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Formas
farmacêuticas
homeopáticas
de uso interno
Maria Alice Maciel Tabosa
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Introdução
Baseando-se no princípio da cura pelo semelhante, Samuel Hahnemann desen-
volveu a homeopatia por volta dos anos 1800, embora conceitos parecidos já hou-
vessem sido reportados antes. Essa prática se tornou popular no século XIX, em
parte devido ao seu sucesso em epidemias, e, após ter diminuído durante a maior
parte do século XX, sua popularidade voltou a aumentar no final do século XX
em muitas partes do mundo, incluindo o Brasil. Apesar de alguns estudiosos
definirem a homeopatia como uma ciência controversa, por causa de seu uso
de medicamentos altamente diluídos, existe um conjunto significativo de
pesquisas clínicas, incluindo ensaios clínicos randomizados e meta-análises
de ensaios, que sugerem que a homeopatia é, sim, eficaz.
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Figura 1. Dinamização.
Fonte: Paixão (2016, documento on-line).
Controle de qualidade
Como mencionamos, as formulações homeopáticas apresentam algumas parti-
cularidades, entre as quais está a sua ultradiluição. No passado, acreditava-se
que, por serem tão diluídas, essas formulações eram seguras. Entretanto,
devido ao crescente interesse por esse tipo de terapia observado nas últi-
mas décadas, a Organização Mundial de Saúde (OMS) produziu um material
informativo que versa sobre os problemas de segurança na preparação de
formulações homeopáticas.
Esse material expõe que formulações homeopáticas nem sempre são
administradas em formas ultradiluídas, sendo possível que alguns trata-
mentos homeopáticos utilizem uma forma mais concentrada, embora isso
seja menos comum. Além disso, o material chama a atenção para a origem
da matéria-prima utilizada, que, como já descrevemos, pode ser animal,
vegetal (incluindo raízes, caules, folhas, flores, cascas, pólen, líquen, musgo)
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Referências
BALA, R.; SRIVASTAVA, A. A review on history of LM potency: tracing its roots in the past.
International Journal of Homoeopathic Sciences, v. 3, n. 3, p. 26–31, 2019. Disponível
em: https://www.homoeopathicjournal.com/articles/91/3-2-28-903.pdf. Acesso em:
17 jun. 2021.
BOERICKE, W. Materia medica. [S. l.: s. n., 1901]. Disponível em: https://www.materia-
medica.info/en/materia-medica/william-boericke/index#A. Acesso em: 17 jun. 2021.
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Leituras recomendadas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS. Manual de normas técnicas
para farmácia homeopática. 4. ed. São Paulo: ABFH, 2007.
BRASIL. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Homeopatia. 3. ed.
São Paulo: CRF/SP, 2019. Disponível em: http://www.crfsp.org.br/images/cartilhas/
homeopatia.pdf. Acesso em: 17 jun. 2021.
CALABRESE, E. J. et al. Biological stress response terminology: integrating the concepts
of adaptive response and preconditioning stress within a hormetic dose-response
framework. Toxicology and Applied Pharmacology, v. 222, n. 1, p. 122–128, Jul. 2007.
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