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NR 10 – SEGURANÇA EM

INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM
ELETRICIDADE
VICENTE CARNEIRO CARDOSO
[Responsável Técnico]

Vicente Carneiro Cardoso

Doutorando em Administração de Empresas


Mestre em Administração de Empresas
Graduado em Engenharia de Produção – Modalidade: Mecânica e Metalurgia
Pós-graduado em:
Engenharia Mecânica – Ênfase em Térmica e Fluidos
Engenharia Ambiental
Engenharia Elétrica
Engenharia de Segurança do Trabalho
Engenharia Submarina - Subsea Engineer – Houston, USA
Engenharia de Equipamentos On & Offshore

NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE

Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os


requisitos e condições mínimas objetivando a
implementação de medidas de controle e sistemas
preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde
dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam
em instalações elétricas e serviços com eletricidade.

MACAÉ, RJ.

2022

NR 10 - Segurança em instalações e serviços em


eletricidade
APRESENTAÇÃO

Fundada em 2008 em Campos dos Goytacazes/RJ, a FOX Treinamentos dedicava-se


exclusivamente ao setor de manutenção. Alcançando uma base técnica e uma aguda visão de
mercado, a identificação e aproveitamento de novas demandas foram passos naturais que
estenderam suas atividades em Consultoria de Segurança do Trabalho e Treinamentos
Industriais em QSMS praticados no nosso CT, In Company e a Bordo de Plataformas.
Pelo seu dinamismo e versatilidade de suas ações, a FOX Treinamentos e Serviços On
& Offshore atualmente entrega serviços e pessoas ao talento criativo de sua organização e
continua na busca constante da excelência na prestação de seus serviços.
Dedica-se ao público alvo não exclusivamente, as empresas que necessitam formar ou
atualizar seu quadro operacional visando maior segurança e rendimento, além de profissionais
individuais atuantes no mercado de trabalho On e Offshore.

www.foxtreinamentos.com

NR 10 - Segurança em instalações e serviços em


eletricidade
SUMÁRIO

10 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ................................................... 6


10.1 CAPACETE DE PROTEÇÃO ........................................................................................ 7
10.2 ÓCULOS DE SEGURANÇA ......................................................................................... 8
10.3 PROTETORES AUDITIVOS ......................................................................................... 8
10.4 PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA ...................................................................................... 9
10.5 LUVA DE PROTEÇÃO .................................................................................................. 9
10.6 BOTA DE SEGURANÇA ............................................................................................ 12
10.7 VESTIMENTAS ........................................................................................................... 14
10.8 ACESSÓRIOS ............................................................................................................... 15
11 ROTINAS DE TRABALHO - PROCEDIMENTOS ............................................... 17
11.1 INSTALAÇÕES DESENERGIZADAS ....................................................................... 18
11.1.1 Conceitos básicos ......................................................................................................... 18
11.1.2 Procedimentos gerais de segurança ........................................................................... 18
11.1.3 Procedimentos gerais para serviços programados ................................................... 18
11.1.4 Emissão de PES ............................................................................................................ 18
11.1.5 Etapas da programação .............................................................................................. 19
11.2 LIBERAÇÃO PARA SERVIÇOS ................................................................................ 19
11.2.1 Conceitos básicos ......................................................................................................... 19
11.2.2 Procedimentos gerais ................................................................................................... 19
11.3 SINALIZAÇÃO ............................................................................................................ 20
11.3.1 Placas ................................................................................................................. 20
12 DOCUMENTAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ....................................... 23
12.1 O QUE É O PRONTUÁRIO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS (PIE)? .................... 24
12.2 QUAIS OS PRINCIPAIS OBJETIVOS ........................................................................ 25
12.3 QUAL A IMPORTÂNCIA NA SEGURANÇA DO TRABALHO? ............................ 25
12.4 O QUE DEVE CONSTAR? .......................................................................................... 26
12.5 QUAIS DOCUMENTOS COMPÕEM? ....................................................................... 26
12.6 QUEM É O PROFISSIONAL RESPONSÁVEL? ........................................................ 27
13 RISCOS ADICIONAIS ............................................................................................... 27
13.1 TRABALHOS EM ALTURA ....................................................................................... 27
13.2 AMBIENTES CONFINADOS ..................................................................................... 29

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13.3 ÁREA CLASSIFICADA ............................................................................................... 30
13.4 CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS ................................................................................. 31
13.4.1 Umidade................................................................................................................. 31
13.4.2 Descargas atmosféricas (raios) ................................................................................... 32
14 PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS ............................................................ 33
14.1 NOÇÕES BÁSICAS ..................................................................................................... 33
14.1.1 Teoria do fogo .............................................................................................................. 34
14.1.2 Classes de Incêndio ...................................................................................................... 37
14.2 MÉTODOS DE EXTINÇÃO DE FOGO ...................................................................... 38
14.2.1 Extinção pela retirada do material – Isolamento ..................................................... 38
14.2.2 Extinção pela retirada do comburente – Abafamento ............................................. 38
14.2.3 Extinção pela retirada do calor – Resfriamento ....................................................... 38
14.2.4 Extinção Química ........................................................................................................ 38
14.2.5 Extintores de incêndio ................................................................................................. 39
14.3 PREVENÇÃO DE INCÊNDIO .................................................................................... 40
14.3.1 Cuidados Necessários .................................................................................................. 40
14.3.2 Instruções Gerais em Caso de Emergências ............................................................. 41
14.3.3 Deveres e obrigações .................................................................................................... 42
15 ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA ................................................................. 43
15.1 ATOS INSEGUROS ..................................................................................................... 43
15.2 CONDIÇÕES INSEGURAS ......................................................................................... 44
15.3 CAUSAS DIRETAS DE ACIDENTES COM ELETRICIDADE ................................ 44
15.4 CAUSAS INDIRETAS DE ACIDENTES ELÉTRICOS ............................................. 45
15.5 DISCUSSÃO DE CASOS ............................................................................................. 45
16 PRIMEIROS SOCORROS ......................................................................................... 47
16.1 NOÇÕES SOBRE LESÕES .......................................................................................... 47
16.1.1 Lesões musculares........................................................................................................ 48
16.1.2 Lesões articulares ........................................................................................................ 50
16.1.3 Lesões ósseas ................................................................................................................ 52
16.1.4 Priorização do atendimento ........................................................................................ 55
16.1.5 Aplicação de respiração artificial............................................................................... 57
16.1.6 Massagem cardíaca...................................................................................................... 58
16.1.7 Técnicas para remoção e transporte de acidentados ................................................ 60

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17 RESPONSABILIDADES ............................................................................................ 63
17.1 DEFINIÇÃO .................................................................................................................. 63
17.2 RESPONSABILIDADE TRABALHISTA ................................................................... 63
17.3 RESPONSABILIDADE CIVIL .................................................................................... 64
17.4 RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA .............................................................. 65
17.5 RESPONSABILIDADE OBJETIVA ............................................................................ 66
17.6 DA OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR ........................................................................... 67
17.7 A RESPONSABILIDADE DE INDENIZAR ............................................................... 67
17.8 QUEM PODE SER RESPONSABILIZADO CRIMINALMENTE ............................. 68
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 69

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10 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Os EPI são todos os equipamentos ou dispositivo utilizados pelos trabalhadores,


destinados à proteção de riscos relacionados à atividade realizada no ambiente de trabalho que
podem afetar a saúde, a segurança ou a vida. Um equipamento de proteção individual pode ser
constituído por vários meios ou dispositivos associados de forma a proteger o seu utilizador
contra um ou vários riscos simultâneos.

É obrigatório o uso dos EPI:


 Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra
os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças ocupacionais;
 Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
 Para atender situações de emergência.

Obrigações do empregador:
 A empresa deve fornecer ao funcionário todos os EPI adequados ao risco que ele
esteja exposto, os equipamentos devem estar em perfeito estado de conservação e
funcionamento;
 Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;
 Exigir o seu uso;
 Fornecer ao empregado somente EPI aprovados pelo órgão nacional competente
em matéria de segurança e saúde no trabalho;
 Orientar e capacitar o empregado quanto ao uso adequado acondicionamento e
conservação;
 Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
 Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
 Comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego qualquer irregularidade
observada.

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Obrigações do funcionário:
 Utilizar apenas para a finalidade a que se destina;
 Responsabilizar-se pelo acondicionamento e conservação;
 Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
 Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

10.1 CAPACETE DE PROTEÇÃO

Imagem 49: Capacete de proteção aba frontal

São utilizados para a proteção da cabeça contra: irradiação solar e chuva, impactos e
perfurações provenientes da queda de objetos e choque elétrico. Devem ser utilizados tanto em
trabalhos em ambientes abertos quanto em ambientes confinados.

Imagem 50: Capacete de proteção aba frontal com viseira

São utilizados para a proteção da cabeça e face, em trabalhos onde exista o risco de
explosões com projeção de partículas e queimaduras provocadas por abertura de arco voltaico.

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10.2 ÓCULOS DE SEGURANÇA

Imagem 51: Óculos de segurança lente incolor e com tonalidade

São utilizados para a proteção dos olhos contra impactos mecânicos, partículas volantes,
radiação ultravioleta e infravermelho.

10.3 PROTETORES AUDITIVOS

Imagem 52: Protetores auditivos

São utilizados para a proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que apresentem
ruídos excessivos. Os mais utilizados são os protetores auditivos tipo inserção e concha.

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10.4 PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

Imagem 53: Proteções respiratórias

São utilizados: respiradores purificador de ar descartável, respirador purificador de ar


com filtro, respirador de adução de ar máscara autônoma, para a proteção do sistema
respiratório nas atividades e nos locais que apresentem concentrações de poeiras, névoas (Ex:
dedetização), fumaça, vapores ácidos e orgânicos e vírus e bactérias.

10.5 LUVA DE PROTEÇÃO

Imagem 54: Luva isolante de borracha

São utilizada para proteção das mãos e braços do empregado contra choque em trabalhos
e atividades com circuitos elétricos energizados.

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Imagem 55: Luva de cobertura

É utilizada exclusivamente como proteção da luva isolante de borracha.

Imagem 56: Luva de proteção em raspa e vaqueta

É utilizada para a proteção das mãos e braços do empregado contra agentes abrasivos e
escoriantes.

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Imagem 57: Luva de proteção tipo condutiva

É utilizada para a proteção das mãos e punhos quando o trabalhador realiza trabalhos ao
potencial.

Imagem 58: Luva de proteção em borracha nitrílica

É utilizada para a proteção das mãos e punhos do funcionário contra agentes químicos
e biológicos.

Imagem 59: Luva de proteção em pvc

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É utilizada para a proteção das mãos e punhos do funcionário contra recipientes


contendo óleo, graxa, solvente e ascarel.

Imagem 60: Manga de proteção isolante de borracha

É utilizado para a proteção dos pés contra torção, escoriações, derrapagens, escorregões
e umidade e agentes químicos agressivos.

10.6 BOTA DE SEGURANÇA

Imagem 61: Calçado de proteção tipo botina de couro

É utilizado para a proteção dos pés contra torção, escoriações, derrapagens, escorregões
e umidade e agentes químicos agressivos.

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Imagem 62: Bota condutiva

É utilizado para a proteção do trabalhador quando o empregado realiza trabalhos ao


potencial.

Imagem 63: Perneira de segurança

É utilizada para a proteção das pernas contra objetos perfurantes, cortantes e ataque de
animais peçonhentos.

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10.7 VESTIMENTAS

Imagem 64: Uniforme impermeável

É utilizado para a proteção do corpo contra chuva, umidade e produto químico.

Imagem 65: Vestimenta condutiva

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10.8 ACESSÓRIOS

É utilizada para proteção do empregado quando executa trabalhos ao potencial.

Imagem 66: Colete salva-vidas

É utilizado para a proteção do empregado contra submersão e para facilitar a


visualização em caso de queda na água.

Imagem 67: Cinturão de segurança tipo paraquedista

É utilizado para a proteção do trabalhador contra quedas em serviços onde exista


diferença de nível.

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Imagem 68: Talabarte de segurança tipo


regulável e Y com absorvedor de energia

São utilizados para a proteção do empregado contra queda em serviços onde exista
diferença de nível, em conjunto com cinturão de segurança tipo paraquedista e mosquetão tripla
trava.

Imagem 69: Dispositivo trava-quedas

É utilizado para a proteção do trabalhador contra queda em serviços onde exista


diferença de nível, em conjunto com cinturão de segurança tipo paraquedista.

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Imagem 70: Creme protetor para a pele

É utilizado para a proteção das mãos e braços contra agentes químicos.

Imagem 71: Protetor solar

É utilizado para a proteção do empregado contra ação dos raios solares.

11 ROTINAS DE TRABALHO - PROCEDIMENTOS

Definir procedimentos básicos para execução de atividades/trabalhos em sistema e


instalações elétricas desenergizadas.
Aplica-se às áreas envolvidas direta ou indiretamente no planejamento, programação,
coordenação e execução das atividades, no sistema ou instalações elétricas energizadas.

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11.1 INSTALAÇÕES DESENERGIZADAS

11.1.1 Conceitos básicos

 Impedimento de equipamento;
 Responsável pelo serviço;
 PES – Pedido para Execução de Serviço;
 AES – Autorização para Execução de Serviço;
 Desligamento programado;
 Desligamento de emergência;
 Interrupção momentânea.

11.1.2 Procedimentos gerais de segurança

Todo serviço deve ser planejado antecipadamente e executado por equipes devidamente
treinadas e autorizadas de acordo com a NR-10.

11.1.3 Procedimentos gerais para serviços programados

 Coordenar a execução das atividades/trabalhos;


 Avaliação dos desligamentos;
 Execução dos serviços.

11.1.4 Emissão de PES

O PES deverá ser emitido para cada serviço, quando de impedimentos distintos.
Quando houver dois ou mais serviços que envolvam o mesmo impedimento, sob a
coordenação do mesmo responsável, será emitido apenas um PES, quando houver dois ou mais
responsáveis, obrigatoriamente será emitido um PES para cada responsável.

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11.1.5 Etapas da programação

 Elaboração da Manobra Programada;


 Aprovação do PES;
 Procedimentos Gerais;
 Procedimentos para serviços de emergência.

11.2 LIBERAÇÃO PARA SERVIÇOS

Definir procedimentos básicos para liberação da execução de atividades/trabalhos em


circuitos e instalações elétricas desenergizadas.
Aplica-se às áreas envolvidas direta ou indiretamente no planejamento, programação,
liberação, coordenação e execução de serviços no sistema ou instalações elétricas.

11.2.1 Conceitos básicos

 Falha - Irregularidade total ou parcial em um equipamento, componente da rede


ou instalação;
 Defeito - Irregularidade em um equipamento ou componente que impede seu
correto funcionamento;
 Interrupção Programada - Interrupção do fornecimento de energia elétrica por
determinado espaço de tempo;
 Interrupção Não Programada - Interrupção do fornecimento de energia
elétrica sem prévio aviso aos clientes.

11.2.2 Procedimentos gerais

Certificar de que os envolvidos estão conscientes do que fazer, onde fazer, como fazer,
quando fazer e porque fazer.

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11.3 SINALIZAÇÃO

A sinalização de segurança consiste num procedimento padronizado destinado a


orientar, alertar, avisar e advertir as pessoas quanto aos riscos ou condições de perigo existentes,
proibições de ingresso ou acesso e cuidados e identificação dos circuitos ou parte dele.

11.3.1 Placas

Imagem 72: Placa perigo de morte alta tensão

Destinada advertir as pessoas quanto ao perigo de ultrapassar áreas delimitadas onde


haja a possibilidade de choque elétrico, devendo ser instalada em caráter permanente.

Imagem 73: Placa não operar “trabalhos”

Destinada a advertir para o fato do equipamento em referência estar incluído na condição de


segurança, devendo a placa ser colocada no comando local dos equipamentos.

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Imagem 74: Placa equipamento energizado

Destinada a advertir para o fato do equipamento em referência, mesmo estando no


interior da área delimitada para trabalhos, encontrar-se energizado.

Imagem 75: Placa equipamento com partida automática

Destinada a alertar quanto a possibilidade de exposição a ruído excessivo e partes


volantes, quando de partida automática de grupos auxiliares de emergência.

Imagem 76: Placa risco de explosão

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Destinada a advertir quanto ao perigo de explosão, quando do contato de fontes de calor


com os gases presentes em salas de baterias e depósitos de inflamáveis, devendo a mesma ser
afixada no lado externo.

Imagem 77: Placa uso obrigatório de EPI’s

Destinada a alertar quanto à obrigatoriedade do uso de determinado equipamento de


proteção individual.

Imagem 78: Placas gases

Destinada a alertar quanto a necessidade do acionamento do sistema de exaustão das


salas de baterias antes de se adentrar, para retirada de possíveis gases no local.

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Imagem 79: Placa tempo mínimo para aterramento

Destinada a alertar a Operação, Manutenção e Construção quanto a necessidade de


espera de um tempo mínimo para fazer o Aterramento Móvel Temporário de forma segura e
iniciar os serviços.

12 DOCUMENTAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

O Prontuário de Instalações Elétricas é um conjunto de documentos técnicos que reúnem


informações sobre as instalações elétricas e os trabalhadores.
Nesse sentido, ela visa sintetizar o conjunto de procedimentos, ações, documentações e
programas que a empresa mantém ou planeja executar para proteger o trabalhador dos riscos
elétricos.
Por isso, o Prontuário de Instalações Elétricas deve ser elaborado por profissional
legalmente habilitado visando atender seus principais objetivos, entre eles:
 Disponibilizar ao trabalhador e empregador informações necessárias sobre a
segurança;
 Comprovar ao órgão responsável pela fiscalização o atendimento aos requisitos
da NR10;
 Demonstrar que todos os serviços são executados seguindo procedimentos e
projetos definidos e seguros.
 Neste artigo falaremos sobre o que é o Prontuário de Instalações Elétricas, seu
objetivo e importância, bem como os documentos que ele deve conter.

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12.1 O QUE É O PRONTUÁRIO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS (PIE)?

Imagem 80: Prontuário de instalações elétricas

O Prontuário das Instalações Elétricas é feito com base em dados obtidos em auditorias
das documentações e procedimentos, bem como, das instalações elétricas. Tais vistorias partem
do quadro elétrico de entrada até os dispositivos finais.
Ao final, é montado um plano de ação que trará melhorias e indicações de soluções
técnicas de acordo com o que é apontado pela NR10.
Além disso, ele é obrigatório para todas as edificações que possuem instalação elétrica
acima de 75kW. Nesse sentido, o não atendimento do Prontuário de Instalações Elétricas, a
empresa ficará exposta a sanções e processos judiciais.
Nesse sentido, as informações presentes no Prontuário de Instalações Elétricas também
orientam o trabalhador sobre procedimentos que garantem a sua segurança e reúne todos os
documentos que garantem que a empresa está atendendo a Norma Regulamentadora 10.
O primeiro passo para organizar o Prontuário das Instalações Elétricas é a elaboração
do Relatório Técnico das Inspeções (RTI) com o cronograma de ações para adequação à NR10.
O RTI deve ser elaborado com base em um diagnóstico de situação da empresa que
analise os riscos, os procedimentos, as documentações e as medidas de controle existentes na
área elétrica e indique todos os requisitos da NR10 não atendidos pela empresa.

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12.2 QUAIS OS PRINCIPAIS OBJETIVOS

 O Prontuário de Instalações Elétricas tem alguns objetivos muito importantes


dentro de qualquer empreendimento. Em primeiro lugar, ele oferece a segurança das empresas,
indústrias e seus funcionários.
 Na elaboração do PIE, o documento deve conter informações que dependerão do
porte e da complexidade das suas instalações elétricas da empresa.
 Com isso, os principais objetivos do Prontuário de Instalações Elétricas são:
 Garantir que as instalações elétricas da empresa estejam adequadas;
 A empresa só poderá adquirir equipamentos e materiais adequados;
 Os procedimentos devem ser elaborados e aplicados pelos trabalhadores;
 As Ordens de Serviços devem ser emitidas;
 Sejam utilizados na empresa somente os equipamentos que foram ensaiados e
testados;
 Antes de iniciar qualquer atividade o funcionário deverá realizar uma análise de
risco;
 Toda situação de emergência deve ser atendida de forma padronizada;
 As instalações elétricas devem ser atestadas por meio de um laudo independente;
 A empresa deve estabelecer os procedimentos administrativos necessários para
uma eficiente gestão da segurança elétrica;
 As especificações de EPI, EPC e demais equipamentos devem estar disponíveis
a todos os trabalhadores;
 As instalações elétricas devem ser mantidas de forma adequada através de um
plano de manutenção preventiva;
 Devem ser realizadas auditorias periódicas no sistema de segurança elétrica;

12.3 QUAL A IMPORTÂNCIA NA SEGURANÇA DO TRABALHO?

Como o Prontuário de Instalações Elétricas reúne diversos documentos, ele sintetiza o


conjunto de procedimentos, práticas, certificados e programas que a organização promove para
evitar que os riscos elétricos que o trabalhador está exposto se transformem em acidentes. Sendo
assim, ele é importante pois permite:

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 Ter registrado em documento todas as informações necessárias para garantir a


segurança dos funcionários;
 Atestar para o Ministério do Trabalho e Previdência o cumprimento da empresa
ao todos os requisitos da NR-10;
 Comprovar que todos os serviços e procedimentos são executados com
qualidade e segurança para os trabalhadores.

12.4 O QUE DEVE CONSTAR?

 Instruções técnicas e administrativas sobre procedimentos baseados na NR10,


que prezam pela saúde e segurança do trabalhador. Assim como deve conter a descrição das
existentes medidas de controle;
 Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra
descargas elétrica atmosféricas e aterramentos elétricos (SPDA);
 Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual, bem como
das ferramentas aplicáveis conforme determina a NR10;
 Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação,
autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados;
 Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de
proteção individual e coletiva;
 Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas;
 Relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas
de adequações, contemplando os itens acima.

12.5 QUAIS DOCUMENTOS COMPÕEM?

 Instrução técnica: Planejamento da tarefa – administrativa e técnica;


 Análise Preliminar de Risco (APR);
 Aterramento temporário;
 Sinalização de canteiro de trabalho;
 Laudo Técnico (SPDA);
 Laudo de Certificado de autorização (CA);

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 Ficha descritiva de autorização para trabalhos na edificação;


 Certificados de conformidade de equipamentos;
 Plano de atendimento a situações de emergência (PASE);
 Passo a passo das etapas da segurança.

12.6 QUEM É O PROFISSIONAL RESPONSÁVEL?

O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser emitido por um profissional legalmente


habilitado, ou seja, por um Engenheiro Eletricista.
Além disso, é recomendado que anualmente seja realizada uma auditoria para constatar
que todas as exigências estão sendo cumpridas.
O Prontuário não possui validade, entretanto deve ser revisado sempre que ocorrer
mudanças no sistema elétrico da empresa.
O PIE deve sempre estar atualizado, em local de fácil acesso e disponível em versão
impressa para consultas da equipe de eletricistas e fiscais do Ministério do Trabalho.

13 RISCOS ADICIONAIS

Os riscos adicionais, citados na NR-10, são todos aqueles que não estão diretamente
relacionados à eletricidade, mas ainda assim estão presentes, mesmo que nem sempre e nem
todos ao mesmo tempo, nas atividades realizadas pelos profissionais da área. Os principais
riscos adicionais aos quais estão sujeitos os trabalhadores que atuam em serviços e instalações
em eletricidade são: altura; ambientes confinados; áreas classificadas e condições atmosféricas
adversas.

13.1 TRABALHOS EM ALTURA

De acordo com a NR-35, trabalho em altura é todo aquele executado acima de 2,00 m
(dois metros) do nível inferior, onde há risco de queda.
A norma diz ainda que cabe ao empregador desenvolver procedimento operacional para
as atividades rotineiras de trabalho em altura, assim como capacitar o trabalhador, em

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treinamento que deve ser realizado bienalmente ou quando se fizer necessário, de acordo o item
35.3.3 da mesma norma.

Imagem 81: Trabalho em altura

Ao empregado cabe cumprir as determinações exigidas pelo empregador quanto ao


procedimento operacional padrão, assim como exercer o direito de recusa, sempre que for
identificado um risco não controlado durante o preenchimento da APR (análise preliminar de
risco).
Para trabalhos com energia elétrica realizados em altura, algumas das sugestões abaixo
podem auxiliar o trabalhador na manutenção da sua segurança e de sua equipe.

1. É obrigatório o uso do cinto de segurança e do capacete com jugular;


2. Ferramentas e equipamentos nunca devem ser arremessados;
3. Os equipamentos de proteção individual, fornecidos pelo empregador, devem
ser inspecionados pelo trabalhador, quando do recebimento e apenas devem ser utilizados se
estiverem em condições para tal.

Caso seja inevitável a utilização de andaimes tubulares próximo à rede elétrica, estes
devem respeitar as distâncias de segurança estabelecidas, assim como seguir as orientações da
NR18, item 18.15. Algumas orientações merecem destaque, como:
Os andaimes devem estar devidamente aterrados; ter estais a partir de três metros e a
cada cinco metros de altura; ter guarda corpo de 90 centímetros de altura em todo o perímetro;
As tábuas da plataforma devem ter no mínimo uma polegada de espessura, devem estar bem
fixadas e nunca ultrapassar o andaime.

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Quanto à utilização de escadas, quando se fizer necessário, o eletricista deve utilizar


escadas de material isolante, as mais comuns são as de madeira e as de fibra de vidro. A escada
deve ser amarrada e, na impossibilidade de amarrá-la, um trabalhador deve segurá-la para que
o outro execute a atividade; deve ser inspecionada visualmente antes da utilização, com a
finalidade de evitar acidentes com degrau solto ou escorregadio; ao subir ou descer as escadas
o trabalhador deve se manter de frente para ela e segurar firmemente o montante; deve-se
manusear a escada com luvas com a finalidade de evitar pequenos cortes ou perfuração por
lascas de madeira; ao atravessar vias públicas a escada deve estar paralela ao meio-fio.

13.2 AMBIENTES CONFINADOS

Imagem 82: Espaço confinado

De acordo com a definição da NR-33, item 33.1.2 espaço confinado é qualquer área ou
ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possui meios limitados de entrada
e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa
existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio. Nas atividades em ambientes confinados
os trabalhadores estão expostos a riscos de asfixia, explosão e intoxicação, entre outros. De
acordo com a NR-33 todos os trabalhadores autorizados, vigias e supervisores de entrada devem
receber capacitação periódica para estas atividades. Alguns cuidados merecem destaque: a cada
grupo de 20 trabalhadores, pelo menos dois devem estar treinados para resgate; sinalização com
informação clara e permanente durante a realização de trabalhos no interior de espaços
confinados; monitoramento permanente de substância que cause asfixia, explosão ou
intoxicação.

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13.3 ÁREA CLASSIFICADA

Imagem 83: Área classificada

De acordo com a definição da NR-10, disponível no glossário dessa norma, área


classificada é o local com potencialidade de ocorrência de atmosfera explosiva. São
considerados ambientes de alto risco, tais ambientes são também chamados de explosivos e são
subdivididos; conforme norma internacional IEC79-10.
Os equipamentos utilizados nesses ambientes devem funcionar normalmente, mesmo
com as restrições impostas pelo ambiente explosivo; os equipamentos, assim como os cabos e
condutores de alimentação elétrica devem ser certificados por um organismo de certificação,
credenciado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
−Inmetro.
O limite de uma área classificada é onde os gases inflamáveis já estarão tão diluídos ou
dispersos, que não poderão apresentar perigo de explosão. A IEC79-10 classifica os ambientes
explosivos em zonas 0, 1 e 2, sendo a zona 0 a de maior risco e a zona 2 a de menor.
Como citado anteriormente os equipamentos utilizados em áreas classificadas, devem
funcionar normalmente, mesmo com as condições impostas pelo ambiente. O maior cuidado
para com esses equipamentos é quanto a temperatura que eles podem atingir em condições
normais ou não de funcionamento, pois se a atmosfera é explosiva e o equipamento atinge
temperaturas muito altas pode haver uma explosão ou combustão em função disso. A
classificação dos equipamentos respeita a EN50.014.

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Em um equipamento classificado pela EN50.014 como T3, a temperatura superficial


pode chegar a 200ºC, logo, equipamentos T3 podem ser utilizados em áreas explosivas onde os
gases tenham temperatura de combustão superior a 200ºC, caso contrário pode ocorrer uma
explosão em função do aquecimento de equipamentos.
A maioria das formas de minimizar os riscos no trabalho em áreas classificadas se dá
durante a fase de planejamento, que antecede a fase de implantação, entretanto, não merece
menor atenção, o treinamento adequado dos trabalhadores que atuam em tal área.

13.4 CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS

13.4.1 Umidade

Os trabalhos com equipamentos energizados devem ser iniciados apenas sob boas
condições meteorológicas, não é recomendado trabalho sob chuva, neblina ou ventos fortes. A
umidade do ar quando excessiva diminui a capacidade dele como isolante elétrico, tornando-o
um meio propício para a condução de corrente elétrica, o que aumenta o risco de acidentes com
eletricidade.
Além disso, equipamentos que utilizam o óleo como isolante; não podem ser abertos em
condições de umidade excessiva, pois a umidade do ar em contato com o óleo pode diminuir a
capacidade de isolação elétrica do óleo.

Imagem 84: Umidade do ar

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13.4.2 Descargas atmosféricas (raios)

Os raios nada mais são do que a passagem de corrente elétrica da nuvem, com maior
potencial elétrico, para a terra com menor potencial, essa trajetória é ramificada e aleatória e
ocorre em condições específicas de umidade, temperatura e pressão. Quando o primeiro raio
percorre o trajeto, o ar se torna ionizado e abre caminho para passagem de ondas que podem
atingir até 20.000 ampères, o ar em volta desse trajeto se expande e uma onda de ar quente de
até 30.000°C é gerada.
A expansão do ar cria um barulho, que chamamos de trovão. Os elétrons que foram
movidos da molécula de ar retornam criando o efeito que conhecemos como relâmpago. Essas
descargas atmosféricas podem ocorrer entre nuvem e terra, terra e nuvem ou entre nuvens. As
instalações elétricas devem contar com um sistema de proteção contra descargas atmosféricas,
conhecido pela sigla SPD, −, Esse sistema é relativamente de simples entendimento, entretanto,
seu projeto envolve muitas variáveis.
Para que o sistema de proteção contra descargas atmosféricas seja eficiente ele deve
seguir as orientações da NBR-5419. O conceito de para-raios, que é o princípio de um SPDA,
é simples, foi desenvolvido por Benjamin Franklin, no século XVIII e consiste basicamente em
atrair o raio e guiá-lo com segurança para a terra. São muitos os modelos de para-raios.
Os principais componentes de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas
são: terminais aéreos (conhecidos como para-raios, são hastes montadas no ponto mais alto da
edificação); condutores de descida (são os cabos que conectam os terminais aéreos aos
terminais de aterramento); terminais de aterramento (hastes enterradas no solo); condutores de
ligação equipotencial ( condutor que interliga todas as partes metálicas da edificação,
aterramentos de equipamentos, estruturas, SPDA, para que não exista diferença de potencial
entre elas); supressores de surto, varistores, para-raios de linha, centelhados (instalados no
ponto de entrada para proteger os equipamentos de sobretensões transitórias.

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Imagem 85: Descargas elétricas

A proteção que conhecemos hoje para descargas atmosféricas minimiza os danos


causados pelos raios, mas de forma nenhuma evita que eles ocorram. Os raios são
completamente imprevisíveis, não conseguimos prever onde nem quando eles podem cair, e
muito menos os danos que irão causar. No caso de tempestades com raios, alguns cuidados
devem ser tomados como: não ficar próximo a rede elétrica ou a equipamentos elétricos, não
permanecer em locais perigosos, como lugares altos, debaixo de árvores ou em áreas
descampadas.
Quanto a interferência dos raios na rede elétrica, uma grande preocupação é a transitória.
Essas sobretensões podem ocorrer na rede elétrica, de telecomunicação, TV a cabo, redes de
transmissão de dados, antenas parabólicas, etc. A sobretensão ocorre tanto por descargas
diretas, quando o raio atinge diretamente uma rede elétrica ou telefônica ou por descargas
indiretas, quando um raio cai a uma distância de 1 km da rede elétrica e acontece um
acoplamento eletromagnético entre a rede elétrica e a energia do raio.

14 PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS

14.1 NOÇÕES BÁSICAS

O incêndio é um sinistro que está presente na história da humanidade desde seus


primeiros registros, ele já foi o responsável pela morte de milhões de pessoas no mundo e
também pela destruição de diversos bens importantes para a humanidade.

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Por isso, a proteção contra incêndio deve receber atenção especial, uma vez que ela é
mais complexa do que pode se pensar inicialmente.
É muito importante que exista um sistema de prevenção de incêndios em todo local de
trabalho, uma vez que as situações existentes nesses ambientes e o grande número de pessoas
reunidas eleva a chance da ocorrência de incêndios e de complicações durante os momentos de
pânico. Para a existência desse sistema é necessário que os trabalhadores, ou pelo menos parte
significativa deles que componham a brigada de incêndio, tenham conhecimento e treinamento
relacionados ao fogo e às situações de incêndio. Além disso, são necessários equipamentos de
combate ao incêndio e é importante que os funcionários saibam manusear extintores e
mangueiras contra incêndio.

14.1.1 Teoria do fogo

14.1.1.1 Conceito de Fogo

A definição básica de fogo é um processo químico de transformação, onde o corre a


rápida oxidação de um material combustível liberando calor, luz e produtos da reação, como
dióxido de carbono e água. A cor, a forma e a temperatura da chama podem variar em relação
ao produto queimado, as substâncias presentes e as impurezas.

14.1.1.2 Elementos da composição do fogo

Imagem 86: Tetraedro do fogo

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Combustível, é qualquer material que queima, ou seja, que é consumido para a


existência da chama. É o componente onde o fogo atua e do qual ele retira a energia, o
combustível pode ser sólido, líquidos ou gasosos.

Sólidos: Tecido, madeira, papel, algodão, entre outros;

Líquidos: Voláteis - desprendem gases inflamáveis à temperatura ambiente: éter,


benzina, álcool, etc.
Não Voláteis - desprendem gases inflamáveis à temperaturas maiores do que a do
ambiente: raxa, óleo, etc.

Gasosos: Propano, etano, butano, etc.

Comburente – Oxigênio, é qualquer elemento que ao se associar com o combustível, é


capaz de iniciar a combustão. Normalmente o oxigênio é o elemento que ativa o fogo, ao
combinar com os vapores inflamáveis as chamas existem. É necessária uma atmosfera com no
mínimo 16% de oxigênio em sua constituição para sustentar a combustão.

Temperatura de Ignição, a simples união do combustível com o comburente não


resulta na produção do fogo, é necessária determinada temperatura para que a combustão tenha
início. Essa temperatura é conhecida como temperatura de ignição e representa a quantidade de
calor que o combustível da reação precisa para entrar em combustão. Cada substância possui
uma temperatura de combustão diferente e específica.

Calor, forma de designar a energia térmica em transição. Por isso, ele é responsável
pela propagação do fogo. Quando colocamos nossas mãos sobre uma chama e sentimos elas
aquecerem estamos recebendo energia térmica daquela chama, quando essa energia atinge a
temperatura de combustão de substâncias próximas ao fogo, se tem a propagação das chamas.

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Reação em cadeia, a partir da noção sobre calor e como ela afeta a propagação do fogo,
é possível compreender a reação em cadeia. Quando mais combustíveis entram em combustão,
maior é a transmissão de calor para a atmosfera e para os produtos ao redor, com isso o fogo
dente a propagar até que seja contido. De forma que uma combustão, se não contida ou
controlada, pode gerar outras queimas.

14.1.1.3 Propagação do Fogo

 Através do contato da chama com outros combustíveis;


 Por intermédio do deslocamento das partículas incandescentes;
 Por meio da ação do calor.

O calor é produzido pela combustão ou pode também ser originado pelo atrito dos
corpos, tem três processos de transmissão: Condução, convecção e irradiação.

Condução, o calor é conduzido através do próprio material, transmitido de corpo a


corpo, ou de molécula em molécula.

Convecção, o calor é transmitido por meio de uma massa de ar aquecida, que é


deslocada do local em chamas, levando a outros locais uma quantidade suficiente de calor para
outros materiais, que irão atingir seu ponto de combustão, dando origem a outro foco de
incêndio.

Irradiação, a transmissão do calor não utiliza meios materiais, o calor é propagado por
ondas caloríficas através espaço.

14.1.1.4 Pontos e temperaturas importantes do fogo

 Ponto de Fulgor, é a temperatura mínima necessária para um combustível desprender


vapores ou gases inflamáveis, esses gases combinados com o oxigênio do ar em contato com
uma chama, começam a se queimar, no entanto a chama não é mantida pois os gases produzidos
são insuficientes.

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 Ponto de Combustão, é a temperatura mínima necessária para que um combustível


desprenda vapores ou gases inflamáveis que, combinados com o oxigênio do ar e ao entrar em
contato com uma chama, se inflamam, e, mesmo que se retire a chama, o fogo não se apaga,
pois essa temperatura faz gerar, do combustível, vapores ou gases suficientes para manter o
fogo ou a transformação em cadeia.
 Temperatura de Ignição, é a temperatura de ignição é aquela em que os gases
desprendidos dos combustíveis entram em combustão, este processo ocorre apenas pelo contato
com o oxigênio do ar não sendo necessário qualquer fonte de calor para que isso ocorra.

14.1.2 Classes de Incêndio

Os incêndios são classificados de acordo com as características do seu combustível.


Cada material tem características próprias de inflamabilidade, de teor combustível, e também
em relação aos produtos que desprendem ao serem queimados. Somente com o conhecimento
da natureza do material que está sendo queimado é possível descobrir o melhor método para
uma extinção rápida e segura do fogo.

Quadro 6: Classes de incêndio

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14.2 MÉTODOS DE EXTINÇÃO DE FOGO

Tendo em vista que o fogo surge a partir da existência conjunta das condições
necessárias para a combustão, comburente, combustível, temperatura de ignição e calor, para a
extinção do fogo é necessário retirar um desses elementos. Existem os seguintes métodos de
extinção: por resfriamento, por abafamento ou pela retirada do material.

14.2.1 Extinção pela retirada do material – Isolamento

Esse método de extinção atua na base do fogo. Um dos componentes necessários é


retirado, de forma que a chama se extingue, pode ser retirado o combustível (que queima) ou
os combustíveis próximos ao fogo e que ainda não queimam.

14.2.2 Extinção pela retirada do comburente – Abafamento

Sem comburente não a chama, dessa forma no abafamento o contato do oxigênio com
o combustível é reduzido ao mínimo ou impedido completamente.

14.2.3 Extinção pela retirada do calor – Resfriamento

Para apagar o fogo através do método de resfriamento a temperatura precisa ser reduzida
para reduzir a emissão de calor (responsável pela temperatura de ignição), fazendo com que o
combustível pare de gerar gases e vapores.

14.2.4 Extinção Química

Esse método de extinção faz uso de produtos externos à combustão que, ao serem
lançados no fogo, tem suas moléculas desassociadas pela ação do calor. A partir disso, elas se
misturam com os componentes do fogo de forma que o resultado seja uma mistura não
inflamável.

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14.2.5 Extintores de incêndio

Os extintores são destinados ao combate rápido e imediato dos focos de incêndio, de


preferência em seu ponto de origem. Eles não devem ser considerados como substitutos dos
sistemas de extinção de incêndios, como mangueiras e sprinklers, uma vez que são
equipamentos adicionais e limitados.
A instalação dos extintores deve ser feita sobre suportes na parede ou no piso, sempre
em locais visíveis, sinalizados e de faço acesso e que não impossibilitem a passagem nas rotas
de fuga.

14.2.5.1 Tipos de extintores

 Extintores de Água Pressurizada: Nos incêndios de classe A (madeira, papel,


tecido e materiais sólidos em geral) o agente extintor mais indicado é a água. Ela age por
resfriamento ou abafamento, de acordo com a maneira que é aplicada. No resfriamento, o agente
pode ser aplicado na forma de chuveiro ou jato compacto, no abafamento, a aplicação é na
forma de neblina.
 Extintores com Gás Carbônico: Os extintores com gás carbônico são os mais
indicados para incêndios de classe C (equipamento elétrico energizado) por não ser condutor
de eletricidade. Além disso, ele pode ser utilizado em incêndios classe A e B.
 Extintores com Pó Químico Seco: Indicado para incêndios da classe B
(líquidos inflamáveis), ele atua pelo método de abafamento e também pode ser usado em
incêndios classe A e C.
 Extintores com Pó Químico Especial: Esses extintores são indicados para
incêndios da classe D (metais inflamáveis) e agem por abafamento.
 Espuma: A espuma é um agente extintor recomendado para incêndios de classe
A e B, não podendo ser utilizada em incêndios de classe C. Ela age inicialmente pelo método
de abafamento e em seguida pelo resfriamento.

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14.3 PREVENÇÃO DE INCÊNDIO

14.3.1 Cuidados Necessários

 Respeitar as proibições de fumar no ambiente de trabalho (Lei Estadual nº


11.540, de 12/11/2003);
 Não acender fósforos, nem isqueiros ou ligar aparelhos celulares em locais
sinalizados;
 Manter o local de trabalho em ordem e limpo;
 Evite o acúmulo de lixo em locais não apropriados;
 Colocar os materiais de limpeza em recipientes próprios e identificados;
 Manter desobstruídas as áreas de escape e não deixar, mesmo que
provisoriamente, materiais nas escadas e corredores;
 Não deixar os equipamentos elétricos ligados após sua utilização. Desligue-os
da tomada;
 Não improvisar instalações elétricas, nem efetuar consertos em tomadas e
interruptores, sem que esteja familiarizado;
 Não sobrecarregar as instalações elétricas com a utilização do PLUG T,
lembrando que o mesmo oferece riscos de curto circuito e outros;
 Verificar antes da saída do trabalho, se não há nenhum equipamento elétrico
ligado;
 Observar as normas de segurança ao manipular produtos inflamáveis ou
explosivos;
 Manter os materiais inflamáveis em local resguardado e à prova de fogo;
 Não cobrir fios elétricos com o tapete;
 Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em quantidades mínimas,
 Armazenando-os sempre na posição vertical e na embalagem;
 Não utilizar chama ou aparelho de solda perto de materiais inflamáveis.

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14.3.2 Instruções Gerais em Caso de Emergências

14.3.2.1 Em caso de Incêndio recomenda – se:

 Manter a calma, evitando o pânico, correrias e gritarias;


 Acionar o Corpo de Bombeiros no telefone 193;
 Usar extintores ou os meios disponíveis para apagar o fogo;
 Acionar o botão de alarme mais próximo, ou telefonar para o ramal de
emergência, quando não se conseguir a extinção do fogo;
 Fechar portas e janelas, confinando o local do sinistro;
 Isolar os materiais combustíveis e proteger os equipamentos, desligando o
quadro de luz ou o equipamento da tomada;
 Comunicar o fato à chefia da área envolvida ou ao responsável do mesmo prédio;
 Armar as mangueiras para a extinção do fogo, se for o caso;
 Existindo muita fumaça no ambiente ou local atingido, usar um lenço como
máscara (se possível molhado), cobrindo o nariz e a boca;
 Para se proteger do calor irradiado pelo fogo, sempre que possível, manter
molhadas as roupas, cabelos, sapatos ou botas.

14.3.2.2 Em caso de confinamento pelo fogo recomenda-se:

 Procure sair dos lugares onde haja muita fumaça;


 Mantenha-se agachado, bem próximo ao chão, onde o calor é menor e ainda
existe oxigênio;
 No caso de ter que atravessar uma barreira de fogo, molhe todo o corpo, roupas
e sapatos, encharque uma cortina e enrole-se nela, molhe um lenço e amarre-o junto à boca e
ao nariz e atravesse o mais rápido que puder.

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14.3.2.3 Em caso de abandono de local recomenda - se:

 Seja qual for a emergência, nunca utilizar os elevadores;


 Ao abandonar um compartimento, fechar a porta atrás de si (sem trancar) e não
voltar ao local;
 Ande, não corra;
 Facilitar a operação dos membros da Equipe de Emergência para o abandono,
seguindo à risca as suas orientações;
 Ajudar o pessoal incapacitado a sair, dispensando especial atenção àqueles que,
por qualquer motivo, não estiverem em condições de acompanhar o ritmo de saída (deficientes
físicos, mulheres grávidas e outros);
 Levar junto com você visitantes;
 Sair da frente de grupos em pânico, quando não puder controlá-los.

OUTRAS RECOMENDAÇÕES:

 Não suba, procure sempre descer pelas escadas;


 Não respire pela boca, somente pelo nariz;
 Não corra nem salte, evitando quedas, que podem ser fatais.
Com queimaduras ou asfixias, o homem ainda pode salvar–se;
 Não tire as roupas, pois elas protegem seu corpo e retardam a desidratação;
 Tire apenas a gravata ou roupas de nylon;
 Se suas roupas se incendiarem, jogue–se no chão e role lentamente. Elas se
apagarão por abafamento;
 Ao descer escadarias, retire sapatos de salto alto e meias escorregadias.

14.3.3 Deveres e obrigações

 Procure conhecer todas as saídas que existem no seu local de trabalho, inclusive
as rotas de fuga;

 Participe ativamente dos treinamentos teóricos, práticos e reciclagens que lhe


forem ministrados:

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 Conheça e pratique as Normas de Proteção e Combate ao Princípio de Incêndio,


quando necessário e possível, adotadas na Empresa;

Comunique imediatamente aos membros da Equipe de Emergência, qualquer tipo de
irregularidade.

15 ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA

A segurança no trabalho é essencial para garantir a saúde e evitar acidentes nos locais
de trabalho, sendo um item obrigatório em todos os tipos de trabalho. Podemos classificar os
acidentes de trabalho relacionando-os com fatores humano (atos inseguros) e com o ambiente
(condições inseguras). Essas causas são apontadas como responsáveis pela maioria dos
acidentes. No entanto, deve-se levar em conta que, às vezes, os acidentes são provocados pela
presença de condições insegura se atos inseguros são mesmo tempo.

15.1 ATOS INSEGUROS

Os atos inseguros são, geralmente, definidos como causas de acidentes do trabalho que
residem exclusivamente no fator humano, isto é, aqueles que decorrem da execução das tarefas
de forma contrária às normas de segurança. É a maneira como os trabalhadores se expõem
(consciente ou inconscientemente) aos riscos de acidentes.
É falsa a ideia de que não se pode predizer nem controlar o comportamento humano.
Na verdade, é possível analisar os fatores relacionados com a ocorrência dos atos inseguros e
controlá–los. Segue-se alguns fatores que podem levar os trabalhadores a praticar em atos
inseguros:
 Inadaptação entre homem e função por fatores constitucionais. Ex.: sexo, idade,
tempo de reação aos estímulos, coordenação motora, agressividade, impulsividade, nível de
inteligência, grau de atenção.
 Fatores circunstanciais: fatores que influenciam o desempenho do indivíduo no
momento. Ex.: problemas familiares, abalos emocionais, discussão com colegas, alcoolismo,
estado de fadiga, doença, etc.
 Desconhecimento dos riscos da função e/ou da forma de evita-los. Estes fatores
são na maioria das vezes causados por: seleção ineficaz, falhas de treinamento, falta de
treinamento.

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 Desajustamento: este fator é relacionado com certas condições específicas do


trabalho. Ex.: problema com a chefia, problemas com os colegas, políticas salariais impróprias,
política promocional imprópria, clima de insegurança. NOWSEG.
 Personalidade: fatores que fazem parte das características da personalidade do
trabalhador e que se manifestam por comportamentos impróprios. Ex.:o desleixado, o machão,
o exibicionista, o desatento, o brincalhão.

15.2 CONDIÇÕES INSEGURAS

São aquelas que, presentes no ambiente de trabalho, põem em risco a integridade física
e/ou mental do trabalhador, devido à possibilidade de este acidentar-se. Tais condições
manifestam-se como deficiências técnicas, podendo apresentar-se:
 Na construção e instalações em que se localiza a empresa: áreas insuficientes,
pisos fracos e irregulares, excesso de ruído e trepidações, falta de ordem e limpeza, instalações
elétricas impróprias ou com defeitos, falta de sinalização.
 Na maquinaria: localização imprópria das máquinas, falta de proteção em partes
móveis, pontos de agarramento e elementos energizados, máquinas apresentando defeitos.
 Na proteção do trabalhador: proteção insuficiente ou totalmente ausente, roupa
e calçados impróprios, equipamentos de proteção com defeito (EPIs, EPCs), ferramental
defeituoso ou inadequado.

15.3 CAUSAS DIRETAS DE ACIDENTES COM ELETRICIDADE

Podemos classificar como causas diretas de acidentes elétricos as propiciadas pelo


contato direto por falha de isolamento, podendo estas ainda serem classificadas quanto ao tipo
de contato físico:
 Contatos diretos – consistem no contato com partes metálicas normalmente sob
tensão (partes vivas).
 Contatos indiretos – consistem no contato com partes metálicas normalmente
não energizadas (massas), mas que podem ficar energizadas devido a uma falha de isolamento.
O acidente mais comum a que estão submetidas as pessoas, principalmente aquelas que
trabalham em processos industriais ou desempenham tarefas de manutenção e operação de

NR 10 - Segurança em instalações e serviços em


eletricidade
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sistemas industriais, é o toque acidental em partes metálicas energizadas, ficando o corpo ligado
eletricamente sob tensão entre fase e terra.

15.4 CAUSAS INDIRETAS DE ACIDENTES ELÉTRICOS

Podemos classificar como causas indiretas de acidentes elétricos as originadas por


descargas atmosféricas, tensões induzidas eletromagnéticas e tensões estáticas.

15.5 DISCUSSÃO DE CASOS

Em 2018, foram registrados 1.424 acidentes com origem elétrica em todo o país, sendo
836 choques, 537 incêndios por sobrecarga ou curto-circuito e 51 descargas atmosféricas
(raios). Isso representou um aumento de 2,67% em comparação ao ano anterior e de 37,2% em
relação a 2013, início da série histórica.
Estes números somam os casos fatais e não fatais. O dado consta do Anuário Estatístico
de Acidentes de Origem Elétrica e foi revelado hoje (2), em São Paulo, pela Associação
Brasileira de Conscientização dos Perigos de Eletricidade (Abracopel).
Desse total de acidentes foram registradas 622 mortes por choques elétricos, 61 mortes
por incêndios [nove delas no incêndio do Edifício Wilton Paes de Almeida, na capital paulista]
e 38 mortes por descargas elétricas.
O número de mortes por choques elétricos, caiu em 2018, com cinco mortes a menos
que em 2017. No entanto, o número de mortes por incêndios originados por sobrecarga dobrou,
passando de 30 casos no ano anterior para 61 em 2018.

1. CASO

Descrição do acidente - O eletricista ao chegar na caixa de medição em área rural,


realizar inspeção visual e constatar que não havia ser vivo no frontal da caixa, tentou abri-la,
porém foi atacado por abelhas. Após o ataque verificou que estavam alojadas no cano dos
condutores de entrada na lateral da caixa de medição. Utilizaram o “fumacê” e concluíram a
Inspeção. Quando do término do serviço o eletricista observou que seu rosto começou inchar e
sentiu fortes dores.

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Causas imediatas:
 Condições ambientais perigosas (animais);
 Inspeção incompleta.

Causas básicas:
 Equipamento exposto ao tempo;
 Motivação inadequada.

2. CASO

Descrição do acidente - A equipe de manutenção de Linhas de Transmissão efetuava a


substituição de cruzetas em regime de linha desenergizada, em uma estrutura, 69 kV. Em dado
momento houve a quebra do topo do poste de concreto fazendo com que os cabos viessem a
tocar na Rede Primária da Distribuição, em cruzamento logo abaixo, levando 3 eletricistas a
sofrerem choque elétrico.

Causas imediatas:
 Realizar manutenção (em regime de linha morta) acima de estrutura energizada,
sem as devidas proteções;
 Não “bloquear” o religamento da rede logo abaixo;
 Quebra da ponta do poste.

Causas básicas:
 Falta de isolamento ou desenergização da rede de distribuição na área de possível
contato com a linha de transmissão;
 Estrutura comprometida, internamente, pelo tempo.

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16 PRIMEIROS SOCORROS

A prestação dos Primeiros Socorros depende de conhecimentos básicos, teóricos e


práticos por parte de quem os está aplicando. O restabelecimento da vítima de um acidente, seja
qual for sua natureza, dependerá muito do preparo psicológico e técnico da pessoa que prestar
o atendimento. O socorrista deve agir com bom senso, tolerância, calma e ter grande capacidade
de improvisação. O primeiro atendimento malsucedido pode levar vítimas de acidentes a
sequelas irreversíveis. Para ser um socorrista é necessário ser um bom samaritano, isto é, aquele
que presta socorro voluntariamente, por amor ao seu semelhante. Para tanto é necessárias três
coisas básicas, mãos para manipular a vítima, boca para acalmá-la, animá-la e solicitar socorro,
e finalmente coração para prestar socorro sem querer receber nada em troca.

Aspectos legais do socorro

Código Penal Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou
em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena
- detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.

16.1 NOÇÕES SOBRE LESÕES

Em medicina, lesão é um termo não específico usado para descrever qualquer dano ou
mudança anormal no tecido de um organismo vivo. Tais anomalias podem ser causadas
por doenças, traumas ou simplesmente pela prática de esportes, por exemplo.

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16.1.1 Lesões musculares

Imagem 87: Lesão muscular

16.1.1.1 Contusão

Lesão produzida nos tecidos por trauma contuso (pancada, chute, cotoveladas, etc), sem
que haja rompimento da pele.

Como se manifesta:
 Dor e edema (inchaço) no local;
 Equimoses (manchas avermelhadas);
 Hematomas (colorações arroxeadas pelo sangue extravasado).

Como proceder:
 Evite movimentar a região lesionada;
 Aplique compressas frias ou saco de gelo no local;
 Caso seja necessário imobilize a região;
 Procure o médico.

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16.1.1.2 Distensão Muscular

É a lesão provocada pelo estiramento do músculo (rompimento de fibras musculares),


ou parte dele, por movimento brusco e/ou violento.

Como se manifesta:
 Dor intensa à movimentação;
 Edema (inchaço) no local.

Como proceder:
 Mesmos procedimentos realizados na contusão;
 Faça uma bandagem para sustentação do músculo.

16.1.1.3 Cãibra

É a contração espasmódica abrupta, vigorosa, involuntária e dolorosa de um ou mais


músculos, podendo ocorrer durante o exercício ou em repouso.

Como se manifesta:
 Dor e contratura no local;
 Contração do músculo afetado.

Como proceder:
 Promova o alongamento do músculo atingido;
 Aplique compressas quentes no local;
 Faça uma suave massagem no local.

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16.1.2 Lesões articulares

Imagem 88: Lesão articular

16.1.2.1 Entorse

É a separação MOMENTÂNEA das superfícies ósseas ao nível da articulação, com


comprometimento apenas ligamentar.

Como se manifesta:
 Dor intensa à movimentação;
 Edema (inchaço) local;
 Perda da mobilidade local;
 Deformidade da articulação (pelo inchaço).

16.1.2.2 Luxação

É o deslocamento da extremidade de um osso ao nível de sua articulação, com


comprometimento de vários componentes articulares, bem como estruturas locais, podendo ser
fechadas ou abertas.

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Como se manifesta:
 Dor violenta;
 Edema local;
 Deformação visível da articulação;
 Impossibilidade de movimentação.

Como proceder:
 Evite movimentar a região atingida;
 Aplique compressas geladas ou saco de gelo no local lesionado, não
ultrapassando 20 minutos em cada aplicação;
 Proteja a região lesionada;
 Faça a imobilização atingindo as duas articulações próximas à lesão;
 Amarre as talas com ataduras ou tiras de pano com firmeza, sem apertar, em 4
pontos: acima e abaixo do local da lesão (nunca em cima da lesão); acima e abaixo das
articulações próximas à região.
 Avalie distalmente o MS/MI;
 Remova a vítima para o hospital mais próximo.

IMPORTANTE:
 Não tente colocar o osso no lugar.
 Não use compressas quentes nas primeiras 24 horas;
 Não faça fricção, nem procure "alongar" a região lesionada;
 O entorse e a luxação são traumatismos que exigem cuidados médicos;
 Na dúvida, imobilize.

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16.1.3 Lesões ósseas

Imagem 89: Lesão óssea

16.1.3.1 Fraturas

São traumatismos ósseos com o comprometimento da integridade do osso, apresenta


deformação da continuidade da superfície óssea.
O primeiro socorro consiste em impedir o deslocamento da parte lesionada, evitando
assim seu agravamento. As fraturas podem ser:
 Fechadas: Quando o osso quebrado não perfura a pele.
 Exposta: Quando o osso se expõe pelo rompimento da pele.

Como se manifesta:
 Dor e edema (inchaço) local;
 Dificuldade de movimentação;
 Posição anormal da região atingida;
 Sensação de atrito das partes ósseas no local da fratura (crepitação);
 Ruptura da pele com exposição do osso fraturado (fratura exposta).

Como proceder:
 Mantenha a vítima em repouso
 Evite movimentar a região atingida;
 Evite o estado de choque;

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 Aplique compressas geladas ou saco de gelo no local lesionado, não


ultrapassando 20 minutos em cada aplicação;
 Estanque a HEMORRAGIA (fratura exposta);
 Faça um curativo protetor sobre o ferimento, usando compressas, lenço ou pano
limpo (fratura exposta);
 Imobilize o local;
 Faça a imobilização de modo a atingir as duas articulações próximas a lesão;
 Amarre as talas com ataduras ou tiras de pano com firmeza, SEM APERTAR,
em 4 pontos: Avalie distalmente o MS/MI (Durante a inspeção dos membros inferiores e
superiores deve-se avaliar o Pulso, Perfusão, Sensibilidade e a Motricidade);
 Remova a vítima para o hospital mais próximo.

IMPORTANTE:
Não tente reduzir a fratura (colocar o osso no lugar), na dúvida, imobilize.

16.1.3.2 Fratura de Crânio (cabeça)

Essa fratura pode estar associada a um Traumatismo Crânio Encefálico (TCE), devendo
por tanto, exigir por parte do prestador de socorro uma maior atenção.

Como se manifesta:
 Perda de sangue pelas narinas ou ouvidos;
 Inconsciência ou não;
 Náuseas e vômitos podem surgir imediatamente ou horas após o acidente;
 Extravasamento de líquor pelas narinas ou ouvido;
 Hematoma orbitário (olhos de panda) uni ou bi lateral;
 Hematoma retro auricular (atrás da orelha);
 Pupilas assimétricas (anisocoria) e ou não reativas a luz.

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Como proceder:
 Mantenha a vítima em repouso e recostada;
 Avalie o estado neurológico da vítima;
 Aplique compressas geladas ou sacos de gelo na região atingida;
 Estanque a HEMORRAGIA do ferimento;
 Inicie a respiração de socorro boca-a-boca, em caso de parada respiratória;
 Execute a compressão cardíaca externa, associada a respiração de socorro boca-
a-boca, se a vítima apresentar ausência de pulso e pupilas dilatadas;
 Aplique corretamente o colar cervical e coloque lateralmente travesseiros ou
almofadas, a fim de impedir movimentos para os lados;
 Leve imediatamente a vítima para o hospital mais próximo.

16.1.3.3 Fratura de Coluna Vertebral (espinha)

Essa lesão deve ser sempre associada a um Traumatismo Raquimedular (TRM)


considerada como potencialmente perigosa. Evite manipulações inadequadas.

Como se manifesta:
 Dor local após forte traumatismo;
 Deformidade óssea;
 Alteração de sensibilidade, dormência, sensação de formigamento.

Como proceder:
 Mantenha a vítima em repouso absoluto;
 Estabilize a coluna cervical com a pegada de trauma e o colar cervical;
 Utilize uma superfície dura: maca, tábua, porta, etc., para o transporte do
acidentado;
 Movimente o acidentado como um bloco, isto é, desloque todo o corpo ao
mesmo tempo, evitando mexer separadamente a cabeça, o pescoço, o tronco, os braços e as
pernas;

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 Imobilize o acidentado em decúbito dorsal (deitado de costa) ou em decúbito


ventral (deitado de barriga para baixo), preenchendo as curvaturas do corpo com panos
dobrados, afim de evitar a movimentação da coluna;
 Evite paradas bruscas do veículo durante o transporte;
 Solicite, sempre que possível, a assistência de um médico na remoção da vítima.
 Importante: A movimentação inadequada poderá causar ao acidentado danos
irreparáveis (lesão raquimedular).

16.1.4 Priorização do atendimento

A primeira prioridade durante uma emergência médica é salvar vidas. Uma pessoa
inconsciente e não responsiva pode estar perto da morte, e os socorristas devem avaliar a
situação e começar o tratamento conforme necessário para restabelecer e manter as vias
respiratórias (A, do inglês airway), respiração (B, do inglês breathing) e circulação
(C, circulation), o ABC da vida.
Um problema que ocorra em qualquer um desses sistemas pode ser fatal, se não for
corrigido rapidamente. As vias respiratórias, que são a passagem através da qual o ar circula
até aos pulmões, podem ficar obstruídas (por exemplo, por engasgo ou aspiração de um
pedaço de comida). Muitos distúrbios, como enfisema e asma podem dificultar a respiração.
A circulação do sangue, que depende do bombeamento e batimento do músculo cardíaco,
pode parar durante a parada cardíaca. Conforme necessário, os socorristas devem iniciar
imediatamente:
 Manobras para aliviar a obstrução das vias respiratórias (por exemplo,
compressões abdominais, também chamadas de manobra de Heimlich);
 Reanimação cardiopulmonar (RCP) para pessoas em parada cardíaca.

A próxima prioridade é obter assistência médica, contatando os cuidados médicos de


emergência. Os cuidados médicos de emergência podem ser acessados ligando-se para o
número de emergência local. A pessoa que faz o telefonema deve fornecer rapidamente ao
interlocutor uma descrição completa do estado da pessoa em questão e relatar como ocorreu
a lesão ou a doença. Não deve desligar o telefone até lhe serem dadas as indicações de como

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proceder. Se vários (socorristas) leigos estiverem presentes, um deve chamar socorro


enquanto os outros iniciam a avaliação e os primeiros socorros.
Depois de ligar para o serviço de emergência local, os socorristas, se necessário,
também podem administrar:
 Epinefrina, por injeção intramuscular, para reações alérgicas graves
(anafilaxia), como após uma picada de abelha
 Naloxona, no nariz ou por injeção intramuscular, caso a pessoa pare ou esteja
quase parando de respirar após uma sobredosagem de opioide

Caso se tratem de muitas pessoas lesionadas, a que apresentar ferimentos mais sérios
deve ser tratada em primeiro lugar. A avaliação deve durar menos de um minuto para cada
pessoa lesionada. Em cada caso, o socorrista deve avaliar se a situação é:
 De risco à vida
 Urgente, mas não de risco à vida
 Não urgente

Pode ser difícil determinar qual necessita um tratamento mais urgente: uma pessoa
que grita de dor pode ter uma lesão menos séria do que outra que não consegue respirar ou
que esteja em coma, estando, portanto, sem sinais. A dificuldade respiratória e o sangramento
abundante representam riscos de vida, mas uma mão ou pé fraturado pode quase sempre
esperar tratamento, independentemente da dor.
Quando houver muitas pessoas com lesões sérias e os recursos forem limitados, os
socorristas podem precisar fornecer tratamento somente às pessoas que considerarem ter uma
possibilidade de sobrevida.
Quando as pessoas lesionadas não forem capazes de fornecer informações médicas
por estarem confusas, inconscientes ou devido à gravidade de sua condição, a informação
deve ser obtida por outros meios. Por exemplo, se ao lado de uma pessoa inconsciente estiver
um frasco vazio de comprimidos, a embalagem deve ser entregue ao pessoal da emergência.
A descrição de como alguém sofreu a lesão e a informação de testemunhas, familiares ou
socorristas pode ser fundamental para se estabelecer o tratamento.

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As pessoas que não precisam de tratamento urgente são tranquilizadas e recebem


medidas simples, como ser coberto com uma manta e mantido calmo e aquecido, enquanto
esperam para ser tratadas.
Para prevenir a disseminação de infecções transmitidas pelo sangue, os socorristas
devem proteger-se seguindo precauções universais, um conceito de controle de infecções que
considera todo o sangue e líquidos corporais humanos como infecciosos. Por exemplo,
doenças sérias, como infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e hepatite B e
C (Considerações gerais sobre a hepatite), podem ser transmitidas pelo sangue e certos fluidos
corporais. Se possível, os socorristas devem usar luvas de exame em nitrilo ou de látex para
a melhor proteção. Se não for possível utilizar luvas, pode-se recorrer a um plástico. Como
exemplo, os socorristas podem colocar as mãos dentro de um saco de plástico para alimentos
ou de qualquer coisa impermeável. Máscaras faciais e lentes de segurança (ou
proteções/escudos faciais) e batas e capas protetoras também devem ser usadas, caso haja o
risco de respingos de líquidos ou sangue.
Em caso de contaminação, deve-se lavar as mãos, incluindo a área sob as unhas, com
vigor o mais depressa possível, com água e sabão ou com uma solução suave de água sanitária
(cerca de 15 mililitros de água sanitária por cada litro de água). Se nenhuma das soluções
estiver disponível, pode ser usado um produto de higiene das mãos à base de álcool.

16.1.5 Aplicação de respiração artificial

 Verificação da Respiração
 Encostar o ouvido sobre a boca e nariz da vítima, mantendo as vias aéreas
abertas;
 Observar se o peito da vítima sobe desce, ouvir e sentir se há sinal de respiração.
 Procedimento
 Manter a cabeça estendida para trás, sustentando o queixo e mantendo as vias
aéreas abertas;
 Pinçar o nariz da vítima;
 Inspirar, enchendo bem o peito, e colocar sua boca de forma a vedar
completamente, com seus lábios, a boca da vítima;

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 Aplicar 1 sopro moderado com duração de 1 a 2 segundos respirar e aplicar mais


1 sopro;
 Observar se quando você sopra o peito da vítima sobe; •Aplicar uma respiração
boca a boca a cada 5 ou 6 segundos;
 Continuar até que a vítima volte a respirar ou o atendimento médico chegue ao
local.

Imagem 90: Passo a passo respiração artificial

16.1.6 Massagem cardíaca

 Verificação do Pulso
 Manter a cabeça da vítima estendida para trás, sustentando-a pela testa;
 Localizar o com o dedão com a ponta dos dedos indicado remédio;
 Deslizar os dedos em direção à lateral do pescoço para o lado no qual você
estiver posicionado (não utilize o polegar, pois este tem pulso próprio);
 Sentir o pulso da carótida (espere 5 – 10 segundos). A carótida é a artéria mais
recomendada por ficar próxima ao coração e ser acessível.

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Imagem 91: Teste de pulsação

Procedimento:
 Realizar somente quando tiver certeza de que o coração da vítima parou;
 Colocara vítima sobre uma superfície rígida;
 Ajoelhar-se ao lado da vítima;
 Usando a mão próxima da cintura da vítima, deslizar os dedos pela lateral das
costelas próximas a você, em direção ao centro do peito, até localizar a ponta do osso esterno;
 Colocar a ponta do dedo médio sobre a ponta do osso esterno, alinhando o dedo
indicador ao médio;
 Colocar a base da sua outra mão (que está mais próxima da cabeça da vítima) ao
lado do dedo indicador;
 Remover a mão que localizou o osso esterno, colocando-as obre a que está no
peito;
 Entrelaçar os seus dedos, estendendo-os de forma que não toquem no peito da
vítima.

Imagem 92: Compressão cardíaca

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 Posicionar seus ombros diretamente acima de suas mãos sobre o peito da vítima;
 Manter os braços retos e os cotovelos estendidos;
 Pressionar o osso esterno para baixo, cerca de aproximadamente 5 centímetros;
 Executar 15 compressões. Contar as compressões à medida que você as executa;
 Fazer as compressões uniformemente e com ritmo;
 Durante as compressões, flexionar o tronco ao invés dos joelhos;
 Evitar que os seus dedos apertem o peito da vítima durante as compressões.

16.1.7 Técnicas para remoção e transporte de acidentados

O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada em resgate (Corpo
de Bombeiros, Anjos do Asfalto, outros). O transporte realizado de forma imprópria poderá
agravar as lesões, provocando sequelas irreversíveis ao acidentado.
A vítima somente deverá ser transportada com técnica e meios próprios, nos casos, onde
não é possível contar com equipes especializadas em resgate. OBS: É imprescindível a
avaliação das condições da vítima para fazer o transporte seguro (número de pessoas para
realizar o transporte). A remoção ou transporte como indicado abaixo só é possível quando não
há suspeita de lesões na coluna vertebral.

Uma pessoa

Braços: Passe um dos braços da vítima ao redor do seu pescoço.

Imagem 93: Transporte de braço

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De Apoio: Passe o seu braço em torno da cintura da vítima e o braço da vítima ao redor
de seu pescoço.

Imagem 94: Transporte de apoio

Nas Costas: Dê as costas para a vítima, passe os braços dela ao redor de seu pescoço,
incline-a para afrente alevante-a.

Imagem 95: Transporte nas costas

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Duas Pessoas

Cadeirinha: Faça a cadeirinha conforme abaixo. Passe os braços da vítima ao redor do


seu pescoço e levante vítima.

Imagem 96: Transporte de cadeirinha

Segurando Pelas Extremidades: uma segura a vítima pelas axilas, enquanto a outra,
segura pelas pernas abertas. Ambas devem erguer a vítima simultaneamente.

Imagem 97: Transporte pelas extremidades

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Três Pessoas

Uma segura a cabeça e costas, a outra, a cintura e a parte superior das coxas. A terceira
segura a parte inferior das coxas e pernas. Os movimentos das três pessoas devem ser
simultâneos, para impedir deslocamentos da cabeça, coluna, coxas e pernas.

Imagem 98: Transporte com mais auxiliares

17 RESPONSABILIDADES

17.1 DEFINIÇÃO

Oriundo do verbo latino ― “respondere”, o termo responsabilidade em sentido geral,


exprime a obrigação de responder por alguma coisa. A responsabilidade revela o dever jurídico,
em que se coloca a pessoa, seja em virtude de contrato, seja em face de fato ou omissão, que
lhe seja imputado, para satisfazer a prestação convencionada ou para suportar as sanções legais,
que lhe são impostas.

17.2 RESPONSABILIDADE TRABALHISTA

Por lei, a empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais
de proteção e segurança da saúde do trabalhador, devendo prestar informações pormenorizadas
sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular, cabendo-lhe, ainda, (art. 157
da CLT) cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;

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E instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no


sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais. Devendo inclusive punir o
empregado que, sem justificativa, recusar-se a observar as referidas ordens de serviço e a usar
os equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa (art. 158 da CLT).

17.3 RESPONSABILIDADE CIVIL

Os princípios jurídicos em que se funda a responsabilidade civil, para efeito de reparação


do dano injustamente causado, provém do Direito Romano: ―neminem laedere‖, que significa
―não lesar a ninguém‖. Esta responsabilidade é, propriamente, contratual distinguindo-se, por
isso, da responsabilidade fundada no ato ilícito, uma vez que decorre da apuração do fato que
estabelecerá a pena imposta ao agente ou responsável pela prática do ato ilícito. A todo instante
surge o problema da responsabilidade civil, pois a cada atentado sofrido pela pessoa,
relativamente no que concerne à sua honra, moral ou ao seu patrimônio, constitui-se um
desequilíbrio onde se torna imprescindível invocar-se o instituto da responsabilidade civil a fim
de restabelecer o ―status quo ante‖ (devolver ao estado em que se encontrava antes da
ocorrência do ato ilícito).
A fonte geradora da responsabilidade civil é justamente o interesse em se restabelecer o
equilíbrio violado pelo dano, em consequência de ato ilícito ou lícito provocado pelo agente,
isto é, atos que por provocarem danos à lei, resumem-se em responsabilidade para o agente. A
obrigação de indenizar, fundada na responsabilidade civil, equilibra a situação anterior e
posterior ao dano sofrido pela vítima, por meio do ressarcimento. Dessa forma, o instituto da
responsabilidade civil tem duas funções primordiais: garantir o direito do lesado à segurança; e
servir como sanção civil, de natureza compensatória, mediante a reparação do dano causado a
outrem. A responsabilidade civil, para ser caracterizada, impõe a ocorrência de 03 (três) fatos
ou circunstâncias, indispensáveis simultaneamente, sem os quais não há como se falar na
aplicação desta sanção. Esses pressupostos são os seguintes:
 Ação ou omissão;
 Dano;
 Elo de causalidade entre ação/omissão e danos.

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17.4 RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA

A responsabilidade civil subjetiva é a decorrente de dano causado diretamente pela


pessoa obrigada a reparar, em função de ato doloso ou culposo se indaga a respeito de:
Dolo - A ação ou omissão voluntária;
Culpa - Decorre de ato de negligência, imprudência ou imperícia.
Negligência - É a omissão voluntária de diligência ou cuidado, falta ou demora no
prevenir ou obstar um dano.
Imprudência - É a atuação intempestiva e irrefletida. Consiste em praticar uma ação
sem as necessárias precauções, isto é, agir com precipitação, inconsideração, ou inconstância.
Imperícia - É a falta de especial, habilidade, ou experiência ou de previsão no exercício
de determinada função, profissão, arte ou ofício.
Quanto à culpa, pode ela ser caracterizada como:
"Culpa in eligendo" - origina-se da má escolha do preposto (exemplo: eletricista
contratado sem a mínima qualificação necessária, provocando um acidente que lesiona colega
de trabalho que o auxiliava);
"Culpa in vigilando" - que é a ausência de fiscalização por parte do empregador, tanto
em relação aos prepostos ou empregados, quanto em relação à coisa (exemplo: empregado
conduz veículo da empresa sem freios e colide com outro veículo provocando lesões corporais
generalizadas nos envolvidos);
"Culpa in comitendo" - prática de ato positivo que resulta em dano - ato imprudente ou
ato imperito;
"Culpa in omitendo" - ato negativo ou omissão - o agente negligencia com as cautelas
recomendadas, deixando de praticar os atos impeditivos à ocorrência do ato danoso - por dolo
ou culpa - negligência;
"Culpa in custodiendo" - falta de cautela ou atenção.
Em outras palavras, a responsabilidade civil subjetiva implica necessariamente a
inclusão de um quarto pressuposto caracterizador, decorrendo, portanto, da conjugação dos
seguintes elementos:
 Ação ou omissão;
 Dano;
 Elo de causalidade entre ação/omissão e dano;

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 O dolo ou culpa do agente causador.

Esta culpa, por ter natureza civil, se caracterizará quando o agente causador do dano
atuar com negligência ou imprudência conforme cediço doutrinariamente, através da
interpretação da primeira parte do art. 186 do Código Civil.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Do
referido dispositivo normativo acima transcrito, verificamos que a obrigação de indenizar
(reparar o dano) é a consequência juridicamente lógica do ato ilícito, conforme dispõe também
os artigos. 927 a 943 do Código Civil, constante de seu Título IX - Da Responsabilidade Civil,
no Capitulo I - Da Obrigação de Indenizar.
Assim sendo temos caracterizado de forma clara a obrigação da empresa de reparar o
dano causado ao empregado quando este por ação ou omissão causar dano a um dos seus
empregados.

17.5 RESPONSABILIDADE OBJETIVA

A lei define a responsabilidade de determinada pessoa (física ou jurídica) diante da


ocorrência de certos fatos, onde a prova do nexo causal entre o FATO LESIVO E OS DANOS
VERIFICADOS já é suficiente para obrigar à reparação dos danos sofridos pela vítima,
independentemente de ter ou não havido culpa do agente que praticou ou provocou o evento
danoso. A responsabilidade objetiva é regrada, a nível constitucional, pelo do artigo 37
parágrafo 6º da Constituição Federal que dispõe:
"As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra os responsáveis nos casos de dolo ou culpa".
Temos ainda numerosas disposições contidas em leis que afastam a responsabilidade
subjetiva do diploma civil e consagram a responsabilidade civil objetiva, tais como, art. 21
XXIII, ―C‖ da CF/88, serviços em instalações nucleares e art. 225, §3º da CF/88, danos ao
meio ambiente.

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17.6 DA OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (artigos 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos
casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do
dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Art. 932. São também
responsáveis pela reparação civil:
 Os pais...
 O tutor...
 O empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no
exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
 Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que
não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.
 Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo
questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas
questões se acharem decididas no juízo criminal.

17.7 A RESPONSABILIDADE DE INDENIZAR

Pode ser da Pessoa Física ou Pessoa Jurídica (através de ato de seus agentes ou
prepostos);
Considera-se culpa presumida do empregador, no caso de ato danoso cometido pelo
preposto.
Dada a culpa presumida do empregador, pelo ato danoso praticado pelo seu preposto,
que o obriga a responder pela reparação dos danos sofridos por terceiros, a lei ressalva ao
empregador o direito de regresso contra seu preposto, visando ressarcir-se do que pagou.
Se tiver mais de um autor responsável pelo acidente, todos responderão solidariamente.
A Súmula no 341, do STF (Supremo Tribunal Federal), define: "presumida a culpa do
patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto" e que: "a obrigação de reparar
os danos causados, pode ser solidária, envolvendo a empresa contratante e a empresa contratada
para a prestação de serviços, quer na qualidade de empreiteira ou de sub-empreiteira".

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17.8 QUEM PODE SER RESPONSABILIZADO CRIMINALMENTE

Pode ser a chefia imediata ou a chefia mediata do empregado acidentado, ou mesmo o


colega de trabalho e também, os responsáveis pela segurança do acidentado. Nada impede que
haja a coautoria. Assim, por exemplo, se a Gerência determina que um trabalho específico seja
feito sob condições totalmente inadequadas, no que se refere ao aspecto de segurança, sendo
essa posição ratificada pelas chefias intermediárias, resultando, daí, acidente do trabalho com
vítima, todos os culpados estarão sujeitos a responder pelo dano causado.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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https://www.stoodi.com.br/blog/fisica/transmissao-de-calor/

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70

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