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a. Quais as principais classes de solos encontradas no RS. (caracterize por região – Ex.
Região do Planalto; Região da Campanha, Região da Depressão Central; Região das Missões;
etc...).
c. Dê exemplos de algumas classes de solos encontradas nos estados de SC, PR, SP, MS,
MT, GO e TO.
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O - Horizonte orgânico situado sobre horizonte mineral superficial. Apresentam de boa drenagem.
H - Horizonte orgânico geralmente superficial. Apresentam condições de má drenagem.
A - Horizonte superficial mineral, geralmente de coloração escurecida pelo enriquecimento com matéria
orgânica (M.O.).
E - Horizonte mineral que ocorre abaixo do A, apresentando eluviação de argilas, óxidos ou M.O.
B – Horiz. mineral formado abaixo de um A ou E. Apresenta intensa alteração do material de origem.
C – Horiz. mineral inconsolidado pouco afetado pelos processos de intemperismo e pela ação de
organismos.
R - Substrato rochoso que corresponde à rocha sã ou rocha já alterada, podendo ser coeso. É
considerado como camada e não como horizonte.
Descrição Morfológica
A 0 - 30 cm; bruno-escuro (10 YR 3/3 úmido), bruno-acinzentado (10 YR 5/2 seco); franco
arenoso; pequeno, moderado, granular, blocos subangulares; friável, plástico e pouco
pegajoso; transição gradual e plana.
AB 30 - 52 cm; bruno (10 YR 4/3 úmido) e bruno (10 YR 5/3 seco); franco siltoso; pequenas a
média, moderada, blocos subangulares; friável, plástico e pouco pegajoso; transição
gradual e plana.
Bt 52 - 80+ cm; bruno-amarelado-escuro (10 YR 4/4 úmido) e vermelho-acinzentado (10 YR
5/2 seco), mosqueado comum, pequeno e médio, bruno-forte (10 R 4/6); argila; média a
forte, blocos subangulares; plástico e pegajoso.
RAÍZES – Muitas no A, comuns no AB e raras no Bt.
pH em Carbono P assimilável
Horizonte Al (%) M.O. (g Kg-1)
água 1:1 (g Kg-1) (mg Kg-1)
A 5,4 18,0 15,0 26,0 1,8
AB -- 63,0 6,0 10,0 2,0
Bt -- 40,0 5,0 8,0 2,7
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b. Verificar se o teor de carbono orgânico é suficiente para ser classificado como Hz. Hístico.
c. Delimitar no quadro até que profundidade são satisfeitos os requisitos para ser horizonte Hz.
A Chernozêmico. Verificar a espessura para Hz. A Chernozêmico.
d. Se for Hz. A Chernozêmico, verificar se não se enquadra como Hz. A Antrópico. Se não for
Hz. A Antrópico, será classificado como Hz. A Chernozêmico.
e. Se não for Hz. A Chernozêmico, ver qual horizonte diagnóstico superficial ocorre no solo em
questão.
2. Identificar o Hz. diagnóstico superficial dos primeiros quatro perfis da apostila prática.
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1. Observe o esquema abaixo, usado para identificação do Hz. diagnóstico subsuperficial (sequencia a -
b) e desenvolva a questão 2.
a. construir uma curva de distribuição de argila de acordo com a profundidade do solo, conforme
modelos abaixo:
Parte Sem
iluvial evidências
Parte de
iluvial iluviação
Curva A – Verificar se é B textural. Caso apresentar as características para ser B textural, verificar teor
de plintita (pode ser B plíntico); características marcantes de gleização (pode ser Horizonte Glei); teor de
carbonato de cálcio, associado ao elevado pH (pode ser cálcico) e verificar se é B plânico (tem
precedência sobre o hz. glei).
Curva B – Fazer a mesma verificação da curva A, observando se o horizonte que perdeu mais argila
corresponde a um horizonte álbico. Caso positivo este perfil apresentará dois horizontes diagnósticos
subsuperficiais.
Curva C – Quando o perfil apresentar uma distribuição de argila semelhante à curva C, verificar na
sequencia qual horizonte diagnóstico subsuperficial se enquadra melhor.
a. Escolha uma área na região de interesse do grupo, que abranja 1° de longitude e 30’ de
latitude. Copie em folha transparente os limites das unidades de mapeamento e identifique as
mesmas.
b. No mapa resultante, elabore a legenda de identificação, adequando as unidades
taxonômicas no sistema atual de classificação de solos (EMBRAPA, 2018).
c. Elabore uma topossequência típica dos solos que ocorrem na região escolhida.
d. Descreva o potencial de uso de cada unidade – faça um mapa com a vocação de uso,
considerando áreas aptas para lavouras, pastagens e/ou reflorestamento.
4. Para uma área de 300 km2 qual a escala de publicação do mapa de solos se considerarmos
que suas dimensões gráficas são de 50cm x 50cm.
Questões:
a. Quais as principais regiões geomorfológicas do RS?
b. Quais os principais processos pedogenéticos ocorridos nos solos do RS e sua distribuição
geográfica?
c. Comente a diferença entre os solos encontrados em uma climossequência no sentido oeste -
leste no planalto Riograndense.
d. Faça uma discussão sobre os diferentes tipos de Neossolos que ocorrem no RS, sua
distribuição geográfica e pedogênese, e sua vocação de uso.
e. Discuta sobre os diferentes Argissolos que ocorrem no RS, suas propriedades morfológicas
e químicas associadas com os fatores de formação, principalmente material de origem.
Neste quadro, os graus de limitações para cada fator agrícola devem ser estimados,
sempre em condições naturais (nível de manejo A, que não prevê melhoramentos). Os graus
de limitação nos níveis de manejo B e C devem ser estimados após o uso de práticas de
melhoramento das condições naturais.
Quadro 1. Fatores e graus de limitações e classes de aptidão de uso nos níveis de manejo A, B
e C De Uma gleba de terra composta predominantemente por Argissolos
Vermelhos Alumínicos típicos.
1. Quais as diferenças básicas entre o sistema de aptidão agrícola das terras e o sistema de
capacidade de uso das terras?
2. Utilizando os sistemas de classificações técnicas ou interpretativas estudados, dê 3
exemplos em que ocorra equivalência na vocação de uso. (Estabelecer para a mesma gleba de
terra, a aptidão agrícola e a capacidade de uso)
3. Qual o sistema de classificação técnica ou interpretativa você usaria para servir de base
para cobrança do ITR? Justifique tecnicamente sua resposta.
4. Considerando os seguintes solos:
Solo 1. Gleissolo Háplico Tb distrófico argissólico A proeminente textura arenosa/média relevo plano
Argissolo Vermelho - Amarelo distrófico espessarênico abrúptico A moderado textura arenosa/média
Solo 2.
relevo suave ondulado
Solo 3. Neossolo Litólico eutrófico fragmentário textura média relevo ondulado a forte ondulado
Solo 4. Latossolo Vermelho distroférrico típico A moderado textura argilosa relevo ondulado
5. Numere segunda coluna de acordo com a primeira. Escolha o número da primeira coluna
que melhor se enquadra na segunda coluna. (o mesmo número pode ser repetido ou não
aparecer na segunda coluna. Pode haver respostas em branco).
2. Escolha uma área de 5000 ha para que seja instalada uma estação experimental que vise às
necessidades de pesquisas para os solos da área.
Projeto
O principal objetivo deste projeto é mostrar as vantagens de se fazer um levantamento
de solos para o município em questão.
Deverá ser entregue uma semana antes da apresentação do seminário.
Deve conter:
-Introdução
-Objetivos
- Metodologia / desenvolvimento
- Resultados esperados e impacto no desenvolvimento da região
- Orçamento
- Conclusões
- Bibliografia consultada
Apresentação do projeto
O seminário deverá ser apresentado por todos os componentes do grupo.
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Perfis de solos
– AULAS PRÁTICAS -
Perfil 1
Descrição geral
Descrição morfológica
A 0 – 40cm; bruno avermelhado escuro (2,5YR 3/3 úmido), vermelho escuro (2,5 YR 3/6
seco); muito argiloso; moderada média granular; poroso; ligeiramente duro; firme, plástico
e pegajoso; transição difusa e plana; raízes abundantes.
BA 40 – 80cm; vermelho escuro (2,5YR 3/6 úmido), bruno avermelhado escuro (2,5YR 3/6
seco), muito argiloso, moderada pequena e média, blocos subangulares; pouco poroso;
duro, firme, plástico e pegajoso; transição gradual e plana; raízes comuns.
B1 80 – 140cm; bruno avermelhado escuro (2,5YR 3/4 úmido), bruno avermelhado escuro
(2,5YR 3/5 seco), muito argiloso, moderada grande blocos subangulares; poroso, muito
duro a friável, muito plástico e muito pegajoso; transição difusa e plana; raízes comuns.
B2 140 – 170cm; vermelho escuro (2,5YR 3/6,úmido), vermelho escuro (2,5 YR 3/5, seco)
muito argiloso, moderada grande blocos subangulares, muito porosae; muito duro, friável,
muito plástico e muito pegajoso; raízes ausentes.
Dados analíticos
pH
C (g Kg-1) M. O (g Kg-1) P (mg L-1) Ki Kr
água KCl
5,3 4,4 12,3 2 1,97 1,13
5,4 4,5 5,3 1 1,95 1,19
5,4 4,4 5,1 1 1,93 1,19
5,4 4,3 3,1 1 2,00 1,28
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Perfil 2
Descrição geral
Descrição morfológica
A1 0 - 25cm; bruno amarelado escuro (10YR 3/3 úmido); franco arenoso; moderada
pequena média granular; muito poroso; muito friável, não plástico e não pegajoso;
transição difusa e plana; raízes abundantes.
A2 25 – 65cm; bruno escuro (7,5YR 3/4 úmido); franco arenoso; moderada média blocos
subangulares; muito poroso; muito friável, não plástico, e não pegajoso; transição difusa
e plana; raízes abundantes.
AB 65 – 100cm; bruno avermelhado escuro (5YR 4/4, úmido); franco argilo arenoso,
moderada média blocos subangulares; poroso; ligeiramente duro, friável, ligeiramente
plástico e ligeiramente pegajoso; transição clara e plana; raízes abundantes.
B1 100 – 130cm; bruno avermelhado escuro (2,5YR 4/6, úmido); franco argilo arenoso; fraca
e média blocos subang.; poroso; lig. duro, friável, lig. plástico e lig. pegajoso; transição
gradual e plana; raízes muitas.
B2 130 – 160cm; vermelho escuro (2,5YR 4/8, úmido); mosqueado pouco pequeno e
proeminente Bruno escuro (10YR 3/6, úmido); franco argilo arenoso; moderada pequena
blocos subangulares; cerosidade fraca e pouco; poroso; duro; friável, lig. plástico e lig.
pegajoso; transição gradual e plana; raízes raras.
C 160 – 190cm.
Dados analíticos
pH
C (g Kg-1) M. O (g Kg-1) P (mg L-1) Ki Kr
água KCl
5,0 4,1 7,0 3 2,86 2,18
5,0 4,0 7,0 1 2,36 1,89
5,1 4,1 6,0 1 2,22 1,81
5,2 4,0 7,0 1 2,18 1,77
5,2 4,0 5,0 1 2,23 1,79
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Perfil 3
Descrição geral
Descrição morfológica
A1 0 – 30cm; bruno escuro (10YR 3/4 úmido); franco arenoso, fraca, média, granular e
fraca média blocos subangulares; poroso; friável, ligeiramente plástico e ligeiramente
pegajoso; transição clara; raízes abundantes.
A2 30 – 45cm; bruno amarelo escuro (10YR 4/4 úmido); franco arenoso; fraca, média,
blocos subangulares e fraca média granular; poroso; friável; não plástico e não
pegajoso; transição clara e plana; raízes abundantes.
E 45 – 65cm; (10YR 5/3 úmido); mosqueado pequeno distinto; franco arenoso; fraca,
média, blocos subang.; poroso; friável; não plástico e não pegajoso; transição clara e
plana; raízes comuns.
B 65 – 120cm; cinzento (10YR 5/1 úmido), bruno amarelado (10YR 5/4 úmido amassado);
mosqueado grande abundante e proeminente; vermelho (10YR 4/8 úmido); e
mosqueado grande comum e distinto, Bruno amarelado claro; (10YR 6/4 úmido); franco
argiloso; forte grande prismática que se quebra em grande blocos subangulares;
cerosidade forte e abundante; pouco poroso; extremamente duro, muito firme, muito
plástico e muito pegajoso; transição gradual e plana; raízes poucas.
C 120 – 150cm.
Dados analíticos
pH
C (g Kg-1) M.O (g Kg-1) P (mg L-1) Ki Kr
água KCl
5,0 4,0 7,4 1 4,10 4,00
5,0 4,0 2,5 1 3,60 4,90
5,3 4,1 1,0 1 4,80 3,70
5,4 4,0 1,4 1 2,80 2,50
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Perfil 4
Descrição geral
Situação e declive: Corte de estrada na meia encosta de uma elevação com 25% de
declividade.
Material de origem: Eruptivas básicas, basalto.
Pedregosidade e rochosidade: Pedregoso, não rochoso.
Relevo: Ondulado a forte ondulado.
Drenagem: Bem drenado (údico).
Uso atual: Pastagem natural.
Descrição morfológica
A 0 – 15cm; bruno avermelhado escuro (2,5YR 3/2 úmido); argila siltosa; moderada média
granular; muito porosa com poros pequenos, atividade biológica intensa; friável,
ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição gradual e plana; raízes
abundantes.
AB 15 – 40cm; bruno avermelhado escuro (2,5YR 3/3 úmido); argila; moderada pequena
blocos subangulares, poroso com poros pequenos; atividade biológica intensa; friável a
firme; ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição gradual e plana; raízes
abundantes.
BA 40 – 80cm; bruno avermelhado escuro (2,5YR 3/5 úmido); muito argiloso; moderada
pequena blocos subangulares; muito poroso com poros muitos pequenos; cerosidade
moderada e comum; duro, firme, Ligeiramente plástico e pegajoso; transição difusa e
plana; raízes comuns.
B 80 – 110cm; vermelho escuro(2,5YR 3/6 úmido); muito argiloso, moderada pequena
bloco subangulares; poroso com poros pequenos; cerosidade forte e abundante; duro
firme, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajosos; transição difusa e plana; raízes
raras.
C 110 – 160cm;
Dados analíticos
pH
C (g Kg-1) M.O (g Kg-1) P (mg L-1) Ki Kr
água KCl
5,9 5,0 19,0 4 3,6 0,9
5,9 5,2 13,0 3 3,5 0,9
6,2 5,5 7,0 2 3,7 1,4
6,3 5,7 5,0 2 3,7 1,5
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Perfil 5
Descrição Geral
Descrição Morfológica
Dados analíticos
P K C
Al Valor V
Horizonte assimilável assimilável Orgânico
% mg L-1 g Kg-1
Ap 60 13 2,5 50 5,7
A 31 15 1,5 58 4,6
B 43 29 1,5 132 5,7
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Perfil 6
Descrição Geral
Descrição Morfológica
Oh 4 – 0 cm;
A 0 – 12 cm; bruno acinzentado muito escuro (10YR 3/2, úmido); franco siltoso; média,
granular, moderada; muito friável, plástico e pegajosa; muitos poros, pequenos a
muito pequenos; transição irregular e clara.
A/CR 12 – 85 cm; bruno acinzentado muito escuro (10YR 3/2, úmido); franco argilo siltoso;
média, granular, moderada; muito friável, plástica e pegajosa; muitos poros, pequenos
a muito pequenos; transição irregular e clara.
CR 85 – 120 cm+;
OBSERVAÇÕES: Presença de raízes finas e de raízes grossas de árvores que penetram nas
fendas (0,5 a 2 cm de diâmetro).
Dados analíticos
P K C
Al Valor V
Horizonte assimilável assimilável orgânico
% mg L-1 g Kg-1
A 0 91 10,5 200 54,5
A/CR 0 87 5,5 100 26,4
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Perfil 7
Descrição Geral
Descrição Morfológica
Ap 0 - 39cm; bruno escuro (10YR 3/3, úmido); argila; moderada pequena granular e moderada
média blocos subangulares; muito poroso; macio, muito friável, ligeiramente plástico e
ligeiramente pegajoso transição clara e plana; raízes abundantes.
B1 39 - 58 cm; bruno a bruno escuro (7,5YR 4/4, úmido); argila; fraca média blocos subangulares;
revestimento fosco, comum nas superfícies verticais; muito poroso; duro, friável, plástico e
ligeiramente pegajoso; transição difusa e plana; raízes poucas.
B2 58 - 137 cm; bruno forte (7,5YR 4/6, úmido); argila; fraca média blocos angulares e
subangulares com aspecto de maciça pouco coerente; revestimento fosco e fraco só nas fendas
verticais; poroso; duro, friável a muito friável, plástico e ligeiramente pegajoso; transição clara e
plana; raízes poucas.
C 137 - 235 cm; vermelho amarelado (5YR 4/8, úmido)
Dados analíticos
Perfil 8
Descrição Geral
Descrição Morfológica
A1 0-15cm; preto (7,5YR N 2/, úmido); argila; moderada, grande, granular; pouco poroso;
firme, muito plástico e muito pegajoso; transição gradual e plana; raízes abundantes.
A2 15-70cm; preto (7,5YR N 2/C, úmido); argila; forte, grande, prismática que se desfaz
em média angular com arestas vivas; muitos "slickensides"; pouco poroso; firme, muito
plástico e muito pegajoso; transição clara e plana; raízes bastante.
C 70-120cm+; cinzento escuro (10YR 4/1, úmido); mosqueado grande, abundante e
proeminente, bruno amarelado (10YR 5/8, úmido); basalto intemperizado com
presença de calhaus e cascalhos.
Dados analíticos
O local onde será aberta a trincheira para descrição morfológica do perfil deve ser
representativo e não pode apresentar alteração antrópica como cortes de horizontes
superficiais ou aterro sobre estes horizontes. Por isso, barrancos de estradas e voçorocas
devem ser evitados, preferindo-se a abertura de trincheiras.
A trincheira deve apresentar, sempre que possível, espaço suficiente para o trabalho
dos diferentes horizontes. Para solos profundos recomenda-se 2 m de profundidade, 1,2 m de
largura e pelo menos 1,5 m de comprimento para viabilizar o manuseio dos horizontes mais
profundos. Pelo menos a face vertical onde será efetuada a descrição deve apresentar-se lisa,
bem iluminada e livre de contaminações (material do solo de outros horizontes).
Aberta a trincheira, inicia-se o exame do perfil pela separação de horizontes, que são
diferenciados basicamente pela variação perceptível das características morfológicas (cor,
textura, estrutura, consistência etc.), avaliadas em conjunto.
Separados os horizontes, tomam-se suas profundidades e caracterizam-se a cor, a
textura, a estrutura, a consistências seca, úmida e molhada, a presença de mosqueados,
concreções, cerosidade e raízes, e a porosidade de cada horizonte com as respectivas
transições entre eles.
Forma ou
Características
topografia
Plana Paralela a superfície, pouco ou nenhuma irregularidade.
Sinuosa, com desníveis em relação a um plano horizontal mais largos
Ondulada
que profundos.
Irregular, com desníveis em relação ao plano horizontal mais profundos
Irregular
que largos.
Descontínua, em que partes de um horizonte estão parcial ou
Descontínua
completamente desconectadas de outras do mesmo horizonte.
Cor
- Para a caracterização da cor a campo é conveniente quebrar os agregados ou torrões para
determinar se a cor é a mesma por fora e por dentro dos elementos da estrutura.
- Depois a caracterização é feita (pela comparação com os padrões de cores constantes na
caderneta de Munsell) em amostras secas, seca triturada, úmida, e úmida amassada.
- Alguns horizontes podem estar mesclados ou com mais de uma cor e recebe o nome de
mosqueados ou variegado.
- Na determinação da cor do mosqueado apenas a cor úmida é suficiente e esta notação é feita
da seguinte forma: cor de fundo e cor das manchas existentes e arranjamento dos
mosqueados.
- Descrição do arranjamento dos mosqueados:
Quanto à quantidade:
- pouco: quando a área total das manchas não
ocupa mais de 2% da superfície do horizonte;
- comum: de 2 a 20% da superfície do horizonte;
- abundante: mais de 20% no horizonte.
Textura
- A campo a textura é estimada pelas sensações táteis. Para isso uma amostra é umedecida e
trabalhada na mão até formar uma massa homogênea sem excesso de água. Esse material,
passado entre o polegar e o indicador, pode dar a sensação de aspereza, sedosidade e
pegajosidade correlacionadas com as proporções areia, silte e argila, respectivamente.
- A anotação da textura é efetuada pela estimativa das porcentagens dos teores de areia, silte
e argila, utilizando-se o triângulo textural.
- Para frações grosseiras são adotadas as denominações:
Estrutura
Os tipos de estrutura normalmente encontrados no solo são classificados de acordo
com a forma e ao tamanho das unidades estruturais como mostra a tabela a seguir:
Muito > 10
> 100 mm > 100 mm > 50 mm > 50 mm > 10 mm -
grande mm
Tipos de estruturas
Porosidade
Quanto ao tamanho:
- Sem poros visíveis (lupa com 10x de aumento); muito pequenos < 1 mm de diâmetro;
pequenos de 1 a 2 mm; médios de 2 a 5 mm; grandes de 5 a 10 mm e muito grandes > 10
mm de diâmetro.
Cerosidade
É o aspecto brilhante e ceroso resultante de filmes de argila que recobrem a superfície
das unidades estruturais.
- Quanto ao grau de desenvolvimento: podem ser fraca, moderada e forte de acordo com
maior ou menor nitidez e contraste mais ou menos evidente com as partes sem cerosidade.
- Quanto à quantidade: pouco, comum e abundante, em função do revestimento da superfície
dos agregados.
Além da cerosidade, deve-se descrever:
* Superfícies foscas ou “coatings": superfícies ou revestimentos muito tênues e pouco
nítidos, que não podem ser caracterizados como cerosidade. Estes revestimentos são
constituídos por filmes de matéria orgânica e manganês (pretos ou quase pretos).
* Superfícies de fricção ou “slickensides”: superfícies alisadas e lustrosas, apresentando
estriamento causado pela movimentação e atrito da massa de solo. Ocorrem devido aos
movimentos de expansão e contração da massa de solo resultante do umedecimento e
secagem do solo.
* Superfícies de compressão ou “pressure surface”: superfícies alisadas sem estriamento
causadas por compressão na massa de solo em decorrência da expansão do material. Podem
apresentar brilho quando úmidas ou molhadas.
Consistência
Solo seco: caracterizada pela dureza ou tenacidade. Para avaliá-la, deve-se selecionar um
torrão seco e comprimi-lo entre o polegar e o indicador.
- Solta: não coerente entre o polegar e o indicador.
- Macia: massa do solo fracamente coerente e frágil quebra-se em material pulverizado ou
grãos sob pressão muito leve.
- Ligeiramente dura: fracamente resistente à pressão, facilmente quebrável entre o polegar e o
indicador.
- Dura: moderadamente resistente à pressão, pode ser quebrado nas mãos sem dificuldade,
mas é dificilmente quebrável entre o polegar e o indicador.
- Muito Dura: muito resistente à pressão. Somente com dificuldade pode ser quebrado nas
mãos. Não é quebrável entre o polegar e o indicador.
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- Extremamente Dura: extremamente resistente à pressão. Não pode ser quebrado com as
mãos.
Nódulos e concreções
- A descrição deve incluir informações sobre quantidade, tamanho, dureza, cor e natureza dos
nódulos e concreções.
Quantidade:
Muito pouco: < 5% do volume; Pouco: 5 a 10%; Frequente: 15 a 40%; Muito frequentes: 40 a
80%; Dominante: > 80% do volume.
Tamanho:
Pequeno: > 1 cm de diâmetro (maior dimensão)
Grande: < 1 cm de diâmetro (maior dimensão)
O tamanho médio pode ser indicado entre parênteses – isso é desejável se os nódulos são
excepcionalmente pequenos (< 0,5 cm) ou grandes (> 2 cm).
Dureza:
Macio: pode ser quebrado entre o polegar e o indicador;
Duro: não pode ser quebrado entre os dedos.
Forma: esférica, irregular e angular.
Cor: utilizar termos simples: preto, branco, vermelho, etc.
Natureza: a presumível natureza do material do qual o nódulo ou concreção é principalmente
formado deve ser dada, por exemplo,“ concreções ferruginosas” (compostos de ferro
predominante): ferro-magnesianas, gibsita; carbonato de cálcio, etc.
Presença de raízes
Pretendendo se distinguir as quantidades relativas de raízes nos diferentes horizontes,
anota-se a quantidade de raízes (muitas; comuns; poucas; e raras), o diâmetro de raízes (muito
finas < 1mm; finas = 1 a 2mm; médias = 2 a 5mm; grossas = 5 a 10mm; e muito grossas >
10mm), e o tipo de raízes, como fasciculada ou pivotante.
Cimentação
- Fracamente cimentado (quebrável entre as mãos); fortemente cimentado (quebrável com
martelo) e extremamente cimentado (quebrável somente com um golpe vigoroso de martelo).
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