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INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM
ELETRICIDADE
VICENTE CARNEIRO CARDOSO
[Responsável Técnico]
MACAÉ, RJ.
2022
www.foxtreinamentos.com
Obrigações do empregador:
A empresa deve fornecer ao funcionário todos os EPI adequados ao risco que ele
esteja exposto, os equipamentos devem estar em perfeito estado de conservação e
funcionamento;
Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;
Exigir o seu uso;
Fornecer ao empregado somente EPI aprovados pelo órgão nacional competente
em matéria de segurança e saúde no trabalho;
Orientar e capacitar o empregado quanto ao uso adequado acondicionamento e
conservação;
Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
Comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego qualquer irregularidade
observada.
Obrigações do funcionário:
Utilizar apenas para a finalidade a que se destina;
Responsabilizar-se pelo acondicionamento e conservação;
Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
São utilizados para a proteção da cabeça contra: irradiação solar e chuva, impactos e
perfurações provenientes da queda de objetos e choque elétrico. Devem ser utilizados tanto em
trabalhos em ambientes abertos quanto em ambientes confinados.
São utilizados para a proteção da cabeça e face, em trabalhos onde exista o risco de
explosões com projeção de partículas e queimaduras provocadas por abertura de arco voltaico.
São utilizados para a proteção dos olhos contra impactos mecânicos, partículas volantes,
radiação ultravioleta e infravermelho.
São utilizados para a proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que apresentem
ruídos excessivos. Os mais utilizados são os protetores auditivos tipo inserção e concha.
São utilizada para proteção das mãos e braços do empregado contra choque em trabalhos
e atividades com circuitos elétricos energizados.
É utilizada para a proteção das mãos e braços do empregado contra agentes abrasivos e
escoriantes.
É utilizada para a proteção das mãos e punhos quando o trabalhador realiza trabalhos ao
potencial.
É utilizada para a proteção das mãos e punhos do funcionário contra agentes químicos
e biológicos.
É utilizado para a proteção dos pés contra torção, escoriações, derrapagens, escorregões
e umidade e agentes químicos agressivos.
É utilizado para a proteção dos pés contra torção, escoriações, derrapagens, escorregões
e umidade e agentes químicos agressivos.
É utilizada para a proteção das pernas contra objetos perfurantes, cortantes e ataque de
animais peçonhentos.
10.7 VESTIMENTAS
10.8 ACESSÓRIOS
São utilizados para a proteção do empregado contra queda em serviços onde exista
diferença de nível, em conjunto com cinturão de segurança tipo paraquedista e mosquetão tripla
trava.
Impedimento de equipamento;
Responsável pelo serviço;
PES – Pedido para Execução de Serviço;
AES – Autorização para Execução de Serviço;
Desligamento programado;
Desligamento de emergência;
Interrupção momentânea.
Todo serviço deve ser planejado antecipadamente e executado por equipes devidamente
treinadas e autorizadas de acordo com a NR-10.
O PES deverá ser emitido para cada serviço, quando de impedimentos distintos.
Quando houver dois ou mais serviços que envolvam o mesmo impedimento, sob a
coordenação do mesmo responsável, será emitido apenas um PES, quando houver dois ou mais
responsáveis, obrigatoriamente será emitido um PES para cada responsável.
Certificar de que os envolvidos estão conscientes do que fazer, onde fazer, como fazer,
quando fazer e porque fazer.
11.3 SINALIZAÇÃO
11.3.1 Placas
O Prontuário das Instalações Elétricas é feito com base em dados obtidos em auditorias
das documentações e procedimentos, bem como, das instalações elétricas. Tais vistorias partem
do quadro elétrico de entrada até os dispositivos finais.
Ao final, é montado um plano de ação que trará melhorias e indicações de soluções
técnicas de acordo com o que é apontado pela NR10.
Além disso, ele é obrigatório para todas as edificações que possuem instalação elétrica
acima de 75kW. Nesse sentido, o não atendimento do Prontuário de Instalações Elétricas, a
empresa ficará exposta a sanções e processos judiciais.
Nesse sentido, as informações presentes no Prontuário de Instalações Elétricas também
orientam o trabalhador sobre procedimentos que garantem a sua segurança e reúne todos os
documentos que garantem que a empresa está atendendo a Norma Regulamentadora 10.
O primeiro passo para organizar o Prontuário das Instalações Elétricas é a elaboração
do Relatório Técnico das Inspeções (RTI) com o cronograma de ações para adequação à NR10.
O RTI deve ser elaborado com base em um diagnóstico de situação da empresa que
analise os riscos, os procedimentos, as documentações e as medidas de controle existentes na
área elétrica e indique todos os requisitos da NR10 não atendidos pela empresa.
13 RISCOS ADICIONAIS
Os riscos adicionais, citados na NR-10, são todos aqueles que não estão diretamente
relacionados à eletricidade, mas ainda assim estão presentes, mesmo que nem sempre e nem
todos ao mesmo tempo, nas atividades realizadas pelos profissionais da área. Os principais
riscos adicionais aos quais estão sujeitos os trabalhadores que atuam em serviços e instalações
em eletricidade são: altura; ambientes confinados; áreas classificadas e condições atmosféricas
adversas.
De acordo com a NR-35, trabalho em altura é todo aquele executado acima de 2,00 m
(dois metros) do nível inferior, onde há risco de queda.
A norma diz ainda que cabe ao empregador desenvolver procedimento operacional para
as atividades rotineiras de trabalho em altura, assim como capacitar o trabalhador, em
treinamento que deve ser realizado bienalmente ou quando se fizer necessário, de acordo o item
35.3.3 da mesma norma.
Caso seja inevitável a utilização de andaimes tubulares próximo à rede elétrica, estes
devem respeitar as distâncias de segurança estabelecidas, assim como seguir as orientações da
NR18, item 18.15. Algumas orientações merecem destaque, como:
Os andaimes devem estar devidamente aterrados; ter estais a partir de três metros e a
cada cinco metros de altura; ter guarda corpo de 90 centímetros de altura em todo o perímetro;
As tábuas da plataforma devem ter no mínimo uma polegada de espessura, devem estar bem
fixadas e nunca ultrapassar o andaime.
De acordo com a definição da NR-33, item 33.1.2 espaço confinado é qualquer área ou
ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possui meios limitados de entrada
e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa
existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio. Nas atividades em ambientes confinados
os trabalhadores estão expostos a riscos de asfixia, explosão e intoxicação, entre outros. De
acordo com a NR-33 todos os trabalhadores autorizados, vigias e supervisores de entrada devem
receber capacitação periódica para estas atividades. Alguns cuidados merecem destaque: a cada
grupo de 20 trabalhadores, pelo menos dois devem estar treinados para resgate; sinalização com
informação clara e permanente durante a realização de trabalhos no interior de espaços
confinados; monitoramento permanente de substância que cause asfixia, explosão ou
intoxicação.
13.4.1 Umidade
Os trabalhos com equipamentos energizados devem ser iniciados apenas sob boas
condições meteorológicas, não é recomendado trabalho sob chuva, neblina ou ventos fortes. A
umidade do ar quando excessiva diminui a capacidade dele como isolante elétrico, tornando-o
um meio propício para a condução de corrente elétrica, o que aumenta o risco de acidentes com
eletricidade.
Além disso, equipamentos que utilizam o óleo como isolante; não podem ser abertos em
condições de umidade excessiva, pois a umidade do ar em contato com o óleo pode diminuir a
capacidade de isolação elétrica do óleo.
Os raios nada mais são do que a passagem de corrente elétrica da nuvem, com maior
potencial elétrico, para a terra com menor potencial, essa trajetória é ramificada e aleatória e
ocorre em condições específicas de umidade, temperatura e pressão. Quando o primeiro raio
percorre o trajeto, o ar se torna ionizado e abre caminho para passagem de ondas que podem
atingir até 20.000 ampères, o ar em volta desse trajeto se expande e uma onda de ar quente de
até 30.000°C é gerada.
A expansão do ar cria um barulho, que chamamos de trovão. Os elétrons que foram
movidos da molécula de ar retornam criando o efeito que conhecemos como relâmpago. Essas
descargas atmosféricas podem ocorrer entre nuvem e terra, terra e nuvem ou entre nuvens. As
instalações elétricas devem contar com um sistema de proteção contra descargas atmosféricas,
conhecido pela sigla SPD, −, Esse sistema é relativamente de simples entendimento, entretanto,
seu projeto envolve muitas variáveis.
Para que o sistema de proteção contra descargas atmosféricas seja eficiente ele deve
seguir as orientações da NBR-5419. O conceito de para-raios, que é o princípio de um SPDA,
é simples, foi desenvolvido por Benjamin Franklin, no século XVIII e consiste basicamente em
atrair o raio e guiá-lo com segurança para a terra. São muitos os modelos de para-raios.
Os principais componentes de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas
são: terminais aéreos (conhecidos como para-raios, são hastes montadas no ponto mais alto da
edificação); condutores de descida (são os cabos que conectam os terminais aéreos aos
terminais de aterramento); terminais de aterramento (hastes enterradas no solo); condutores de
ligação equipotencial ( condutor que interliga todas as partes metálicas da edificação,
aterramentos de equipamentos, estruturas, SPDA, para que não exista diferença de potencial
entre elas); supressores de surto, varistores, para-raios de linha, centelhados (instalados no
ponto de entrada para proteger os equipamentos de sobretensões transitórias.
Por isso, a proteção contra incêndio deve receber atenção especial, uma vez que ela é
mais complexa do que pode se pensar inicialmente.
É muito importante que exista um sistema de prevenção de incêndios em todo local de
trabalho, uma vez que as situações existentes nesses ambientes e o grande número de pessoas
reunidas eleva a chance da ocorrência de incêndios e de complicações durante os momentos de
pânico. Para a existência desse sistema é necessário que os trabalhadores, ou pelo menos parte
significativa deles que componham a brigada de incêndio, tenham conhecimento e treinamento
relacionados ao fogo e às situações de incêndio. Além disso, são necessários equipamentos de
combate ao incêndio e é importante que os funcionários saibam manusear extintores e
mangueiras contra incêndio.
Calor, forma de designar a energia térmica em transição. Por isso, ele é responsável
pela propagação do fogo. Quando colocamos nossas mãos sobre uma chama e sentimos elas
aquecerem estamos recebendo energia térmica daquela chama, quando essa energia atinge a
temperatura de combustão de substâncias próximas ao fogo, se tem a propagação das chamas.
Reação em cadeia, a partir da noção sobre calor e como ela afeta a propagação do fogo,
é possível compreender a reação em cadeia. Quando mais combustíveis entram em combustão,
maior é a transmissão de calor para a atmosfera e para os produtos ao redor, com isso o fogo
dente a propagar até que seja contido. De forma que uma combustão, se não contida ou
controlada, pode gerar outras queimas.
O calor é produzido pela combustão ou pode também ser originado pelo atrito dos
corpos, tem três processos de transmissão: Condução, convecção e irradiação.
Irradiação, a transmissão do calor não utiliza meios materiais, o calor é propagado por
ondas caloríficas através espaço.
Tendo em vista que o fogo surge a partir da existência conjunta das condições
necessárias para a combustão, comburente, combustível, temperatura de ignição e calor, para a
extinção do fogo é necessário retirar um desses elementos. Existem os seguintes métodos de
extinção: por resfriamento, por abafamento ou pela retirada do material.
Sem comburente não a chama, dessa forma no abafamento o contato do oxigênio com
o combustível é reduzido ao mínimo ou impedido completamente.
Para apagar o fogo através do método de resfriamento a temperatura precisa ser reduzida
para reduzir a emissão de calor (responsável pela temperatura de ignição), fazendo com que o
combustível pare de gerar gases e vapores.
Esse método de extinção faz uso de produtos externos à combustão que, ao serem
lançados no fogo, tem suas moléculas desassociadas pela ação do calor. A partir disso, elas se
misturam com os componentes do fogo de forma que o resultado seja uma mistura não
inflamável.
OUTRAS RECOMENDAÇÕES:
Procure conhecer todas as saídas que existem no seu local de trabalho, inclusive
as rotas de fuga;
A segurança no trabalho é essencial para garantir a saúde e evitar acidentes nos locais
de trabalho, sendo um item obrigatório em todos os tipos de trabalho. Podemos classificar os
acidentes de trabalho relacionando-os com fatores humano (atos inseguros) e com o ambiente
(condições inseguras). Essas causas são apontadas como responsáveis pela maioria dos
acidentes. No entanto, deve-se levar em conta que, às vezes, os acidentes são provocados pela
presença de condições insegura se atos inseguros são mesmo tempo.
Os atos inseguros são, geralmente, definidos como causas de acidentes do trabalho que
residem exclusivamente no fator humano, isto é, aqueles que decorrem da execução das tarefas
de forma contrária às normas de segurança. É a maneira como os trabalhadores se expõem
(consciente ou inconscientemente) aos riscos de acidentes.
É falsa a ideia de que não se pode predizer nem controlar o comportamento humano.
Na verdade, é possível analisar os fatores relacionados com a ocorrência dos atos inseguros e
controlá–los. Segue-se alguns fatores que podem levar os trabalhadores a praticar em atos
inseguros:
Inadaptação entre homem e função por fatores constitucionais. Ex.: sexo, idade,
tempo de reação aos estímulos, coordenação motora, agressividade, impulsividade, nível de
inteligência, grau de atenção.
Fatores circunstanciais: fatores que influenciam o desempenho do indivíduo no
momento. Ex.: problemas familiares, abalos emocionais, discussão com colegas, alcoolismo,
estado de fadiga, doença, etc.
Desconhecimento dos riscos da função e/ou da forma de evita-los. Estes fatores
são na maioria das vezes causados por: seleção ineficaz, falhas de treinamento, falta de
treinamento.
São aquelas que, presentes no ambiente de trabalho, põem em risco a integridade física
e/ou mental do trabalhador, devido à possibilidade de este acidentar-se. Tais condições
manifestam-se como deficiências técnicas, podendo apresentar-se:
Na construção e instalações em que se localiza a empresa: áreas insuficientes,
pisos fracos e irregulares, excesso de ruído e trepidações, falta de ordem e limpeza, instalações
elétricas impróprias ou com defeitos, falta de sinalização.
Na maquinaria: localização imprópria das máquinas, falta de proteção em partes
móveis, pontos de agarramento e elementos energizados, máquinas apresentando defeitos.
Na proteção do trabalhador: proteção insuficiente ou totalmente ausente, roupa
e calçados impróprios, equipamentos de proteção com defeito (EPIs, EPCs), ferramental
defeituoso ou inadequado.
sistemas industriais, é o toque acidental em partes metálicas energizadas, ficando o corpo ligado
eletricamente sob tensão entre fase e terra.
Em 2018, foram registrados 1.424 acidentes com origem elétrica em todo o país, sendo
836 choques, 537 incêndios por sobrecarga ou curto-circuito e 51 descargas atmosféricas
(raios). Isso representou um aumento de 2,67% em comparação ao ano anterior e de 37,2% em
relação a 2013, início da série histórica.
Estes números somam os casos fatais e não fatais. O dado consta do Anuário Estatístico
de Acidentes de Origem Elétrica e foi revelado hoje (2), em São Paulo, pela Associação
Brasileira de Conscientização dos Perigos de Eletricidade (Abracopel).
Desse total de acidentes foram registradas 622 mortes por choques elétricos, 61 mortes
por incêndios [nove delas no incêndio do Edifício Wilton Paes de Almeida, na capital paulista]
e 38 mortes por descargas elétricas.
O número de mortes por choques elétricos, caiu em 2018, com cinco mortes a menos
que em 2017. No entanto, o número de mortes por incêndios originados por sobrecarga dobrou,
passando de 30 casos no ano anterior para 61 em 2018.
1. CASO
Causas imediatas:
Condições ambientais perigosas (animais);
Inspeção incompleta.
Causas básicas:
Equipamento exposto ao tempo;
Motivação inadequada.
2. CASO
Causas imediatas:
Realizar manutenção (em regime de linha morta) acima de estrutura energizada,
sem as devidas proteções;
Não “bloquear” o religamento da rede logo abaixo;
Quebra da ponta do poste.
Causas básicas:
Falta de isolamento ou desenergização da rede de distribuição na área de possível
contato com a linha de transmissão;
Estrutura comprometida, internamente, pelo tempo.
16 PRIMEIROS SOCORROS
Código Penal Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou
em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena
- detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Em medicina, lesão é um termo não específico usado para descrever qualquer dano ou
mudança anormal no tecido de um organismo vivo. Tais anomalias podem ser causadas
por doenças, traumas ou simplesmente pela prática de esportes, por exemplo.
16.1.1.1 Contusão
Lesão produzida nos tecidos por trauma contuso (pancada, chute, cotoveladas, etc), sem
que haja rompimento da pele.
Como se manifesta:
Dor e edema (inchaço) no local;
Equimoses (manchas avermelhadas);
Hematomas (colorações arroxeadas pelo sangue extravasado).
Como proceder:
Evite movimentar a região lesionada;
Aplique compressas frias ou saco de gelo no local;
Caso seja necessário imobilize a região;
Procure o médico.
Como se manifesta:
Dor intensa à movimentação;
Edema (inchaço) no local.
Como proceder:
Mesmos procedimentos realizados na contusão;
Faça uma bandagem para sustentação do músculo.
16.1.1.3 Cãibra
Como se manifesta:
Dor e contratura no local;
Contração do músculo afetado.
Como proceder:
Promova o alongamento do músculo atingido;
Aplique compressas quentes no local;
Faça uma suave massagem no local.
16.1.2.1 Entorse
Como se manifesta:
Dor intensa à movimentação;
Edema (inchaço) local;
Perda da mobilidade local;
Deformidade da articulação (pelo inchaço).
16.1.2.2 Luxação
Como se manifesta:
Dor violenta;
Edema local;
Deformação visível da articulação;
Impossibilidade de movimentação.
Como proceder:
Evite movimentar a região atingida;
Aplique compressas geladas ou saco de gelo no local lesionado, não
ultrapassando 20 minutos em cada aplicação;
Proteja a região lesionada;
Faça a imobilização atingindo as duas articulações próximas à lesão;
Amarre as talas com ataduras ou tiras de pano com firmeza, sem apertar, em 4
pontos: acima e abaixo do local da lesão (nunca em cima da lesão); acima e abaixo das
articulações próximas à região.
Avalie distalmente o MS/MI;
Remova a vítima para o hospital mais próximo.
IMPORTANTE:
Não tente colocar o osso no lugar.
Não use compressas quentes nas primeiras 24 horas;
Não faça fricção, nem procure "alongar" a região lesionada;
O entorse e a luxação são traumatismos que exigem cuidados médicos;
Na dúvida, imobilize.
16.1.3.1 Fraturas
Como se manifesta:
Dor e edema (inchaço) local;
Dificuldade de movimentação;
Posição anormal da região atingida;
Sensação de atrito das partes ósseas no local da fratura (crepitação);
Ruptura da pele com exposição do osso fraturado (fratura exposta).
Como proceder:
Mantenha a vítima em repouso
Evite movimentar a região atingida;
Evite o estado de choque;
IMPORTANTE:
Não tente reduzir a fratura (colocar o osso no lugar), na dúvida, imobilize.
Essa fratura pode estar associada a um Traumatismo Crânio Encefálico (TCE), devendo
por tanto, exigir por parte do prestador de socorro uma maior atenção.
Como se manifesta:
Perda de sangue pelas narinas ou ouvidos;
Inconsciência ou não;
Náuseas e vômitos podem surgir imediatamente ou horas após o acidente;
Extravasamento de líquor pelas narinas ou ouvido;
Hematoma orbitário (olhos de panda) uni ou bi lateral;
Hematoma retro auricular (atrás da orelha);
Pupilas assimétricas (anisocoria) e ou não reativas a luz.
Como proceder:
Mantenha a vítima em repouso e recostada;
Avalie o estado neurológico da vítima;
Aplique compressas geladas ou sacos de gelo na região atingida;
Estanque a HEMORRAGIA do ferimento;
Inicie a respiração de socorro boca-a-boca, em caso de parada respiratória;
Execute a compressão cardíaca externa, associada a respiração de socorro boca-
a-boca, se a vítima apresentar ausência de pulso e pupilas dilatadas;
Aplique corretamente o colar cervical e coloque lateralmente travesseiros ou
almofadas, a fim de impedir movimentos para os lados;
Leve imediatamente a vítima para o hospital mais próximo.
Como se manifesta:
Dor local após forte traumatismo;
Deformidade óssea;
Alteração de sensibilidade, dormência, sensação de formigamento.
Como proceder:
Mantenha a vítima em repouso absoluto;
Estabilize a coluna cervical com a pegada de trauma e o colar cervical;
Utilize uma superfície dura: maca, tábua, porta, etc., para o transporte do
acidentado;
Movimente o acidentado como um bloco, isto é, desloque todo o corpo ao
mesmo tempo, evitando mexer separadamente a cabeça, o pescoço, o tronco, os braços e as
pernas;
A primeira prioridade durante uma emergência médica é salvar vidas. Uma pessoa
inconsciente e não responsiva pode estar perto da morte, e os socorristas devem avaliar a
situação e começar o tratamento conforme necessário para restabelecer e manter as vias
respiratórias (A, do inglês airway), respiração (B, do inglês breathing) e circulação
(C, circulation), o ABC da vida.
Um problema que ocorra em qualquer um desses sistemas pode ser fatal, se não for
corrigido rapidamente. As vias respiratórias, que são a passagem através da qual o ar circula
até aos pulmões, podem ficar obstruídas (por exemplo, por engasgo ou aspiração de um
pedaço de comida). Muitos distúrbios, como enfisema e asma podem dificultar a respiração.
A circulação do sangue, que depende do bombeamento e batimento do músculo cardíaco,
pode parar durante a parada cardíaca. Conforme necessário, os socorristas devem iniciar
imediatamente:
Manobras para aliviar a obstrução das vias respiratórias (por exemplo,
compressões abdominais, também chamadas de manobra de Heimlich);
Reanimação cardiopulmonar (RCP) para pessoas em parada cardíaca.
Caso se tratem de muitas pessoas lesionadas, a que apresentar ferimentos mais sérios
deve ser tratada em primeiro lugar. A avaliação deve durar menos de um minuto para cada
pessoa lesionada. Em cada caso, o socorrista deve avaliar se a situação é:
De risco à vida
Urgente, mas não de risco à vida
Não urgente
Pode ser difícil determinar qual necessita um tratamento mais urgente: uma pessoa
que grita de dor pode ter uma lesão menos séria do que outra que não consegue respirar ou
que esteja em coma, estando, portanto, sem sinais. A dificuldade respiratória e o sangramento
abundante representam riscos de vida, mas uma mão ou pé fraturado pode quase sempre
esperar tratamento, independentemente da dor.
Quando houver muitas pessoas com lesões sérias e os recursos forem limitados, os
socorristas podem precisar fornecer tratamento somente às pessoas que considerarem ter uma
possibilidade de sobrevida.
Quando as pessoas lesionadas não forem capazes de fornecer informações médicas
por estarem confusas, inconscientes ou devido à gravidade de sua condição, a informação
deve ser obtida por outros meios. Por exemplo, se ao lado de uma pessoa inconsciente estiver
um frasco vazio de comprimidos, a embalagem deve ser entregue ao pessoal da emergência.
A descrição de como alguém sofreu a lesão e a informação de testemunhas, familiares ou
socorristas pode ser fundamental para se estabelecer o tratamento.
Verificação da Respiração
Encostar o ouvido sobre a boca e nariz da vítima, mantendo as vias aéreas
abertas;
Observar se o peito da vítima sobe desce, ouvir e sentir se há sinal de respiração.
Procedimento
Manter a cabeça estendida para trás, sustentando o queixo e mantendo as vias
aéreas abertas;
Pinçar o nariz da vítima;
Inspirar, enchendo bem o peito, e colocar sua boca de forma a vedar
completamente, com seus lábios, a boca da vítima;
Verificação do Pulso
Manter a cabeça da vítima estendida para trás, sustentando-a pela testa;
Localizar o com o dedão com a ponta dos dedos indicado remédio;
Deslizar os dedos em direção à lateral do pescoço para o lado no qual você
estiver posicionado (não utilize o polegar, pois este tem pulso próprio);
Sentir o pulso da carótida (espere 5 – 10 segundos). A carótida é a artéria mais
recomendada por ficar próxima ao coração e ser acessível.
Procedimento:
Realizar somente quando tiver certeza de que o coração da vítima parou;
Colocara vítima sobre uma superfície rígida;
Ajoelhar-se ao lado da vítima;
Usando a mão próxima da cintura da vítima, deslizar os dedos pela lateral das
costelas próximas a você, em direção ao centro do peito, até localizar a ponta do osso esterno;
Colocar a ponta do dedo médio sobre a ponta do osso esterno, alinhando o dedo
indicador ao médio;
Colocar a base da sua outra mão (que está mais próxima da cabeça da vítima) ao
lado do dedo indicador;
Remover a mão que localizou o osso esterno, colocando-as obre a que está no
peito;
Entrelaçar os seus dedos, estendendo-os de forma que não toquem no peito da
vítima.
Posicionar seus ombros diretamente acima de suas mãos sobre o peito da vítima;
Manter os braços retos e os cotovelos estendidos;
Pressionar o osso esterno para baixo, cerca de aproximadamente 5 centímetros;
Executar 15 compressões. Contar as compressões à medida que você as executa;
Fazer as compressões uniformemente e com ritmo;
Durante as compressões, flexionar o tronco ao invés dos joelhos;
Evitar que os seus dedos apertem o peito da vítima durante as compressões.
O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada em resgate (Corpo
de Bombeiros, Anjos do Asfalto, outros). O transporte realizado de forma imprópria poderá
agravar as lesões, provocando sequelas irreversíveis ao acidentado.
A vítima somente deverá ser transportada com técnica e meios próprios, nos casos, onde
não é possível contar com equipes especializadas em resgate. OBS: É imprescindível a
avaliação das condições da vítima para fazer o transporte seguro (número de pessoas para
realizar o transporte). A remoção ou transporte como indicado abaixo só é possível quando não
há suspeita de lesões na coluna vertebral.
Uma pessoa
De Apoio: Passe o seu braço em torno da cintura da vítima e o braço da vítima ao redor
de seu pescoço.
Nas Costas: Dê as costas para a vítima, passe os braços dela ao redor de seu pescoço,
incline-a para afrente alevante-a.
Duas Pessoas
Segurando Pelas Extremidades: uma segura a vítima pelas axilas, enquanto a outra,
segura pelas pernas abertas. Ambas devem erguer a vítima simultaneamente.
Três Pessoas
Uma segura a cabeça e costas, a outra, a cintura e a parte superior das coxas. A terceira
segura a parte inferior das coxas e pernas. Os movimentos das três pessoas devem ser
simultâneos, para impedir deslocamentos da cabeça, coluna, coxas e pernas.
17 RESPONSABILIDADES
17.1 DEFINIÇÃO
Por lei, a empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais
de proteção e segurança da saúde do trabalhador, devendo prestar informações pormenorizadas
sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular, cabendo-lhe, ainda, (art. 157
da CLT) cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;
Esta culpa, por ter natureza civil, se caracterizará quando o agente causador do dano
atuar com negligência ou imprudência conforme cediço doutrinariamente, através da
interpretação da primeira parte do art. 186 do Código Civil.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Do
referido dispositivo normativo acima transcrito, verificamos que a obrigação de indenizar
(reparar o dano) é a consequência juridicamente lógica do ato ilícito, conforme dispõe também
os artigos. 927 a 943 do Código Civil, constante de seu Título IX - Da Responsabilidade Civil,
no Capitulo I - Da Obrigação de Indenizar.
Assim sendo temos caracterizado de forma clara a obrigação da empresa de reparar o
dano causado ao empregado quando este por ação ou omissão causar dano a um dos seus
empregados.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (artigos 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos
casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do
dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Art. 932. São também
responsáveis pela reparação civil:
Os pais...
O tutor...
O empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no
exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que
não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo
questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas
questões se acharem decididas no juízo criminal.
Pode ser da Pessoa Física ou Pessoa Jurídica (através de ato de seus agentes ou
prepostos);
Considera-se culpa presumida do empregador, no caso de ato danoso cometido pelo
preposto.
Dada a culpa presumida do empregador, pelo ato danoso praticado pelo seu preposto,
que o obriga a responder pela reparação dos danos sofridos por terceiros, a lei ressalva ao
empregador o direito de regresso contra seu preposto, visando ressarcir-se do que pagou.
Se tiver mais de um autor responsável pelo acidente, todos responderão solidariamente.
A Súmula no 341, do STF (Supremo Tribunal Federal), define: "presumida a culpa do
patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto" e que: "a obrigação de reparar
os danos causados, pode ser solidária, envolvendo a empresa contratante e a empresa contratada
para a prestação de serviços, quer na qualidade de empreiteira ou de sub-empreiteira".
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