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Dimensionamento Otimizado de

Estruturas de Aço
Desenvolvimento de Software de Otimização
Determinística e Probabilística de Pórticos Espaciais

Joao Alfredo de Lazzari

Novas Edições Acadêmicas


lmprint

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ISBN : 978-620-2-56231-7

Copyright © Joao Alfredo De Lazzari


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Dedico esse projeto a Deus, aos meus pais, aos
familiares, aos amigos e aos mestres e doutores
do curso de Engenharia Civil da UFES.
RESUMO

Na engenharia procuram-se soluções com qualidade, confiabilidade e acessibilidade. Dessa


forma, otimizando os custos para determinada atividade, atendendo aos requisitos de
qualidade e confiabilidade, obtém-se o que pode ser chamado de proposta ótima. Na
engenharia estrutural, mas especificamente em projetos de estruturas metálicas, sabe-se que
qualquer redução no peso da estrutura é considerado em um ganho econômico significativo.
Portanto, as técnicas de otimização são ferramentas de grande utilidade quando se quer obter
uma solução confiável e de baixo custo. O presente trabalho tem o objetivo de desenvolver
um software de dimensionamento ótimo para pórticos espaciais em estruturas metálicas com
perfis I e H laminados e soldados. O software desenvolvido na plataforma do Graphical User
Interface Development Environment do MATLAB utiliza uma metodologia determinística
para soluções com variável contínua e outra probabilística para soluções com variável
discreta. Toda a rotina de dimensionamento, será baseada na norma Brasileira NBR
8800:2008 e as técnicas de otimização utilizadas são a Programação Quadrática Sequencial e
o Algoritmo Genético. A Programação Quadrática Sequencial é um modelo matemático que a
partir de soluções de subproblemas quadráticos converge para uma solução ótima, com uma
solução com variável contínua. Já o Algoritmo Genético, é um modelo probabilístico que se
baseia no processo de seleção natural que imita a evolução biológica. A abordagem para a
otimização da estrutura, será feita com base na definição da função a ser otimizada e das
funções de restrições. Para a validação do software desenvolvido será proposto à comparação
com quatro exemplos. Dois desses exemplos estão na literatura, que envolve na verificação de
uma viga com contenção lateral e um pilar submetido a esforços combinados. Mais dois
outros exemplos serão comparados com as soluções sugeridas pelo dimensionamento do
programa comercial CYPE 3D. Uma que envolve na otimização de 15 vigas e outro que é a
verificação e otimização de um pórtico espacial de com 16 barras de dois andares com 3
metros de pé direito e 10 metros por 10 metros no plano. Os resultados serão apresentados em
formas de tabelas, gráficos e figuras do software desenvolvido e concluído com comentários
sobre os resultados e sugestões para trabalhos futuros.

Palavras-chave: Dimensionamento Ótimo, Estruturas Metálicas, Pórtico Espacial, Softwares,


Análise Estrutural.

ii
ABSTRACT

There is always a seeking for solutions with quality, reliability and accessibility on
engineering. In this way, it can be reached to a solution that can be called as the optimum
proposal when the cost for some activity is optimized, attending to the requisites for quality and
reliability. Every single reduction on the weight of a structure is considered a significant
economic save, on steel structures, since their cost per weight is high. Therefore, optimization
technics are strong tools when the seek is for reliability and low cost. The present paper has the
objective of developing an optimal design software for tridimensional steel frames with I and H
sections of hot-rolled and welded steel. The software was developed on the Graphical User
Interface Development Environment from MATLAB, and uses deterministic optimization
methodology for solution with continuous variable, and a probabilistic optimization methodology
for solution with discrete variable. All the routine for the design was based on the Brazilian
standard, NBR 8800:2008, and the optimization technics used are the Sequential Quadratic
Programming and Genetic Algorithm. The SQP is a mathematical model that begins with an
initial point and after evaluating the solution of small simple quadratic problems in each iteration,
it will converge to an optimal point. In addition, the GA method is a probabilistic model that is
based on the natural selection that imitates the biological evolution. The formulation for the
structure optimization will be made by defining the objective function and the constraints. For the
validation of the developed software, it will be proposed a comparison of four examples. Two of
these examples are found on the literature, and are the verification of a beam with lateral bracing
and a column with combined loads. Two more examples will be compared with solutions
suggested by the CYPE 3D commercial software, which are an optimization of 15 beams, and
verification and optimization of a tridimensional frame with 2 floors, 3 meters of celling height
and 10 by 10 meters on plane. The results will be present on tables, graphs and print screens of the
developed software. To conclude, it will be provide commentaries about the results and some
suggestions for future projects.

Keywords: Optimal Design, Steel Structures, Tridimensional Steel Frames, Software, Structural
Analysis.

iii
LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 EXEMPLO DE PÓRTICO ESPACIAL MODELADO NO PROGRAMA COMERCIAL CYPE 3D15


FIGURA 2 ILUSTRAÇÃO DA FORMULAÇÃO MATRICIAL DO MÉTODO DOS DESLOCAMENTOS
(𝐷𝑗 = 𝑑𝑗). ......................................................................................................................... 20
FIGURA 3 ESFORÇOS EM UM ELEMENTO BARRA ESPACIAL ........................................................ 21
FIGURA 4 MATRIZ DE RIGIDEZ LOCAL DE UMA BARRA DE PÓRTICO ESPACIAL. .......................... 22
FIGURA 5 EIXOS LOCAIS DO ELEMENTO BARRA......................................................................... 23
FIGURA 6 ESQUEMA DE CONSTRUÇÃO DA MATRIZ DE RIGIDEZ GLOBAL. ................................... 24
FIGURA 7 VARIÁVEIS GEOMÉTRICAS EM PERFIL SOLDADO E LAMINADO I E H, E O VETOR 𝑿. .... 25
FIGURA 8 PROCESSO DE LAMINAÇÃO DO AÇO. ......................................................................... 26
FIGURA 9 VALORES DOS MOMENTOS PARA O CÁLCULO DO 𝐶𝑏. ................................................ 47
FIGURA 10 BARRA COM MESA TRAVADA E CARREGAMENTO COM SENTIDO DESSA MESA PARA A
LIVRE. ................................................................................................................................ 47
FIGURA 11 BARRA COM MESA TRAVADA E CARREGAMENTO COM SENTIDO DA MESA LIVRE PARA
ESSA MESA. ........................................................................................................................ 48
FIGURA 12 DIAGRAMA ESQUEMÁTICO DOS TRÊS TIPOS DE FILHOS. ........................................... 55
FIGURA 13 POPULAÇÃO NAS GERAÇÕES 60, 80, 95 E 100.......................................................... 55
FIGURA 14 MENU ARQUIVO DO PROGRAMA STRUCTURE3D ...................................................... 64
FIGURA 15 INTERFACE PRINCIPAL DO PROGRAMA STRUCTURE3D COM INFORMAÇÕES SOBRE O
PROGRAMA ........................................................................................................................ 65
FIGURA 16 MENU BARRA DO PROGRAMA STRUCTURE3D .......................................................... 65
FIGURA 17 INTERFACE DA SELEÇÃO DOS PERFIS CATALOGADOS ............................................... 66
FIGURA 18 INTERFACE PARA A DEFINIÇÃO DAS PROPRIEDADES DO MATERIAL DA BARRA ......... 67
FIGURA 19 INTERFACE PARA DEFINIR OS COEFICIENTES DE FLAMBAGEM POR COMPRESSÃO ..... 67
FIGURA 20 INTERFACE PARA DEFINIR OS DADOS REFERENTES A FLAMBAGEM LATERAL DA
BARRA ............................................................................................................................... 68
FIGURA 21 INTERFACE PARA DEFINIR OS DESLOCAMENTOS LIMITES DE CADA BARRA EM CADA
PLANO ................................................................................................................................ 69
FIGURA 22 INTERFACE COM PROPRIEDADES ADICIONAIS RELACIONADAS AO DIMENSIONAMENTO
DA ESTRUTURA .................................................................................................................. 70
FIGURA 23 INTERFACE QUE MOSTRA A VERIFICAÇÃO DA ESTRUTURA PARA OS SEUS ESTADOS
LIMITES .............................................................................................................................. 71
FIGURA 24 ACESSO AOS MÉTODOS PQS E AG PELO MENU RESULTADOS ................................... 71
FIGURA 25 INTERFACE PARA A OTIMIZAÇÃO DETERMINÍSTICA UTILIZANDO O PQS. ................. 72
FIGURA 26 INTERFACE QUE MOSTRA OS PERFIS ÓTIMOS ENCONTRADOS NA OTIMIZAÇÃO ......... 72
FIGURA 27 INTERFACE QUE OFERECE AJUDA AO USUÁRIO SOBRE O MÉTODO DO PQS .............. 73
FIGURA 28 INTERFACE PARA A OTIMIZAÇÃO PROBABILÍSTICA UTILIZANDO O AG. ................... 73
FIGURA 29 INTERFACE QUE ILUSTRA O PROCESSO DE OTIMIZAÇÃO PELO AG ........................... 74
FIGURA 30 INTERFACE QUE OFERECE AJUDA AO USUÁRIO SOBRE O MÉTODO DO AG ................ 74
FIGURA 31 FLUXOGRAMA DO STRUCTURE3D PARA OTIMIZAÇÃO ............................................. 75

iv
FIGURA 32 VERIFICAÇÃO DE BARRA SUBMETIDA A CARREGAMENTO UNIFORMEMENTE
DISTRIBUÍDO EM DOIS SENTIDOS E COM MESA SUPERIOR COM CONTENÇÃO LATERAL
CONTÍNUA. ......................................................................................................................... 76
FIGURA 33 VIGA BIAPOIADA COM CARREGAMENTO UNIFORMEMENTE DISTRIBUÍDO DE 50 KN/M
E COM CONTENÇÃO LATERAL CONTÍNUA NA MESA SUPERIOR, MODELADA NO
STRUCTURE3D .................................................................................................................. 77
FIGURA 34 VERIFICAÇÃO DE BARRA FLEXO-COMPRIMIDA EM PERFIL I SOLDADO. .................... 80
FIGURA 35 DIMENSÕES E PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS IMPORTANTES DA SEÇÃO
TRANSVERSAL. .................................................................................................................. 80
FIGURA 36 PILAR COM CARGA AXIAL DE COMPRESSÃO E FLEXÃO ASSIMÉTRICA, MODELADO NO
STRUCTURE3D. ................................................................................................................. 81
FIGURA 37 DIAGRAMAS DOS ESFORÇOS SOLICITANTES PARA A BARRA 1. ................................. 81
FIGURA 38 DIAGRAMAS DOS ESFORÇOS SOLICITANTES PARA A BARRA 2. ................................. 82
FIGURA 39 RESULTADOS DA VERIFICAÇÃO PELO PROGRAMA DE DIMENSIONAMENTO DO
STRUCTURE3D. ................................................................................................................. 84
FIGURA 40 CONFIGURAÇÕES INICIAIS E CRITÉRIO DE PARADA DO AG PARA PILAR SUBMETIDO A
COMBINAÇÃO DE ESFORÇOS ............................................................................................... 85
FIGURA 41 PERFIS ÓTIMOS PARA PILAR SUBMETIDO A ESFORÇOS COMBINADOS ....................... 86
FIGURA 43 COMPARAÇÃO GRÁFICA DA RESISTÊNCIA EFETIVA. ................................................. 91
FIGURA 44 COMPARAÇÃO GRÁFICA DA DEFORMAÇÃO EFETIVA. ............................................... 91
FIGURA 45 PÓRTICO ESPACIAL MODELADO NO PROGRAMA COMERCIAL CYPE 3D .................. 92
FIGURA 46 PÓRTICO ESPACIAL MODELADO NO PROGRAMA STRUCTURE3D .............................. 93
FIGURA 47 GRÁFICO DE DISPERSÃO COM AS VERIFICAÇÕES DO CYPE 3D E DO STRUCTURE3D
.......................................................................................................................................... 94
FIGURA 48 GRÁFICOS DE CONVERGÊNCIA DO AG..................................................................... 95
FIGURA 49 COMPARAÇÃO DO DIMENSIONAMENTO DO CYPE 3D COM OS MÉTODOS DE
OTIMIZAÇÃO AG E PQS ..................................................................................................... 97

v
LISTA DE TABELAS

TABELA 1 AÇOS ESPECIFICADOS POR NORMA BRASILEIRA PARA USO ESTRUTURALª ...................................... 30
TABELA 2 AÇOS DE USO FREQUENTE ESPECIFICADOS PELA ASTM PARA USO ESTRUTURAL ............................ 31
TABELA 3 DESLOCAMENTOS LIMITES (𝑆𝑙𝑖𝑚) ...................................................................................... 33
TABELA 4 COEFICIENTE DE PONDERAÇÃO UNIFICADO DAS AÇÕES PERMANENTES E VARIÁVEIS ........................ 34
TABELA 5 COEFICIENTES DE PONDERAÇÃO DAS RESISTÊNCIAS 𝛾𝑚 PARA ELU ............................................ 35
TABELA 6 COEFICIENTE DE FLAMBAGEM POR FLEXÃO DE ELEMENTOS ISOLADOS .......................................... 39
TABELA 7 VALORES DE 𝑏/𝑡𝑙𝑖𝑚 PARA CÁLCULO DOS FATORES DE REDUÇÃO PARA ELEMENTOS AA E AL. ......... 40
TABELA 8 PARÂMETROS REFERENTES AO MOMENTO FLETOR RESISTENTE .................................................. 43
TABELA 9 ESFORÇOS SOLICITANTES DE CÁLCULO MÁXIMO DA VIGA COM CONTENÇÃO LATERAL CONTÍNUA NA
MESA SUPERIOR ..................................................................................................................... 77
TABELA 10 ESFORÇOS RESISTENTES DE CÁLCULO DA VIGA COM CONTENÇÃO LATERAL CONTÍNUA NA MESA
SUPERIOR ............................................................................................................................. 78
TABELA 11 PERFIS OTIMIZADOS PELA METODOLOGIA DO AG E DO PQS, IMPLEMENTADO NO STRUCTURE3D,
PARA CARREGAMENTO GRAVITACIONAL DE 50 KN/M .................................................................... 78
TABELA 12 COMPARAÇÃO DA VERIFICAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS AG E PQS COM OS RESULTADOS DO FAKURY
(2016), PARA CARREGAMENTO GRAVITACIONAL DE 50 KN/M ........................................................ 79
TABELA 13 COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS DAS PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS......................................... 82
TABELA 14 COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS DOS ESFORÇOS RESISTENTES DE CÁLCULO. ............................... 83
TABELA 15 COMPARAÇÃO DA OTIMIZAÇÃO DISCRETA DO CYPE3D COM O AG.......................................... 87
TABELA 16 COMPARAÇÃO DAS MASSAS LINEARES ENTRE O CYPE3D, AG E PQS. ...................................... 88
TABELA 17 VALORES DA VARIÁVEL DE PROJETO OTIMIZADA PELO MÉTODO DO PQS. ................................... 89
TABELA 18 COMPARAÇÃO DA RESISTÊNCIA RELATIVA/EFETIVA E DEFORMAÇÃO RELATIVA/EFETIVA. ............... 90
TABELA 19 COMPARAÇÃO DA VERIFICAÇÃO AOS ESFORÇOS COMBINADOS ENTRE O CYPE 3D E O STRUCTURE3D.
.......................................................................................................................................... 94
TABELA 20 COMPARAÇÃO DO PESO (KG) DA ESTRUTURA ENTRE OS MÉTODOS DO CYPE 3D E O STRUCTURE3D
.......................................................................................................................................... 96
TABELA 21 DIMENSÕES DOS PERFIS DO PÓRTICO ESPACIAL OTIMIZADOS ................................................... 96

vi
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AA Elementos Apoiados Apoiados, duas bordas longitudinais vinculadas


ABCEM Associação Brasileira de Construção Metálica
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
AG Algoritmo Genético
AISC American Institute of Steel Construction
AL Elementos Apoiados Livres, apenas uma borda longitudinal vinculada
ANSI American National Standards Institute
ASTM American Society for Testing and Materials
BFGS Broyden-Fletcher-Goldfarb-Shanno (método aproximado da matriz Hessiana)
CBCA Centro Brasileiro da Construção em Aço
CS Colunas Soldadas
CVS Colunas e Vigas Soldadas
CYPE Software espanhol para Engenharia e Construção
ELS Estado-Limite de Serviço
ELU Estado-Limite Último
GA Genetic Algorithm
GERDAU Denominação da empresa siderúrgica brasileira também conhecida como
Grupo Gerdau.
GUIDE Graphical User Interface Development Environment
MATLAB Matrix Laboratory
MAES Método de Amplificação dos Esforços Solicitantes
NBR Norma Brasileira
PQS Programação Quadrática Sequencial
SQP Sequential Quadratic Programming
UFES Universidade Federal do Espírito Santo
VS Vigas Soldadas

vii
LISTA DE SÍMBOLOS

Minúsculas Romanas

𝑎 Distancia entre enrijecedores


𝑏𝑓 Largura da mesa do perfil
𝑐𝑥 Cosseno diretor de um vetor em relação ao eixo global x
𝑐𝑦 Cosseno diretor de um vetor em relação ao eixo global y
𝑐𝑧 Cosseno diretor de um vetor em relação ao eixo global z
𝑑 Distancia da face superior da mesa superior à face inferior da mesa inferior
𝒅 Vetor com os deslocamentos nodais de um elemento barra
𝑑’ Altura livre da alma (sem os raios de concordância, ℎ − 2𝑅 ).
𝑓𝑎𝑝𝑡𝑖𝑑ã𝑜 Função aptidão para o Algoritmo Genético
𝑓𝑑 Resistência de cálculo de um material
𝑓𝑘 Resistência característica de um material
𝑓𝑙𝑖𝑚 Flecha limite
𝑓𝑚𝑎𝑥 Flecha máxima
𝑓𝑦 Resistência ao escoamento do aço
𝑔(𝑿) Função de restrições por inequações lineares e não lineares
𝑖
𝑔𝐶𝑆 (𝑿𝑖 ) Função de restrições geométricas de perfis CS para cada barra 𝑖
𝑖
𝑔𝐶𝑉𝑆 (𝑿𝑖 ) Função de restrições geométricas de perfis CVS para cada barra 𝑖
𝑖
𝑔EL (𝑿𝑖 ) Função de restrições aos estados-limites para cada barra 𝑖
𝑖
𝑔𝑒𝑛𝑟 (𝑿𝑖 ) Função de restrições a enrijecedores para cada barra 𝑖
𝑖
𝑔𝑔𝑒𝑜 (𝑿𝑖 ) Função de restrições geométricas para cada barra 𝑖
𝑔𝑘𝑖 𝑐 (𝑿𝑖 ) Função de restrições geométricas relacionadas ao fator 𝑘𝑐 para cada barra 𝑖
𝑖
𝑔𝑙𝑎𝑚 (𝑿𝑖 ) Função de restrições geométricas de perfis laminados para cada barra 𝑖
𝑖
𝑔𝑉𝑆 (𝑿𝑖 ) Função de restrições geométricas de perfis VS para cada barra 𝑖
𝑖
𝑔𝑤 (𝑿𝑖 ) Função de restrições de perfis de alma esbelta para cada barra 𝑖
𝑔𝜆𝑖 (𝑿𝑖 ) Função de restrições geométricas relacionadas ao índice de esbeltez para cada
barra
ℎ(𝑿) Função de restrições por igualdades lineares e não lineares
𝑖
ℎ𝐶𝑆 (𝑿𝑖 ) Função de restrições geométricas de igualdade de perfis CS para cada barra 𝑖
𝑖
ℎ𝐶𝑉𝑆 (𝑿𝑖 ) Função de restrições geométricas de igualdade de perfis CVS para cada barra 𝑖
𝑖
ℎ𝑔𝑒𝑜 (𝑿𝑖 ) Função de restrições geométricas de igualdade para cada barra 𝑖
𝑖
ℎ𝑙𝑎𝑚 (𝑿𝑖 ) Função de restrições geométricas de igualdade de perfis laminados para cada
barra 𝑖
𝑖
ℎ𝑉𝑆 (𝑿𝑖 ) Função de restrições geométricas de igualdade de perfis VS para cada barra 𝑖
ℎ Distancia da face inferior da mesa superior à face superior da mesa inferior
𝑘𝑐 Coeficiente para elementos AL de perfis soldados
viii
𝑘𝑣 Fator amplificador do parâmetro de esbeltez
𝑘𝑥 Coeficiente de flambagem por torção em relação ao eixo local longitudinal x
𝑘𝑦 Coeficiente de flambagem por flexão em relação ao eixo local y
𝑘𝑧 Coeficiente de flambagem por flexão em relação ao eixo local z
𝑟0 Raio de giração polar da seção bruta em relação ao centro de cisalhamento
𝑟𝑦 Raio de giração em torno de 𝑦
𝑟𝑧 Raio de giração em torno de 𝑧
𝑡𝑓 Espessura da mesa
𝑡𝑤 Espessura da alma
𝑥 Eixo local longitudinal da barra
𝑦 Eixo local perpendicular à mesa do perfil
𝑦0 Coordenadas do centro de cisalhamento na direção do eixo central y
𝑧 Eixo local perpendicular à alma do perfil
𝑧0 Coordenadas do centro de cisalhamento na direção do eixo central z

Maiúsculas Romanas

𝐴𝑏 Área bruta
𝐴𝑒 Área efetiva
𝐴𝐺,𝑘 Ação permanente característica
𝐴𝑛 Área líquida
𝐴𝑄,𝑘 Ação variável característica
𝐴𝑤 Área efetiva de cisalhamento
𝐁 Aproximação positiva definida da matriz Hessiana da função de Lagrange
𝐶𝑏 Fator de modificação da resistência à flexão para o diagrama não uniforme de
momento fletor
𝐶𝑢𝑙𝑡 Combinação última de ações
𝐶𝑢𝑛𝑖,𝑢𝑙𝑡 Combinação última de ações com coeficientes de ponderação unificados
𝐶𝑢𝑛𝑖,𝑠𝑒𝑟 Combinação de serviço com coeficientes de ponderação unificados
𝐶𝑟𝑎𝑟,𝑠𝑒𝑟 Combinação rara de serviço
𝐶𝑤 Constante de empenamento
𝐶𝑡 Coeficiente de redução
𝐷1 Parâmetro de correção da constante de torção
𝐸 Modulo de elasticidade do aço (200 GPa).
𝑭𝒂 Vetor de ações aplicadas nos nós da estrutura, incluindo as reações de apoio
𝑭𝒆 Vetor de ações de engasgamento perfeito
𝐹(𝑿) Função a ser otimizada
𝐹(𝑿)𝑃𝑄𝑆 Função objetivo para o PQS
𝐹(𝑿𝑏𝑖𝑛 )𝐴𝐺 Função Aptidão para o AG
𝐼𝑦 Momento de inércia em relação ao eixo 𝑦

ix
𝐼𝑧 Momento de inércia em relação ao eixo 𝑧
𝐽 Constante de torção
𝑲𝓵 Matriz de rigidez local
𝑲𝒈 Matriz de rigidez global
𝐿 Comprimento do elemento barra
𝐿𝑏 Comprimento destravado da viga
𝑀0 Momento com maior possibilidade de comprimir a mesa livre
𝑀1 Momento fletor solicitante de cálculo na outra extremidade
𝑀1 ∗ Momento fletor solicitante de cálculo igual a 𝑀1 , porém tomado igual a zero
se tracionar a mesa livre
𝑀2 Momento fletor na seção central do comprimento destravado
𝑀𝐴 Momento fletor a uma distância de 25% do comprimento da viga em relação a
um dos pontos de contenção lateral
𝑀𝐵 Momento fletor a uma distância de 50% do comprimento da viga em relação a
um dos pontos de contenção lateral
𝑀𝐶 Momento fletor a uma distância de 75% do comprimento da viga em relação a
um dos pontos de contenção lateral
𝑀𝑐𝑟 Momento crítico de flambagem elástica
𝑀𝑑,𝑒𝑙𝑎 Momento fletor para a validade da análise elastica
𝑀𝑚á𝑥 Momento fletor máximo no trecho da viga em módulo
𝑀𝑝𝑙 Momento de plastificação total da seção
𝑀𝑟 Momento de início de escoamento considerando as tensões residuais
𝑀𝑅𝑑 Momento resistente de cálculo
𝑀𝑅𝑑,𝐹𝐿𝐴 Momento fletor resistente de cálculo para o estado limite de flambagem local
da alma
𝑀𝑅𝑑,𝐹𝐿𝑀 Momento fletor resistente de cálculo para o estado limite de flambagem local
da mesa
𝑀𝑅𝑑,𝐹𝐿𝑇 Momento fletor resistente de cálculo para o estado limite de flambagem lateral
com torção
𝑀𝑆𝑑 Momento solicitante de cálculo
𝑁𝑐,𝑅𝑑 Força axial de compressão resistente de cálculo
𝑁𝑐,𝑆𝑑 Força axial de compressão solicitante de cálculo
𝑁𝑒 Força axial de flambagem elástica
𝑁𝑒𝑥 Força axial de flambagem elástica por torção em relação ao eixo longitudinal x
𝑁𝑒𝑦 Força axial de flambagem elástica por flexão em relação ao eixo local y
𝑁𝑒𝑧 Força axial de flambagem elástica por flexão em relação ao eixo local z
𝑁𝑡,𝑅𝑑𝐸 Força axial resistente de cálculo para escoamento da seção bruta
𝑁𝑡,𝑅𝑑𝑅 Força axial resistente de cálculo para ruptura da seção líquida
𝑄(𝑺) Função objetivo do método do PQS
𝑄 Fator de redução total associado à flambagem local

x
𝑄𝑎 Fator de redução associado a elementos comprimidos AA
𝑄𝑠 Fator de redução associado a elementos comprimidos AL
𝑅 Raio de concordância entre a alma e a mesa da seção
𝑹 Matriz de rotação
𝑅𝑑 Valores de cálculo dos esforços resistentes correspondentes aos atuantes
𝑹𝒑 Matriz de rotação do pórtico espacial
𝐒 Matriz com as componentes das variáveis de projeto
𝑆𝑑 Valores de cálculo dos esforços atuantes
𝑆𝑙𝑖𝑚 Valores-limites adotados para os efeitos estruturais de interesse para o ELS
𝑆𝑚𝑎𝑥 Valores referentes ao ELS que representa os efeitos estruturais de interesse.
𝑉𝑆𝑑 Força cortante solicitante de cálculo
𝑉𝑅𝑑 Força cortante resistente de cálculo
𝑉𝑝𝑙 Força cortante de plastificação da alma
𝑊𝑥 𝑐 Módulo de resistência elástico do lado comprimido e tracionado da seção,
relativo ao eixo de flexão, 𝑥
𝑊𝑦 𝑐 Módulo de resistência elástico relativo ao eixo de flexão 𝑦 do lado comprimido
𝑊𝑦 𝑡 Módulo de resistência elástico relativo ao eixo de flexão 𝑦 do lado tracionado
𝑊𝑧 𝑐 Módulo de resistência elástico relativo ao eixo de flexão 𝑧 do lado comprimido
𝑊𝑧 𝑡 Módulo de resistência elástico relativo ao eixo de flexão 𝑧 do lado tracionado
𝑋̅1,0
𝑖
Variável de projeto 𝑑 inicial para cada barra 𝑖
𝑋̅2,0
𝑖
Variável de projeto 𝑏𝑓 inicial para cada barra 𝑖
𝑋̅3,0
𝑖
Variável de projeto 𝑅 inicial para cada barra 𝑖
𝑋̅4,0
𝑖
Variável de projeto 𝑡𝑤 inicial para cada barra 𝑖
𝑋̅5,0
𝑖
Variável de projeto 𝑡𝑓 inicial para cada barra 𝑖
𝑖
𝑿 Vetor com as variáveis de projeto da barra 𝑖
𝑿𝑖𝑏𝑖𝑛 Variável de projeto em formato binário para cada barra 𝑖
𝑿𝑖0 Ponto inicial para otimização pela PQS para cada barra 𝑖
𝑖
𝑋1,𝑙𝑏,𝑢𝑏 Limite superior e inferior da variável 𝑑 para cada barra 𝑖
𝑖
𝑋2,𝑙𝑏,𝑢𝑏 Limite superior e inferior da variável 𝑏𝑓 para cada barra 𝑖
𝑖
𝑋3,𝑙𝑏,𝑢𝑏 Limite superior e inferior da variável 𝑅 para cada barra 𝑖
𝑖
𝑋4,𝑙𝑏,𝑢𝑏 Limite superior e inferior da variável 𝑡𝑤 para cada barra 𝑖
𝑖
𝑋5,𝑙𝑏,𝑢𝑏 Limite superior e inferior da variável 𝑡𝑓 para cada barra 𝑖
𝑋1 Variável de projeto igual a 𝑑 para cada barra 𝑖
𝑋2 Variável de projeto igual a 𝑏𝑓 para cada barra 𝑖
𝑋3 Variável de projeto igual a 𝑅 para cada barra 𝑖
𝑋4 Variável de projeto igual a 𝑡𝑤 para cada barra 𝑖
𝑋5 Variável de projeto igual a 𝑡𝑓 para cada barra 𝑖
𝑿𝑙𝑏 Limite inferior da variável de projeto

xi
𝑿𝑢𝑏 Limite superior da variável de projeto
𝑍𝑦 Módulo plástico para flexão em torno do eixo 𝑦
𝑍𝑧 Módulo plástico para flexão em torno do eixo 𝑧

Minúsculas Gregas

𝛼1 Parâmetro de correção da constante de torção


𝛽 Fator de redução da área bruta para seções submetidas a esforços de tração
𝛽1 Parâmetro para determinação do coeficiente de esbeltez correspondente ao
início de escoamento
𝛾𝑎1 Coeficiente de ponderação da resistência para escoamento, flambagem e
instabilidade
𝛾𝑎2 Coeficiente de ponderação da resistência para ruptura
𝛾𝑔 Coeficiente de ponderação das ações permanentes
𝛾𝑞 Coeficiente de ponderação da ação variável principal
𝛾𝑚 Coeficiente de ponderação das resistências
𝛾𝑀 Fator de agrupamento dos coeficientes de ponderação unificados para as ações
permanentes características
𝜆𝑓 Parâmetro de esbeltez correspondente à mesa da seção
𝜆𝑤 Parâmetro de esbeltez correspondente à alma do perfil
𝜆0 Índice de esbeltez reduzido da barra
𝜆𝑝 Parâmetro de esbeltez correspondente a plastificação
𝜆𝑟 Parâmetro de esbeltes correspondente ao início de escoamento
𝜆 Parâmetro de esbeltez correspondente ao elemento do perfil (𝜆𝑓 para a mesa e
𝜆𝑤 para a alma)
𝜌𝑎ç𝑜 Peso específico do aço (7850 𝑘𝑔𝑓/𝑚3)
𝜎𝑟 Tensão residual de compressão nas mesas, tomadas igual a 30% do 𝑓𝑦
𝜒 Fator de redução associado à resistência à compressão
Ψ1 Fator de minoração para redução das ações variáveis secundárias
Ψ0 Fator de minoração para combinação das ações variáveis secundárias

xii
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................15
1.1. GENERALIDADES ........................................................................................................................... 15
1.2. OBJETIVOS ...................................................................................................................................... 17
1.2.1. Objetivo Geral ...................................................................................................................... 17
1.2.2. Objetivos Específicos ......................................................................................................... 17
1.3. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................... 17
2. REVISÃO BIBLIOGRÁGICA ...........................................................................................19
2.1. ANÁLISE ESTRUTURAL DE PÓRTICO ESPACIAL ..................................................................... 19
2.1.1. Formulação matricial pelo Método dos Deslocamentos ......................................... 19
2.2. PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS .................................................................................................. 24
2.2.1. Perfis Laminados I e H ...................................................................................................... 26
2.2.2. Perfis Soldados I e H .......................................................................................................... 28
2.3. CONDIÇÕES GERAIS DE PROJETO .............................................................................................. 30
2.3.1. Materiais ................................................................................................................................ 30
2.3.2. Segurança e Estados-Limites ........................................................................................... 32
2.3.3. Ações ....................................................................................................................................... 33
2.3.4. Resistências ........................................................................................................................... 35
2.3.5. Estabilidade e Análise Estrutural ................................................................................... 35
2.4. DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS EM AÇO ....................................................................... 36
2.4.1. Força Axial de Tração ....................................................................................................... 36
2.4.2. Força Axial de Compressão ............................................................................................. 37
2.4.3. Momento fletor Resistente de Cálculo ........................................................................... 42
2.4.4. Força Cortante Resistente de Cálculo .......................................................................... 49
2.4.5. Combinação de Esforços Solicitantes ........................................................................... 51
2.5. MÉTODOS DE OTIMIZAÇÃO ........................................................................................................ 51
2.5.1. Programação Quadrática Sequencial ........................................................................... 53
2.5.2. Algoritmo Genético ............................................................................................................. 54
3. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ..................................................................................56
3.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................................................... 56
3.2. FUNÇÃO OBJETIVO ....................................................................................................................... 56
3.3. RESTRIÇÕES DO PROBLEMA ....................................................................................................... 57
3.4. PROBLEMA COM VARIÁVEL CONTÍNUA .................................................................................. 60
3.5. PROBLEMA COM VARIÁVEL DISCRETA ................................................................................... 62
4. METODOLOGIA ...................................................................................................................64
4.1. O PROGRAMA STRUCTURE3D .................................................................................................... 64
4.2. FLUXOGRAMA ................................................................................................................................ 75
5. EXEMPLOS COMPARATIVOS E RESULTADOS ..................................................76
xiii
5.1. EXEMPLO 01 – VIGA BIAPOIADA COM CARREGAMENTO UNIFORME E CONTENÇÃO
LATERAL CONTÍNUA. ................................................................................................................................... 76
5.2. EXEMPLO 02 – PILAR COM CARGA AXIAL E FLEXÃO ASSIMÉTRICA .................................. 79
5.3. EXEMPLO 03 – OTIMIZAÇÃO DE 15 VIGAS BIAPOIADAS ...................................................... 86
5.4. EXEMPLO 04 – PÓRTICO ESPACIAL COM 16 BARRAS ............................................................ 92
6. CONCLUSÕES E SUGESTÕES........................................................................................98
6.1. CONCLUSÕES .................................................................................................................................. 98
6.2. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ............................................................................... 99
7. BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................101
APÊNDICES ......................................................................................................................................103
ANEXOS .............................................................................................................................................150

xiv
1. INTRODUÇÃO

1.1. Generalidades

Quando se trata de estruturas de aço no Brasil, o mercado ainda possui relativamente


um baixo volume de obras. De acordo com a última pesquisa feita pela ABCEM e o CBCA
com dados de 2016, as principais dificuldades dos fabricantes de aço no Brasil, é o baixo
volume de obras, a crise financeira e o baixo conhecimento do mercado. Porém, todos esses
fatores são correlacionados, o que deixa pistas de que o mercado de estruturas metálicas no
Brasil está prestes a prosperar. Dentro desta última pesquisa, obras de galpões, mezaninos e
comerciais são as mais competitivas, cerca de 80% das obras de aço, devido à necessidade de
velocidade de execução e praticidade que o sistema oferece. Estes tipos de estruturas são
formados no geral por pórticos espaciais complexos, que são dimensionados em softwares
comerciais.
Os softwares de hoje, além de fazer a verificação dos elementos estruturais, começam a
desenvolver métodos de otimização para o dimensionamento de estruturas. O CYPE (figura 1)
é um software espanhol que verifica tanto estruturas de concreto armado, quanto estruturas
metálicas. Um dos maiores desafios no desenvolvimento de um software que faz o
dimensionamento de uma estrutura espacial é relacionar a análise estrutural com a resistência
dos materiais. Para tornar esse desafio possível, é importante entender como funciona o
processo de dimensionamento e como aplica-lo da melhor forma ao problema.

Figura 1 Exemplo de Pórtico espacial modelado no programa comercial CYPE 3D

Fonte: Autor (modelado no CYPE 3D)


O conceito de otimização é basicamente o que fazemos em todos os nossos dias de
nossas vidas. O desejo de chegar primeiro em uma corrida, ganhar um debate, ou aumentar os
lucros de uma corporação implica no desejo de fazer ou ser o melhor em algum sentido. Na
engenharia, procura-se produzir “a melhor qualidade de vida possível com os recursos
disponíveis”. Ainda no dimensionamento de novos produtos, devemos usar ferramentas que
providenciam os resultados desejados com uma economia de custo e tempo. Basicamente, a
otimização numérica é uma das ferramentas a disposição. (Vanderplaats, 1998)
No desenvolvimento de um projeto estrutural, as etapas de análise e resistência operam
juntas, com um objetivo de buscar um projeto de baixo custo. Além da economia de projeto, o
ideal deve atender aos requisitos de qualidade e confiabilidade (Alves, 2017). A proposta
ótima pode ser obtida quando a área da seção transversal do elemento feito de material
homogêneo tende ao menor valor possível, obedecendo à qualidade e confiabilidade sob as
condições de projeto.
No que se refere ao o dimensionamento dos elementos estruturais em aço, será abordada
a verificação à flexão assimétrica com cargas axiais de uma estrutura formada por pórticos
espaciais segundo os critérios da NBR 8800:2008. Os tipos de perfis mais pertinentes para
esforços ocasionados pela flexão são aqueles que possuem maior momento de inércia no
plano da flexão, ou seja, perfis cuja maior parte da área da seção transversal está afastada da
linha neutra. Dessa forma, idealiza-se uma seção que seja formada por duas chapas
horizontais (superior e inferior) ligadas por uma chapa vertical central mais fina. Assim, as
vigas em formato I são as mais praticáveis, pela facilidade de mercado, e alta resistência às
limitações de flambagem. (Pfeil, 2015).
Técnicas de otimização vem sendo cada vez mais exploradas no dimensionamento de
estruturas metálicas, como pode ser visto em Novelli et al. (2015), Lubke et al. (2016), Unde
(2016), Akbari et al. (2016), De Lazzari et al. (2017) entre outros. Em Cabas (2015) foi
proposto o dimensionamento ótimo de pórticos espaciais, utilizando uma técnica baseada na
Biogeography Optimization.
Uma das técnicas de otimização abordada nesse projeto é a Programação Quadrática
Sequencial. Esta técnica utiliza como base o método de Newton, e parte de um ponto inicial,
presente na região de pesquisa. A partir de uma solução inicial, o método parte para a solução
ótima de subproblemas quadráticos, para cada iteração. A cada passo, o problema é
aproximado da solução ótima global, chegando assim na solução ótima do problema.
A outra técnica abordada é o Algoritmo Genético. Este método resolve problemas com
ou sem restrições, e se baseia no processo de seleção natural que imita a evolução biológica.
Basicamente o algoritmo modifica a população repetidamente, selecionando indivíduos de
forma aleatória para serem os pais de futuros filhos para a próxima geração da população.
Após sucessivas gerações, a população converge para um único indivíduo, que é a solução
ótima.

16
1.2. Objetivos

1.2.1. Objetivo Geral

O objetivo geral deste projeto é criar um software capaz de otimizar o dimensionamento


de pórticos espaciais, sob as condições possíveis de projeto, utilizando a NBR 8800:2008
como base para o dimensionamento, a Programação Quadrática Sequencial como formulação
para a otimização determinística e o Algoritmo Genético como a formulação para a
otimização probabilística.

1.2.2. Objetivos Específicos

 Propor rotinas de calculo para o dimensionamento à flexão assimétrica com


cargas axiais de pórticos espaciais;
 Utilizar métodos de otimização para reduzir o peso da estrutura, e
consequentemente minimizar o custo total;
 Integrar as rotinas, de dimensionamento e otimização em um programa de
análise estrutural, a fim de unificar todo o processo, desde a análise até o
dimensionamento ótimo da estrutura;
 Comparar os resultados obtidos com fontes externas, para validação da
formulação e dos métodos utilizados;

1.3. Justificativa

Primeiramente a utilização do aço em estruturas, apresenta inúmeras vantagens. Com o


uso do aço, é possível ter liberdade no projeto de arquitetura, já que o seu uso permite obter
inúmeras soluções com a possibilidade de elaboração de projetos arrojados. O uso do aço
oferece maior grau de confiança ao engenheiro estrutural, já que o material é homogêneo e
isotrópico, além de permitir uma elevada resistência e ductilidade, resistindo bem aos
impactos e à alta concentração de tensões. No quesito sustentabilidade, o aço também leva
vantagem. De acordo com Centro Brasileiro de Construção em Aço (CBCA) é possível obter
uma redução do desperdício de materiais na obra, já que as estruturas de aço possibilitam a
adoção de sistemas industrializados. Além disso, permite que o canteiro de obras seja mais
limpo e organizado, reduzindo os grandes estoques de materiais, e contribuindo para um
ambiente com melhores condições de segurança ao trabalhador. Outro fator ambiental
importante do aço, é que ele é totalmente reciclável, e suas peças podem ser desmontadas e
reaproveitadas. Outra vantagem é que a utilização de estruturas em aço pode reduzir o tempo
de execução da obra em até 40% comparado com os processos convencionais e possui
facilidade de reforço e ampliação, mostrando que o seu uso permite ter um alto grau de
flexibilidade nos projetos. Adicionalmente, estruturas metálicas são mais leves que as
convencionais, permitindo uma redução de até 30% do custo com a fundação.

17
De acordo com a pesquisa feita em 2016 pela Associação Brasileira da Construção
Metálica (ABCEM) juntamente com o Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA), o
cenário dos fabricantes de estrutura de aço no Brasil deixa muito claro, que em 82,1% das
obras em estruturas de aço, foi feita nos setores industriais e comerciais. Sendo que em 54,2%
foram destinados apenas ao setor industrial, mas especificamente a obras de galpões e
mezaninos. De acordo com os entrevistados pela ABCEM, as obras necessitavam de
velocidade de execução e praticidade, o que é uma das vantagens do uso de estruturas
metálicas. Grande parte das obras industriais é formada por pórticos espaciais com um grau de
complexidade de médio a alto, e com condições de projeto bem específicas. Dessa forma, é
justificável que projetos de pórticos espaciais em estruturas metálicas sejam um assunto
relevante para um novo cenário econômico que está por vir.
Um dos objetivos principais quando se fala em obras de construção, é a busca pelo
menor custo. Já que a construção de estruturas em aço no Brasil possui um investimento um
pouco mais elevado, comparado aos métodos convencionais, os processos de otimização na
etapa de projeto irão proporcionar uma economia significativa no custo final de uma obra.
Apesar dos novos softwares comerciais para estruturas já começarem a programar técnicas de
otimização, ainda alguns softwares que já foram desenvolvidos não possuem essas técnicas, e
os que possuem, não informam a garantia e o método utilizado. Assim, a importância em
determinar uma formulação para se otimizar uma estrutura, se torna relevante. Dessa forma,
aliando as vantagens da utilização do aço com a redução no gasto de execução de um projeto
em estruturas de aço, torna-se a melhor opção custo benefício.

18
2. REVISÃO BIBLIOGRÁGICA

2.1. Análise Estrutural de Pórtico Espacial

Para efeito de dimensionamento de estruturas, saber os esforços solicitantes é fundamental. A


análise estrutural consiste na determinação dos esforços que estão atuando na estrutura. Estes
esforços podem ser interpretados através de diagramas.
Atualmente, em se tratando de análise e projeto estrutural, por mais simples que a
estrutura venha a ser, os projetistas se deparam com softwares que efetuam os cálculos por
meio do método dos elementos finitos e dentre outros. Não poderia ser diferente, pois este
método representa uma das mais importantes realizações no campo dos métodos
computacionais (Khennane, 2013).
Para estruturas isostáticas, esse processo de determinar os esforços, fica simples, pois só
leva em consideração as equações de equilíbrio de forças e momentos. Entretanto, quando se
trata de estruturas hiperestáticas, as equações de equilíbrio são insuficientes para determinar
os esforços. Dessa forma, é necessário partir para soluções e métodos mais elaborados.
Neste trabalho será utilizado o método dos deslocamentos para a resolução dos pórticos
espaciais. Este método consiste, primeiramente, na determinação dos deslocamentos e, em
sequência, a determinação das reações.
É um método bastante versátil, pois resolve tanto estruturas isostáticas, quanto
hiperestáticas. Vale ressaltar que o número de equações é igual ao grau de indeterminação da
estrutura, ou seja, é igual ao número de graus de liberdade da estrutura.

2.1.1. Formulação matricial pelo Método dos Deslocamentos

A formulação matricial do método dos deslocamentos consiste em determinar os


possíveis deslocamentos da estrutura, denominados graus de liberdade. Ao identificar os
deslocamentos da estrutura, restringem-se esses deslocamentos obtendo o sistema principal de
estrutura em análise.
Sequencialmente, obtêm-se as ações de engasgamento perfeito provocada pelas cargas
atuantes na estrutura. Assim, impondo um deslocamento unitário por vez nos pontos onde o
deslocamento foi impedido no sistema principal de estrutura em análise, é possível obter os
coeficientes de rigidez, que são numericamente iguais aos esforços que ocasionam esse
deslocamento unitário. Ao fazer esse procedimento para cada nó da estrutura onde existe pelo
menos um grau de liberdade, e fazer a superposição de todas essas equações geradas, como
mostra na Figura 2, é possível chegar ao seguinte sistema de equações formulado na equação
(1).
Figura 2 Ilustração da Formulação matricial do método dos deslocamentos (𝐷𝑗 = 𝑑𝑗 ).

Fonte: Gomes Filho, H., e Garozi, (2014).

𝐹𝑒1 + 𝐾11 × 𝑑1 + ⋯ + 𝐾1 𝑗 × 𝑑𝑗 + ⋯ + 𝐾1 𝑚 × 𝑑𝑚 = 𝐹𝑎1



𝐹𝑒𝑖 + 𝐾𝑖1 × 𝑑1 + ⋯ + 𝐾𝑖 𝑗 × 𝑑𝑗 + ⋯ + 𝐾𝑖 𝑚 × 𝑑𝑚 = 𝐹𝑎𝑖 (1)

{𝐹𝑒𝑛 + 𝐾𝑛1 × 𝑑1 + ⋯ + 𝐾𝑛 𝑚 × 𝑑𝑗 + ⋯ + 𝐾𝑛 𝑚 × 𝑑𝑚 = 𝐹𝑎𝑛
Para, 𝑖 = 1, 2, 3, … , 𝑛 e 𝑗 = 1, 2, 3, … , 𝑚.

Onde 𝐹𝑒𝑖 são as ações de engasgamento perfeito; 𝐾𝑖𝑗 é o coeficiente de rigidez que é
definido pelas reações aos deslocamentos unitários impostos; 𝑑𝑗 são os deslocamentos (iguais

20
a 𝐷𝑗 na Figura 2); 𝐹𝑎𝑖 as ações aplicadas nos nós, incluindo as reações de apoio; 𝑛 é o número
máximo de ações aplicadas em um nó; 𝑚 é o número máximo de deslocamentos possíveis em
um nó.
Transformando a formulação proposta na equação (1) em uma análise matricial, é
possível obter o seguinte sistema:
{𝑭𝒆 } + [𝑲𝓵 ]{𝒅} = {𝑭𝒂 } (2)
Onde [𝑲𝓵 ] é definido como a matriz de rigidez local. Essa matriz de rigidez é o
parâmetro chave para a resolução do problema pelo método dos deslocamentos. Em um
pórtico espacial, as barras podem ter posições quaisquer e ser submetidas a quaisquer dos seis
esforços seccionais, como mostra na Figura 3. Dessa forma, a matriz de rigidez é obtida com a
superposição dos termos das matrizes de rigidez para treliças, grelhas, e vigas. Esses
coeficientes são determinados pela lei de Hooke e pela integração da linha elástica, aplicando
as devidas condições de contorno.

Figura 3 Esforços em um elemento barra espacial

Fonte: Gomes Filho, H. e Garozi, (2014).

Assim, a matriz de rigidez local do pórtico espacial, é obtida com a superposição dos
efeitos de esforços axiais, flexão e torção. Alocando cada um dos termos relacionados aos 6
possíveis deslocamentos em um nó, e 12 possíveis esforços internos em uma barra, chega-se a
matriz de rigidez local da barra de um pórtico espacial, ilustrado na Figura 4.

21
Figura 4 Matriz de rigidez local de uma barra de pórtico espacial.

Fonte: Gomes Filho, H., e Garozi, (2014).

Entretanto, em estruturas espaciais, é importante considerar a orientação da barra no


espaço. Dessa forma, é necessária uma formulação matricial de transformação de
coordenadas. Para isso, será definida a matriz de rotação espacial, definida pela matriz:

𝑐𝑥 𝑐𝑦 𝑐𝑧

−𝑐𝑥 𝑐𝑦 −𝑐𝑦 𝑐𝑧
[𝑹] = √𝑐𝑥 2 + 𝑐𝑧 2 (3)
√𝑐𝑥 2 +𝑐𝑧 2 √𝑐𝑥 2 +𝑐𝑧 2

−𝑐𝑧 𝑐𝑥
0
[√𝑐𝑥 2 +𝑐𝑧 2 √𝑐𝑥 2 +𝑐𝑧 2 ]

Caso 𝑐𝑥 = 0 e 𝑐𝑧 = 0,
0 𝑐𝑦 0
[𝑹] = [−𝑐𝑦 0 0] (4)
0 0 1

Sendo:
𝑥
𝑐𝑥 = (5)
√𝑥 2 +𝑦2 +𝑧 2
𝑦
𝑐𝑦 = (6)
√𝑥 2 +𝑦 2 +𝑧 2
𝑧
𝑐𝑧 = (7)
√𝑥 2 +𝑦 2 +𝑧 2

22
Onde 𝑥, 𝑦 e 𝑧 são as coordenadas dos nós no espaço tridimensional, e 𝑐𝑥 , 𝑐𝑦 e 𝑐𝑧 são os
cossenos diretores de um vetor com as coordenadas (𝑥, 𝑦, 𝑧). De forma gráfica, os cossenos
diretores são vetores ortonormais que representam a orientação no eixo local da barra no
espaço de três dimensões e podem ser mostrados na Figura 5.
Para toda a formulação tanto para análise quanto para dimensionamento, os eixos locais
de referência, serão sempre os definidos pelos cossenos diretores (Figura 5). Sendo que o eixo
x o eixo longitudinal da barra, o eixo z como o eixo perpendicular a alma do perfil (eixo de
maior momento de inércia) e por fim o eixo y como sendo o eixo perpendicular às mesas do
perfil (eixo de menor momento de inércia).

Figura 5 Eixos locais do elemento barra.

Fonte: Autor

Como o pórtico espacial possui uma matriz de rigidez de 12x12, a matriz de rotação do
pórtico, deverá ser montada da seguinte forma:
[𝑹] [𝟎] [𝟎] [𝟎]
[𝟎] [𝑹] [𝟎] [𝟎]
[𝑹𝒑 ] = (8)
[𝟎] [𝟎] [𝑹] [𝟎]
[ [𝟎] [𝟎] [𝟎] [𝑹]]12𝑥12

Onde [𝟎] é a matriz nula de dimensão 3x3, e [𝑹𝒑 ] é a matriz de rotação do pórtico
espacial.
Assim, a matriz de rigidez de uma barra no sistema global de coordenadas, o qual é o
sistema unificado e comum a todas as barras, é dado por:
[𝑲𝒈 ] = [𝑹𝑷 ]𝑡 [𝑲ℓ ]𝑖 [𝑹𝑷 ] (9)
𝑖

23
Onde [𝑹𝑷 ]é a matriz de rotação do pórtico espacial (Eq. 8), [𝑲ℓ ]𝑖 é a matriz de rigidez
local da barra 𝑖 e [𝑲𝒈 ] é a matriz de rigidez global da barra 𝑖.
𝑖
Portanto, a matriz de rigidez global da estrutura pode ser montada de acordo com o
esquema montado na Figura 6. Onde 𝑚 e 𝑛 são os nós sequenciais em uma barra.

Figura 6 Esquema de construção da matriz de rigidez global.

Fonte: Gomes Filho e Garozi, (2014).

Dessa forma, com a inversa da matriz de rigidez global de todas as barras, é possível
determinar os deslocamentos através da equação (2). Sendo que na matriz de rigidez global
deverá ser imposta rigidez infinita nas diagonais referentes a deslocamentos e/ou rotações
impedidas. Com os deslocamentos e rotações de todos os nós, determinam-se as reações pela
mesma equação (2), mas agora, com a matriz de rigidez global sem os infinitos na diagonal.
Com as reações e deslocamentos, retorna-se para a matriz local das barras, e determina os
esforços internos pela mesma formulação matricial dada pela equação (2). Com os esforços
internos, é possível gerar os diagramas para verificação da estrutura quanto ao
dimensionamento adotado.

2.2. Propriedades Geométricas

Os perfis estruturais idealizados pelas condições de projeto neste trabalho e previstos na


NBR 8800:2008 e ainda os que são mais utilizados na construção civil brasileira, podem ser
subdivididos em dois grandes grupos: perfis laminados e perfis soldados.
Neste item, serão definidas todas as propriedades geométricas, ambos para os perfis
laminados e soldados, com formato I e H. Sequencialmente, a formulação para verificação de
elementos estruturais em aço, de acordo com NBR 8800:2008, será apresentada abordando o
dimensionamento às forças axiais, de tração e compressão, à flexão simples, à força cortante e
à flexão assimétrica, além de outras prescrições da NBR 8800:2008. Toda a formulação ficará
em função das propriedades geométricas aqui definidas, as quais dependem somente das
variáveis de projeto estabelecida na Figura 7.

24
Na Figura 7 estão representados os perfis soldados e laminados, com as variáveis de
projeto, atribuídas ao vetor 𝑿𝑖 que será mais detalhado no item 2.5 (Métodos de Otimização).
É importante observar a simbologia geométrica de cada elemento do perfil, onde 𝑑 é a altura
nominal do perfil, 𝑏𝑓 é a largura das mesas superior e inferior do perfil, 𝑅 é o raio de
concordância (para perfis laminados), 𝑡𝑤 é a espessura da alma, 𝑡𝑓 é a espessura da mesa, ℎ é
a distancia entre as faces internas das mesas e 𝑑 ′ é a altura da alma.

Figura 7 Variáveis geométricas em perfil soldado e laminado I e H, e o vetor 𝑿.

Fonte: Autor

Na Figura 7, o perfil de menor altura nominal é o perfil laminado e o outro é um perfil


soldado. De caráter geométrico, a única diferença notável na forma dos perfis laminados e
soldados está na presença do raio de concordância (R). Por sua vez, os perfis soldados
possuem dimensões maiores e uma maior variedade de possibilidades de dimensões, enquanto
os laminados possuem uma dimensão mais limitada. Ainda, os perfis soldados possuem um
custo de fabricação um pouco maior, sendo utilizados em situações onde não é possível
aplicar os perfis laminados.
25
2.2.1. Perfis Laminados I e H

Os perfis laminados são aqueles obtidos por um processo de transformação mecânica de


metais chamado laminação. Nesse processo, a forma de um corpo metálico é alterada para
torná-lo adequado a determinada aplicação. O processo de laminação é feito a quente, com
temperaturas superiores a 1.000 ºC. Neste processo, a seção da placa ou do perfil é reduzida
com o giro de cilindros dispostos em todas as direções, os quais formam uma seção que
diminui gradativamente, com o objetivo de formar a seção desejada. Os cilindros são
dispostos em direções opostas e em pares, os quais giram em sentidos opostos e movem a
peça alongada de aço por arrastamento, devido às forças de atrito. Durante a passagem pelos
cilindros, a peça é comprimida pelos cilindros na direção transversal, com o objetivo de
homogeneizar a peça e alongar no sentido longitudinal (Fakury, 2016). A Figura 8 mostra a
disposição dos cilindros na produção de uma chapa laminada.

Figura 8 Processo de Laminação do Aço.

Fonte: Associação Brasileira do Alumínio

Dentre os a perfis laminados de seção aberta como o I, H, U e L e os de chapas e barras


redondas, será dado um enfoque maior em perfis I e H de faces paralelas. Estes possuem essa
denominação, pois a face interna das mesas é paralela à externa. Estes perfis são inspirados na
padronização norte-americana e europeia, e são produzidos pela GERDAU, utilizando em sua
maioria o aço ASTM A572-Grau 50. Estes perfis foram projetados para terem boas
propriedades geométricas para uso estrutural em relação ao volume de aço consumido.
Os perfis I laminados são mais pertinentes a ser utilizado para flexão simples em torno
do eixo x, o qual por referencia é o eixo de maior momento de inércia. Estes possuem altura
de 150 mm até aproximadamente 610 mm e são especificados pela letra W (wide flange),
seguido pela sua altura nominal em milímetros e a sua massa em quilogramas por metro
(exemplo: W 460 x 89).
Os perfis H por sua vez, são mais indicados para compressão, associados com flexão,
situação bem comum em pilares. Este tipo de seção possui momento de inércia significativo
nos dois eixos principais do perfil, devido à largura das mesas serem bem próximas da altura
nominal da seção, a qual varia de 150 mm a 360 mm. Perfis H laminados são indicados tanto
26
pela letra W quanto pelas letras HP (perfis HP possuem uma particularidade de possuírem as
espessuras de mesas e almas iguais ou bem próximas).
Os perfis laminados I e H de abas paralelas utilizados neste trabalho são encontrados no
catálogo de bitolas da GERDAU, e estão em anexo neste trabalho. As expressões para as
propriedades geométricas descritas nas equações (10) a (24), podem ser encontradas em Pfeil
(2015), Fakury (2016) e De Lazzari e Alves (2017). Entretanto, dentre essas referências,
somente De Lazzari et al. (2017) inclui a contribuição das áreas delimitadas pelo raio de
concordância.
Os parâmetros de esbeltez correspondente à mesa (Eq. 10) e à alma (Eq. 11) da seção
podem ser determinados de acordo com a NBR 8800:2008 pelas equações abaixo.
𝑏𝑓
𝜆𝑓 = 2𝑡 (10)
𝑓


𝜆𝑤 = 𝑡 (11)
𝑤

Sendo que os valores de 𝑑, 𝑏𝑓 , 𝑅, 𝑡𝑤 e 𝑡𝑓 podem ser obtidos de acordo com a Figura 7.


A área da seção transversal do perfil (Eq. 12) fica definida por:
𝐴𝑏 = 2𝑏𝑓 𝑡𝑓 + ℎ𝑡𝑤 + 𝑅 2 (4 − 𝜋) (12)
O momento de inércia em relação ao eixo de maior momento de inércia (Eq. 13),
definido como o eixo 𝑧 (figura 5), pode ser formulado como a soma das parcelas referente às
mesas e alma do perfil, mais a parcela referente a uma área quadrada de lado 𝑅 nas
interseções entre a mesa e a alma e subtraindo-se da parcela referente à área de um quarto de
circulo de raio 𝑅.
2
ℎ3 𝑡𝑤 +𝑏𝑓 (𝑑3 −ℎ3 ) 𝑅 𝑅2 𝑑′ 4𝑅
𝐼𝑧 = + 6 (ℎ3 − 𝑑′3 ) − 𝜋𝑅 2 ( 4 + + 𝑑′ 3𝜋) (13)
12 4

O módulo de resistência elástico do lado comprimido e tracionado da seção, relativo ao


eixo de flexão, 𝑧 (Eq. 14) é defino como a razão entre o momento de inércia relativo ao eixo 𝑧
dividido pela distancia do centroide até a fibra extrema com maiores tensões de compressão
e/ou tração. Os módulos de tração e compressão são iguais, já que a seção é duplamente
simétrica.
𝐼
𝑊𝑧 𝑐 = 𝑊𝑧 𝑡 = 𝑑⁄𝑧 (14)
2

O raio de giração em relação ao eixo 𝑧 (Eq. 15) fica definido como raiz quadrada da
razão do momento de inércia em relação ao eixo 𝑧 pela área bruta do perfil.
𝐼
𝑟𝑧 = √𝐴𝑧 (15)
𝑏

A última propriedade relativa ao eixo 𝑧 é o módulo plástico para flexão em torno do


eixo 𝑧 (Eq. 16).
𝑏𝑓 (𝑑2 −ℎ2 )+𝑡𝑤 ℎ2 𝑑′ 4𝑅
𝑍𝑧 = + 𝑅 2 [2(𝑑′ + 𝑅) − 𝜋 ( 2 + 3𝜋)] (16)
4

O momento de inércia em relação ao eixo 𝑦 (Eq. 17) é dado por:


2𝑡𝑓 𝑏𝑓3 +𝑑′ 𝑡𝑤
3
𝑅(2𝑅+𝑡𝑤 )3 𝜋𝑅 2 16𝑅
𝐼𝑦 = + − [𝑅 2 + (2𝑅 + 𝑡𝑤 ) (2𝑅 + 𝑡𝑤 − )] (17)
12 6 4 3𝜋
27
O módulo de resistência elástico do lado comprimido e tracionado da seção, relativo ao
eixo de flexão, 𝑦 (Eq. 18), fica definido por:
𝐼𝑦
𝑊𝑦 𝑐 = 𝑊𝑦 𝑡 = 𝑏𝑓 (18)

2

O raio de giração em relação ao eixo 𝑦 (Eq. 19) fica definido como raiz quadrada da
razão do momento de inércia em relação ao eixo 𝑦 pela área bruta do perfil.
𝐼𝑦
𝑟𝑦 = √𝐴 (19)
𝑏

O módulo plástico para flexão em torno do eixo 𝑦 (Eq. 20) pode ser determinado por:
𝑡𝑓 𝑏𝑓2 2
ℎ 𝑡𝑤 4𝑅 𝑡𝑤
𝑍𝑦 = + + 𝑅 2 [2(𝑅 + 𝑡𝑤 ) − 𝜋 (𝑅 − + )] (20)
2 4 3𝜋 2

A constante de empenamento (Eq. 21) pode ser aproximada pela expressão:


𝐼𝑦 (𝑑−𝑡𝑓 )2
𝐶𝑤 = (21)
4

O momento de inércia à torção pura (Eq. 22), também chamado de constante de torção,
pode ser apresentado de forma precisa para perfis laminados I e H de abas paralelas, pela
seguinte formulação sugerida por De Lazzari e Alves (2017).
1
𝐽 = 3 (2𝑏𝑓 𝑡𝑓3 + ℎ𝑡𝑤
3
) + 2𝛼1 𝐷14 − 0,420𝑡𝑓4 (22)

Onde:
𝑡𝑤 𝑅 𝑡𝑤 𝑅 2
𝑡𝑤
𝛼1 = −0,042 + 0,2204 + 0,1355 − 0,0865 − 0,0725 (23)
𝑡𝑓 𝑡𝑓 𝑡𝑓2 𝑡𝑓2

2 𝑡
(𝑡𝑓 +𝑅) +𝑡𝑤 (𝑅+ 𝑤 )
4
𝐷1 = (24)
2𝑅+𝑡𝑓

2.2.2. Perfis Soldados I e H

O outro grande grupo de perfis estruturais abordados pela NBR 8800:2008 são os perfis
soldados. Estes por sua vez, são formados por dois ou mais perfis laminados, unidos
continuamente por meio de solda elétrica. Como já foi dito, são mais requisitados quando há a
necessidade de seções com dimensões maiores que os laminados disponíveis.
Os perfis mais comuns e abordados neste trabalho são os perfis I e H, os quais são
prescritos pela norma NBR 5884:2005 e são encontrados em quatro séries: serie CS, série VS,
série CVS e série VSM. A série CS (colunas soldadas) são perfis H destinados a pilares, por
terem a largura de mesa igual à altura do perfil, que varie entre 150 mm e 750 mm. A série
VS (vigas soldadas) são perfis I apropriados a resistirem à flexão de forma mais efetiva,
possuindo um momento de inércia com valores mais significativos no eixo de maior momento
de inércia. A altura dos perfis da serie VS variam de 150 mm até 2.000 mm. A série CVS
(colunas-vigas soldadas) por sua vez são perfis intermediários entre I e H e são mais usuais
em situações de esforços combinados, com altura variando de 150 mm a 1.000 mm. E por

28
fim, a série VSM (vigas soldadas monossimétricas) utilizadas principalmente em vigas mistas.
(Fakury, 2016)
A nomenclatura dos perfis soldados é dada de acordo com a sua série. Deve ser
utilizado o símbolo CS, VS, CVS ou VSM, seguido da altura em milímetros e da massa por
unidade de comprimento (exemplo: CVS 350 x 98). Nos casos de perfis soldados não
padronizados, devem ser utilizadas a nomenclatura de PS e PSM, para perfis soldados
duplamente simétricos e monossimétricos, respectivamente. Outra nomenclatura para
denominação de perfis soldados é utilizando o símbolo I ou H, seguido da altura, largura das
mesas, espessura das mesas e espessura da alma (exemplo: I 500 x 300 x 16 x 8).
Os perfis soldados I e H utilizados neste trabalho são encontrados na NBR 5884:2005 e
estão em anexo neste trabalho. Além disso, toda a formulação é encontrada na mesma norma
brasileira. As expressões para as propriedades geométricas, Equações (25) a (35) são
apresentadas na referida norma. Pode-se notar que algumas das formulações podem ser
obtidas com a formulação proposta para os perfis laminados, quando o raio de concordância é
igual à zero. Os valores de 𝑑, 𝑏𝑓 , 𝑡𝑤 e 𝑡𝑓 podem ser obtidos de acordo com a Figura 7.
𝐴𝑏 = 2𝑏𝑓 𝑡𝑓 + ℎ𝑡𝑤 + 𝑅 2 (4 − 𝜋) (25)
ℎ3 𝑡𝑤 +𝑏𝑓 (𝑑3 −ℎ3 )
𝐼𝑧 = (26)
12
𝐼
𝑊𝑧 𝑐 = 𝑊𝑧 𝑡 = 𝑑⁄𝑧 (27)
2

𝐼𝑧
𝑟𝑧 = √ (28)
𝐴𝑏

𝑏𝑓 (𝑑2 −ℎ2 )+𝑡𝑤 ℎ2


𝑍𝑧 = (29)
4
2𝑡𝑓 𝑏𝑓3 +𝑑′ 𝑡𝑤
3
𝐼𝑦 = (30)
12
𝐼𝑦
𝑊𝑦 𝑐 = 𝑊𝑦 𝑡 = 𝑏𝑓 (31)

2

𝐼𝑦
𝑟𝑦 = √𝐴 (32)
𝑏

𝑡𝑓 𝑏𝑓2 2
ℎ 𝑡𝑤
𝑍𝑦 = + (33)
2 4
𝑏𝑓3 𝑡𝑓 (𝑑−𝑡𝑓 )2
𝐶𝑤 = (34)
12 2
2𝑏𝑓 𝑡𝑓3 +(𝑑−𝑡𝑓 )𝑡𝑤
3
𝐽= (35)
3

É importante destacar que os perfis soldados possuem cordões de solda entre a mesa e a
alma do perfil. Entretanto essa área não é considerada no cálculo das propriedades
geométricas.
Os índices de esbeltez da mesa (𝜆𝑓 ) e da alma (𝜆𝑤 ) para perfis soldados podem ser
pelas equações (10) e (11), utilizando as variáveis definidas na Figura 7.

29
2.3. Condições Gerais de Projeto

Serão tratados nessa seção todos os principais assuntos envolvidos em um projeto de


estruturas de aço que se aplicam a este trabalho, de acordo com a NBR 8800:2008.

2.3.1. Materiais

De acordo com a NBR 8800:2008, o aço estrutural aprovado para uso, são aqueles com
qualificação assegurada por norma brasileira (Tabela 1) ou especificação estrangeira (Tabela
2). Entretanto, o aço não pode ter resistência ao escoamento acima de 450 MPa e relação entre
tensão de ruptura (𝑓𝑢 ) e tensão de escoamento (𝑓𝑦 ) inferior a 1,18.

Tabela 1 Aços especificados por norma brasileira para uso estruturalª

Fonte: NBR 8800:2008, Anexo A

Materiais e produtos estruturais devem possuir identificação adequada, especificando o


tipo ou grau, devendo atender aos seguintes métodos: certificados de qualidade e marcas
legíveis de acordo com os padrões das normas correspondentes.

30
Tabela 2 Aços de uso frequente especificados pela ASTM para uso estrutural

Fonte: NBR 8800:2008, Anexo A

Para efeito de calculo, a norma NBR 8800:2008, recomenda os seguintes valores para as
propriedades mecânicas do aço estrutural:
a) Módulo de Elasticidade: 𝐸 = 200.000 𝑀𝑃𝑎;
b) Coeficiente de Poisson: 𝜈 = 0,3;
c) Módulo de Elasticidade Transversal: 𝐺 = 77 000 𝑀𝑃𝑎;
d) Coeficiente de Dilatação Térmica: 𝛽 = 1,2. 10−5 ℃−1 ;
e) Massa Específica: 𝜌𝑎ç𝑜 = 7 850 𝑘𝑔/𝑚3 .
31
2.3.2. Segurança e Estados-Limites

A norma NBR 8800:2008 abrange os critérios de segurança baseados na NBR


8681:2003. Como critério de segurança, a NBR 8800:2008 considera os estados-limites
últimos (ELU) e os estados-limites de serviço (ELS), exigindo que nenhum estado-limite seja
excedido, caso contrário à estrutura não estará apta para atender aos objetivos de projeto. Os
ELU estão relacionados às combinações mais desfavoráveis de ações, e a sua ocorrência
significa colapso estrutural total ou parcial. Enquanto os ELS estão relacionados com o
desempenho da estrutura sob condições normais de utilização.
A verificação quanto aos ELU é feita considerando que a razão entre os valores de
cálculo dos esforços solicitantes e os correspondentes esforços resistentes seja menor que 1.
𝑆𝑑
≤1 (36)
𝑅𝑑

A verificação quanto aos ELS é feita considerando que a razão entre os valores dos
efeitos estruturais de interesse, com os valores-limites adotados para esses efeitos (valores
definidos pela NBR 8800:2008) seja menor que 1.
𝑆𝑚𝑎𝑥
≤1 (37)
𝑆𝑙𝑖𝑚

Se o efeito estrutural analisado é o deslocamento excessivo, os valores de 𝑆𝑚𝑎𝑥 são


obtidos com a deformada da estrutura, já 𝑆𝑙𝑖𝑚 pode ser obtido de acordo com a tabela 3
extraída do Anexo C da NBR 8800:2008.

32
Tabela 3 Deslocamentos Limites (𝑆𝑙𝑖𝑚 )

Fonte: NBR 8800:2008

2.3.3. Ações

Segundo a variabilidade com o tempo, as ações podem ser definidas em permanentes,


variáveis e excepcionais. Ações permanentes são aquelas que atuam com valores praticamente
constantes durante toda a vida útil da edificação ou que crescem ao longo do tempo, tendendo
a um valor-limite constante. Como exemplo, têm-se as ações constituídas pelo peso próprio,
instalações permanentes, deslocamentos de apoios, entre outras. Ações variáveis são aquelas
que apresentam variações significativas durante toda a vida útil da construção. Entre elas
estão às ações decorrentes de uso e ocupação da edificação, ações do vento, variação de
temperatura e entre outras. Já as ações excepcionais, são definidas por ações com duração

33
extremamente curta e probabilidade muito baixa de ocorrência, como por exemplo, as ações
ocasionadas por explosões, choques de veículos, abalos sísmicos, entre outras.
Durante análise estrutural, deve ser considerado o comportamento dos esforços
solicitantes. Os valores fornecidos pelas normas e especificações para as ações são de modo
geral, valores característicos. Esses valores característicos são valores de ocorrência média de
determinada ação. Dessa forma, esse valor característico difere um pouco dos valores
máximos que as ações atuantes em uma estrutura podem ocorrer.
Todas as ações atuantes em um modelo estrutural devem, por sua vez, ser majorados.
Essa majoração considera incertezas envolvendo os valores característicos adotados. Essas
inexatidões estão associadas às incertezas obtidas na análise estrutural, que utiliza modelos
ideais, especialmente relacionadas às dimensões das peças e grau de rigidez das ligações entre
barras e apoios.
A fim de combinar todas as ações possíveis atuantes na estrutura, a NBR 8800:2008 usa
como referência a NBR 8681 na ponderação de todas as ações atuantes na estrutura. A
combinação última normal de ações é dada por:

𝐶𝑢𝑙𝑡 = ∑𝑚 𝑛
𝑖=1(𝛾𝑔𝑖 𝐴𝐺𝑖,𝑘 ) + 𝛾𝑞1 𝐴𝑄1,𝑘 + ∑𝑗=2(𝛾𝑞𝑗 Ψ0𝑗 𝐴𝑄𝑗,𝑘 ) (38)

onde 𝛾𝑔𝑖 é o coeficiente de ponderação das ações permanentes, 𝐴𝐺𝑖,𝑘 ; 𝛾𝑞1 é o coeficiente de
ponderação da ação variável principal 𝐴𝑄1,𝑘 ; 𝛾𝑞𝑗 é o coeficiente de ponderação das demais
ações variáveis, e Ψ0𝑗 é p fator de combinação.
Já para os estados-limites de serviço, as combinações de ações podem ser quase
permanentes, frequentes e raras, de acordo com a sua permanência na estrutura. A
combinação que fornece os maiores valores de deslocamentos é a rara, dada por:

𝐶𝑟𝑎𝑟,𝑠𝑒𝑟 = ∑𝑚 𝑛
𝑖=1(𝐴𝐺𝑖,𝑘 ) + 𝐴𝑄1,𝑘 + ∑𝑗=2(Ψ1𝑗 𝐴𝑄𝑗,𝑘 ) (39)

onde Ψ1𝑗 é o fator de combinação.


A NBR 8800:2008 permite o agrupamento das ações com um único coeficiente de
ponderação. A Tabela 4 apresenta os coeficientes de ponderação para ações agrupadas.

Tabela 4 Coeficiente de ponderação unificado das ações permanentes e variáveis

Fonte: Fakury, 2016.


34
2.3.4. Resistências

Para determinação dos esforços resistentes de cálculo é necessário dividir os esforços


característicos resistentes por coeficientes de ponderação da resistência, de forma a reduzir ou
manter o valor característico. Assim, os esforços resistentes são dados por:
𝑓
𝑓𝑑 = 𝛾 𝑘 (40)
𝑚

sendo 𝛾𝑚 o coeficiente de ponderação, que inclui: variabilidade da resistência dos materiais


envolvidos, diferença entre resistência do material no corpo-de-prova da estrutura e desvios
gerados na construção e as aproximações feitas em projeto do ponto de vista das resistências.
Na tabela 5 são apresentados os coeficientes de acordo com a combinação de ações.

Tabela 5 Coeficientes de Ponderação das Resistências 𝛾𝑚 para ELU

Fonte: NBR 8800:2008

Para os ELS, a NBR 8800:2008 estabelece que os limites não necessitem de minoração,
dessa forma, 𝛾𝑚 = 1,0.

2.3.5. Estabilidade e Análise Estrutural

A análise estrutural tem o objetivo de determinar os efeitos ocasionados pelas ações.


Dessa forma é importante que a análise seja feita de forma mais realista possível, mostrando
todos os efeitos resultantes na estrutura.
O tipo de análise estrutural pode ser determinado de acordo com considerações do
material e dos efeitos dos deslocamentos. A norma brasileira de projeto de estruturas de aço
cita que a análise de segunda ordem dever ser usada sempre que os deslocamentos afetarem
de forma significativa os esforços internos. Para isso, a análise pode ser feita com base em
teorias geometricamente exatas, teorias aproximadas ou adaptações a resultados da teoria de
primeira ordem. A NBR 8800:2008 traz o Método da Amplificação dos Esforços Solicitantes
(MAES), como uma análise aproximada de segunda ordem, levando em conta o efeito 𝑃∆ e
𝑃𝛿.
35
2.4. Dimensionamento de Elementos em Aço

2.4.1. Força Axial de Tração

Em edifícios de aço, barras tracionadas aparecem compondo treliças planas que


funcionam como vigas de piso e de cobertura (tesouras de cobertura), treliças espaciais,
geralmente empregadas em coberturas de edificações que precisam de grande área livre,
treliças de pilares e em tirantes e pendurais que transferem cargas gravitacionais de um piso
para componentes estruturais situados em nível superior.
Para o dimensionamento aos ELU de barras solicitadas somente a tração, é preciso que
seja respeitada a seguinte relação:
𝑁𝑡,𝑆𝑑
≤1 (41)
𝑁𝑡,𝑅𝑑

sendo 𝑁𝑡,𝑆𝑑 a força normal de tração solicitante de cálculo e 𝑁𝑡,𝑅𝑑 a força normal de tração
resistente de cálculo, considerando os estados-limites últimos de escoamento da seção bruta e
ruptura da seção líquida.
A força axial resistente de cálculo é determinada pela menor capacidade resistente entre
os dois estados-limites aplicáveis. Dessa forma, para o estado limite de escoamento da seção
bruta, tem-se:
𝐴𝑏 𝑓𝑦
𝑁𝑡,𝑅𝑑𝐸 = (42)
𝛾𝑎1

onde 𝐴𝑏 é a área bruta do perfil definido pela equação (12) para perfis laminados ou (25) para
perfis soldados, 𝑓𝑦 é a tensão de escoamento do aço estrutural, definido pelas tabelas 1 e/ou
tabela 2. O 𝛾𝑎1 é o coeficiente de ponderação das resistências, definido pela tabela 5.
Como as barras tracionadas não estão sujeitas a instabilidade, a propriedade geométrica
mais importante no dimensionamento é a área da seção transversal. Assim, deve-se considerar
a área de trabalho dessas barras ao longo de todo o seu eixo. A área na região da ligação pode
ser inferior à área da seção bruta, devido à presença de furos e devido à distribuição não
uniforme das tensões na região da ligação. Assim, para o estado-limite da ruptura da seção
líquida, tem-se:
𝐴𝑒 𝑓𝑢
𝑁𝑡,𝑅𝑑𝑅 = (43)
𝛾𝑎2

𝐴𝑒 = 𝛽 𝐴𝑏 (44)
𝐴𝑛
𝛽 = 𝐶𝑡 (45)
𝐴𝑏

A área 𝐴𝑒 é a área efetiva, que fica em função da área líquida 𝐴𝑛 e do coeficiente de


redução 𝐶𝑡 . Considerou-se um fator β de redução da área bruta, Equação (45), não descrito na
NBR 8800:2008, para que a análise de otimização, por simplicidade, não considere as
diversas formas de ligação entre os elementos. Assim, um único coeficiente, β, leva em
consideração os furos na seção e o coeficiente de redução. Desta forma, fica simples definir a
área efetiva da seção líquida apenas com um fator, que varia de 0 a 1
36
A equação (43) possui um coeficiente de ponderação da resistência maior (𝛾𝑎2 = 1,35,
𝛾𝑎1 = 1,10), isso é devido ao fato do estado-limite de ruptura da seção líquida expressar um
maior nível de incerteza quanto ao valor da capacidade resistente característica.
Ainda, para seções submetidas a forças de tração, deve ser verificada a limitação do
índice de esbeltez. Essa recomendação tem o objetivo de que as barras tracionadas fiquem
demasiadamente flexíveis e possam apresentar deformações excessivas devido a choques ou
peso próprio da estrutura e também podem apresentar vibrações de grande intensidade,
causando desconforto aos usuários (Fakury, 2016). Dessa forma, o índice de esbeltez fica
limitado a 300, sendo a maior relação entre o comprimento destravado 𝐿𝑡 e o raio de giração
𝑟.
𝐿
( 𝑟𝑡) ≤ 300 (46)
𝑚𝑎𝑥

2.4.2. Força Axial de Compressão

No dimensionamento de elementos comprimidos, um dos modos de colapso é a


instabilidade global da barra, dotada de curvatura inicial. O outro modo de colapso é a
flambagem local da mesa e da alma do perfil.
A condição a ser atendida para o dimensionamento de barras prismáticas com seção I ou
H comprimidas é:
𝑁𝑐,𝑆𝑑
≤1 (47)
𝑁𝑐,𝑅𝑑

onde 𝑁𝑐,𝑆𝑑 é a força axial de compressão solicitante de cálculo e 𝑁𝑐,𝑅𝑑 é a força axial de
compressão resistente de cálculo definido por:
𝜒𝑄𝐴𝑏 𝑓𝑦
𝑁𝑐,𝑅𝑑 = (48)
𝛾𝑎1

sendo 𝐴𝑏 a área bruta da seção definido pelas equações (12) e (25), 𝑓𝑦 a tensão de escoamento
definido pelas tabelas 1 e 2, e 𝛾𝑎1 o coeficiente de ponderação da resistência, igual a 1,10.
A equação (48) apresenta dois fatores: fator de redução associado à resistência à
compressão, 𝜒 e fator de redução total associado à flambagem local, 𝑄.

Fator de redução 𝝌: Esse fator redutor considera a influência das tensões residuais e da
curvatura inicial na capacidade resistente da barra. Ele é obtido por meio de ensaios
laboratoriais e análises numéricas. De acordo com a NBR 8800:2008, para barras com
curvatura inicial de geometria praticamente senoidal e deslocamento transversal no meio da
barra da ordem de L/500, têm-se:
Para 𝜆0 ≤ 1,5
2
𝜒 = 0,658𝜆0 (49)
Para 𝜆0 > 1,5
0,877
𝜒= (50)
𝜆0 2

37
Sendo que 𝜆0 o índice de esbeltez reduzido da barra, dado por:

𝑄𝐴𝑏 𝑓𝑦
𝜆0 = √ (51)
𝑁𝑒

Onde 𝑁𝑒 é a força axial de flambagem elástica, obtido para barras prismáticas com
seção de dupla simetria. Essa força axial deverá ser calculada para flambagem por flexão em
relação ao eixo local central principal de inércia z e y, e para flambagem por torção em
relação ao eixo local longitudinal x, conforme as equações (52) a (54).
𝜋 2 𝐸𝐼𝑧
𝑁𝑒𝑧 = (𝑘 2
(52)
𝑧 𝐿)

𝜋 2 𝐸𝐼𝑦
𝑁𝑒𝑦 = 2 (53)
(𝑘𝑦 𝐿)

1 𝜋 2 𝐸𝐶𝑤
𝑁𝑒𝑥 = 𝑟 2 [ (𝑘 2 + 𝐺𝐽] (54)
0 𝑥 𝐿)

sendo 𝐸 o módulo de elasticidade do aço, definido no item 2.3.1; 𝐼𝑧 o momento de inércia em


relação ao eixo de maior momento de inércia, definido pelas equações (13) e (26); 𝐼𝑦 o
momento de inercial em relação ao eixo de menor momento de inércia, definido pelas
equações (17) e (30); 𝐿 o comprimento da barra; 𝐶𝑤 o constante de empenamento definido
pelas equações (21) e (34); 𝐺 o módulo de elasticidade transversal do aço definido no item
2.3.1; 𝐽 a constante de torção da seção transversal definido pelas equações (22) e (35); 𝑟0 o
raio de giração polar da seção bruta em relação ao centro de cisalhamento dado por:
𝑟0 = √𝑟𝑧 2 + 𝑟𝑦 2 + 𝑧0 2 + 𝑦0 2 (55)
Onde 𝑟𝑧 e 𝑟𝑦 são os raios de giração em relação aos eixos principais z e y definidos pelas
equações (15), (28) e (19), (32). Já 𝑧0 e 𝑦0 são as coordenadas do centro de cisalhamento na
direção dos eixos centrais z e y, que neste caso para perfis I e H, são nulos, já que o centro de
cisalhamento coincide com o centro geométrico.
Ainda nas equações para determinar a carga de flambagem elástica, tem-se 𝑘𝑧 e 𝑘𝑦 que
são os coeficientes de flambagem por flexão. Esses coeficientes são fornecidos pela NBR
8800:2008 em valores teóricos ou recomendados (usados quando não possa assegurar a
perfeição do engaste), para elementos isolados, tabela 6. Entretanto, esses valores de
coeficientes de flambagem por flexão devem ser tomados iguais a 1,00 para elementos
contraventados e em barras das subestruturas de contraventamento, quando forem analisados
os efeitos de segunda ordem.

38
Tabela 6 Coeficiente de flambagem por flexão de elementos isolados

Fonte: NBR 8800:2008, Anexo E

Na equação (54), o valor de 𝑘𝑥 é o coeficiente de flambagem por torção. Este valor


pode ser tomado igual a 1,0 quando ambas as extremidades da barra possuem rotação em
relação ao eixo longitudinal impedida e empenamento livre, ou igual a 2,0 quando uma das
extremidades da barra possui rotação em relação ao eixo longitudinal e empenamento livre, e
a outra possui rotação e empenamento impedidos, ou iguais a 0,7 quando uma das
extremidades da barra possui rotação em relação ao eixo longitudinal impedida e
empenamento livre, e a outra possui rotação e empenamento impedidos, ou iguais a 0,5
quando ambas as extremidades da barra possuem rotação em relação ao eixo longitudinal e
empenamento impedido.
Assim, o valor de 𝑁𝑒 adotado para o cálculo do índice de esbeltez reduzido, será o
menor valor entre 𝑁𝑒𝑧 , 𝑁𝑒𝑦 e 𝑁𝑒𝑥 .

Fator de redução total 𝑸: Esse fator de redução é dado pelo produto de dois
coeficientes, equação (56). Esses coeficientes levam em conta o efeito da flambagem local
nos elementos constituintes do perfil.
𝑄 = 𝑄𝑠 𝑄𝑎 (56)
Assim é necessário classificar os elementos constituintes da seção transversal. De
acordo com a NBR 8800:2008, a mesa dos perfis I e H são classificados como elementos AL
(apenas uma borda longitudinal vinculada) associado ao coeficiente 𝑄𝑠 e a alma dos perfis I e
H são classificadas como elementos AA (duas bordas longitudinais vinculadas) associado ao
39
coeficiente 𝑄𝑎 . Cada elemento tem uma relação 𝑏/𝑡 que deverá ser comparada com (𝑏/𝑡)𝑙𝑖𝑚
definido pela tabela 7.

Tabela 7 Valores de (𝑏/𝑡)𝑙𝑖𝑚 para cálculo dos fatores de redução para elementos AA e AL.

Fonte: NBR 8800:2008, Anexo F.

Para o cálculo do coeficiente 𝑄𝑠 , relativo aos elementos comprimidos AL, é utilizado


duas formulações, uma para os perfis soldados e outra para os laminados. A mesa dos perfis
laminados refere-se ao grupo 4 da tabela 7. Assim, a formulação para o cálculo do coeficiente

40
𝑄𝑠 para elementos comprimidos AL de perfis laminados I e H é dada pelas Equações (57) a
(61), sendo 𝑏, 𝑡 e (𝑏/𝑡)𝑙𝑖𝑚 definidos de acordo com a tabela 7.
𝑏 𝑏𝑓
= (57)
𝑡 2𝑡𝑓

𝑏 𝐸
(𝑡 ) = 1,03√𝑓 (58)
𝑠𝑢𝑝 𝑦

 Caso, 𝑏/𝑡 ≤ (𝑏/𝑡)𝑙𝑖𝑚


𝑄𝑠 = 1,00 (59)
 Caso, (𝑏/𝑡)𝑙𝑖𝑚 < 𝑏/𝑡 ≤ (𝑏/𝑡)𝑠𝑢𝑝
𝑏 𝑓𝑦
𝑄𝑠 = 1,415 − 0,74 𝑡 √ 𝐸 (60)

 Caso, 𝑏/𝑡 > (𝑏/𝑡)𝑠𝑢𝑝


0,69 𝐸
𝑄𝑠 = 2 (61)
𝑓𝑦 (𝑏⁄𝑡)

Já os elementos comprimidos AL de perfis soldados têm como referência o grupo 5 da


tabela 7. Assim, o cálculo do 𝑄𝑠 para elementos comprimidos AL de perfis soldados I e H é
dado pelas Equações (62) a (67), sendo 𝑏, 𝑡 e (𝑏/𝑡)𝑙𝑖𝑚 definidos de acordo com a tabela 7.
𝑏 𝑏𝑓
= (62)
𝑡 2𝑡𝑓

4
𝑘𝑐 = , sendo 0,35 ≤ 𝑘𝑐 ≤ 0,76 (63)
√ℎ⁄𝑡𝑤

𝑏 𝐸
(𝑡 ) = 1,17√(𝑓 (64)
𝑠𝑢𝑝 𝑦 ⁄𝑘𝑐 )

 Caso, 𝑏/𝑡 ≤ (𝑏/𝑡)𝑙𝑖𝑚


𝑄𝑠 = 1,00 (65)
 Caso, (𝑏/𝑡)𝑙𝑖𝑚 < 𝑏/𝑡 ≤ (𝑏/𝑡)𝑠𝑢𝑝
𝑏 𝑓𝑦
𝑄𝑠 = 1,415 − 0,65 𝑡 √𝑘 (66)
𝑐𝐸

 Caso, 𝑏/𝑡 > (𝑏/𝑡)𝑠𝑢𝑝


0,90 𝐸𝑘𝑐
𝑄𝑠 = 2 (67)
𝑓𝑦 (𝑏⁄𝑡)

Já para elementos compridos AA, o fator de redução 𝑄𝑎 da alma dos perfis I e H são
definidos de acordo com o valor de (𝑏/𝑡)𝑙𝑖𝑚 encontrados na tabela 7, grupo 2, tanto para
perfis laminados quanto para os soldados.

 Caso, 𝑏/𝑡 ≤ (𝑏/𝑡)𝑙𝑖𝑚


𝑄𝑎 = 1,00 (68)
 Caso, (𝑏/𝑡)𝑙𝑖𝑚 < 𝑏/𝑡
𝐴𝑒𝑓
𝑄𝑎 = (69)
𝐴𝑏

41
Sendo 𝑏 e 𝑡 definidos de acordo com o grupo 2 da tabela 7, e 𝐴𝑒𝑓 a área efetiva da seção
transversal definida como:
𝐴𝑒𝑓 = 𝐴𝑏 − (𝑏 − 𝑏𝑒𝑓 )𝑡 (70)
onde 𝑏𝑒𝑓 é a largura efetiva da alma calculada considerando a resistência pós-flambagem do
elemento AA. A obtenção precisa desse valor 𝑏𝑒𝑓 é bastante custosa, assim a NBR 8800:2008
apresenta uma expressão semi-empírica para determinar essa largura, dada por:
𝐸 0,34 𝐸
𝑏𝑒𝑓 = 1,92 𝑡√𝜎 [1 − √ ] ≤𝑏 (71)
𝑚𝑎𝑥 𝑏⁄𝑡 𝜎𝑚𝑎𝑥

onde 𝜎𝑚𝑎𝑥 é a tensão máxima que pode atuar no elemento analisado, igual a 𝜒𝑓𝑦 . Observe que
para obter 𝜎𝑚𝑎𝑥 é necessário obter o coeficiente de redução 𝜒, que por sua vez é em função de
𝑄, que é em função de 𝑄𝑎 , seguido por 𝐴𝑒𝑓 , e retornando a 𝑏𝑒𝑓 , o qual necessita de se obter
𝜎𝑚𝑎𝑥 . Assim, uma das soluções para resolver esse loop, foi desenvolver um processo iterativo
que a partir de uma tolerância limite específica, o processo converge para uma solução mais
precisa. Outra solução que a norma brasileira indica é considerar 𝜎𝑚𝑎𝑥 = 𝑓𝑦 , de forma
conservadora.
E por fim, com o coeficiente 𝑄𝑎 e 𝑄𝑠 definidos, é possível obter o coeficiente 𝑄, através
da equação (56). Obtém-se 𝜆0 através da equação (51), e assim determina-se o coeficiente de
redução 𝜒. De posse dos valores dos coeficientes de redução, determina-se a força axial de
compressão resistente de cálculo, 𝑁𝑐,𝑅𝑑 . Ainda, a NBR 8800:2008, limita o índice de
esbeltez das barras comprimidas. Esse índice de esbeltez não pode ser superior a 200 para
evitar danos às barras ou aumento da imperfeição inicial durante as operações de fabricação,
transporte e montagem (Fakury, 2016). O índice de esbeltez pode ser determinado de duas
formas: pela geometria da barra ou pela carga de flambagem elástica da barra.
𝑘𝐿 𝐸 𝐴𝑏
(𝑟) = 𝜋√ ≤ 200 (72)
𝑚𝑎𝑥 𝑁𝑒

2.4.3. Momento fletor Resistente de Cálculo

Para a verificação ao momento fletor atuando nos dois eixos da seção transversal do
perfil, eixo z e y, deve-se determinar os momentos fletores resistentes de cálculo, 𝑀𝑅𝑑,𝑧 e
𝑀𝑅𝑑,𝑦 , e compara-los com os seus respectivos esforços solicitantes. Essa abordagem de flexão
assimétrica é dada, conforme Pfeil (2015), por:
𝑀𝑆𝑑,𝑧 𝑀
+ 𝑀 𝑆𝑑,𝑦 ≤ 1 (73)
𝑀𝑅𝑑,𝑧 𝑅𝑑,𝑦

Caso não existam esforços solicitantes no eixo estudado, basta atribui-lo a zero,
tornando a equação de verificação mais simplificada. Esses esforços resistentes serão
definidos como o menor dos resistentes calculados em cada um dos estados-limites
Os estados limites últimos a serem verificados em vigas solicitadas à flexão em relação
ao eixo de maior momento de inércia são: flambagem local, flambagem global e plastificação
total da seção transversal. Já para as vigas solicitadas à flexão em relação ao eixo de menor
42
momento de inércia só é verificado o estado limite de flambagem local da mesa, como mostra
a tabela 8.

Tabela 8 Parâmetros referentes ao momento fletor resistente

Fonte: NBR 8800:2008, Anexo G (tabela reduzida)

A flambagem local é definida pela perda de estabilidade da mesa e/ou da alma


comprimidas do perfil, o que reduz o momento resistente do perfil. Já a flambagem global é
definida pela perda do equilíbrio da viga ao longo do seu eixo, apresentando deslocamentos
laterais e rotações de torção da seção. Caso o momento resistente atinja o momento de
plastificação, sem sofrer flambagem, há grandes rotações desenvolvidas na viga, tornando a
seção uma rótula plástica. Além dos estados limites últimos a serem verificados, é importante
destacar a validação da análise estrutural elástica, que será delimitada pelo momento
resistente que limita somente ao comportamento elástico.
Para a formulação de cada estado-limite apresentado, serão definidos os momentos
resistentes nos eixo z e y, quando houver.
De acordo com a NBR 8800:2008, anexo G, o momento fletor resistente de cálculo para
o estado limite último de flambagem local da mesa (FLM) e flambagem local da alma (FLA)
é definido pelas inequações:
𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑅𝑑 = , para 𝜆 ≤ 𝜆𝑝 (74)
𝛾𝑎1

1 𝜆−𝜆𝑝
𝑀𝑅𝑑 = 𝛾 [𝑀𝑝𝑙 − (𝑀𝑝𝑙 − 𝑀𝑟 ) 𝜆 ] , para 𝜆𝑝 < 𝜆 ≤ 𝜆𝑟 (75)
𝑎1 𝑟 −𝜆𝑝

𝑀𝑐𝑟
𝑀𝑅𝑑 = , para 𝜆 > 𝜆𝑟 (76)
𝛾𝑎1

onde:
𝑀𝑅𝑑 : é o momento fletor resistente de cálculo em relação ao eixo de flexão, poderá ser
𝑀𝑅𝑑,𝐹𝐿𝑀,𝑧 , 𝑀𝑅𝑑,𝐹𝐿𝑀,𝑦 ou 𝑀𝑅𝑑,𝐹𝐿𝐴,𝑧 ;

43
𝑀𝑝𝑙 : é o momento de plastificação total da seção no eixo de flexão (será substituído por 𝑀𝑝𝑙,𝑧
ou 𝑀𝑝𝑙,𝑦 );
𝛾𝑎1 : é o coeficiente parcial de segurança para aço estrutural (estados limite de escoamento e
flambagem);
𝑀𝑟 : é o momento de início de escoamento considerando as tensões residuais no eixo de flexão
(será substituído por 𝑀𝑟,𝑧 ou 𝑀𝑟,𝑦 );
𝜆𝑝 : é o parâmetro de esbeltez correspondente a plastificação;
𝜆𝑟 : é o parâmetro de esbeltez correspondente ao início de escoamento;
𝜆: é o parâmetro de esbeltez correspondente ao elemento do perfil (𝜆𝑓 para a mesa e 𝜆𝑤 para a
alma)
𝑀𝑐𝑟 : é o momento crítico de flambagem elástica (será substituído por 𝑀𝑐𝑟,𝑧 ou 𝑀𝑐𝑟,𝑦 ).

Flambagem Local da Mesa: A verificação da flambagem local da mesa comprimida do


perfil I será feita com base no parâmetro de esbeltez do elemento. Ao definir o parâmetro de
esbeltez da mesa 𝜆 = 𝜆𝑓 , pela equação (10), e compará-lo com os índices 𝜆𝑝 (Eq. 77) e 𝜆𝑟
(Eq. 78), é possível determinar o momento fletor resistente referente à flambagem da mesa,
descrito nas equações (74), (75) e (76), tanto para o eixo z quanto para o eixo y.
𝐸
𝜆𝑝 = 0,38√𝑓 (77)
𝑦

𝐸
𝜆𝑟 = 0,83√ (78)
(𝑓𝑦 −𝜎𝑟 )

Assim, para obter o momento resistente de cálculo referente à flambagem local da mesa
em relação à flexão em torno de z (𝑀𝑅𝑑,𝐹𝐿𝑀,𝑧 ) utilizam-se as equações (74), (75) e (76) com
as variáveis definidas abaixo.
𝑀𝑝𝑙,𝑧 = 𝑍𝑧 𝑓𝑦 (79)
𝑀𝑟,𝑧 = 𝑊𝑧 (𝑓𝑦 − 𝜎𝑟 ) (80)
0,69𝐸
𝑀𝑐𝑟,𝑧 = 𝑊𝑧 (81)
𝜆2𝑓

Já para obter o momento resistente de cálculo referente à flambagem local da mesa em


relação à flexão em torno de y (𝑀𝑅𝑑,𝐹𝐿𝑀,𝑦 ) utilizam-se as equações (74), (75) e (76) com as
variáveis definidas abaixo.
𝑀𝑝𝑙,𝑦 = 𝑍𝑦 𝑓𝑦 (82)
𝑀𝑟,𝑦 = 𝑊𝑦 (𝑓𝑦 − 𝜎𝑟 ) (83)
0,69𝐸
𝑀𝑐𝑟,𝑦 = 𝑊𝑦 (84)
𝜆2𝑓

onde:
𝑓𝑦 : é a resistência ao escoamento do aço;
𝑊𝑧,𝑦 : é o módulo de resistência elástico mínimo da seção, relativo ao eixo de flexão z ou y;
𝜎𝑟 : é a tensão residual de compressão nas mesas, tomadas igual a 30% do 𝑓𝑦 ;
44
𝐸: é o modulo de elasticidade do aço (200 GPa).

Flambagem Local da Alma: A verificação da flambagem localizada na alma do perfil I


também será feita com base no índice de esbeltez do elemento. Da mesma forma, ao definir o
índice de esbeltez da alma 𝜆 = 𝜆𝑤 , pela equação (11), e compará-lo com os índices 𝜆𝑝 ,
euqação (86), e 𝜆𝑟 , equação 87, é possível determinar o estado limite governado para o
elemento, concomitante ao momento fletor resistente referente à flambagem da alma, descrito
nas equações (74), (75) e (76).
De acordo com a nota 3 do anexo G da NBR 8800:2008, o estado limite de flambagem
local da alma do perfil não é necessário ser verificado para flexão em relação ao eixo de
menor momento de inércia (eixo y neste caso). Assim, para a flambagem local da alma, só
será definido o momento resistente de cálculo em relação ao eixo z (𝑀𝑅𝑑,𝐹𝐿𝐴,𝑧 ).
Entretanto, para a verificação de almas esbeltas (equação (76)), a verificação é mais
elaborada, e pode ser encontrada no anexo H da NBR 8800:2008. Para o caso de perfis
laminados, a alma é pouco esbelta, e dessa forma não sendo necessária esta verificação.
Porém, para os perfis soldados da série VS, é comum que alguns deles deem com alma
esbelta. Entretanto, para evitar o uso de enrijecedores, que neste trabalho foi considerado
como elemento de ligação, foi utilizado como restrição à verificação de almas esbeltas,
quando 𝜆𝑤 > 𝜆𝑟 . Assim, os perfis foram verificados sempre com a condição de que 𝜆𝑤 ≤ 𝜆𝑟 .
Abaixo segue as equações das variáveis para as equações (74) e (75), para obter
𝑀𝑅𝑑,𝐹𝐿𝐴,𝑧 (para 𝑀𝑝𝑙 foi utilizado à equação (79)):
𝑀𝑟,𝑧 = 𝑊𝑧 𝑓𝑦 (85)
𝐸
𝜆𝑝 = 3,76√𝑓 (86)
𝑦

𝐸
𝜆𝑟 = 5,70√𝑓 (87)
𝑦

Flambagem Lateral com Torção: De acordo com a NBR 8800:2008, anexo G, o


momento fletor resistente de cálculo para o estado-limite último de flambagem lateral com
torção (FLT) em relação ao eixo de maior momento de inércia é definido pelas inequações
(para 𝑀𝑝𝑙 foi utilizado à equação (79)):
𝑀𝑝𝑙,𝑧
𝑀𝑅𝑑,𝐹𝐿𝑇,𝑧 = , para 𝜆 ≤ 𝜆𝑝 (88)
𝛾𝑎1

𝐶 𝜆−𝜆𝑝 𝑀𝑝𝑙,𝑧
𝑀𝑅𝑑,𝐹𝐿𝑇,𝑧 = 𝛾 𝑏 [𝑀𝑝𝑙,𝑧 − (𝑀𝑝𝑙,𝑧 − 𝑀𝑟,𝑧 ) 𝜆 ]≤ , para 𝜆𝑝 < 𝜆 ≤ 𝜆𝑟 (89)
𝑎1 𝑟 −𝜆𝑝 𝛾𝑎1

𝑀𝑐𝑟,𝐹𝐿𝑇,𝑧 𝑀𝑝𝑙 ,𝑧
𝑀𝑅𝑑,𝐹𝐿𝑇,𝑧 = ≤ , para 𝜆 > 𝜆𝑟 (90)
𝛾𝑎1 𝛾𝑎1

onde:
𝜆: é o coeficiente de esbeltez da viga, definido por 𝐿𝑏 ⁄𝑟𝑦 , onde 𝐿𝑏 é o comprimento
destravado da viga, e 𝑟𝑦 o raio de giração em relação ao eixo 𝑦 (equação (19));

45
𝑀𝑝𝑙,𝑧 : é o momento de plastificação total da seção com flexão em relação ao eixo z, definido
pela equação (79);
𝑀𝑟,𝑧 : é o momento de início de escoamento considerando as tensões residuais, definido pela
equação (80);
𝑀𝑐𝑟,𝑧 : é o momento crítico de flambagem elástica,
𝐶𝑏 𝜋 2 𝐸𝐼𝑦 𝐶 𝐽𝐿2
𝑀𝑐𝑟,𝑧 = √ 𝐼𝑤 (1 + 0,039 𝐶 𝑏) (91)
𝐿2𝑏 𝑦 𝑤

𝜆𝑝 : é o parâmetro de esbeltez correspondente a plastificação, definido por:


𝐸
𝜆𝑝 = 1,76√𝑓 (92)
𝑦

𝜆𝑟 : é o parâmetro de esbeltez correspondente ao início de escoamento, definido por:

1,38√𝐼𝑦 𝐽 27𝐶𝑤 𝛽12


𝜆𝑟 = √1 + √1 + (93)
𝑟𝑦 𝐽 𝛽1 𝐼𝑦

(𝑓𝑦 −𝜎𝑟 )𝑊𝑧


𝛽1 = (94)
𝐸𝐽

onde:
𝑓𝑦 : é a resistência ao escoamento do aço;
𝑊𝑧 : é o módulo de resistência elástico mínimo da seção, relativo ao eixo de flexão, 𝑧;
𝜎𝑟 : é a tensão residual de compressão nas mesas, tomadas igual a 30% do 𝑓𝑦 ;
𝐸: é o modulo de elasticidade do aço (200 GPa).
𝐶𝑏 : é o fator de modificação da resistência à flexão para o diagrama não uniforme de
momento fletor.

Para a determinação do momento fletor resistente, ainda é necessário calcular fator de


modificação da resistência à flexão para o diagrama não uniforme de momento fletor (𝐶𝑏 ).
Este fator será usado tanto na formulação do momento crítico, Equação (91), quanto para a
determinação do momento fletor resistente, Equação (89). Para as duas mesas livres para
flambarem, o cálculo do 𝐶𝑏 pode ser dado por:
12,5𝑀𝑚á𝑥
𝐶𝑏 = 2,5𝑀 ≤ 3,0 (95)
𝑚á𝑥 +3𝑀𝐴 +4𝑀𝐵 +3𝑀𝐶

onde:
𝑀𝑚á𝑥 : é o momento fletor máximo no trecho da viga em módulo;
𝑀𝐴 , 𝑀𝐵 , 𝑀𝐶 : são os momentos fletores a uma distância de 25%, 50% e 75% do comprimento
da viga em relação a um dos pontos de contenção lateral, respectivamente (Figura 9).

46
Figura 9 Valores dos momentos para o cálculo do 𝐶𝑏 .

Fonte: Fakury, 2016.

Para trechos em balanço entre uma seção com restrição a deslocamento lateral e à torção
nas duas mesas e a outra extremidade livre, nas duas mesas, toma-se 𝐶𝑏 = 1,0.
Para vigas de seções I e H, onde uma das mesas encontra-se livre pra se deslocar
lateralmente e a outra mesa possui contenção lateral contínua e o sentido da carga distribuída
na viga é da mesa contida para a mesa livre (Figura 10), o cálculo do 𝐶𝑏 é dado por:

2𝑀 8 𝑀2
𝐶𝑏 = 3,00 − 3 𝑀1 − 3 (𝑀 ∗) (96)
0 0 +𝑀1

onde:
𝑀0 : é o valor do maior momento fletor solicitante de cálculo na viga que comprime a mesa a
livre nas extremidades, tomado como negativo;
𝑀1 : é o valor do momento fletor solicitante de cálculo na outra extremidade, sendo negativo
se comprimir a mesa livre e positivo se traciona-la;
𝑀1 ∗ : igual a 𝑀1 , porém tomado igual a zero se tracionar a mesa livre;
𝑀2 : é o momento fletor na seção central do comprimento destravado.

Figura 10 Barra com mesa travada e carregamento com sentido dessa mesa para a livre.

Fonte: Fakury, 2016.


47
Se a carga distribuída estiver no sentido da mesa livre para a travada, a formulação para o
cálculo do 𝐶𝑏 pode ser dividida em 3 casos particulares para o diagrama de momento fletor
(Figura 11):
 Caso A: Se os momentos nas duas extremidades tracionarem a mesa livre ou forem
nulos;
(𝑀0 +0,6𝑀1 )
𝐶𝑏 = 2,0 − (97)
𝑀2

 Caso B: Se o momento comprime apenas uma das extremidades com a mesa livre;
0,165𝑀0 +2,0𝑀1 −2,0𝑀2
𝐶𝑏 = (98)
0,5𝑀1 −𝑀2

 Caso C: Se os momentos nas duas extremidades comprimem a mesa livre.


1𝑀 𝑀0 +𝑀1
𝐶𝑏 = 2,0 − (0,165 + 3 𝑀1 ) (99)
0 𝑀2

Onde:
𝑀0 : é o momento com maior possibilidade de comprimir a mesa livre. Se for o Caso A, onde
os dois momentos tracionam a mesa livre, o 𝑀0 será o menor deles. Para o Caso B será o
momento que comprimi a mesa livre. Para o Caso C será o maior momento que comprimi a
mesa livre;
𝑀1 : é o momento fletor na outra extremidade oposta ao valor de 𝑀0 ;
𝑀2 : é o momento fletor na seção central do comprimento destravado.

Figura 11 Barra com mesa travada e carregamento com sentido da mesa livre para essa mesa.

Fonte: Fakury, 2016.

48
Para vigas em todos os outros casos onde existe a contenção lateral contínua da mesa,
deve-se tomar 𝐶𝑏 = 1,0. Para esses casos, um exemplo, é uma das mesas com contenção
lateral contínua, porém com carregamento distribuído nulo.
Para os casos onde todo o diagrama de momento fletor traciona a mesa livre tem-se
𝐿𝑏 = 0. Note que quando 𝐿𝑏 → 0 o momento crítico de flambagem elástica 𝑀𝑐𝑟,𝑧 → ∞
(Equação (91)). Assim pela equação (89) e (90), quando 𝑀𝑐𝑟,𝑧 → ∞, o momento fletor
resistente 𝑀𝑅𝑑,𝐹𝐿𝑇,𝑧 → ∞, só que o momento fletor resistente deve ser menor que momento de
plastificação. Dessa forma para o estado-limite da FLT, quando o comprimento de
flambagem, 𝐿𝑏 , é nulo, o único estado-limite que governa a barra será o momento de
plastificação.

Validade da Análise Estrutural Elástica: Como toda a abordagem do dimensionamento


é feita com base no comportamento elástico, o momento fletor resistente de cálculo fica
limitado ao momento resistente:
1,5𝑊𝑧 𝑓𝑦
𝑀𝑑,𝑒𝑙𝑎,𝑧 = (100)
𝛾𝑎1

Onde:
𝑊𝑧 : é o módulo de resistência elástico mínimo da seção, relativo ao eixo de flexão, 𝑧;
𝑓𝑦 : é a resistência ao escoamento do aço;
𝛾𝑎1 : é o coeficiente parcial de segurança para aço estrutural (estados limite de escoamento e
flambagem);
Sendo que, para o eixo de flexão em torno de y, a validade da análise estrutural elástica
também deverá ser verificada. Porém, para o cálculo do 𝑀𝑑,𝑒𝑙𝑎,𝑦 usa-se o módulo de
resistência elástico mínimo da seção, relativo ao eixo de flexão 𝑦, o 𝑊𝑦 .
Após determinar todos os momentos resistentes de cálculo, para cada eixo de flexão,
define-se 𝑀𝑅𝑑,𝑧 como o menor valor do momento fletor resistente de cálculo para flexão em
torno do eixo z, e 𝑀𝑅𝑑,𝑦 como o menor valor do momento fletor resistente de cálculo para
flexão em torno do eixo y. Com exceção do estado-limite da FLT, que se deve tomar o
momento solicitante de cálculo, 𝑀𝑆𝑑,𝑧 , definido na Equação (73), como o maior momento
fletor que comprime a mesa livre.

2.4.4. Força Cortante Resistente de Cálculo

Para a verificação à força cortante devido à flexão em torno do eixo z temos 𝑉𝑅𝑑,𝑦 . Já
para a verificação do esforço cortante devido à flexão em torno do eixo y, temos 𝑉𝑅𝑑,𝑧 . Assim,
a verificação da força cortante nos dois eixos de flexão fica formulada como:
𝑉𝑆𝑑,𝑦
≤1 (101)
𝑉𝑅𝑑,𝑦

𝑉𝑆𝑑,𝑧
𝑉𝑅𝑑,𝑧
≤1 (102)

49
Onde 𝑉𝑆𝑑,𝑦 e 𝑉𝑆𝑑,𝑧 são os esforços solicitantes de cálculo para os esforços resistentes de
cálculo 𝑉𝑅𝑑,𝑦 e 𝑉𝑅𝑑,𝑧 respectivamente.
A resistência ao esforço cortante é restringida pela flambagem da alma, ocasionada
pelas tensões cisalhantes e pelo escoamento da alma. Dessa forma o elemento resistente à
força cortante será a alma. Para a verificação de perfis I com flexão em relação ao eixo
perpendicular a alma (eixo de maior momento de inércia, z), a força cortante resistente de
cálculo será no eixo perpendicular a mesa, neste caso o eixo y, dada por:
𝑉𝑝𝑙,𝑦
𝑉𝑅𝑑,𝑦 = , para 𝜆 ≤ 𝜆𝑝 (103)
𝛾𝑎1
𝜆 𝑉𝑝𝑙,𝑦
𝑉𝑅𝑑,𝑦 = 𝜆 𝑃 , para 𝜆𝑝 < 𝜆 ≤ 𝜆𝑟 (104)
𝑤 𝛾𝑎1

𝜆𝑝 2 𝑉𝑝𝑙,𝑦
𝑉𝑅𝑑,𝑦 = 1,24 (𝜆 ) , para 𝜆 > 𝜆𝑟 (105)
𝑤 𝛾𝑎1

Onde:
𝑘 𝐸
𝜆𝑝 = 1,10√ 𝑓𝑣 (106)
𝑦

𝑘 𝐸
𝜆𝑟 = 1,37√ 𝑓𝑣 (107)
𝑦

𝑉𝑝𝑙,𝑦 = 0,60𝐴𝑤,𝑦 𝑓𝑦 (108)


𝐴𝑤,𝑦 = 𝑑𝑡𝑤 (109)
Onde:
𝜆: é o parâmetro de esbeltez da alma do perfil (𝜆𝑤 ) dado pela equação (11);
𝑘𝑣 : é o fator amplificador do parâmetro de esbeltez;
260 2 5
𝑘𝑣 = 5,0 para 𝑎/ℎ > 3 ou 𝑎/ℎ > (ℎ/𝑡 ) sendo 𝑘𝑣 = 5 + para todos os outros
𝑤 (𝑎/ℎ) 2
casos;
𝑎: é a distancia entre enrijecedores, que será atribuída como o comprimento total da viga,
considerando enrijecedores somente nos apoios.
Como alguns dos perfis são laminados, o uso de enrijecedores ficou limitado, já que as
almas são pouco esbeltas, de modo que a resistência à flambagem da alma seja suficiente para
atender aos esforços solicitantes. Já para perfis pré-fabricados, como os soldados, as almas
são mais esbeltas, de modo que a resistência da viga fica limitada pela flambagem da alma.
Assim, uma das soluções é utilizar enrijecedores transversais (Pfeil, 2015). Entretanto, o uso
de enrijecedores para o problema proposto, tornaria uma abordagem mais complexa e
delicada. Assim, optou-se por aumentar a espessura da alma, caso há a necessidade de
enrijecedores.
De acordo com a NBR 8800:2008, para os casos onde o perfil é fletido em relação ao
eixo perpendicular às mesas, neste caso eixo y, deve-se seguir o mesmo procedimento citado
anteriormente. Entretanto algumas particularidades devem ser obedecidas. Primeiramente,
𝑘𝑣 = 1,2 para o cálculo do 𝜆𝑝 e 𝜆𝑟 . Para onde tem ℎ, atribuir 𝑏𝑓 ⁄2 e para 𝑡𝑤 atribuir 𝑡𝑓 . Dessa

50
forma, o parâmetro de esbeltez 𝜆 se torna no 𝜆𝑓 , dado pela equação (10). E por último, para o
cálculo da força cortante 𝑉𝑝𝑙,𝑧 deve-se usar a equação (114):
𝑘𝑣 = 1,2 (110)
𝑏𝑓
ℎ← (111)
2

𝑡𝑤 ← 𝑡𝑓 (112)
𝑏
𝜆 ← 𝜆𝑓 = 2𝑡𝑓 (113)
𝑓

𝐴𝑤,𝑧 = 2 𝑏𝑓 𝑡𝑓 (114)
Dessa forma, com todas essas mudanças, e seguindo a mesma rotina disposta pelas
equações (103), (104) e (105), é possível obter o valor de 𝑉𝑅𝑑,𝑧 .

2.4.5. Combinação de Esforços Solicitantes

Barras de aço sob combinação de esforços solicitantes são aquelas que estão sujeitas
simultaneamente a força axial (tanto de tração quanto de compressão) e flexão a um ou aos
dois eixos centrais de inércia. Este tipo de situação de projeto é bastante comum em pilares de
pórticos rígidos planos e espaciais.
Para essa atuação simultânea dos esforços, deve-se atender a limitação fornecida pelas
seguintes expressões de interação:
𝑁
 Caso 𝑁 𝑠𝑑 ≥ 0,2
𝑅𝑑
𝑁𝑠𝑑 8 𝑀𝑆𝑑,𝑧 𝑀
+ 9 (𝑀 + 𝑀 𝑆𝑑,𝑦 ) ≤ 1,0 (115)
𝑁𝑅𝑑 𝑅𝑑,𝑧 𝑅𝑑,𝑦

𝑁
 Caso 𝑁 𝑠𝑑 < 0,2
𝑅𝑑
𝑁𝑠𝑑 𝑀 𝑀
+ (𝑀𝑆𝑑,𝑧 + 𝑀 𝑆𝑑,𝑦 ) ≤ 1,0 (116)
2 𝑁𝑅𝑑 𝑅𝑑,𝑧 𝑅𝑑,𝑦

Onde 𝑁𝑠𝑑 e 𝑁𝑅𝑑 são as forças axiais solicitante e resistente de tração ou compressão,
definidos pelas equações (41) e (47), sendo que será utilizada aquela que for aplicável. Os
momentos resistentes e solicitantes foram definidos na equação (73).

2.5. Métodos de Otimização

No estudo do dimensionamento otimizado, é importante distinguir a diferença entre


análise e dimensionamento. Análise é o processo de determinação da resposta de um
específico sistema em seu meio. Por exemplo, o cálculo de tensões em uma estrutura devido a
esforços externos é considerado como uma análise. Dimensionamento, por outro lado, é
utilizado para representar o atual processo de caracterização do sistema. Por exemplo, o
dimensionamento estrutural é definido como a determinação da geometria e localização dos
elementos necessários para suportar os esforços externos. Claramente, análise é um

51
subproblema no processo de dimensionamento, porque é só assim que iremos avaliar o quão
adequado é o dimensionamento. (Vanderplaats, 1998)
Muitos processos de dimensionamento na engenharia são quantificáveis, e por causa
disso, é possível utilizar a computação como uma ferramenta para analisar as alternativas de
dimensionamento mais rapidamente. Basicamente o proposito da otimização numérica é
acrescentar uma pesquisa racional para o melhor dimensionamento que atende as nossas
necessidades. (Vanderplaats, 1998)
Algumas das vantagens do uso de otimização numérica podem ser expostas. A primeira
delas é a redução do tempo do dimensionamento ótimo, especialmente quando o programa de
otimização pode ser aplicado para vários projetos distintos. O processo de otimização em si,
gera um dimensionamento sistemático do processo, o que é outra de suas vantagens, de
acordo com Vanderplaats (1998). Ainda, com os métodos de otimização numérica, é possível
lidar com uma grande variedade de variáveis de projeto a restrições, os quais são difíceis de
visualizar em métodos gráficos. Outra vantagem é que a otimização numérica sempre leva a
alguma melhoria de dimensionamento. Além disso, a otimização não é baseada em
experiência em engenharia o que permite a melhora em projetos não tradicionais de
engenharia. E por fim, a otimização numérica requer uma mínima quantidade de interação
homem-maquina.
No processo de otimização, podem ter dois tipos de otimização, a com restrições e a
sem restrições. Otimização sem restrições visam encontrar o mínimo ou máximo de uma
função qualquer. Por outro lado, otimização com restrições são aquelas que além de possuir
uma função a ser minimizada ou maximizada, possui restrições que ficam em função das
variáveis de projeto. O problema abordado neste trabalho trata-se de um problema de
otimização com restrições.
De forma geral, o problema de otimização com restrições pode ser formulado da
seguinte forma:
Minimizar: 𝐹(𝑿) Função objetivo (117)

Tal que:
𝑔(𝑿) ≤ 0 Restrições de inequações (Lineares e Não lineares) (118)
ℎ(𝑿) = 0 Restrições de igualdades (Lineares e Não lineares) (119)
𝑿𝑙𝑏 ≤ 𝑿 ≤ 𝑿𝑢𝑏 Limites da variável de projeto (120)
Onde:
𝑋1
𝑋2
𝑋3
𝑿= . Variáveis de Projeto (121)
.
.
{𝑋𝑛 }

52
O vetor 𝑿 refere-se às variáveis a serem alteradas para atingir o mínimo da função
objetivo (Eq. 117). A função objetivo 𝐹(𝑿), assim como as funções de restrições 𝑔(𝑿) e
ℎ(𝑿), podem ser funções lineares ou não lineares da variável de projeto 𝑿. Essas funções
ainda podem ser em função de 𝑿 de forma explícita ou implícita. A função de restrições de
igualdades (Eq. 119), quando forem explícitas em 𝑿 podem ser utilizadas como uma forma de
reduzir as variáveis de projeto. Por exemplo, quando temos que 𝑋1 = 𝑋2, reduzimos a
variável 𝑋1 o qual ficara em função explicitamente de 𝑋2. Dessa forma, o nosso problema terá
𝑛 − 1 variáveis de projeto a serem otimizadas.
A equação (120) representa os limites da variável de projeto. Apesar de esses limites
apresentarem restrições de inequação, dada pela equação (118), é mais conveniente mostrar
essas restrições separadamente, com a finalidade de mostrar a região de pesquisa para a
otimização.

Visando um dimensionamento ótimo, aquele que gera o menor custo de material,


técnicas de otimização foram empregadas. Um dos objetivos deste trabalho é utilizar métodos
diretos de otimização que utilizem restrições. Deste modo, será utilizado duas técnicas de
otimização: modelo matemático determinístico com variável contínua, e modelo
probabilístico com variável discreta. Para o modelo matemático, foi utilizado a Programação
Quadrática Sequencial (PQS), já para o modelo probabilístico, foi utilizado o Algoritmo
Genético (AG).

2.5.1. Programação Quadrática Sequencial

Quando se busca a solução para um problema de otimização a primeira opção é aquela


que seja a mais eficaz. O uso de subproblemas quadráticos para se obter a proposta ótima em
cada interação é uma das metodologias mais preciosas e competentes. Um dos métodos que
usa essa metodologia é a Programação Quadrática Sequencial. (Miálich Junior, 2016)
A base do PQS usa o Método de Newton, ou Quasi-Newton, para resolver as condições
de Karush-Kuhn-Tucker. Basicamente, ao invés de resolver o problema final de otimização,
esse método envolve a solução de um subproblema em cada interação. Cada um desse
subproblema é uma minimização quadrática PQ (Programação Quadrática) que consiste na
aproximação quadrática da função Lagrangiana otimizada sobre uma aproximação linear de
restrições. (Miálich Junior, 2016)
De acordo com Nunes et al. (2010), o problema de otimização pelo método da
Programação Quadrática Sequencial, parte de uma estimativa inicial, a qual irá fornecer uma
solução de um subproblema simples, de forma que este subproblema esteja localmente muito
bem representado, e assim irá fornecer uma aproximação ainda melhor para a solução
procurada.
A formulação do problema de otimização pelo método do PQS segue como base as
equações (117) a (121). Entretanto, o PQS resolve o problema de otimização iterativamente,
onde a solução de cada passo é obtida com a solução de aproximação da função objetivo

53
𝐹(𝑿), que será substituída por uma aproximação quadrática (equação 3.3.1-1) e as funções de
restrições 𝑔(𝑿) e ℎ(𝑿) serão substituídas por aproximações lineares (equação 3.3.1-2 e 3.3.1-
3).
1
Minimizar: 𝑄(𝑺) = 𝐹(𝑿) + ∇𝐅(𝐗) 𝑇 𝐒 + 2 𝐒 𝑇 𝐁 𝐒 (122)

Tal que:
∇𝐠(𝑿)𝑇 𝐒 + 𝐠(𝑿) ≤ 0 (123)
∇𝐡(𝑿)𝑇 𝐒 + 𝐡(𝑿) = 0 (124)
Sendo 𝐁 uma aproximação positiva definida da matriz Hessiana da função de Lagrange,
que inicialmente é a matriz identidade. Pare este trabalho, essa matriz será atualizada pelo
método métrico BFGS (Broyden-Fletcher-Goldfarb-Shanno). A matriz 𝐒 é a matriz com as
componentes das variáveis de projeto.
Utilizando 𝑋0 como o ponto de partida do processo, o vetor com as variáveis de projeto,
𝑿, e atualizado a cada passo, sendo 𝑿𝒌 = 𝑿𝒌−𝟏 + 𝛼𝑘 𝐒, onde 𝒌 varia de 1 até o numero de
interações necessárias para a convergência. O valor de 𝛼𝑘 ∈ (0,1] é determinado para
garantir as propriedades de convergência global do método. Este procedimento é feito com
técnicas de linesearch ou pela limitação do problema quadrático indicado na região de
confiança.

2.5.2. Algoritmo Genético

O Algoritmo Genético aqui utilizado será um problema com restrições não lineares e de
variável discreta. Este método se baseia no processo de seleção natural que imita a evolução
biológica.
Para este trabalho, será utilizada a função ga do MATLAB 2016a. De acordo com a
documentação online do MATLAB, a função começa com a criação da população inicial, de
forma aleatória, dentro de um intervalo da região onde será encontrada a solução. A cada
passo, o algoritmo aumenta a população atual, através da criação de novos indivíduos
chamados filhos. Assim, o algoritmo seleciona um grupo para formar a nova população,
chamados de pais, que irão contribuir com seus genes para a nova geração. A função ga
seleciona os indivíduos que tem os maiores valores de aptidão.
Os tipos de filhos que o algoritmo cria para a próxima geração são: filhos de elite, filhos
por crossover e filhos por mutação. Os filhos de elite são aqueles que possuem os maiores
valores de aptidão. Estes indivíduos sobrevivem automaticamente para a próxima geração. Os
filhos por crossover são criados combinado os genes de dois indivíduos. Por exemplo, na
figura 12 é mostrado um exemplo de filho por crossover. Basicamente, o processo de
crossover faz com que seja escolhido aleatoriamente um conjunto de coordenadas do vetor
dos pais, chamado de gene, e atribuídos para o filho. Já os filhos por mutação, são todos os
indivíduos que sofrem mudanças aleatórias em seus genes. Na figura 12 é mostrado
ilustrativamente como seria uma mutação de um indivíduo. Na prática, os valores de uma ou
mais coordenadas de um indivíduo é alterado aleatoriamente.
54
Figura 12 Diagrama esquemático dos três tipos de filhos.

Fonte: MATLAB R2017b, Documentation.

Repetindo esse processo, de criar a população, cruzar os indivíduos e selecionar os mais


aptos, aproxima-se assim do ponto mínimo. Na figura 13 é mostrado um exemplo de
convergência do método do algoritmo genético. Onde a função possui duas variáveis, ou seja,
dois tipos de genes, e a função aptidão é ilustrada como curvas de níveis. Note que neste
exemplo, existem mínimos locais na região do mínimo global, entretanto, basta um indivíduo
estar nas proximidades do mínimo global, que a solução irá convergir.

Figura 13 População nas gerações 60, 80, 95 e 100.

Fonte: MATLAB R2017b, Documentation


55
3. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

3.1. Considerações Iniciais

Antes de definir a formulação do problema, algumas considerações foram determinadas.


Essas considerações foram definidas pelas limitações do programa de análise estrutural e por
algumas dificuldades na implementação do projeto.
Primeiro, foi considerado somente a combinação que fornece os maiores valores de
deslocamentos, a combinação rara de ações. Ainda foi proposta uma metodologia
simplificadora para a combinação de ações. Foram adotadas duas ações atuantes na estrutura,
classificadas como permanentes e variáveis. Assim, na Tabela 4 é ilustrada uma metodologia
adotada na norma brasileira, para unificação das ações. Dessa forma, foi proposto um fator
único para as ações presentes na estrutura, adotando como uma média dos fatores unificados.
Dessa forma, com um único fator de ponderação das ações, é possível determinar os esforços
solicitantes de cálculo.
As equações de combinação unificadas utilizadas neste trabalho ficaram simplificadas
pelas seguintes equações:
𝐶𝑢𝑛𝑖,𝑢𝑙𝑡 = 𝛾𝑀 𝐴𝐺,𝑘 + 𝛾𝑀 𝐴𝑄,𝑘 (125)
𝐶𝑢𝑛𝑖,𝑠𝑒𝑟 = 𝐴𝐺,𝑘 + 𝐴𝑄,𝑘 (126)

sendo, 𝐶𝑢𝑛𝑖,𝑢𝑙𝑡 a combinação unificada para os ELU e 𝐶𝑢𝑛𝑖,𝑠𝑒𝑟 a combinação unificada para os
ELS. Onde, 𝛾𝑀 é o fator de agrupamento dos coeficientes de ponderação unificados para as
ações permanentes características, 𝐴𝐺,𝑘 , e para as ações variáveis características, 𝐴𝑄,𝑘 .
Outra consideração feita para este trabalho foi relacionada à estabilidade e análise
estrutural. Com relação ao material, os esforços internos foram determinados de acordo com
uma análise global elástica. Já para o efeito dos deslocamentos, os esforços internos foram
determinados por análise linear (análise de primeira ordem), com base na geometria
indeformada da estrutura.

3.2. Função Objetivo

Para o problema de otimização, o objetivo será o menor custo. Para isso, deve-se buscar
a opção que possui o menor peso, já que o aço é vendido pelo seu peso. Assim, aquela
estrutura que tiver o menor peso global, será a solução ótima. Dessa forma, a função objetivo
para o problema pode ser definida como a soma dos pesos de cada barra, definido pela
equação (127).
𝐹(𝑿) = 𝜌𝑎ç𝑜 ∑𝑛𝑖=1[ 𝐴𝑖𝑏 (𝑿𝑖 ) 𝐿𝑖 ] (127)
Sendo que 𝑿 é a variável de projeto, definido pela matriz com a variável de projeto de
cada barra definida na figura 7; 𝜌𝑎ç𝑜 é a massa específica do aço; 𝑛 é o numero de barras;
𝐴𝑖𝑏 (𝑿𝑖 ) é área da seção transversal do i-ésimo perfil e 𝐿𝑖 o comprimento da i-ésima barra.
Note que para cada barra, a função objetivo obtém a soma dos volumes das barras, e finaliza
multiplicando pela massa especifica do material.

3.3. Restrições do Problema

Antes de definir os métodos de otimização, é importante citar quais são os parâmetros


que restringem a função a ser otimizada. As funções de restrições são funções do tipo de
inequações (equação 120) ou de igualdades (equação 121). Estas funções são parâmetros
determinantes em um processo de otimização com restrições, pois limitam a proposta devido
à determinada condição estipulada em projeto, como esforços solicitantes, estados-limites, e
geometria da seção.
As restrições para o problema abordado serão divididas em 4 categorias principais:
restrições aos estados-limites, restrição a perfis de alma esbelta, restrição a enrijecedores e
restrições geométricas. Cada uma dessas funções de restrições é aplicada a barra 𝑖 que varia
de 1 até o número total de barra. Dessa forma cada barra possui o vetor com as variáveis de
projeto 𝑿𝑖 , onde esse vetor é ilustrado na Figura 7.

Restrições aos estados-limites: Essa categoria aborda todos os estados-limites citados


no item 2 deste trabalho (ELU e ELS), o qual verifica os esforços solicitantes perante os
resistentes e as deformações máximas em relação a limite. Assim, é possível formular essas
restrições tanto para o catalogo de perfis laminados quanto para os perfis soldados pela
mesma função, dado pela equação (128).
𝑁𝑠𝑑 𝑁𝑠𝑑 𝑀 𝑀
𝑆𝑒 < 0,2 ∴ + (𝑀 𝑆𝑑,𝑧 + 𝑀𝑆𝑑,𝑦 ) − 1,0
𝑁𝑅𝑑 2 𝑁𝑅𝑑 𝑅𝑑,𝑧 𝑅𝑑,𝑦

𝑁𝑠𝑑 𝑁𝑠𝑑 8 𝑀 𝑀
𝑆𝑒 ≥ 0,2 ∴ + 9 (𝑀𝑆𝑑,𝑧 + 𝑀 𝑆𝑑,𝑦 ) − 1,0
𝑁𝑅𝑑 𝑁𝑅𝑑 𝑅𝑑,𝑧 𝑅𝑑,𝑦

𝑉𝑆𝑑,𝑦
− 1,0
𝑉𝑅𝑑,𝑦
𝑖
𝑔EL (𝑿𝑖 ) = (128)
𝑉𝑆𝑑,𝑧
− 1,0
𝑉𝑅𝑑,𝑧

𝑓𝑚𝑎𝑥,𝑥𝑧
− 1,0
𝑓𝑙𝑖𝑚,𝑥𝑧

𝑓𝑚𝑎𝑥,𝑥𝑦
− 1,0
{ 𝑓𝑙𝑖𝑚,𝑥𝑦

Restrição a perfis de alma esbelta: Essa restrição faz com que os perfis selecionados
para a otimização sejam perfis com alma pouco esbelta ou compacta. Dessa forma, optou-se
por excluir os perfis de alma esbelta pelo fato de exigir uma formulação mais complexa e que
envolveria a utilização de enrijecedores no problema. Assim, essa restrição (Eq. 129) pode ser
57
formulada com a utilização dos índices de esbeltez da alma do perfil, calculado de acordo
com as equações (11) e (87).
𝑖
𝑔𝑤 (𝑿𝑖 ) = 𝜆𝑤 − 𝜆𝑟 (129)

Restrição a enrijecedores: A restrição a enrijecedores obriga ao problema de


otimização obter soluções que não necessitem de enrijecedores. Dessa forma, a formulação de
restrição foi baseada na formulação presente na NBR 8800:2008. Abaixo a função de
restrição é dada pela união de duas inequações (Eq. 130).
𝑖 𝑎 260 2 𝑎
𝑔𝑒𝑛𝑟 (𝑿𝑖 ) = { 3 − ∪ (ℎ/𝑡 ) − (130)
ℎ 𝑤 ℎ

Restrições geométricas: As funções de limitação para o problema de otimização


relacionado às propriedades geométricas podem ser divididas em 6 tipos: restrição ao índice
de esbeltez, restrição relacionada ao 𝑘𝑐 , restrições de perfis laminados, restrições de perfis
soldados CS, restrições de perfis soldados CVS e restrições de perfis soldados VS. Já para as
restrições de igualdades, serão divididas em 4 tipos, relacionados aos perfis laminados e
soldados. Todas essas restrições podem ser agrupadas nas restrições geométricas, ilustrado na
equação (131).
𝑔𝜆𝑖 (𝑿𝑖 )

𝑔𝑘𝑖 𝑐 (𝑿𝑖 )

𝑖
𝑔𝑙𝑎𝑚 (𝑿𝑖 )
𝑖
𝑔𝑔𝑒𝑜 (𝑿𝑖 ) = (131)
𝑖
𝑔𝐶𝑆 (𝑿𝑖 )

𝑖
𝑔𝐶𝑉𝑆 (𝑿𝑖 )

𝑖
{ 𝑔𝑉𝑆 (𝑿𝑖 )
𝑖
ℎ𝑙𝑎𝑚 (𝑿𝑖 )

𝑖
ℎ𝐶𝑆 (𝑿𝑖 )
𝑖
ℎ𝑔𝑒𝑜 (𝑿𝑖 ) = (132)
𝑖
ℎ𝐶𝑉𝑆 (𝑿𝑖 )

𝑖
{ ℎ𝑉𝑆 (𝑿𝑖 )

58
As restrições relacionadas ao índice de esbeltez estão embasadas nos limites estipulados
pela NBR 8800:2008, para barras tracionadas e comprimidas, dadas pelas equações (46) e
(72). A função de restrições para este caso fica definida como:
𝐿
( 𝑟𝑡) − 300
𝑚𝑎𝑥
𝑔𝜆𝑖 (𝑿𝑖 ) = (133)
𝑘𝐿 𝐸 𝐴𝑏
(𝑟) = 𝜋√ − 200
{ 𝑚𝑎𝑥 𝑁𝑒

Os limites devido ao fator 𝑘𝑐 estão relacionados ao seu valor mínimo. A NBR


8800:2008 diz que o valor de 𝑘𝑐 deve ser maior que 0,35 e não maior que 0,76. Quando seu
valor é menor que 0,35, a única opção é selecionar outro perfil para a verificação, e se caso
der maior que 0,76, usa-se o seu valor máximo. Assim, como 𝑘𝑐 só está em função de
parâmetros geométricos (Eq. 63), classificou-o como restrição geométrica. A sua restrição
pode ser definida como:
𝑔𝑘𝑖 𝑐 (𝑿𝑖 ) = 0,35 − 𝑘𝑐 (134)
As 4 últimas restrições geométricas (Eq. 131) são diretamente relacionadas às variáveis
de projeto. As restrições geométricas aqui relacionadas são para: perfis laminados, perfis
soldados CS, perfis soldados CVS e perfis soldados VS.
Essas restrições tem o objetivo de oferecer resultados com perfis semelhantes aos
oferecidos nos catálogos comerciais. Estas são usadas apenas para otimização de variável
contínua. Os valores constantes que limitam a função foram obtidos como as razões máximas
e mínimas presentes nos catálogos comerciais da GERDAU e da NBR 5884:2005. Abaixo,
estão formuladas as restrições de inequações (𝑔𝑖 (𝑿)), e as restrições de igualdades (ℎ𝑖 (𝑿)).
𝑋1 𝑋1 𝑋1
𝑋2
− 3,22 𝑋2
− 1,50 𝑋2
− 3,80

𝑋 𝑋5 𝑋 𝑋
0,96 − 𝑋1 𝑋4
− 2,36 1,20 − 𝑋1 1,50 − 𝑋1
2 2 2

𝑋5 𝑋 𝑋5 𝑋5
𝑋4
− 1,79 1 − 𝑋5 𝑋4
− 2,00 𝑋4
− 3,56
4

𝑋 𝑋1 𝑋 𝑋
1 − 𝑋5 𝑋4
− 47,38 1,12 − 𝑋5 1,19 − 𝑋5
4 4 4
𝑖 𝑖 𝑖 𝑖
𝑔𝑙𝑎𝑚 (𝑿𝑖 ) = ; 𝑔𝐶𝑆 (𝑿𝑖 ) = ; 𝑔𝐶𝑉𝑆 (𝑿𝑖 ) = ; 𝑔𝑉𝑆 (𝑿𝑖 ) = (135)
𝑋1 𝑋1 𝑋1 𝑋1
𝑋4
− 62,34 17,46 − 𝑋4 𝑋4
− 62,50 𝑋4
− 144

𝑋 𝑋2 𝑋 𝑋
17,08 − 𝑋1 𝑋5
− 32 20 − 𝑋1 23,81 − 𝑋1
4 4 4

𝑋2 𝑋2 𝑋2 𝑋2
𝑋5
− 27,82 { 9,38 − 𝑋5 𝑋5
− 28 𝑋5
− 32

𝑋2 𝑋2 2𝑋
{ 9,41 − 𝑋5 { 7,87 − 𝑋5 {10,53 − 𝑋5

59
𝑋3
𝑖 𝑖 𝑖 𝑖
ℎ𝑙𝑎𝑚 (𝑿𝑖 ) = [ ]; ℎ𝐶𝑆 (𝑿𝑖 ) = { ; ℎ𝐶𝑉𝑆 (𝑿𝑖 ) = 𝑋3 ; ℎ𝑉𝑆 (𝑿𝑖 ) = 𝑋3 (136)
𝑋1 − 𝑋2
Observe que as únicas restrições de igualdades (ℎ𝑖 (𝑿𝑖 )), definidas pelo conjunto de
equações em (136), fornecem somente dados geométricos. Para o problema abordado, as
restrições de igualdades serão utilizadas para impor condições nas variáveis de projeto que
não poderão ser alteradas, como por exemplo, em perfis soldados, a variável de projeto 𝑋3 só
poderá ser igual à zero, já que em perfis soldados o raio de concordância é zero (Figura 7).
Entretanto, para perfis laminados, não existe função de restrições de igualdade, que será
representada por uma célula vazia.

3.4. Problema com Variável Contínua

A formulação computacional para o problema com variável contínua será feito com
base na Programação Quadrática Sequencial. O método do PQS pode ser obtido através
função fmincon do Optimization Toolbox™ do MATLAB 2016a. Dessa forma, para esse
trabalho será proposto um modelo de otimização voltado ao utilizado no MATLAB.
Abaixo, a formulação do problema fica descrita como: função objetivo (137); ponto
inicial (138); limite inferior e superior (139); função de restrições de inequações não lineares
(140); função de restrições de igualdades não lineares (141).
𝐹(𝑿)𝑃𝑄𝑆 = 𝜌𝑎ç𝑜 ∑𝑛𝑖=1[ 𝐴𝑖𝑏 (𝑿𝑖 ) 𝐿𝑖 ] (137)
𝑿𝑖0 = [𝑋̅1,0
𝑖
𝑋̅2,0
𝑖
𝑋̅3,0
𝑖
𝑋̅4,0
𝑖
𝑋̅5,0
𝑖
] (138)
𝑖 𝑖 𝑖 𝑖 𝑖 𝑖 𝑖 𝑖 𝑖 𝑖
[ 𝑋1,𝑙𝑏 𝑋2,𝑙𝑏 𝑋3,𝑙𝑏 𝑋4,𝑙𝑏 𝑋5,𝑙𝑏 ]𝑙𝑏 ≤ 𝑿𝑖 ≤ [ 𝑋1,𝑢𝑏 𝑋2,𝑢𝑏 𝑋3,𝑢𝑏 𝑋4,𝑢𝑏 𝑋5,𝑢𝑏 ] 𝑢𝑏 (139)

60
𝑖
𝑔EL (𝑿𝑖 )

𝑖
𝑔𝑤 (𝑿𝑖 )

𝑖
𝑔𝑒𝑛𝑟 (𝑿𝑖 )
𝑔𝜆𝑖 (𝑿𝑖 )

𝑔𝑘𝑖 𝑐 (𝑿𝑖 )
𝑖 𝑖
𝒈 (𝑿 ) = ≤0 (140)

𝑖
𝑔𝑙𝑎𝑚 (𝑿𝑖 )
𝑖
𝑔𝑔𝑒𝑜 (𝑿𝑖 ) =
𝑖
𝑔𝐶𝑆 (𝑿𝑖 )

𝑖
𝑔𝐶𝑉𝑆 (𝑿𝑖 )

𝑖
{ { 𝑔𝑉𝑆 (𝑿𝑖 ) }
𝒉𝑖 (𝑿𝑖 ) = ℎ𝑔𝑒𝑜
𝑖
(𝑿𝑖 ) = 0 (141)
onde:
𝜌𝑎ç𝑜 : é o peso específico do aço (7850 𝑘𝑔𝑓/𝑚3);
Note que a função objetivo (137) é o peso total da estrutura, composta pelo somatório
da área – Equação (12) – vezes o comprimento da viga e por fim multiplicado pelo peso
específico do aço. Quanto menor for o peso de aço total determinado, menor será o consumo,
e consequentemente menor será o custo.
O ponto inicial (138) foi obtido como um ponto médio dos limites inferiores e
superiores (139), já que é um ponto que fica mais próximo dos limites de forma equivalente.
Esses limites foram obtidos como os valores mínimos e máximos de cada elemento
geométrico descrito na Figura 7, de acordo com o catálogo da GERDAU, para perfis
laminados, e a NBR 5884:2005, para perfis soldados.
As funções de restrições não lineares, equação (140) e equação (141), foram definidas
no item 3.3. Lembrando que de acordo com a equação (118), 𝒈𝑖 (𝑿𝑖 ) ≤ 0 e de acordo com a
equação (119), 𝒉𝑖 (𝑿𝑖 ) = 0. Elas podem ser divididas em quatro seções: restrições aos
estados-limites (Eq. 128); restrição a perfis de alma esbelta (Eq. 129); restrição a
enrijecedores (Eq. 130); restrições geométricas de inequações (Eq. 131) e igualdades (Eq.
132).

61
3.5. Problema com Variável Discreta

Para o mesmo problema que o proposto para variável contínua, foi proposto outra
formulação, visando resultados em variáveis discretas. Dessa forma, foi utilizado o Algoritmo
Genético como método de otimização para uma solução discreta.·.
No caso do trabalho em estudo, assim como na Programação Quadrática Sequencial, a
função aptidão será o peso da estrutura, e o problema será discreto. Para transformar o
problema de contínuo para discreto, foi necessário criar um vetor de codificação para ser
utilizado na metodologia do AG. Esse vetor é um binário, que quando convertido para um
número inteiro, será atribuído como a posição do perfil na tabela.
Para a formulação computacional do problema utilizando o Optimization Toolbox™ do
MATLAB 2016a, foi necessário: função aptidão (142); limite inferior e superior (143); função
de restrições de inequações não lineares (144); função de restrições de igualdade não linear
(145).
𝑿𝑏𝑖𝑛 → 𝑿
𝐹(𝑿𝑏𝑖𝑛 )𝐴𝐺 = { (142)
𝜌𝑎ç𝑜 ∑𝑛𝑖=1[ 𝐴𝑖𝑏 (𝑿𝑖 ) 𝐿𝑖 ]
[ 0 0 … 0 0 ]𝑖𝑙𝑏 ≤ 𝑿𝑖𝑏𝑖𝑛 ≤ [ 1 1 … 1 1 ]𝑖𝑢𝑏 (143)
𝑖
𝑔EL (𝑿𝑖 )

𝑖
𝑔𝑤 (𝑿𝑖 )

𝒈𝑖 (𝑿𝑖 ) = 𝑖
≤0 (144)
𝑔𝑒𝑛𝑟 (𝑿𝑖 )
𝑔𝜆𝑖 (𝑿𝑖 )
𝑖
𝑔𝑔𝑒𝑜 (𝑿𝑖 ) =
𝑖 𝑖
{ {𝑔𝑘𝑐 (𝑿 )}
𝒉𝑖 (𝑿𝑖 ) = [ ] = 0 (145)

Para este problema de variável discreta, houve a necessidade de uma troca de variável
para atender a função do Matlab ga. Essa troca está sendo simbolizada dentro da função
aptidão (142). A variável 𝑿𝑏𝑖𝑛 é um vetor com 𝑛𝑣𝑎𝑟 variáveis, e todas sendo valores de 0 ou
1, exclusivamente, para cada célula do vetor. O 𝑛𝑣𝑎𝑟 irá depender da tabela de perfis usada
como catálogo. Para a tabela de catalogo da GUERDAU, 𝑛𝑣𝑎𝑟 = 7, para todos os perfis
soldados encontrados na NBR 5884:2005, 𝑛𝑣𝑎𝑟 = 9. Esse número de variáveis define a
quantidade máxima possível de uma codificação em binário.
Garantindo que a variável 𝑿𝑏𝑖𝑛 obtenha valores que sejam somente inteiros, em todas as
suas células e restringindo os limites inferiores e superiores como descrito em (143), é
62
possível controlar o vetor 𝑿𝑏𝑖𝑛 como sendo um vetor com variáveis binárias. Dessa forma,
cada vetor com 𝑛𝑣𝑎𝑟 células binárias, representa um valor inteiro quando convertido. Assim
este vetor representa a posição do perfil no catálogo, e é possível transformar o vetor 𝑿𝑏𝑖𝑛 no
𝑿 para que possa ser determinado o peso do perfil destinado ao binário encontrado em 𝑿𝑏𝑖𝑛 .
Dessa forma, o nosso problema se torna um problema de variável discreta, onde será limitado
aos perfis dos catálogos da GERDAU e da NBR 5884:2005.
Os limites superiores e inferiores (143) são os binários que representam o inteiro
convertido mínimo e máximo para 𝑛𝑣𝑎𝑟 células. Note que o valor inteiro para o binário do
limite inferior é 0 e para o limite superior é variado, dependendo de 𝑛𝑣𝑎𝑟 . Se 𝑛𝑣𝑎𝑟 = 7,
portanto o valor do inteiro que representa o binário do limite superior é 127, e se 𝑛𝑣𝑎𝑟 = 9 o
limite superior será 511. Como a tabela de perfis não possui exatamente o número de
elementos correspondente aos limites determinados pelos binários, já que a quantidade
máxima de um binário com 𝑛𝑣𝑎𝑟 é de 2𝑛𝑣𝑎𝑟 , foi necessário incluir uma condição dentro da
função aptidão a qual quando o vetor binário 𝑿𝑏𝑖𝑛 for transformado em uma variável 𝑿 não
existente, como por exemplo, um perfil do catálogo da GERDAU (que possui 88 perfis) entre
as posições 89 e 128 o qual não existe, ele irá retornar sempre ao perfil de maior peso da
tabela.
A função de restrições (144) segue o mesmo padrão que a função de restrições para a
otimização determinística (140). Entretanto, note que não possui as restrições geométricas
referentes aos perfis dos catálogos definidas na otimização determinística, já que se trata de
uma otimização discreta, e, portanto não havendo a necessidade dessas limitações.
Lembrando que de acordo com a equação (118), o conjunto de equações descrito pela equação
(144) deve ser menor ou igual a zero, já que caracteriza as restrições de inequações (𝒈𝑖 (𝑿𝑖 ) ≤
0) e de acordo com a equação (119) a equação (145) deve ser igual a zero (𝒉𝑖 (𝑿𝑖 ) = 0),
descrevendo as restrições de igualdade.
Observe que toda a técnica de otimização pelo algoritmo genético será feita com base
em um vetor com variáveis binárias. Cada vetor com variáveis binárias representa um
indivíduo que fornece uma solução para o problema. Este vetor é composto por um conjunto
de perfis, que estão representados por valores binários.
O ponto de partida para a metodologia do AG é a população inicial. Esta população foi
definida igual a uma matriz binária, onde cada linha representa um conjunto de binários
referente a uma solução do problema. Essa solução é formada por um conjunto de vetores
com variáveis binárias, onde cada vetor representa um número inteiro quando convertido que
representa a posição do perfil no catalogo. Sendo assim a matriz da população inicial possui
em cada linha uma possível solução, e com 𝑛𝑣𝑎𝑟 × 𝑛𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 colunas. O numero total de
indivíduos para a população inicial é definida pelo usuário. Quanto maior o numero de
indivíduos para a população inicial, maiores são as chances de encontrar uma solução que seja
o mínimo global, porém irá requisitar um maior esforço computacional.

63
4. METODOLOGIA
4.1. O programa Structure3D

O dimensionamento ótimo foi implementado em Matlab 2016a, e com o auxílio do


GUIDE (Graphical User Interface Development Environment). Desse modo, foi possível
elaborar uma interface gráfica para facilitar o estudo.
Para a etapa de análise estrutural, foi utilizado o Structure3D, que é um programa
implementado no MATLAB. O programa foi desenvolvido na Universidade Federal do
Espírito Santo primeiramente pelos ex-alunos Hélio Gomes Filho e Mindszenty Júnior
Pedroza Garozi e obteve algumas atualizações por alunos de projetos de graduação e iniciação
científica, sendo o Prof. Dr. Elcio Cassimiro Alves como o professor orientador desse projeto.
O Structure3D fornece os diagramas e deformadas de estruturas tridimensionais com
carregamentos uniformemente distribuídos e forças nodais.
Neste trabalho, foi proposto adequar ao programa de análise estrutural, módulos de
dimensionamento e otimização para pórticos espaciais. Para isso, foi necessário desenvolver
rotinas para gerar os esforços resistentes, e compara-los com os solicitantes fornecidos pela
análise estrutural. Sendo que no processo de otimização, a análise estrutural deverá ser
executada a cada iteração, já que em estruturas hiperestáticas, os esforços mudam a cada
perfil escolhido para a estrutura. Ainda, foram desenvolvidas interfaces gráficas que
auxiliasse o usuário a inserir os dados iniciais para o processamento da verificação e
otimização da estrutura.
O programa tem uma interface simples e intuitiva, que segue os padrões dos softwares
comerciais de dimensionamento de estruturas. A organização do menu, e fornecimento dos
dados iniciais ao programa, foi baseado no programa comercial CYPE 3D e no programa de
análise Ftool.
O programa possui 7 menus principais: Arquivo, Nos, Barra, Carregamento, Opções,
Resultados e Ajuda. Na figura 14, mostra as opções do menu Arquivo, o qual o usuário pode
abrir um novo projeto, importar do AUTO CAD, abrir um arquivo do próprio Structure3D,
salvar o projeto ou fechar o programa.

Figura 14 Menu Arquivo do programa Structure3D

Fonte: Autor

Ao abrir o arquivo .S3D, que é o formato criado pelo programa, a estrutura pode ser
visualizada como mostra na figura 15.
Figura 15 Interface principal do programa Structure3D com informações sobre o programa

Fonte: Autor

Na figura 15, é ilustrada a estrutura com os seus eixos locais de cada barra. Esses eixos
locais foram definidos no item 2.1. Observe que no exemplo da figura 15, a estrutura
considera o peso próprio da estrutura, neste caso, uma mensagem no inferior da tela aparece
como informação para alertar o usuário.
No menu Nos a única opção fornecida pelo programa, é inserir as condições de apoio no
nó. Já no menu Barra, o programa possui 7 opções, são elas: Inserir Barra, Geometria,
Materiais, Flambagem, Flambagem Lateral, Flecha Limite e Informações. A figura 16, mostra
todas as opções do menu Barra.

Figura 16 Menu Barra do programa Structure3D

Fonte: Autor

A primeira opção do menu Barra é inserir uma nova barra. Para inserir uma nova barra,
o programa requisita pelo menos dois nós. A segunda opção é relacionada à seção geométrica
da barra. Nesta opção, é possível que o usuário selecione o perfil da barra ou grupo específico.
Na figura 17, é possível visualizar a interface gráfica para definir a seção transversal da barra.

65
Figura 17 Interface da seleção dos perfis catalogados

Fonte: Autor

A figura 17 mostra o exemplo de um perfil da seção de catálogos, onde possui 4


catálogos carregados: Perfis Laminados da GERDAU I e H, Perfis soldados da serie CS, CVS
e VS. Para cada perfil, a interface mostra o perfil selecionado e os seus eixos locais, além de
informar o peso por metro linear, e as dimensões. É importante destacar que ao clicar em
aplicar, as barras indicadas na opção “Barras e Grupos:” receberam a seção selecionada. O
usuário pode digitar “all” para aplicar a todas as barras, “Grupo1” até “Grupo7” para aplicar
ao um grupo específico de barras, ou simplesmente colocar o número da barra, que pode ser
visualizado ou clicar no check box “Num. Barras” ilustrado na figura 15.
A terceira opção ilustrada na figura 16 é referente aos materiais. Nesta opção o usuário
pode definir o modulo de elasticidade, coeficiente de Poisson, massa específica, tensão de
escoamento e tensão de ruptura de cada barra ou grupo. Na figura 18, é ilustradas todas essas
opções.

66
Figura 18 Interface para a definição das propriedades do material da barra

Fonte: Autor

A quarta opção informada na figura 16 é destinada aos parâmetros de flambagem por


compressão. A interface gráfica dessa opção é visualizada na figura 19. Nesta janela, o
usuário pode definir os coeficientes de flambagem nos eixos locais x, y e z, mostrados nas
equações (52), (53) e (54).

Figura 19 Interface para definir os coeficientes de flambagem por compressão

Fonte: Autor

Note que para definir os coeficientes de flambagem para compressão, o usuário deve
ficar atento já que nas estruturas que não possuem barras isoladas, a formulação é mais
complexa. Dessa forma, fica a critério do usuário alterar os valores dos coeficientes
manualmente.

67
A quinta opção informada na figura 16 é referente aos dados de flambagem lateral.
Esses dados podem ser obtidos de forma automatizada ou manual. Os dados definidos nessa
seção é o fator de modificação da resistência à flexão para o diagrama não uniforme de
momento fletor (𝐶𝑏 ) e o comprimento destravado da viga (𝐿𝑏 ). Na figura 20, é possível
visualizar a interface para os dados da flambagem lateral.

Figura 20 Interface para definir os dados referentes a flambagem lateral da barra

Fonte: Autor

Note que na figura 20, existem 5 opções de cálculos automáticos para o cálculo do 𝐶𝑏 e
do 𝐿𝑏 . A primeira opção, “Mesas com contenção lateral nas extremidades” utiliza a equação
(95) para calcular o 𝐶𝑏 . A segunda e a terceira utilizam as equações (96), (97), (98) e (99), que
irão depender do sentido e direção do carregamento atuante no eixo perpendicular à mesa do
perfil. A quarta opção é para barras onde não irá ocorrer a flambagem lateral, em que 𝐿𝑏 = 0.
A quinta opção é um modelo conservador, onde 𝐶𝑏 = 1,0 e 𝐿𝑏 = 𝐿.
A sexta opção informada na figura 16, é destinada aos deslocamentos limites impostos
pela norma. Esses deslocamentos podem ser obtidos na tabela 3. Na figura 21, é ilustrada a
janela para inserir os dados referentes aos deslocamentos limites.

68
Figura 21 Interface para definir os deslocamentos limites de cada barra em cada plano

Fonte: Autor

Observe que o usuário pode inserir tanto valores absolutos quanto relativos para cada
barra ou grupo em cada plano. Ainda, o usuário pode clicar em “info” que irá aparecer a
tabela com os deslocamentos limites definida pela NBR 8800:2005 (tabela 3).
A sétima opção mostrada na figura 16, é referente aos dados de cada barra, definidos
nesta seção. Um relatório é gerado com todos os parâmetros.
No menu Carregamento, é possível inserir cargas nodais e carregamentos
uniformemente distribuídos na barra. Já no menu Opções, o usuário pode mudar algumas
propriedades do programa, como grupo de barras, tolerâncias e definições para o
dimensionamento. A figura 22 mostra algumas propriedades que influenciam no
dimensionamento da estrutura e pode ser acessada pelo menu Opções.

69
Figura 22 Interface com propriedades adicionais relacionadas ao dimensionamento da
estrutura

Fonte: Autor

Na figura 22 é possível observar que o usuário pode alterar a ação gravitacional,


coeficientes de ponderação, e redução de esforços resistentes. Na seção da ação gravitacional,
o usuário pode considerar o peso próprio da estrutura, baseado na direção e sentido do vetor
gravitacional e o seu modulo. É importante destacar que para definir o peso próprio, a
estrutura deverá ter uma seção e massa específica definida. Outro fator que pode ser alterado
nessa janela são os coeficientes de ponderação da resistência e das ações. Ainda, o usuário
pode alterar a redução da área efetiva, para o cálculo da força axial resistente de cálculo.
Como não se tem informações sobre a ligação do perfil, essa foi uma solução encontrada para
que o usuário pudesse informar ao programa. E por ultimo, o usuário pode optar por
considerar a tensão máxima na borda de elementos AA submetidos à compressão igual a 𝜒𝑓𝑦 ,
que é um método iterativo feito pelo programa.
No menu Resultados, o usuário pode executar análise da estrutura, visualizar os seus
esforços e dimensionar a estrutura. Ao verificar a estrutura, o usuário pode visualizar todos os
esforços verificados de forma normalizada, para todos os estados limites na estrutura. Na
figura 23 é possível visualizar um exemplo de uma estrutura verificada.

70
Figura 23 Interface que mostra a verificação da estrutura para os seus estados limites

Fonte: Autor

Além de verificar a estrutura, na aba “Dimensionamento”, o usuário pode fazer a


otimização determinística, pelo método do PQS ou a otimização probabilística pelo método
do AG (figura 24).

Figura 24 Acesso aos métodos PQS e AG pelo menu Resultados

Fonte: Autor

Para a otimização pelo método do PQS, a interface de execução da formulação está


ilustrada na figura 25. Observe que o usuário informa todas as informações necessárias para o
problema, definidas no item 3.3 deste trabalho. Ainda, ao executar o processo de otimização,
a interface fornece informações sobre o critério de parada, para que o usuário possa saber se a
otimização foi realizada com sucesso.

71
Figura 25 Interface para a otimização determinística utilizando o PQS.

Fonte: Autor

Note que na figura 25 são mostrados dois tipos de resultados: “verificar” e “perfis
ótimos”. Esses resultados podem ser exemplificados pelas figuras 23 e 26 respectivamente.
Note que para este tipo de otimização os resultados são de caráter continuo, dessa forma,
como mostra na figura 26, os resultados serão de perfis que não existem nos catálogos
comerciais.

Figura 26 Interface que mostra os perfis ótimos encontrados na otimização

Fonte: Autor

72
Ainda, na figura 25, o usuário pode clicar no ícone “?” para requisitar ajuda sobre os
parâmetros do problema de otimização. Essa ajuda pode ser visualizada na figura 27.

Figura 27 Interface que oferece ajuda ao usuário sobre o método do PQS

Fonte: Autor

Para a otimização probabilista pelo método do AG, a interface para as configurações


inicias do problema pode ser visualizada na figura 28. Note que a interface é bem semelhante
ao método do PQS para que o usuário se sinta confortável com uma mesma formatação.
Entretanto os parâmetros a serem definidos são um pouco diferentes, e eles foram explicados
no item 3.5 deste trabalho.

Figura 28 Interface para a otimização probabilística utilizando o AG.

Fonte: Autor
73
Ao clicar em otimizar, o usuário pode visualizar gráficos que mostram a convergência
do problema, ilustrados na figura 29. Estes gráficos mostram informações relevantes sobre o
processo de otimização pelo método do AG, como numero de gerações, solução ótima, e
critérios de parada do algoritmo.

Figura 29 Interface que ilustra o processo de otimização pelo AG

Fonte: Autor
Ao finalizar a otimização, o usuário tem duas opções de resultados, semelhante ao
método do PQS. Dessa forma, o usuário pode clicar em verificar para ver se todos os esforços
foram atendidos, e em perfis ótimos para ver quais foram os perfis escolhidos. Note que para
o método do AG os perfis ótimos serão os presentes nos catálogos.
Assim como na interface do método do PQS, a interface do AG tem a opção de ajuda,
que também informa o que significa cada variável descrita na interface (figura 30).
Figura 30 Interface que oferece ajuda ao usuário sobre o método do AG

Fonte: Autor
74
4.2. Fluxograma
A figura 31 apresenta um fluxograma do programa com suas funcionalidades.

Figura 31 Fluxograma do Structure3D para otimização

Fonte: Autor
75
5. EXEMPLOS COMPARATIVOS E RESULTADOS

Para validar e mostrar a aplicação do programa alguns exemplos serão apresentados.


Alguns resultados são comparados com resultados obtidos na literatura e comparados
aplicando as rotinas de otimização desenvolvidas neste trabalho.

5.1. Exemplo 01 – Viga biapoiada com carregamento uniforme e contenção lateral


contínua.

O exemplo 01 foi proposto para validar a formulação de ações referente à flexão na


estrutura. Dessa forma, utilizando um exemplo presente na literatura, foi possível validar a
formulação da verificação do programa desenvolvido.
O exercício resolvido para comparação com os resultados do programa, pode ser
encontrado na Sala Virtual da Person (http://sv.pearson.com.br). A resolução deste exercício
está no apêndice A deste trabalho. No livro do Fakury (2016), o enunciado do exercício
proposto, encontra-se no capítulo 8, item 8.10 (Exemplos de aplicação), número 8.10.6.
Na figura 32, é dada a viga do exercício 8.10.6, Fakury (2016) e na figura 33, é a viga
modelada no Structure3D. As condições para a contenção lateral contínua na mesa superior
foram definidas de acordo com a descrição da interface na figura 20.

Figura 32 Verificação de barra submetida a carregamento uniformemente distribuído em dois


sentidos e com mesa superior com contenção lateral contínua.

Fonte: Resolução de Exemplos de aplicação, Sala Virtual, Fakury (2016).


Figura 33 Viga biapoiada com carregamento uniformemente distribuído de 50 kN/m e com
contenção lateral contínua na mesa superior, modelada no Structure3D

Fonte: Autor

A primeira etapa na verificação é determinar os esforços solicitantes de cálculo. Como a


viga é biapoiada, os esforços solicitantes máximos estão no meio do vão. Desta forma, os
resultados dos esforços solicitantes, tanto para a carga gravitacional de 50 kN/m quanto para a
carga de vento de sucção 20 kN/m, são mostrados abaixo.

Tabela 9 Esforços Solicitantes de Cálculo Máximo da viga com contenção lateral contínua na
mesa superior
Carregamento Msd Vsd Flecha Máxima
Metodologia
[kN/m] [kN.m] [kN] [cm]
Gravitacional Structure3D 900,00 300,00 4,67
(-50 kN/m) Fakury (2016) 900,00 300,00 4,56
Vento Sucção Structure3D -360,00 120,00 1,87
20 kN/m Fakury (2016) -360,00 120,00 -
Fonte: Autor

Note que todos os esforços solicitantes tanto para a metodologia do Structure3D quanto
a presente no Fakury (2016) foram iguais. É possível notar apenas uma pequena diferença na
determinação da flecha máxima. Essa diferença é dada pela formulação do Structure3D que
utiliza os polinômios de Hermite para a interpolação da deformada. Essa interpolação
numérica é utilizada para determinar a forma da deformada, porém apresenta uma variação
nos valores absolutos da deformação no eixo da barra.
Na determinação dos esforços resistentes, o programa Structure3D obteve valores muito
próximos com o exercício proposto por Fakury (2016), com uma mínima diferença no terceiro
numero significativo. Na tabela 10, são ilustrados os resultados dos esforços resistentes.
77
Tabela 10 Esforços Resistentes de Cálculo da viga com contenção lateral contínua na mesa
superior
Carregamento Momento [kN.m] Cortante Flecha Limite
Metodologia
[kN/m] FLA FLM FLT Elástico [kN] [cm]
Gravitacional Structure3D 916,62 916,62 916,62 1201,49 1191,47 4,80
(-50 kN/m) Fakury (2016) 916,76 916,76 916,76 - 1192,00 4,80
Vento Sucção Structure3D 916,62 916,62 361,78 1201,49 1191,47 4,80
(20 kN/m) Fakury (2016) 916,76 916,76 361,57 - - -
Fonte: Autor

Observe que o programa Structure3D possui uma rotina de dimensionamento válida


para flexão, atendendo a todos os estados limites e restrições impostas pela norma. Inclusive,
como descreve a figura 20, o programa consegue diferenciar se a mesa superior ou inferior
está contida lateralmente, e utiliza as equações propostas no item 2.4.3 para o cálculo do fator
de modificação da resistência à flexão para o diagrama não uniforme de momento fletor. Para
o exemplo proposto, o valor calculado do 𝐶𝑏 tanto no programa Structure3D quanto no
exercício do Fakury (2016) foi de 2,0.
Ainda, para este exemplo, foi proposto utilizar a metodologia de otimização, para
determinar perfis mais econômicos para o exemplo em destaque. Dessa forma, considerando
apenas o carregamento gravitacional de 50 kN/m na viga, foi utilizado as técnicas de
otimização descritas nesse trabalho, a Programação Quadrática Sequencial e o Algoritmo
Genético.
Foi proposto utilizar dois tipos de perfis na otimização, os laminados e os soldados.
Para os perfis laminados, foi utilizado o catálogo de bitolas da GERDAU para perfis I e H de
abas paralelas. Já para os perfis soldados, foram utilizadas as dimensões presente na NBR
5884, para perfis CS, CVS e VS.
Na tabela 11, são ilustrados os resultados dos perfis encontrados de acordo com o seu
catálogo e seu método utilizado. Observe que o PQS é uma metodologia de otimização
discreta, dessa forma o perfil encontrado não é catalogado.

Tabela 11 Perfis otimizados pela metodologia do AG e do PQS, implementado no


Structure3D, para carregamento gravitacional de 50 kN/m
Peso X [mm]
Catálogo Método Perfil
[kg/m] d bf R tw tf
Fakury (2016) W 610 x 101,0 101 603 228 16 10,5 14,9
GERDAU PQS PQS-Laminado 98,09 617 245 10 9,9 13,4
AG W 610 x 101,0 102,31 603 228 16 10,5 14,9
PQS PQS-Soldado 81,33 872 227 0 6,72 10,23
NBR 5884
AG VS 550 x 100 99,9 550 250 0 6,3 19
Fonte: Autor

78
Observe que o perfil proposto na literatura é o perfil laminado W 610 x 101,0, e para a
metodologia do AG utilizando o catálogo da GERDAU, o perfil encontrado foi o mesmo.
Ainda, observe que os perfis encontrados pela técnica do PQS obtiveram perfis mais leves em
relação ao método AG e ao sugerido por Fakury (2016). Outro resultado relevante, é que
utilizando o catálogo de perfil da NBR 5884, foi possível obter perfis mais leves, para o
mesmo carregamento, pois os perfis soldados possuem mais variedades nas dimensões
geométricas.
Note que comparando os pesos dos perfis selecionados na tabela 10, a metodologia do
AG obteve um peso maior que a metodologia do Fakury (2016). Isso ocorre devido à
metodologia do AG calcular o peso em função da área e da massa especifica do aço. Já o
Fakury (2016) obteve o peso diretamente da tabela de bitolas da GERDAU. Essa pequena
diferença é devido a variações no cálculo da área do perfil e da massa específica do material.
Outra comparação relevante é a verificação dos esforços normalizados. Na tabela 12,
são comparados às verificações como foi proposto na equação (36).

Tabela 12 Comparação da verificação entre os métodos AG e PQS com os resultados do


Fakury (2016), para carregamento gravitacional de 50 kN/m
Msdz Msdz Msdz Msdz Vsdy fmax
Catálogo Método Perfil
MrdzFLA MrdzFLM MrdzFLT MrdzElas Vrdy flim
Fakury (2016) W 610 x 101,0 0,982 0,982 0,982 - 0,252 0,950
GERDAU PQS PQS-Laminado 1,000 1,000 1,000 0,761 0,261 0,952
AG W 610 x 101,0 0,982 0,982 0,982 0,749 0,252 0,972
PQS PQS-Soldado 1,000 1,000 0,892 0,691 1,000 0,606
NBR 5884
AG VS 550 x 100 0,978 0,978 0,978 0,711 0,698 0,988
Fonte: Autor

Note que os resultados do Fakury com a otimização pelo AG para o catálogo da


GERDAU, tiveram o mesmo resultado, já que utilizam o mesmo perfil. Ainda, a otimização
utilizando o método do PQS obtiveram a verificação iguais a 1. Isso ocorre, pois a otimização
com variável contínua, força a solução a tender a solução ótima, dessa forma, o método altera
as variáveis de projeto, para atenderem a todas as restrições e chegar a um peso mínimo.

5.2. Exemplo 02 – Pilar com carga axial e flexão assimétrica

O exemplo 02 foi proposto para validar a formulação de ações combinadas na estrutura.


Dessa forma, utilizando um exemplo presente na literatura, foi possível validar a formulação
da verificação do programa desenvolvido.
O exercício resolvido para comparação com os resultados do programa, pode ser
encontrado na Sala Virtual da Person (http://sv.pearson.com.br). O exercício resolvido está no
item 9.5.3. A resolução deste exercício está no apêndice A deste trabalho e a verificação
completa em detalhes do programa Strcutre3D está no apêndice B. No livro do Fakury (2016),
o enunciado do exercício proposto, encontra-se no capítulo 9, item 9.5 (Exemplos de
aplicação), número 9.5.3.
79
Figura 34 Verificação de barra flexo-comprimida em perfil I soldado.

Fonte: Resolução de Exemplos de aplicação, Sala Virtual, Fakury (2016).

Figura 35 Dimensões e propriedades geométricas importantes da seção transversal.

Fonte: Resolução de Exemplos de aplicação, Sala Virtual, Fakury (2016).

A figura 34 mostra os esforços solicitantes na estrutura. Para efeito de comparação, foi


modelada a estrutura no Structure3D de forma a gerar os mesmos diagramas. Todas as
condições de contorno fornecidas pelo problema foram modeladas na estrutura. As cargas, no
entanto, não foram fornecidas pelo exercício, porém o objetivo é obter os mesmos diagramas.
Como o programa não fornece esforços de momento pontual foi necessário criar uma barra e
aplicar uma força concentrada em sua extremidade, para gerar os esforços de momento
desejados. Assim, na figura 36 é mostrada a estrutura com todas as cargas para gerar os
diagramas fornecidos pelo exercício 9.5.3.

80
Figura 36 Pilar com carga axial de compressão e flexão assimétrica, modelado no
Structure3D.

Fonte: Autor

Ao digitar o atalho Ctrl+R ou no menu, Resultados depois Análise Linear, é possível


calcular os esforços na estrutura. Após calcular os esforços, no mesmo menu, Resultados, e na
opção Esforços por barra, é possível visualizar os esforços para cada barra. Assim, os
resultados obtidos para os diagramas da barras 1 e 2, são:

Figura 37 Diagramas dos esforços solicitantes para a barra 1.

Fonte: Autor
81
Figura 38 Diagramas dos esforços solicitantes para a barra 2.

Fonte: Autor

Note que para modelar o pilar no Structure3D foi necessário dividir o pilar em duas
barras, já que no centro possuía uma condição de contorno especial. Dessa forma, os
resultados foram obtidos para duas barras, porém observe que os diagramas (figura 37 e 37)
foram os correspondentes ao fornecido pelo exercício (figura 34). Dessa forma, validando os
esforços solicitantes na estrutura, é possível verificar o dimensionamento.
Primeiramente, devem-se comparar as propriedades geométricas da estrutura. A
formulação mostrada no item 2.2.2 desse trabalho, traz todos os parâmetros geométricos para
perfis soldados. Essa formulação obteve os seguintes resultados:

Tabela 13 Comparação dos resultados das propriedades geométricas.


Prop. Geo. Structure3D Fakury (2016)
𝐴𝑏 [cm2] 93,38 93,40
𝐼𝑧 [cm4] 20.523,63 20.524,00
𝑊𝑧 [cm3] 1.172,78 1.173,00
𝑍𝑧 [cm3] 1.305,55 1.306,00
𝑟𝑧 [cm2] 14,83 14,82
𝐼𝑦 [cm4] 3.257,53 3.258,00
𝑊𝑦 [cm3] 260,60 261,00
𝑍𝑦 [cm3] 397,96 398,00
𝑟𝑦 [cm] 5,906 5,910
𝐽 [cm4] 42,20 42,20
𝐶𝑤 [cm6] 926.971,44 926.971,00
Fonte: Autor
82
Comparando esses resultados (tabela 13) com a figura 35, é possível concluir que a
formulação das propriedades geométricas está de acordo com o exemplo em comparação e de
acordo com a NBR 5884:2005.
Após o cálculo das propriedades geométricas, o exercício faz a análise de segunda
ordem da estrutura. Como foi dito no item 2.3.5 deste trabalho, o programa faz somente a
análise de primeira ordem. Entretanto, de acordo com a resolução do exercício no apêndice A,
as extremidades do pilar são deslocáveis, assim não se leva em conta o efeito global (𝑃∆) e
nem as imperfeições geométricas de material. Porém, a análise de segunda ordem referente ao
efeito local (𝑃𝛿) é necessária ser abordada. Só que de acordo com a resolução do exercício,
que utilizou o método do MAES, prescrito na NBR 8800:2008 Anexo D, não precisou alterar
os esforços de análise de segunda ordem, já que o coeficiente de amplificação calculado nas
duas direções do pilar foi menor que um. Assim, os esforços solicitantes analisados no
problema serão os esforços de primeira ordem.
O exercício faz detalhadamente, o cálculo de todos os esforços resistentes (apêndice A).
Abaixo, será exposto um resumo de todos os resultados calculados no exercício em
comparação com os esforços resistentes calculados pelo programa de dimensionamento do
Structure3D.

Tabela 14 Comparação dos resultados dos esforços resistentes de cálculo.


Esforços Resistentes Structure3D Fakury (2016)*
𝑀𝑅𝑑,𝐹𝐿𝐴,𝑧 [kN.m] 415,40 415,55
𝑀𝑅𝑑,𝐹𝐿𝑀,𝑧 [kN.m] 404,83 404,87
𝑀𝑅𝑑,𝐹𝐿𝑇,𝑧 [kN.m] 415,40 415,55
𝑀𝑑,𝑒𝑙𝑎,𝑧 [kN.m] 559,74 -
𝑉𝑅𝑑,𝑦 [kN] 634,77 634,77
𝑀𝑅𝑑,𝐹𝐿𝑀,𝑦 [kN.m] 121,92 121,90
𝑀𝑑,𝑒𝑙𝑎,𝑦 [kN.m] 124,38 -
𝑉𝑅𝑑,𝑧 [kN] 1.193,20 1.194,00
𝑁𝑐,𝑅𝑑 [kN] 2.601,10 2.606,00
* Foram obtidos dividindo o esforço característico pelo
coeficiente de ponderação das resistências, como na equação
(40).
Fonte: Autor

Note que os resultados dos esforços resistentes (tabela 14) do exercício e do programa
ficaram muitos próximos, comprovando as formulações para determinar os esforços
resistentes presentes neste trabalho.
É importante destacar, que o exercício não abordou a limitação do comportamento
elástico da estrutura. Como foi apresentado neste trabalho, deve-se assegurar a validade da
análise estrutural elástica para o momento resistente, pela Equação (100). É bem comum que
em barras de seções I e H fletidas em relação ao eixo de menor momento de inércia, apresente
essa limitação como fator determinante no dimensionamento. Porém, como o perfil não
83
apresentou fator de forma maior que 1,5 e o momento fletor resistente para flexão em torno do
eixo de menor momento de inércia (eixo y) foi menor que a limitação sugerida pela Equação
(100), essa verificação da validade da análise elástica não será determinante na verificação do
perfil.
Ainda, é necessário verificar os esforços solicitantes com os resistentes calculados. Para
a combinação de esforços solicitantes, o exercício verificou o efeito combinado da mesma
forma que foi proposto neste trabalho (Eq. 115), e obteve o seguinte resultado:
1.800 8 48 25
+ 9 (404,87 + 121,90) = 0,69 + 0,29 = 0,98 < 1,0 𝑂𝐾! (146)
2.606

Já os resultados da verificação do programa de dimensionamento do Structure3D,


podem ser vistos por meio do menu, Resultados, Dimensionamento e depois Verificação.
Basta clicar em verificar que por padrão irá verificar todas as barras. Assim, na figura 39 é
possível ver esses resultados. No apêndice A, é possível visualizar os resultados do programa
em formato de tabela.

Figura 39 Resultados da verificação pelo programa de dimensionamento do Structure3D.

Fonte: Autor

Observe que pelos diagramas de esforços solicitantes, tanto o gerado pelo programa
(figura 37 e 37) quanto fornecido pelo exercício (figura 34), a barra do programa Structure3D
mais solicitada aos esforços, é a barra 2. Assim, a combinação de efeitos mais desfavorável
encontra-se na barra 2. Comparando os resistentes com esses solicitantes da mesma forma que
sugerida no item 2.4.5, é possível obter uma relação de 0,9797, valor muito próximo ao
encontrado na literatura (Eq. 146).

84
Para a verificação dos cortantes, basta verificar cada cortante com o seu respectivo
solicitante. Como os resistentes deram valores bem próximos, essa verificação ficou validada.
Após verificar que o dimensionamento da barra pelo Structure3D foi relativamente
igual à solução da literatura, foi proposto uma otimização do pilar, com a metodologia do
algoritmo genético. A otimização pelo AG foi feita utilizando o mesmo catalogo do perfil
(serie CVS), e com um agrupamento de todas as barras. Os dados iniciais e o critério de
parada do método utilizado no Structure3D podem ser visualizados na figura 40 abaixo (todos
os resultados mais detalhados estão no apêndice B).

Figura 40 Configurações Iniciais e critério de parada do AG para pilar submetido a


combinação de esforços

Fonte: Autor
85
A solução da otimização discreta obteve o mesmo perfil proposto na literatura. Assim, o
perfil ótimo do catálogo CVS, que a metodologia do AG encontrou para esse problema, foi o
CVS 350 x 73. Os resultados obtidos dos perfis otimizados são ilustrados na figura 41.

Figura 41 Perfis ótimos para pilar submetido a esforços combinados

Fonte: Autor

Como foi possível observar, o perfil escolhido por Fakury (2016) na verificação do pilar
submetido a esforços combinados, já é o perfil ótimo. Era de se esperar que o perfil ótimo
fosse em torno do escolhido por Fakury (2016), já que na verificação aos esforços
combinados, equação (146), deu valores muito próximos de 1. Dessa forma, a metodologia
empregada neste trabalho se torna valida.
O fato de a otimização apresentar o mesmo perfil que o proposto na literatura, garante a
validade do processo de otimização e verificação. Apesar de não ter encontrado um perfil
mais leve, a formulação empregada para esse exemplo mostra que é valida. Assim, pode-se
partir para problemas mais complexos de otimização.

5.3. Exemplo 03 – Otimização de 15 vigas biapoiadas

Com base em Lubke et al. (2017), será feita uma comparação do programa
desenvolvido com programas comerciais de dimensionamento, para um conjunto de vigas
solicitadas ao mesmo carregamento, só que variando o seu comprimento. Em De Lazzari et al.
(2017) foi utilizado como comparação o programa CYPE3D, e foram verificadas 15 vigas
(figura 42), solicitadas a uma combinação de ação permanente (12 kN/m) e variável (9 kN/m),
incluindo o peso próprio. Os comprimentos foram aumentando a um acréscimo de 0,5 metros
para cada viga, e as últimas duas vigas (V14 e V15) possuem contenção lateral contínua. O
catálogo utilizado para este exemplo foi somente o da GERDAU.
86
Figura 42 Quinze vigas biapoiadas com carregamento uniformemente distribuído com seção
de perfis laminados da GERDAU, modeladas no CYPE3D 2015.

Fonte: Autor

Primeiramente foram dimensionadas e otimizadas as vigas pelo programa comercial, e


comparadas com a otimização discreta, a qual utiliza o algoritmo genético. Na tabela 15 estão
os resultados otimizados pelo CYPE 3D e pelo Algoritmo Genético.

Tabela 15 Comparação da otimização discreta do CYPE3D com o AG.


Viga Comprimento Contenção Lateral CYPE3D AG
[V#] [m] [yes/no] [Perfil] [Perfil]
V1 7 No W 360 x 64 W 360 x 64
V2 7.5 No W 360 x 79 W 360 x 79
V3 8 No W 460 x 89 W 460 x 89
V4 8.5 No W 530 x 101 W 530 x 101
V5 9 No W 530 x 109 W 530 x 109
V6 9.5 No W 610 x 125 W 610 x 125
V7 10 No W 610 x 140 W 610 x 140
V8 10.5 No W 610 x 140 W 610 x 140
V9 11 No W 610 x 155 W 610 x 155
V10 11.5 No W 610 x 155 W 610 x 155
V11 12 No W 610 x 155 W 610 x 155
V12 12.5 No W 610 x 174 W 610 x 174
V13 13 No W 610 x 174 W 610 x 174
V14 13.5 Yes W 610 x 155 W 610 x 155
V15 14 Yes W 610 x 174 W 610 x 174
Fonte: Autor

87
É importante destacar que o programa comercial CYPE3D tem o mesmo catálogo da
GERDAU que foi utilizado neste exemplo. Observe que, na tabela 15 todos os resultados
foram iguais. Essa igualdade ocorre já que o CYPE3D verifica cada perfil do catalogo para
cada viga e escolhe aquele que tem o menor peso, diferentemente da metodologia do AG, que
utiliza uma técnica de otimização probabilística discreta.
Ainda, alguns resultados foram computados, mostrando a massa por unidade de
comprimento (kg/m) de cada viga, para efeito de comparação. Essa massa foi obtida
multiplicando a área da seção transversal pela massa específica do aço (7850 kg/m³). Na
tabela 16 é possível comparar essas massas entre o CYPE3D, AG e o PQS.

Tabela 16 Comparação das massas lineares entre o CYPE3D, AG e PQS.


Viga CYPE3D AG PQS
V1 64.13 64.09 51.12
V2 79.44 79.44 57.01
V3 89.57 89.57 63.08
V4 102.05 102.06 69.35
V5 109.66 109.66 75.92
V6 125.68 125.70 82.76
V7 140.75 140.77 89.91
V8 140.75 140.77 99.75
V9 155.51 155.50 110.85
V10 155.51 155.50 122.79
V11 155.51 155.50 135.70
V12 174.90 174.89 148.01
V13 174.90 174.89 161.29
V14 155.51 155.50 143.17
V15 174.90 174.89 162.38
Fonte: Autor

Observe que a otimização contínua (PQS) obteve pesos bem menores (28% mais leves)
que os sugeridos pelo programa comercial e pelo AG. Isso ocorre devido ao PQS otimizar
cada variável independentemente, permitindo que as dimensões dos perfis atinjam valores
fora dos sugeridos nos catálogos. Assim, essa otimização do perfil se torna complicado para a
sua fabricação, já que os perfis são fabricados de acordo com os catálogos de mercado. A
Tabela 17 possui todas as dimensões dos perfis otimizados pela PQS. Apesar dos perfis não
possuírem dimensões de catálogos, as suas dimensões e proporcionalidades, se aproximam
dos perfis laminados do catálogo da GERDAU, já que eles foram otimizados sob as restrições
geométricas (Eq. 140).

88
Tabela 17 Valores da variável de projeto otimizada pelo método do PQS.
X [mm] Próxima
Viga Iteração Seção
d bf R tw tf
V1 17 375.09 243.85 10 6.02 8.77 W 610 x 155
V2 16 394.96 258.17 10 6.34 9.28 W 610 x 155
V3 16 414.25 272.22 10 6.64 9.79 W 610 x 155
V4 19 433.09 286.05 10 6,95 10,28 W 610 x 155
V5 20 451.97 299,86 10 7.25 10.78 W 610 x 155
V6 19 470.81 313.63 10 7.55 11.27 W 610 x 155
V7 18 487.03 325 10 7.81 11.92 W 610 x 174
V8 15 496.09 325 10 7.96 13.68 W 610 x 174
V9 18 527.45 325 10 8.46 15.12 W 610 x 174
V10 20 570.61 325 10 9.15 16.36 W 610 x 174
V11 13 525.89 325 16 10.34 18.48 W 610 x 174
V12 10 537.58 325 16 11.23 20.07 W 610 x 174
V13 9 550.91 325 16 12.18 21.76 W 610 x 174
V14 10 617 325 16 10.35 18.49 Not Found
V15 9 617 325 16 11.78 21.06 Not Found
Fonte: Autor

Como é possível observar as duas últimas vigas (V14 e V15) não foi possível
determinar um perfil do catálogo que atendesse a todas as variáveis de projeto, já que os
valores máximos de bf e d não pertencem ao mesmo perfil do catalogo. Ainda, as vigas V12 e
V13 foram as únicas vigas que obtiveram o mesmo resultado nos 3 métodos utilizados
(Tabela 15 e Tabela 17).
Com a finalidade de estudar os esforços normalizados, foi definido como resistência
efetiva ou relativa à capacidade do perfil de sustentar aos esforços solicitantes de forma
efetiva. Dessa forma, um perfil terá 100% de resistência se ele possuir os esforços resistentes
iguais aos solicitantes. Dessa forma, para perfis com resistência maiores que 100%, estão sob
condições de instabilidade e insegurança. Assim, buscam-se valores de resistência menores ou
iguais a 100%.
A tabela 18 possui os valores percentuais da razão entre os esforços solicitantes e
resistentes. A resistência efetiva é a capacidade do perfil de suportar todas as ações de forma
efetiva, e deformação efetiva é a capacidade do perfil em se deformar ao máximo.
Define-se resistência como os esforços destinados à combinação do estado-limite
último, e deformação ao estado limite de serviço, foi possível comparar as técnicas de
otimização e a formulação da verificação ao dos perfis quanto à flexão de acordo com NBR
8800:2008.

89
Tabela 18 Comparação da Resistência relativa/efetiva e deformação relativa/efetiva.
CYPE3D AG PQS
Viga
Resistência(%) Deformação(%) Resistência(%) Deformação(%) Resistência(%) Deformação(%)
V1 90.16 95.08 90.10 94.50 100.00 100.00
V2 78.46 92.39 78.41 92.18 100.00 100.00
V3 94.66 62.38 94.59 62.10 100.00 100.00
V4 89.24 49.91 88.96 49.39 100.00 100.00
V5 95.03 54.78 94.94 54.55 100.00 100.00
V6 84.75 44.19 84.67 43.79 100.00 100.00
V7 82.35 45.55 82.28 45.28 100.00 100.00
V8 96.74 52.54 96.67 52.42 100.00 100.00
V9 64.48 52.98 64.44 52.72 100.00 92.69
V10 75.3 60.34 75.25 60.24 100.00 82.90
V11 87.26 68.36 87.21 68.45 100.00 100.00
V12 82.58 68.21 82.53 68.42 100.00 100.00
V13 94.27 76.55 94.22 76.97 100.00 100.00
V14 49.61 96.65 49.61 97.46 52.02 100.00
V15 47.45 95.22 47.45 96.13 49.94 100.00
Fonte: Autor

Note que os resultados entre o programa comercial e o método usado pelo AG foram
muito próximos para todas as vigas. A variação média em módulo foi de 0,08% para a
resistência efetiva e 0,22% para a deformação efetiva.
Os resultados da Tabela 18 podem ser visualizados por meio dos gráficos na Figura 43 e
Figura 44 abaixo. Os gráficos são formados por um conjunto de barras. Cada viga possui 6
barras. As três barras mais altas e grossas, representam o peso por metro linear o qual o
método utilizado alcançou. Já as 3 barras menores, e mais finas, dentro de cada barra mais
espessa representa quantos por cento do peso atingido é utilizado de forma efetiva no perfil
dimensionado. Ou seja, aquele método que possui as duas barras (a mais grossa e mais
espessa) do mesmo tamanho, possui um uso efetivo do peso dimensionado de 100%.

90
Figura 43 Comparação gráfica da resistência efetiva.

Fonte: Autor

Figura 44 Comparação gráfica da deformação efetiva.

Fonte: Autor

Observe que os resultados pelo programa comercial possui o mesmo comportamento


que o utilizado no AG. Ainda, para o método do PQS note que grande parte do uso efetivo da
resistência e da deformação, atendeu a 100%. Além disso, é importante destacar que para as
vigas de comprimentos menores (V1 e V2) e para as vigas com contenção lateral (V14 e
V15), o fator determinante para o dimensionamento foi à deformação. Já para o restante das
vigas, o fator determinante foi à resistência.
91
Ainda, foi possível mostrar que o algoritmo genético converge para o resultado com
uma média de 7 a 10 gerações para uma população inicial igual a todos os perfis do catalogo.
Já a programação quadrática sequencial, converge com uma média de 16 iterações, porém,
como a otimização é de variável contínua, o qual apresenta um peso menor, é de difícil
aplicação ao mercado comercial, já que os perfis não atendem aos padrões de catálogos.
Comparando os resultados da aplicação em 15 vigas distintas, foi possível observar que
no geral os resultados foram excelentes. O método de otimização discreta utilizado é cerca de
0,09% menos conservador para vigas sem contenção lateral contínua no quesito de
resistência efetiva, em quanto que para vigas com contenção lateral (V14 e V15), o AG não
apresentou diferença quanto aos resultados propostos pelo CYPE3D, para o mesmo quesito.
Já para a deformação efetiva, o programa desenvolvido se mostrou 0,32% menos conservador
para vigas sem contenção lateral e 0,89% mais conservador para as vigas com contenção
lateral (V14 e V15). As diferenças entre o programa comercial e a rotina criada foram muito
pequenas, e assim justifica a validade da formulação e da metodologia de otimização aqui
utilizada.

5.4. Exemplo 04 – Pórtico espacial com 16 barras

Para este exemplo, foi proposta uma metodologia comparativa. A estrutura foi
dimensionada em um programa comercial, e posteriormente comparada à verificação no
Structure3D. Após comparar as verificações, a estrutura foi otimizada utilizando os métodos
do AG e do PQS implementadas no Structure3D, e assim, os resultados foram comparados.
Todos os relatórios do CYPE 3D e do Structure3D estão nos Apêndices B e C.
A apresentação do exemplo, envolve a verificação e a otimização de um pórtico
espacial. O pórtico foi modelado no programa comercial CYPE 3D, e foi dimensionado
utilizando os perfis soldados. O pórtico é composto por 16 barras, e todas as bases são
engastadas. Ainda, possui 2 pavimentos, com 3 m de pé direito, e vão de 10 x 10 metros. Na
figura 45, é possível visualizar a estrutura modelada no CYPE 3D, e na figura 46 no
Structure3D.

Figura 45 Pórtico espacial modelado no programa comercial CYPE 3D

Fonte: Autor (modelado no CYPE 3D)


92
O pórtico possui carregamento uniformemente distribuído característico nas vigas, de
40 kN/m, sendo que o fator de ponderação das ações foi considerado como 1,5, já que é o
fator utilizado pelo CYPE3D. Ainda, utilizou-se como coeficientes de flambagem por
compressão todos iguais a 1,0 e o fator de modificação para diagrama de momento fletor não
uniforme, igual a 1,0. A flecha máxima definiu-se como L/300 para todas as barras, e o peso
próprio foi considerado na análise. Toda a análise, tanto no programa comercial, quanto no
Structure3D foram as de primeira ordem.
Primeiramente, todas as vigas foram agrupadas, assim como todos os pilares, de forma a
unificar o dimensionamento entre os elementos. Foram escolhidos os perfis CVS da NBR
5884 para dimensionamento no programa CYPE 3D. Dessa forma, o CYPE 3D dimensionou
usando o “Quick section design” para a estrutura o perfil CVS 650 x 234 para as vigas, e o
perfil CVS 500 x 194 para os pilares.
Com a finalidade de comparar a verificação no Structure3D, a estrutura foi modelada da
mesma forma que no CYPE 3D. Abaixo está uma ilustração da estrutura modelada no
Structure3D.

Figura 46 Pórtico espacial modelado no programa Structure3D

Fonte: Autor

Os resultados das verificações, entre os esforços solicitantes combinados e esforços


resistentes calculados, para os perfis dimensionados no CYPE 3D, podem ser visualizados por
meio da tabela 19. Essa comparação foi feita pelas verificações aos esforços combinados,
definidos pelas equações (115) ou (116).

93
Tabela 19 Comparação da verificação aos esforços combinados entre o CYPE 3D e o
Structure3D.
Structure3D CYPE 3D
Desvio
Barra Elemento Perfil Resistência Resistência
Barra Barra (%)
Efetiva (%) Efetiva (%)
1 Pilar 1º Pav. CVS 500 X 194 1 44,73% N7/N4 46,34% 1,6%
2 Pilar 1º Pav. CVS 500 X 194 2 44,73% N8/N3 46,34% 1,6%
3 Pilar 1º Pav. CVS 500 X 194 11 44,73% N6/N5 46,34% 1,6%
4 Pilar 1º Pav. CVS 500 X 194 12 44,73% N1/N2 46,34% 1,6%
5 Pilar 2º Pav. CVS 500 X 194 4 75,99% N4/N11 74,71% 1,3%
6 Pilar 2º Pav. CVS 500 X 194 6 75,99% N3/N10 74,71% 1,3%
7 Pilar 2º Pav. CVS 500 X 194 14 75,99% N5/N12 74,71% 1,3%
8 Pilar 2º Pav. CVS 500 X 194 15 75,99% N2/N9 74,71% 1,3%
9 Viga 1º Pav. CVS 650 X 234 3 26,46% N3/N4 26,78% 0,3%
10 Viga 1º Pav. CVS 650 X 234 5 26,57% N5/N4 24,98% 1,6%
11 Viga 1º Pav. CVS 650 X 234 7 26,57% N2/N3 24,98% 1,6%
12 Viga 1º Pav. CVS 650 X 234 13 26,46% N2/N5 26,78% 0,3%
13 Viga 2º Pav. CVS 650 X 234 8 32,41% N10/N11 32,66% 0,3%
14 Viga 2º Pav. CVS 650 X 234 9 24,56% N12/N11 24,46% 0,1%
15 Viga 2º Pav. CVS 650 X 234 10 24,56% N9/N10 24,46% 0,1%
16 Viga 2º Pav. CVS 650 X 234 16 32,41% N9/N12 32,66% 0,3%
Fonte: Autor

Para melhor visualização dos resultados, a figura 47 mostra um gráfico que ilustra todas
as verificações normalizadas definidas pelas equações (115) e (116). Note que os resultados
comparativos ficaram muito próximos, com um desvio médio de 1,0%, e todas as verificações
atenderam. Note que a linha vermelha pontilhada, indica o máximo, quando o valor do
momento resistente é igual ao solicitante.

Figura 47 Gráfico de dispersão com as verificações do CYPE 3D e do Structure3D

Fonte: Autor
94
A próxima etapa é a otimização da estrutura. Dessa forma, será utilizado à metodologia
da Programação Quadrática Sequencial para a otimização de variável contínua e o Algoritmo
Genético para a otimização de variável discreta.
Para o PQS utilizou como ponto inicial o ponto 𝑿𝑖0 = [550 450 0 11 22 ] 𝑚𝑚
para todos os grupos. O critério de parada ficou definido com um máximo de 10.000
iterações, e uma tolerância de 10−12 para a diferença de solução entre um passo e outro.
Ainda, definiu uma tolerância de 10−4 para o cálculo das restrições.
Para o AG, utilizou uma população inicial de 500 indivíduos, e com uma geração da
população padrão do próprio MATLAB. Para o critério de parada, definiu um máximo de 100
gerações, e 50 gerações sem progresso. A Figura 48 mostra o processo de convergência do
AG.

Figura 48 Gráficos de convergência do AG

Fonte: Autor

A otimização pelo AG informa durante o processo, gráficos dinâmicos indicando a


convergência do método. A figura 48 é um exemplo da otimização do AG da estrutura,
encontrando o mínimo de 14.724,7 kg com cerca de 20 a 30 gerações.
Ao otimizar a estrutura, utilizando a formulação descrita nesse trabalho, é possível obter
os seguintes resultados:

95
Tabela 20 Comparação do peso (kg) da estrutura entre os métodos do CYPE 3D e o
Structure3D
Structure3D
Elemento CYPE 3D
AG PQS
Pilar 581,69 612,38 567,63
Viga 2.342,69 1.228,21 1.011,52
Peso total* 23.395,04 14.724,69 12.633,20
* O peso total é formado pelo peso do pilar mais o peso da viga multiplicado por 8
Fonte: Autor

Note que os métodos de otimização obtiveram uma solução mais econômica do que a
proposta pelo programa comercial CYPE 3D. Ainda, a solução do PQS obteve a solução mais
econômica, com uma redução de 46% em comparação com o CYPE 3D. Já a otimização do
AG, obteve uma redução de 37% no peso.
Os perfis otimizados para o método do AG encontraram uma solução mais econômica
para as vigas, porem mais onerosa para os pilares. Para as vigas o AG encontrou o perfil CVS
550 x 123, que é mais leve que o dimensionamento do CYPE 3D. Entretanto, para que a
estrutura resistisse, teve que utilizar o perfil mais leve para as vigas, e para os pilares o AG
teve que escolher um perfil mais pesado (CVS 550 x 204). Como os pilares são menores em
comprimento que as vigas, a mudança de perfis otimizou no peso total da estrutura,
oferecendo uma solução mais econômica no geral. Esses resultados melhores para as vigas e
priores para os pilares está relacionada à análise global da estrutura, já que os perfis utilizados
nos processos de otimização estão muito próximos do limite na verificação. Assim, a escolha
da um perfil mais pesado para os pilares, permitiu que um perfil mais leve pudesse ser
utilizado nas vigas, que como possuem comprimento maior, a redução em seu peso permite
uma economia maior que uma redução no peso dos pilares.
Já para a metodologia do PQS, os perfis encontrados não são catalogados, dessa forma,
utilizando as restrições relativas aos perfis soldados CVS descrita na item 3.2 deste trabalho,
pode-se obter aproximações as dimensões obtidas no catálogo. Abaixo está à tabela com os
perfis dos pilares e das vigas otimizadas pelos métodos AG e PQS.

Tabela 21 Dimensões dos perfis do pórtico espacial otimizados


kg/m X
Barra Método Perfil
bf d R tw tf
CYPE 3D CVS 500 X 194 193,9 500,0 350,0 0,0 16,0 25,0
Pilares AG CVS 550 x 204 204,1 550,0 400,0 0,0 16,0 22,4
Structure3D
PQS - 189,2 513,2 427,7 0,0 11,1 22,1
CYPE 3D CVS 650 X 234 234,3 650,0 450,0 0,0 16,0 22,4
Vigas AG CVS 500 x 123 122,8 500,0 350,0 0,0 9.5 16,0
Structure3D
PQS - 101,2 456,1 369,5 0,0 7,3 13,2
Fonte: Autor

96
Em relação aos esforços normalizados, as soluções otimizadas requisitaram uma maior
parcela da resistência disponível. No gráfico da Figura 49 é possível visualizar os esforços
normalizados. Note que os resultados pela otimização pelo PQS obtiveram os esforços
normalizados bem próximos de 100%.

Figura 49 Comparação do dimensionamento do CYPE 3D com os métodos de otimização


AG e PQS

CYPE 3D AG PQS

100%
Resistência Efetiva (%)

0%
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

Barra

Fonte: Autor

Observe que o método do PQS oferece soluções melhores que o AG e o


dimensionamento do CYPE 3D. Isso ocorre já que o PQS otimiza os perfis com variáveis
contínuas, dessa forma, o seu método consegue alcançar 100% de resistência efetiva em
grande parte das barras, tornando o método que fornece a melhor solução. Entretanto, para
efeitos práticos, os perfis otimizados pelo método do PQS não são catalogados, havendo a
necessidade de uma fabricação especifica para determinado perfil. Já o método do algoritmo
genético, fornece uma solução discreta, com perfis catalogados, e com uma solução melhor
que a proposta pelo dimensionamento do CYPE 3D. Note que em algumas barras, o método
do AG chegou muito próximo da solução ótima alcançada pelo PQS, que apesar de ser um
método discreto, pode alcançar soluções propostas por métodos com variável contínua.

97
6. CONCLUSÕES E SUGESTÕES

6.1. Conclusões

No presente trabalho, foi mostrado como as técnicas de otimização podem ser inseridas
no dimensionamento de projetos estruturais. Ainda, mostrou-se como funciona a relação entre
a análise estrutural com a resistência dos materiais. De forma geral, o objetivo foi alcançado,
já que foi possível criar um software que é capaz de dimensionar e otimizar qualquer pórtico
espacial.
Ademais, no presente trabalho, foram desenvolvidas rotinas para flexão assimétrica com
forças axiais de pórticos. Além do dimensionamento, foram utilizados métodos de otimização,
como a Programação Quadrática Sequencial e o Algoritmo Genético, para reduzir o peso total
da estrutura. Toda a rotina foi incluída em um programa de análise estrutural, para que fosse
possível uniformizar todo o processo. O programa foi validado com a comparação de
exemplos presentes na literatura e com resultados de softwares comerciais. O programa
desenvolvido obteve os valores esperados em comparação com o programa comercial,
comprovando a validade do software desenvolvido.
Em relação ao primeiro exemplo, da viga com contenção lateral contínua na mesa
superior, ficou claro que tanto para determinar os esforços solicitantes quanto os resistentes o
Structure3D apresentou resultados precisos. Ainda, neste exemplo, foi mostrado que é
possível otimizar a seção transversal do perfil e obter uma seção mais leve. Apesar de a
otimização discreta ter obtido a seção com o perfil W 610 x 101, que é o mesmo do sugerido
pelo autor, foi possível encontrar um perfil mais leve no catalogo de perfil soldados (VS 550 x
100).
Para o segundo exemplo, com o pilar submetido a esforços cominados de flexão
assimétrica e carga axial, foi possível validar a formulação para a verificação a esforços
combinados. Todos os esforços resistentes ficaram muito próximos, com uma mínima
diferença no quinto número significativo. Ainda neste exemplo, foi utilizado à otimização
discreta utilizando o Algoritmo Genético, e mostrou-se que o perfil CVS 350 x 73 é o perfil
ótimo da tabela de perfis da serie CVS.
No terceiro exemplo, 15 vigas foram otimizadas, com comprimento variando de 7 até
14 metros, utilizando somente os perfis laminados. Comparando os resultados da otimização
pelo algoritmo genético e o dimensionamento do software comercial CYPE 3D nas 15 vigas
distintas, foi possível observar ótimos resultados. O programa desenvolvido é cerca de 0,09%
menos conservador para vigas sem contenção lateral contínua no quesito aos esforços
resistentes, em quanto que para vigas com contenção lateral, o programa demonstrou 0% de
diferença para o mesmo quesito. Já para a deformação, o programa desenvolvido se mostrou
0,32% menos conservador para vigas sem contenção lateral contínua e 0,89% mais
conservador para as vigas com a contenção lateral contínua. Conclui-se que o programa
criado se aproxima dos resultados do programa comercial, justificando a sua validade.
Já no quarto e último exemplo comparativo, com o pórtico espacial, foi proposta uma
comparação entre o dimensionamento do CYPE 3D com o programa. Em relação à
verificação da estrutura, a resistência efetiva entre o programa comercial e o desenvolvido
neste trabalho obteve um desvio percentual de 1% em média. Em relação aos esforços
solicitantes, houve uma diferença maior entre o programa CYPE 3D em comparação com o
Structure3D. Porém, os esforços resistentes ficaram muito próximos entre o CYPE 3D e o
Structure3D. Ainda, houve uma pequena diferença nas deformações entre os dois programas,
entretanto, para este exemplo, a deformação não foi fator determinante no dimensionamento e
otimização da estrutura. Apesar das diferenças entre os esforços solicitantes, os resultados
ficaram muito próximos, não afetando no resultado final. É importante destacar que o
programa Structure3D faz análise estrutural somente em 1º ordem, enquanto o CYPE 3D faz
análise de 2º ordem. Com relação à otimização, o Structure3D apresentou uma solução mais
leve. O AG forneceu uma estrutura mais leve, cerca de 37% mais leve, em comparação com o
exemplo dimensionado no CYPE 3D. Já o PQS informou uma redução de 46%.
De forma geral, a solução da otimização contínua, sempre apresenta uma solução mais
leve que a otimização discreta. Isso ocorre pelo fato do método do PQS alterar todas as
variáveis de projeto, e atribuindo a elas valores que não são encontrados nos catálogos
comerciais. Essa metodologia é interessante, pois quando não é possível encontrar um perfil
específico no catalogo de perfis estruturais, essa técnica permite que o projetista possa
fabricar o seu próprio perfil para a sua estrutura. Mas ainda, para efeitos comerciais, o método
do PQS se torna inviável. Por outro lado, a metodologia do AG, oferece ao projetista, opções
ótimas de perfis catalogados. Apesar dessa proposta não ser tão econômica quanto à
metodologia do PQS, o AG é muito eficaz, e fornece uma solução mais pratica. Entretanto, a
metodologia do AG, requer muito esforço computacional, necessitando de tempo para
executar a rotina de otimização.
Outro aspecto importante a ser destacado, é a quantidade de barras a serem otimizadas.
Quanto maior o numero de barras, mais esforço computacional o programa ira requer. Ainda,
a otimização por grupos, reduz esse esforço computacional e garante uma convergência maior
da solução.
Conclui-se que de forma geral os objetivos foram alcançados, e acredita-se que o
programa Structure3D ainda pode evoluir.

6.2. Sugestões para Trabalhos Futuros

O programa criado pode se tornar uma ferramenta poderosa no dimensionamento e


otimização de estruturas. Como sugestão do autor, seria ótimo se algumas implementações
pudessem ser desenvolvidas para um melhor desempenho e confiabilidade dos dados do
programa.
Primeiramente, o programa Structure3D desenvolve uma rotina de análise de primeira
ordem. Como sugestão futura, é importante que a estrutura apresente os esforços solicitantes
de segunda ordem, para um dimensionamento e otimização mais precisa. Outra sugestão, é a
implementação gráfica do Structure3D. Como todo programa de dimensionamento, seria
99
interessante se a interface mostrasse o perfil em três dimensões. Entretanto, seria necessário,
otimizar as rotinas densas dentro do código, já que em algumas situações o programa
apresentava lentidão em processos simples.
Outra sugestão para trabalhos futuros, é a implementação e enriquecimento do
dimensionamento de estruturas metálicas. A combinação de ações pode ser formulada
considerando mais ações diferentes, incluindo todos os coeficientes sugeridos pelas normas.
Adicionalmente, pode ser implementado novos perfis de catálogos, com diferentes tipos de
seções. Ainda, pode ser desenvolvido rotinas de dimensionamento e otimização de ligações
em aço e concreto. Outra dificuldade encontrada no dimensionamento e que pode servir para
um futuro trabalho, é o dimensionamento de perfis abertos submetidos a esforços de torção.
Com relação aos processos de otimização, uma das sugestões seria a implementação da
otimização híbrida. O PQS é uma rotina mais rápida que o AG. Dessa forma, uma sugestão
seria implementar o PQS para informar uma região de busca para o AG. Com essa
formulação, acredita-se que o tempo da otimização discreta possa ser reduzido
consideravelmente. Outra ideia de trabalhos futuros, seria apresentar novas formulações de
otimização, e buscar desenvolver a própria rotina de otimização.
Com as sugestões de trabalhos futuros descritas, acredita-se que o programa
Structure3D possa se tornar uma ferramenta poderosa tanto no meio acadêmico quanto no
meio comercial.

100
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102
APÊNDICES

APÊNDICE A
10/12/2017 Resultado Dimensionamento Structure3D

Resultados Verificação com Perfis do Catalogo


Data: 10-Dec-2017 19:39:24

Nome do Arquivo: viga_contencao_fakury_3nos.S3D


APÊNDICE B

Verificação Completa

Perfis Selecionados

Propriedades Geométricas

Outras Propriedades
Relatórios Structure3D

Esforços Solcicitantes de Cálculo

Esforços Resistentes de Cálculo

RESULTADO
Peso Total da Estrutura [toneladas]
1.227685
Verificações
NtSd / NcSd / Msdz / Msdz / Msdz / Msdz / Vsdy / Msdy / Msdy / Vsdy / Esforços fmax / flim fmax / flim
Barra Perfil L / r XY kL / r XY
NcRd NcRd MrdzFLA MrdzFLM MrdzFLT MrdzRes Vrdy MrdyFLM MrdyRes Vrdy Combinados XY XZ
W 610 x
1 0.000000 0.000000 0.981869 0.981869 0.981869 0.749069 0.251789 0.000000 0.000000 0.000000 0.981869 0.971897 0.000000 0.000000 0.000000
101,0
W 610 x
2 0.000000 0.000000 0.981869 0.981869 0.981869 0.749069 0.251789 0.000000 0.000000 0.000000 0.981869 0.971897 0.000000 0.000000 0.000000
101,0

Ir para o topo

Perfis Selecionados
Barra Grupo Perfil kg/m d [mm] bf [mm] R [mm] tw [mm] tf [mm] Comprimento [cm]
1 1 W 610 x 101,0 102.307105 603.000000 228.000000 16.000000 10.500000 14.900000 600.000000
2 1 W 610 x 101,0 102.307105 603.000000 228.000000 16.000000 10.500000 14.900000 600.000000

Ir para o topo

Propriedades Geométricas
Lambda_f lambda_w
Barra Perfil h [cm] d' [cm] Ab [cm2] Iz [cm4] Wz [cm3] rz [cm] Zz [cm3] Iy [cm4] Wy [cm3] ry [cm] Zy [cm3] rt [cm] J [cm3] Cw [cm6]
[] []

file:///C:/Users/Jo%C3%A3o%20Alfredo/OneDrive/UFES/Projeto%20de%20Gradua%C3%A7%C3%A3o/Resultados/Exemplo1/Viga_contencao.html 1/2
10/12/2017 Resultado Dimensionamento Structure3D

Propriedades Geométricas
W
1 610 x 57.320000 54.120000 130.327523 76999.958447 2553.895803 24.306766 2922.554334 2950.772472 258.839691 4.758278 405.018694 5.822014 81.720639 7.651007 51.542857 2551397.295008
101,0
W
2 610 x 57.320000 54.120000 130.327523 76999.958447 2553.895803 24.306766 2922.554334 2950.772472 258.839691 4.758278 405.018694 5.822014 81.720639 7.651007 51.542857 2551397.295008
101,0

Ir para o topo

Outras Propriedades
Barra Perfil E fy fu kx ky kz Lb Cb qx [kN/m] qy [kN/m] qz [kN/m] gama_a1 gama_a2 gama_m
1 W 610 x 101,0 200000000 345 450 1 1 1 600.000000 2.000000 0.000000 -26.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.923077
2 W 610 x 101,0 200000000 345 450 1 1 1 600.000000 2.000000 0.000000 -26.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.923077

Ir para o topo

Esforços Solicitantes de Cálculo


Barra Grupo Perfil Msdz [kN.m] MsdzFLT [kN.m] Vsdy [kN] Msdy [kN.m] Vsdz [kN] Ntsd [kN] Ncsd [kN] Msdx [kN.m] fmaxXY [cm] fmaxXZ [cm]
1 1 W 610 x 101,0 900.000000 900.000000 300.000000 0.000000 0.000000 0.000000 0.000000 0.000000 4.665105 0.000000
2 1 W 610 x 101,0 900.000000 900.000000 300.000000 0.000000 0.000000 0.000000 0.000000 0.000000 4.665105 0.000000

Ir para o topo

Esforços Resistentes de Cálculo


Mrdz_FLA Mrdz_FLM Mrdz_FLT Mrdz_elastico Mrdy_FLM Mrdy_elastico Mrdx flimXY flimXZ
Barra Grupo Perfil Vrdy [kN] Vrdz [kN] Ntrd [kN] Ncrd [kN]
[kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m] [cm] [cm]
W 610 x
1 1 916.619314 916.619314 916.619314 1201.491889 1191.473182 127.028590 121.772309 1278.582545 4087.545033 1289.941074 NaN 4.800000 4.800000
101,0
W 610 x
2 1 916.619314 916.619314 916.619314 1201.491889 1191.473182 127.028590 121.772309 1278.582545 4087.545033 1289.941074 NaN 4.800000 4.800000
101,0

Ir para o topo

file:///C:/Users/Jo%C3%A3o%20Alfredo/OneDrive/UFES/Projeto%20de%20Gradua%C3%A7%C3%A3o/Resultados/Exemplo1/Viga_contencao.html 2/2
10/12/2017 Resultado Dimensionamento Structure3D

Resultados Otimização AG
Data: 10-Dec-2017 20:42:25

Nome do Arquivo: pilar_comb_fakury.S3D

Verificação Completa

Perfis Selecionados

Propriedades Geométricas

Outras Propriedades

Esforços Solcicitantes de Cálculo

Esforços Resistentes de Cálculo

RESULTADO
Peso Total da Estrutura [toneladas]
0.513096
Verificações
NtSd / NcSd / Msdz / Msdz / Msdz / Msdz / Vsdy / Msdy / Msdy / Vsdy / Esforços fmax / flim fmax / flim
Barra Perfil L / r XY kL / r XY
NcRd NcRd MrdzFLA MrdzFLM MrdzFLT MrdzRes Vrdy MrdyFLM MrdyRes Vrdy Combinados XY XZ
CVS 350
1 0.000000 0.692004 0.057775 0.059284 0.057775 0.042877 0.015124 0.049212 0.048240 0.002011 0.788446 0.146173 0.033980 0.000000 42.326375
x 73
CVS 350
2 0.000000 0.692004 0.115551 0.118569 0.115551 0.085755 0.015124 0.205052 0.200999 0.010392 0.979667 0.150032 0.095407 0.000000 42.326375
x 73
CVS 350
3 0.000000 0.000000 0.000000 0.000000 0.000000 0.000000 0.000000 0.205052 0.200999 0.020952 0.205052 0.000000 0.982443 0.000000 0.000000
x 73
CVS 350
4 0.000000 0.000000 0.115551 0.118569 0.115551 0.085755 0.075618 0.000000 0.000000 0.000000 0.118569 0.963855 0.000000 0.000000 0.000000
x 73

Ir para o topo

Perfis Selecionados
Barra Grupo Perfil kg/m d [mm] bf [mm] R [mm] tw [mm] tf [mm] Comprimento [cm]
1 1 CVS 350 x 73 73.299375 350.000000 250.000000 0.000000 9.500000 12.500000 250.000000
2 1 CVS 350 x 73 73.299375 350.000000 250.000000 0.000000 9.500000 12.500000 250.000000
3 1 CVS 350 x 73 73.299375 350.000000 250.000000 0.000000 9.500000 12.500000 100.000000
4 1 CVS 350 x 73 73.299375 350.000000 250.000000 0.000000 9.500000 12.500000 100.000000

file:///C:/Users/Jo%C3%A3o%20Alfredo/OneDrive/UFES/Projeto%20de%20Gradua%C3%A7%C3%A3o/Resultados/Exemplo%2002%20-%20pilar%20comb%20fakury/Relatorio_AG_pilar_comb_fakury.html 1/3
10/12/2017 Resultado Dimensionamento Structure3D
Ir para o topo

Propriedades Geométricas
Lambda_f lambda_w
Barra Perfil h [cm] d' [cm] Ab [cm2] Iz [cm4] Wz [cm3] rz [cm] Zz [cm3] Iy [cm4] Wy [cm3] ry [cm] Zy [cm3] rt [cm] J [cm3] Cw [cm6]
[] []
CVS
1 350 32.500000 32.500000 93.375000 20523.632813 1172.779018 14.825584 1305.546875 3257.530391 260.602431 5.906483 397.957812 6.688060 42.197552 10.000000 34.210526 926971.435547
x 73
CVS
2 350 32.500000 32.500000 93.375000 20523.632813 1172.779018 14.825584 1305.546875 3257.530391 260.602431 5.906483 397.957812 6.688060 42.197552 10.000000 34.210526 926971.435547
x 73
CVS
3 350 32.500000 32.500000 93.375000 20523.632813 1172.779018 14.825584 1305.546875 3257.530391 260.602431 5.906483 397.957812 6.688060 42.197552 10.000000 34.210526 926971.435547
x 73
CVS
4 350 32.500000 32.500000 93.375000 20523.632813 1172.779018 14.825584 1305.546875 3257.530391 260.602431 5.906483 397.957812 6.688060 42.197552 10.000000 34.210526 926971.435547
x 73

Ir para o topo

Outras Propriedades
Barra Perfil E fy fu kx ky kz Lb Cb qx [kN/m] qy [kN/m] qz [kN/m] gama_a1 gama_a2 gama_m
1 CVS 350 x 73 200000000 350 500 1 1 2 250.000000 1.350000 0.000000 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.000000
2 CVS 350 x 73 200000000 350 500 1 1 2 250.000000 1.350000 0.000000 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.000000
3 CVS 350 x 73 200000000 350 500 1 1 1 100.000000 1.350000 0.000000 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.000000
4 CVS 350 x 73 200000000 350 500 1 1 1 100.000000 1.350000 0.000000 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.000000

Ir para o topo

Esforços Solicitantes de Cálculo


Barra Grupo Perfil Msdz [kN.m] MsdzFLT [kN.m] Vsdy [kN] Msdy [kN.m] Vsdz [kN] Ntsd [kN] Ncsd [kN] Msdx [kN.m] fmaxXY [cm] fmaxXZ [cm]
1 1 CVS 350 x 73 24.000000 24.000000 9.600000 6.000000 2.400000 0.000000 1800.000000 0.000000 0.182716 0.042475
2 1 CVS 350 x 73 48.000000 48.000000 9.600000 25.000000 12.400000 0.000000 1800.000000 0.000000 0.187540 0.119259
3 1 CVS 350 x 73 0.000000 0.000000 0.000000 25.000000 25.000000 0.000000 0.000000 0.000000 0.000000 0.491222
4 1 CVS 350 x 73 48.000000 48.000000 48.000000 0.000000 0.000000 0.000000 0.000000 0.000000 0.481928 0.000000

Ir para o topo

Esforços Resistentes de Cálculo


Mrdz_FLA Mrdz_FLM Mrdz_FLT Mrdz_elastico Mrdy_FLM Mrdy_elastico Mrdx flimXY flimXZ
Barra Grupo Perfil Vrdy [kN] Vrdz [kN] Ntrd [kN] Ncrd [kN]
[kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m] [cm] [cm]

file:///C:/Users/Jo%C3%A3o%20Alfredo/OneDrive/UFES/Projeto%20de%20Gradua%C3%A7%C3%A3o/Resultados/Exemplo%2002%20-%20pilar%20comb%20fakury/Relatorio_AG_pilar_comb_fakury.html 2/3
10/12/2017 Resultado Dimensionamento Structure3D

Esforços Resistentes de Cálculo


CVS 350
1 1 415.401278 404.828505 415.401278 559.735440 634.772727 121.920491 124.378433 1193.181818 2971.022727 2601.140954 NaN 1.250000 1.250000
x 73
CVS 350
2 1 415.401278 404.828505 415.401278 559.735440 634.772727 121.920491 124.378433 1193.181818 2971.022727 2601.140954 NaN 1.250000 1.250000
x 73
CVS 350
3 1 415.401278 404.828505 415.401278 559.735440 634.772727 121.920491 124.378433 1193.181818 2971.022727 2908.487757 NaN 0.500000 0.500000
x 73
CVS 350
4 1 415.401278 404.828505 415.401278 559.735440 634.772727 121.920491 124.378433 1193.181818 2971.022727 2908.487757 NaN 0.500000 0.500000
x 73

Ir para o topo

file:///C:/Users/Jo%C3%A3o%20Alfredo/OneDrive/UFES/Projeto%20de%20Gradua%C3%A7%C3%A3o/Resultados/Exemplo%2002%20-%20pilar%20comb%20fakury/Relatorio_AG_pilar_comb_fakury.html 3/3
10/12/2017 Resultado Dimensionamento Structure3D

Resultados Verificação com Perfis do Catalogo


Data: 10-Dec-2017 18:21:27

Nome do Arquivo: portico_3D_2pavYvert.S3D

Verificação Completa

Perfis Selecionados

Propriedades Geométricas

Outras Propriedades

Esforços Solcicitantes de Cálculo

Esforços Resistentes de Cálculo

RESULTADO
Peso Total da Estrutura [toneladas]
23.395010
Verificações
NtSd / NcSd / Msdz / Msdz / Msdz / Msdz / Vsdy / Msdy / Msdy / Vsdy / Esforços fmax / flim fmax / flim
Barra Perfil L / r XY kL / r XY
NcRd NcRd MrdzFLA MrdzFLM MrdzFLT MrdzRes Vrdy MrdyFLM MrdyRes Vrdy Combinados XY XZ
CVS 500 x
1 0.000000 0.181030 0.114089 0.114089 0.114089 0.085111 0.061028 0.238080 0.242350 0.017764 0.446954 0.021205 0.064975 0.000000 35.260354
194
CVS 500 x
2 0.000000 0.181030 0.114089 0.114089 0.114089 0.085111 0.061028 0.238080 0.242350 0.017764 0.446954 0.021205 0.064975 0.000000 35.260354
194
CVS 650
3 0.008303 0.000000 0.198217 0.201995 0.256097 0.146659 0.162095 0.000000 0.000000 0.000000 0.260248 0.129611 0.002329 93.631876 0.000000
x234
CVS 500 x
4 0.000000 0.090515 0.264301 0.264301 0.264301 0.197170 0.157976 0.442224 0.450154 0.041363 0.759713 0.021273 0.075917 0.000000 35.260354
194
CVS 650
5 0.015593 0.000000 0.196214 0.199954 0.253509 0.145178 0.162095 0.000000 0.000000 0.000000 0.261306 0.040516 0.001240 93.631876 0.000000
x234
CVS 500 x
6 0.000000 0.090515 0.264301 0.264301 0.264301 0.197170 0.157976 0.442224 0.450154 0.041363 0.759713 0.021273 0.075917 0.000000 35.260354
194
CVS 650
7 0.015593 0.000000 0.196214 0.199954 0.253509 0.145178 0.162095 0.000000 0.000000 0.000000 0.261306 0.040516 0.001240 93.631876 0.000000
x234
CVS 650
8 0.000000 0.026892 0.236011 0.240509 0.304927 0.174623 0.162095 0.000000 0.000000 0.000000 0.318373 0.185189 0.003795 0.000000 93.631876
x234
CVS 650
9 0.000000 0.046952 0.168469 0.171680 0.217662 0.124649 0.162095 0.000000 0.000000 0.000000 0.241138 0.083282 0.002173 0.000000 93.631876
x234
CVS 650
10 0.000000 0.046952 0.168469 0.171680 0.217662 0.124649 0.162095 0.000000 0.000000 0.000000 0.241138 0.083282 0.002173 0.000000 93.631876
x234

file:///C:/Users/Jo%C3%A3o%20Alfredo/OneDrive/UFES/Projeto%20de%20Gradua%C3%A7%C3%A3o/Resultados/Exemplo%204/CVS_Relatorio_ver_portico_3D_2pavYvert.S3D.html 1/6
10/12/2017 Resultado Dimensionamento Structure3D

Verificações
CVS 500 x
11 0.000000 0.181030 0.114089 0.114089 0.114089 0.085111 0.061028 0.238080 0.242350 0.017764 0.446954 0.021205 0.064975 0.000000 35.260354
194
CVS 500 x
12 0.000000 0.181030 0.114089 0.114089 0.114089 0.085111 0.061028 0.238080 0.242350 0.017764 0.446954 0.021205 0.064975 0.000000 35.260354
194
CVS 650
13 0.008303 0.000000 0.198217 0.201995 0.256097 0.146659 0.162095 0.000000 0.000000 0.000000 0.260248 0.129611 0.002329 93.631876 0.000000
x234
CVS 500 x
14 0.000000 0.090515 0.264301 0.264301 0.264301 0.197170 0.157976 0.442224 0.450154 0.041363 0.759713 0.021273 0.075917 0.000000 35.260354
194
CVS 500 x
15 0.000000 0.090515 0.264301 0.264301 0.264301 0.197170 0.157976 0.442224 0.450154 0.041363 0.759713 0.021273 0.075917 0.000000 35.260354
194
CVS 650
16 0.000000 0.026892 0.236011 0.240509 0.304927 0.174623 0.162095 0.000000 0.000000 0.000000 0.318373 0.185189 0.003795 0.000000 93.631876
x234

Ir para o topo

Perfis Selecionados
Barra Grupo Perfil kg/m d [mm] bf [mm] R [mm] tw [mm] tf [mm] Comprimento [cm]
1 2 CVS 500 x 194 193.895000 500.000000 350.000000 0.000000 16.000000 25.000000 300.000000
2 2 CVS 500 x 194 193.895000 500.000000 350.000000 0.000000 16.000000 25.000000 300.000000
3 1 CVS 650 x234 234.269120 650.000000 450.000000 0.000000 16.000000 22.400000 1000.000000
4 2 CVS 500 x 194 193.895000 500.000000 350.000000 0.000000 16.000000 25.000000 300.000000
5 1 CVS 650 x234 234.269120 650.000000 450.000000 0.000000 16.000000 22.400000 1000.000000
6 2 CVS 500 x 194 193.895000 500.000000 350.000000 0.000000 16.000000 25.000000 300.000000
7 1 CVS 650 x234 234.269120 650.000000 450.000000 0.000000 16.000000 22.400000 1000.000000
8 1 CVS 650 x234 234.269120 650.000000 450.000000 0.000000 16.000000 22.400000 1000.000000
9 1 CVS 650 x234 234.269120 650.000000 450.000000 0.000000 16.000000 22.400000 1000.000000
10 1 CVS 650 x234 234.269120 650.000000 450.000000 0.000000 16.000000 22.400000 1000.000000
11 2 CVS 500 x 194 193.895000 500.000000 350.000000 0.000000 16.000000 25.000000 300.000000
12 2 CVS 500 x 194 193.895000 500.000000 350.000000 0.000000 16.000000 25.000000 300.000000
13 1 CVS 650 x234 234.269120 650.000000 450.000000 0.000000 16.000000 22.400000 1000.000000
14 2 CVS 500 x 194 193.895000 500.000000 350.000000 0.000000 16.000000 25.000000 300.000000
15 2 CVS 500 x 194 193.895000 500.000000 350.000000 0.000000 16.000000 25.000000 300.000000
16 1 CVS 650 x234 234.269120 650.000000 450.000000 0.000000 16.000000 22.400000 1000.000000

Ir para o topo

Propriedades Geométricas
Lambda_f lambda_w
Barra Perfil h [cm] d' [cm] Ab [cm2] Iz [cm4] Wz [cm3] rz [cm] Zz [cm3] Iy [cm4] Wy [cm3] ry [cm] Zy [cm3] rt [cm] J [cm3] Cw [cm6]
[] []

file:///C:/Users/Jo%C3%A3o%20Alfredo/OneDrive/UFES/Projeto%20de%20Gradua%C3%A7%C3%A3o/Resultados/Exemplo%204/CVS_Relatorio_ver_portico_3D_2pavYvert.S3D.html 2/6
10/12/2017 Resultado Dimensionamento Structure3D

Propriedades Geométricas
CVS
500
1 45.000000 45.000000 247.000000 110952.083333 4438.083333 21.194309 4966.250000 17879.943333 1021.711048 8.508139 1560.050000 9.476155 429.436667 7.000000 28.125000 10076741.536458
x
194
CVS
500
2 45.000000 45.000000 247.000000 110952.083333 4438.083333 21.194309 4966.250000 17879.943333 1021.711048 8.508139 1560.050000 9.476155 429.436667 7.000000 28.125000 10076741.536458
x
194
CVS
3 650 60.520000 60.520000 298.432000 228156.011068 7020.184956 27.649881 7791.276160 34040.657493 1512.918111 10.680124 2306.732800 12.061936 422.871040 10.044643 37.825000 33499643.688000
x234
CVS
500
4 45.000000 45.000000 247.000000 110952.083333 4438.083333 21.194309 4966.250000 17879.943333 1021.711048 8.508139 1560.050000 9.476155 429.436667 7.000000 28.125000 10076741.536458
x
194
CVS
5 650 60.520000 60.520000 298.432000 228156.011068 7020.184956 27.649881 7791.276160 34040.657493 1512.918111 10.680124 2306.732800 12.061936 422.871040 10.044643 37.825000 33499643.688000
x234
CVS
500
6 45.000000 45.000000 247.000000 110952.083333 4438.083333 21.194309 4966.250000 17879.943333 1021.711048 8.508139 1560.050000 9.476155 429.436667 7.000000 28.125000 10076741.536458
x
194
CVS
7 650 60.520000 60.520000 298.432000 228156.011068 7020.184956 27.649881 7791.276160 34040.657493 1512.918111 10.680124 2306.732800 12.061936 422.871040 10.044643 37.825000 33499643.688000
x234
CVS
8 650 60.520000 60.520000 298.432000 228156.011068 7020.184956 27.649881 7791.276160 34040.657493 1512.918111 10.680124 2306.732800 12.061936 422.871040 10.044643 37.825000 33499643.688000
x234
CVS
9 650 60.520000 60.520000 298.432000 228156.011068 7020.184956 27.649881 7791.276160 34040.657493 1512.918111 10.680124 2306.732800 12.061936 422.871040 10.044643 37.825000 33499643.688000
x234
CVS
10 650 60.520000 60.520000 298.432000 228156.011068 7020.184956 27.649881 7791.276160 34040.657493 1512.918111 10.680124 2306.732800 12.061936 422.871040 10.044643 37.825000 33499643.688000
x234
CVS
500
11 45.000000 45.000000 247.000000 110952.083333 4438.083333 21.194309 4966.250000 17879.943333 1021.711048 8.508139 1560.050000 9.476155 429.436667 7.000000 28.125000 10076741.536458
x
194
CVS
500
12 45.000000 45.000000 247.000000 110952.083333 4438.083333 21.194309 4966.250000 17879.943333 1021.711048 8.508139 1560.050000 9.476155 429.436667 7.000000 28.125000 10076741.536458
x
194

file:///C:/Users/Jo%C3%A3o%20Alfredo/OneDrive/UFES/Projeto%20de%20Gradua%C3%A7%C3%A3o/Resultados/Exemplo%204/CVS_Relatorio_ver_portico_3D_2pavYvert.S3D.html 3/6
10/12/2017 Resultado Dimensionamento Structure3D

Propriedades Geométricas
CVS
13 650 60.520000 60.520000 298.432000 228156.011068 7020.184956 27.649881 7791.276160 34040.657493 1512.918111 10.680124 2306.732800 12.061936 422.871040 10.044643 37.825000 33499643.688000
x234
CVS
500
14 45.000000 45.000000 247.000000 110952.083333 4438.083333 21.194309 4966.250000 17879.943333 1021.711048 8.508139 1560.050000 9.476155 429.436667 7.000000 28.125000 10076741.536458
x
194
CVS
500
15 45.000000 45.000000 247.000000 110952.083333 4438.083333 21.194309 4966.250000 17879.943333 1021.711048 8.508139 1560.050000 9.476155 429.436667 7.000000 28.125000 10076741.536458
x
194
CVS
16 650 60.520000 60.520000 298.432000 228156.011068 7020.184956 27.649881 7791.276160 34040.657493 1512.918111 10.680124 2306.732800 12.061936 422.871040 10.044643 37.825000 33499643.688000
x234

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Outras Propriedades
Barra Perfil E fy fu kx ky kz Lb Cb qx [kN/m] qy [kN/m] qz [kN/m] gama_a1 gama_a2 gama_m
1 CVS 500 x 194 210000000 345 450 1 1 1 300.000000 1.000000 -1.901451 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
2 CVS 500 x 194 210000000 345 450 1 1 1 300.000000 1.000000 -1.901451 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
3 CVS 650 x234 210000000 345 450 1 1 1 1000.000000 1.000000 0.000000 -42.297384 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
4 CVS 500 x 194 210000000 345 450 1 1 1 300.000000 1.000000 -1.901451 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
5 CVS 650 x234 210000000 345 450 1 1 1 1000.000000 1.000000 0.000000 -42.297384 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
6 CVS 500 x 194 210000000 345 450 1 1 1 300.000000 1.000000 -1.901451 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
7 CVS 650 x234 210000000 345 450 1 1 1 1000.000000 1.000000 0.000000 -42.297384 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
8 CVS 650 x234 210000000 345 450 1 1 1 1000.000000 1.000000 0.000000 -42.297384 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
9 CVS 650 x234 210000000 345 450 1 1 1 1000.000000 1.000000 0.000000 -42.297384 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
10 CVS 650 x234 210000000 345 450 1 1 1 1000.000000 1.000000 0.000000 -42.297384 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
11 CVS 500 x 194 210000000 345 450 1 1 1 300.000000 1.000000 -1.901451 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
12 CVS 500 x 194 210000000 345 450 1 1 1 300.000000 1.000000 -1.901451 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
13 CVS 650 x234 210000000 345 450 1 1 1 1000.000000 1.000000 0.000000 -42.297384 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
14 CVS 500 x 194 210000000 345 450 1 1 1 300.000000 1.000000 -1.901451 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
15 CVS 500 x 194 210000000 345 450 1 1 1 300.000000 1.000000 -1.901451 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
16 CVS 650 x234 210000000 345 450 1 1 1 1000.000000 1.000000 0.000000 -42.297384 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000

Ir para o topo

Esforços Solicitantes de Cálculo


Barra Grupo Perfil Msdz [kN.m] MsdzFLT [kN.m] Vsdy [kN] Msdy [kN.m] Vsdz [kN] Ntsd [kN] Ncsd [kN] Msdx [kN.m] fmaxXY [cm] fmaxXZ [cm]
1 2 CVS 500 x 194 177.705000 177.705000 91.875000 116.490000 58.500000 0.000000 1286.040000 0.000000 0.021205 0.064975

file:///C:/Users/Jo%C3%A3o%20Alfredo/OneDrive/UFES/Projeto%20de%20Gradua%C3%A7%C3%A3o/Resultados/Exemplo%204/CVS_Relatorio_ver_portico_3D_2pavYvert.S3D.html 4/6
10/12/2017 Resultado Dimensionamento Structure3D

Esforços Solicitantes de Cálculo


2 2 CVS 500 x 194 177.705000 177.705000 91.875000 116.490000 58.500000 0.000000 1286.040000 0.000000 0.021205 0.064975
3 1 CVS 650 x234 484.369058 484.369058 317.235000 0.000000 0.000000 77.715000 0.000000 0.000000 0.432036 0.007763
4 2 CVS 500 x 194 411.675000 411.675000 237.825000 216.375000 136.215000 0.000000 643.020000 0.000000 0.021273 0.075917
5 1 CVS 650 x234 479.475000 479.475000 317.235000 0.000000 0.000000 145.950000 0.000000 0.000000 0.135055 0.004133
6 2 CVS 500 x 194 411.675000 411.675000 237.825000 216.375000 136.215000 0.000000 643.020000 0.000000 0.021273 0.075917
7 1 CVS 650 x234 479.475000 479.475000 317.235000 0.000000 0.000000 145.950000 0.000000 0.000000 0.135055 0.004133
8 1 CVS 650 x234 576.724058 576.724058 317.235000 0.000000 0.000000 0.000000 136.215000 0.000000 0.617298 0.012649
9 1 CVS 650 x234 411.675000 411.675000 317.235000 0.000000 0.000000 0.000000 237.825000 0.000000 0.277608 0.007245
10 1 CVS 650 x234 411.675000 411.675000 317.235000 0.000000 0.000000 0.000000 237.825000 0.000000 0.277608 0.007245
11 2 CVS 500 x 194 177.705000 177.705000 91.875000 116.490000 58.500000 0.000000 1286.040000 0.000000 0.021205 0.064975
12 2 CVS 500 x 194 177.705000 177.705000 91.875000 116.490000 58.500000 0.000000 1286.040000 0.000000 0.021205 0.064975
13 1 CVS 650 x234 484.369058 484.369058 317.235000 0.000000 0.000000 77.715000 0.000000 0.000000 0.432036 0.007763
14 2 CVS 500 x 194 411.675000 411.675000 237.825000 216.375000 136.215000 0.000000 643.020000 0.000000 0.021273 0.075917
15 2 CVS 500 x 194 411.675000 411.675000 237.825000 216.375000 136.215000 0.000000 643.020000 0.000000 0.021273 0.075917
16 1 CVS 650 x234 576.724058 576.724058 317.235000 0.000000 0.000000 0.000000 136.215000 0.000000 0.617298 0.012649

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Esforços Resistentes de Cálculo


Mrdz_FLA Mrdz_FLM Mrdz_FLT Mrdz_elastico Mrdy_FLM Mrdy_elastico Mrdx flimXY flimXZ
Barra Grupo Perfil Vrdy [kN] Vrdz [kN] Ntrd [kN] Ncrd [kN]
[kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m] [cm] [cm]
CVS 500 x
1 2 1557.596591 1557.596591 1557.596591 2087.916477 1505.454545 489.288409 480.668606 3293.181818 7746.818182 7104.025691 NaN 1.000000 1.000000
194
CVS 500 x
2 2 1557.596591 1557.596591 1557.596591 2087.916477 1505.454545 489.288409 480.668606 3293.181818 7746.818182 7104.025691 NaN 1.000000 1.000000
194
CVS 650
3 1 2443.627523 2397.926633 1891.351856 3302.677922 1957.090909 703.656851 711.759202 3793.745455 9359.912727 5065.236910 NaN 3.333333 3.333333
x234
CVS 500 x
4 2 1557.596591 1557.596591 1557.596591 2087.916477 1505.454545 489.288409 480.668606 3293.181818 7746.818182 7104.025691 NaN 1.000000 1.000000
194
CVS 650
5 1 2443.627523 2397.926633 1891.351856 3302.677922 1957.090909 703.656851 711.759202 3793.745455 9359.912727 5065.236910 NaN 3.333333 3.333333
x234
CVS 500 x
6 2 1557.596591 1557.596591 1557.596591 2087.916477 1505.454545 489.288409 480.668606 3293.181818 7746.818182 7104.025691 NaN 1.000000 1.000000
194
CVS 650
7 1 2443.627523 2397.926633 1891.351856 3302.677922 1957.090909 703.656851 711.759202 3793.745455 9359.912727 5065.236910 NaN 3.333333 3.333333
x234
CVS 650
8 1 2443.627523 2397.926633 1891.351856 3302.677922 1957.090909 703.656851 711.759202 3793.745455 9359.912727 5065.236910 NaN 3.333333 3.333333
x234
CVS 650
9 1 2443.627523 2397.926633 1891.351856 3302.677922 1957.090909 703.656851 711.759202 3793.745455 9359.912727 5065.236910 NaN 3.333333 3.333333
x234

file:///C:/Users/Jo%C3%A3o%20Alfredo/OneDrive/UFES/Projeto%20de%20Gradua%C3%A7%C3%A3o/Resultados/Exemplo%204/CVS_Relatorio_ver_portico_3D_2pavYvert.S3D.html 5/6
10/12/2017 Resultado Dimensionamento Structure3D

Esforços Resistentes de Cálculo


CVS 650
10 1 2443.627523 2397.926633 1891.351856 3302.677922 1957.090909 703.656851 711.759202 3793.745455 9359.912727 5065.236910 NaN 3.333333 3.333333
x234
CVS 500 x
11 2 1557.596591 1557.596591 1557.596591 2087.916477 1505.454545 489.288409 480.668606 3293.181818 7746.818182 7104.025691 NaN 1.000000 1.000000
194
CVS 500 x
12 2 1557.596591 1557.596591 1557.596591 2087.916477 1505.454545 489.288409 480.668606 3293.181818 7746.818182 7104.025691 NaN 1.000000 1.000000
194
CVS 650
13 1 2443.627523 2397.926633 1891.351856 3302.677922 1957.090909 703.656851 711.759202 3793.745455 9359.912727 5065.236910 NaN 3.333333 3.333333
x234
CVS 500 x
14 2 1557.596591 1557.596591 1557.596591 2087.916477 1505.454545 489.288409 480.668606 3293.181818 7746.818182 7104.025691 NaN 1.000000 1.000000
194
CVS 500 x
15 2 1557.596591 1557.596591 1557.596591 2087.916477 1505.454545 489.288409 480.668606 3293.181818 7746.818182 7104.025691 NaN 1.000000 1.000000
194
CVS 650
16 1 2443.627523 2397.926633 1891.351856 3302.677922 1957.090909 703.656851 711.759202 3793.745455 9359.912727 5065.236910 NaN 3.333333 3.333333
x234

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file:///C:/Users/Jo%C3%A3o%20Alfredo/OneDrive/UFES/Projeto%20de%20Gradua%C3%A7%C3%A3o/Resultados/Exemplo%204/CVS_Relatorio_ver_portico_3D_2pavYvert.S3D.html 6/6
10/12/2017 Resultado Dimensionamento Structure3D

Resultados Otimização PQS


Data: 09-Dec-2017 15:06:19

Nome do Arquivo: portico_3D_2pavYvert.S3D

Verificação Completa

Perfis Selecionados

Propriedades Geométricas

Outras Propriedades

Esforços Solcicitantes de Cálculo

Esforços Resistentes de Cálculo

RESULTADO
Peso Total da Estrutura [toneladas]
12.633200
Verificações
NtSd / NcSd / Msdz / Msdz / Msdz / Msdz / Vsdy / Msdy / Msdy / Vsdy / Esforços fmax / flim fmax / flim
Barra Perfil L / r XY kL / r XY
NcRd NcRd MrdzFLA MrdzFLM MrdzFLT MrdzRes Vrdy MrdyFLM MrdyRes Vrdy Combinados XY XZ
PQS-
1 0.000000 0.178590 0.125765 0.127701 0.125765 0.091409 0.104316 0.263386 0.259177 0.023639 0.480382 0.029678 0.044502 0.000000 27.425600
CVS
PQS-
2 0.000000 0.178590 0.125765 0.127701 0.125765 0.091409 0.104316 0.263386 0.259177 0.023639 0.480382 0.029678 0.044502 0.000000 27.425600
CVS
PQS-
3 0.038433 0.000000 0.601065 0.716805 0.906270 0.433187 0.490841 0.000000 0.000000 0.000000 0.925487 0.114841 0.005683 107.784838 0.000000
CVS
PQS-
4 0.000000 0.089296 0.290532 0.295005 0.290532 0.211165 0.241471 0.660423 0.649869 0.067271 1.000076 0.033355 0.137977 0.000000 27.425600
CVS
PQS-
5 0.036240 0.000000 0.641457 0.764974 0.967171 0.462297 0.490841 0.000000 0.000000 0.000000 0.985291 0.039780 0.006027 107.784838 0.000000
CVS
PQS-
6 0.000000 0.089296 0.290532 0.295005 0.290532 0.211165 0.241471 0.660423 0.649869 0.067271 1.000076 0.033355 0.137977 0.000000 27.425600
CVS
PQS-
7 0.036240 0.000000 0.641457 0.764974 0.967171 0.462297 0.490841 0.000000 0.000000 0.000000 0.985291 0.039780 0.006027 107.784838 0.000000
CVS
PQS-
8 0.000000 0.145003 0.526720 0.628144 0.794174 0.379607 0.490841 0.000000 0.000000 0.000000 0.866676 0.260702 0.010006 0.000000 107.784838
CVS
PQS-
9 0.000000 0.156148 0.611470 0.729213 0.921957 0.440685 0.490841 0.000000 0.000000 0.000000 1.000031 0.103209 0.009292 0.000000 107.784838
CVS
PQS-
10 0.000000 0.156148 0.611470 0.729213 0.921957 0.440685 0.490841 0.000000 0.000000 0.000000 1.000031 0.103209 0.009292 0.000000 107.784838
CVS

file:///C:/Users/Jo%C3%A3o%20Alfredo/OneDrive/UFES/Projeto%20de%20Gradua%C3%A7%C3%A3o/Resultados/Exemplo%204/CVS_Relatorio_PQS_portico_3D_2pavYvert.S3D.html 1/5
10/12/2017 Resultado Dimensionamento Structure3D

Verificações
PQS-
11 0.000000 0.178590 0.125765 0.127701 0.125765 0.091409 0.104316 0.263386 0.259177 0.023639 0.480382 0.029678 0.044502 0.000000 27.425600
CVS
PQS-
12 0.000000 0.178590 0.125765 0.127701 0.125765 0.091409 0.104316 0.263386 0.259177 0.023639 0.480382 0.029678 0.044502 0.000000 27.425600
CVS
PQS-
13 0.038433 0.000000 0.601065 0.716805 0.906270 0.433187 0.490841 0.000000 0.000000 0.000000 0.925487 0.114841 0.005683 107.784838 0.000000
CVS
PQS-
14 0.000000 0.089296 0.290532 0.295005 0.290532 0.211165 0.241471 0.660423 0.649869 0.067271 1.000076 0.033355 0.137977 0.000000 27.425600
CVS
PQS-
15 0.000000 0.089296 0.290532 0.295005 0.290532 0.211165 0.241471 0.660423 0.649869 0.067271 1.000076 0.033355 0.137977 0.000000 27.425600
CVS
PQS-
16 0.000000 0.145003 0.526720 0.628144 0.794174 0.379607 0.490841 0.000000 0.000000 0.000000 0.866676 0.260702 0.010006 0.000000 107.784838
CVS

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Perfis Selecionados
Barra Grupo Perfil kg/m d [mm] bf [mm] R [mm] tw [mm] tf [mm] Comprimento [cm]
1 2 PQS-CVS 189.209000 513.223950 427.686388 0.000000 11.057775 22.115550 300.000000
2 2 PQS-CVS 189.209000 513.223950 427.686388 0.000000 11.057775 22.115550 300.000000
3 1 PQS-CVS 101.152300 456.100756 369.454863 0.000000 7.297612 13.194817 1000.000000
4 2 PQS-CVS 189.209000 513.223950 427.686388 0.000000 11.057775 22.115550 300.000000
5 1 PQS-CVS 101.152300 456.100756 369.454863 0.000000 7.297612 13.194817 1000.000000
6 2 PQS-CVS 189.209000 513.223950 427.686388 0.000000 11.057775 22.115550 300.000000
7 1 PQS-CVS 101.152300 456.100756 369.454863 0.000000 7.297612 13.194817 1000.000000
8 1 PQS-CVS 101.152300 456.100756 369.454863 0.000000 7.297612 13.194817 1000.000000
9 1 PQS-CVS 101.152300 456.100756 369.454863 0.000000 7.297612 13.194817 1000.000000
10 1 PQS-CVS 101.152300 456.100756 369.454863 0.000000 7.297612 13.194817 1000.000000
11 2 PQS-CVS 189.209000 513.223950 427.686388 0.000000 11.057775 22.115550 300.000000
12 2 PQS-CVS 189.209000 513.223950 427.686388 0.000000 11.057775 22.115550 300.000000
13 1 PQS-CVS 101.152300 456.100756 369.454863 0.000000 7.297612 13.194817 1000.000000
14 2 PQS-CVS 189.209000 513.223950 427.686388 0.000000 11.057775 22.115550 300.000000
15 2 PQS-CVS 189.209000 513.223950 427.686388 0.000000 11.057775 22.115550 300.000000
16 1 PQS-CVS 101.152300 456.100756 369.454863 0.000000 7.297612 13.194817 1000.000000

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Propriedades Geométricas
Lambda_f lambda_w
Barra Perfil h [cm] d' [cm] Ab [cm2] Iz [cm4] Wz [cm3] rz [cm] Zz [cm3] Iy [cm4] Wy [cm3] ry [cm] Zy [cm3] rt [cm] J [cm3] Cw [cm6]
[] []
PQS-
1 46.899285 46.899285 241.030573 123646.645052 4818.428489 22.649317 5253.209843 28840.472276 1348.673846 10.938685 2036.976556 11.818428 330.543247 9.669359 42.412948 17386714.354854
CVS
file:///C:/Users/Jo%C3%A3o%20Alfredo/OneDrive/UFES/Projeto%20de%20Gradua%C3%A7%C3%A3o/Resultados/Exemplo%204/CVS_Relatorio_PQS_portico_3D_2pavYvert.S3D.html 2/5
10/12/2017 Resultado Dimensionamento Structure3D

Propriedades Geométricas
PQS-
2 46.899285 46.899285 241.030573 123646.645052 4818.428489 22.649317 5253.209843 28840.472276 1348.673846 10.938685 2036.976556 11.818428 330.543247 9.669359 42.412948 17386714.354854
CVS
PQS-
3 42.971112 42.971112 128.856434 52653.796001 2308.866859 20.214444 2495.996378 11091.512226 600.425835 9.277743 906.246829 10.135952 62.319878 14.000000 58.883799 5438752.355815
CVS
PQS-
4 46.899285 46.899285 241.030573 123646.645052 4818.428489 22.649317 5253.209843 28840.472276 1348.673846 10.938685 2036.976556 11.818428 330.543247 9.669359 42.412948 17386714.354854
CVS
PQS-
5 42.971112 42.971112 128.856434 52653.796001 2308.866859 20.214444 2495.996378 11091.512226 600.425835 9.277743 906.246829 10.135952 62.319878 14.000000 58.883799 5438752.355815
CVS
PQS-
6 46.899285 46.899285 241.030573 123646.645052 4818.428489 22.649317 5253.209843 28840.472276 1348.673846 10.938685 2036.976556 11.818428 330.543247 9.669359 42.412948 17386714.354854
CVS
PQS-
7 42.971112 42.971112 128.856434 52653.796001 2308.866859 20.214444 2495.996378 11091.512226 600.425835 9.277743 906.246829 10.135952 62.319878 14.000000 58.883799 5438752.355815
CVS
PQS-
8 42.971112 42.971112 128.856434 52653.796001 2308.866859 20.214444 2495.996378 11091.512226 600.425835 9.277743 906.246829 10.135952 62.319878 14.000000 58.883799 5438752.355815
CVS
PQS-
9 42.971112 42.971112 128.856434 52653.796001 2308.866859 20.214444 2495.996378 11091.512226 600.425835 9.277743 906.246829 10.135952 62.319878 14.000000 58.883799 5438752.355815
CVS
PQS-
10 42.971112 42.971112 128.856434 52653.796001 2308.866859 20.214444 2495.996378 11091.512226 600.425835 9.277743 906.246829 10.135952 62.319878 14.000000 58.883799 5438752.355815
CVS
PQS-
11 46.899285 46.899285 241.030573 123646.645052 4818.428489 22.649317 5253.209843 28840.472276 1348.673846 10.938685 2036.976556 11.818428 330.543247 9.669359 42.412948 17386714.354854
CVS
PQS-
12 46.899285 46.899285 241.030573 123646.645052 4818.428489 22.649317 5253.209843 28840.472276 1348.673846 10.938685 2036.976556 11.818428 330.543247 9.669359 42.412948 17386714.354854
CVS
PQS-
13 42.971112 42.971112 128.856434 52653.796001 2308.866859 20.214444 2495.996378 11091.512226 600.425835 9.277743 906.246829 10.135952 62.319878 14.000000 58.883799 5438752.355815
CVS
PQS-
14 46.899285 46.899285 241.030573 123646.645052 4818.428489 22.649317 5253.209843 28840.472276 1348.673846 10.938685 2036.976556 11.818428 330.543247 9.669359 42.412948 17386714.354854
CVS
PQS-
15 46.899285 46.899285 241.030573 123646.645052 4818.428489 22.649317 5253.209843 28840.472276 1348.673846 10.938685 2036.976556 11.818428 330.543247 9.669359 42.412948 17386714.354854
CVS
PQS-
16 42.971112 42.971112 128.856434 52653.796001 2308.866859 20.214444 2495.996378 11091.512226 600.425835 9.277743 906.246829 10.135952 62.319878 14.000000 58.883799 5438752.355815
CVS

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Outras Propriedades
Barra Perfil E fy fu kx ky kz Lb Cb qx [kN/m] qy [kN/m] qz [kN/m] gama_a1 gama_a2 gama_m
1 PQS-CVS 200000000 345 450 1 1 1 300.000000 1.000000 -1.855497 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
2 PQS-CVS 200000000 345 450 1 1 1 300.000000 1.000000 -1.855497 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
3 PQS-CVS 200000000 345 450 1 1 1 1000.000000 1.000000 0.000000 -40.991960 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
4 PQS-CVS 200000000 345 450 1 1 1 300.000000 1.000000 -1.855497 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
5 PQS-CVS 200000000 345 450 1 1 1 1000.000000 1.000000 0.000000 -40.991960 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
6 PQS-CVS 200000000 345 450 1 1 1 300.000000 1.000000 -1.855497 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000

file:///C:/Users/Jo%C3%A3o%20Alfredo/OneDrive/UFES/Projeto%20de%20Gradua%C3%A7%C3%A3o/Resultados/Exemplo%204/CVS_Relatorio_PQS_portico_3D_2pavYvert.S3D.html 3/5
10/12/2017 Resultado Dimensionamento Structure3D

Outras Propriedades
7 PQS-CVS 200000000 345 450 1 1 1 1000.000000 1.000000 0.000000 -40.991960 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
8 PQS-CVS 200000000 345 450 1 1 1 1000.000000 1.000000 0.000000 -40.991960 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
9 PQS-CVS 200000000 345 450 1 1 1 1000.000000 1.000000 0.000000 -40.991960 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
10 PQS-CVS 200000000 345 450 1 1 1 1000.000000 1.000000 0.000000 -40.991960 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
11 PQS-CVS 200000000 345 450 1 1 1 300.000000 1.000000 -1.855497 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
12 PQS-CVS 200000000 345 450 1 1 1 300.000000 1.000000 -1.855497 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
13 PQS-CVS 200000000 345 450 1 1 1 1000.000000 1.000000 0.000000 -40.991960 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
14 PQS-CVS 200000000 345 450 1 1 1 300.000000 1.000000 -1.855497 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
15 PQS-CVS 200000000 345 450 1 1 1 300.000000 1.000000 -1.855497 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
16 PQS-CVS 200000000 345 450 1 1 1 1000.000000 1.000000 0.000000 -40.991960 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000

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Esforços Solicitantes de Cálculo


Barra Grupo Perfil Msdz [kN.m] MsdzFLT [kN.m] Vsdy [kN] Msdy [kN.m] Vsdz [kN] Ntsd [kN] Ncsd [kN] Msdx [kN.m] fmaxXY [cm] fmaxXZ [cm]
1 2 PQS-CVS 207.210000 207.210000 111.405000 164.445000 84.150000 0.000000 1246.455000 0.000000 0.029678 0.044502
2 2 PQS-CVS 207.210000 207.210000 111.405000 164.445000 84.150000 0.000000 1246.455000 0.000000 0.029678 0.044502
3 1 PQS-CVS 470.535000 470.535000 307.440000 0.000000 0.000000 155.325000 0.000000 0.000000 0.382804 0.018944
4 2 PQS-CVS 478.680000 478.680000 257.880000 412.335000 239.475000 0.000000 623.235000 0.000000 0.033355 0.137977
5 1 PQS-CVS 502.155000 502.155000 307.440000 0.000000 0.000000 146.460000 0.000000 0.000000 0.132599 0.020090
6 2 PQS-CVS 478.680000 478.680000 257.880000 412.335000 239.475000 0.000000 623.235000 0.000000 0.033355 0.137977
7 1 PQS-CVS 502.155000 502.155000 307.440000 0.000000 0.000000 146.460000 0.000000 0.000000 0.132599 0.020090
8 1 PQS-CVS 412.335000 412.335000 307.440000 0.000000 0.000000 0.000000 239.475000 0.000000 0.869008 0.033355
9 1 PQS-CVS 478.680000 478.680000 307.440000 0.000000 0.000000 0.000000 257.880000 0.000000 0.344030 0.030975
10 1 PQS-CVS 478.680000 478.680000 307.440000 0.000000 0.000000 0.000000 257.880000 0.000000 0.344030 0.030975
11 2 PQS-CVS 207.210000 207.210000 111.405000 164.445000 84.150000 0.000000 1246.455000 0.000000 0.029678 0.044502
12 2 PQS-CVS 207.210000 207.210000 111.405000 164.445000 84.150000 0.000000 1246.455000 0.000000 0.029678 0.044502
13 1 PQS-CVS 470.535000 470.535000 307.440000 0.000000 0.000000 155.325000 0.000000 0.000000 0.382804 0.018944
14 2 PQS-CVS 478.680000 478.680000 257.880000 412.335000 239.475000 0.000000 623.235000 0.000000 0.033355 0.137977
15 2 PQS-CVS 478.680000 478.680000 257.880000 412.335000 239.475000 0.000000 623.235000 0.000000 0.033355 0.137977
16 1 PQS-CVS 412.335000 412.335000 307.440000 0.000000 0.000000 0.000000 239.475000 0.000000 0.869008 0.033355

Ir para o topo

Esforços Resistentes de Cálculo


Mrdz_FLA Mrdz_FLM Mrdz_FLT Mrdz_elastico Mrdy_FLM Mrdy_elastico Mrdx flimXY flimXZ
Barra Grupo Perfil Vrdy [kN] Vrdz [kN] Ntrd [kN] Ncrd [kN]
[kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m] [cm] [cm]
PQS-
1 2 1647.597633 1622.616233 1647.597633 2266.851585 1067.953474 624.349817 634.489741 3559.842939 7559.595238 6979.437392 NaN 1.000000 1.000000
CVS

file:///C:/Users/Jo%C3%A3o%20Alfredo/OneDrive/UFES/Projeto%20de%20Gradua%C3%A7%C3%A3o/Resultados/Exemplo%204/CVS_Relatorio_PQS_portico_3D_2pavYvert.S3D.html 4/5
10/12/2017 Resultado Dimensionamento Structure3D

Esforços Resistentes de Cálculo


PQS-
2 2 1647.597633 1622.616233 1647.597633 2266.851585 1067.953474 624.349817 634.489741 3559.842939 7559.595238 6979.437392 NaN 1.000000 1.000000
CVS
PQS-
3 1 782.835228 656.434084 519.199638 1086.216909 626.353094 214.414723 282.473063 1834.731000 4041.406324 1651.514198 NaN 3.333333 3.333333
CVS
PQS-
4 2 1647.597633 1622.616233 1647.597633 2266.851585 1067.953474 624.349817 634.489741 3559.842939 7559.595238 6979.437392 NaN 1.000000 1.000000
CVS
PQS-
5 1 782.835228 656.434084 519.199638 1086.216909 626.353094 214.414723 282.473063 1834.731000 4041.406324 1651.514198 NaN 3.333333 3.333333
CVS
PQS-
6 2 1647.597633 1622.616233 1647.597633 2266.851585 1067.953474 624.349817 634.489741 3559.842939 7559.595238 6979.437392 NaN 1.000000 1.000000
CVS
PQS-
7 1 782.835228 656.434084 519.199638 1086.216909 626.353094 214.414723 282.473063 1834.731000 4041.406324 1651.514198 NaN 3.333333 3.333333
CVS
PQS-
8 1 782.835228 656.434084 519.199638 1086.216909 626.353094 214.414723 282.473063 1834.731000 4041.406324 1651.514198 NaN 3.333333 3.333333
CVS
PQS-
9 1 782.835228 656.434084 519.199638 1086.216909 626.353094 214.414723 282.473063 1834.731000 4041.406324 1651.514198 NaN 3.333333 3.333333
CVS
PQS-
10 1 782.835228 656.434084 519.199638 1086.216909 626.353094 214.414723 282.473063 1834.731000 4041.406324 1651.514198 NaN 3.333333 3.333333
CVS
PQS-
11 2 1647.597633 1622.616233 1647.597633 2266.851585 1067.953474 624.349817 634.489741 3559.842939 7559.595238 6979.437392 NaN 1.000000 1.000000
CVS
PQS-
12 2 1647.597633 1622.616233 1647.597633 2266.851585 1067.953474 624.349817 634.489741 3559.842939 7559.595238 6979.437392 NaN 1.000000 1.000000
CVS
PQS-
13 1 782.835228 656.434084 519.199638 1086.216909 626.353094 214.414723 282.473063 1834.731000 4041.406324 1651.514198 NaN 3.333333 3.333333
CVS
PQS-
14 2 1647.597633 1622.616233 1647.597633 2266.851585 1067.953474 624.349817 634.489741 3559.842939 7559.595238 6979.437392 NaN 1.000000 1.000000
CVS
PQS-
15 2 1647.597633 1622.616233 1647.597633 2266.851585 1067.953474 624.349817 634.489741 3559.842939 7559.595238 6979.437392 NaN 1.000000 1.000000
CVS
PQS-
16 1 782.835228 656.434084 519.199638 1086.216909 626.353094 214.414723 282.473063 1834.731000 4041.406324 1651.514198 NaN 3.333333 3.333333
CVS

Ir para o topo

file:///C:/Users/Jo%C3%A3o%20Alfredo/OneDrive/UFES/Projeto%20de%20Gradua%C3%A7%C3%A3o/Resultados/Exemplo%204/CVS_Relatorio_PQS_portico_3D_2pavYvert.S3D.html 5/5
10/12/2017 Resultado Dimensionamento Structure3D

Resultados Otimização AG
Data: 09-Dec-2017 15:29:35

Nome do Arquivo: portico_3D_2pavYvert.S3D

Verificação Completa

Perfis Selecionados

Propriedades Geométricas

Outras Propriedades

Esforços Solcicitantes de Cálculo

Esforços Resistentes de Cálculo

RESULTADO
Peso Total da Estrutura [toneladas]
14.724691
Verificações
NtSd / NcSd / Msdz / Msdz / Msdz / Msdz / Vsdy / Msdy / Msdy / Vsdy / Esforços fmax / flim fmax / flim
Barra Perfil L / r XY kL / r XY
NcRd NcRd MrdzFLA MrdzFLM MrdzFLT MrdzRes Vrdy MrdyFLM MrdyRes Vrdy Combinados XY XZ
CVS 550
1 0.000000 0.165193 0.113986 0.113986 0.113986 0.084610 0.066531 0.274714 0.279469 0.023660 0.476052 0.025188 0.058931 0.000000 31.285249
x204
CVS 550
2 0.000000 0.165193 0.113986 0.113986 0.113986 0.084610 0.066531 0.274714 0.279469 0.023660 0.476052 0.025188 0.058931 0.000000 31.285249
x204
CVS 500 x
3 0.028477 0.000000 0.439866 0.466049 0.701428 0.321220 0.345724 0.000000 0.000000 0.000000 0.715666 0.132097 0.004701 116.963871 0.000000
123
CVS 550
4 0.000000 0.082597 0.263367 0.263367 0.263367 0.195492 0.155362 0.646845 0.658041 0.065098 0.962706 0.027406 0.133574 0.000000 31.285249
x204
CVS 500 x
5 0.029978 0.000000 0.495988 0.525512 0.790923 0.362205 0.345724 0.000000 0.000000 0.000000 0.805912 0.035681 0.004466 116.963871 0.000000
123
CVS 550
6 0.000000 0.082597 0.263367 0.263367 0.263367 0.195492 0.155362 0.646845 0.658041 0.065098 0.962706 0.027406 0.133574 0.000000 31.285249
x204
CVS 500 x
7 0.029978 0.000000 0.495988 0.525512 0.790923 0.362205 0.345724 0.000000 0.000000 0.000000 0.805912 0.035681 0.004466 116.963871 0.000000
123
CVS 500 x
8 0.000000 0.121937 0.397202 0.420846 0.633395 0.290064 0.345724 0.000000 0.000000 0.000000 0.694363 0.267339 0.008222 0.000000 116.963871
123
CVS 500 x
9 0.000000 0.142908 0.468645 0.496541 0.747320 0.342237 0.345724 0.000000 0.000000 0.000000 0.818774 0.089828 0.007015 0.000000 116.963871
123
CVS 500 x
10 0.000000 0.142908 0.468645 0.496541 0.747320 0.342237 0.345724 0.000000 0.000000 0.000000 0.818774 0.089828 0.007015 0.000000 116.963871
123

file:///C:/Users/Jo%C3%A3o%20Alfredo/OneDrive/UFES/Projeto%20de%20Gradua%C3%A7%C3%A3o/Resultados/Exemplo%204/CVS_Relatorio_AG_portico_3D_2pavYvert.S3D.html 1/6
10/12/2017 Resultado Dimensionamento Structure3D

Verificações
CVS 550
11 0.000000 0.165193 0.113986 0.113986 0.113986 0.084610 0.066531 0.274714 0.279469 0.023660 0.476052 0.025188 0.058931 0.000000 31.285249
x204
CVS 550
12 0.000000 0.165193 0.113986 0.113986 0.113986 0.084610 0.066531 0.274714 0.279469 0.023660 0.476052 0.025188 0.058931 0.000000 31.285249
x204
CVS 500 x
13 0.028477 0.000000 0.439866 0.466049 0.701428 0.321220 0.345724 0.000000 0.000000 0.000000 0.715666 0.132097 0.004701 116.963871 0.000000
123
CVS 550
14 0.000000 0.082597 0.263367 0.263367 0.263367 0.195492 0.155362 0.646845 0.658041 0.065098 0.962706 0.027406 0.133574 0.000000 31.285249
x204
CVS 550
15 0.000000 0.082597 0.263367 0.263367 0.263367 0.195492 0.155362 0.646845 0.658041 0.065098 0.962706 0.027406 0.133574 0.000000 31.285249
x204
CVS 500 x
16 0.000000 0.121937 0.397202 0.420846 0.633395 0.290064 0.345724 0.000000 0.000000 0.000000 0.694363 0.267339 0.008222 0.000000 116.963871
123

Ir para o topo

Perfis Selecionados
Barra Grupo Perfil kg/m d [mm] bf [mm] R [mm] tw [mm] tf [mm] Comprimento [cm]
1 2 CVS 550 x204 204.125120 550.000000 400.000000 0.000000 16.000000 22.400000 300.000000
2 2 CVS 550 x204 204.125120 550.000000 400.000000 0.000000 16.000000 22.400000 300.000000
3 1 CVS 500 x 123 122.821100 500.000000 350.000000 0.000000 9.500000 16.000000 1000.000000
4 2 CVS 550 x204 204.125120 550.000000 400.000000 0.000000 16.000000 22.400000 300.000000
5 1 CVS 500 x 123 122.821100 500.000000 350.000000 0.000000 9.500000 16.000000 1000.000000
6 2 CVS 550 x204 204.125120 550.000000 400.000000 0.000000 16.000000 22.400000 300.000000
7 1 CVS 500 x 123 122.821100 500.000000 350.000000 0.000000 9.500000 16.000000 1000.000000
8 1 CVS 500 x 123 122.821100 500.000000 350.000000 0.000000 9.500000 16.000000 1000.000000
9 1 CVS 500 x 123 122.821100 500.000000 350.000000 0.000000 9.500000 16.000000 1000.000000
10 1 CVS 500 x 123 122.821100 500.000000 350.000000 0.000000 9.500000 16.000000 1000.000000
11 2 CVS 550 x204 204.125120 550.000000 400.000000 0.000000 16.000000 22.400000 300.000000
12 2 CVS 550 x204 204.125120 550.000000 400.000000 0.000000 16.000000 22.400000 300.000000
13 1 CVS 500 x 123 122.821100 500.000000 350.000000 0.000000 9.500000 16.000000 1000.000000
14 2 CVS 550 x204 204.125120 550.000000 400.000000 0.000000 16.000000 22.400000 300.000000
15 2 CVS 550 x204 204.125120 550.000000 400.000000 0.000000 16.000000 22.400000 300.000000
16 1 CVS 500 x 123 122.821100 500.000000 350.000000 0.000000 9.500000 16.000000 1000.000000

Ir para o topo

Propriedades Geométricas
Lambda_f lambda_w
Barra Perfil h [cm] d' [cm] Ab [cm2] Iz [cm4] Wz [cm3] rz [cm] Zz [cm3] Iy [cm4] Wy [cm3] ry [cm] Zy [cm3] rt [cm] J [cm3] Cw [cm6]
[] []

file:///C:/Users/Jo%C3%A3o%20Alfredo/OneDrive/UFES/Projeto%20de%20Gradua%C3%A7%C3%A3o/Resultados/Exemplo%204/CVS_Relatorio_AG_portico_3D_2pavYvert.S3D.html 2/6
10/12/2017 Resultado Dimensionamento Structure3D

Propriedades Geométricas
CVS
1 550 50.520000 50.520000 260.032000 141973.091388 5162.657869 23.366282 5748.204160 23910.577493 1195.528875 9.589184 1824.332800 10.767261 371.752960 8.928571 31.575000 16627475.797333
x204
CVS
2 550 50.520000 50.520000 260.032000 141973.091388 5162.657869 23.366282 5748.204160 23910.577493 1195.528875 9.589184 1824.332800 10.767261 371.752960 8.928571 31.575000 16627475.797333
x204
CVS
500
3 46.800000 46.800000 156.460000 73730.412533 2949.216501 21.708093 3230.582000 11436.677096 653.524405 8.549649 990.559250 9.495410 109.405650 10.937500 49.263158 6695817.333333
x
123
CVS
4 550 50.520000 50.520000 260.032000 141973.091388 5162.657869 23.366282 5748.204160 23910.577493 1195.528875 9.589184 1824.332800 10.767261 371.752960 8.928571 31.575000 16627475.797333
x204
CVS
500
5 46.800000 46.800000 156.460000 73730.412533 2949.216501 21.708093 3230.582000 11436.677096 653.524405 8.549649 990.559250 9.495410 109.405650 10.937500 49.263158 6695817.333333
x
123
CVS
6 550 50.520000 50.520000 260.032000 141973.091388 5162.657869 23.366282 5748.204160 23910.577493 1195.528875 9.589184 1824.332800 10.767261 371.752960 8.928571 31.575000 16627475.797333
x204
CVS
500
7 46.800000 46.800000 156.460000 73730.412533 2949.216501 21.708093 3230.582000 11436.677096 653.524405 8.549649 990.559250 9.495410 109.405650 10.937500 49.263158 6695817.333333
x
123
CVS
500
8 46.800000 46.800000 156.460000 73730.412533 2949.216501 21.708093 3230.582000 11436.677096 653.524405 8.549649 990.559250 9.495410 109.405650 10.937500 49.263158 6695817.333333
x
123
CVS
500
9 46.800000 46.800000 156.460000 73730.412533 2949.216501 21.708093 3230.582000 11436.677096 653.524405 8.549649 990.559250 9.495410 109.405650 10.937500 49.263158 6695817.333333
x
123
CVS
500
10 46.800000 46.800000 156.460000 73730.412533 2949.216501 21.708093 3230.582000 11436.677096 653.524405 8.549649 990.559250 9.495410 109.405650 10.937500 49.263158 6695817.333333
x
123
CVS
11 550 50.520000 50.520000 260.032000 141973.091388 5162.657869 23.366282 5748.204160 23910.577493 1195.528875 9.589184 1824.332800 10.767261 371.752960 8.928571 31.575000 16627475.797333
x204
CVS
12 550 50.520000 50.520000 260.032000 141973.091388 5162.657869 23.366282 5748.204160 23910.577493 1195.528875 9.589184 1824.332800 10.767261 371.752960 8.928571 31.575000 16627475.797333
x204

file:///C:/Users/Jo%C3%A3o%20Alfredo/OneDrive/UFES/Projeto%20de%20Gradua%C3%A7%C3%A3o/Resultados/Exemplo%204/CVS_Relatorio_AG_portico_3D_2pavYvert.S3D.html 3/6
10/12/2017 Resultado Dimensionamento Structure3D

Propriedades Geométricas
CVS
500
13 46.800000 46.800000 156.460000 73730.412533 2949.216501 21.708093 3230.582000 11436.677096 653.524405 8.549649 990.559250 9.495410 109.405650 10.937500 49.263158 6695817.333333
x
123
CVS
14 550 50.520000 50.520000 260.032000 141973.091388 5162.657869 23.366282 5748.204160 23910.577493 1195.528875 9.589184 1824.332800 10.767261 371.752960 8.928571 31.575000 16627475.797333
x204
CVS
15 550 50.520000 50.520000 260.032000 141973.091388 5162.657869 23.366282 5748.204160 23910.577493 1195.528875 9.589184 1824.332800 10.767261 371.752960 8.928571 31.575000 16627475.797333
x204
CVS
500
16 46.800000 46.800000 156.460000 73730.412533 2949.216501 21.708093 3230.582000 11436.677096 653.524405 8.549649 990.559250 9.495410 109.405650 10.937500 49.263158 6695817.333333
x
123

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Outras Propriedades
Barra Perfil E fy fu kx ky kz Lb Cb qx [kN/m] qy [kN/m] qz [kN/m] gama_a1 gama_a2 gama_m
1 CVS 550 x204 200000000 345 450 1 1 1 300.000000 1.000000 -2.001773 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
2 CVS 550 x204 200000000 345 450 1 1 1 300.000000 1.000000 -2.001773 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
3 CVS 500 x 123 200000000 345 450 1 1 1 1000.000000 1.000000 0.000000 -41.204457 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
4 CVS 550 x204 200000000 345 450 1 1 1 300.000000 1.000000 -2.001773 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
5 CVS 500 x 123 200000000 345 450 1 1 1 1000.000000 1.000000 0.000000 -41.204457 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
6 CVS 550 x204 200000000 345 450 1 1 1 300.000000 1.000000 -2.001773 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
7 CVS 500 x 123 200000000 345 450 1 1 1 1000.000000 1.000000 0.000000 -41.204457 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
8 CVS 500 x 123 200000000 345 450 1 1 1 1000.000000 1.000000 0.000000 -41.204457 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
9 CVS 500 x 123 200000000 345 450 1 1 1 1000.000000 1.000000 0.000000 -41.204457 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
10 CVS 500 x 123 200000000 345 450 1 1 1 1000.000000 1.000000 0.000000 -41.204457 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
11 CVS 550 x204 200000000 345 450 1 1 1 300.000000 1.000000 -2.001773 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
12 CVS 550 x204 200000000 345 450 1 1 1 300.000000 1.000000 -2.001773 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
13 CVS 500 x 123 200000000 345 450 1 1 1 1000.000000 1.000000 0.000000 -41.204457 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
14 CVS 550 x204 200000000 345 450 1 1 1 300.000000 1.000000 -2.001773 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
15 CVS 550 x204 200000000 345 450 1 1 1 300.000000 1.000000 -2.001773 0.000000 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000
16 CVS 500 x 123 200000000 345 450 1 1 1 1000.000000 1.000000 0.000000 -41.204457 0.000000 1.100000 1.350000 1.500000

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Esforços Solicitantes de Cálculo


Barra Grupo Perfil Msdz [kN.m] MsdzFLT [kN.m] Vsdy [kN] Msdy [kN.m] Vsdz [kN] Ntsd [kN] Ncsd [kN] Msdx [kN.m] fmaxXY [cm] fmaxXZ [cm]

file:///C:/Users/Jo%C3%A3o%20Alfredo/OneDrive/UFES/Projeto%20de%20Gradua%C3%A7%C3%A3o/Resultados/Exemplo%204/CVS_Relatorio_AG_portico_3D_2pavYvert.S3D.html 4/6
10/12/2017 Resultado Dimensionamento Structure3D

Esforços Solicitantes de Cálculo


1 2 CVS 550 x204 205.500000 205.500000 110.175000 157.185000 79.785000 0.000000 1254.150000 0.000000 0.025188 0.058931
2 2 CVS 550 x204 205.500000 205.500000 110.175000 157.185000 79.785000 0.000000 1254.150000 0.000000 0.025188 0.058931
3 1 CVS 500 x 123 445.684305 445.684305 309.030000 0.000000 0.000000 139.740000 0.000000 0.000000 0.440324 0.015670
4 2 CVS 550 x204 474.810000 474.810000 257.280000 370.110000 219.525000 0.000000 627.075000 0.000000 0.027406 0.133574
5 1 CVS 500 x 123 502.549305 502.549305 309.030000 0.000000 0.000000 147.105000 0.000000 0.000000 0.118938 0.014886
6 2 CVS 550 x204 474.810000 474.810000 257.280000 370.110000 219.525000 0.000000 627.075000 0.000000 0.027406 0.133574
7 1 CVS 500 x 123 502.549305 502.549305 309.030000 0.000000 0.000000 147.105000 0.000000 0.000000 0.118938 0.014886
8 1 CVS 500 x 123 402.456424 402.456424 309.030000 0.000000 0.000000 0.000000 219.525000 0.000000 0.891131 0.027406
9 1 CVS 500 x 123 474.844305 474.844305 309.030000 0.000000 0.000000 0.000000 257.280000 0.000000 0.299427 0.023384
10 1 CVS 500 x 123 474.844305 474.844305 309.030000 0.000000 0.000000 0.000000 257.280000 0.000000 0.299427 0.023384
11 2 CVS 550 x204 205.500000 205.500000 110.175000 157.185000 79.785000 0.000000 1254.150000 0.000000 0.025188 0.058931
12 2 CVS 550 x204 205.500000 205.500000 110.175000 157.185000 79.785000 0.000000 1254.150000 0.000000 0.025188 0.058931
13 1 CVS 500 x 123 445.684305 445.684305 309.030000 0.000000 0.000000 139.740000 0.000000 0.000000 0.440324 0.015670
14 2 CVS 550 x204 474.810000 474.810000 257.280000 370.110000 219.525000 0.000000 627.075000 0.000000 0.027406 0.133574
15 2 CVS 550 x204 474.810000 474.810000 257.280000 370.110000 219.525000 0.000000 627.075000 0.000000 0.027406 0.133574
16 1 CVS 500 x 123 402.456424 402.456424 309.030000 0.000000 0.000000 0.000000 219.525000 0.000000 0.891131 0.027406

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Esforços Resistentes de Cálculo


Mrdz_FLA Mrdz_FLM Mrdz_FLT Mrdz_elastico Mrdy_FLM Mrdy_elastico Mrdx flimXY flimXZ
Barra Grupo Perfil Vrdy [kN] Vrdz [kN] Ntrd [kN] Ncrd [kN]
[kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m] [cm] [cm]
CVS 550
1 2 1802.845850 1802.845850 1802.845850 2428.795861 1656.000000 572.177105 562.441993 3372.218182 8155.549091 7592.022500 NaN 1.000000 1.000000
x204
CVS 550
2 2 1802.845850 1802.845850 1802.845850 2428.795861 1656.000000 572.177105 562.441993 3372.218182 8155.549091 7592.022500 NaN 1.000000 1.000000
x204
CVS 500 x
3 1 1013.227991 956.304392 635.396058 1387.472309 893.863636 284.652991 307.453527 2107.636364 4907.154545 1800.321107 NaN 3.333333 3.333333
123
CVS 550
4 2 1802.845850 1802.845850 1802.845850 2428.795861 1656.000000 572.177105 562.441993 3372.218182 8155.549091 7592.022500 NaN 1.000000 1.000000
x204
CVS 500 x
5 1 1013.227991 956.304392 635.396058 1387.472309 893.863636 284.652991 307.453527 2107.636364 4907.154545 1800.321107 NaN 3.333333 3.333333
123
CVS 550
6 2 1802.845850 1802.845850 1802.845850 2428.795861 1656.000000 572.177105 562.441993 3372.218182 8155.549091 7592.022500 NaN 1.000000 1.000000
x204
CVS 500 x
7 1 1013.227991 956.304392 635.396058 1387.472309 893.863636 284.652991 307.453527 2107.636364 4907.154545 1800.321107 NaN 3.333333 3.333333
123
CVS 500 x
8 1 1013.227991 956.304392 635.396058 1387.472309 893.863636 284.652991 307.453527 2107.636364 4907.154545 1800.321107 NaN 3.333333 3.333333
123
CVS 500 x
9 1 1013.227991 956.304392 635.396058 1387.472309 893.863636 284.652991 307.453527 2107.636364 4907.154545 1800.321107 NaN 3.333333 3.333333
123

file:///C:/Users/Jo%C3%A3o%20Alfredo/OneDrive/UFES/Projeto%20de%20Gradua%C3%A7%C3%A3o/Resultados/Exemplo%204/CVS_Relatorio_AG_portico_3D_2pavYvert.S3D.html 5/6
10/12/2017 Resultado Dimensionamento Structure3D

Esforços Resistentes de Cálculo


CVS 500 x
10 1 1013.227991 956.304392 635.396058 1387.472309 893.863636 284.652991 307.453527 2107.636364 4907.154545 1800.321107 NaN 3.333333 3.333333
123
CVS 550
11 2 1802.845850 1802.845850 1802.845850 2428.795861 1656.000000 572.177105 562.441993 3372.218182 8155.549091 7592.022500 NaN 1.000000 1.000000
x204
CVS 550
12 2 1802.845850 1802.845850 1802.845850 2428.795861 1656.000000 572.177105 562.441993 3372.218182 8155.549091 7592.022500 NaN 1.000000 1.000000
x204
CVS 500 x
13 1 1013.227991 956.304392 635.396058 1387.472309 893.863636 284.652991 307.453527 2107.636364 4907.154545 1800.321107 NaN 3.333333 3.333333
123
CVS 550
14 2 1802.845850 1802.845850 1802.845850 2428.795861 1656.000000 572.177105 562.441993 3372.218182 8155.549091 7592.022500 NaN 1.000000 1.000000
x204
CVS 550
15 2 1802.845850 1802.845850 1802.845850 2428.795861 1656.000000 572.177105 562.441993 3372.218182 8155.549091 7592.022500 NaN 1.000000 1.000000
x204
CVS 500 x
16 1 1013.227991 956.304392 635.396058 1387.472309 893.863636 284.652991 307.453527 2107.636364 4907.154545 1800.321107 NaN 3.333333 3.333333
123

Ir para o topo

file:///C:/Users/Jo%C3%A3o%20Alfredo/OneDrive/UFES/Projeto%20de%20Gradua%C3%A7%C3%A3o/Resultados/Exemplo%204/CVS_Relatorio_AG_portico_3D_2pavYvert.S3D.html 6/6
APÊNDICE C

Bar N1 / N2
Section: CVS 500x194
Material: Steel (A-572 345MPa)
Nodes Length Rotation angle Theoretic weight
Initial Final (m) (degrees) (kgf)
N1 N2 3.000 0.000 581.69

Buckling
Buckling Lateral buckling
xy plane xz plane Top fl. Bot. fl.
(1)
 1.00 1.00 1.00 1.00
(2)
LK 3.000 3.000 3.000 3.000
(3)
Cb - 1.000
Notation:
(1)
Buckling coefficient
(2)
Buckling length (m)
(3)
Critical moment modification factor Cb

Deflection group: G1
Deflection limits
Type
fma(1) fmr(2) faa(3) far(4)
xy plane Secant - L / 300 - -
xz plane Secant - L / 300 - -
Notation:
(1)
Absolute maximum deflection
(2)
Relative maximum deflection
(3)
Absolute active deflection
(4)
Relative active deflection

Fixity coefficients
Origin End
xy plane 1.000 1.000
xz plane 1.000 1.000

Code checks
Resistance use: 46.34 %
Deflection use: 7.26 %
Bar N2 / N3
Section: CVS 650x234
Material: Steel (A-572 345MPa)
Nodes Length Rotation angle Theoretic weight
Initial Final (m) (degrees) (kgf)
N2 N3 10.000 0.000 2342.69

Buckling
Buckling Lateral buckling
xy plane xz plane Top fl. Bot. fl.
(1)
 1.00 1.00 1.00 1.00
(2)
LK 10.000 10.000 10.000 10.000
(3)
Cb - 1.000
Notation:
(1)
Buckling coefficient
(2)
Buckling length (m)
(3)
Critical moment modification factor Cb

Deflection group: G2
Deflection limits
Type
fma(1) fmr(2) faa(3) far(4)
xy plane Secant - L / 300 - -
xz plane Secant - L / 300 - -
Notation:
(1)
Absolute maximum deflection
(2)
Relative maximum deflection
(3)
Absolute active deflection
(4)
Relative active deflection

Fixity coefficients
Origin End
xy plane 1.000 1.000
xz plane 1.000 1.000

Code checks
Resistance use: 24.98 %
Deflection use: 13.84 %
Bar N3 / N4
Section: CVS 650x234
Material: Steel (A-572 345MPa)
Nodes Length Rotation angle Theoretic weight
Initial Final (m) (degrees) (kgf)
N3 N4 10.000 0.000 2342.69

Buckling
Buckling Lateral buckling
xy plane xz plane Top fl. Bot. fl.
(1)
 1.00 1.00 1.00 1.00
(2)
LK 10.000 10.000 10.000 10.000
(3)
Cb - 1.000
Notation:
(1)
Buckling coefficient
(2)
Buckling length (m)
(3)
Critical moment modification factor Cb

Deflection group: G3
Deflection limits
Type
fma(1) fmr(2) faa(3) far(4)
xy plane Secant - L / 300 - -
xz plane Secant - L / 300 - -
Notation:
(1)
Absolute maximum deflection
(2)
Relative maximum deflection
(3)
Absolute active deflection
(4)
Relative active deflection

Fixity coefficients
Origin End
xy plane 1.000 1.000
xz plane 1.000 1.000

Code checks
Resistance use: 26.78 %
Deflection use: 21.98 %
Bar N5 / N4
Section: CVS 650x234
Material: Steel (A-572 345MPa)
Nodes Length Rotation angle Theoretic weight
Initial Final (m) (degrees) (kgf)
N5 N4 10.000 0.000 2342.69

Buckling
Buckling Lateral buckling
xy plane xz plane Top fl. Bot. fl.
(1)
 1.00 1.00 1.00 1.00
(2)
LK 10.000 10.000 10.000 10.000
(3)
Cb - 1.000
Notation:
(1)
Buckling coefficient
(2)
Buckling length (m)
(3)
Critical moment modification factor Cb

Deflection group: G4
Deflection limits
Type
fma(1) fmr(2) faa(3) far(4)
xy plane Secant - L / 300 - -
xz plane Secant - L / 300 - -
Notation:
(1)
Absolute maximum deflection
(2)
Relative maximum deflection
(3)
Absolute active deflection
(4)
Relative active deflection

Fixity coefficients
Origin End
xy plane 1.000 1.000
xz plane 1.000 1.000

Code checks
Resistance use: 24.98 %
Deflection use: 13.84 %
Bar N2 / N5
Section: CVS 650x234
Material: Steel (A-572 345MPa)
Nodes Length Rotation angle Theoretic weight
Initial Final (m) (degrees) (kgf)
N2 N5 10.000 0.000 2342.69

Buckling
Buckling Lateral buckling
xy plane xz plane Top fl. Bot. fl.
(1)
 1.00 1.00 1.00 1.00
(2)
LK 10.000 10.000 10.000 10.000
(3)
Cb - 1.000
Notation:
(1)
Buckling coefficient
(2)
Buckling length (m)
(3)
Critical moment modification factor Cb

Deflection group: G5
Deflection limits
Type
fma(1) fmr(2) faa(3) far(4)
xy plane Secant - L / 300 - -
xz plane Secant - L / 300 - -
Notation:
(1)
Absolute maximum deflection
(2)
Relative maximum deflection
(3)
Absolute active deflection
(4)
Relative active deflection

Fixity coefficients
Origin End
xy plane 1.000 1.000
xz plane 1.000 1.000

Code checks
Resistance use: 26.78 %
Deflection use: 21.98 %
Bar N6 / N5
Section: CVS 500x194
Material: Steel (A-572 345MPa)
Nodes Length Rotation angle Theoretic weight
Initial Final (m) (degrees) (kgf)
N6 N5 3.000 0.000 581.69

Buckling
Buckling Lateral buckling
xy plane xz plane Top fl. Bot. fl.
(1)
 1.00 1.00 1.00 1.00
(2)
LK 3.000 3.000 3.000 3.000
(3)
Cb - 1.000
Notation:
(1)
Buckling coefficient
(2)
Buckling length (m)
(3)
Critical moment modification factor Cb

Deflection group: G6
Deflection limits
Type
fma(1) fmr(2) faa(3) far(4)
xy plane Secant - L / 300 - -
xz plane Secant - L / 300 - -
Notation:
(1)
Absolute maximum deflection
(2)
Relative maximum deflection
(3)
Absolute active deflection
(4)
Relative active deflection

Fixity coefficients
Origin End
xy plane 1.000 1.000
xz plane 1.000 1.000

Code checks
Resistance use: 46.34 %
Deflection use: 7.26 %
Bar N7 / N4
Section: CVS 500x194
Material: Steel (A-572 345MPa)
Nodes Length Rotation angle Theoretic weight
Initial Final (m) (degrees) (kgf)
N7 N4 3.000 0.000 581.69

Buckling
Buckling Lateral buckling
xy plane xz plane Top fl. Bot. fl.
(1)
 1.00 1.00 1.00 1.00
(2)
LK 3.000 3.000 3.000 3.000
(3)
Cb - 1.000
Notation:
(1)
Buckling coefficient
(2)
Buckling length (m)
(3)
Critical moment modification factor Cb

Deflection group: G7
Deflection limits
Type
fma(1) fmr(2) faa(3) far(4)
xy plane Secant - L / 300 - -
xz plane Secant - L / 300 - -
Notation:
(1)
Absolute maximum deflection
(2)
Relative maximum deflection
(3)
Absolute active deflection
(4)
Relative active deflection

Fixity coefficients
Origin End
xy plane 1.000 1.000
xz plane 1.000 1.000

Code checks
Resistance use: 46.34 %
Deflection use: 7.26 %
Bar N8 / N3
Section: CVS 500x194
Material: Steel (A-572 345MPa)
Nodes Length Rotation angle Theoretic weight
Initial Final (m) (degrees) (kgf)
N8 N3 3.000 0.000 581.69

Buckling
Buckling Lateral buckling
xy plane xz plane Top fl. Bot. fl.
(1)
 1.00 1.00 1.00 1.00
(2)
LK 3.000 3.000 3.000 3.000
(3)
Cb - 1.000
Notation:
(1)
Buckling coefficient
(2)
Buckling length (m)
(3)
Critical moment modification factor Cb

Deflection group: G8
Deflection limits
Type
fma(1) fmr(2) faa(3) far(4)
xy plane Secant - L / 300 - -
xz plane Secant - L / 300 - -
Notation:
(1)
Absolute maximum deflection
(2)
Relative maximum deflection
(3)
Absolute active deflection
(4)
Relative active deflection

Fixity coefficients
Origin End
xy plane 1.000 1.000
xz plane 1.000 1.000

Code checks
Resistance use: 46.34 %
Deflection use: 7.26 %
Bar N2 / N9
Section: CVS 500x194
Material: Steel (A-572 345MPa)
Nodes Length Rotation angle Theoretic weight
Initial Final (m) (degrees) (kgf)
N2 N9 3.000 0.000 581.68

Buckling
Buckling Lateral buckling
xy plane xz plane Top fl. Bot. fl.
(1)
 1.00 1.00 1.00 1.00
(2)
LK 3.000 3.000 3.000 3.000
(3)
Cb - 1.000
Notation:
(1)
Buckling coefficient
(2)
Buckling length (m)
(3)
Critical moment modification factor Cb

Deflection group: G9
Deflection limits
Type
fma(1) fmr(2) faa(3) far(4)
xy plane Secant - L / 300 - -
xz plane Secant - L / 300 - -
Notation:
(1)
Absolute maximum deflection
(2)
Relative maximum deflection
(3)
Absolute active deflection
(4)
Relative active deflection

Fixity coefficients
Origin End
xy plane 1.000 1.000
xz plane 1.000 1.000

Code checks
Resistance use: 74.71 %
Deflection use: 11.93 %
Bar N9 / N10
Section: CVS 650x234
Material: Steel (A-572 345MPa)
Nodes Length Rotation angle Theoretic weight
Initial Final (m) (degrees) (kgf)
N9 N10 10.000 0.000 2342.69

Buckling
Buckling Lateral buckling
xy plane xz plane Top fl. Bot. fl.
(1)
 1.00 1.00 1.00 1.00
(2)
LK 10.000 10.000 10.000 10.000
(3)
Cb - 1.000
Notation:
(1)
Buckling coefficient
(2)
Buckling length (m)
(3)
Critical moment modification factor Cb

Deflection group: G10


Deflection limits
Type
fma(1) fmr(2) faa(3) far(4)
xy plane Secant - L / 300 - -
xz plane Secant - L / 300 - -
Notation:
(1)
Absolute maximum deflection
(2)
Relative maximum deflection
(3)
Absolute active deflection
(4)
Relative active deflection

Fixity coefficients
Origin End
xy plane 1.000 1.000
xz plane 1.000 1.000

Code checks
Resistance use: 24.46 %
Deflection use: 17.82 %
Bar N10 / N11
Section: CVS 650x234
Material: Steel (A-572 345MPa)
Nodes Length Rotation angle Theoretic weight
Initial Final (m) (degrees) (kgf)
N10 N11 10.000 0.000 2342.69

Buckling
Buckling Lateral buckling
xy plane xz plane Top fl. Bot. fl.
(1)
 1.00 1.00 1.00 1.00
(2)
LK 10.000 10.000 10.000 10.000
(3)
Cb - 1.000
Notation:
(1)
Buckling coefficient
(2)
Buckling length (m)
(3)
Critical moment modification factor Cb

Deflection group: G11


Deflection limits
Type
fma(1) fmr(2) faa(3) far(4)
xy plane Secant - L / 300 - -
xz plane Secant - L / 300 - -
Notation:
(1)
Absolute maximum deflection
(2)
Relative maximum deflection
(3)
Absolute active deflection
(4)
Relative active deflection

Fixity coefficients
Origin End
xy plane 1.000 1.000
xz plane 1.000 1.000

Code checks
Resistance use: 32.66 %
Deflection use: 27.00 %
Bar N12 / N11
Section: CVS 650x234
Material: Steel (A-572 345MPa)
Nodes Length Rotation angle Theoretic weight
Initial Final (m) (degrees) (kgf)
N12 N11 10.000 0.000 2342.69

Buckling
Buckling Lateral buckling
xy plane xz plane Top fl. Bot. fl.
(1)
 1.00 1.00 1.00 1.00
(2)
LK 10.000 10.000 10.000 10.000
(3)
Cb - 1.000
Notation:
(1)
Buckling coefficient
(2)
Buckling length (m)
(3)
Critical moment modification factor Cb

Deflection group: G12


Deflection limits
Type
fma(1) fmr(2) faa(3) far(4)
xy plane Secant - L / 300 - -
xz plane Secant - L / 300 - -
Notation:
(1)
Absolute maximum deflection
(2)
Relative maximum deflection
(3)
Absolute active deflection
(4)
Relative active deflection

Fixity coefficients
Origin End
xy plane 1.000 1.000
xz plane 1.000 1.000

Code checks
Resistance use: 24.46 %
Deflection use: 17.82 %
Bar N9 / N12
Section: CVS 650x234
Material: Steel (A-572 345MPa)
Nodes Length Rotation angle Theoretic weight
Initial Final (m) (degrees) (kgf)
N9 N12 10.000 0.000 2342.69

Buckling
Buckling Lateral buckling
xy plane xz plane Top fl. Bot. fl.
(1)
 1.00 1.00 1.00 1.00
(2)
LK 10.000 10.000 10.000 10.000
(3)
Cb - 1.000
Notation:
(1)
Buckling coefficient
(2)
Buckling length (m)
(3)
Critical moment modification factor Cb

Deflection group: G13


Deflection limits
Type
fma(1) fmr(2) faa(3) far(4)
xy plane Secant - L / 300 - -
xz plane Secant - L / 300 - -
Notation:
(1)
Absolute maximum deflection
(2)
Relative maximum deflection
(3)
Absolute active deflection
(4)
Relative active deflection

Fixity coefficients
Origin End
xy plane 1.000 1.000
xz plane 1.000 1.000

Code checks
Resistance use: 32.66 %
Deflection use: 27.00 %
Bar N5 / N12
Section: CVS 500x194
Material: Steel (A-572 345MPa)
Nodes Length Rotation angle Theoretic weight
Initial Final (m) (degrees) (kgf)
N5 N12 3.000 0.000 581.68

Buckling
Buckling Lateral buckling
xy plane xz plane Top fl. Bot. fl.
(1)
 1.00 1.00 1.00 1.00
(2)
LK 3.000 3.000 3.000 3.000
(3)
Cb - 1.000
Notation:
(1)
Buckling coefficient
(2)
Buckling length (m)
(3)
Critical moment modification factor Cb

Deflection group: G14


Deflection limits
Type
fma(1) fmr(2) faa(3) far(4)
xy plane Secant - L / 300 - -
xz plane Secant - L / 300 - -
Notation:
(1)
Absolute maximum deflection
(2)
Relative maximum deflection
(3)
Absolute active deflection
(4)
Relative active deflection

Fixity coefficients
Origin End
xy plane 1.000 1.000
xz plane 1.000 1.000

Code checks
Resistance use: 74.71 %
Deflection use: 11.93 %
Bar N4 / N11
Section: CVS 500x194
Material: Steel (A-572 345MPa)
Nodes Length Rotation angle Theoretic weight
Initial Final (m) (degrees) (kgf)
N4 N11 3.000 0.000 581.68

Buckling
Buckling Lateral buckling
xy plane xz plane Top fl. Bot. fl.
(1)
 1.00 1.00 1.00 1.00
(2)
LK 3.000 3.000 3.000 3.000
(3)
Cb - 1.000
Notation:
(1)
Buckling coefficient
(2)
Buckling length (m)
(3)
Critical moment modification factor Cb

Deflection group: G15


Deflection limits
Type
fma(1) fmr(2) faa(3) far(4)
xy plane Secant - L / 300 - -
xz plane Secant - L / 300 - -
Notation:
(1)
Absolute maximum deflection
(2)
Relative maximum deflection
(3)
Absolute active deflection
(4)
Relative active deflection

Fixity coefficients
Origin End
xy plane 1.000 1.000
xz plane 1.000 1.000

Code checks
Resistance use: 74.71 %
Deflection use: 11.93 %
Bar N3 / N10
Section: CVS 500x194
Material: Steel (A-572 345MPa)
Nodes Length Rotation angle Theoretic weight
Initial Final (m) (degrees) (kgf)
N3 N10 3.000 0.000 581.68

Buckling
Buckling Lateral buckling
xy plane xz plane Top fl. Bot. fl.
(1)
 1.00 1.00 1.00 1.00
(2)
LK 3.000 3.000 3.000 3.000
(3)
Cb - 1.000
Notation:
(1)
Buckling coefficient
(2)
Buckling length (m)
(3)
Critical moment modification factor Cb

Deflection group: G16


Deflection limits
Type
fma(1) fmr(2) faa(3) far(4)
xy plane Secant - L / 300 - -
xz plane Secant - L / 300 - -
Notation:
(1)
Absolute maximum deflection
(2)
Relative maximum deflection
(3)
Absolute active deflection
(4)
Relative active deflection

Fixity coefficients
Origin End
xy plane 1.000 1.000
xz plane 1.000 1.000

Code checks
Resistance use: 74.71 %
Deflection use: 11.93 %
ANEXOS
Catalogo de perfis Soldados
Catálogo de Perfis Laminados da GERDAU S.A.

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