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INSTITUTO ITAPETININGANO DE ENSINO SUPERIOR – IIES

FARMÁCIA

XAROPE DE IODETO DE POTÁSSIO

FABRÍCIO MATOS DOS SANTOS


FRANCIELE SILVA NOGUEIRA
LEANDRA APARECIDA TERTO
SUELEN FERREIRA NALESSO
THAMIRES CRISTINA FRANCO DE OLIVEIRA

ITAPETININGA – SP
2023
1 INTRODUÇÃO
Os medicamentos são apresentados ao público com uma determinada
forma, para se chegar a esse formato, a essa forma final designa por forma
farmacêutica. Pode definir se forma farmacêutica “Estado final que as
substâncias ativas ou excipientes apresentam depois de submetidas as
operações farmacêuticas necessárias a fim de facilitar a sua administração e
obter o maior efeito terapêutico desejado (2015).
Os xaropes são preparações com açúcar em quantidades elevadas, ou
algum outro material que o substitua, sendo adicionados como veículos para
os princípios ativos, porém em alguns casos os veículos clássicos não podem
ser usados devido restrição na dieta de açúcares ou álcool, obrigando-se a
desenvolver um líquido oral moderno que atenda estas necessidades.
(SILVA., et al). Os xaropes geralmente contém agentes flavorizantes e/ou
corantes autorizados, quando não se destinam ao consumo imediato, devem
ser adicionados de conservantes antimicrobianos autorizados (Farmacopeia
Brasileira, 6ª edição, 2019)
Os xaropes são caracterizados pela alta viscosidade, que apresentam
não menos que 45% (p/p) de açucares (SILVA., et al).
O iodeto de potássio pode ser utilizado sob a forma de xarope
expectorante na concentração de 2% (20 mg/mL) nas doenças infecciosas
das vias respiratórias ou no caso de doenças pulmonares nas quais
alterações anatômicas prejudiquem a expectoração, tais como enfisema e
fibrose cística. Atua como “expectorante irritante”, cujo mecanismo de ação se
dá por irritação direta das glândulas da mucosa respiratória (COSTA., et al
2013).
2 OBJETIVO
Preparar um xarope de iodeto de potássio utilizando xarope simples
como veículo.
3 MATERIAL E MÉTODOS
-Materiais utilizados:

Balança analítica 1
unidade

Bastão de vidro 3
unidades

Béquer de 100 mL 2
unidades

Cálice 125 mL 1
unidade

Chapa aquecedora 1
unidade

Espátula para pesagem 2


unidades

Frasco para 1
acondicionamento unidade

Gral e pistilo 1
unidade

Rótulos 1
unidade

Termômetro 1
unidade

Vidro de relógio 1
unidade
Métodos:
-Iniciou-se o procedimento separando todos os utensílios necessários, em
seguida calculou-se o valor a ser pesado de cada componente da formulação;
-Pesou-se em um vidro relógio 0,12g de metilparabeno (nipagin);
-Em seguida pesou-se em um béquer 27,6g de água destilada;
-Adicionou-se o metilparabeno (nipagin) à água e homogeneizou-se com
bastão de vidro;
-Colocou-se a mistura em chapa de aquecimento até a dissolução do pó, sem
ultrapassar 65°C;
-Retirou-se a mistura da chapa e reservou-se em bancada, aguardando seu
resfriamento;
-Em seguida, pesou-se em béquer 51,07 g de sacarose, com o auxílio de um
gral e pistilo efetuou-se a trituração da mesma;
-Após a trituração verteu-se aos poucos a sacarose ao béquer, com a mistura
da água com o metilparabeno (nipagin) em chapa de aquecimento, não
deixando ultrapassar 80°C, com o auxílio de um bastão de vidro efetuou-se a
homogeneização até a dissolução total da sacarose;
-Após a dissolução total da sacarose, retirou-se da chapa de aquecimento e
aguardou-se o seu resfriamento;
-Pesou-se em vidro relógio 1,2 g de iodeto de potássio, efetuou-se a
trituração do mesmo com auxílio de gral e pistilo;
-Em seguida, transferiu-se o ativo a um cálice e o solubilizou com a base do
xarope, em seguida completou-se o volume de 60ml com a base do xarope;
-Adicionou-se 5 gotas de essência de pêssego, efetuou-se a
homogeneização;
-Após a finalização do xarope, transferiu-se para um frasco âmbar para seu
armazenamento, identificando-se o frasco.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para realizar a manipulação do xarope de iodeto de potássio,
utilizou-se a formulação do Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira 2ª
edição, constando o quantitativo de cada ingrediente, relacionado ao xarope
simples e ao de iodeto de potássio. A seguir, encontram-se ambas as
formulações:
1- XAROPE SIMPLES
Sacarose.............................................................. 85,0% (p/v)
Metilparabeno...................................................... 0,2% (p/v)
Água purificada q.s.p........................................... 100,0 mL

2- XAROPE DE IODETO DE POTÁSSIO


Iodeto de potássio................................................ 2,0% (p/v)
Flavorizantes...................................................... q.s.p
Xarope simples q.s.p........................................... 100,0 mL

Decidiu-se manipular um xarope de iodeto de potássio com 60 ml,


sendo necessário determinar a quantidade necessária para pesar de cada
constituinte das fórmulas. Para o xarope simples realizaram-se os seguintes
cálculos:

Sacarose 100----------60 85 * 60/100 = 51 g


85------------X

Metilparabeno 100---------60 0,2 * 60/100 = 0,12 g


0,2---------X

Para o xarope de iodeto de potássio realizaram-se os seguintes


cálculos:

Iodeto de potássio 100-------60 2,0*60/100 = 1,2 g


2,0--------X
Também foi necessário realizar o cálculo para densidade do xarope,
para obter a quantia de água necessária para as etapas de confecção do
xarope, diluindo e incorporando os constituintes. A seguir apresenta-se a
fórmula de densidade e o cálculo utilizando a fórmula.

m m
D= 1,31= 1,31 * 60 = 78,60 - 51 = 27,60 ml
v 60
D= densidade 1,31 = densidade da água
M= massa 60 = volume total do xarope
V= volume m = massa a ser determinada da água
51 = valor pesado em gramas de sacarose

Após determinar a quantidade utilizada de cada fórmula, e pesar em


balança, partiu-se para a parte prática, pulverizando a sacarose, o
metilparabeno e o iodeto de potássio, sendo um procedimento importante para
contribuir na solubilização, sem formar parte sólida. Preparou-se o xarope
simples, com sacarose a 85% conferindo viscosidade e estabilidade ao xarope,
tendo também uma boa aceitabilidade ao paladar por ser doce, ajudando a
melhorar o sabor do medicamento.
O metilparabeno deverá desempenhar uma ação antimicrobiana de
amplo espectro, conferindo proteção contra bactérias, leveduras e fungos, esse
agente conservará a solução por mais tempo, impedindo a degradação
causada por microrganismos. Já o iodeto de potássio confere ao xarope o
efeito terapêutico, tendo ação expectorante, contribuindo no tratamento de
problemas respiratórios.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi possível preparar o iodeto de potássio(p/v) com êxito,Obtivemos a
capacidade de manipulação da suspensão, xaropes e compostos, a
compreensão de seus usos, adquirindo assim, conhecimento prático sobre a
teoria vista em sala de aula.
REFERÊNCIAS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia Brasileira 6ª ed.,2019
COSTA, R.O. Uso do iodeto de potássio na dermatologia: considerações
atuais de uma droga antiga. An Bras Dermatol, Rio de Janeiro, v.88, n.3,
p.401-407, 2013.

Formas e formatos dos medicamentos. A evolução das formas farmacêuticas.


Julho- Novembro 2015.

SILVA, R.P.P., et al. Avaliação Físico-Química de Xarope Fitoterápico


Industrializado.

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