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Anticosmica No.2 V S
Anticosmica No.2 V S
No 2
Ano 2020 e.v
Tradução
Soror Nihil
Revisão
Xon Lilian
Colaboradores
Kaela
Ricardo Trömpga
Capa
Sinfônica Caótica, Julio Ruelas
A Anticósmica é uma revista digital gratuita criada pela No entanto, reconhecemos que não é um caminho
Via Sangris. Nosso projeto é uma resposta ao interesse para ser tomado de ânimo leve, especialmente se o
daqueles que buscam a iniciação na Via Sinistra, indivíduo não estiver preparado para as grandes
servindo de portal de acesso às Correntes Satânicas e mudanças que ocorrerão em sua perspectiva do
ao lado sombrio da espiritualidade. Somos um grupo universo e em si. A Anticósmica é uma senda para o
satânico sem restrição de métodos e livre para abismo interior, um meio de abandono dos aspectos
valorizar a experiência pessoal. Nós não nos fenomênicos ilusórios do universo para se fazer um
colocamos como o caminho a ser seguido e sim como mergulho na profunda escuridão do verdadeiro Ser.
um veículo que serve de meio para se alcançar metas. Como objetivo secundário, buscamos fortalecer as
O principal objetivo do projeto é proporcionar ao Correntes Satânicas para que a Gnose necessária ao
envolvido o conhecimento iniciático necessário para a despertar e ao avanço dos que buscam o caminho
exploração do Caminho Esquerdo. Para nós, a entrada esquerdo possa ser adquirida. A maior parte do
no golfo obscuro da mente rumo às baixas dimensões conteúdo que trazemos nessa edição é de total direito
é um marco importante e significativo para o autoral e não disponibilizam para uso comercial. O
autoconhecimento, para isso formamos um guia nas conteúdo dessa edição é de total e inteira
sombras interiores responsabilidade da Via Sangris,
27 Imortalidade, Madame X
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Na iniciação que surge o conceito do feiticeiro como um ser
superior, como um deus cuja gnose transgressora lhe é inata; enfim, um
homem dotado de dons superiores, um indivíduo cuja capacidade
criadora da própria realidade lhe fora transmitida ao nascer novamente.
Ao se iniciar o feiticeiro se torna o mediador entre o eu e a corrente
acausal, entre a fonte e a matéria, entre o sinistro e o sublime. Com efeito,
é na iniciação que se estabelece tanto a noção de ser um criador original
de seu próprio mundo interno que nega a ilusão cósmica, quanto as
convenções sociais, encarnando a força amoral, adversária e caótica contra
todo o sistema prisional que é o mundo externo. O feiticeiro que passou
pela iniciação é aquele que está nu diante dos frutos da árvore do
conhecimento da bendição e da maldição. Sua ação significa criação,
produção, confecção e, principalmente, destruição. Ele encarna a palavra
do caos AZERATE, a linguagem criativa da Luz Negra e destrutiva da Luz
Branca.
Em seu Silêncio, ele domina e torna suas ideias fecundas. Na sua
mente lampeja a criação de um novo mundo que espelha sua sabedoria, o
seu verdadeiro paraíso espiritual fora da terra, o lugar de violação dos
valores e das formas mentirosas, de resistência à interdição divina do falso
criador, o lugar de honra e poder. Na sua língua ele fala a essência.
O principal motivo da Iniciação é a violação da ordem vigente. O
seu símbolo é a rebeldia, a rebelião e a insubordinação, afinal o feiticeiro
não se curva diante de nada. O indivíduo que desperta para a luta e toma
parte na Santa Causa, torna-se uma fissura para o Acausal. Ele é mais que
um condenado que segue um papel na sociedade. O feiticeiro não se limita
a sua condição social, fisiológica e histórica, ele é plural, multiforme e
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A primeira exigência para iniciar a conexão com o nosso Sanctum
Gnóstico e poder trabalhar em afinidade com a corrente da seita, é
apresentar uma identidade que expresse esse desejo, portanto nesse
trabalho o feiticeiro irá criar o seu Nome e Sigilo Pessoal. Esse ritual pode
ser feito entre 1 2hrs e 0hr. Você pode realizar esse rito e enviar as
anotações relatando a experiência para o e-mail [ v.s@zonamorta.org ].
Caso haja algum problema maior que impossibilite a prática, entre em
contato conosco pelo mesmo canal explicando a situação.
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Você precisará de caderno para desenhar o Sigilo e escrever o
Nome e giz (preto) para rabiscar o Círculo e um instrumento afiado. É
importante que a cor do giz seja preta por representar a natureza do
trabalho inicial no Círculo de Taninsam, a sua cor heráldica e a própria
marca da Feitiçaria Material. Visto que o Rito envolve a meditação e uma
viagem interior atrás dos próprios símbolos, você pode optar por fazer uso
de alguma erva de poder como dínamo alternativo para esse ritual, desde
que tenha alguma experiência com isso.
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O Círculo está à parte do mundo comum, é o símbolo que você vai
usar para delinear o próprio espaço da sua psicoesfera. Tudo fora do
Círculo estará separado desse espaço e de como dínamo alternativo. Tudo
fora do Círculo estará separado desse espaço e de você, permitindo-o
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4 — Após traçar seu Sigilo pessoal, é hora de criar o Nome. Este é um lema
que leva as influências que você deseja carregar. Medite até chegar na
conclusão perfeita do Nome que expressa seu caminho, sua vontade e
intenções.
“Eu (diga seu novo Nome) desço ao seio da Escuridão e peço licença aos
Chefes do Sanctum para integrar essa que é uma corrente caótica do Aeon
vindouro. Meu Poder é um com o Sanctum, minha Força é uma com o
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O termo Lilin (hebraico: ןיליל, filho(s) da noite, basicamente uma
transferência judaica dos espíritos acadianos Lilitu / Lil), incorpora
significados mitológicos e lendários que definem perfeitamente a forma
que enxergamos um predador, po7r isso optaremos por usá-lo para
designar tanto os variados demônios que voam caçando na noite (íncubos,
súcubos, vampiros_ ) quanto o Iniciado cuja natureza é manipuladora da
substância energética dos humanos, bem como dominadora dos seus
recursos espirituais, físicos e psíquicos. O Lilin é um descendente da Ama
Lilith, o filho que herdou o instinto predador da deusa. Ele é
preeminentemente consciente na maneira predatória de se relacionar com
sua vítima mas também pode agir de forma selvagem, sob um reflexo
menos racional do instinto de caça. A exemplo de animais caçadores como
falcões, serpentes, aranhas ou tubarões, o Lilin vive à espreita. Ele se
envolve, mas não pertence a “classe dos gados”. A necessidade de relação
com os humanos é pela energia que ele coleta para evoluir todo o espectro
de seus poderes, mas sua consciência se mantêm acima da humanidade e
estará sempre em perscrutação do fluido vital e essência de seus escravos
de alimento no mundo..
𝔒 𝔖𝔞𝔫𝔤𝔲𝔢
O sangue é o fator oculto, a marca da via do Lilin. Ele carrega todo
o poder, é a sublimação dos elementos. Ele sussurra os segredos da
imortalidade enquanto corre pelos canais sombrios do Lilin e quente, e vivo
amarra o tempo, a vida e a morte em sua corrente. O sangue é o
transmissor da herança na carne, o elixir vital que alimenta o Devorador
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O rubro elixir é a manifestação física da corrente vampírica da
Ama Lilith, a água atazótica que lubrifica as artérias e vasos do Lilin com a
intoxicação energética da deusa, portanto aprenda a respeitar e amar o
sangue e utilizá-lo como um honrado e nobre descendente da devoradora
Linhagem de Fogo, pois esse é o primeiro passo para você despertar seu
poder de um Lilin, a maneira de desenvolver sua habilidade de predador
herdada da Ama Lilith. No final dessa carta será entregue o Rito do Sangue
que é a chave para o despertar do Devorador Interior e para a iniciação do
Lilin dentro do caminho vampírico.
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Todo Lilin tem a capacidade de predação já em vigor em seu ser e
essa habilidade com o despertar trabalhará ininterruptamente para sua
prossecução vampírica. Basta ele, a partir de então, participar
conscientemente da exploração de energia vital que seu corpo fará
constantemente, para que consiga tanto governar quanto desenvolver a
sua habilidade de dreno de energia vital dos humanos e poderes
vampíricos herdados da Ama Lilith. Para perceber essa disposição natural
de caça comece escutando o murmúrio no seu sangue, pois essa é a voz
do Devorador Interior que fala aos seus sedentos instintos vampíricos.
permita ninguém lhe dizer que coletar energia é errado se senti essa
disposição latente em você. Seu desenvolvimento e sua própria condição
vampírica transumana depende da caça; Não permita ninguém lhe dizer
que coletar energia é errado se senti essa disposição latente em você. Seu
desenvolvimento e sua própria condição vampírica transumana depende
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O Lilin precisa estar num dia saudável com o físico, emocional e
mental equilibrados para poder iniciar esse rito. Não há necessidade de
agendamento de data ou hora, pois a energia envolvida nessa prática e o
elemento principal que é o sangue, não participam de qualquer particular
concepção cósmica de poder. O local precisa ser uma câmara fechada ou
seu equivalente. O Lilin precisará do tetraedro, tinta preta misturada com
mercúrio, 1 1 incensos de almíscar ou canela, 1 1 velas pretas, o espelho,
uma navalha, sino, pincel e papel de desenho*.
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Se recolha na sua câmara, acenda 1 vela preta, 1 incenso e medite
nu de frente para o espelho (pode fazer uma ambientação com música se
desejar); passe o tempo que for preciso ouvindo o Devorador Interior
murmurar sua vontade no seu sangue, com isso o desejo por substância
energética crescerá ao ponto de uma lancinação bestial possuir você. Deixe
esse estado se ampliar até não mais sentir o corpo, mas somente o instinto
predador. Quando atingir o ápice desse nível, pegue a navalha e faça um
pequeno corte na ponta da língua e misture o sangue na tinta preta; logo
em seguida faça um pequeno corte na região genital e igualmente misture
o sangue na tinta. Essas duas regiões, a língua e o genital, além de todo o
poder que possuem, carregam o sangue com o eflúvio sutil acausal (na
língua) e denso causal (na região genital), dando ao mesmo mais poder do
que geralmente tem o arterial e o venoso. Feito isso, misture a tintura e
apresente no altar e consagre em nome da Ama Lilith voltado ao espelho.
A seguir use a tinta para desenhar o sigilo da deusa no papel.
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Ele revelou a minha vontade; ele me fez um deus negro, aquele que é
adorado com amor infernal pelos vampiros e súcubos.
A minha via é o sangue; venero seu poder através de cada gota e através
de cada mancha.
Nas minhas veias trago a linhagem do Não-Morto, a glória dos caçadores
noturnos, o poder dos grandes senhores do sangue e da carne.
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Esse ritual é transformador, porém a partir dele que o processo de
evolução transumano começa. O Lilin daqui adiante deve se empenhar em
desenvolver seus poderes e ascender acima da esfera humana em que
esteve para poder se tornar um verdadeiro caçador. O sigilo deve ser usado
em outros rituais vampíricos, pois é o portal do reino da Ama Lilith que o
sangue ativará. Quanto ao tetraedro, ele é o canal pelo qual o Lilin
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alimentará o corpo vampírico ou de sombras, por assim dizer, que ele criou
nesse ritual.
*Como o sigilo será ativado outras vezes no altar, pode ser utilizado uma
tela de pintura, couro, pele ou outro material ao invés do papel.
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V✠S
A autoimolação é um conjunto de privações e censuras punitivas que
servem para eliminar o fluxo do Eu que alimenta o Ego. É sugerido que a
prática seja executada ao menos 2 vezes por semana por no mínimo 2
meses.
Primeiro Mês
1 a e 2a Semana: Aniquilamento
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Segundo Mês
1 a e 2a Semana: Autoflagelação
Pode incluir o órgão sexual como alvo de castigo. Uma outra opção é a
mutilação/marcação do corpo toda vez que quebrar um teste (teste de
não pronunciar uma determinada palavra, não realizar um certo gesto e
etc).
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Conto de John Putignano, 2017, Traduzido por Wilians Miguel
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A luz do sol irradia através da claraboia enquanto fecho os olhos,
me aquecendo no brilho. Eu imagino ser um em proximidade com Deus. Os
cristãos, os muçulmanos e os judeus têm todo um conceito de Deus errado.
Ele está além do alcance de qualquer mortal normal. Entre seus amplos
seios eu moro, um servo dedicado. Durante este estado de euforia sem fim,
eu detecto o coro abafado de querubins; eles cantam os hinos de minhas
realizações.
Os raios do sol adentram minha substância pura e, neste
momento, sou chamado de mestre zen. Nada estragará este instante de
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quando eu fecho meus olhos. Meu pico não requer canos ou agulhas,
apenas aquela aura que envolve minha vítima.
Estou em harmonia e estou no comando. A ordem deve ser
reparada pela soberania do ser exaltado. Minha missão é resolver todos os
dilemas da vida através da erradicação do sexo subalterno, a linhagem de
prostitutas que contribuíram para o nosso despejo do Éden e da
misericórdia de Deus. Com a mão oposta, eu bato um martelo. Talvez
chamá-lo de martelo seja um pouco extremo, é melhor descrevê-lo como
um martelo de borracha, mas seu impacto na mandíbula dela é
fundamental. A agitação mental se transforma em entulho ósseo quando
o processo coronoide da mandíbula quebra o arco zigomático do lado
esquerdo. Três incisivos, um canino e uma lágrima bicúspide de suas
gengivas quando ela engasga com os fragmentos de dentes fazendo com
que vomite um lodo verde e oleoso que cheira a merda. Eu estou ficando
furioso porque eu odeio grunhidos imundos. Através do que sobrou de sua
mandíbula quebrada ela murmura algo. Depois de uma escuta cuidadosa,
concluo que ela está perguntando o motivo dessa tortura. Anos atrás, isso
realmente deixaria meu pau duro. Eu ainda gosto da sinceridade desta
pergunta, é uma tentativa honesta de buscar uma explicação, mas eu
amadureci consideravelmente. Não me entenda mal, eu posso apreciar a
dramaticidade teatral do jogo de foda mental, mas hoje em dia eu tento
me livrar de minhas mãos sujas. Eu ando em direção ao meu toca-discos.
Minha admiração pelo vinil é intensa. Essa era moderna da música digital
é horrível. A perda é extrema quando o analógico é convertido em digital.
Quando coloco a agulha no disco, minha kundalini é despertada pelo
elegante trabalho ‘Orpheus In The Underworld’, composto por ninguém
menos que Offenbach. Os instrumentos de cordas, o latão e os gritos da
minha presa evocam um êxtase intenso.
Minha preciosa vítima se mija toda. Meu cérebro está saturado de
visões de gladiadores batalhando em uma arena empoeirada e dos
cadáveres de soldados assados nas trincheiras da Primeira Guerra
Mundial. Graciosamente, eu me abaixei e agarrei a putinha por seu maxilar
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inferior, meu polegar enfiado dentro de sua boca e meus outros dedos
pressionando com força contra a protuberância da cabeça. Estou surpreso
com o pouco esforço que é necessário para terminá-la
Sua língua bate e seus olhos giram enquanto sua garganta emite
esta grotesca obra de gritos distorcidos. Meu instinto alfa prevalece à
medida que a raiva primordial se instala. Ela se desenvolve no meu pau e a
partir daí meu domínio masculino assume. Estou ficando tão rude quanto
a testosterona aumenta minha brutalidade artística. Com minhas próprias
luvas, eu a espanquei até que seu rosto se parecesse com carne crua de
hambúrguer.
―Você boceta arrombada, seu maldito caixote de lixo! Todo ano, milhares
de prostitutas são mortas por clientes, todo ano! Você é a razão pela qual
esse fenômeno existe!
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“Ei bebê, eu chegarei um pouco tarde em casa hoje à noite. Diga às crianças
que eu as amo. Ah, diga ao Joey que vou levá-lo para o treino de futebol.
Ok bebê, até mais tarde. Eu te amo.”
_____________________
NT: John Putignano é escritor com uma dezena de romances publicados, inventou um estilo de conto chamado
de ‘Terror Extremo’ e também escreve na linha da Corrente 218/2 sob o pseudônimo Asha’Shedim. Ele
publicou os livros Mark of Qayin e Left Hand Path Sorceries e atualmente trabalha em outras obras.
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Antes de ler este artigo, você deve suspender todas as suas noções
preconcebidas da realidade, morte e renascimento. Isto não é um novo
conhecimento, é conhecimento antigo. Isso não é absolutamente
verdadeiro nem absolutamente falso. É um conhecimento antigo há muito
escondido, pois é inútil para a maioria. A premissa é simples. Nosso mundo
tem duas realidades, a física e o sonho. “O substancial aqui e agora” versus
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Aqui estão algumas instruções para aprender a viajar usando a
meditação. Se trata de 4 meditações angulares que devem ser feitas em
sua câmara, com a iluminação de uma vela preta junto ao tetraedro e
nenhuma outra luz. O tetraedro deve estar com uma face inteiramente
voltada para você e bem visível na hora de iniciar essa prática.
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Quarta meditação: feche os olhos. Sinta toda energia coletada através dos
três centros nervosos (Cérebro, Coração e Sexo) em cada ponto da face do
tetraedro. Imagine as energias concentradas em cada centro nervoso se
expandido até se transformarem numa só. Pense no Fogo em expansão,
catalisando seus poderes e expandindo sua consciência. Medite nos nós
que prendem seu progresso e use a energia em expansão para desatá-los,
visualize-se indo além do que acha poder, essa é a melhor forma de ir além
dos limites do corpo e da mente..
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Naamah gosta de incensos que acentue a sexualidade e libido. Usa-se
alfazema, almíscar, camomila, erva doce, dama da noite, jasmim, noz
moscada, patchouli e rosas.
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“Eu não sou identificada como a maioria das caçadoras de fluido vital que
voa na escuridão do outro mundo fazendo vítimas humanas, nem como
quem espreita em todo lugar e canto buscando causar desgraça,
enfermidade e morte para se alimentar do que liberam tais coisas,
tampouco posso ser descrita como um tipo de “predadora moderna”
inspirada nas novelas góticas e fantasiada por ordens que se intitulam
“vampíricas” ou faço parte do enquadramento supersticioso sobre espíritos
femininos caçadores da energia sexual dos homens que religiões utilizaram
como desculpa para degradar e desumanizar as deusas de seus inimigos e
justificar a perseguição e morte dos mesmos. Ao contrário disso, sou uma
Lilin, filha e herança da Noite, uma real dominadora da Energia Primária,
uma demônia vampira do sangue!”
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Noite de 1 3 de setembro,
201 7, R-Nyx
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seria repudiado como o que (e quem) deveria ser excluído dos limites da
sociedade e mantido além das ‘fronteiras da polis’. Assim a ocultação da
sua natureza vampírica lhe é, portanto, necessário no Lado do Dia,
enquanto essa invisibilidade se torna uma qualidade especial na Arte da
Caça e um atributo especial para o seu jogo diabólico de saciedade no Lado
da Noite.
𝔇𝔞 𝔈𝔫𝔢𝔯𝔤𝔦𝔞 𝔢 𝔡𝔞 𝔓𝔯𝔢𝔡𝔞𝔠𝔞̃𝔬
“Com a quintessência, retificada e limpa, eu ressuscitei o morto, dando-lhe
como uma bebida para ele que tinha se tornado fantasma e ele entrou pelo
portal do mundo novamente.”
Como qualquer outro ser manifesto, você está ligado aos ciclos.
Seu corpo, sua mente e alma atendem aos ritmos naturais, entrando e
saindo pelos portais da mudança, então busque aumentar essa percepção
de maneira que consiga sentir a essência por trás dos seus próprios
movimentos e das coisas a sua volta. Observe os ritmos de energia do
mundo e como as mudanças lhe afeta: a lua e os diferentes poderes ligados
às suas fases; o passar dos anos e as novas tecnologias; os tempos selvagens
e brandos na sua comunidade humana; a roda das estações e as datas que
marcam novos ciclos em sua vida e no mundo. Se volte para a onda de
energia que lhe atinge mesmo agora nesse momento e conforme for se
tornando mais consciente do movimento e influência dessa onda, poderá
entender seu funcionamento e manipulá-la no nível essencial. Somente
através desse aprimoramento da percepção do ritmo da energia que você
se tornará ativo em meio a humanos passivos entendendo, finalmente, o
que é ser um predador que se alimenta diretamente da essência, um
caçador no limiar recebendo as ondulações desse oceano de vida, luz e
energia sustentadora.
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I — Visão da Aura
1 . Observe A Aura
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2. A Cor da Aura
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II — A Energia do Sangue
1 . Amplificador de Sangue
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2. Sacrifício de Sangue
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Wilians Miguel: Vejo que você cria de uma forma mais independente e não
apoia ou mesmo refugia sua arte em simbolismos seculares como
comumente vemos acontecer com muitos outros ilustradores e pintores
ligados à grupos ou mesmo ordens. Inclusive observei que em suas
pinturas sobre os Sótãos da Mansão da Morte, como ‘Thantifaxath,
Amprodias, Malkunofat’ e outras, tem reproduções de
espaços/atmosferas pessoais que causam experiências visuais únicas, uma
viagem que podemos fazer a partir dos seus olhos e sua inspiração.
Acredito que a arte acaba malbaratada e a inspiração restrita quando o
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Wilians Miguel: Apesar de haver pinturas em que você utiliza paletas mais
coloridas, a primeira coisa que achei relevante foi a ausência de cores
“mais vivas” em muitas obras. Você parece que descobriu ocorrências
provocadoras de um estado de misantropia, de morte e vazio nessa
ausência de cores e consegue fazer com que isso expresse muito bem o
próprio sentido que as pinturas carregam, o que faz com que se tornem
poderosos retábulos qlifóticos. Certamente essa ausência de cores mais
vivas em muitas pinturas deve ter um significado especial para você. O
que você enxerga e busca transmitir por trás disso?
Kaela: A cor depende muito da ideia que vou trabalhar e abstrair, é como
um símbolo que acompanha a expressão e força na pintura. Por exemplo,
quando você aborda temas do espírito da morte, verá que vermelho,
preto, branco ou verde estão presentes, já outros trabalhos tendem a
inclinar-se para o preto e branco, como em “Daughter of Nix”, do qual
emergem alguns tons do cinza, onde eu busquei expressar uma
visualização do aspecto fúnebre dos “keres”. Em outros temas faço uso de
uma paleta de cores mais coloridas, como no túnel “Thantifaxath” ou em
“O Encontro de Nahemoth” onde a intenção é a manifestação dos
elementos e impulsos. É óbvio que ainda tenho uma propensão a usar
cores básicas e isso não é um bom incentivo, pois tenho que explorar mais
as cores. Nas pinturas dos túneis como A’ano’nin, Thantifaxath,
Amprodias, Malkunofat, Yamatu (mencionadas nos parágrafos
introdutórios da entrevista) que é um projeto conjunto com Edgar Kerval,
a ideia foi concentrada em fazer cartas de meditação através da conexão
com alguns sigilos evocados por ele. Minha intenção era conseguir cores
ocres, mais escura e menos cores brilhantes como as que encontramos na
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https://www.facebook.com/rt.KALA/
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A aliança demoníaca é muito importante na jornada espiritual e há
duas razões para nós da V.S acreditarmos nisso:
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Haeretici Gnostici
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Conversionem Diabolicum
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A Fronte Precipitium
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**Radical deriva do latim radix= raiz: “ser radical significa ir para a raiz”
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viasangris.zonamorta.org/wp/