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Material

Complementar

Conceitos Básicos de Fisiologia


Livro base: Nutrição – Conceitos e
Controvérsias. 8ed, 2003.

2019
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Material Complementar
CURSO DE NUTRIÇÃO BÁSICA MÓDULO I

Genes: Unidades da herança de uma célula, feitas de substância DNA (ácido


desoxirribonucleico). Cada gene dirige a fabricação de uma proteína para
executar o trabalho no organismo.

Células: As menores unidades nas quais pode existir vida independente.


Todas as coisas vivas são células isoladas ou organismos constituídos de
células.

AS CELULAS DO ORGANISMO

Cada célula é uma entidade vida autônoma. Suas necessidades mais básicas
são a energia e o oxigênio. Também devem ter água para manter o meio
ambiente em que vivem.

Células da pele e glóbulos vermelhos precisam ser substituídas entre 10 e 120


dias. Células que revestem o trato digestório substituem-se a cada 3 dias. Em
condições normais, células musculares reproduzem-se apenas uma vez em
anos. Células do fígado reproduzem-se rapidamente sempre que necessário.
Certas células cerebrais não se reproduzem.

Nutrientes afetam as atividades dos genes dentro das células. Vitaminas


entram no núcleo celular e ajudam organizar a fabricação de proteínas.

 As células orgânicas necessitam de energia, oxigênio e nutrientes,


incluindo água para permanecer sadias e realizar seu trabalho. Os
genes dirigem a fabricação do mecanismo de cada célula, inclusive as
enzimas. As células são agrupadas para formar tecidos e órgãos; os
órgãos trabalham juntos nos sistemas orgânicos.

Enzima: Proteína que promove uma reação química.

Células Adiposas (gordurosas): Células que se especializam no


armazenamento de gordura e que formam o tecido adiposo.

Tecidos: Sistemas de células que trabalham juntas para realizar tarefas


específicas. Exemplos: músculos, nervos, sangue e ossos.

Órgãos: Unidades estruturais individualizadas, feitas de tecidos que realizam


trabalhos específicos. Exemplos: coração, fígado.

Sistema Orgânico: Um grupo de órgãos relacionados que operam em


conjunto para executar uma função. Exemplo: sistema circulatório, respiratório.

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Sangue: O líquido do sistema cardiovascular, composto de água, glóbulos


vermelhos (eritrócitos) e brancos (leucócitos) do sangue, outras partículas
formadas, nutrientes, oxigênio e ainda outros constituintes.

Linfa: O líquido que se move da corrente sanguínea para dentro dos espaços
teciduais e, em seguida, circula nos seus próprios vasos, os quais finalmente o
drenam de volta para a corrente sanguínea.

Artérias: Vasos sanguíneos que carregam sangue contendo suprimento de


oxigênio fresco, do coração para os tecidos.

Veias: Vasos sanguíneos que transportam sangue, com o dióxido de carbono


que ele coletou dos tecidos para o coração.

Capilares: Diminutos vasos sanguíneos semelhantes a uma rede, que


conectam as artérias às veias e permitem a transferência de materiais entre o
sangue e os tecidos.

Plasma: A parte líquida sem células do sangue e da linfa.

Líquido Extracelular: Líquido que reside fora das células.

Pulmões: Os órgãos que efetuam as trocas gasosas do corpo. O sangue,


circulando através dos pulmões, libera o dióxido de carbono e capta o oxigênio
fresco que será transportado para os tecidos.

OS LIQUIDOS DO ORGANISMO E O SISTEMA CARDIOVASCULAR

Os líquidos alimentam os tecidos com energia, oxigênio e nutrientes, inclusive


água. Os principais líquidos orgânicos são o sangue e a linfa. O sangue viaja
dentro das artérias, veias e capilares, bem como no interior das câmaras
cardíacas. A linfa viaja em seus próprios vasos.

O líquido que circunda as células (extracelular) é derivado do sangue dos


capilares e é eliminado através das paredes capilares, permitindo a troca de
materiais.

Sangue captura oxigênio nos pulmões e lhes entrega dióxido de carbono,


depois retorna ao coração.

Ao passar pelo sistema digestório, sangue entrega oxigênio às células e


captura a maioria dos nutrientes, outros que não as gorduras do intestino, para
distribuição em outros locais. Vasos linfáticos capturam a maior parte das
gorduras do intestino, transportando-a para o sangue. Todo sangue que deixa
o sistema digestório é encaminhado para o fígado, que altera quimicamente os
materiais absorvidos, para torná-los adequados ao uso pelos outros tecidos. Ao
passar pelos rins, o sangue é purificado de resíduos.

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- Do coração aos tecidos, dos tecidos ao coração, do coração aos pulmões e


de volta ao coração.

- Do coração aos intestinos, dos intestinos ao fígado e do fígado ao coração.

Aptidão cardiovascular exige atenção ao mesmo tempo à nutrição e atividade


física. Os glóbulos vermelhos (eritrócitos) transportam oxigênio a todas as
outras células, capacitando-as a usar combustíveis para energia. Glóbulos
vermelhos nascem, vivem e morrem em um período de 4 meses, sendo
repostos frequentemente.

O sangue serve como um indicador de distúrbios causados por deficiências


dietéticas ou desequilíbrios de vitaminas ou minerais.

 O sangue e a linda distribuem nutrientes a todas a células do corpo e


transportam materiais residuais para longe delas. O sangue também
fornece oxigênio às células. O sistema cardiovascular assegura que
esses líquidos circulem adequadamente entre todos os órgãos.

Intestino: Longo órgão tubular do corpo que realiza digestão e, onde ocorre a
absorção de nutrientes.

Fígado: Um grande órgão lobulado, que está situado logo embaixo das
costelas. Ele filtra o sangue, remove e processa nutrientes; fabrica materiais a
fim de exportá-los para outras partes do corpo, e destrói toxinas ou armazena
para mantê-las fora de circulação.

Rins: Um par de órgãos que filtram resíduos do sangue fabrica urina e a


liberam para a bexiga, que a excreta para fora do corpo.

Hormônios: Substâncias secretadas por glândulas para o sangue, em


resposta a condições orgânicas que necessitam de regulação. Essas
substâncias servem como mensageiros, atuando em outros órgãos para
manter as condições constantes.

Pâncreas: Órgão com duas funções principais. Uma delas é endócrina – a


fabricação de hormônios, como a insulina, que ele libera diretamente no
sangue. A outra função é exócrina – fabricação de enzimas digestivas que ele
libera por meio de um canal para o intestino delgado para auxiliar a digestão.

Insulina: Um hormônio do pâncreas que auxilia a glicose a entrar nas células a


partir do sangue.

OS SISTEMAS HORMONAL E NERVOSO

Os hormônios são mensageiros químicos de um sistema de células a outros.


Comunicam condições alteradas que exigem respostas dos órgãos do corpo.

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São secretados e liberados por órgãos conhecidos como glândulas. Glândulas


e hormônios são abundantes no corpo. Cada glândulas monitora uma condição
e produz um ou mais hormônios que a regulam.

O pâncreas detecta alta concentração de açúcar no sangue, a glicose e libera


insulina, que estimula células musculares e outras células a remover glicose do
sangue e armazená-la. Quando glicose cai, o pâncreas secreta glucagon,
liberando para o sangue um pouco da glicose armazenada antes.

Jejum, alimentação e exercício físico alteram os equilíbrios hormonais.


Pessoas que ingerem dietas ricas em gorduras têm concentrações de
hormônios que as tornam suscetíveis a certos tipos de câncer.

Regulam a fome e afetam apetite. Informam os órgãos digestivos sobre que


tipos de alimentos foram consumidos e quanto de cada suco digestivo deverá
ser secretado em resposta.

Regulam a reação do corpo ao estresse, suprimindo a fome, digestão e


absorção de nutrientes.

 As glândulas secretam hormônios que atuam como mensageiros para


ajudar na regulação dos sistemas do organismo.

Glucagon: Um hormônio do pâncreas que estimula o fígado a liberar glicose


para a corrente sanguínea.

Córtex: A camada mais externa de alguma coisa. O córtex cerebral é a parte


do cérebro em que está localizado o pensamento consciente.

Hipotálamo: Uma parte do cérebro que sente uma variedade de condições do


sangue, como temperatura, conteúdo de glicose, conteúdo de sal e outros. Ele
sinaliza essas condições para outras partes do cérebro ou do corpo, para que
se ajustem a essas variações quando necessário.

Reação de luta ou fuga: A reação instintiva do corpo ao medo, mediada por


hormônios e nervos. Também conhecido como reação ao estresse.

Neurotransmissores: Substâncias liberadas nas extremidades de uma célula


nervosa em resposta a um impulso nervoso; eles se difundem através do
espaço até a célula seguinte e alteram a membrana dessa segunda célula para
inibi-la ou excitá-la.

Epinefrina: O principal hormônio que induz a resposta ao estresse.

Norepinefrina: Um composto relacionado à epinefrina que ajuda a induzir a


resposta ao estresse.

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Metabolismo: Soma de todas as alterações físicas e químicas que ocorrem


nas células vivas, incluindo as reações pelas quais o corpo obtém e gasta
energia do alimento.

Outro sistema de comunicação é o sistema nervoso. O cérebro e a medula


espinhal são controladores centrais.

Regulação da fome, sensação de fome e apetite são percebidas pelo córtex


cerebral, camada externa pensante. O hipotálamo monitora condições do corpo
como disponibilidade de nutrientes e água. Para sinalizar fome, sistema
digestório envia mensagens ao hipotálamo por meio de hormônios e nervos.
Os sinais estimulam estômago a intensificar contrações e secreções, causando
dor de fome. A mente consciente do córtex é capaz de se sobrepor a esses
sinais, possibilitando a escolha de comer ou retardar refeição, apesar da fome.

Reação de luta ou fuga – sobrevivência. Quando detecta perigo, nervos


disparam epinefrina e norepinefrina. Metabolismo acelera. Pupilas dos olhos
dilatam-se (consegue ver melhor), músculos tencionam-se (conseguir se
movimentar), respiração acelera-se (fornecer oxigênio), coração leva oxigênio
aos músculos e a pressão arterial eleva-se para distribuir eficientemente o
combustível aos músculos necessitados de energia. Fígado libera glicose de
suas reservas e as células adiposas, gordura. O sistema digestório fecha-se
para o que o sistemas do corpo sirvam aos músculo e nervos.

Antigamente estresse envolvia perigo físico. No mundo moderno mudou, mas a


reação continua a mesma.

Exercício diário ajuda liberar estresse acumulado e combate aterosclerose.

 O sistema nervoso junta-se ao sistema hormonal para regular os


sistemas do corpo por meio da comunicação entre todos os órgãos.
Conjuntamente, os sistemas hormonal e nervoso respondem a
necessidade de alimento, controlam o ato de alimentar-se, regulam a
digestão e convocam resposta ao estresse.

O SISTEMA IMUNOLÓGICO

- Algumas cavidades do corpo são revestidas com membranas que resistem à


penetração de micróbios. Deficiências de vitaminas e outros nutrientes
danificam facilmente esses revestimentos.

Uma em cada 100 células é um glóbulo branco do sangue (LEUCÓCITO).

Micróbios: Bactérias, vírus ou outros organismos invisíveis a olho nu, alguns


dos quais causam doenças. Também chamados microrganismos.

Antígeno: Micróbio ou uma substância estranha ao corpo.

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Sistema Imunológico: Sistema de tecidos e órgãos que defende o corpo


contra antígenos, materiais estranhos que penetraram na pele ou
revestimentos do corpo.

Linfócitos: Leucócitos que são capazes de ingerir e destruir antígenos. O


processo pelo qual os fagócitos engolem materiais é chamado fagocitose.

Células-T: Linfócitos que atacam antígenos. O T se relaciona à glândula timo,


localizada no pescoço, onde celulas-t são armazenadas e amadurecidas.

Células-B: Linfócitos que produzem anticorpos. O B representa a cavidade


Bursa, um órgão na galinha onde foram identificadas as células B pela primeira
vez.

Anticorpos: Proteínas, fabricas por células do sistema imunológico, que são


expressamente programadas para combinar-se e inativar antígenos
específicos.

Fagócitos também deixam um rastro químico que auxilia outras células


imunológicas a se defenderem contra infecções.

Células-T reconhecem as mensagens dos fagócitos. Defendem o organismo


contra fungos, vírus, parasitas, algumas bactérias e algumas células
cancerosas. São obstáculos para transplante de órgão, sendo necessário uso
de droga imunossupressoras após cirurgia pois atacam o novo corpo estranho.
O vírus da AIDS (HIV) ataca e destrói seletivamente as células-T.

Células-B produzem anticorpos.

 O sistema imunológico habilita o corpo a resistir a doenças.

SISTEMA DIGESTÓRIO

Papilas gustativas detectam sabores químicos básicos (doce, azedo, amargo e


salgado além do quinto paladar gosto de glutamato monossódico do savory ou
umâmi).

Apreciação instintiva do açúcar, gordura e sal pode levar ao consumo


excessivo e drástico dessas substâncias. O açúcar tornou-se disponível em
forma pura apenas nos últimos 100 anos.

 A preferência pelos sabores doce, salgado, gorduroso parece ser inata e


pode levar ao consumo excessivo dos alimentos que os oferecem.

Sistema Digestório: O sistema orgânico composto de órgãos que quebram


partículas alimentares complexas em porções menores absorvíveis. Trato
digestório e canal alimentar são os nomes dos órgãos tubulares que se

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estendem da boca ao ânus. O sistema inteiro, incluindo o pâncreas, o fígado e


a vesícula biliar é chamado, as vezes, sistema gastrintestinal ou GI.

Digerir: Fragmentar moléculas em partículas menores; a função principal do


trato digestório em relação ao alimento.

Absorver: Captar, à medida que os nutrientes são capturados pelas células


intestinais após a digestão; a principal função do trato digestório no que se
refere aos nutrientes.

TRATO DIGESTÓRIO

Cérebro e os hormônios orientam órgãos do sistema digestório para digerir e


absorver.

Órgãos acessórios que auxiliam a digestão:

Glândula Salivar – oferece enzima que digere amido. Traços de enzima que
digere gordura .

Fígado – fabrica a bile, substância adstringente que facilita digestão de gordura

Vesícula biliar – armazena a bile até ser necessária

Ducto Biliar – conduz a bile até o intestino delgado

Pâncreas – fabrica enzimas para digerir nutrientes que produzem energia.


Libera bicarbonato para neutralizar ácido do estômago que entra no intestino
delgado.

Canal Pancreático – conduz o suco pancreático para intestino delgado

Órgãos do trato digestório que contêm o alimento:

Boca – mastiga e mistura o alimento com saliva

Esôfago – passa o alimento ao estômago

Estômago – adiciona ácido, enzina e líquido. Agita, mistura e tritura o alimento


até uma consistência liquida.

Intestino Delgado – secreta enzimas que digerem carboidrato, gordura e


proteína. As células que revestem o intestino absorvem nutrientes para o
sangue e linfa.

Intestino Grosso – reabsorve água e minerais. Passa resíduos (fibra, bactérias,


quais nutrientes não absorvidos) e alguma água para o reto

Reto – armazena resíduos antes da eliminação

Ânus – mantém o reto fechado. Abre-se para permitir eliminação

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 O trato digestório é um tubo muscular flexível que digere o alimento e


absorve seus nutrientes e alguns não-nutrientes

O ASPECTO MECÂNICO DA DIGESTÃO

Digestão começa na boca, onde pedaços grandes são rasgados em tiras.


Mastigação acrescenta água na forma de saliva, para amolecer alimentos
grosseiros ou afiados, a fim de impedir que lacerem o esôfago, facilitando a
passagem pelo mesmo.

Nutrientes aprisionados dentro de cascas indigeríveis, como sementes,


precisam ser liberados dessas cascas para que possam ser digeridos. A
mastigação rompe e abre os grãos de milho, por exemplo, que de outro modo
atravessariam o trato e não seriam digeridos. Uma atitude relaxa para fins de
digestão, ajuda mais que uma mastigação de tempo prolongado.

Órgãos assumem tarefa de liquefazer os alimentos. É realizado a peristalse. O


estômago retém o alimento deglutido, esmaga, transformando-o em uma pasta
fina; o estômago e intestino também acionam água. A pasta torna-se mais
fluida à medida que se move.

Músculo esfincteriano espreme a abertura da entrada do estômago para


impedir que o conteúdo retorne ao esôfago. A massa liquida agora é chamado
de quimo. Os amidos foram decompostos parcialmente, as proteínas foram
desenroladas e recortadas e a gordura separada da massa.

A válvula pilórica vai liberando aos poucos o conteúdo do estômago para o


intestino delgado, controlando a saída do quimo. O intestino delgado contrai-se
ritmicamente. Quando o conteúdo chega ao intestino grosso (cólon) a digestão
e absorção estão quase concluídas. A tarefa do cólon é reabsorver a água
doada anteriormente pelos órgãos digestivos e absorver minerais, deixando
uma pasta de fibra e outros materiais não digeridos, as fezes, que serão
eliminadas. A fibra fornece volume para que os músculos do cólon possam
atuar.

Da boca ao reto, o trânsito de uma refeição é realizado em um tempo tão curto


quanto um dia ou tão longo quanto três dias.

O corpo exige que nutrientes sejam repostos a intervalos de poucas horas. A


digestão é praticamente contínua sendo limitada apenas durante o sono e
exercício. Digestão pode inibir o trabalho físico.

Peristalse: A compressão muscular, semelhante a ondas do esôfago,


estômago e intestino delgado, que empurra o seu conteúdo adiante.

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Estômago: Órgão muscular do trato digestório, elástico, semelhante a uma


bolsa, tritura e mistura o alimento deglutido com ácido e enzimas, formando
quimo.

Esfíncter: Músculo circular que circunda e é capaz de fechar uma abertura do


corpo.

Quimo: O líquido que resulta das ações do estômago sobre uma refeição.

Intestino Delgado: Intestino de pequeno diâmetro, com 6 metros de extensão,


abaixo do estômago e acima do intestino grosso, que é o principal local de
digestão do alimento e absorção de nutrientes.

Válvula Pilórica: O músculo circular do estômago inferior que regula o fluxo de


alimento parcialmente digerido pelo intestino delgado. (esfíncter pilórico)

Intestino Grosso: Porção do intestino que completa o processo de absorção


(cólon).

Fezes: Material que resta da digestão e absorção completas; é excretado pelo


corpo.

 O trato digestório desloca o alimento pelas suas várias câmaras de


processamento utilizando meios mecânicos. As ações mecânicas
incluem a mastigação, a mistura pelo estômago, a adição de líquido e a
movimentação do conteúdo do trato pela peristalse. Depois da digestão
e da absorção, o material de eliminação é excretado.

ASPECTOS QUÍMICOS DA DIGESTÃO

Órgãos digestivos liberam sucos: glândulas salivares, estômago, pâncreas,


fígado e intestino delgado.

Uma enzima na saliva quebra o amido e outra inicia pequena digestão da


gordura (especialmente do leite). A saliva ajuda manter saúde dos dentes
neutralizando os ácidos e tirando partículas de alimento.

A digestão da proteína inicia no estômago. Células do estômago secretam suco


gástrico, uma mistura de água, enzimas e ácido clorídrico. Digerir proteína é a
principal função do estômago. Células secretam uma substância espessa,
viscosa, o muco, que recobre e protege as estruturas do trato digestório.

No intestino delgado ocorre digestão e absorção (termina o que a boca e


estômago começaram). A medida que o conteúdo chega ao intestino delgado,
mensageiros hormonais sinalizam a vesícula biliar para que se contraia e lance
o emulsificador, a bile, para o intestino. Outros hormônios avisam o pâncreas
para liberar suco pancreático, que contém o composto bicarbonato em
quantidades ajustadas para neutralizar o ácido do estômago que atingiu o

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intestino. Pedaços cada vez menores são liberados nos líquidos intestinais,
suficientemente pequenos para células absorverem e utilizarem. Digestão de
carboidrato, gordura e proteína estão completos ao entrar no cólon. Água, fibra
e alguns minerais, no entanto, permanecem no trato.

Suco Gástrico: Secreção digestiva do estômago.

pH: Medida da acidez em uma escala pontual. Uma solução com pH 1 é um


ácido forte, solução com pH 7 é neutra e solução com pH 14 é uma base forte.

Muco: Uma cobertura escorregadia do revestimento do trato digestório (e


outros revestimentos do corpo) que protege as células da exposição aos sucos
digestivos (e outros agentes destrutivos). A forma adjetiva é mucoso/mucosa.
O revestimento do trato digestório é uma membrana mucosa.

Emulsificador: Um composto com uma parte solúvel em água (hidrossolúvel)


e outra em gordura (lipossolúvel) que é capaz de atrair gorduras e óleos para
dentro da água e formar uma emulsão.

Bile: Um composto elaborado pelo fígado, armazenado na vesícula biliar e


liberado para o intestino delgado quando necessário. Ela emulsifica gordura e
óleo, preparando-os para digestão enzimática.

Suco Pancreático: Líquido secretado pelo pâncreas que contém enzimas para
digestão de carboidrato, gordura e proteína, bem como bicarbonato de sódio,
agente neutralizador.

Bicarbonato: Uma substância alcalina comum, uma secreção do pâncreas,


também é o ingrediente ativo do bicarbonato de sódio.

 A digestão química começa na boca, onde o alimento é misturado com


uma enzima da saliva que atua sobre os carboidratos. A digestão tem
continuação no estômago, onde enzimas e o ácido do estômago
decompõem a proteína. A digestão tem continuação no intestino
delgado; o fígado e a vesícula biliar contribuem com a bile, que
emulsifica a gordura e o pâncreas e o intestino delgado doam enzimas
que continuam a digestão, de tal modo que a absorção possa ocorrer.

Cientistas que estudam digestão sugerem que o trato analisa conteúdo de


nutrientes da dieta e distribui suco e enzimas apropriados para digerir esses
nutrientes. O pâncreas é especialmente sensível a esse respeito.

 O sistema digestório saudável é capaz de ajustar-se a quase qualquer


dieta e pode manejar qualquer combinação de alimentos com facilidade.

ABSORÇÃO E TRANSPORTE DE NUTRIENTES

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Vilosidades: Projeções das lâminas das células, semelhantes a dedos, que


revestem o trato intestinal. As vilosidades tornam a área de superfície do
intestino maior.

Microvilosidades: Diminutas projeções, semelhantes a pelos, em cada


célula de cada vilosidade, são capazes de aprisionar partículas de
nutrientes e transportá-las para as células.

Células absorvem nutrientes da mistura do intestino e depositam no sangue


e linfa. Células são seletivas, reconhecem alguns dos nutrientes que podem
estar em falta no corpo. Exemplo cálcio: quanto menos cálcio houver no
corpo, mais cálcio as células intestinais absorvem.

As células de revestimento do trato intestinal são dispostas em lâminas.


Cada vilosidade possui sua própria rede capilar e um vaso linfático.

Depois que nutrientes passam através das vilosidades, o sangue e a linfa


assumem o trabalho de transportar os nutrientes aos seus consumidores
finais, as células orgânicas. Vasos linfáticos transportam maior parte dos
produtos de gorduras e vitaminas, e vasos sanguíneos transportam os
produtos de carboidratos, proteínas e maioria das vitaminas e minerais.

Milhões de células especializadas do sistema digestório são sensíveis a um


suprimento insuficiente de energia, nutrientes ou fibra dietética. Casos de
desnutrição grave de energia e nutrientes, a superfície absortiva do intestino
delgado retrai-se. Impedindo de absorver os poucos nutrientes. Por falta de
fibra, músculos do trato se enfraquecem.

 O sistema digestório alimenta o resto do corpo e é sensível à


desnutrição. As dobras e vilosidades do intestino delgado aumentam sua
área de superfície para facilitar a absorção de nutrientes, por meio das
incontáveis células, para o sangue e a linfa. Esses sistemas de
transporte, em seguida, distribuem os nutrientes a todas as células do
corpo.

CARTA DO TRATO DIGESTÓRIO

Ruídos borbulhantes e eructações (gases) – relacionados com mascar


chicletes, ingerir bebidas gasosas ou comer às pressas (engolindo ar). Soluços
são resultados de comer rápido demais.

Comer pequenas quantidades de novos alimentos, especialmente ricos em


fibras para o trato digestório ir assimilando aos poucos. Se observar gás mais
que o natural, evitar alimento.

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Azia – comer, beber em demasia gerando queimação. Suco gástrico retorna


para esôfago. Calças apertadas, reclinar-se após alimentação e gordura
corporal em excesso ajudam comprimir o estômago, fazendo ácido refluir para
esôfago. Procurar comer refeições menores, beber líquidos antes e depois da
alimentação não durante.

Chili, café, gordura, chocolate, bebida gasosa e álcool podem piorar azia.

Evitar remédios para azia (antiácidos). Aliviam temporariamente mas fazem o


estômago produzir mais ácido, e pode interferir na CAPACIDADE DE
ABSORÇÃO DE NUTRIENTES E DIGESTÃO.

Azia – pode ser sinal de doença de refluxo gastroesofágico (DRGE), úlcera,


hérnia.

Evitar comer depressa demais.

Não evacuar por muito tempo provoca dores de cabeça e sensação


desagradável. Escolher alimentos que forneçam fibra suficiente.

Diarréia – roubará água e sais minerais. Necessário repouso e beber líquidos.


Cuidado ao mudar de dieta muito rápido. Pode ser uma causa para síndrome
do cólon irritável.

Soluços: Espasmos das cordas vocais e do diafragma, causando tosses


periódicas audíveis e curtas. Podem ser causados por irritação do diafragma,
indigestão ou outras causas. De modo geral, os soluços duram alguns minutos,
mas podem causar consequências sérias se forem prolongados. Respirar
dentro de um saco de papel (inalação de dióxido de carbono) ou dissolver uma
colher de chá de açúcar na boca pode interrompê-los.

Azia: Uma sensação de queimação no tórax (na área do coração), causada


pelo refluxo de ácido do estômago para o esôfago.

Antiácidos: Medicações que reagem direta e imediatamente com o ácido do


estômago, neutralizando-o. Antiácidos são mais adequados para o tratamento
de azia ocasional.

Redutores de ácido e controladores de ácido: Drogas que reduzem a


produção de ácido no estômago. Eles são mais apropriados para tratar formas
graves e persistentes de azia, mas são inúteis para neutralizar o ácido já
presente no estômago. Anteriormente vendidos como medicamentos para
úlcera, hoje, as drogas são vendidas livremente, mas as embalagens
apresentam advertências de efeitos colaterais; alguns tipos interferem na
capacidade do estômago de destruir álcool, e assim uma maior quantidade do
álcool presente em um drinque entra na corrente sanguínea.

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Úlcera: Uma erosão na camada mais superior, e às vezes nas subjacentes,


das células que formam um revestimento. Úlceras do trato digestório formam-
se comumente no esôfago, estômago ou intestino delgado.

Hérnia: Uma protusão de um órgão ou parte de um órgão através da parede


da câmara do corpo que normalmente contém um órgão. Um exemplo é a
hérnia hiatal, na qual uma parte do estômago salienta-se para cima por meio
do diafragma para dentro da cavidade torácica, a qual contém o esôfago,
coração e pulmões.

Doença de refluxo gastroesofágico (DRGE): Um jato grave e crônico de


ácido e enzimas do estômago para o esôfago, garganta e boca ou a via aérea,
que causa inflamação e lesão nesses órgãos. Se não for tratada, a DRGE pode
aumentar o risco de câncer esofagiano; o tratamento pode exigir cirurgia ou
tratamento com medicação.

Constipação: Evacuações infrequentes, difíceis, muitas vezes causadas pela


dieta, inatividade, desidratação ou medicação.

Diarreia: Evacuações aquosas frequentes, geralmente causadas pela dieta,


estresse ou irritação do cólon. Diarreia prolongada rouba do corpo líquido e
certos minerais, causando desidratação e desequilíbrios, que podem tornar-se
perigosos e não forem tratados.

Síndrome do cólon irritável: Perturbação intermitente da função intestinal,


especialmente diarreia ou, em fases alternadas, diarreia e constipação;
associada com dieta, falta de atividade física ou estresse psicológico.

 O trato digestório tem muitas maneiras de comunicar suas


necessidades. Dando-lhe a devida atenção, você obterá uma melhor
compreensão da mecânica do trato digestório e seus sinais.

O SISTEMA EXCRETOR

Néfrons: Unidades funcionais nos rins, que consistem em vasos sanguíneos e


túbulos entrelaçados.

Bexiga: Saco que retém a urina até o momento da eliminação.

Resíduos de dióxido de carbono das células transitam no sangue para


pulmões, que é trocado por oxigênio. Outros resíduos são extraídos pelo
fígado.

Rins estão ligados ao sistema cardiovascular e filtram o sangue que passa.


Materiais residuais, dissolvidos na água, são coletados pelos néfrons.

Sódio ajuda regular a pressão arterial e sua excreção ou retenção pelos rins é
um mecanismo controlador da pressão arterial.

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Rins removem toxinas, que poderiam danificar tecidos do corpo. Tudo que
promove a saúde do rim promove a saúde do corpo inteiro. Forte sistema
cardiovascular e suprimento de água abundante são importantes para manter
sangue jorrando nos rins rapidamente. Exercício e nutrição são vitais para uma
função renal sadia.

 Os rins ajustam a composição do sangue, em resposta às necessidades


do corpo, eliminando os detritos diários e ajudando a remover toxinas.
Nutrientes, incluindo água, e exercício ajudam manter os rins sadios.

SISTEMA DE ARMAZENAMENTO

Principais locais de armazenamento são o fígado e os músculos, que


armazenam carboidrato; e as células adiposas, que armazenam gordura e
outros elementos.

Nutrientes colhidos do sistema digestório movem-se todos através de uma rede


de capilares que se trançam entre as células do fígado.

Fígado armazena glicogênio e gordura. A fim de satisfazer as necessidades


continuadas de glicose do organismo e sustentar atividades celulares quando
intervalos entre as refeições tornam-se longos. Caso nenhum alimento seja
disponibilizado, o suprimento de glicogênio do fígado diminui; ele pode ser
efetivamente esgotado em pouco tempo (3 a 6 horas). Células musculares
fabricam e armazenam seu glicogênio para seu próprio uso.

Fígado também libera gordura em pacotes para serem captadas pela células.
Diversamente do fígado, o tecido adiposo tem capacidade virtualmente infinita
de armazenamento. Células do fígado (hepáticas) e adiposas (gordura)
armazenam muitas vitaminas e ossos provêem reservas de cálcio, sódio e
outros minerais.

Certas vitaminas são armazenadas sem limites enquanto outros nutrientes


apenas em pequenas quantidades. Gordura é armazenada abundantemente.
Carboidrato é necessário de ser repostos em intervalos durante todo o dia.

 As reservas orgânicas de energia são de dois tipos principais: a gordura


nas células adiposas (em quantidades grandes) e glicogênio nas células
do músculo e fígado (em menores quantidades). Outros tecidos
armazenam diferentes nutrientes.

- Cálcio é particularmente importante para os ossos; o ferro para os músculos;


a glicose para o cérebro. Mas todos os sistemas precisam de todos os
nutrientes e cada sistema é prejudicado por sub ou supersuprimento deles.

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* Para obter uma função mais favorável, os sistemas orgânicos necessitam de


nutrientes de fora. Estes têm de ser supridos por meio das escolhas
conscientes dos alimentos.

CONTROVÉRSIA: DEVERÍAMOS COMER OS ALIMENTOS “NATURAIS” DAS


DIETAS ANTIGAS?

- Simplesmente nos alimentar do mesmo modo que nossos antepassados –


eles eram sadios. Temos um corpo antigo em um mundo moderno

- Alimentos processados em países desenvolvidos são mais ricos em gordura,


sal, açúcar, vitaminas e minerais do que os alimentos silvestres consumidos
pelos ancestrais.

- Vida atual = menos atividade física, poluição do ar e da água. Nossa


alimentação excessiva e grande armazenamento de gordura muitas vezes
produzem condições que encurtam a vida. Ex: diabetes, tipos de câncer, artrite.

- Linhas de defesa do corpo: paladar (alimentos que tem certos gostos são
rejeitados), rejeição do estômago (vômito ou diarreias), sistema de filtração do
fígado.

- Álcool – genes presente no fígado codifica uma enzima que converte álcool
em substâncias que o corpo pode usar ou excretar. Enquanto

- Povos antigos consumiam cerca de 3000 calorias diárias e nunca foram


obesos. Embora não tomassem leite e consumissem queijo, ingestão de cálcio
era 1500 mg. Ingestão de Vitamina C de 400mg diários e 45 gramas de fibras.
Valores acimas dos nossos atuais.

- Dietas a base de carne, frutas e vegetais. Proteína de 3 a 5 vezes maior o


consumo que o nosso. Alto consumo de ômega-3. Não consumiam grãos de
cereais. Tinham baixas ingestões de sódio e gordura. Ingestões de colesterol
parecidas com as atuais. Porém muitos morriam por deficiências de vitaminas e
doenças transmitidas pelo alimento.

- Tribo indígena pima ao mudar sua dieta para a moderna atual = alta taixa de
diabetes. Índios sious que raramente sofriam de doenças cardíacas agora tem
altas taxas de doenças cardíacas e arteriais.

- Ponto comum é que todas as dietas, mesmo as que sustentaram os seres


humanos por longos períodos, têm deficiências. Cientistas estão descobrindo
que quando os índios norte americanos consumiam suas dietas de alimentos

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naturais ricas em fibras e pobres em gordura, seus corações e corpos


beneficiavam-se.

Nossos alimentos são diferentes. Nossas carnes diferem em quantidades e


tipos de gordura que contém. Nossas frutas e vegetais são totalmente
diferentes. Ambientes com vastos espaços, sem cidades, não existem mais.

Importância de fazer mais exercícios e de comer alimentos saudáveis, que


sustentarão nossa saúde tão bem ou ainda melhor.

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