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A superdiluição
Alguns cientistas acreditam que diluir substâncias tanto quanto é feito na
Homeopatia diminui drasticamente o efeito que a substância em questão
possua.
Robert L. Park, professor de Física e diretor do escritório de Washington
da American Physical Society, escreve em seu livro Voodoo Science: The
Road from Foolishness to Fraud:
[Samuel] Hahnemann [o “inventor” no século 18/19 da Homeopatia] sem
qualquer base científica para a época, utilizou um processo de diluições
seqüenciais para preparar seus medicamentos. Ele diluía um extrato de
certas ervas e minerais “naturais”, na proporção de uma parte de
medicamente para dez partes de água, ou 1:10, agitava a solução e,
então, diluía por outro fator de dez, resultando ao final em uma diluição
de 1:100. Uma terceira repetição do processo produzia 1:1.000 e assim por
diante. Cada diluição subseqüente adicionaria outro zero à direita. Ele
repetia o processo várias vezes. Diluições extremas são rapidamente
obtidas por esse método. O limite de diluição é alcançado quando sobra
apenas uma molécula do medicamento. Além desse ponto, não sobra
nada a se diluir. Em um sem número de medicamentos homeopáticos, por
exemplo, a diluição de 30X é basicamente o padrão. A notação 30X
significa que a substância foi diluída em uma parte em dez e agitada e o
processo, então, repetido seqüencialmente trinta vezes. A diluição final é
de uma parte de medicamento em
1.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 partes de água. Isso está
além do limite de diluição. Para ser exato, em uma diluição de 30X seria
necessário se beber 7.874 galões [30 m³ ou 30.000 litros] da solução para
se esperar encontrar apenas uma única molécula de medicamento.
Comparado a muitas preparações homeopáticas, mesmo 30X é
concentrado. Oscillococcinum, o remédio homeopático padrão para a
gripe, é produzido a partir de fígado de pato, mas o seu uso generalizado
na homeopatia cria pouco risco à população de patos — a diluição
padrões é de 200C. C significa que o extrato é diluído em uma parte em
cem e agitado, repetindo-se duas centenas de vezes. Isso resultaria em
uma diluição de uma molécula de extrato para cada 10400 moléculas de
água — isto é, 1 seguido de 400 zeros.
Uma das questões que se coloca é: como os homeopatas chegaram a
estes números, como o 30X ou 200C? Foram feitas avaliações científicas,
para verificar se não seria melhor 29X, ou 31X, 199C, ou 201C?
Park destaca que Hahnemann provavelmente não estava ciente do limite
da ultradiluição porque ele desconhecia o número de Avogadro, uma
constante física que torna possível calcular o número de moléculas em
uma amostra com uma certa massa de uma substância.
Park explica o sucesso que a homeopatia teve no início comparando com
o uso à época de tratamentos verdadeiramente perigosos: “Os médicos
ainda tratavam os pacientes com sangria, lavagens e freqüentes doses de
mercúrio e outras substâncias tóxicas. Se o nostrum infinitamente diluído
de Hahnemann não fazia nenhum bem, ao menos não fazia nenhum mal,
permitindo as defesas naturais do paciente corrigirem o problema.”
Park explica ainda como os modernos homeopatas concordam que
realmente não há nenhuma molécula de medicamento em seus remédios,
mas que o líquido inexplicavelmente se “lembra” da substância após o
processo de diluição. Como essa pseudomemória da substância é obtida
nunca foi satisfatoriamente explicada. Os críticos também apontam a
dissociação espontânea da água em ácido e base (o que explica porque
seu pH é 7). A quantidade de ácido em um medicamento homeopático,
embora pequena, é geralmente muito maior do que a quantidade de
agentes ativos. Em estudo realizado na Universidade de Toronto,
demonstrou-se que realmente há uma "memória da água" sem a presença
do soluto, mas ela só resiste por apenas 50 fentosegundos, ou seja
1/20.000.000.000.000 de segundo.
A memória da água também parece se comportar de forma curiosamente
seletiva, pois só se lembra dos ingredientes que o preparador do
medicamento deseja. Supondo que a amostra inicial de água, com a qual
se dilui pela primeira vez um medicamento homeopático, pudesse conter
traços de ferrugem de canos, impurezas e outros elementos indesejáveis,
concluiria-se que os seus efeitos também seriam dinamizados. Mesmo
que um preparador ateste que a amostra de água inicial é pura (por não
conter impurezas), o próprio argumento da memória da água indicaria
que os efeito de contaminações passadas podem estar presentes, ainda
que nenhuma molécula de impureza seja detectada.
Recentemente, céticos em relação à homeopatia consumiram diante do
público grandes quantidade de medicamentos homeopáticos a fim de
demonstrar sua falta de efeito. Alguns, como James Randi, Richard
Saunders e Peter Bowditch consumiram caixas inteiras de pílulas
homeopáticas para dormir no começo de suas palestras públicas. SKEPP
(um grupo de céticos belgas) realizou um conferência à imprensa na qual
céticos tentaram cometer suicídio coletivo tomando diluições
homeopáticas de veneno. [3]. Ninguém passou mal.
O problema da "tradição"
Outra crítica à homeopatia é de que os argumentos em seu favor levariam
muito em consideração práticas consolidadas sem questionamentos e de
que seu conhecimento se pautaria em demasia nas afirmações de
Hahnemann acriticamente.
PRIMEIRA FALÁCIA
Alegação da descoberta do mecanismo de ação estava errado.
A alegação histórica dos homeopatas foi o “crucial experimento” de
Samuel Christian Friedrich Hahnemann (1755-1843) com a análise da
China, a infusão do Cortex peruviano , ao usar em si (1790) e ter
encontrado resultados não reproduzíveis nas pessoas sadias até hoje .
A explicação, na época, para contestar a discordância dos médicos destes
achados foi dada pelo seu discípulo Bakody , de que Hahnemann na sua
permanência na Transilvânia em 1779, como bibliotecário, teria adquirido
malária e esta estaria latente, tendo sido ativada pelo uso da Cortex
Peruvianus. Mais tarde o farmacologista alemão Louis Lewin (1850-1929)
teria defendido que Hahnemann teria tido uma idiossincrasia e portanto
seria possível tal descrição. Em ambos os casos não teria sido um
“prüfung” sadio e seriam inválidas as suas conclusões da “experientia in
homine sano”.
A China era usada para tratar a febre intermitente, que incluía várias
doenças, sendo a principal chamada posteriormente de malária. Alegou,
na época, que o verdadeiro mecanismo dos medicamentos era por
apresentarem sintomas semelhantes na pessoa sadia , e que, se estes
fossem dados no doente orientado pelos sintomas semelhantes , curaria o
paciente . Teria experimentado outros medicamentos em pessoas sadias
considerando os sintomas para os diagnósticos e usos da época (1796) ,
nunca testando em doentes. Já na época os experimentos demonstraram
que a sua alegação dos sintomas que desenvolvera no uso da China eram
irreproduzíveis. E em 1820 da China foi isolado o quinino criticado por ele
como o caro alcalóide , e, em 1880 foi identificado o plasmódio como um
dos causadores da febre recorrente. A transmissão pelo mosquito
Anopheles é provada em 1898. Mais tarde se demonstrou que o quinino
agia no plasmódio, por mecanismo só descoberto no século passado .
Nunca nenhum trabalho epidemiológico conseguiu demonstrar que a
malária era adquirido apenas pelas pessoas com “distúrbios emocionais e
espirituais prévios”. Mesmo assim, duzentos anos depois, ainda insistem
que o mecanismo de ação seria pela ação sintomatológica semelhante.
Mas na verdade, a China oficinallis, preparada homeopaticamente deixou
de ter uso na malária até pelos homeopatas . É evidente, para qualquer
secundarista, que se pegarmos o quinino ultradiluído nas doses alegadas
pelos homeopatas, em que já não tem mais moléculas alguma, não vai ter
ação destrutiva em qualquer dos tipos de plasmódios. A manipulação
homeopática retirou totalmente o seu poder de tratamento na malária. Se
isto fosse possível já teriam demonstrado e calado a boca dos críticos.
Até hoje não se provou que aumentar o estímulo mórbido aceleraria a
cura. Na verdade, quanto maior o estímulo, tóxico, infeccioso, neoplásico,
maior o esforço do organismo para tentar a sua cura, ficando cada vez
mais difícil, deste modo, o seu restabelecimento. E se acrescentarmos dois
estímulos, vai requer maior esforço curativo e não menor.
Partindo desta falácia testou 27 drogas para descobrir a sua
sintomatologia quando usadas em dose tóxicas em si e em sua família
para escrever o seu livro de prescrição inicial. Nunca testou em doentes .
Portanto, não é por produzir sintomas na pessoa sadia que a droga vai
servir para uma pessoa doente. Isto é apenas pensamento mágico . Foi o
ressuscitar da primitiva teoria das assinaturas pelo uso do sintoma na
escolha do preparado . Além disto, isto nunca funcionou pois dar
excrementos, venenos ou pus para pessoas doentes fazia as mesmas
piorarem . Desenvolveu então, 29 anos após, a diluição infinitesimal e a
dinamização , transformando todas as apresentações em soluções de
água/álcool inertes. Só a história da mesma persiste após a manipulação,
pois são inacessíveis a qualquer análise científica, espiritual ou
paranormal, como era de se esperar.
SEGUNDA FALÁCIA
Impossibilidade de se descobrir a causa das doenças.
Então surgiu outra explicação do Mestre que "sustentava ser
intrinsecamente impossível conhecer a natureza interna dos processos de
uma doença e, portanto, infrutífero especular sobre isso ou basear o
tratamento em teorias" , e Deus, na sua infinita bondade, teria criado
“uma maneira” de tratar todas as doenças, o que os homeopatas chamam
de “lei universal da cura”. Portanto, não importando ao tipo e a origem da
mesma. Esta impossibilidade já foi sobejamente demonstrada ser falsa
pelo extraordinário avanço médico científico.
TERCEIRA FALÁCIA
Nega o valor das descobertas, afirma que toda a causa é espiritual.
Quando confrontado pela evolução científica da descoberta das doenças,
passa a afirmar uma nova teoria para justificar seu método, “No se está
enfermo porque se tiene una enfermedad sino que se tiene una
enfermedad porque se está enfermo”.
O que é totalmente irracional. Pois se as pessoas Sadias não adquirem
doenças, enfermidades, quando equilibrada a sua “energia vital” , como,
quando testadas no “proving” desenvolvendo a doença artificial,
adquirem? Acabou-se a proteção da “energia vital” ou esta é uma
demonstração cabal de que a doença é externa, real, e não devida a
especulações metafísicas inconsistentes? O exemplo disto foi a lesão
permanente adquirida por Constantin Hering (1800 - 1880), discípulo de
Hahnemann, ao se intoxicar com o veneno da serpente Lachesi
Trigonocefalus, sem jamais recuperar o equilíbrio da sua energia vital.
Para cada doença natural o ser humano reagiria de modo próprio,
irreproduzível, pois cada pessoa seria única, singular, e o fenômeno
irreproduzível. Para cinco pacientes com amigdalite seria dado cinco
especialidades homeopáticas, ou até mesmo na mesma pessoa com a
mesma doença, seria ministrado especialidades diferentes, dependendo
da ocasião. A doença seria um mero coadjuvante de uma fraqueza
momentânea, o miasma . O que seria um miasma é controverso até hoje.
Vamos ficar com a definição atual do professor Alfonso Masi- Elizalde ,
que seria uma "suscetibilidade às doenças proveniente do conflito
espiritual ou metafísico decorrente do pecado original", visto nenhuma
definição ter comprovação científica ou se basear em ciência ou medicina.
Hahnemann afirmava que a sede da doença seria a “força vital” , e os
desequilíbrios dela que seriam a verdadeira origem das mesmas.
“Segundo Hahnemann, esta força é "um ser imaterial que comunica vida e
saúde ao corpo material; ela é única, permanente, invariável, e tem poder
ilimitado sobre o corpo. Desta força emanam todos os poderes vitais do
organismo". – Organon, parágrafos 9 e 10” . O que James Tyler Kent (1849
- 1916) complementa: “Não podemos divorciar Medicina e Teologia. O
homem existe durante todo tempo do seu Espírito interior, para sua
Natureza exterior.”
“As análises químicas e/ou físico-químicas ater-se-iam ao aspecto material
das preparações, enquanto o “poder medicamentoso” é, conforme os
termos empregados por Hahnemann, imaterial, dinâmico, virtual ou
espiritual.”
Aqui eu tenho um grande problema para acreditar. Para a doença natural,
cada pessoa reagiria de modo diferente baseado na sua singularidade.
Mas se eu der esta mesma doença para testar na pessoa sadia, ele agiria
igual em todos! Por exemplo, na varíola doença, cada pessoa seria única.
Não teria duas pessoas iguais com varíola. Mas se eu der para um grupo
de pessoas sadias elas reagiriam iguais, e mais, dada para o doente pela
similaridade de sintomas, ela vai reagir igual! É um grande contra-senso.
Assim aconteceria com a bactéria streptococos causadora da amigdalite.
Como amigdalite bacteriana cada paciente seria diferente, mas ao usar o
Psorinum , como especialidade homeopática reagiriam iguais! A varíola,
como doença viral, seria uma doença não reproduzível, mas dada como
teste numa pessoa sadia para testá-la como especialidade homeopática,
seria reproduzível como Variolinum . A sífilis não seria reproduzido como
doença natural, mas como Syphilinum seria igual em todos as pessoas
testadas e agiria de forma reproduzível como especialidade homeopática.
Além disto, como afirmar que curam, se não tinham a história natural
daquele paciente singular, para saber se curou sozinho ou pela ação do
medicamento?
QUARTA FALÁCIA
Valorização do sintoma aleatório, excêntrico e subjetivo.
SEXTA FALÁCIA
Invenção de diagnósticos não demonstráveis cientificamente.
SÉTIMA FALÁCIA
Afirmar que usam pelos semelhantes quando usam e abusam dos “anti-”.
E para estes males inventados por Hahnemann, se usam os
antimiasmáticos, antipsóricos, antisycóticos e antisyphilíticos . Que agem
pelos contrários destes males arbitrários. Pois o semelhante é apenas o
sintoma usado para a escolha da especialidade homeopática nos
Repertórios e nas Matérias Médicas , ¾ os prescriptions books ¾, e não o
mecanismo de ação. Querem fazer passar que a divergência com a
medicina é esta, mas na verdade é científica, pois a medicina usa vacina,
anestésicos, dessensibilização, hormônios, cirurgias... que não são anti- ou
contrários. Os antidepressivos, por exemplo, não agem pelo contrario,
mas através de vários mecanismos farmacológicos na fisiopatologia da
doença. Como existem inúmeros outros exemplos.
Mais recente, a Dra Margaret Lucy Tyler (1857-1943), seguidora de Kent
na Inglaterra, cria a idéia artificial da drug picture , em que as pessoas
teriam as doenças na verdade baseadas na “imagem” dos venenos e
sujidades dadas às pessoas sadias e não a origem das doenças
demonstradas pela patologia, parasitologia, microbiologia.
OITAVA FALÁCIA
A ação primária seria danosa e a ultradiluição seria a prova de que a
mesma não funcionava.
NONA FALÁCIA
Liberação espiritual da matéria pela sucução.
DÉCIMA FALÁCIA
Não haveria ação diferente do que a esperada.
Vamos voltar agora a experiência do Dr. Benveniste. A ação alegada por
ele, seria de que uma solução ultradiluída de anti-lgE, que não é um
medicamento homeopático, provocaria a liberação de histamina das
células basófilas, chamada degranulação , que seria como a reação dela na
alergia! Mas isto não tem nada a ver com o semelhante de Hahnemann. A
alergia não acontece na pessoa sadia. A ação da substância alérgica só
acontece no doente e não na sadia. Não é pelo sintoma similar, a “lei
universal da cura” , que o basófilo degranularia, mas pela mesma ação,
igual reação, que aconteceria com a solução molecular não diluída e que
teria guardado a alegada “memória”. Seria a mesma ação primária da anti-
IgE. Não tem nada a ver com a “energia de ordem vibracional”,
“dinâmica”, agindo na “força vital”. As células do experimento estavam
fora do organismo e não integrada no “holismo” do paciente. Não haveria
ação curativa alguma, mas apenas a mesma reação fisiológica,
farmacológica ou tóxica que já era esperada.
O que alegam ser a “memória da água” na verdade é a prova do incrível
esquecimento da mesma, pois a mesma não lembra que a tintura mãe era
veneno, pus, aranhas esmigalhadas, etc. para só ter uma alegada ação
“benéfica”! Nenhum método analítico consegue identificar a sua história
(tintura mãe e dinamização)!
O que é lógico pois sua ação está baseada só nas “HIPÓTESIS FINAL SOBRE
EL ORIGEN METAFÍSICO DE LA PSORA EN EL MEDICAMENTO ESTUDIADO.”
Isto não transforma substâncias escatológicas tais como fezes de pássaros
Guano Australis, esmegma de castor Castoreum, pus de lesões de
escabiose Psorinum, catarro verde Tuberculinum Viridis, secreção de
gonorréia Medorrhinum, baba de cachorro loco Lyssinum ou Hidrofobium,
metais em dose tóxica Aluminium, Stannum, Ferrum Metallicum, venenos
como Belladona, Cicuta virosa, Arsenicum Álbum em substâncias
curativas, ainda mais para diagnósticos místicos inacreditáveis.