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MARIA RITA DE SOUZA BRITO LOPES

PONTES
Irmã Dulce dos Pobres

Adailton Andrade

Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes , nasceu em Salvador, 26 de maio de 1914, aos
sete anos perdeu sua mãe, realizando nesse mesmo ano sua primeira comunhão na Igreja Santo Antônio
na capital baiana. Aos 19 anos, em fevereiro de 1933.
No entanto, um fato olvidado é a temporada que a Irmã Dulce passou na cidade como
noviça. Uma estadia curta entre 1933 e 1934, mas essencial na vida da religiosa que foi instalada no
Convento de Nossa Senhora do Carmo, fundado no início do século XVII, é tradicionalmente espaço
de escola de formação de diversas ordens religiosas, recebendo o hábito da Congregação das Irmãs
Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus.

(Irmã Dulce aos 13 anos de idade).


Na segunda metade do século XIX, no episódio conhecido como Questão Religiosa, os
carmelitas foram obrigados a deixarem os seus templos por de terminação de D. Pedro II. Durante o
século XX o convento abrigou outras instituições religiosas. Nele, foi instalada a escola de formação
das Irmãs Clarissas Concepcionistas em período compreendido na década de 1920, das Irmãs da
Imaculada Conceição isso mais tarde em 1930, e das Irmãs Beneditinas Enclausuradas. Somente em
2003, o templo carmelita retornou a jurisdição da Ordem Carmelita e ainda hoje é escola de formação
da mesma ordem. Posto isso, é compreensível que o destino da postulante a congregação da Imaculada
Conceição tenha sido a cidade de São Cristóvão. Depois de cumprir o postulantado e o noviciado, no
período de 1 ano e 5 meses, quando foi batizada com o nome Dulce (13 de agosto de 1933), homenagem
à mãe falecida, e recebeu o hábito da congregação das Irmã da Imaculada Conceição (IMIC). De volta
a Salvador, a “Santa dos Pobres”

Irmã Dulce durante a juventude.

O conjunto carmelita edificado por esta Ordem religiosa católica, entre os séculos XVII e
XVIII, é composto pela igreja do Carmo Grande, tendo a esquerda o convento e a direita antiga igreja
da Ordem 3ª do Carmo, conhecida como Carmo Pequeno ou Igreja do Senhor dos Passos. A Igreja
Conventual do Carmo foi edificada primeiro que as outras partes do complexo arquitetônico O
monumento tem frontão11 em estilo barroco decorado em pedra calcária ostentando o escudo da
Ordem Carmelita. A fachada possui três arcos de entrada para a galilé12 e o mesmo número de janelas
na altura do coro.
Irmã Dulce (destaque) no Convento do Carmo de São Cristóvão, 1934.
Acervo Obras Sociais Irmã Dulce

A presença da Irmã Dulce no complexo arquitetônico carmelita do século XVII é passível


de demarcação, seja a partir das lembranças dos que dividiram com ela o convívio em um ano e meio
do seu postulantado e noviciado, seja a partir dos documentos gerados, suportes que concretizaram o
Memorial Irmã Dulce em 2009. Um lugar para lembrar quem foi “o Anjo Bom da Bahia”, “a Mãe e
Santa dos Pobres”.
voltou a Salvador. Sua primeira missão como religiosa foi ensinar em um colégio mantido
pela sua congregação, na Cidade Baixa, além de também assistir as comunidades pobres da região.
conhecida como Irmã Dulce, canonizada com o título de Santa Dulce dos Pobres, foi uma religiosa
católica brasileira. Por suas ações humanitárias de caridade e assistência aos desfavorecidos, ficou
também conhecida como o anjo bom da Bahia.
Irmã Dulce foi beatificada em 2011, pelo enviado especial do Papa Bento XVI, Dom
Geraldo Majella Agnelo, em Salvador. Em 13 de outubro de 2019, foi canonizada pelo papa Francisco,
tornando-se a primeira mulher comprovadamente nascida no Brasil a ser canonizada, e a 37ª santa
brasileira. Maria Rita era filha de dona Dulce Maria de Souza Brito e do doutor Augusto Lopes Pontes,
dentista e professor da Universidade Federal da Bahia. Quando criança, costumava rezar muito e pedia
sinais a Santo Antônio, pois queria saber se deveria seguir a vida religiosa ou se casar. Desde os treze
anos de idade, depois de visitar áreas carentes, acompanhada por uma tia, ela começou a manifestar o
desejo de se dedicar à vida religiosa. Começou a ajudar mendigos, enfermos e desvalidos. Nessa mesma
idade, foi recusada pelo Convento de Santa Clara do Desterro, em Salvador, por ser jovem demais,
voltando a estudar.
Foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz no ano de 1988 pelo então presidente do Brasil, José
Sarney, porém não ficou com o título. Em 2001, foi eleita "a religiosa do século XX", em uma eleição
que foi publicada pela revista Isto É. Em 2012, foi eleita uma dos 12 maiores brasileiros de todos os
tempos em pesquisa feita pelo SBT, para eleger a personalidade que mais contribuiu para o país. Em
2014 o governador da Bahia, Jaques Wagner, instituiu por um decreto a data de 13 de agosto como o
Dia Estadual em Memória à Bem Aventurada Dulce dos Pobres. Contudo, a data não é feriado no
estado, por não ter mais vagas disponíveis no calendário local.

Irmã Dulce foi beatificada em 2011, pelo enviado especial do Papa Bento XVI, Dom
Geraldo Majella Agnelo, em Salvador. Em 13 de outubro de 2019, foi canonizada pelo papa Francisco,
tornando-se a primeira mulher comprovadamente nascida no Brasil a ser canonizada, e a 37ª santa
brasileira. Maria Rita era filha de dona Dulce Maria de Souza Brito e do doutor Augusto Lopes Pontes,
dentista e professor da Universidade Federal da Bahia. Quando criança, costumava rezar muito e pedia
sinais a Santo Antônio, pois queria saber se deveria seguir a vida religiosa ou se casar

Durante mais de cinquenta anos de entrega total à caridade e amor ao próximo, em 11 de


novembro de 1990, Irmã Dulce começou a apresentar problemas respiratórios, sendo internada no
Hospital Português da Bahia, depois transferida à UTI do Hospital Aliança e finalmente ao Hospital
Santo Antônio. Em 20 de outubro de 1991, recebe no convento, em seu leito de morte, a segunda visita
do Papa João Paulo II ao Brasil para receber a bênção e a extrema unção. O "anjo bom da Bahia"
morreu em seu quarto, de causas naturais, aos setenta e sete anos, às 16:45 do dia 13 de março de 1992,
ao lado de pessoas queridas por ela, como as irmãs do convento. Seu corpo foi sepultado no alto do
Santo Cristo, na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia e depois transferido para a Capela
do Hospital Santo Antônio, centro das Obras Sociais Irmã Dulce.
No dia 22 de maio de 2011, Irmã Dulce foi beatificada em Salvador, e passou a ser
reconhecida como "Bem-Aventurada Dulce dos Pobres". A Solene Eucaristia de Beatificação foi
presidida pelo enviado especial do Papa Bento XVI, Dom Geraldo Majella Agnelo, arcebispo emérito
de Salvador. Nessa mesma solenidade foi declarado o dia 13 de agosto como a data de sua festa
litúrgica, que é comemorada em Salvador, e em pelo menos 28 igrejas e capelas de outros estados.
Nesse dia, em 1933, a religiosa fez sua profissão de fé e votos perpétuos, tornando-se freira. A data
também é comemorada pela Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, mas sua festa litúrgica é celebrada
em 13 de março nessa denominação.

Em 13 de maio de 2019, o Vaticano reconheceu um segundo milagre de Irmã Dulce, a cura


de uma pessoa cega. Com isso, a beata poderia ser canonizada. Quase dois meses depois, em 1 de julho,
a Santa Sé anunciou que a data de canonização seria 13 de outubro do mesmo ano, no Vaticano. O rito
de canonização ocorreu na celebração da missa dominical de 13 de outubro de 2019 no Vaticano pelo
Papa Francisco, e além de irmã Dulce, que recebeu o título canônico de Santa Dulce dos Pobres,
outros quatro beatos de nacionalidades diferentes foram canonizados. Na homilia da celebração,
Francisco exaltou que os cinco beatos foram canonizados por se dedicarem ao serviço dos mais pobres
na vida religiosa, fazendo um "caminho de amor nas periferias existenciais do mundo". Logo depois
da canonização, foi criado pelo bispo auxiliar de Salvador, dom Marco Eugênio Galrão, o primeiro
santuário do mundo dedicado à santa, o Santuário Santa Dulce dos Pobres, cujo orago anterior era
Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no bairro Roma, em Salvador. Simultaneamente também foi
criada a primeira paróquia do mundo dedicada a Santa Dulce, a Paróquia de Santa Dulce dos Pobres,
no bairro do Saboeiro, em Salvador. A criação da paróquia deu-se durante a celebração da missa,
presidida pelo bispo auxiliar de Salvador dom Estevam dos Santos.

Referências
PASSARELI, Gaetano. Irmã Dulce: o Anjo Bom da Bahia. São Paulo: Paulinas, 2010. (ISBN
9788535626025)

ROCHA, Graciliano. Irmã Dulce, a Santa dos Pobres. São Paulo: Planeta, 2019. (ISBN 9788542216998)

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