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PROCEDIMENTOS
SIMPLIFICADOS EM
Manual SEGURANÇA E SAÚDE
Técnico 1 DO TRABALHO NO
IFT MANEJO FLORESTAL
Marlei M. Nogueira
Marco W. Lentini
Iran P. Pires
Paulo G. Bittencourt
Johan C. Zweede
Manual Técnico 1 - IFT
PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS EM
SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO
NO MANEJO FLORESTAL
Belém, 2010
Copyright © 2010 by IFT
Autores
Marlei M. Nogueira
Técnico Agrícola
Instrutor sênior do IFT
Marco W. Lentini
Engenheiro Florestal, M.Sc. em Economia Florestal
Diretor adjunto do IFT
Iran P. Pires
Engenheiro Florestal
Coordenador operacional do IFT
Paulo G. Bittencourt
Engenheiro Florestal
Engenheiro de projetos do IFT
Johan C. Zweede
Engenheiro Florestal e Biólogo
Diretor executivo do IFT
Ilustrações
Roger Almeida
www.rl2design.com.br
CDD: 331.2596
Os dados e opiniões expressas neste trabalho são de responsabilidade dos autores e não
refletem necessariamente a opinião dos financiadores deste estudo.
Prefácio
O
Instituto Floresta Tropical, doravante apenas IFT, é um
centro de excelência na promoção e aprimoramento das
boas práticas de manejo florestal na Amazônia Brasileira.
Nasceu a partir do trabalho da Fundação Floresta Tropical
(FFT), uma subsidiária da organização não-governamental
Tropical Forest Foundation, com sede nos Estados Unidos. Desde
2006, o IFT também foi reconhecido pelo Governo Brasileiro como
uma OSCIP, ou organização da sociedade civil de interesse públi-
co. Nestes 13 anos de existência, o IFT busca cumprir sua missão
através de três estratégias básicas: capacitação e treinamento, ex-
tensão e sensibilização em manejo florestal e pesquisa aplicada.
O trabalho do IFT parte da premissa de que, para que a
sociedade possa oferecer aos produtores florestais oportunidades
justas, os investimentos no fomento às atividades sustentáveis são
tão importantes quanto os investimentos voltados ao controle da
ilegalidade. Tais iniciativas são de suma importância consideran-
do que o setor florestal amazônico passa hoje por um momento
de transição. Até este momento, o setor florestal operou majori-
tariamente como um catalisador do desmatamento e degradação
dos recursos florestais da região, impulsionado pelo comando e
controle deficientes, a falta de planejamento público e de ordena-
mento territorial, a escassez de recursos humanos e equipamentos
para executar as boas práticas, e a abundância de incentivos per-
versos em direção à informalidade. Entretanto, a Amazônia passa
hoje por um momento decisivo marcado pelos avanços no moni-
toramento estratégico das atividade ilegais e pelas oportunidades
oferecidas para o aumento do controle sobre os recursos públicos
diante da Lei de Gestão de Florestas Públicas.
Mas, para que a Amazônia possa se beneficiar plenamente
destas oportunidades, a capacidade endógena da região de pro-
duzir mão-de-obra especializada para implementar as boas prá-
ticas de manejo florestal precisa aumentar muito nos próximos
anos. Sem isso, os demais instrumentos para monitorar, controlar
e ordenar atividades sustentáveis podem ser ineficazes. Além dis-
so, o manejo florestal precisa continuar a ser aprimorado em dire-
ção à sustentabilidade, aumentando sua atratividade econômica
aos empresários, adaptando tecnologias para emprego imediato
por comunidades tradicionais e pequenos produtores rurais, e
tornando-se uma aliado dinâmico da conservação.
No âmbito da missão do IFT, de continuamente buscar al-
ternativas para o aprimoramento do manejo florestal na Amazô-
nia, este manual traz aspectos práticos relevantes em saúde e se-
gurança no trabalho no manejo e exploração de impacto reduzido.
Esperamos que possa trazer um item adicional para a melhoria do
manejo florestal, em sua perpétua busca por se tornar mais segu-
ro, mais simples, mais adaptativo e mais sustentável.
Sumário
Apresentação . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .06
O manejo de florestas naturais da Amazônia . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .08
Introdução às questões de saúde e segurança no manejo florestal.. .. .14
Quão perigosa é a exploração madeireira para os trabalhadores? .. .. .15
Planejando um programa de saúde e segurança no trabalho . .. .. .. .. .18
1. Treinamento .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .18
2. Identificação de riscos pontuais nas atividades .. .. .. .. .. .. .. .. .. .18
3. Democratizando a identificação dos riscos . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .19
4. Responsabilidades. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .19
5. Registros, planejamento e re-avaliação .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .21
O arcabouço legal: normas e regulamentos atuais .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .22
Estrutura do Manual de Saúde e Segurança no Trabalho.. .. .. .. .. .. .. .28
1. Riscos gerais .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .30
2. Riscos de atividades pré-exploratórias em áreas florestais .. .. .. .35
3. Riscos na construção de infra-estruturas .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .40
4. Riscos na marcação de árvores. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .44
5. Riscos no corte e traçamento das árvores . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .45
6. Riscos no planejamento de arraste de toras. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .53
7. Riscos no arraste de toras . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .55
8. Riscos das operações de pátio .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .60
9. Riscos no transporte de toras. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .64
10. Riscos em atividades pós exploratórias .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .69
10.1. Tratamentos silviculturais pós-exploratórios .. .. .. .. .. .. .. .69
10.2. Inventário contínuo .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .71
11. Possíveis riscos do acampamento florestal .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .73
Anexos .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .77
Anexo 1 - Ficha de controle Operacional e Segurança
no Trabalho . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .78
Anexo 2 - Ficha DDS (Diálogo Diário de Segurança . .. .. .. .. .. .. .. .79
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
Apresentação
1
O FSC, ou Conselho de Manejo Florestal, é o sistema independente de certifi-
cação de origem de matérias-primas florestais mais difundido no mundo. Em
fevereiro de 2008, havia um pouco mais de 3,2 milhões de hectares de florestas
certificadas pelo FSC na Amazônia, dos quais 1,2 milhão eram constituídos por
florestas empresariais exploradas para a produção madeireira.
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
O manejo de florestas
naturais da Amazônia
PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS EM SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NO MANEJO FLORESTAL
2
Fonte: Dr. T. Holmes e colaboradores. 2002. Custos e benefícios financeiros da ex-
ploração florestal de impacto reduzido em comparação à exploração florestal con-
vencional na Amazônia Oriental. FFT. Download disponível na página do IFT no
link http://www.inteligentesite.com.br/sistemas/ift/arquivos_download.asp.
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
11
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
(D) O corte das árvores é conduzido com técnicas especiais com o intuito
de facilitar o arraste das toras e provocar o menor desperdício e o menor
impacto as árvores remanescentes;
12
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
13
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
Introdução às questões
de saúde e segurança no
manejo florestal
PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS EM SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NO MANEJO FLORESTAL
Quão perigosa é a
exploração madeireira
para os trabalhadores?
2XWURV
,QWHUPHGL D om RIL QD QFHL UD
,PREL O L i UL D V D O XJXHO HQHJyFL RV
(PSUHJD GRV GRPpV WL FRV
PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS EM SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NO MANEJO FLORESTAL
$FLGHQWHVIDWDLV SRUSHVVRDV
17
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
Planejando um programa
de saúde e segurança no
trabalho
PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS EM SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NO MANEJO FLORESTAL
1. Treinamento
É necessário que a empresa adote um programa de treina-
mento voltado para a qualificação e conscientização dos funcioná-
rios, abordando as atividades do manejo florestal, especificando
os riscos e suas respectivas medidas preventivas e listando os as-
pectos importantes para a manutenção da qualidade do plano de
saúde e segurança.
4. Responsabilidades
A definição das responsabilidades de cada membro da equi-
pe florestal envolvida nas operações é fundamental. Abaixo lista-
mos algumas das principais responsabilidades de cada membro,
de acordo com o cargo e/ou função:
Administrador. Supervisiona a confecção do plano de
segurança na EIR do empreendimento florestal, e realiza ava-
liações anuais do cumprimento do plano, acompanhando ati-
vamente o padrão de qualidade no cumprimento dos procedi-
mentos de segurança. Cobra melhorias no desempenho sempre
que o padrão estiver abaixo do indicado. Estabelece sanções aos
funcionários que comprovadamente agirem com negligência ou
imprudência no que se refere aos procedimentos de segurança.
Identifica novas necessidades de treinamento de funcionários 19
relativas às suas deficiências no plano de segurança. Gerencia
os custos e benefícios do programa de segurança e saúde no
trabalho.
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
O arcabouço legal:
normas e regulamentos
atuais
PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS EM SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NO MANEJO FLORESTAL
24 Representantes dos
1 2 3 4 5 6
trabalhadores
Representantes do
1 2 3 4 5 6
empregador
Estrutura do Manual de
Saúde e Segurança no
Trabalho
PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS EM SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NO MANEJO FLORESTAL
como UTs.
1. RISCOS GERAIS
Inten- Medidas
Riscos Gerais Tipo Verificadores
sidade preventivas
Acidentes por
Treinar
imperícia na
P, M, funcionários antes
execução de 3 - N° de
A de exercerem a
atividades e no uso ocorrências
PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS EM SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NO MANEJO FLORESTAL
função
de equipamentos de acidentes e
situações de risco
Avaliar riscos
Acidentes diversos e paralisar a
- % dos
devido a clima operação se
trabalhadores
desfavorável P, M 2 necessário
da exploração
(vendavais, chuva, Treinar treinados
lama, etc.) funcionários em
1os socorros
Planejar intervalos
de segurança
Acidentes
entre operação e
causados pela
sinalização - Programação
sobreposição de
de equipes e
operações (corte, P, M 3 Definir limite operações sem
planejamento de de segurança sobreposição
arraste, arraste, (temporal,
etc.) espacial) entre
operações
Máquinas
equipadas com
- Evolução do n°
extintores dentro
de ocorrências de
dos prazos de
fogo em máquinas
validade
32 Acidentes devido
P, M, Manutenção - Condições gerais
a incêndios em 2
A diária, semanal de operação
máquinas
e periódica, das máquinas,
evitando o incluindo
acúmulo de acessórios de
combustível segurança
durante operação
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
Inten- Medidas
Riscos Gerais Tipo Verificadores
sidade preventivas
Permitir o
manuseio apenas - Verificar
Acidentes com por pessoal armazenamento
produtos químicos especializado / de produtos
P, M,
Máquinas
equipadas com
sirenes de ré
Orientar os
trabalhadores
para conduzir com - Sinal sonoro
cautela e seguir durante a
recomendações manobra
técnicas das
Acidentes do máquinas - Evolução do
trânsito dentro n° de acidentes
da floresta P, M 3 Usar cintos de com veículos e
(atropelamentos, segurança nos máquinas
colisões, etc.) veículos
- Relato de
Manter limite de terceiros sobre
distância segura a operação de
da máquina transporte
Sinalizar local 33
da operação com
máquinas (cones,
faixas, placas, etc.)
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
Inten- Medidas
Riscos Gerais Tipo Verificadores
sidade preventivas
Cortar cipós
fazendo
movimentos em
sentido contrário
ao do corpo
- Evolução do
Cuidados n° de acidentes
especiais com ferramentas
Manuseio de ao amolar cortantes
ferramentas ferramentas
P, M 3
cortantes (facões, cortantes - Observar a
foices e outros) conduta dos
Uso de bainhas funcionários
nos facões durante as
atividades
Em trabalhos em
grupos, definir
uma distância
segura entre os
trabalhadores
Corte da
34 Perfuração vegetação deve
P, M 3 - Altura dos tocos
por tocos ser feito a 1 m de
altura
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
4
O mapeamento, em que as árvores têm sua posição relativa plotada em dois
eixos cartesianos, utiliza como orientação as trilhas e picadas abertas durante a
delimitação das UTs.
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
5
Ver a referência completa na nota de rodapé número 2 do presente manual (p. 9).
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
Inten- Medidas
Riscos Gerais Tipo Verificadores
sidade preventivas
Reconhecimento da área
Trabalho deve
ser executado
em equipes de,
no mínimo, 2 - Lista do número de
Ficar sem apoio pessoas pessoas nas equipes da
em caso de floresta
desorientação P 3 Estabelecer - Averiguar se equipe
38 ou acidente na plano de ação de apoio conhece os
floresta da operação detalhes do plano de
(horários, ação
datas, mapas,
transporte e
equipe)
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
Inten- Medidas
Riscos Gerais Tipo Verificadores
sidade preventivas
Atividades pré-exploratórias : Inventário florestal
Acidentes Orientação
naturais do prévia dos - % dos funcionários
trabalho na trabalhadores usando EPIs na
floresta, entre acerca dos riscos floresta
os quais: da operação - Relato de
- Animais na floresta e terceiros sobre o
peçonhentos P, M 3 auditoria na comportamento dos 39
- Obstáculos floresta trabalhadores na
(tocos, galhos,
floresta
cipós)
- Planos emergenciais
- Queda
Uso de EPIs para estas situações
de frutos e
galhadas
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
Inten- Medidas
Riscos Gerais Tipo Verificadores
sidade preventivas
Cortar cipós
fazendo
movimentos em
sentido contrário
ao do corpo
PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS EM SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NO MANEJO FLORESTAL
Cuidados - Evolução do n°
Manuseio de especiais de acidentes com
ferramentas ao amolar ferramentas cortantes
cortantes P, M 3 ferramentas
(facões, foices e cortantes - Observar a conduta
outros) Uso de bainhas dos funcionários
nos facões durante as atividades
Em trabalhos em
grupos, definir
uma distância
segura entre os
trabalhadores
Corte da
Perfuração por vegetação deve
P, M 3 - Altura dos tocos
tocos ser feito a 1 m de
altura
41
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
Inten- Medidas
Riscos Gerais Tipo Verificadores
sidade preventivas
Construção de Infra-estruturas
Acidentes Avaliar riscos
e paralisar a - N° de ocorrências
diversos
operação se de acidentes e
devido a clima
necessário situações de risco
desfavorável P, M 2
- % dos
(vendavais, Treinar trabalhadores da
chuva, lama, funcionários exploração treinados
etc.) em 1os socorros
Avaliar e sinalizar
Máquina pontos cegos com
42 - Verificar
atingida por antecedência de sinalização nos
vegetação 20m do local pontos de perigo
de grande
P, M 3 Eliminar pontos de e mensurar se
porte (galhos,
perigo no trajeto obedecem a
“macacos”6,
da construção distância definida
cipós, árvores
(árvores mortas, de 20m.
mortas)
abelhas, cipós)
6
Popularmente, o “macaco” é uma árvore que foi derrubada mas se manteve
apoiada em outra árvore, oferecendo grandes riscos aos trabalhadores da floresta.
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
Inten- Medidas
Riscos Gerais Tipo Verificadores
sidade preventivas
Sinalizar pontos
cegos no trajeto da
construção com
antecedência de
20m do local
7
ROPS é sigla de sistema de proteção contra capotagem. Consiste, no caso de
máquinas pesadas, em uma capota com estrutura reforçada para proteger o ope-
rador em caso de capotagem ou no caso de queda de árvores e troncos de peque-
nos porte sobre a máquina durante operações florestais.
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
Inten- Medidas
Riscos Gerais Tipo Verificadores
sidade preventivas
Atropelamento
Manter distância
e/ou - Auditar os
mínima de
esmagamento ajudantes sobre os
P 3 segurança (70 m
do ajudante procedimentos da
antes e 35 m após o
durante operação
maquinário)
construção
PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS EM SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NO MANEJO FLORESTAL
Treinamento e
orientação da
equipe para
Outros a execução
acidentes, da atividade,
Sinalização e - Auditoria das
incluindo os
conservação e atividades e
provocados
P, M, Auditoria na do calendário
pela quebra 3
A atividade de execução de
de árvores
manutenção nas
e galhadas, Manutenção
máquinas.
incêndios de periódica do
máquinas, etc. maquinário
Sinalização de
outros riscos
potenciais
45
8
Para maiores detalhes sobre as técnicas de corte de árvores na exploração de
impacto reduzido, consultar o Manual Técnico n° 2 do IFT, “TCS - Técnicas de
Corte e Segurança no Trabalho em Florestas Amazônicas ”.
9
Ver seção “Quão perigosa é a exploração madeireira para os trabalhadores?”,
neste mesmo Manual, p. 15.
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS EM SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NO MANEJO FLORESTAL
Inten-
Riscos Gerais Tipo Medidas preventivas Verificadores
sidade
Corte e traçamento de árvores
Acidentes por
imperícia na
Treinar funcionários
execução de P, M,
3 antes de exercerem a
atividades A - N° de ocorrências
função
e no uso de de acidentes e
equipamentos situações de risco
48
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
Inten-
Riscos Gerais Tipo Medidas preventivas Verificadores
sidade
Eliminar arbusto
e palmeiras com - Verificar a
Acidentes espinhos distantes 1m presença de
diversos do tronco obstáculos e
intrínsecos ao perigos do
Definir boa
Corte da vegetação
Perfuração por - Verificar altura
P, M 3 deve ser feito a 1 m
tocos dos tocos
de altura
Inten-
Riscos Gerais Tipo Medidas preventivas Verificadores
sidade
Planejar intervalos
de segurança
Acidentes entre operação e
causados pela sinalização
- Programação
sobreposição de Definir limite de de equipes e
PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS EM SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NO MANEJO FLORESTAL
Inten-
Riscos Gerais Tipo Medidas preventivas Verificadores
sidade
- N° de ocorrências
de acidentes e
Atenção redobrada
- Verificar
Acidentes Manter os itens existência e estado
causados pelo de segurança de dos itens de
próprio uso segurança em bom segurança
e desgaste da estado (pino “pega- - Auditar a
P, M 3
motosserra corrente”, freio, orientação aos
(ausência ou trava do acelerador, operadores sobre
falha dos itens amortecedores de os riscos do uso de
de segurança) trepidação) motosserras sem
estes itens
Desligar a motosserra
ao percorrer distância
maior que 10m
Acidentes Presença do ajudante - Verificar a prática
causados junto ao operador dos procedimentos
durante a fuga durante a operação de segurança nas 51
do operador para facilitar equipes de corte
imediatamente P, M 3 comunicação - Verificar
após o corte distância entre
(corte, tropeço, Após o corte de abate, os membros da
queda de galhos, o operador deve equipe durante a
etc.) desligar a motosserra, operação de corte
retirar o abafador
de som e levantar a
viseira do capacete
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
Inten-
Riscos Gerais Tipo Medidas preventivas Verificadores
sidade
Acidente com Não caminhar
- Verificar a prática
operador com a motosserra
dos procedimentos
durante o P 3 funcionando e com
de segurança nas
deslocamento abafador durante o
equipes de corte
entre árvores deslocamento
PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS EM SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NO MANEJO FLORESTAL
Acidentes
causados
Orientação sobre - Verificar
pelo rebote
P 2 o posicionamento posicionamento de
(“cuspidas”) de
correto das cunhas cunhas
cunhas durante a
operação
Utilizar técnicas de
Acidentes corte direcionado, - Auditar técnicas
causados pelo com especial de corte nos
P 3
rebote do tronco cuidado para árvores tocos e durante a
por rachadura inclinadas e com operação
sapopemas
Manuseio por Verificar
pessoal credenciado armazenamento
Acidentes - não reaproveitar de produtos
P, M,
com produtos 2 recipientes químicos, destino
A
químicos de embalagem e
Não reaproveitar uso de EPI durante
recipientes manuseio
52
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
53
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
55
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
Inten-
Riscos Gerais Tipo Medidas preventivas Verificadores
sidade
Planejamento de arraste e arraste de toras
Avaliar riscos e - N° de
Acidentes paralisar a operação se ocorrências
diversos necessário de acidentes
devido a clima e situações de
desfavorável P, M 2 risco
(vendavais, Treinar funcionários em - % dos
chuva, lama, 1os socorros trabalhadores
etc.) da exploração
treinados
Acidentes Planejar intervalos
causados pela de segurança entre
operação e sinalização - Programação 57
sobreposição de
de equipes e
operações (corte, P, M 3 Definir limite de operações sem
planejamento de segurança (temporal, sobreposição
arraste, arraste, espacial) entre
etc.) operações
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
Inten-
Riscos Gerais Tipo Medidas preventivas Verificadores
sidade
Acidentes Orientação prévia dos
naturais do trabalhadores acerca
- % dos funcio-
trabalho na dos riscos da operação
nários usando
floresta, entre os na floresta
EPIs na floresta
quais:
- Relato de
- Animais
PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS EM SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NO MANEJO FLORESTAL
P, M 3 terceiros sobre
peçonhentos
o comporta-
- Obstáculos
Uso de EPIs mento dos
(tocos, galhos,
trabalhadores
cipós)
na floresta
- Queda de
frutos
Cortar cipós fazendo
movimentos em sentido - Evolução
contrário ao do corpo do n° de
Cuidados especiais ao acidentes com
Manuseio de amolar ferramentas ferramentas
ferramentas cortantes cortantes
cortantes P, M 3
(facões, foices e Uso de bainhas nos - Observar a
outros) facões conduta dos
Em trabalhos em funcionários
grupos, definir uma durante as
distância segura entre os atividades
trabalhadores
Perfuração por Corte da vegetação deve - Altura dos
P, M 3
tocos ser feito a 1 m de altura tocos
Arraste de toras
Máquinas equipadas - Evolução
com extintores dentro do n° de
dos prazos de validade ocorrências
58 de fogo em
máquinas
Acidentes
devido a P, M, Manutenção diária,
2 - Condições
incêndios em A semanal e periódica, gerais de
máquinas evitando o acúmulo de operação das
combustível durante máquinas,
operação incluindo
acessórios de
segurança
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
Inten-
Riscos Gerais Tipo Medidas preventivas Verificadores
sidade
Máquinas equipadas
com sirenes de ré e
buzinas, utilizadas
quando a máquina se
aproximas do pátio
Inten-
Riscos Gerais Tipo Medidas preventivas Verificadores
sidade
Inspeção periódica no - Condições
“Chicoteio” cabo principal e estropo gerais do
causado por (rupturas) estado do cabo
rompimento de P 2 - Conscinência
cabo durante o Não utilizar cabo de aço da equipe
PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS EM SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NO MANEJO FLORESTAL
Inten-
Riscos Gerais Tipo Medidas preventivas Verificadores
sidade
Operações de pátio (mensuração, catalogação e empilhamento de toras)
Acidentes Avaliar riscos e
diversos paralisar a operação - N° de ocorrências
devido se necessário de acidentes e
PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS EM SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NO MANEJO FLORESTAL
Inten-
Riscos Gerais Tipo Medidas preventivas Verificadores
sidade
- Sinal sonoro
Não deixar pontas durante a manobra
de toras invadirem a e na chegada de
estrada secundária máquinas ao pátio
63
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
Inten-
Riscos Gerais Tipo Medidas preventivas Verificadores
sidade
Traçamento de toras no pátio
PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS EM SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NO MANEJO FLORESTAL
- Sinal sonoro
durante a manobra
e na chegada de
máquinas ao pátio
Desmoro- - Treinamento e
- Evolução do n°
namento de orientação da equipe
de acidentes com
toras, atro- para a execução da
veículos e máquinas
pelamentos P, M 2 atividade
- Relato de terceiros
na operação, - Manutenção
sobre a operação de
acidentes com periódica de
arraste
motosserra motosserras
- Avaliação de
procedimento da
equipe durante a
operação
66
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
Riscos Inten-
Tipo Medidas preventivas Verificadores
Gerais sidade
Treinamento (curso - Estabelecimento de
de direção defensiva) sistema de controle
e reciclagem de motoristas
(carteiras, certificados,
estatísticas de
Tombamen- Cargas devem estar ocorridos e acidentes,
M 3
PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS EM SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NO MANEJO FLORESTAL
Riscos Inten-
Tipo Medidas preventivas Verificadores
Gerais sidade
Queda de - Verificação da
Corte de árvores de
árvores das P, M, presença de árvores
3 risco da lateral da
laterais das A de risco ao longo da
estrada
estradas estrada
)ORUH[SO
WUDWDGD 69
)ORUH[SO
VWUDWDPHQWR
)ORUHVWD
YLUJHP
)RQWH6LOYD-10
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
Inten- Medidas
Riscos Gerais Tipo Verificadores
sidade preventivas
Acidentes por
Treinar
imperícia na
funcionários
execução de P, M,
3 antes de
PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS EM SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NO MANEJO FLORESTAL
atividades A - N° de ocorrências
exercerem a
e no uso de de acidentes e
função
equipamentos situações de risco
Avaliar riscos
Acidentes e paralisar a - % dos
diversos devido a operação se trabalhadores da
clima desfavorável P, M 2 necessário exploração treinados
(vendavais, chuva, Treinar
lama, etc.) funcionários em
1os socorros
Permitir o - Verificar
Acidentes com manuseio apenas armazenamento
produtos químicos por pessoal de produtos
P, M, especializado /
utilizados nos 2 químicos, destino
A treinado
tratamentos das embalagens e
silviculturais Não reaproveitar uso de EPIs durante
recipientes manuseio
Acidentes naturais Orientação
do trabalho na prévia dos - % dos funcionários
floresta, entre os trabalhadores usando EPIs na
quais: acerca dos riscos floresta
- Animais da operação na - Relato de
P, M 3
peçonhentos floresta terceiros sobre o
- Obstáculos comportamento dos
(tocos, galhos, trabalhadores na
72 cipós) Uso de EPIs floresta
- Queda de frutos
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
Inten- Medidas
Riscos Gerais Tipo Verificadores
sidade preventivas
Cortar cipós
fazendo
movimentos em
sentido contrário
ao do corpo - Evolução do
Cuidados
10
Algumas diretrizes gerais para o acampamento e locação de sanitários e ba-
nheiros são regulamentadas pela NR 31, e podem ser vista genericamente na
seção deste Manual “O arcabouço legal: normas e regulamentos atuais”, p. 22.
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
Os dormitórios;
A cozinha;
Os banheiros e duchas;
O destino dos dejetos e resíduos;
A captação de água;
O armazenamento de combustíveis e produtos inflamáveis;
PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS EM SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NO MANEJO FLORESTAL
Inten-
Riscos Gerais Tipo Medidas preventivas Verificadores
sidade
Armazenar em local
ventilado e coberto e
em local sinalizado - Observar
Incêndios, Presença de extintores presença de
contra eventuais extintores
intoxicações
e explosões P, M, incêndios
3 - Observar
provocados A Fazer tubulações de manipulação, uso
por gás de gás com o menor e armazenamento
cozinha comprimento possível de gás
Manter os vasilhames
de gás cheios
separados dos vazios
Evitar redes
estabelecidas com
improvisação, como
Acidentes fios desencapados e - Capacitação de 75
provocados ligações irregulares. pessoal envolvido
P, M, 2
pela rede Observar na manutenção do
elétrica compatibilidade de acampamento
tensão e amperagem
de equipamentos e
ferramentas
MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
Inten-
Riscos Gerais Tipo Medidas preventivas Verificadores
sidade
Riscos
Análise da água
biológicos - Verificação
disponível. Se
(fungos e P, M, periódica da
1 necessário, construção
bactérias) na A qualidade da água
de poço artesiano e
captação de captada
tratamento de água
PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS EM SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NO MANEJO FLORESTAL
água
Riscos
químicos
Construir barragens - Verificar
e demais
P, M, de contenção condições de
acidentes 3
A de resíduos de armazenamento
decorridos do
combustíveis de combustíveis
depósito de
combustíveis
Garantir boa
ventilação do
Riscos físicos e ambulatório e não - Verificar
biológicos no permitir a utilização condições de
P 1
ambulatório/ de medicamentos funcionamento do
enfermaria e equipamentos ambulatório
por pessoal não-
capacitado
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Anexos
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MANUAL TÉCNICO 1 - IFT
Controle
Assuntos abordados:
• ( x ) Riscos eminentes na execução da atividade;
• ( x )Medidas preventivas relacionados aos animais peçonhentos (cobras, escorpião, aranhas e
outros);
• ( x )Medidas preventivas durante o arraste da tora até ao pátio de estocagem ;
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• ( x )Ter o máximo de cuidados com galhos pendurados;
• ( x )Manter uma distancia segura enquanto a maquina estiver em movimento;
• ( x )Respeitar as recomendações de sinais e sinalizações durante a execução operacional;
• ( x )Cuidados com ferramentas e equipamentos e ( ) Uso de EPIs.
• ( )Temas variados( tabagismo, DST e etc.)
Temas/variados:_________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
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Assinatura do gerente operacional: _________________________________________________________
Financiadores Doadores In-Kind