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São Gonçalo
2014
Lorena Abreu Asevedo
São Gonçalo
2014
CATALOGAÇÃO NA FONTE
UERJ/REDE SIRIUS/BIBLIOTECA CEH/D
CDU 551.243.6
_________________________________ ____________________________
Assinatura Data
Lorena Abreu Asevedo
________________________________________________________
Prof. Dr. Luiz Carlos Bertolino (Orientador)
Faculdade de Formação de Professores – UERJ
________________________________________________________
Prof. Dr. José Duarte Correa (Coorientador)
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
________________________________________________________
Prof. Dr. Reiner Olíbano Rosas
Universidade Federal Fluminense
________________________________________________________
Prof. Dr. Otávio Miguez da Rocha-Leão
Faculdade de Formação de Professores – UERJ
São Gonçalo
2014
DEDICATÓRIA
INTRODUÇÃO ........................................................................................ 19
4 METODOLOGIA...................................................................................... 61
4.1 Petrografia.............................................................................................. 61
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES............................................................ 65
INTRODUÇÃO
lugares eles podem possuir diferentes fatores que impulsionam a sua ocorrência em
função das particularidades de cada sistema. Essa afirmação pode ser aplicada aos
movimentos de massa. Para uma melhor compreensão das causas de um dado
evento, a estrutura da paisagem deve ser investigada para assim conhecer melhor a
sua essência. Uma análise estrutural permite conhecer a combinação de elementos
que forma um sistema e a sua organização (RODRIGUEZ, 2010). A estrutura da
paisagem reflete a organização sistêmica de seus elementos funcionais e as
regulações que determinam a sua essência, sua morfologia e sua integridade. Ainda
segundo Rodriguez (2010), a estrutura é um elemento relativamente estável e
inerente à sua organização como sistema.
A formação da paisagem engloba muitos outros fatores dentro de quesitos
como gênese. A ação de fatores formativos da paisagem é diferente para cada
sistema. Além das variedades de fatores componentes, cada um tem a sua
magnitude e frequência de atuação. Assim, a possibilidade de combinações pode
ser infinita dentro e fora do planeta Terra, parecendo ser impossível e surpreendente
a possibilidade de haver um sistema exatamente idêntico ao outro.
O imenso leque de possibilidades de sistemas gera uma crítica a modelagem
formatada de sistemas ambientais. As Unidades da paisagem podem ser
identificadas por diferentes variáveis físicas e pelas transformações históricas da
dinâmica do uso da terra, em determinada unidade. As definições das Unidades da
Paisagem aparecem de forma arbitrária, não havendo limites próprios para a
ordenação dos fenômenos (GUERRA e MARÇAL, 2013).
A importância da abordagem geológica para estudos de movimentos de
massa se dá, pois a paisagem sofre a ação da dinâmica interna, que criam o relevo,
e está sob a ação de diferentes agentes geológicos, como a água, o vento e os
organismos vivos, que a modelam. A paisagem é o resultado desse somatório de
processos no tempo.
Para entender um evento há a necessidade de conhecer os principais fatores
que o influencia. Para o estudo de movimentos de massa, essa abordagem
sistêmica dentro da ciência geográfica quebra o mito de que há uma única causa
para um tipo de evento, como por exemplo, ocupação de uma encosta ser
insistentemente apontada como causa trivial de escorregamentos.
A análise da estrutura permite uma visualização do comportamento funcional
dos elementos componentes da paisagem esclarecendo as suas funções naturais e
22
Muitos autores como Martini et al. (2006) afirmam que não há uma
metodologia ideal que se aplique ao estudo de movimentos de massa mas existem
algumas orientações que podem ser utilizadas. Assim, para compor a pesquisa é
utilizada uma metodologia que avalie o histórico do local com levantamento de
movimentos de massa anteriores com a associação de magnitude, tempo de
ocorrência e fatores condicionantes, isto é, avaliação de características físicas,
compondo dessa forma uma análise multicritério.
Os critérios de análise envolvem uma avaliação em campo baseada nos
escorregamentos que ocorreram identificando as características dos movimentos
existentes bem como os possíveis fatores causadores de tais eventos, de modo que
possa compor um diagnóstico da região.
O diagnóstico baseado em mapeamentos compõe a análise multicriterial uma
vez que possibilita identificar que parâmetro possui maior influência, além de
possibilitar conhecer as tendências da região para este tipo de evento. Dessa forma,
é considerado toda a composição de características de uso do solo, geologia,
geomorfologia, pedologia e declividade.
A apreciação estatística também compõe a metodologia. Através dela é
analisada a distribuição de movimentos sobre as diferentes abordagens
cartográficas traçando assim as tendências dos eventos em questão. Esta
abordagem também contempla o estudo de pluviometria, uma vez que a base de
análise será a geração de gráficos e observação de padrões de chuva bem como
identificar momentos de anormalidades que podem fazer parte do processo de
ruptura das encostas.
24
1 OBJETIVO GERAL
2 EMBASAMENTO TEÓRICO
B
A
Fonte: CUNHA et al., 1991.
A B
Fonte: CUNHA et al.,1991.
800
600
400 277
228
166 139
200 90 99 89 85 58 68 101 54
34 26 28 64 23 48 32 52 58 61 33 26
0
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
ANO
Fonte: Ministério das Cidades, 2004, Ministério da Integração Nacional, 2011/ 2012.
1
Baixada de Jacarepaguá se trata de uma divisão administrativa da cidade do Rio de Janeiro definido
pelo Instituto Pereira Passos.
37
Figura 6 - Localização dos municípios da Região Serrana mais afetados pelo Mega
Desastre
A B
Fonte: Dourado et al. (2013).
A B
Fonte: Dourado et al., 2013
A B
Figura 11- (A) e (B) Área de movimento de massa tipo escorregamento em área
Florestada vista ao longo da RJ 142 no município de Nova Friburgo –
RJ
A B
43
3.1 Localização
A região da bacia do rio São Pedro é constituída por rochas da Suíte Imbé
(NP_gamma_12im), Suíte Suruí (C_Cortado_2gamma_5susa), Grupo São Fidélis
(NPsfkz) e Depósitos Gravitacionais (Qca).
A Suíte Imbé é composta por biotita-hornblenda-gnaisse porfirítico granítico.
Os feldspatos potássicos são centimétricos, euédricos e se apresentam alinhados
por tectonismo ou fluxo magmático. A textura é do tipo granoblástica a
granolepidoblástica e a composição varia de granitos, granodioritos a tonalitos.
51
Piller
Gaudinopolis
4000
3500
3000
Chuva mm
2500
2000
1500
1000
500
1956
1971
1982
1986
1997
2012
1952
1960
1964
1967
1975
1979
1990
1994
2001
2005
2009
Fonte: CPRM, 2012.
Dentre uma das causas das precipitações pode-se citar as barreiras formadas
pelas serras, causando chuvas orográficas de significativa intensidade. Há um
período chuvoso entre os meses de outubro e março, neste período predominam as
chuvas convectivas. A Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) atua na
região e é responsável por parte das ocorrências de precipitações.
A Região de São Pedro da Serra possui um período mais úmido que começa
em novembro e vai até abril onde ocorre o maior índice de chuvas. Há também um
período mais seco que começa no mês de maio até outubro, com menor ocorrência
de chuvas.
Os dados pluviométricos foram adquiridos através da Estação Automatizada
Meteorológica THIES TLZ-MET (figura 20) instalada na região da bacia do rio São
Pedro. Foram analisados dos dados pluviométrico no período de 2006 até 2013.
55
50
100
Pluviosidade (mm)
150
200
250
300
Estaçao Convencional
350 Normais Climatologicas
400
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses
500
Pluviosidade (mm)
1000
1500
2000
2500
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Anos
Fonte – LABGEO.
Para uma análise mais detalhada, os resultados (figura 23) mostram o total de
chuvas mensais do ano de 2006 até 2013.
100
200
Pluviosidade (mm)
300
2006
400 2007
2008
2009
2010
500 2011
2012
2013
Media
600
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses
58
4 METODOLOGIA
4.1 Petrografia
Foram abertos perfis nos dez pontos e descritos de forma expedita onde os
horizontes foram individualizados de acordo com a coloração, textura e
granulometria.
Para cada um deles foram retiradas amostras para análise de granulometria
em laboratório. Nesta etapa foi utilizado o método da Pipeta (EMBRAPA, 1997). Este
método baseia-se na velocidade de queda das partículas que compõe o solo. É feito
a partir do tempo para o deslocamento vertical na suspensão do solo com água,
após a adição de um dispersante químico (hidróxido de sódio ou calgon). A partir
disso, é pipetado um volume de suspensão. Para determinação da argila que seca
em estufa é pesada. As frações grossas (areia fina e areia grossa) são separadas
por tamisação, secas em estufa e pesadas para obtenção dos respectivos
percentuais. O silte corresponde ao complemento dos percentuais para 100%; é
obtido por diferenças das frações em relação à amostra original.
63
Cálculos:
• % Areia Grossa: peso da areia grossa (g) x 5 x F;
• % Areia Fina: peso da areia fina (g) x 5 x F;
• % Argila: peso da argila (g) - dispersante x 100 x F
• % Silte: 100- (% da areia + % da argila)
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Elemento da
Coordenadas Classificação do Classificação do
Ponto Coordenada Este Paisagem Tipo de uso Declividade
Norte Movimento (1) Movimento (2)
(Posição)
junto de alívio de
tensão
Movimento
11 7529438,266 773763,96 translacional em Escorregamento Corte de estrada Agricultura 14°
contato solo-rocha
Movimento
12 7529432,289 773748,3 translacional em Escorregamento Corte de estrada Pousio 43°
contato solo-rocha
Movimento
13 7529429,7 773748,917 translacional em Escorregamento Corte de estrada Floresta 26°
contato solo-rocha
Movimento
14 7529152,89 772032,955 translacional em Escorregamento Corte de estrada Floresta 44°
contato solo-rocha
Movimento
translacional em
15 7529099,133 771939,388 Escorregamento Corte de estrada Floresta 41°
contato solo-
saprolito
Movimento
translacional em
16 7529040,194 771756,815 Escorregamento Corte de estrada Floresta 14°
contato solo-
saprolito
Desmoronamento
de barranco
17 7529166,385 771670,661 Debris-Flow Corte de estrada Floresta 18°
(pequeno fluxo de
detritos)
Desmoronamento
de barranco
18 7529188,05 771687,95 Debris-Flow Corte de estrada Pasto 22°
(pequeno fluxo de
detritos)
Movimento
19 7528896,735 771677,92 translacional em Escorregamento Corte de estrada Floresta 20°
contato solo-rocha
74
Elemento da
Coordenadas Classificação do Classificação do
Ponto Coordenada Este Paisagem Tipo de uso Declividade
Norte Movimento (1) Movimento (2)
(Posição)
Movimento
20 7528805,374 771397,988 translacional em Escorregamento Corte de estrada Floresta 12°
contato solo-rocha
Movimento
21 7528817,1 771370,83 translacional em Escorregamento Corte de estrada Floresta 15°
contato solo-rocha
Movimento
22 7528911,45 772120,85 translacional em Escorregamento Corte de estrada Floresta 16°
contato solo-rocha
Escorregamento de Iniciada em alta
23 7528710,566 771470,492 Queda de Lascas Floresta 37°
rochas encosta
Iniciada em alta
Movimento
encosta
translacional em Escorregamento +
24 7528644,65 771351,26 condicionada por Floresta 37°
contato solo-rocha queda de rochas
junta de alívio de
e queda de blocos
tensão
Iniciação em alta
Movimento encosta
25 7528900,65 771500,26 translacional em Escorregamento condicionada por Floresta 40°
contato solo-rocha junto de alívio de
tensão
Movimento
translacional em
26 7528633,6 771489,5 Escorregamento Corte de estrada Floresta 36°
contato solo-
saprolito
Iniciação em alta
Movimento encosta
27 7528623,7 771515,6 translacional em Escorregamento condicionada por Floresta 28°
contato solo-rocha junto de alívio de
tensão
Movimento
translacional em
28 7528618,252 771542,7 Escorregamento Corte de estrada Floresta 24°
contato solo-
saprolito
75
Elemento da
Coordenadas Classificação do Classificação do
Ponto Coordenada Este Paisagem Tipo de uso Declividade
Norte Movimento (1) Movimento (2)
(Posição)
Movimento
translacional em
29 7528444,254 771379,8 Escorregamento Corte de estrada Agricultura 36°
contato solo-
saprolito
Movimento
translacional em
30 7528265,983 771224,371 Escorregamento Corte de estrada Pousio 30°
contato solo-
saprolito
Movimento
translacional em
31 7528249,506 771132,425 Escorregamento Corte de estrada Floresta 12°
contato solo-
saprolito
Movimento
translacional em
32 7528255,545 771094,755 Escorregamento Corte de estrada Pousio 12°
contato solo-
saprolito
Movimento
translacional em
33 7528200,548 770870,548 Escorregamento Corte de estrada Pousio 35°
contato solo-
saprolito
Pontos com coleta de material para análise em laboratório
Movimento 43°
1 translacional em Escorregamento Baixa encosta Agricultura
7530100,846 774615,856 contato solo-rocha
Movimento 46°
2 translacional em Escorregamento Média Encosta Floresta
7529966,228 772623,228 contato solo-rocha
Movimento 41°
translacional em
3 Escorregamento Baixa encosta Floresta
contato solo-
7529194,107 772157,114 saprolito
Movimento 41°
4 translacional em Escorregamento Média encosta Campo Limpo
7529205,108 772189,108 contato solo-
76
Elemento da
Coordenadas Classificação do Classificação do
Ponto Coordenada Este Paisagem Tipo de uso Declividade
Norte Movimento (1) Movimento (2)
(Posição)
saprolito
Movimento 33°
5 771282,82 7530338,07 translacional em Escorregamento Alta Encosta Campo Limpo
contato solo-rocha
Movimento 56°
6 769662.79 7527387.05 translacional em Escorregamento Baixa encosta Campo Limpo
contato solo-rocha
Movimento 50°
7 772059.82 7529865.07 translacional em Escorregamento Baixa encosta Campo Limpo
contato solo-rocha
Movimento 35º
translacional em
8 772284.82 7529762.07 Escorregamento Média Encosta Campo Limpo
contato solo-
saprolito
Movimento 34°
9 772461.82 7529613.07 translacional em Escorregamento Alta Encosta Campo Limpo
contato solo-rocha
Movimento 33°
translacional em
10 772410.82 7529689.07 Escorregamento Média Encosta Campo Limpo
contato solo-
saprolito