a 50 mm 5 a 10 mm -
mm mm

Muito > 10
> 100 mm > 100 mm > 50 mm > 50 mm > 10 mm -
grande mm

Tipos de estruturas

Outra característica avaliada é o grau de desenvolvimento da estrutura:

Fraca: unidades estruturais pouco frequente em relação à terra solta.


Moderada: unidades estruturais bem definidas e pouco material solto.
Forte: unidades estruturais são separadas com facilidade e quase não se observa material solto.
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Porosidade

Quanto ao tamanho:
- Sem poros visíveis (lupa com 10x de aumento); muito pequenos < 1 mm de diâmetro;
pequenos de 1 a 2 mm; médios de 2 a 5 mm; grandes de 5 a 10 mm e muito grandes > 10
mm de diâmetro.

Quanto à quantidade de poros:


- Poucos poros, poros comuns e muitos poros.

Cerosidade
É o aspecto brilhante e ceroso resultante de filmes de argila que recobrem a superfície
das unidades estruturais.
- Quanto ao grau de desenvolvimento: podem ser fraca, moderada e forte de acordo com
maior ou menor nitidez e contraste mais ou menos evidente com as partes sem cerosidade.
- Quanto à quantidade: pouco, comum e abundante, em função do revestimento da superfície
dos agregados.
Além da cerosidade, deve-se descrever:
* Superfícies foscas ou “coatings": superfícies ou revestimentos muito tênues e pouco
nítidos, que não podem ser caracterizados como cerosidade. Estes revestimentos são
constituídos por filmes de matéria orgânica e manganês (pretos ou quase pretos).
* Superfícies de fricção ou “slickensides”: superfícies alisadas e lustrosas, apresentando
estriamento causado pela movimentação e atrito da massa de solo. Ocorrem devido aos
movimentos de expansão e contração da massa de solo resultante do umedecimento e
secagem do solo.
* Superfícies de compressão ou “pressure surface”: superfícies alisadas sem estriamento
causadas por compressão na massa de solo em decorrência da expansão do material. Podem
apresentar brilho quando úmidas ou molhadas.

Consistência

Solo seco: caracterizada pela dureza ou tenacidade. Para avaliá-la, deve-se selecionar um
torrão seco e comprimi-lo entre o polegar e o indicador.
- Solta: não coerente entre o polegar e o indicador.
- Macia: massa do solo fracamente coerente e frágil quebra-se em material pulverizado ou
grãos sob pressão muito leve.
- Ligeiramente dura: fracamente resistente à pressão, facilmente quebrável entre o polegar e o
indicador.
- Dura: moderadamente resistente à pressão, pode ser quebrado nas mãos sem dificuldade,
mas é dificilmente quebrável entre o polegar e o indicador.
- Muito Dura: muito resistente à pressão. Somente com dificuldade pode ser quebrado nas
mãos. Não é quebrável entre o polegar e o indicador.
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- Extremamente Dura: extremamente resistente à pressão. Não pode ser quebrado com as
mãos.

Solo úmido: caracterizada pela friabilidade e determinada num estado de umidade


intermediário entre o seco e a capacidade de campo. Deve-se umedecer o torrão de solo
ligeiramente e deixar que o excesso de água seja removido da amostra antes de testar a
consistência. Depois selecionar e tentar esboroar na mão uma amostra ligeiramente úmida.
- Solta: não coerente.
- Muito friável: o torrão esboroa-se com pressão muito leve, mas agrega-se por compressão
posterior.
- Friável: o torrão esboroa-se facilmente sob pressão fraca e moderada entre o polegar e o
indicador e agrega-se por compressão posterior.
- Firme: o material de solo esboroa-se sob pressão moderada entre o polegar e o indicador,
mas apresenta resistência distintamente perceptível.
- Muito firme: o material de solo esboroa-se sob forte pressão; dificilmente esmagável entre o
polegar e o indicador.
- Extremamente firme: o material do solo somente se esboroa sob pressão muito forte, não
pode ser esmagado entre o polegar e o indicador e deve ser fragmentado pedaço por pedaço.

Solo quando molhado: caracterizada pela plasticidade e pela pegajosidade e determinada em


amostras pulverizadas e homogeneidade, com conteúdo de água ligeiramente acima ou na
capacidade de campo. A quantidade de água é ajustada adicionando solo ou água à medida
que se manipula a amostra.
- Plasticidade: para determinação a campo, rola-se, depois de amassado, o material de solo
entre o polegar e o indicador e observa-se se pode ser feito ou modelado um fio ou cilindro
fino.
- Não plástica: quando muito, forma um fio, que é facilmente deformado;
- Ligeiramente plástica: forma-se um fio, que é facilmente deformado;
-Plástica: forma-se um fio, sendo necessária pressão moderada para sua deformação;
- Muito plástica: forma-se um fio, sendo necessária muita pressão para deformá-lo.
- Pegajosidade: para avaliação a campo a massa de solo, pulverizada e homogeneizada, é
molhada e então comprimida entre o indicador e o polegar.
- não pegajosa: após cessar a pressão, não se verifica, praticamente, nenhuma
aderência da massa ao polegar e indicador.
- Ligeiramente pegajosa: após cessar a pressão, o material adere a ambos os dedos,
mas desprende-se de um deles perfeitamente. Não há apreciável esticamento ou alongamento
quando os dedos estão afastados.
- Pegajosa: após cessar a compressão, o material adere a ambos os dedos e, quando
estes estão afastados, tende a alongar-se um pouco e romper-se, em vez de desprender-se de
qualquer um dos dedos.
- Muito pegajosa: após a compressão, o material adere fortemente a ambos os dedos e
alonga-se perceptivelmente quando eles estão afastados.
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Nódulos e concreções
- A descrição deve incluir informações sobre quantidade, tamanho, dureza, cor e natureza dos
nódulos e concreções.
Quantidade:
Muito pouco: < 5% do volume; Pouco: 5 a 10%; Frequente: 15 a 40%; Muito frequentes: 40 a
80%; Dominante: > 80% do volume.
Tamanho:
Pequeno: > 1 cm de diâmetro (maior dimensão)
Grande: < 1 cm de diâmetro (maior dimensão)
O tamanho médio pode ser indicado entre parênteses – isso é desejável se os nódulos são
excepcionalmente pequenos (< 0,5 cm) ou grandes (> 2 cm).
Dureza:
Macio: pode ser quebrado entre o polegar e o indicador;
Duro: não pode ser quebrado entre os dedos.
Forma: esférica, irregular e angular.
Cor: utilizar termos simples: preto, branco, vermelho, etc.
Natureza: a presumível natureza do material do qual o nódulo ou concreção é principalmente
formado deve ser dada, por exemplo,“ concreções ferruginosas” (compostos de ferro
predominante): ferro-magnesianas, gibsita; carbonato de cálcio, etc.

Presença de raízes
Pretendendo se distinguir as quantidades relativas de raízes nos diferentes horizontes,
anota-se a quantidade de raízes (muitas; comuns; poucas; e raras), o diâmetro de raízes (muito
finas < 1mm; finas = 1 a 2mm; médias = 2 a 5mm; grossas = 5 a 10mm; e muito grossas >
10mm), e o tipo de raízes, como fasciculada ou pivotante.

Cimentação
- Fracamente cimentado (quebrável entre as mãos); fortemente cimentado (quebrável com
martelo) e extremamente cimentado (quebrável somente com um golpe vigoroso de martelo).
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Descrição geral (caracterização ambiental)


É a caracterização de aspectos referentes ao ambiente onde o perfil de solo se
encontra, os quais são anotados na seguinte sequencia:

Perfil: especificar o número ou outra identificação de campo;


Data: anotar dia, mês e ano;
Classificação: efetuada segundo o SiBCS (Embrapa, 2006) após análise dos dados coletados;
Localização: endereço do perfil, informar estrada, município e coordenadas geográficas;
Situação e declive: informar a declividade e cobertura vegetal sobre o perfil;
Altitude: determinada em relação ao nível do mar;
Litologia: discriminação das rochas que constituem o substrato no local do perfil de solo;
Formação geológica: especificação da unidade litogenética a que se referem as rochas do
substrato;
Período: identificação do período geológico referente a litologia;
Material originário: natureza do material primitivo do qual o solo se formou;
Pedregosidade: refere-se à proporção relativa de calhaus e matacões sobre a superfície e, ou,
na massa do solo;
Rochosidade: refere-se à proporção relativa de exposição de rochas do embasamento, na
superfície do terreno;
Relevo local: refere-se à declividade do local onde se encontra o perfil de solo;
Relevo regional: diz respeito ao tipo de relevo predominante na região do perfil em questão;
Erosão: refere-se ao grau de remoção das partes superficiais e subsuperficiais do solo;
Drenagem: diz respeito à drenagem interna do perfil, expressa pela coloração dos horizontes;
Vegetação primária: refere-se à vegetação primária ou original do local do perfil;
Uso atual: refere-se ao uso atual do solo no local do perfil e nas suas imediações;
Clima: tipo de clima conforme a classificação de Köppen;
Descrito e coletado por: Nome dos indivíduos que efetuaram a descrição e coleta.

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