Mushoku Tensei Jobless Reincarnation Vol. 13 - Compressed

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Índice
Inserções de
cores
Página de título Direitos
autorais e créditos Índice
Página Capítulo 1: O novo
emprego de Roxy Capítulo
2: Ano três Capítulo 3: Treinamento
com Norn Capítulo 4: Posso mantê-lo?
Capítulo 5: Dignidade
paterna Capítulo 6: Nasce um rei
da água Capítulo 7: A cerimônia de
casamento Capítulo 8:
Um homem de sorte
Capítulo 9: A festa Capítulo 10:
Drama no local de trabalho
Capítulo 11: Dia da
formatura Capítulo 12: Fase quatro Capítulo extra:
Aprimorando o Espada de Mad Dog
Sobre o autor: Boletim informativo Rifujin na Magonote
Capítulo 1:
O novo emprego de Roxy
CERTAMANHÃ, fui despertado pelo mais delicioso dos cheiros. Ela

flutuou em minhas narinas enquanto eu dormia, enchendo meu coração de
emoções calorosas e maravilhosas.
"Wha-?!"
Assustado com esse aroma sedutor, abri os olhos... e encontrei uma deusa na
cama ao meu lado, dormindo profundamente. Seu rosto angelical estava a centímetros dos
meus olhos. Eu podia até ouvi-la respirando suavemente através de seu pequeno e charmoso
nariz.
“Ah…”
Saí lentamente de debaixo do cobertor e depois fiquei de joelhos o mais

silenciosamente que pude. Juntando as mãos, fiz-lhe um breve gesto de súplica. Havia um
personagem sagrado na minha cama. Era natural que eu demonstrasse deferência a ela.
"Espere um minuto. Isso poderia significar…”
Com as mãos trêmulas, estendi a mão para puxar o cobertor de cima da deusa.
Foi exatamente como eu esperava! Por mais surpreendente que possa parecer, todo o seu
corpo se manifestou ao meu lado!
“Ooooh!”
Sua figura era esbelta e de aparência enganosamente jovem, sem

curvas em certos lugares onde normalmente seriam esperadas. Estava escuro demais
para ver claramente, mas... aquele ponto que vi em seu peito era um símbolo divino,
talvez? Uma marca auspiciosa, destinada a representar seu terceiro olho?
Não, provavelmente não. Ainda assim, era algo não menos sagrado.
"Gole…"
Seria permitido eu tocá-la? Certamente eu tinha os céus

bênção implícita. A deusa veio até mim, afinal. Eu fui o escolhido. O Messias. E
certamente um messias pode tocar seu deus.
1 Goldenagato | mp4directs. com

Mas seria permitido que eu fizesse isso enquanto o espírito dela vagava por
outro lugar? Havia o risco de eu sobrecarregar minha alma com o pecado e me barrar
dos portões do Nirvana. No momento em que estendi a mão, ela poderia inundar a
sala com uma luz brilhante, gritar “Vá embora, nojenta Mara!” e me purificar até o nada.
Que dilema cruel. Eu não poderia evitar que meu pequeno apóstolo estivesse
particularmente fervoroso esta manhã!
“Hum… está frio…”
A deusa agarrou cegamente o cobertor, puxou-o de volta sobre ela,

e então virou-se para o outro lado.
“Ooh…”
Quão verdadeiramente maravilhoso! Eu podia ver a nuca branca aparecendo

por baixo do cabelo azul! Pude ver os chupões que deixei lá ontem!
Verdadeiramente esplêndido. Certamente fui o homem mais sortudo do mundo por me oferecer
paisagens tão espetaculares no exato momento em que acordei.
…Oh, certo. Não temos tanto tempo pela manhã, não é?

É melhor levantá-la…
“Roxy, acorde. É manhã."

“Hum…?”
Minha deusa abriu os olhos e sentou-se lentamente. O cobertor escorregou

quando ela fez isso, revelando suas lindas costas nuas. Este foi o início de uma nova era.
"…Bom dia."
Lentamente, ela se virou para mim, os olhos embaçados pelo sono. Ela
tinha duas marcas auspiciosas no peito e um umbigo bonitinho abaixo delas. E havia
também a calcinha dela, que escondia ainda mais delícias espirituais.
Minha estupa estava acumulando carma a uma velocidade perigosa. Nesse ritmo,
eu alcançaria a iluminação em pouco tempo.
"Oh…"
Talvez percebendo esse estado de coisas, ela agarrou o cobertor e puxou-

o para esconder seu corpo. A deusa me abandonou. Toda a luz desapareceu

Do mundo. Uma nova era das trevas estava sobre nós…
“Existe uma razão para você parecer tão desanimado?” ela perguntou secamente.
“Ah, não é nada. Eu só queria dar uma boa olhada em seu corpo à luz do dia,
professor.”
“…Eu não acho que seja muito para se olhar, de qualquer maneira.”
“Não seja absurdo! Vamos, puxe esse cobertor. Deixe-me aproveitar seu brilho!”
“Meu Deus, você certamente está enérgico esta manhã... Bem, tanto faz.
Suponho que não há motivo para ser tímido neste momento…”
Lentamente, Roxy puxou o cobertor para o lado. Só assim, a luz veio

inundando de volta ao meu mundo. Sim, eu vi a luz e foi bom!
Eu também vi a escuridão; Chamei-lhe Eros e à luz Apolo. Ao lado da escuridão,

vi um umbigo e coxas. Eu os chamei de Cupido e Amor.
Isso parecia trabalho suficiente para o primeiro dia.
“Tudo bem, acho que é o suficiente.”
Mais uma vez, aquele cobertor amaldiçoado escondeu as glórias da criação do meu
olhos. Outra era das trevas foi... Ok, até eu estava ficando cansado dessa parte.
— Hum, Rudy?
"Sim, querido?"
"Obrigado. Para ontem à noite.
Roxy abaixou a cabeça para mim em uma pequena reverência desajeitada.
A noite passada foi especial para nós. Foi algo

havíamos construído ao longo de algumas semanas. Tínhamos concordado que
Roxy se tornaria oficialmente minha segunda esposa assim que Sylphie desse à
luz. Isso havia acontecido há algum tempo. Mas até ontem, Roxy e eu não tínhamos
dormido juntas desde que chegamos à Sharia. Parte disso era que todos estavam
ocupados se adaptando à chegada de Lucie, mas eu poderia dizer que Roxy também
estava ansiosa com o nosso novo acordo. Isso era compreensível, mas eu queria fazer
algo a respeito.
E então, fiz um esforço especial para aliviá-la. Eu tratei Roxy como

uma princesa ontem à noite. Minha mandíbula ainda estava um pouco dolorida esta manhã – eu
tinha feito um treino de verdade.

Mas tudo valeu a pena. Ela definitivamente estava satisfeita.
“Para ser sincero, eu nem sabia que existiam… técnicas como essas.”
Seus olhos desviando dos meus, Roxy corou um pouco.
"Heh heh. Bem, há um mundo enorme lá fora, sabe?
Eu usei todos os truques que conhecia. Ao longo dos anos, desenvolvi uma rotina
isso sempre deixava Sylphie sem fôlego de tanto gemer. Eu também queria dominar
Roxy com prazer e imaginei que minhas “técnicas” seriam a maneira mais rápida de conseguir
isso.
Mas não foi exatamente como esperado. Principalmente porque Roxy manteve
fazendo perguntas em cada etapa do processo – geralmente algo como “O que devo
fazer agora?” Parecia que ela era do tipo estudiosa, mesmo na cama. Eu a mimei com
breves explicações e dicas, seguidas de extensas demonstrações práticas.
“Ensine-me mais detalhes da próxima vez, certo?”
“Você pode simplesmente deitar e me deixar fazer o que quero, Roxy. Vou
garantir que você se divirta.
“Não, obrigado. Quero desenvolver minhas próprias habilidades.”
Para ser sincero, não foi isso que imaginei quando estava planejando as coisas
fora de antemão. Mas não foi tão ruim, à sua maneira. Sylphie tinha sua abordagem
em relação ao sexo, e Roxy tinha uma abordagem diferente. Achei os dois muito
satisfatórios, então não ia reclamar.
"Eca. Vou me atrasar para o trabalho…”
Com o rosto ainda ligeiramente vermelho, Roxy virou o rosto para longe de mim e
desceu da cama. Fiquei exatamente onde estava - sentado formalmente na cama - e me
banhei no brilho de sua bunda enquanto ela atravessava o corredor.
sala.
“Hum? O que é?"
"Oh nada. Nada mesmo."
Sentindo meu olhar, Roxy olhou para mim. Virei-me e fingi que estava me vestindo o
tempo todo.
“…”
Senti os olhos de Roxy em mim por trás. Eu estava começando a considerar flexionar

para sua diversão quando ela se aproximou e tocou minhas costas.
“Sinto muito, Rudy. Parece que eu te arranhei. Isso doi?"

“Hum?”
Quando estiquei a cabeça para dar uma olhada, pude ver apenas quatro longos,
vergões finos em um lado das minhas costas. Eles doeram um pouco quando eu os toquei.
Roxy os deixou comigo ontem à noite. Eles eram uma medalha de honra, em outras palavras.
Gah, agora ela me fez lembrar da expressão em seu rosto quando ela fez isso
isso… Baixa, rapaz! Abaixo! Não temos tempo para suas palhaçadas agora!
“Estou bem, Roxy.”
“Espero que não deixem cicatriz nem nada…”
O rosto de Roxy estava vermelho enquanto ela murmurava essas palavras. O fato de
ela nem ter pensado em curá-los com magia me fez sentir como se ela estivesse ocupada
lembrando da noite passada também. Olhei para cima e encontrei seu olhar.
Eu podia ver o reflexo do meu rosto em seus grandes olhos azuis. Depois de um momento,
ela os fechou, claramente antecipando um beijo.
Eu não poderia aceitar isso, no entanto. Nós nos encontraríamos de volta

na cama dez segundos depois. E então, me contive e acariciei sua bochecha afetuosamente.
“…Acho que já é hora de nos vestirmos, professor.”
"Oh. Certo. Claro!
Roxy se afastou de mim, parecendo um pouco envergonhada, e começou

a vestir a calcinha. Eu me virei e comecei a me vestir também.
“Estou bem, Rudy?”
Depois de vestir as vestes, Roxy se virou na minha frente para que eu pudesse examinar
as coisas para ela.
"Sim."
"Realmente?"
“Claro, Roxy. Você parece bem."
Isso foi um eufemismo, na verdade. Se houvesse alguém estúpido o suficiente

para sugerir que Roxy parecia nada menos que perfeita, eu garantiria que eles percebessem o
erro de seus métodos.
“Bem, tudo bem. É meu primeiro dia de trabalho, sabe? Eu não posso bagunçar isso!”
Roxy apertou a mão em punho e acenou com a cabeça para si mesma. A partir de hoje,
ela também iria para a Universidade de Magia... mas como membro do corpo docente. Este
também seria meu primeiro dia como estudante do terceiro ano lá.
Mas antes de entrarmos em tudo isso, eu provavelmente deveria voltar um pouco no

tempo.
Vamos falar sobre o dia em que Roxy conseguiu seu novo emprego.
Vários meses antes
CERCA DE UMA SEMANA se passou desde que voltei para casa da minha viagem. Isto
esteve agitado por um tempo, mas as coisas finalmente começaram a se acalmar

novamente.
Eu estava relaxando no sofá da sala quando Roxy entrou.
“Rudy, acho que gostaria de trabalhar na Universidade de Magia. Tudo bem para você?
"Huh?"
Eu não tinha certeza do que ela queria dizer a princípio. Ela olhou para mim com sua
expressão firme de sempre, fixando os olhos nos meus.
“Sinto que tenho muito tempo disponível, então queria ver como me tornar mais útil.”
“Hum, então... você está dizendo que quer se tornar professor ou algo
assim?”
“Essa é a ideia, sim.” Roxy assentiu, seu rosto solene e sério.

Fazia sentido. Ela parecia um pouco inquieta desde a nossa chegada
aqui.

Roxy não era exatamente o tipo de governanta doméstica. Ela passou a maior parte
de sua vida como uma aventureira solo na estrada, então ela poderia lidar com quase
qualquer trabalho quando precisasse... mas quando se tratava de tarefas domésticas, ela
não era tão eficiente quanto Aisha, Sylphie ou Lilia.
Além disso, já tínhamos duas empregadas dedicadas morando na casa, então não
havia muito o que ela fazer.
Ela às vezes tomava o lugar da minha mão esquerda. eu não estava

ainda estava acostumado a usar uma mão só, e isso tornava algumas coisas
realmente inconvenientes. Foi uma ajuda ter Roxy por perto para me ajudar a me vestir
e fazer minhas refeições.
Ainda assim, não era como se eu realmente precisasse dela por perto o dia todo. eu pudesse
passar por aqui sozinho quando necessário.
"Hum…"
De qualquer forma… Roxy queria ser professora, não é? Ela era uma professora
incrível, é claro. Eu sabia pessoalmente como seria uma bênção aprender magia com ela.
Dados seus talentos e sabedoria, seria um crime da minha parte mantê-la por perto
como nada mais do que uma substituta para minha mão perdida. Mantê-la só para mim tinha
um certo apelo, mas para o bem de todas as outras pessoas no mundo, ela deveria estar lá
enriquecendo nossa sociedade com sua presença.
“Tenho certeza de que isso soa um pouco arrogante para você, já que não sou nada especial como
um mago... mas sempre gostei de ensinar às pessoas o que sei.”
"O que? Não era isso que eu estava pensando!”
Na verdade, fiquei meio ofendido, de certa forma.
Não importa quantos universos paralelos possam existir, você nunca encontraria
um onde eu achasse Roxy arrogante. Eu estava fadado a respeitá-la profundamente em
todos os aspectos do mundo possíveis. Foi a escolha de Stein's Gate!
“Você deveria ir em frente, Roxy. Absolutamente. Você será um ótimo professor!”
"Oh. Bem, é bom ouvir isso... e um pouco embaraçoso, eu acho.
Agora que o assunto estava resolvido, não havia sentido em perder tempo.
"Está bem então. Por que não vamos falar com o vice-diretor Jenius agora mesmo?”

Roxy começou surpresa. “Jênio? Espere, o professor Jenius é o vice

Diretor agora?
"Isso mesmo. Você conhece ele?"
Por alguma razão, Roxy hesitou por um momento com algo parecido com um
careta em seu rosto. “Ele era meu mestre, na verdade.”
Oh? Jenius é um Mago da Água de nível Santo, então? Eu pensei que a magia do Fogo fosse
sua especialidade… Talvez eu esteja me lembrando mal?
Então, novamente, não era incomum um mago estudar mais de um elemento em

profundidade. Presumivelmente, Jenius também era um Mago da Água e simplesmente se
esqueceu de mencionar isso para mim.
“Receio ter dito algumas coisas muito duras na última vez que o vi. Lamento isso
agora, mas eu era jovem e cabeça quente…”
“Não se preocupe com isso, Roxy. Passado é passado."
Pelo que ela me contou, o mestre de magia de Roxy era um homem tolo, pomposo e
orgulhoso. Mas o Jenius que eu conhecia era um cara diligente e educado que passava a maior
parte do tempo empurrando papéis. Ele provavelmente mudou muito ao longo dos anos.
“E se ele usar isso contra mim?”
“Vou me certificar de que ele deixe tudo para trás. Quer ele queira ou não.
Eu já devia muito a Jenius pela sua ajuda ao longo dos anos, mas por
Pelo amor de Roxy, eu não hesitaria em aumentar a dívida que tenho com ele.
“Bem, ok então. Espero que não chegue a esse ponto.”
Com isso resolvido, nós dois fomos para a Universidade de Magia.
Encontramos Jenius enterrado sob uma montanha de papelada, como sempre.
“Bem… meu Deus.”
Ao ver Roxy, ele nos ofereceu um sorriso que mais parecia uma careta.
Sorrisos constrangedores eram basicamente sua expressão padrão, mas esse era
definitivamente mais constrangedor que o normal.

“Desculpe interromper, vice-diretor Jenius. Poderíamos ter um pouco do seu tempo?
“Claro, Rudeus. Por que não vamos para a outra sala?
Ainda assim, apesar de estar obviamente ocupado, Jenius concordou prontamente

para falar conosco. O homem sempre tinha muito o que fazer, mas nunca me enxotou
quando precisei de ajuda. Ele não era um cara mau de coração.
"Sente-se por favor."
Depois de irmos para a sala de recepção, Roxy e eu nos acomodamos em um sofá

em frente a Jenius.
Quando foi a última vez que estive aqui? Depois do meu duelo com Badigadi,
talvez? Definitivamente já fazia um tempo.
“Em primeiro lugar... é bom ver você de novo, Roxy.”
“… Já faz muito tempo, Mestre Jenius.”
“Hum. Você não disse que eu, ah... não era digno desse título?
Roxy deixou seu olhar cair no chão. “Sinto muito por tudo isso. Eu era jovem e
arrogante, suponho.
A conversa começou hesitantemente. Ambos claramente pensaram que uma palavra

errada poderia levar a uma explosão de raiva.
“Acho que isso vale para nós dois. Eu também estava orgulhoso demais.
Depois que eles se desculparam, ambos relaxaram visivelmente.
Eles pensaram um no outro como obstáculos por muito tempo, mas em algum momento
ponto eles provavelmente desenvolveram uma espécie de respeito mútuo. E só agora, anos
depois do fato, eles conseguiram admitir isso para si mesmos.
Eu não tinha como saber sobre o que eles discutiram no passado, mas depois de
todo esse tempo, parecia que eram águas passadas. Uma ou duas décadas são suficientes
para mudar a maioria das pessoas.
Depois de alguns segundos, Jenius ergueu a cabeça e pigarreou. “De qualquer forma…
o que posso fazer por vocês dois hoje?”
“Bem, Mestre Jenius… em minhas viagens depois de deixar a Universidade, acabei

entendendo as alegrias e recompensas do ensino. Eu esperava me tornar um instrutor aqui, se
possível.”

“Bem, bem”, disse Jenius com um leve sorriso. “Você não considerou os professores
como 'totalmente inútil' em determinado momento? Você certamente mudou, Roxy.”
Ele iria nos causar problemas sobre isso?
Sentindo-me um pouco nervoso, olhei para Roxy, apenas para descobrir que ela
também estava sorrindo levemente. Talvez ambos tivessem achado algo engraçado na
situação. Eu me senti um pouco excluído.
Se Jenius tivesse rejeitado a ideia, eu estava planejando ser bastante agressivo
em nome de Roxy, mas não parecia que isso seria necessário. Na verdade, minha
presença aqui provavelmente não ajudou em nada.
“Professor, estaria tudo bem se eu deixasse vocês dois resolverem os detalhes?”

"…Huh? Hum, está bem. Mas não me importo se você ficar por aqui.
“Bem, eu estava pensando em visitar um amigo meu.”
Roxy e Jenius eram velhos conhecidos. Eles provavelmente tinham muito que
se atualizar. E de alguma forma, eu senti que Roxy poderia estar relutante em me deixar
ouvir muitas histórias embaraçosas de sua juventude.
Isso me deixou um pouco triste, mas pareceu-me melhor deixar o
sala.
***
Fui direto para o laboratório de Zanoba.

Eu disse a ele que poderia ficar fora por dois anos e voltei em apenas seis
meses. Ele provavelmente ficaria surpreso em me ver.
O resultado da minha viagem não foi especialmente positivo, é claro, mas não
havia necessidade de deixá-lo deprimido também. Eu teria que tentar agir da forma
mais alegre possível.
"OK…"
Bati na porta e entrei sem esperar resposta.
“Notícias de última hora, Zanoba! Voltei!"

"Wha-?!"

Lá dentro, encontrei meu amigo montado em um manequim em tamanho real com

uma expressão de êxtase no rosto.
“…”
“…”
Nós dois nos entreolhamos em silêncio por alguns segundos.
O que Zanoba estava sentindo agora, neste instante? Que emoções estavam
girando em sua mente?
Eu sabia, é claro. Eu sabia muito bem.

“…”
Desviando os olhos, fechei a porta sem dizer uma palavra.
Imediatamente, houve um grande barulho vindo de dentro da sala.

Esperei cerca de dez minutos até que os sons finalmente parassem e uma vozinha gritasse
“Estou pronto”.
Abri a porta vigorosamente pela segunda vez.
“Notícias de última hora, Zanoba! Voltei!"
“Ahhhh! Que esplêndido! Se não for meu amado mestre, Rudeus!”
Nós dois nos alegramos com nosso reencontro e nos abraçamos como se
nada havia acontecido. Não havia motivo para nenhum de nós se sentir constrangido.
Nós dois éramos melhores amigos. Eu não vi nada. Nada aconteceu.
“Você certamente voltou para nós rapidamente, Mestre! Achei que você iria ficar fora
por dois anos!
“Bem, é uma longa história, mas acabamos voltando mais cedo.”
“Ah, então você completou uma missão de dois anos em menos da metade do tempo!
Você nunca deixa de me surpreender!"
Dei uma olhada ao redor da sala. Estava cheio de bonecos e estátuas, muitas das quais
pareciam ser algum tipo de arte popular. Já estive nesta sala muitas vezes antes, é claro, mas
parecia quase nostálgico estar de volta. Ele certamente acumulou muitos brinquedos
novos enquanto eu estava fora. Em particular, a mesa de Julie estava virtualmente coberta de
bonecos e estatuetas de barro. Ela obviamente estava trabalhando duro na minha ausência.

“Onde estão Ginger e Julie?”
“Os dois estão fazendo compras no momento. Algumas das coisas que pedi a eles
não estarão disponíveis até a noite, então eles só voltarão por algum tempo.”
Eu vejo. Então é por isso que ele sentiu que era seguro ter um “encontro” com seu
querida amiga boneca.
Esta foi provavelmente uma oportunidade incomum para ele. Quase me senti mal por ter
interrompido.
"Oh? Mestre, sua mão…”
Neste ponto, Zanoba finalmente percebeu que eu voltaria sem esquerda

mão. Ele estava olhando para o coto do meu pulso com uma expressão preocupada no rosto.
“Sim, desapareceu. Fiquei um pouco descuidado lá fora.
“…Que oponente poderia ser temível o suficiente para prejudicá-lo tão

gravemente?”
“Era uma hidra com imunidade à magia.”
“Uma hidra? Ah, entendi. Isso não é uma ameaça pequena.”
Quando olhei para trás, para aquela batalha, era óbvio que faltávamos no departamento
de ataque físico. Se Zanoba estivesse conosco, talvez pudéssemos ter derrubado a hidra com
mais facilidade. Talvez devêssemos realmente ter voltado temporariamente e recrutado ele, ou
outra pessoa, para nos ajudar.
Não fazia muito sentido especular sobre isso agora, no entanto.
“Se a fera fosse resistente à magia, posso ver por que até você teria lutado para
derrotá-la.”
"Sim. Ah, e mesmo quando conseguimos cortar uma de suas cabeças, elas voltaram
a crescer. Não foi um piquenique, isso é certo.”
“Era capaz de regeneração também? Como você conseguiu matá-lo, então?
“Meu— Nosso espadachim cortou suas cabeças, e então eu queimei a

tocos com fogo.”
“Ah, agora entendi. A própria carne era vulnerável, mesmo que a sua pele fosse

não! Presumo que você mesmo inventou essa estratégia, Mestre?
“Acabei de me lembrar de ouvir alguém dizer que essa era a maneira de fazer isso.”
Pensar naquela batalha não estava fazendo maravilhas pelo meu humor. Eu sabia
como matar aquele monstro, mas Paul ainda assim acabou morto.
Quanto mais Zanoba elogiava nossa vitória, mais deprimido isso me deixava.
“Devo dizer, Mestre, você parece bastante sombrio.”
“Bem... nós vencemos, mas custou um preço alto.”
“Ah, entendo.” Olhando para minha mão, Zanoba assentiu para si mesmo.
“Nesse sentido, acho que tenho uma ideia.”
Com um sorriso, ele trotou até sua mesa de trabalho e começou a vasculhar a gaveta
de baixo. Depois de alguns momentos, ele tirou um modelo em escala de uma mão.
Talvez essa não fosse a maneira correta de descrevê-lo. Foi um pouco desajeitado
procurando uma “mão”. Talvez fosse um protótipo de algum tipo de luva.
“Dê uma olhada nisso, por favor.”
“O que é isso, Zanoba?”

"Heh heh. É o fruto de cerca de seis meses de trabalho!”
"Oh?"
“De fato”, disse Zanoba com orgulho, com um sorriso significativo no rosto. “Eu não
estava apenas sentado na sua ausência, Mestre.”
É verdade. Você também tem feito amor com objetos inanimados...

Opa. Não, eu não vi isso. Eu não vi nada!
"Está bem então. Então, o que é isso exatamente?"
"Observar!"
Com o rosto cheio de confiança, Zanoba fechou a mão livre em punho e depois mergulhou-
a dentro da luva modelo.
Neste ponto, ele gritou algo que parecia um encantamento: “Terra, seja minha mão!”
De repente, o modelo começou a se mover. Tinha sido consertado no

forma de um punho, mas agora seus dedos parecidos com argila se estendiam lentamente.
Ele apertou novamente, depois abriu e depois dobrou os dedos um por um.
Todos esses movimentos eram surpreendentemente suaves e de aparência natural.
“É um instrumento mágico em forma de mão. Ele se move exatamente como

seu portador testa.”
“…”
“Segui seu conselho, Mestre, e continuei meu estudo sobre isso.

boneca misteriosa com a ajuda de Cliff. Esta é minha primeira implementação
prática de minhas descobertas.”
“…”
"Mestre? É… Mestre?”
“Ah, sim. Desculpe por isso."
Na verdade, fiquei sem palavras de surpresa por um momento. Eu me lembro de

ter dito a Zanoba para se concentrar em estudar as mãos e os braços daquele boneco, mas
certamente não esperava que ele fizesse algo tão impressionante em questão de meses.
“Isso é incrível, Zanoba. Estou honestamente impressionado.”
“Heh heh heh. Ah, mas ainda nem cheguei à melhor parte. Por
usando este dispositivo, sou capaz de controlar minha força assustadora!”
"Espere, sério?"
"De fato."
Zanoba assentiu com um sorriso de alegria genuína no rosto. Sua felicidade era óbvia
e contagiante.
Se Zanoba pudesse controlar sua força, isso significava que ele mesmo
poderia fazer figuras. Ele finalmente encontrou uma maneira de criar as coisas que mais amava.
Foi difícil para mim imaginar o quanto isso significava para ele.
“Minha mão, volte para a terra.”
Com o segundo encantamento de Zanoba, a mão parou de se mover.

Aparentemente, você poderia ligá-lo e desligá-lo à vontade.
"Agora, então…"

Tirando a mão do implemento mágico, Zanoba ofereceu-o para

meu.
“Por favor, experimente você mesmo, Mestre. Simplesmente comande-o com as palavras
'Terra, seja minha mão', e ele se tornará parte de você. Quando desejar removê-lo, diga as
palavras ‘Minha mão, retorne à terra’”.
"Tudo bem."
Aceitando a mão de Zanoba, empurrei-a contra meu pulso esquerdo. A coisa foi feita para
ter espaço para uma mão enrolada dentro dela, é claro; como estava faltando uma mão, parecia
que ela poderia cair a qualquer momento.
“Mas não tenho certeza se essa coisa vai continuar…”
“Não será um problema. Vá em frente, experimente o encantamento.”
“Ok, então… Terra, seja minha mão.”
No instante em que falei essas palavras, senti o dispositivo drenando mana do meu
braço.
Não demorou muito. Mas é claro que não, se Zanoba pudesse usar
isto.
"Uau!"
Assim que absorveu minha mana, senti o dispositivo se pressionar com força
contra meu coto.
A sensação de que eu estava “vestindo” algo desapareceu rapidamente. Em seu

lugar, pude sentir a mão artificial que agora estava conectada a mim.
"…O que você acha?"
Cuidadosamente, tentei mover minha mão esquerda. Abri e fechei, estiquei cada dedo
começando pelo polegar e dobrei começando pelo mindinho. A argila de aparência grosseira
respondeu como se fosse apenas mais uma parte do meu corpo.


"Está a mover-se! É realmente comovente!”
“Ah, mas há mais do que isso. Tente tocar em alguma coisa, por que não?
"Certo…"
Estendi a mão para pegar uma pequena escultura de madeira da mesa próxima. Era a
escultura de um cavalo, mais ou menos do tamanho do meu punho.
Minhas pontas dos dedos artificiais podiam “sentir” seu peso e textura. A
sensação era um pouco monótona e indistinta – quase como se eu estivesse usando um par
grosso de luvas de algodão – mas definitivamente estava lá.
“Você pode até sentir coisas através disso? É incrível."
"Mas é claro. Dificilmente se poderia esperar fazer uma estatueta sem um

sentido do tato.”
É verdade. Você precisava ser bastante preciso com a quantidade de força usada ao
esculpir algo. Como Zanoba fez isso com seus próprios objetivos em mente, esse sentido do tato
teria sido uma característica essencial.
Só para ver o que poderia acontecer, tentei lançar um pequeno feitiço através dos meus
novos “dedos”. Uma pequena bola de água apareceu na frente deles. Parecia que a magia
também não seria um problema.
Zanoba realmente criou essa coisa em apenas meio ano? Isso não poderia
têm sido fáceis. Sua paixão por estatuetas deve tê-lo mantido incrivelmente motivado.
“Eu não tinha certeza se você conseguiria usá-lo sem uma mão, mas parece que não há
grandes problemas”, disse Zanoba com um sorriso satisfeito.
“Sim, ele se move muito bem. Posso sentir os dedos também. E use magia.
“Se você deseja aumentar sua força, simplesmente alimente-o com mais mana.
Seu poder aumentará de acordo.”
"Oh sério?"
“Claro, se você desse toda a sua mana, eu esperaria que ele desmoronasse sob o
estresse. É mais resistente que uma mão humana normal, mas tenha cuidado.”
"Bem vamos ver…"

Enquanto conversávamos, alimentei o dispositivo com um pouco mais de mana. O

peso da escultura em minha mão pareceu desaparecer completamente.
“Uau, isso é realmente—”
Antes que eu pudesse terminar minha frase, houve um estalo agudo.
"Oh."
"Aaaah!"
Eu tinha quebrado uma das pernas do cavalinho sem nem querer.
“Aaaagh… Mestre, como você pôde…?” Zanoba olhou para mim com um olhar de
reprovação no rosto.
“Desculpe, Zanoba… vou compensar você.”
“Uggh… essa era uma escultura tradicional do antigo principado de Giara… duvido que
algum dia encontre algo parecido novamente…”
“U-uh, bem, talvez eu possa fazer algo novo para você? Seria apenas uma escultura
mágica da Terra, mas…”
Com esta oferta, o rosto de Zanoba se iluminou. “Ah! Que esplêndido! Me desculpe, não tive
a intenção de pressioná-lo!
Pegando a escultura de mim, ele a guardou cuidadosamente dentro de sua mesa.

Talvez ele estivesse planejando colá-lo novamente ou algo assim.
Esperançosamente, tudo correria bem.
Zanoba se virou para me encarar. “Essa mão é sua, Mestre

Rudeus. Ainda é apenas um protótipo, claro, mas tenho certeza de que é melhor que nada.”
"Realmente? Tem certeza?"
“Com você e Cliff me ajudando, tenho certeza de que poderei fazer outro de
qualidade comparável em pouco tempo.”
Isso fazia sentido. Ele ainda estava trabalhando ativamente em sua pesquisa, depois
todos.
Seria bom tornar a coisa mais sensível. Dessa forma, eu poderia usá-lo para carícias
recreativas.
Havia inúmeras outras melhorias possíveis, é claro. Esse

coisa tinha muito potencial. Por exemplo, poderíamos encontrar uma maneira de transformá-
lo em várias ferramentas ou armas. Quão útil seria ter dedos que se transformassem em
brocas sempre que você precisasse? Ou uma mão que se transformou em um canhão
mágico quando solicitado?
“…Zanoba, acho que esta pode ser uma invenção incrível.”
“Eu concordo plenamente! Sem querer fazer barulho, mas acho que é um pequeno
item bastante esplêndido.
Por mais útil que fosse em combate ou na confecção de estatuetas, havia

muitas outras aplicações. Por um lado, era uma prótese brilhante.
Neste mundo, era possível recolocar um membro decepado se você procurasse um

mago com habilidades avançadas em Cura. E feridas que teriam levado você a um hospital no
meu antigo mundo poderiam ser curadas rapidamente até mesmo com feitiços elementares.
Por outro lado, regenerar uma parte faltante do corpo era extremamente caro. A menos
que você fosse muito rico, isso provavelmente não iria acontecer. E não havia muitos mágicos
capazes de restaurar um braço ou uma perna inteira. Você poderia encontrar alguns no País
Sagrado de Millis, mas mesmo lá eles eram muito raros. Um mero aventureiro não poderia
esperar contratar seus serviços.
Quando um aldeão ou aventureiro comum perdia uma parte de seu corpo, na maior parte
do tempo ele tinha que se contentar com uma substituição rudimentar – algo mais parecido com a
perna de pau de madeira do Capitão Ahab.
Se começássemos a vender próteses mágicas como essa a um preço

relativamente acessível, estaríamos ajudando muita gente. E ganhando muito dinheiro no
processo.
Os Curandeiros de Millis podem não ficar muito satisfeitos com isso, mas
felizmente, eles estavam do outro lado do mundo. Contanto que conseguíssemos o apoio de
uma organização maior, como a Universidade ou a Guilda dos Magos, provavelmente
funcionaria bem.
“Você tem um nome para essa coisa, Zanoba?”
“Eu ainda não tinha dado, não. Receio que nem Cliff nem eu tenhamos muito talento para
nomear coisas.
"Oh sim?" Isso não foi muito divertido. Certamente poderíamos chegar a

algo certo?
“Você gostaria de fazer as honras para nós, Mestre Rudeus?”
"Huh? Ah, claro, eu acho.
Eu também não me considerava muito bom em nomear coisas, mas não poderia
recusar se ele quisesse minha ajuda.
Olhando para a coisa que agora servia como minha mão esquerda, peguei
um momento para pensar.
Quando se tratava de mãos artificiais removíveis, as primeiras palavras que me

vieram à cabeça foram “Rocket Punch”. Mas não era como se eu pudesse atirar essa coisa em
meus inimigos ou algo assim... embora eu sempre pudesse atirar neles em caso de
emergência.
O segundo termo que me veio à mente foi “Mão da Glória”. Como no

mão decepada e em conserva de um criminoso executado, que supostamente possuía
poderes mágicos - não o movimento especial de um personagem de anime pervertido
usando bandana.
Porém, não senti necessidade de reutilizar um nome que já existia.
Essa coisa era uma invenção totalmente nova – algo que este mundo tinha
nunca visto antes. Talvez os inventores merecessem algum crédito.
“Por que não pegamos um pouco de ‘Zanoba’ e um pouco de ‘Cliff’ e chamamos de

Prótese Zaliff?”
“Não deveria haver parte do seu nome aí também, Mestre?”
“Não, está tudo bem. Eu realmente não contribuí para isso nem nada.”
“…Não acredito que isso seja inteiramente verdade, mas muito bem. De agora em
diante, chamaremos esse dispositivo de Prótese Zaliff, Protótipo Um.” Zanoba sorriu
orgulhosamente enquanto falava.
De qualquer forma, parecia que agora eu tinha um substituto mágico para minha mão
perdida. Não era tão preciso nem tão sensível como o meu antigo, mas movia-se muito bem e
eu podia pelo menos sentir coisas através dele. Também poderia se tornar muito poderoso com
a adição de um pouco de mana em excesso. Eu precisaria de um pouco de prática para aprender
a usar a quantidade correta de força.
Meu objetivo era chegar ao ponto onde eu pudesse apertar suavemente Roxy e
Os seios de Sylphie.

“Ainda há muito espaço para melhorias, é claro, mas também precisamos continuar nosso
estudo do autômato. O que devemos priorizar, Mestre Rudeus?”
“Hmm, vamos ver...”
Aparentemente, houve alguns problemas fundamentais com este protótipo.

Por um lado, o seu consumo de mana não era ideal. Eu poderia usá-lo indefinidamente, mas ele
sugaria Zanoba até secar depois de apenas duas ou três horas.
Os dedos também eram um pouco grossos, o que não era

esteticamente agradável. E, claro, seu sentido do tato ainda não era perfeito. Se conseguíssemos
resolver todos esses problemas, seria uma invenção ainda mais surpreendente.
Dito isto, esta prótese não foi o foco principal da nossa pesquisa. Foi apenas um subproduto
disso.
“Bem, não vamos perder nosso foco aqui.”
Nosso objetivo era fazer um autômato nosso, com nossas próprias mãos.
Essa prótese definitivamente teria um preço alto e era uma ferramenta muito conveniente.
Provavelmente poderíamos colocá-lo no mercado em algum momento.
Mas eu não queria que isso ocupasse todo o nosso tempo de pesquisa.
“Estamos tentando fazer um boneco totalmente automatizado aqui, certo? Não podemos nos
deixar esquecer disso.”
"Muito verdadeiro."
“Por enquanto, vamos deixar o aprimoramento da prótese em segundo plano e voltar a estudar
esse autômato.”
"Claro. Eu esperava que você dissesse isso, Mestre.”
Zanoba e eu parecíamos estar de acordo, felizmente. Poderíamos sempre trabalhar na prótese

lateral.
Nós dois continuamos conversando por um tempo depois. Na maior parte, nossa conversa
se concentrou nos vários bonecos e estatuetas que vi no Continente Begaritt. Quando contei a ele
sobre as esculturas de vidro, os olhos de Zanoba brilharam de excitação.
“De qualquer forma, como está Julie enquanto eu estive fora?”

"Muito bem. Outro dia ela terminou uma estatueta de um certo

cavalheiro. Acredito que ela queria mostrar a você, Mestre Rudeus.”
Hum? Ela já havia terminado a estatueta de Ruijerd? Eu queria ver isso o mais rápido
possível, mas…
“É bom ouvir isso. Mas se ela só voltar à noite, acho que talvez não consiga vê-la hoje.
“Hum. Você tem algum outro negócio para tratar?
“Meu mestre está fazendo uma entrevista para um emprego no momento. Quando ela
terminar, eu estava planejando dar uma volta e dizer oi para todos.”
"Seu mestre?"
Com um timing impecável, alguém bateu à porta.
“Rudy? Você está aí? Este é o lugar, não é?
Era a voz de Roxy. Aparentemente ela terminou com o vice-diretor

enquanto Zanoba e eu estávamos nos atualizando.
"Entre. Estávamos falando sobre você, na verdade."

"Perdoe-me…"
Roxy entrou na sala hesitantemente. Ela fez uma pausa para olhar ao redor
quarto por um momento, depois cautelosamente caminhou até o meu lado.
“Este é um laboratório bastante impressionante. Está realmente tudo bem para mim ser
aqui? Eu sinto que há algumas coisas que eu realmente não deveria estar vendo…”
“Não seja boba, Roxy. Não há um único lugar neste campus onde você não tenha
permissão para entrar.”
“Eu realmente não acho que isso dependa de você, Rudy.”
"Talvez não. Mas você é bem-vindo aqui, pelo menos.”
Enquanto nós dois conversávamos, Zanoba ficou congelado no lugar. Depois

de um momento, percebi que ele estava tremendo ligeiramente.
“Zanoba, deixe-me apresentá-lo. Esta é Roxy M. Greyrat, minha mestra em magia.”
“É bom ver você de novo, Príncipe Zanoba. Fico feliz em encontrar você com uma aparência
tão saudável e saudável.

Roxy inclinou a cabeça profundamente para Zanoba.

“Ah… ah… ah…”
Zanoba, por sua vez, apenas olhou para ela e tremeu ainda mais visivelmente do que
antes. Finalmente, ele ergueu os braços trêmulos acima da cabeça. De repente, ele soltou
algum tipo de rugido estranho.
"Ahhhh!!!"
Depois de saltar no ar como um sapo, ele caiu no chão,

prostrando-se com as mãos estendidas à sua frente.
"Uau!" Roxy se encolheu de surpresa e ficou atrás de mim, escondendo-se

parcialmente de vista.
“Que maravilhoso ver você novamente, Lady Roxy! Minhas mais profundas desculpas
por quão rudemente tratei você no passado! Eu não tinha ideia na época que você era o
mestre do meu mestre!”
“Hum, por favor, pare de rastejar! Você é o príncipe de um reino inteiro,

e eu sou apenas um mágico. E se alguém visse isso?
Roxy estava obviamente nervosa. Não que eu pudesse culpá-la.
Esta foi provavelmente a minha deixa para intervir e acalmar um pouco as coisas.
“Não se preocupe, professor. Se alguém tentasse fazer disso um problema, eu mesmo os
silenciaria.”
“Você também não, Rudy! Você perdeu a cabeça?!"
Deus, ela é tão fofa quando está toda nervosa...
Não havia realmente nada com que se preocupar, no entanto.
“Acho que você só precisa respirar fundo algumas vezes e se acalmar, Roxy.
É perfeitamente natural que Zanoba queira se prostrar na sua frente.”
“Ah, é? Você poderia explicar por quê?
“Bem, Zanoba? É perfeitamente natural, não é?
Com o rosto ainda pressionado solidamente no chão, Zanoba assentiu.

respeitosamente. "De fato! Afinal, ela é a mestra do meu mestre!
Ver? Perfeitamente razoável em todos os aspectos.

“Isso não é uma explicação! Eu quero um motivo real!
“Você não precisa de um 'motivo' para fazer o que vem naturalmente, certo?
Apenas aceite o gesto graciosamente, por que não?
"Mas…"
“Ah, muito bem então. Zanoba, você se importaria de se levantar?”
Parecia que não estávamos fazendo nenhum progresso nessa conversa, então
Decidi deixar Zanoba se reerguer.
O homem era alto, então quando ele estava de pé novamente, ele

provavelmente tinha uma visão clara do topo da adorável cabeça de Roxy.
Isso me pareceu decididamente atrevido, mas eu teria que deixar passar. Afinal,
ele não conseguia controlar sua própria altura.
“De qualquer forma, senhorita Roxy, como foi sua entrevista?” perguntou Zanoba
educadamente. “Você acha que será contratado como professor?”
"Sim. Mestre Jenius – isto é, o vice-diretor – parecia pensar que meu

habilidades como mágico eram adequadas.”
“Bem, é claro que são”, interrompi. “Você é a mulher que me ensinou magia,
afinal!”
“Você aprendeu a maior parte do seu aprendizado sozinho, Rudy. Não tenho certeza de como
muito que isso diz sobre o meu potencial como educador.”
Aparentemente, Roxy estaria começando seu novo trabalho como instrutora aqui
assim que o próximo mandato começasse.
Isto claramente exigia uma celebração.
Também não era a única coisa que tínhamos para comemorar. Nós nos casaríamos
em breve, minhas irmãs fariam dez anos em pouco tempo e tínhamos outro membro da família
a caminho.
Talvez seja mais fácil consolidá-los todos em uma grande festa ou algo
assim.
Além de tudo o mais, a carta de Paulo sugeria uma celebração assim que
todos voltassem para cá. Não houve pressa, no entanto.
Todos nós tínhamos muito que fazer agora. Seria melhor esperar até que as coisas
ficassem um pouco menos malucas.

“Ah, quase esqueci. Eu estava planejando dar uma volta e dizer oi para todo
mundo também.”
“Bastante razoável, Mestre. Tenho certeza que eles ficarão muito felizes em ver você
de volta tão cedo.”
Zanoba sorriu tão brilhantemente que não pude deixar de sorrir também.
Mais do que qualquer outra coisa, fiquei animado por finalmente apresentar Roxy aos
outros.
“Tudo bem então, Zanoba. Obrigado novamente pela prótese. Voltarei em breve."
“Por favor, passe por aqui quando tiver tempo, Mestre. Julie ficará feliz em ver você.
"Claro."
“Ah, uma última coisa. Se sua nova mão começar a lhe causar algum problema, pode
ser mais rápido mostrá-la diretamente a Cliff, em vez de vir até mim.
"Entendi."
Com isso, nós dois deixamos os quartos de Zanoba para trás.
Enquanto caminhávamos pelos corredores frios da Universidade, um rangido ecoava

nas paredes.
Vinha da minha nova prótese; Eu estava experimentando ativamente quanta magia eu

poderia alimentá-lo com segurança. Cada vez que eu abria e fechava a mão, ela emitia um
rangido audível.
Suponho que não era razoável esperar que um protótipo fosse projetado tendo em
mente a operação silenciosa.
“Essa prótese é um instrumento mágico, Rudy?” perguntou Roxy, olhando para a mão
cor de argila.
"Isso mesmo. Aparentemente é o produto de uma pesquisa e desenvolvimento sérios

por parte da Zanoba.”
“É um trabalho muito impressionante, devo dizer. Parece ser capaz de movimentos

muito precisos.”
“Sim, é realmente incrível. Dado o quão bem funciona, acho que estarei

capaz de sobreviver muito bem a partir de agora. Mesmo sem ter você por perto o tempo todo.”
“Oh... certo. Eu suponho que sim."
Por alguma razão, o rosto de Roxy assumiu uma expressão ligeiramente abatida.
“Sinto muito, Rudy. Suponho que não estava levando em consideração sua situação.
Eu estava tão ansioso para me tornar professor que nem pensei nos problemas que isso poderia
causar a você…”
“O que você quer dizer com minha mão perdida? Não é grande coisa, na verdade.”
Ter Roxy por perto foi de grande ajuda, mas não foi como se eu tivesse pedido a ela para
assumir o papel de minha assistente pessoal. Obviamente, eu queria que ela colocasse seus próprios
planos em primeiro lugar.
Por um lado, havia muitas outras pessoas em minha vida que estavam dispostas a me
ajudar quando necessário. Não que eu fosse dizer isso, já que pareceria que eu estava chamando
Roxy de substituível.
“De qualquer forma, estou feliz que você tenha a mão esquerda novamente.”
"Sim. Agora posso tocar em você duas vezes mais.”
Estendi a mão e acariciei suavemente os ombros de Roxy com minha mão artificial.
Eu podia sentir seu calor e a suavidade de seu corpo, mesmo através do roupão.
Aparentemente, essa coisa também era sensível à temperatura. Realmente foi bem feito.
Continuei acariciando Roxy por um longo período de tempo, mas ela aceitou sem reclamar.
“De qualquer forma, quero apresentar você a todos. Importa-se de vir comigo por um tempo?
“Ah… ah! Claro." Roxy assentiu, parecendo um pouco nervosa.
Durante o resto da tarde, andei pelo campus apresentando Roxy aos meus amigos e
conhecidos. Conseguimos ver Linia, Pursena, Ariel, Luke e Nanahoshi. Eu estava planejando
visitar Cliff também, mas ouvi gemidos apaixonados vindos de dentro de seu laboratório quando
nos aproximamos, e

decidi voltar outra hora.
As reações que obtivemos foram muito variadas.
Linia e Pursena responderam de uma forma particularmente divertida. No momento

em que sentiram o cheiro de Roxy, ambos se contraíram com olhares de medo em seus rostos.
Enquanto eles ficavam ali humildemente com o rabo entre as pernas, apresentei
Roxy como minha querida professora. Eles prontamente inclinaram a cabeça para ela.
Eu acho que o povo-fera é rápido em reconhecer pessoas que eles realmente não deveriam
mexer com. Seus instintos acertaram em cheio desta vez.
Ariel e Luke, por outro lado, estavam surpreendentemente alheios.
Quando apareci para dizer olá, as primeiras palavras que saíram da boca de Ariel
foram “Vejo que você se lembrou de passar por aqui depois da viagem, pelo menos”.
Ela não parecia genuinamente chateada, mas explicou que poderia ter me oferecido
ajuda se eu fosse vê-la antes de partir. Considerando que meus preparativos inadequados acabaram
me custando caro, ouvir isso me deixou um pouco envergonhado. Acabei me desculpando pelo meu
descuido.
Mas deixando isso de lado... Quando comecei a apresentar Roxy, os dois olharam para ela
com surpresa e depois se viraram para olhar um para o outro. Eles ficaram obviamente surpresos
que um mágico tão “jovem” estivesse assumindo um papel na faculdade aqui.
Mesmo assim, Ariel era uma princesa, com todas as habilidades diplomáticas que isso implicava.
Ela cumprimentou Roxy muito educadamente, sem qualquer sinal de confusão em sua voz.
O autocontrole da mulher era impressionante.
Encontramos Nanahoshi parecendo um pouco desgastado. Ela deve

pegou um resfriado ou algo assim, já que ela estava tossindo loucamente. Quando ela viu meu
rosto, sorriu aliviada e murmurou: “Agora podemos colocar a pesquisa de volta nos trilhos”.
Quando apresentei Roxy e expliquei que ela daria aulas na

da Universidade de agora em diante, sua resposta foi um desinteressado “entendo”.
Isso me pareceu um pouco lacônico, então reservei um tempo para falar sobre as muitas
virtudes e talentos de Roxy. Infelizmente, Nanahoshi apenas fez uma careta e me chamou de “ladrão
de berço”.

Suponho que seria demais esperar que uma garota comum do ensino médio pudesse
compreender a grandeza de Roxy.
A essa altura, já era noite e tínhamos parado em todos que eu queria visitar.
Porém, quando eu estava prestes a sugerir que fôssemos para casa, Roxy falou com
uma expressão um pouco descontente no rosto. “Rudy?”
“Sim, Roxy?”
“Estou muito feliz que você esteja me apresentando aos seus amigos, mas sinto que
você está sendo... um pouco excessivo em seus elogios a mim.”
"Realmente? Não foi intencional, garanto.
"Você está falando sério?"
“Bem, no que me diz respeito, nenhuma palavra que eu pudesse oferecer seria suficiente para
realmente capturar o quão maravilhoso você é. Achei que estava vendendo um pouco menos para você,
se é que estava vendendo alguma coisa.
Franzindo a testa, Roxy apontou um dedo para mim. “Ok, aí vai você de novo!
Você está me provocando ou algo assim, Rudy?
“Não seja ridículo. Meu respeito e admiração por você é o mais real possível.
“Oh, pelo amor de Deus… Você sabe, sempre que você começa a me ligar
Professor, não posso deixar de sentir que você está apenas brincando comigo.”
Roxy fez uma pausa para soltar um longo suspiro.
Sinceramente, pensei que minha opinião sobre ela era perfeitamente justificada, mas
parecia que ela achou isso um tanto exagerado.
“Deixando tudo isso de lado… Você me apresentou a alguns de seus amigos e disse a
eles que eu era seu professor. Mas você não mencionou nenhuma vez que eu era sua esposa.
"Oh!"
Só assim, percebi o quanto eu tinha estragado tudo.
Isso pode nem ser algo que eu possa consertar neste momento.

Roxy estava perfeitamente certa. Ela não era mais Roxy Migurdia. Ela era Roxy M.
Greyrat agora.
Eu a apresentei dessa maneira para todo mundo, é claro. E ela repetiu

isso quando ela fez suas saudações. Acho que uma parte de mim presumiu que isso era
suficiente – que era perfeitamente óbvio que éramos casados.
No mínimo, eu estava confiante de que alguém tão esperto quanto Ariel faria isso.
descobri.
Ainda assim, isso não era desculpa. Roxy tinha todo o direito de ficar furiosa.
Suponho que queria enfatizar a grandeza dela mais do que qualquer outra coisa. E
uma parte de mim ainda achava que ela era boa demais para se casar com alguém como eu.
Mas ela claramente queria que eu a apresentasse como minha esposa.
Este foi um erro imperdoável da minha parte. Roxy foi minha segunda esposa, sim,
mas isso não a tornou menos minha esposa. Passaríamos o resto de nossas vidas juntos.
Talvez até ter filhos.
“Sinto muito, Roxy, querida. Mas você sabe o quanto eu te amo, certo? Como posso
compensar você? Quer que eu me apresente aos seus pais?
“Uh...n-não, não acho que isso seja necessário. Afinal, é uma longa viagem.
Nós chegaremos lá eventualmente.”
Eventualmente? Hum.
Esperançosamente, Rowin e Rokari estavam bem no Continente Demônio. Agora

que eu era casado com Roxy, eles eram meus sogros. Eu também devia a eles pela ajuda
que me deram há muitos anos. Eu meio que queria arranjar tempo para ir vê-los.
Se traçarmos uma rota através de alguns círculos de teletransporte, poderemos chegar

lá em dois meses ou mais, mas…
"Tudo bem então. Teremos que arranjar tempo um dia destes.
Não havia necessidade de apressar as coisas. Depois que tudo se acalmou,

talvez pudéssemos levar toda a família para cumprimentá-los.
Empurrando esse pensamento para o fundo da minha mente, fui para casa com minha
nova esposa ao meu lado.

Lendas da Universidade #1: O Chefe pode disparar a mão como um foguete.

Capítulo 2:
Terceiro ano
O PRIMEIRO DIA do meu terceiro ano na Universidade havia chegado.
Quando acordei e desci para a sala, encontrei Sylphie

já está lá, amamentando Lucie.
“Ah, bom dia, Rudy.”
“Bom dia, Sylphie.”
Lucie ainda tinha apenas alguns meses de idade, mas parecia forte e saudável até
agora. Sylphie também estava bem. A única diferença era que eu sentia que ela tinha ficado
mais feminina de alguma forma. Talvez fosse o jeito que ela deixou o cabelo crescer?
Ou toda a aura de “nova mãe”? Ou apenas o fato de ela ter ficado um pouco mais velha?
Seja qual for o caso, ela estava se transformando em uma beleza ao estilo de
Hollywood. Ela podia ficar sentada em silêncio no sofá, sem fazer nada em particular, e
ainda assim parecia que estava posando para um retrato. Às vezes eu até hesitava em
falar com ela, fiquei tão impressionado.
Ainda assim, quando consegui a atenção dela, ela era a mesma Sylphie que eu conhecia e
amado – ansioso por atenção e carinho. Isso sempre foi reconfortante.
“Lucie está cheia de energia novamente hoje”, disse ela, sorrindo para mim.
Olhei para o nosso bebê, que estava sugando furiosamente o seio da minha
esposa. Ela estava fazendo isso com o mesmo vigor que eu na cama. Tal pai tal Filha.
Lucie era um bebê saudável, mas um pouco quieta. Ela

não chorei muito. Por um tempo, fiquei ansioso com a possibilidade de ela estar doente
ou ter algum tipo de problema físico. Porém, sempre que eu levantava o assunto, Sylphie
apenas sorria e me chamava de “preocupada”. Não me lembro de ter ficado tão nervoso
quando meus irmãos nasceram, mas acho que é diferente quando o bebê é seu.
Apesar das minhas preocupações, Lucie vinha crescendo de forma constante e permanecendo
saudável. Ela ainda estava tranquila para um bebê de sua idade, mas seu corpo

parecia resistente o suficiente. Certa vez, quando Lilia olhava para minha filhinha calma,
ela observou: “Ela me lembra você naquela idade, Mestre Rudeus”.
Isso me deu um sobressalto, obviamente. A palavra “reencarnação” brilhou

através da minha mente.
Eu era uma pessoa muito ruim na minha vida anterior, para ser honesto. A ideia
me deixou preocupado. E se Lucie fosse a reencarnação de algum idiota inútil do Japão?
A ideia continuou me atormentando por um tempo. Por fim, recorri a

conversando com minha filha em japonês e inglês para ver se ela reagia.
Qualquer um que passasse por ali teria me visto murmurando para meu filho recém-
nascido coisas como “Você já percebeu, certo? Este é um universo paralelo…” e “Você é meu raio
de sol! Eu sou uma caneta!”
Tenho certeza de que deve ter sido uma visão cômica. Eu lembro da Aisha
rindo de mim das sombras.
Meus métodos não eram exatamente os melhores, mas saí pensando que minha filha
provavelmente não era a reencarnação de ninguém. Quando eu falava com ela, tudo o que ela
fazia era sorrir e balbuciar incoerentemente.
Era possível que ela estivesse apenas escondendo sua verdadeira natureza, é claro,
mas não sei quantos adultos conseguiriam manter uma imitação perfeita de um bebê por tanto
tempo. E mesmo que fosse esse o caso, era até engraçado imaginar alguém fingindo
desesperadamente ser uma criança.
Sim. De uma forma ou de outra, Lucie era definitivamente fofa. eu poderia sentar ao lado
seu berço o dia todo sem nunca se cansar de observá-la. Resumindo, eu realmente não me
importava se ela era a reencarnação de alguém. Eu iria cuidar bem dela de qualquer maneira.
Afinal, Paul tinha feito o mesmo por mim.
“Nossa filha está adorável como sempre, pelo que vejo.”
"Sem brincadeiras. Por que ela é tão fofa, afinal?
“Provavelmente parece com a mãe dela.”
Deslizando meus braços sobre os ombros de Sylphie por trás, eu a abracei

suavemente para mim. Abaixei minha cabeça, como se fosse dar um beijo na parte de trás de
sua cabeça... mas continuei e enterrei meu rosto em seu cabelo.
Ela cheirava levemente a leite. Era uma espécie de perfume natural.

“Ei, ei... obrigado, Rudy.”
Esfregando o rosto na minha mão, Sylphie sorriu timidamente.
E então ela viu Roxy parada atrás de mim.
“Hum... olá, Roxy. Como estava Rudy ontem à noite?
Roxy se contorceu de surpresa. “Er... ah. Bem, hum, ele foi muito atencioso.
"Realmente? Eu sei que ele pode ficar muito duro às vezes. Ele não te assustou nem
nada?
"Não, na verdade não. Afinal, era a segunda vez e ele foi gentil com... Uh, desculpe.
Talvez eu não devesse estar dizendo isso…”
“Você não tem nada pelo que se desculpar.”

"…Eu não?"
"Não."
Os dois ainda estavam um pouco estranhos um com o outro, mas pelo menos
não havia nenhuma hostilidade entre eles. Você poderia dizer que eles estavam tentando ser
respeitosos e atenciosos. Isso me disse que eles queriam fazer isso funcionar.
Um relacionamento a três como esse não era tão simples quanto um relacionamento monogâmico.
um. Provavelmente exigiria algum esforço de todas as nossas partes. Em particular,
estaríamos contando muito com Sylphie. Sua mente aberta foi a única coisa que tornou esse
acordo possível.
Eu voltei à minha palavra para ela e tomei Roxy como segunda esposa.
Ela teria justificativa para me dar um tapa na cara com os papéis do meu divórcio.
“Café da manhã, café da manhã, hora de tomar café da manhã...”
Neste ponto, Aisha entrou na sala cantando para si mesma.
Era uma música horrível, para ser honesto. Talvez ela tivesse inventado tudo na hora.
Acho que até os gênios têm seus pontos fracos.
“Bom dia, Rudeus! Bom dia, senhorita Sylphie e senhorita Roxy!

O café da manhã de hoje é praticamente o mesmo de sempre!”
Ela carregava pão branco, sopa verde e leite quente de cavalo. Em

nesta região, era tradicional que as novas mães bebessem bastante disso.
Supostamente, isso os ajudou a amamentar.

“Isso não vai funcionar, Aisha. Diga a todos o que você está servindo.
Lilia entrou na sala atrás da filha. Aparentemente, ela também estava na cozinha.
“Temos uma sopa de batata e feijão Yoko, servida com pão branco e leite de cavalo
altamente nutritivo!” Aisha recitou obedientemente.
Claro que já sabíamos disso, pois era o que comíamos mais ou menos
toda manhã. Mas acho que há algum valor em manter as pequenas formalidades.
“Muito bem”, disse Lilia, balançando a cabeça satisfeita. “Por favor, esperem só
um momento, pessoal.”
Com isso, ela subiu para o segundo andar.
"Obrigado pela sua paciência." Alguns momentos depois, ela voltou com Zenith a
reboque.
Minha mãe entrou na sala, parou para me encarar e depois silenciosamente se

dirigiu ao seu lugar habitual à mesa.
"…Bom Dia mãe."
Meses se passaram neste momento, mas as memórias de Zenith não retornaram

a ela. No entanto, ela estava mudando de algumas maneiras pequenas, mas perceptíveis.
Em particular, ela agia de maneira muito diferente quando Norn estava por perto. Ela acariciava
a cabeça da filha ou tentava alimentá-la com seu próprio prato — esse tipo de coisa.
Quase como se ela pensasse que a menina tinha apenas dois ou três anos.
Norn às vezes parecia incomodada com isso, mas ela aceitou as atenções de
Zenith. Não sei exatamente o que a garota estava pensando. Eu tive que presumir que ela
tinha sentimentos muito confusos sobre isso, no entanto.
Ela ainda estava na idade em que era natural que uma menina se apegasse à mãe...
ou se preparasse para se rebelar contra ela. De qualquer forma, é um período da sua vida em
que o relacionamento com seus pais parece muito importante.
Ainda assim, Norn entendia a condição de Zenith, e ela estava claramente tentando
colocar os sentimentos de sua mãe antes dos seus. Eu nunca teria esperado esse tipo de
maturidade dela há alguns anos, mas acho que as pessoas mudam.
“…”
Era difícil saber o que isso realmente significava para Zenith,

no entanto. Ela acabou de sentir uma conexão com a filha, em algum nível instintivo? Ou
ela estava lentamente começando a recuperar pedaços de sua memória?
No momento, parecia melhor apenas esperar e ver o que acontecia.
“Ok, pessoal. Vamos comer."
Todos nós tomamos nosso café da manhã juntos. Sylphie estava sentada à minha
direita e Roxy à minha esquerda. Do outro lado da mesa estavam Aisha, Lilia e Zenith, nessa
ordem. Norn estaria sentada ao lado da mãe, mas ela não estava aqui hoje.
Não me lembrava de ninguém trabalhando ativamente nisso, mas de alguma forma

cheguei a esta disposição dos assentos de qualquer maneira.
“Tenho certeza que você se lembra, mas estarei de volta à Universidade a partir
de hoje. Cuide bem de Lucie por mim, ok?
“Claro, senhorita Sylphiette. Deixe tudo conosco.”
Sylphie e eu voltaríamos às nossas aulas como estudantes a partir de hoje. Lilia

e Aisha cuidariam de nosso filho enquanto estivéssemos fora de casa.
Lucie ainda era uma criança, no entanto. Ela não poderia sobreviver sem acesso
aos seios da mãe.
Espere. Isso me tornou uma criança também? Hum.
Deixando isso de lado por enquanto, decidimos contratar uma ama de leite. Isto
era uma senhora chamada Suzanne que morava na vizinhança – uma ex-aventureira
e mãe de dois filhos. Ela era uma velha conhecida minha, mas não há necessidade de entrar
nisso agora.
“Obrigado pela comida.”
Era hora de começar meu terceiro ano na universidade.
***
"Ei!"
"Bom dia, senhor!"

“É bom ver você de volta!”
No momento em que entramos no campus, alunos que eu não reconheci começaram a vir
me cumprimentar. Eram tipos de aparência rude, mas todos estranhamente respeitosos.
Talvez eu estivesse projetando uma aura de autoridade atualmente.
Acho que agora era pai e chefe de família, pensando bem. Não que eu me sentisse
diferente.
“Ei, chefe!”
Enquanto eu refletia sobre tudo isso, os estudantes com aparência mais perigosa de
todos apareceram diante de nós.
“Bom dia, chefe!”
"Oh, bom dia para vocês também, Fitz e Srta. Roxy."
Eram Linia e Pursena, claro. Esses dois estavam no último ano como estudantes agora,
mas não mudaram muito.
Linia ainda se pavoneava arrogantemente e Pursena mastigava algo que parecia

presunto enquanto falava conosco.
“Você não é um cara de sorte, chefe? Entrando na escola com uma garota de cada
lado!
“Onde você vai nos largar e depois arrumar uma segunda esposa
de qualquer forma? Fodidamente injusto é o que é.”
“Estamos nos formando este ano, você sabe. Acho que precisamos pegar alguém
também.”
"Sim. Tudo culmina neste momento. Temos que conseguir um homem antes de irmos
para casa!
Eles pareciam genuinamente agitados. Parecia que eles estavam com inveja de mim - não
de minhas esposas, veja bem, mas de mim.
No fundo, os dois claramente queriam liderar uma “matilha” própria. Foi aquela
mentalidade Decepticon em ação novamente.
“Boa sorte para vocês dois”, ofereceu Sylphie com um sorriso agradável.
Foi a resposta provocadora de uma mulher que tinha alguma confiança na sua própria
posição. Fiquei um pouco surpreso, honestamente.

Então, novamente, Sylphie conhecia esses dois há mais tempo do que eu. Acho
que fazia sentido que ela se sentisse confortável lidando com eles.
Roxy, por outro lado, parecia ter levado suas palavras ao pé da letra. Ela
baixou a cabeça para eles com uma expressão de desculpas. “Sinto muito por isso.
Suponho que cortei meu lugar na fila, não foi?
“Mia?!”
"Huh?!"
Linia e Pursena ficaram, naturalmente, surpresas com isso.
“Uh, não, tudo bem! Nós realmente não quisemos dizer isso, sabe?
“Sim, estamos bravos com a nossa falta de apelo sexual. Não estamos
zombando de você, senhorita Roxy!
De repente, os dois estavam se desculpando freneticamente com Roxy.

Ela era mais do que digna de tal deferência, é claro, mas ainda assim era quase
assustador o quão desesperados eles estavam.
Eu meio que esperava que esses dois dissessem algo como “Estamos muito
mais sexy que aquele camarãozinho, miau!” ou “Você se casou com um demônio?!”,
para ser honesto. Não que eu tivesse tolerado tal desrespeito.
Depois que suas desculpas terminaram, os dois deram tapinhas simpáticos nos
ombros de Sylphie.
“Isso deve ser difícil para você também, certo? Aguente firme, Fitz!
“Não será fácil acompanhá-la, mas sei que você consegue!”
Sylphie piscou, parecendo um pouco perplexa. "Huh?"
“É melhor começar o segundo o mais rápido possível.”
"Sim. Tenho que manter essa liderança.
"O que…?"
Sylphie parou por um momento para pensar e depois murmurou “Oh”, seu rosto
assumindo uma expressão um pouco estranha. “Hum... Rudy ainda está me mostrando
muito amor, sabe?”
Linia e Pursena reagiram a isso fungando alto em simpatia exagerada.

“Ah, pobre garoto doce!”
“Estou rasgando aqui! Vamos, Fitz! Um tipo quieto como você obviamente vai
desaparecer quando Boss escolher o número três e quatro, certo? Isso é tao triste!"
Uau. Ouça esses idiotas indo ...
Eu não estava planejando adicionar mais esposas à minha família, por

acaso. E mesmo que o fizesse, não iria começar a negligenciar Sylphie por motivo
algum. Ela colocou seu corpo em risco para me ajudar. Eu nunca, jamais iria esquecer
isso.
Não que eu tivesse retribuído muito bem até agora, com a coisa da Roxy e
todos.
"Huh? Isso não é verdade! Hum... certo, Rudy?
Não consegui distinguir a expressão de Sylphie por baixo dos óculos escuros.
mas sua voz parecia ansiosa. Eu precisava dar um passo à frente e dar a ela um pouco
resseguro.
“Claro que não é!”
Inclinei-me e puxei-a para um grande abraço.
Esfregando suas costas com carinho, respirei fundo e me preparei para expressar
meus sentimentos. Provavelmente era melhor deixar as coisas claras aqui e agora, com
muitas testemunhas por perto.
“EU TE AMO, SÍLFIA!”
Esta declaração contundente rendeu uma salva de palmas de vários espectadores

aleatórios. Sylphie corou furiosamente e se contorceu dentro dos meus braços. “Rudy,
vamos! Este não é o lugar nem a hora!”
"Oh sério? Foi você quem me pediu segurança.
“Bem, se você quiser fazer um grande gesto, você deveria fazer o mesmo com
Roxy também!”
Justo. Olhei para Roxy.
“…Isso não é realmente necessário. Estou bem."
Ela estava olhando para mim com algo parecido com expectativa em seus olhos.
Sem mais hesitação, abracei Roxy com meu braço esquerdo,

mantendo Sylphie pressionada contra mim com a minha direita.
Ah, que felicidade. Eu tinha uma esposa dos dois lados agora.
"EU AMO-VOS AOS DOIS!"
Desta vez, recebi um coro de vaias de alguns dos estudantes que assistiam.
Provavelmente eram membros da Igreja Millis ou algo assim.
Qualquer que seja! Suas leis não se aplicam a mim! Eu sou a lei!
De qualquer forma, toda a atenção do público estava se tornando um pouco exagerada

para Sylphie. Seu rosto estava vermelho como um tomate. “Oh, meu Deus! Vou me encontrar com a
Princesa Ariel agora, certo?”
"Claro. Vejo você na hora do almoço, Sylphie.”
“É o Fitz quando estamos na universidade, lembra?!”
Oh, certo. Essa parte toda me escapou completamente.
Eu não assistia às aulas aqui há quase um ano, então acho que tinha esquecido. Para
ser honesto, porém, não parecia haver muito sentido em ela continuar com a farsa. Ela era bonita
demais hoje em dia para ser convincente quando menino.
Bem, tanto faz. Ela era fofa de qualquer maneira, e era ela quem decidia como ela queria se
apresentar.
“Suponho que então irei pessoalmente para os escritórios da faculdade”, disse

Roxy depois de vermos Sylphie se afastar.
"Certo. Boa sorte no seu primeiro dia, Roxy.”
“Ah, isso me lembra. Você realmente deveria me chamar de Professora Roxy enquanto
estivermos na escola.”
Hum. É verdade que tivemos que manter nossas vidas pessoais e profissionais
separadas.
Por mim tudo bem, é claro. Mas o mais importante... Roxy realmente era uma
professora hoje, não foi? Isso foi meio... picante. Eu me peguei pensando na noite passada.
Eu me pergunto até que horas eles emprestaram as chaves do galpão de armazenamento

de PE…
Nesse ponto, lembrei-me abruptamente de algo que parecia importante.

“Ah, professora Roxy?”
“Sim, Rudeus?” disse Roxy, olhando para mim com um sorriso calmo e profissional.
“Este é o primeiro dia do novo mandato, certo? O corpo docente não tem uma
reunião mais cedo ou algo assim?
"Ah!"
Hum. Toda a cor havia desaparecido de seu rosto. Isso provavelmente não era um
bom sinal.
“Desculpe, mas preciso ir! Agora! Com licença!"
Em segundos, ela correu em direção aos escritórios da faculdade e

desapareceu na multidão.
Acho que não tínhamos pensado no momento certo. Um membro do corpo

docente não iria operar no mesmo horário que um mero aluno, claro.
curso.
“Bem, ok então. Vamos indo também, pessoal.

"Miau!"
“Estamos com você, chefe.”
De minha parte, fui para a sala de aula especial com meus leais
subordinados a reboque. Tivemos uma aula obrigatória hoje.
Ambas as minhas esposas tinham desaparecido durante o dia, mas de alguma forma eu ainda tinha
duas lindas garotas ao meu lado. Talvez meus dias populares tivessem finalmente chegado.
Não que eu fosse colocar a mão em Linia ou Pursena ou algo assim. Ah,
às vezes é difícil ser homem...
“Ah, sim, isso me lembra. Há um boato sobre você, chefe.”
Linia se virou para mim, com as orelhas em pé. Eu podia ver a curiosidade
brilhando em seus olhos.
"Realmente?"
"Sim. Estão dizendo que você travou uma batalha realmente épica. Tão épico que você perdeu a
mão esquerda.

“Ah...”
Pensando bem, tudo que eu disse a esses dois foi que havia voltado da minha
viagem e que Roxy lecionaria na universidade. Zanoba era o único amigo com quem eu havia
entrado em detalhes neste momento.
Ele teria espalhado a notícia, então? Ou talvez fosse Cliff. Afinal, ele provavelmente
ouviu toda a história de Elinalise.
“Esse é o nosso chefe para você, mew! Voa para o Continente Demônio para lutar
contra uma das Sete Grandes Potências e sacrifica sua própria mão para vencer!”
"Wha-?"
O que? De onde veio a coisa dos Sete Grandes Poderes?!
“Seu oponente teve que fugir de vergonha, certo? Muito bem!
"Espere. Espere! Desacelere por um segundo, Linia!”
Isso foi simplesmente bizarro. Como diabos o boato ficou tão distorcido
em volta? Eu realmente não gostei disso. E se circulasse o suficiente para que todos
começassem a acreditar que eu havia derrotado uma das Sete Grandes Potências? E se um
dos Poderes ouvisse esse boato?
E se fosse o número dois dessa lista? Um cara chamado Orsted?
“Bem, essa foi a história que acabei de inventar agora, de qualquer maneira. Não
se preocupe, vou me certificar de espalhar tudo por aí - myaaa!
Antes que Linia pudesse terminar a frase, eu a agarrei pelo rabo e dei um puxão feroz.
Ela me atacou com suas garras estendidas, mas eu evitei seus golpes usando meu Olho
Demoníaco. Depois de algumas tentativas fracassadas, ela pressionou as mãos contra a
bunda e olhou para mim com lágrimas nos olhos.
"Para o que foi aquilo?! Não puxe o rabo de uma senhora!”
Eu olhei de volta para ela. “Não espalhe rumores exagerados por aí, entendeu?
Vou tirar essa coisa de você!”
"Huh?! E-entendi! Desculpe!"
Esses dois tinham um histórico de boatos. Eles espalharam a notícia dos meus
problemas na cama por todo o campus, o que eu poderia perdoá-los, já que era verdade na
época, afinal. Mas este foi um caso completamente diferente. Isso poderia me causar problemas
reais. Posso até acabar morto.
Esse era o tipo de boato que você precisava eliminar pela raiz.

Neste ponto, Pursena entrou na conversa. “Ouvimos sobre o que aconteceu com Zanoba.
Você lutou contra uma hidra que era imune à magia, certo? Ele estava dizendo que deveria ter
estado lá. Pensei que ele poderia ter evitado que você se machucasse.
“Isso mesmo, meu. Mas ficamos impressionados por você ter conseguido vencer aquela
coisa. Então, pensei que poderíamos garantir que todos soubessem o quão durão você é...
“Obrigado, mas não, obrigado.”
Eu definitivamente fiquei um pouco mais forte ao longo dos anos. Mas quando realmente
importava, eu ainda fiquei dolorosamente aquém. Eu não queria que as pessoas tivessem
uma opinião inflacionada sobre mim. Eu não merecia isso.
“Mas você sabe, chefe... mesmo que não digamos nada, as pessoas já estão
inventando coisas. Todo mundo pode ver que você tem uma mão artificial agora.”
“Ela está certa, meu Deus. Não fará muita diferença se divulgarmos nossa história também.”
“…”
Aparentemente, eu era uma figura semi-notória no campus, então provavelmente era

inevitável que as pessoas especulassem. Ainda assim, eu queria manter as Sete Grandes
Potências fora disto. Esse era um território perigoso. Ainda tinha uma lembrança muito vívida
do dia em que Orsted quase me matou.
“Que outros rumores você ouviu por aí?”
“Há um monte. Deixa eu ver…"
Linia começou a contar uma série de histórias. Algumas pessoas diziam que eu havia
lutado contra um guerreiro Superd até a morte, outras que eu havia enfrentado uma horda de cem
monstros sozinho. Outros ainda alegaram que eu lancei com sucesso um feitiço antigo proibido,
mas perdi a mão no processo.
Nenhum deles parecia particularmente confiável, então tive que presumir que desapareceriam
em pouco tempo.
"Hum…"
Pensando bem, as Sete Grandes Potências provavelmente estavam acostumadas a

fazer com que as pessoas inventem histórias sem sentido sobre eles também. Eles eram
incrivelmente famosos por suas proezas em batalha. Talvez eles não pagassem nada

mentem para alguma história boba que circula pela universidade, mesmo que de alguma forma eles
tenham percebido isso.
“Bem, tudo bem. Desculpe pela cauda.
“Vocês, humanos, não conseguem entender o quanto essa maldita dor dói, mew. É
imperdoável puxar o rabo de uma senhora!”
"Bem bem. Vou comprar um peixe para você um dia desses, ok?
“Ei, ei, querido! Eu deveria tentar reclamar com mais frequência...”

“Em vez disso, faça a minha carne.”
Nós três seguimos pelo corredor mais uma vez.
Nossa sala de aula era a mesma de sempre.
Os outros cinco estavam sentados em um grupo solto, centrado em torno da minha mesa.
Zanoba estava brincando com suas estatuetas, com sua leal assistente Julie ao seu lado. Linia
estava ocupada lixando suas garras, Pursena mastigava um pouco de carne e Cliff estudava
seriamente um livro grosso. Havia também Ginger, que estava parada em silêncio no fundo
da sala, embora não fosse realmente uma estudante.
Já fazia muito tempo que eu não estava nesta sala de aula, mas tudo parecia
imediatamente familiar. Era difícil imaginar que perderíamos dois dos nossos em apenas um ano.
Supondo que Linia e Pursena conseguiram se formar, é claro
curso.
“A propósito, Rudeus...” Cliff ergueu os olhos do livro e me lançou um olhar. “Existe uma
razão para você não ter vindo me cumprimentar, junto com todos os outros?”
Eu pude entender o mau humor. Eu não tinha tido tempo de ir vê-lo.
“Desculpe por isso, Cliff. Passei na sua casa logo depois que voltei,
mas parecia que você e Elinalise estavam ocupados com outra coisa.”
“Uh… entendo. Suponho que estive com ela naquela noite, sim. Tudo bem, então não
importa. Me desculpe."
Cliff recuou rapidamente, felizmente. Mas, mesmo assim, eu estava começando a ter a
sensação de que as pessoas nesse espectro da sociedade eram realmente exigentes com esse
tipo de formalidade. Ariel estava descontente com

do jeito que saí sem dizer uma palavra também.
Quando eu era um aventureiro, todo mundo era muito mais casual com essas coisas.
“No entanto, seu primeiro filho nasceu, certo? Você poderia ter entrado em contato
sobre isso, pelo menos. Ainda estou treinando, mas poderia ter oferecido a bênção a ela, pelo
menos.”
"…Sim, eu acho."
"Ah, certo. Você não pertence à Igreja Millis, então suponho que seja
não é necessário. Ainda assim, quase parece que você está me evitando. Tenho certeza de
que você está ocupado com seu filho, mas não poderia ter encontrado tempo para passar pelo
meu laboratório pelo menos uma vez?
Ele tinha razão. Talvez eu estivesse evitando ele.
Havia uma razão para isso, no entanto. Uma razão chamada Roxy. eu tinha dois
esposas agora, e Cliff era um membro devoto da Igreja Millis. Ele provavelmente não
reagiria muito favoravelmente à notícia.
“Existe alguma razão para você não querer me ver, talvez? Se sim, gostaria de ouvir
isso pessoalmente, se não se importa.”
Ele estava sendo estranhamente tenaz sobre isso hoje. Tive a sensação de que
Elinalise já o havia informado. Conhecendo-a, ela provavelmente também o havia trabalhado um
pouco. Eu podia vê-la dizendo algo como “Eu sei que você é apaixonado por sua fé,
Cliff, mas se você perdoá-lo por suas ofensas, você mostrará a todos o quão tolerante e
gentil você é!”
Claro, eu não precisava do perdão ou da permissão de Cliff para me casar com

Roxy. Mas isso também não significava que eu quisesse arruinar a nossa amizade.
Provavelmente seria melhor jogar aqui. Eu poderia confessar a verdade, deixar Cliff me
perdoar e depois elogiar longamente sua mente aberta. Ele teria seu ego acariciado e deixaríamos
o assunto para trás. Foi uma situação em que todos ganham, na verdade.
Está bem então. Acho que vou dançar nas suas cordas, Elinalise…
“Na verdade, Cliff—”

"Perdoe-me."
Antes que eu pudesse terminar a frase, alguém abriu a porta da nossa sala de aula.

Duas pessoas entraram. Um deles era o professor responsável pela nossa turma, que
normalmente dirigia nossas salas de aula.
A outra era uma adorável jovem de roupão, com olhos sonolentos e um

expressão séria, que parecia um pouco nervoso. O tipo de garota que obviamente
dava o seu melhor em todos os momentos, e você não conseguia evitar a vontade de
abraçar. Com isso quero dizer... era Roxy.
"Olá pessoal. Gostaria de apresentar a você o professor assistente que me ajudará

na aula especial.”
“Prazer em conhecê-la”, disse Roxy, dando um passo à frente e curvando-se.

cabeça ligeiramente. “Sou Roxy M. Greyrat.”
Zanoba e os outros apenas olharam surpresos, mas nosso professor seguiu em

frente. “A professora Roxy pode parecer bem jovem, mas isso é simplesmente uma
característica de seu povo. Na verdade, ela tem mais de cinquenta anos. Parece que
ela já tem conexões pessoais com alguns de vocês, então decidimos colocá-la aqui. No
momento ela atuará como minha assistente, mas pretendemos que ela assuma inteiramente
a turma a partir do próximo ano.”
“Miau?! O que vai acontecer com você, Professor Samson?!”
O professor acenou com a cabeça para esta pergunta. Aparentemente, o nome

dele era Sansão? Isso foi novidade pra mim. Era quase impressionante como ele não
era uma entidade.
“Voltarei para minha terra natal no próximo ano. Afinal, não tenho mais um parente
para cuidar nesta turma.”
"Oh sim. Para onde Ren foi depois de se formar, afinal?
“Minha irmã mais nova está servindo como cavaleira mágica no Ducado de
Neris. Parece que ela está indo muito bem por enquanto, mas não há como dizer o que
ela fará se eu não estiver por perto para ficar de olho nela.
“Ah. Peguei vocês."
Eu só saberia de tudo isso mais tarde, mas aparentemente era comum

que o orientador de turma especial seja um instrutor com alguma ligação pessoal
com um ou mais alunos. Provavelmente tinha algo a ver com o quão imprevisíveis eles eram.
Você gostaria de alguém que pudesse controlá-los um pouco, ou pelo menos servir como voz
de contenção.
O Professor Samson, que esteve encarregado de nós até agora, foi o

irmão de um estudante que se formou um ano antes de Cliff se matricular aqui. Ela fazia
parte da família ducal de Neris, uma das três Nações Mágicas, e supostamente tinha
um talento notável para a magia.
De qualquer forma, Roxy tinha conexões pessoais comigo e com Zanoba.

Ela era essencialmente a escolha perfeita para o trabalho.
Dando um passo à frente novamente, Roxy olhou ao redor da sala e então começou
falar. “Eu sei que já fui apresentado a alguns de vocês, mas mais uma vez, meu nome
é Roxy M. Greyrat. Sou a segunda esposa de Rudeus Greyrat ali. Tentarei não deixar que
isso influencie minhas ações como professor, mas espero que você seja compreensivo.”
“…”
Cliff estava fazendo beicinho neste momento.
Ele provavelmente queria ouvir diretamente de mim a coisa da “segunda

esposa”. Dessa forma, ele poderia ter aceitado a situação com elegância e
conquistado minha gratidão. Mas agora seus planos estavam arruinados.
“Um, Cliff—”
"Hum. Uma segunda esposa, não é? A palavra fiel não faz parte do seu
vocabulário, Rudeus?”
Quando falei com ele, ele imediatamente entrou em modo de palestra.
"Eu sei eu sei. Admito que provei que falhei no departamento de lealdade.”
“Abençoei seu casamento com Sylphie porque você me disse que a amaria, e
somente a ela. Você se lembra disso, não é?
"Claro. E estou muito grato a você.”
“Bem, suponho que sabia desde o início que você não compartilha da minha fé. EU
não vou insistir mais no assunto. Pelo que vale, você tem meus parabéns.
Espero que vocês sejam felizes juntos.”
“Obrigado, Cliff.”
Cliff bufou com isso. “Sabe, encontrei sua irmã Norn na cidade várias vezes. Ela
me disse que esperava ter um casamento feliz como o seu algum dia. Ela disse alguma
coisa para você quando você trouxe sua segunda esposa para casa, eu me pergunto?

“Ela estava muito chateada comigo.”
“Eu esperaria que sim. Ela estava orando na igreja quase todos os dias pelo seu
retorno seguro e pelo de seu pai. Normalmente, o seu regresso a casa deveria ter sido uma
ocasião alegre para ela.
“Mas no final, ela me perdoou.”
“Bem, é claro que ela fez. Ela deve ter ficado com medo de que você a expulsasse de
casa se ela brigasse com você com muita teimosia.
“…Eu não faria isso com ela, não importa o que acontecesse.”
“Claro, eu sei que você não faria isso. Mas coloque-se no lugar do
parte mais vulnerável aqui. A menina acabou de perder o pai. Você é a única pessoa
com quem ela pode contar agora, entende? Acho que vocês realmente deveriam tentar ter mais
consideração pelos sentimentos dela, como família.”
"Você tem razão."
“Além disso, contratar novos parceiros só vai tornar seus relacionamentos

mais complicado. As mulheres não são objetos para serem colecionados, você sabe.”
Cara, ele estava me batendo onde doía aqui. Parecia que eu estava sendo
interrogado por um padre velho e severo ou algo assim. O homem podia ser intenso quando
queria.
“Right…um, Cliff?”
“O que foi, Rudeus?”
Ainda assim, havia uma parte dessa história que era totalmente nova para mim e
eu lhe devia alguma gratidão.
“Você estava de olho em Norn enquanto eu estava fora, não estava?

Obrigado. Obrigado."
“Eu notei ela na igreja um dia, então começamos a conversar um pouco, isso é
todos. Ah, e falando nisso, você não deveria deixar uma garota tão jovem vagar pela cidade
tão livremente. Esta área é bastante segura, mas ouvi falar de sequestradores escondidos nos
becos.”
"Você tem razão. Serei mais cuidadoso.”
“Muito bem então. Parece que você está devidamente arrependido, então suponho
que vou perdoá-lo por seus erros. Afinal, Saint Millis nos ensinou a ser tolerantes.

“Agradeço, Cliff.”
Bem, eu fui perdoado. Talvez tenha sido uma confissão e não uma conversa.
Ainda assim, o homem fez muitos pontos positivos. Eu definitivamente estava me sentindo
mal pela forma como tratei Norn agora. Eu teria que ser duas vezes mais gentil com ela a partir de agora
sobre.
“Parece que terminamos nossas discussões pessoais, certo? Vamos prosseguir para os
editais da Universidade, então…”
Com a palestra de Cliff encerrada, o professor Samson delicadamente recomeçou

a aula. Roxy ficou ao seu lado o tempo todo, parecendo extremamente desconfortável.
Mandei-lhe um beijo, o que me rendeu uma pequena risada, seguida por uma carranca de
desaprovação.
Durante o tempo seguinte, minha vida prosseguiu nos velhos moldes familiares.
Eu visitava Zanoba e Cliff regularmente, aparecia para ajudar Nanahoshi em sua

pesquisa e usava meu tempo livre para trabalhar em meu livro ou estudar as pedras absorventes de
magia que trouxe de minha última viagem. Como sempre, eu tinha muito com que ocupar meu
tempo. Fiquei meio nostálgico dos dias em que podia dedicar um dia inteiro a uma única tarefa, ou
talvez duas.
Uma coisa que mudou foi a maneira como usei meu tempo imediatamente após o término
das aulas. Anteriormente, eu ajudava Norn nos estudos, mas agora a estava treinando para usar
uma espada.
Eu estava um pouco preocupado que essa mudança pudesse ter um efeito negativo em
seus resultados acadêmicos, mas ela me prometeu que trabalharia duro para permanecer no caminho
certo, então eu estava disposto a lhe dar uma chance. Parecia melhor deixá-la perseguir as coisas
pelas quais ela era apaixonada enquanto estava mais motivada.
No momento, não vou me aprofundar muito em nada disso.
Quando eu estivesse pronto para sair do campus, encontraria Sylphie e Roxy e voltaríamos
para casa juntas.
Quando Sylphie trabalhava no turno da noite, éramos só eu e Roxy. E quando Roxy tinha
uma reunião com o corpo docente à noite, às vezes era só eu. Agora

e então Norn também apareceria.
Certa noite, encontrei-me voltando apenas com Sylphie. Ficamos de mãos dadas
enquanto caminhávamos e conversávamos, principalmente sobre acontecimentos recentes na
Universidade de Magia. Aparentemente, o conselho estudantil contrataria um ou dois novos membros
neste mandato.
“Você realmente deveria participar também, Rudy!”
“Não pense que tenho tempo livre; desculpe."
Não foi bem uma conversa, mas estávamos gostando da companhia um do outro. Não
muito descaradamente, é claro. Estávamos em público.
"Estamos em casa."
No momento em que entrei pela porta, Aisha saltou para frente e me abraçou.
“Bem-vindo de volta, Rudeus! Você gostaria de jantar? Ou um banho? Ou talvez...

eu?!”
Onde ela aprendeu essa frase? Que clichê. Oh espere, eu tinha ensinado isso
dela? Não... lembrei-me de ensiná-lo para Sylphie, mas não para minha irmã mais nova.
Declarando “Você!”, comecei a fazer cócegas impiedosamente nas axilas de Aisha até
que ela fugiu, gargalhando, e recebeu um golpe na cabeça de Lilia.
Após esse pequeno interlúdio, fui direto para o banho.
Aisha o incluiu em sua lista de opções, mas não estava pronto e esperando por mim
nem nada. Eles ainda estavam trabalhando no jantar também. Em outras palavras, “Você” era a
única opção real disponível.
Ah, bem, tanto faz. Felizmente, Aisha sempre limpava a banheira para nós durante o dia,
então tudo que eu precisava fazer era deixar a água correr.
Não tomei muitos banhos sozinho ultimamente. Em algum momento, começamos a usá-
lo dois de cada vez. Era quase uma regra tácita neste momento. Eu nunca tinha ouvido falar de um
costume como esse antes, mas tanto faz.
Hoje, Aisha me seguiu até o banho. A menina já tinha onze anos, mas ainda parecia não
sentir vergonha. Se ela alguma vez conversasse com um garoto cheio de hormônios, o pobre garoto
provavelmente teria uma ideia errada em poucos minutos.

“Eu sempre digo para você se cobrir com uma toalha quando entrar
o banho, Aisha.”
"Por que?"
“É apenas educado.”
"OK."
Nesse aspecto, pelo menos, eu estava começando a desejar que Aisha pudesse aprender
com a irmã.
Ainda assim, foi bom ter uma irmã mais nova. Ela gostava de se enfiar entre minhas
pernas e exigir que eu lavasse suas costas ou enxaguasse sua cabeça, e isso era sempre
muito fofo. Ainda bem que ela era minha irmã – e também apenas uma garotinha
magricela – ou eu poderia ter acabado com outra esposa em minhas mãos.
Se Sylphie ou Roxy tentassem a mesma façanha, eu tinha certeza de que perderia

meu autocontrole em segundos. Não que eu realmente precisasse me controlar naquela
situação.
De qualquer forma. Eu me acomodei para desfrutar de um momento agradável de

vínculo familiar com minha irmã. Nós dois nos lavamos enquanto Aisha me contava sobre os
acontecimentos do dia. Estas eram principalmente pequenas coisas triviais. Lucie fez algo
adorável, Zenith ajudou na remoção de ervas daninhas, Lilia cochilou perto de uma janela,
plantou algo novo em nosso jardim... esse tipo de coisa.
Ah, isso me lembrou. Eu confiei aquela semente de arroz em que coloquei as mãos
Aisha, e pediu-lhe para ver se conseguia cultivá-lo. Ela me prometeu tentar assim que o tempo
esquentasse um pouco. O garoto era um gênio, então eu estava otimista de que logo
teria meu próprio suprimento particular de arroz. Eu estava realmente ansioso por isso.
Quando saímos do banho, Roxy estava chegando em casa, então fomos direto para o
jantar.
Hoje comemos uma caldeirada de peixe de água doce, pão, feijão e batata. O mesmo
de sempre, mais ou menos.
Após a refeição, observei atentamente Lucie amamentar furiosamente o seio

de Sylphie. Considerando o quão quieto nosso bebê estava, ela com certeza tinha um
grande apetite. Era difícil imaginar a filha de Sylphie crescendo gordinha demais, mas eu teria
que me certificar de que ela fizesse algum exercício quando crescesse o suficiente.

Por um tempo, depois do jantar, relaxamos em família. Ensinei um pouco de magia a

Aisha e Roxy foi até o quarto dela para se preparar para as aulas de amanhã.
Sylphie estava ocupada cuidando de Lucie, mas às vezes ela arranjava tempo para
praticar um pouco sua própria magia.
Dillo, nosso tatu de estimação, veio até mim, então dei atenção a ele.
Aliás, Aisha foi responsável por cuidar dele. Ela o treinou minuciosamente e ele
estava começando a agir mais como um cão de guarda leal do que qualquer outra coisa.
“Tudo bem então, acho que é hora de irmos para a cama. Boa noite a todos."
Lilia e Zenith geralmente eram as primeiras a dormir.
"Boa noite!"
Aisha também foi dormir cedo. Assim que terminei com ela
sessão de aulas particulares, ela geralmente ia dormir direto.
“Bem, então… Você está pronta, Sylphie?”
E depois que a casa ficou em silêncio, convidei minha esposa para ir ao nosso quarto.
"Sim", ela respondeu, corando e segurando levemente a manga do meu

camisa.
Naturalmente, isso foi mais que suficiente para me estimular a agir. Pegando-a, levei-
a como uma princesa para a cama.
Depois disso, bem... aproveitamos nosso tempo privado.
Mentalmente e fisicamente realizado, caí num sono profundo com minha esposa nos
braços.
***
Apenas alguns minutos antes disso, porém, eu saí silenciosamente da cama, tomando
cuidado para não acordar Sylphie.
Desci na ponta dos pés até o porão o mais silenciosamente que pude.
Uma vez lá, olhei para trás com cautela várias vezes antes de

abrindo uma certa porta escondida.
Dentro, coloquei um pequeno altar. Meus ídolos sagrados foram consagrados lá.
Para os não iniciados, eles poderiam parecer nada mais do que pequenos
feixes de pano. Mas eu sabia que os espíritos divinos de Roxy e Sylphie habitavam dentro
delas.
Esta noite, como todas as outras noites, fiz minhas orações de gratidão.
Lendas da Universidade #2: O Chefe pode fazer seus olhos brilharem.

Capítulo 3:
Treinando com Norn
MAIS UM MÊS se passou. Ainda estava frio, mas a neve estava

começando a derreter, e você podia ver pedaços de terra aqui e ali.
Certa manhã, saí da cama o mais silenciosamente possível, tentando não acordar
Sílfia. Ela gostava de usar meu braço como travesseiro, então sempre era preciso um pouco
de delicadeza para me retirar. Indo para uma sala ao lado, coloquei minha roupa de treino,
uma roupa forrada que parecia um moletom. Sylphie escolheu para mim. Estava um pouco claro
para o inverno, mas quando você estava se exercitando, parecia certo.
Depois de me vestir, peguei uma espada de pedra que havia deixado

um canto da sala.
Era uma coisa grossa e de aparência grosseira. Eu mesmo fiz isso com minha magia
da terra. A lâmina não tinha nenhum fio, mas era extraordinariamente pesada.
Isso fez com que fosse uma boa maneira de praticar com a força da minha nova mão
esquerda artificial.
Na verdade, eu estava começando a me apegar um pouco à coisa. Talvez eu lhe

desse um nome um dia desses. Algo como “Atum” ou “Peixe-Espada”.
Pensando bem, eu não comia nada parecido com sashimi desde a minha
chegada a este mundo. Ninguém aqui comia peixe cru ou o quê?
“…”
Quando estava pronto, dei um tapinha gentil na cabeça da minha esposa adormecida,
murmurando silenciosamente as palavras “Até mais tarde”.
“Ei, ei…”
Com os olhos ainda fechados, Sylphie sorriu feliz e esfregou a cabeça na minha
mão. Acho que ela estava meio acordada. Foi muito adorável, nem é preciso dizer.
Olhando para baixo, notei que as cobertas estavam um pouco emaranhadas, deixando
a parte de baixo exposta. Eu dei um tapinha gentil nisso também. Você nunca pensaria que
essa garota já era mãe. Mas, novamente, Elinalise ainda tinha um

boa figura também. Talvez fosse genético.
Após um momento de hesitação, puxei os lençóis para cima de Sylphie.
Estávamos voltando às nossas atividades noturnas normais ultimamente, mas parecia um

pouco cedo para nos esforçarmos demais para ter um segundo filho, então eu estava tentando ser
um pouco mais contido. Mesmo que não houvesse garantia de que isso não aconteceria de
qualquer maneira.
Quando saí da sala, Sylphie me chamou, sonolenta. “Nn… até mais…”
Volto em breve.
Em seguida, fui para o quarto de Norn.
Ultimamente, ela vinha se juntando a mim no meu treinamento matinal. Quando ela estava
hospedada em casa, fazíamos isso no quintal; quando ela estava hospedada no dormitório, eu a
encontrava no pátio de lá. Hoje foi um dos dias dela em casa.
“Você está pronto, Norn?”
Bati na porta e comecei a abri-la.

"Ah! Coisa-"
“Opa. Perdoe-me."
Ela ainda estava se vestindo, então fechei-a imediatamente.
O corpo de Norn ainda não havia se desenvolvido muito. Eu gostava de garotas magras e diminutas
tudo bem, é claro, mas minhas irmãs mais novas simplesmente não fizeram nada por mim.
Às vezes eu achava isso um pouco lamentável, mas era o melhor. Foi bom poder ser carinhoso com
eles sem me sentir sujo por isso.
Ainda assim, a ideia de que Norn provavelmente se casaria algum dia inspirou uma
sensação vagamente desconfortável na boca do estômago. Talvez fosse isso que um pai sentia
ao ver sua filha crescer?
Não foi tão ruim. Eu teria que tomar o lugar de Paul e repreendê-la primeiro
namorado para ela. Não vou entregar Norn a um vagabundo como você! Se perder!
"Honestamente. Qual é o sentido de bater se você não espera que eu bata

dizer algo?"

Enquanto eu refletia sobre tudo isso, Norn saiu de seu quarto com suas
roupas de ginástica e carregando uma espada de madeira em uma das mãos. Sua
roupa era simples e funcional, com mangas compridas na parte superior e inferior.
Era o equipamento de exercício padrão da Universidade; Eu comprei alguns pares
para ela na loja da escola.
Olhando brevemente para além de Norn e entrando em seu quarto, vi a espada

de Paul montada no alto da parede. No meu antigo mundo, ela provavelmente teria
montado um altar com uma foto do rosto dele, mas não havia câmeras aqui. Era possível
que alguém tivesse criado uma ferramenta mágica capaz de capturar uma imagem, mas,
nesse caso, não era de uso generalizado. Sem fotografias, as pessoas tendiam a
usar lembranças para lembrar aqueles que perderam.
"Norn, você se importaria se eu entrasse no seu quarto por um segundo?"

"Huh? Uh, tudo bem, eu acho...”
Entrei. O quarto cheirava um pouco a seu ocupante, como eles cheiram logo
pela manhã. Se eu tivesse mergulhado em sua cama e pressionado meu rosto contra
seus lençóis amassados, poderia ter enchido meus pulmões com o cheiro de Norn. Não
que eu fosse.
Parado bem na frente da espada de Paul, juntei as mãos. “Pai, Norn e eu vamos
treinar novamente esta manhã. Fique de olho em nós para não nos machucarmos muito,
sim?
Assim que terminei minha pequena oração, inclinei levemente a cabeça.
Como Paulo teria respondido a isso, afinal? Talvez algo como “Você nunca vai
melhorar sem algumas lesões, sabe”. Ou talvez apenas “É melhor você não deixar
Norn se machucar, caramba”.
Olhando por cima, encontrei Norn ajoelhada ao meu lado com as mãos
juntas no estilo Millis.
Eu tive uma boa visão do lindo cacho de cabelo no topo de sua cabeça.
“…”
Não importava o que Paulo teria dito, na verdade. Ele não estava mais aqui.
Eu tinha que desempenhar o papel dele agora. Eu tinha a responsabilidade de
cuidar de Norn da melhor maneira possível. Afinal, ela não tinha mais ninguém a quem
recorrer.
"Está bem então. Quer ir?

"Sim. Estou pronto, Rudeus.”
Nós dois saímos para começar outra sessão.
O regime era bastante simples: ginástica, corrida e prática de balanços.
Eu chamei isso de “treinamento de espada”, mas no momento estávamos apenas

trabalhando nos fundamentos. Nos últimos meses, eu estava forçando Norn a aumentar
sua resistência básica.
Quando digo difícil, porém, não quero dizer que ela fizesse a mesma rotina
que eu. Isso teria sido demais para lidar. Eu comecei com um quinto do meu regime de
treinamento. Norn tinha apenas onze anos e ela não era muito ativa fisicamente antes disso,
então havia um limite para o que eu poderia razoavelmente esperar que ela suportasse.
Enquanto ela praticava balanços no quintal, terminei meus próprios exercícios

para a parte superior do corpo.
“Vinte e cinco… vinte e seis…!”
Balançar uma espada contra nada em particular é um exercício bastante simples,

mas essa é parte da razão pela qual é necessária muita força de vontade para continuar.
Norn nunca desistiu no meio do caminho.
Fiquei orgulhoso dela por isso. Ela era mais durona do que parecia.
"…Cinquenta!"
“Ok, isso é bom. Bom trabalho."
“Haa… haa… Obrigado, Rudeus!”
“Vamos nos lavar e voltar, então.”
Depois do treino, nós dois fomos juntos para o banho.
Norn tinha uma tendência infeliz a tropeçar e cair durante nossas sessões de
corrida, o que às vezes a deixava com arranhões ou hematomas nos joelhos. Criei o
hábito de examiná-la e depois limpá-los com magia de cura. Mais ou menos como beijá-lo
para melhorar, só que realmente funcionou.
Aliás, Norn se opôs veementemente a me deixar vê-la nua, então ela

tomou esses banhos de cueca e com uma camisa fina. Eu acho que ela estava

chegando a essa idade sensível. Foi uma pena que ela não tivesse dividido esse senso
de modéstia com Aisha. Claro, eu sempre usei roupas íntimas também, para deixar Norn mais
confortável.
Mesmo assim... às vezes eu me perguntava como ela reagiria se eu contasse que

alguns caras por aí ficavam mais animados ao ver uma mulher com uma camisa molhada e
semitransparente. Pode ser divertido ver, mas eu estava guardando o pensamento para mim
mesmo. Eu não queria que ela me proibisse totalmente de tomar banho com ela.
Um irmão mais velho também precisa manter a dignidade.
Enquanto eu refletia sobre isso, Norn me lançou um olhar e fez beicinho. "Isto
estava apenas correndo e praticando swings novamente hoje. Quando você vai me ensinar
como usar minha espada?”
"Eu já sou."
“Não estou falando apenas de balançar. Quero dizer, você sabe... as posturas, as técnicas.”
Até agora, eu estava instruindo Norn sobre como correr e brandir a espada.
Correr aumentaria sua resistência e praticar balanços aumentaria sua força. Até que ela
tivesse trabalhado em ambos por um tempo, realmente não havia sentido em aprender “técnicas”.
Foi assim que eu imaginei, pelo menos.
“Hmm, vamos ver...”
A garota já estava nisso há meses, no entanto. Ela provavelmente fez

algum progresso.
Dei uma olhada em Norn. Ela tinha o corpo esbelto de uma criança em crescimento,
mas em comparação com quando estávamos apenas começando, os músculos dos braços e
das pernas estavam um pouco mais definidos. Era difícil dizer que ela estava “em forma” neste
momento, mas um pouco de esforço provavelmente não lhe causaria nenhum ferimento. Talvez
já fosse hora de ensinar a ela as posturas mais básicas.
"Acho que você está certo. Vamos começar de verdade depois da escola hoje, ok?
“S-sério? Tudo bem!"
Depois de enxaguar o suor, nós dois saímos juntos do banheiro.

***
Naquela noite, conheci Norn na terceira reunião externa da Universidade de Magia.

campo de treinamento - um campo de exercícios localizado próximo ao limite do campus. Eu
já tinha colocado minha roupa de treino.
Minha irmã também estava com seu equipamento de ginástica e já estava com sua
espada de madeira na mão. Seu rosto estava mortalmente sério.
Não tínhamos a área só para nós. Havia alguns estudantes vestidos

treinando nas proximidades e outros que pareciam sair para passear. Também atraímos
alguns espectadores, que estavam obviamente curiosos para saber por que estávamos usando
nossas roupas de treino àquela hora.
Não importava se tivéssemos uma multidão, no entanto.
“Norn, vamos começar seu verdadeiro treinamento como espadachim hoje.”
"Sim senhor!"
O rosto da garota brilhava de energia e entusiasmo. Era óbvio o quanto ela estava ansiosa
para aprender “técnicas” reais. Fazia apenas alguns meses desde que começamos, mas acho que a
natureza repetitiva do nosso treinamento básico a estava desgastando um pouco.
Ainda assim, brandir uma espada na batalha não era um jogo. Você precisa entender os
fundamentos primeiro.
“Só para você saber, estou planejando ser duro com você.”
“Tudo bem”, disse Norn, balançando a cabeça seriamente.
“Se continuarmos assim, você pode acabar ficando chateado comigo. Você pode
até comece a pensar que eu te odeio. Isso é o quão duro eu vou ser.”
"Tudo bem."
“Para ser honesto, não quero fazer você me odiar. Mas um instrutor indiferente machuca
seus alunos. Se eu pegasse leve com você no treinamento e você acabasse sendo morto em sua
primeira luta de verdade, eu nunca seria capaz de enfrentar nosso pai no céu.”
Norn não tinha nenhum talento real com a espada. Certamente não comparado a Eris da
mesma idade, pelo menos. Eu não diria que ela era pior que a média

onze anos, mas a “força” só pode ser medida em termos relativos.
Quando você está lutando contra alguém um contra um, o combatente mais forte
vence e o mais fraco morre. Perder não é uma opção válida.
Para que Norn se tornasse capaz de superar qualquer ameaça real, ela precisaria se
esforçar muito . Eu precisava treiná-la muito. E ela precisava aprender alguns truques
também.
“Em algum momento, isso pode começar a deixá-lo infeliz. Você pode conseguir
frustrado com sua falta de progresso. Você pode ver alguém com mais talento passar
rapidamente por você. Chegará um dia em que você sentirá vontade de desistir.”
“…”
“Eu sei como é isso, só para constar. E eu realmente não poderia culpar você, ou
qualquer outra pessoa, por desistir diante da adversidade.”
“…”
Norm franziu a testa um pouco com isso.
Não é surpreendente, na verdade. Do ponto de vista dela, provavelmente parecia que

eu era extremamente talentoso em tudo que tentava. E neste corpo, eu realmente era muito capaz
em todo tipo de coisa. Mas mesmo assim, perdi muitas batalhas. Mais de uma vez, quase
morri. De certa forma, Paul morreu porque eu não era forte o suficiente.
Eu queria mais do que tudo manter Norn a salvo desse tipo de perigo.
“Dito isso, não quero que você desista da espada, não importa o que aconteça. Se
Se você fizer isso, nunca mais ensinarei isso a você e nunca deixarei você usar a espada
do papai.
“…”
“Contanto que você continue assim, eu também não vou desistir de você.”
Um discurso meio cafona, eu sei. Eu estava mostrando esse tipo de

determinação, pensando bem?
Bem... eu tinha desistido de melhorar muito com a espada, mas continuei treinando
todas as manhãs. Eu queria acreditar que não era um hipócrita total.

“Você entende, Norm?”
"Sim senhor! Eu entendo completamente!"
A resposta de Norn foi rápida e contundente. Ela estava olhando para mim
com as bochechas coradas e determinação nos olhos. Eu me perguntei se Paul tinha
essa aparência quando eu era pequena.


Talvez Norn acabasse seguindo um caminho semelhante... me deixando para trás

e encontrando outro mestre para treiná-la. Depois que eu a levasse ao nível Iniciante, eu poderia
sempre mandar chamar Ghislaine ou algo assim. Supondo que descobri onde a mulher estava.
Havia também aquele lugar do Santuário da Espada a oeste. Se eu oferecesse

dinheiro suficiente, talvez eu pudesse atrair um Santo da Espada para ensiná-la por um tempo.
“Fico feliz em ouvir isso. Começaremos com algumas corridas, então.”
"Huh?! Não vamos treinar com a espada esta noite?”
"Sim claro. Você está correndo com a espada nas mãos desta vez. Afinal, você tem que
carregá-lo para todos os lugares do campo de batalha.”
“…”
“Estou esperando uma resposta!”
"Senhor! Sim senhor!"
Hoje, nosso regime consistiria em corrida, uma revisão das três formas básicas e uma
breve sessão de sparring. Minha intenção era dificultar muito a vida dela. Ela precisava entender
que isso poderia ser doloroso e assustador. Não acho que a dor seja uma parte essencial do
processo de aprendizagem nem nada, mas achei que era melhor para ela perceber desde o início
o quão difícil isso poderia ser.
Havia uma chance de eu fazê-la chorar. Havia uma chance de ela me odiar depois desta
noite.
Mas mesmo assim, eu precisava transformar meu coração em pedra. Esgrima não era o
tipo de coisa que você buscava como hobby divertido. Essa foi uma maneira infalível de acabar
morto na primeira vez que você enfrentou uma ameaça real.
“Tudo bem, Norm! Me siga!"
"Sim senhor!"
Ainda me sentindo um pouco ansioso, apesar de tudo, saí correndo.
***

"OK! Isso é bom o suficiente por hoje!
“O-obrigado, senhor…”
Enquanto o sol poente brilhava sobre nós, Norn caiu no chão, com falta de ar.
“Quero que você pratique as três formas básicas que ensinei hoje quando tiver tempo!
De manhã, na hora do almoço, quando quiser! Mesmo quando não estou por perto!”
“S-sim, senhor!”
Em nossa primeira sessão de treinamento real, tudo correu bem.
Assim que nossa corrida terminou, comecei diretamente a revisar as “formas” ou

movimentos básicos. Depois disso, eu a joguei em uma luta contra mim, usando espadas de
madeira. Eu corrigi sua postura e movimentos dos pés enquanto avançávamos. Provavelmente
não era tão complexo quanto o tipo de treinamento que você receberia de um instrutor de kendo
no Japão, mas este mundo não tinha muitas “regras” para seus espadachins aprenderem.
Na verdade, no fundo, aprender a lutar com uma espada é

principalmente sobre como praticar bastante. Paul começou a me bater bem no início
de nossas sessões, e Ghislaine também passou muito tempo lutando com Eris. Eu senti que
tinha a ideia geral certa.
Norn parecia muito relutante em atacar alguém com uma espada de madeira, então
comecei deixando-a me atacar livremente para ajudá-la a superar isso. Nem me defendi, além de
movimentar meu corpo para que ela não me machucasse. Ela fazia uma careta toda vez que
sentia a espada atingir o alvo, mas eu me esforçava muito para manter uma expressão
calma e composta no rosto. Eu queria que ela acreditasse que eu aguentaria seus golpes
perfeitamente.
Eu acho que funcionou. Provavelmente. Como ela passou os últimos meses praticando
muitos golpes, seus golpes tinham uma quantidade razoável de força por trás deles. Eu
provavelmente teria alguns hematomas desagradáveis.
Depois disso, chegamos ao sparring propriamente dito. Eu bati em Norn com minha
espada por um tempo e então encerrei a sessão. Eu peguei leve com ela, é claro, mas seus
braços e pernas definitivamente ficariam pretos e azuis em pouco tempo.
Em outras palavras, eu fiz mal à minha doce irmãzinha. Uma parte de mim

já estava me perguntando se tinha feito a escolha certa aqui. Mesmo assim, Norn continuou
me atacando até o fim. Ela não se rendeu nem reclamou, muito menos começou a chorar.
Contanto que ela tivesse esse nível de motivação, basicamente qualquer tipo de
treinamento seria produtivo.
“O que você acha, Norm? Isso doeu, não foi?

"…Sim."
“Foi demais para aguentar? Você quer sair?"
"Não. Eu quero... treinar amanhã também.”
"Tudo bem."
Para ser honesto, eu não estava muito confiante em minha capacidade como professor.
Mas se a magia fosse comparável a uma matéria acadêmica, a esgrima

era mais como um esporte. Não havia realmente uma resposta correta e, se você quisesse
melhorar, teria que continuar.
“Venha aqui, Norm. Eu vou curar você.”
Eu pretendia sentar Norn no chão e usar minha magia para

aliviar a dor dela. Se ela tivesse algum hematoma sob as roupas, eu teria que pedir a
Sylphie para fazer as honras mais tarde.
Então, novamente, Norn voltaria para casa para ficar conosco

hoje à noite, então talvez eu pudesse fazer isso se tomássemos outro banho juntos.
Aproximei-me da minha irmã e tirei a jaqueta para vê-la melhor

braços. Mas então senti que estávamos sendo observados.
“Hum?”
Virando-me, vi um grupo de estudantes do sexo masculino olhando para

nós, iluminados pelo sol poente.
Há quanto tempo esses caras estão lá? Hmm… desde o início, talvez?
Eu presumi que eles eram apenas curiosos, mas se eles ficaram por aqui tanto
tempo, provavelmente tinham um motivo para sua vadiagem. Talvez eles quisessem algo de
mim.
“Norn, vista-se e espere por mim, ok? Vou para casa com você hoje.

"Huh? Ah, certo. Ok, Rudeus.”
Lancei alguns feitiços de cura rápida em Norn e depois a levei em direção

o vestiário.
Assim que ela estava em segurança lá dentro, fui até o grupo de meninos. Como eu
me aproximei, percebi que havia mais de dez deles. Nenhum deles parecia o tipo de
garoto popular. Isso foi bom – talvez pudéssemos nos entender.
Eles estavam olhando para mim com hostilidade aberta em seus olhos, no entanto.
Quando olhei de volta para eles, alguns desviaram o olhar sem jeito.
A essa altura, eu era um “normie” com duas esposas e um filho. Mas isso não
significava que eu sentisse algum desprezo por esses caras. Afinal, eu não era muito
diferente deles em minha vida. Não que isso os impedisse de se sentirem intimidados.
“Vocês precisam de algo, pessoal?” Perguntei.
Eles se entreolharam por um momento, depois começaram a sussurrar e a empurrar

um ao outro nas costas. Eventualmente, um membro do grupo deu um passo à frente.
O menino parecia ter talvez dezoito anos. Ele era tão alto quanto
eu, mas parecia desengonçado e fora de forma. Suas bochechas eram ossudas e seus olhos
eram meio astutos. O clássico tipo “mágico”, eu acho. Se você colocar um par de óculos na
cabeça dele, ele pode se parecer um pouco com Zanoba.
Claro, Zanoba sempre esteve cheio daquela sua confiança bizarra.

Esse cara parecia mais com o tipo que odeia a si mesmo e é ressentido.
“Por que você está intimidando Norn?” ele cuspiu, olhando para mim.
“…Hm?”
Assédio moral?
Eu podia sentir minha testa franzindo ao som daquela palavra.
O jovem mago estremeceu com a minha reação, mas continuou mesmo assim.
“Olha, eu sei que Norn é desajeitado e bagunça as coisas às vezes. Talvez ela acidentalmente
tenha irritado você de alguma forma. Mas ela dá o seu melhor em tudo que faz, ok? Você
realmente teve que descontar nela assim?
Atrás dele, o grupo murmurou palavras de concordância.
“Em primeiro lugar, Norn nunca segurou uma espada antes. Ela não

até sabe se defender! Não sei o que ela fez, mas fazê-la brigar com você foi muito duro.
O grupo concordou novamente, desta vez um pouco mais alto.

“Hum.”
Pelo que parecia, eles pareciam acreditar que eu havia colocado aquela espada nas
mãos de Norn e depois espancado ela para meu próprio prazer, sob o pretexto de “treiná-
la”. Era basicamente o oposto da verdade, mas dava para entender por que eles chegaram
a essa conclusão. Para começar, eu não era um instrutor muito qualificado.
De qualquer forma, eu precisava esclarecer esse mal-entendido. “Bem, você vê

—”
“Eu sei que você é o mago mais forte de toda a escola. Mas se você vai maltratar
Norn desse jeito, ainda vamos lutar com você por causa dela.”
O cara estava realmente ganhando força agora. Havia verdadeira determinação em

sua voz. Mas o coro de aprovação de seus amigos foi bem mais silencioso dessa vez.
Na verdade, ouvi alguém murmurar “Acho que não concordei com isso” lá atrás.
É triste, mas caras como nós também não são particularmente difíceis em grupos.
…Ah, certo. Antes de me explicar, havia uma coisa que eu precisava entender.
"OK. Posso perguntar quem são vocês exatamente?

"Huh?!"
Com a voz embargada, o jovem mago olhou para seus amigos em busca de
orientação. Depois de um momento, ele se virou para mim novamente com uma expressão
estranha no rosto.
"Uh... o que você quer dizer exatamente?"
“Estou perguntando como você conhece minha irmã mais nova. Vocês são amigos
dela ou algo assim?
“E-er, não, nós apenas... notamos ela no ano passado, quando ela era caloura...
Ela sempre, uh, dá o melhor de si em tudo, então... estamos meio que torcendo por ela,
eu acho...

O cara estava gaguejando agora, mas assim que pronunciou essas palavras, seu
amigos começaram a intervir também.
“Eu a notei no campus há cerca de seis meses…”
“Estou no mesmo ano que Norn. Tivemos aulas práticas juntas, e ela continuou
bagunçando seu feitiço de fogo repetidamente, mas...
“Eu a vi ficando com os olhos marejados enquanto o instrutor a repreendia

durante o treinamento de magia, e eu simplesmente…”
Eles falavam desajeitadamente e nunca pareciam terminar as frases. Mas ainda

tenho a ideia geral. Esses caras tinham visto Norn em suas aulas ou sessões de treinamento.
Eles a viram chorando ao falhar repetidamente, mas continuaram lutando mesmo assim.
E isso aqueceu seus corações.
Em algum momento, eles se uniram para tentar oferecer a ela um pouco sutil
apoio do lado de fora. Em outras palavras…
Norn tinha um fã-clube.
Pensando bem, senti como se Sylphie tivesse mencionado algo sobre isso para mim em
algum momento. Foi compreensível. Norn era adorável, afinal.
Eu pude ver de onde eles estavam vindo. Como irmão de Norn, queria encorajar os seus
esforços.
“Acho que entendo a situação agora. Obrigado por cuidar de Norn, pessoal. Eu sou
Rudeus Greyrat, o irmão mais velho dela.”
Quando abaixei a cabeça em agradecimento, um murmúrio de surpresa percorreu

a pequena multidão.
Esses caras estavam do lado de Norn. Alguns deles podem ser capazes de levar as
coisas longe demais, mas, como grupo, pareciam não ter nada além de boas intenções. Era
justo que eu os tratasse com respeito.
Dito isto, eu ainda precisava esclarecer definitivamente esse mal-entendido.
“Quanto à nossa sessão de treinamento agora... eu sei que parecia que a estava
tratando com severidade. No entanto, aprender a espada não é um jogo. Pode ser uma questão
de vida ou morte.”
Passei a repassar toda a situação em detalhes.
Em primeiro lugar, expliquei que tudo foi ideia de Norn. Em segundo lugar, eu disse a
eles que era perigoso aprender a esgrima, a menos que você a praticasse com muita atenção.

seriamente. E, finalmente, enfatizei que Norn precisava trabalhar muito mais nisso do que a
maioria das pessoas faria.
O fã-clube ficou um pouco surpreso no início, mas depois de um tempo, eles

pareceram entender o que eu queria dizer. Ainda assim, ouvi alguém murmurar: “Você
realmente teve que bater nela com tanta força?”
Foi uma pergunta justa. Eu também não tinha certeza se meus métodos estavam
corretos. Tudo que eu queria que eles entendessem era que eu não estava implicando com
Norn maliciosamente.
Continuei minha explicação longamente, tentando transmitir minhas motivações.

Os rostos dos membros do fã-clube lentamente ficaram mais sérios enquanto ouviam e, no final,
eles concordavam com relutância. Esses caras ainda eram jovens, mas pelos padrões deste
mundo eram todos adultos. Eles eram capazes de entender o quão sério era entrar em uma batalha
real.
“Rudeus? Aconteceu alguma coisa?
No momento em que estávamos chegando a um entendimento, Norm retornou. Ela

estava vestindo algo parecido com um poncho por cima do uniforme escolar padrão.
"Oh! É Norm!
“Olá, Norm! Você está linda hoje! Como sempre!"
“Bom trabalho, Norn!”
No instante em que minha irmã chegou, todos em seu fã-clube ficaram notavelmente
repugnante.
Ainda assim, pude entender como eles se sentiam. Ela estava adorável naquela roupa.
Tão adorável que me peguei imaginando ela carregando um guarda-chuva de folhas.
"Oh, olá a todos... O-obrigado."
Norn estremeceu de surpresa com a súbita enxurrada de encorajamento, então

inclinou a cabeça respeitosamente. Percebi que ela não estava chegando muito perto deles, no
entanto. Acho que ela também estava captando as vibrações estranhas aqui.
“Hum, Rudeus, acho que esqueci algo no meu quarto. Eu vou pegá-lo
agora, então espere por mim nos portões da escola, ok?
Só assim, Norn se virou e correu em direção aos dormitórios. Antes que ela
foi longe demais, ela tropeçou e caiu.
"Ouvir..."

Norn demorou um pouco para se levantar. E quando ela se recuperou,

ela olhou para mim por um momento. Seus olhos estavam brilhando.
Suprimi um suspiro. Talvez você não devesse correr logo depois de se exercitar,
garoto…
Assim que voltássemos para casa, eu teria que fazer uma massagem nela para ajudar a
controlar a dor muscular. Ela também precisaria de um banho longo e relaxante.
“Ah, ela é tão adorável…”
“Não corra tão rápido, Norn… Você está de saia, lembra?”
“A princípio pensei que o uniforme escolar fosse uma ideia estúpida, mas acho que
agora entendo o apelo…”
“Ela corre muito devagar, no entanto.”
“Sim… Se um sequestrador tentasse sequestrá-la, ela poderia não escapar…”
“Se Norn fosse para o mercado de escravos, eu a compraria em um minuto. Heh heh."
“Ooh… imagine morar com Norn… Hee hee…”
Hmm… sim, eu compraria Norn também. Então eu a levaria de volta para casa e faria
ela uma boa e grande refeição. Eu a enchia de boa comida e insistia para que ela limpasse
o prato... Ah, posso vê-la lutando para terminar tudo...
Ah. Espere, não!
Norn era minha irmã mais nova. Eu não deixaria ninguém comprá-la no maldito
mercado de escravos. Se alguém ousasse sequestrá-la, eu os caçaria e os mataria
dolorosamente.
Parece bom, pai?! Não fique bravo comigo!

“Aham!”
"Ah!"
Eu limpei minha garganta alto, fazendo com que os membros do fã-clube

sair de suas fantasias perturbadoras.
“Gente, preciso que vocês não falem sobre escravizar minha irmãzinha, obrigado.”
“Desculpe…”
“Está tudo bem, eu sei que ela é adorável. Você pode ter seus pequenos
devaneios, pelo menos. Contanto que você mantenha uma distância segura dela.

"Oh. Realmente?"
Todos pareceram relaxar um pouco com isso.
"Sim. Mas se você encostar um dedo nela, você vai

me arrependo seriamente .”
“Eca!”
Nunca foi demais ser claro sobre essas coisas. Eu não achava que alguém aqui fosse
capaz de fazer travessuras de verdade, e grupos como esse tendiam a ter um efeito moderador
sobre seus membros... mas você nunca sabe o que alguém pode fazer por impulso. A última
coisa que eu precisava era que um deles ficasse superaquecido e tentasse tirar Norn
da rua.
“Por outro lado, quais regras o seu clube concordou até agora?”
"Huh? Nosso clube…?”
"Sim. Este é o fã-clube do Norn, certo? Qual é a sua política ao interagir com
ela?
Era muito importante ter um conjunto claro de diretrizes. Geralmente, os fãs

concordavam em não abordar seu ídolo diretamente, mas ouvi falar de alguns casos em que
as pessoas se permitiam pedir apertos de mão ou autógrafos. A coisa do aperto de mão era
um território arriscado, no entanto. Às vezes, os caras colocavam coisas estranhas nas
mãos primeiro. Como chiclete... ou ouriços-do-mar. Eu queria ter certeza de que esse tipo de
coisa fosse oficialmente proibido.
“Norn... o quê?”
“O que é um fã-clube?”
"Huh…?"
Para minha surpresa, porém, os caras não pareciam entender o que eu estava fazendo.
falando sobre. Era quase como se eles nunca tivessem ouvido falar desses conceitos antes.
Que estranho.
“Espere um segundo, pessoal. Quem é o responsável por este grupo?”
"No comando…? Uh, nós realmente não temos ninguém no comando…”
"Seriamente? Preciso que você explique em detalhes, por favor.
Estranhamente, descobriu-se que esse grupo não tinha sido formado por ninguém
em particular. Eles foram unidos naturalmente por

sua apreciação compartilhada pela fofura de Norn. Muitos deles nem sabiam os nomes uns dos outros.
"Eu vejo…"
Esta foi uma situação muito perigosa.
O que tínhamos aqui era uma multidão desorganizada e de tamanho incerto, unida apenas pelo
interesse na minha irmã mais nova. Nos mobs, as pessoas são capazes de fazer coisas que não teriam
coragem de tentar sozinhas. Por exemplo, sequestrar minha adorável irmãzinha e culpá-la por
ser fofa demais para resistir.
Inaceitável! Ultrajante! Escandaloso!
“Isso não é bom, pessoal. Nesse ritmo, vocês vão se transformar em um bando de criminosos.”
“Criminosos?! Não, não, nós apenas...
“Desculpe, mas sei que estou certo sobre isso”, eu disse categoricamente. “Um de vocês é
vai cruzar a linha eventualmente.”
Não é de surpreender que isto tenha inspirado uma tempestade de negações e protestos.
“Não seja ridículo!”
“Nenhum de nós jamais colocaria a mão em Norn!”
“Quer dizer, gostamos muito de Norn, mas é mais como se ela fosse nossa irmã mais nova ou
algo assim…”
Diga o que, punk? Ela é minha irmã mais nova e não vou compartilhar!
Espera espera. Vamos tentar permanecer no assunto.
“Acredito que vocês tenham boas intenções, mas acho que precisamos estabelecer algumas
regras claras aqui.”
Quando você queria evitar que um grupo de pessoas ficasse fora de controle, era
necessário estabelecer alguns regulamentos básicos. Assim que as regras estivessem em vigor, os
membros do grupo começariam a ficar de olho uns nos outros.
Depois que você dá às pessoas um conjunto de regras, mesmo regras tão sem sentido quanto usar as
mesmas roupas e o mesmo lenço enquanto espera para ver seu ídolo, a tendência geral é segui-las.
As regras surgem naturalmente com o tempo. Eles passam a existir quando estão

necessários e desaparecem quando não são. Este fã-clube ainda não tinha muita história.
Não houve tempo suficiente para que suas regras se desenvolvessem
organicamente.
Mas até criarem alguns, Norn estava em perigo. Eu precisava acelerar

o processo artificialmente. Eu não ia esperar que eles a machucassem primeiro.
Alguém precisava tomar algumas decisões fundamentais agora.

Felizmente, as questões em si eram relativamente simples e claras. Eles só precisavam
prometer que não assustariam Norn nem a colocariam em risco. O problema era encontrar
alguém que realmente propusesse essas regras. Geralmente seria o líder do grupo,
mas essas pessoas não tinham um.
O cara que se adiantou para me desafiar era provavelmente o mais obstinado.

Eu poderia nomeá-lo chefe e deixá-lo definir as regras?
Definitivamente não.
O líder tinha que entender a responsabilidade que estava assumindo,

e aceite-o de bom grado. Colocar energia aleatoriamente no colo de alguém nunca foi
uma boa ideia.
Quem entendeu melhor a gravidade desta situação, então? Quem aqui se

importava mais profundamente com o bem-estar de Norn?
Meu. Obviamente.
"Tudo bem então."
Norn também era minha irmã mais nova. Minha própria carne e sangue.
Em outras palavras… eu era o legislador aqui.
***
No ano 425 da Era do Dragão Blindado, uma certa organização foi fundada na
Universidade de Magia de Ranoa.
Seu nome: Fanclub Oficial Norn Greyrat.
Este grupo, com cerca de trinta membros no total, deixaria uma marca indelével
na história da Universidade.

O nome de seu primeiro presidente, porém, perdeu-se na história.
Lendas da Universidade #3: O Chefe pode convocar trinta lacaios com uma
única palavra.

Capítulo 4:
Posso ficar com ele?
VAMOS FALAR SOBRE Aisha por um momento.
A garota estava bem. Apesar das tragédias que se abateram sobre a nossa família,
ela parecia tão brilhante e enérgica como sempre. Nunca a peguei olhando tristemente pela
janela como sua mãe às vezes fazia. Ela não mordeu o lábio quando olhou para a espada de
Paul, como Norn faria. Ela fazia o trabalho doméstico com alegria, como se nada
tivesse mudado. Durante o dia, ela cuidava das flores no jardim e no quarto; à noite, ela se
dedicava às minhas aulas de magia e abraçava-me alegremente.
Quase parecia que ela estava com mais energia do que antes. Ela era
provavelmente a pessoa menos melancólica de toda a nossa casa.
Às vezes, quase parecia que ela não estava de luto por Paul. EU
não pude deixar de me perguntar se ele não significava tanto para ela.
Dito isto, Norn não se lembrava muito do nosso tempo em Buena Village,
então parecia possível que Aisha também não tivesse muitas lembranças de Paul ou Zenith.
Assim como Norn passou muitos anos na estrada com Paul, Aisha passou a maior parte de
sua infância com Lilia.
Considerando todas as coisas, não era justo para mim esperar que ela agisse de
forma sombria. Talvez a alegria dela pelo retorno seguro de Lilia superasse a tristeza pela
morte de Paul. Se assim for, provavelmente foi o melhor.
Afinal, não era como se eu quisesse que minha irmã ficasse deprimida em vez de
aproveitar a vida.
***
Um dia, eu não tinha nada em particular para fazer.
Minhas aulas não seriam naquele dia, mas infelizmente Roxy e Sylphie tiveram
que trabalhar. Eu estava planejando cuidar de Lucie e passar o dia relaxando.

Eu me senti um pouco culpado por ficar vagando por aí enquanto minhas duas esposas
estavam trabalhando duro… mas os adultos precisam descansar quando podem, certo?
Hum. Mas não estou ganhando nenhum dinheiro no momento. Isso está realmente bem?
Considerando que tenho um bebê e tudo mais? Bem… estudar é a melhor maneira de ganhar mais
dinheiro depois, certo? Sim, está tudo bem.
Depois de me despedir de minhas esposas, verifiquei Lucie. Ela ainda estava sã

dormindo, então saí para o jardim sem nenhum motivo específico.
Quando nos mudamos para cá, não havia nada aqui além de uma área árida,
pedaço de terra negligenciado. Mas agora, depois de apenas alguns anos, estava
completamente transformado.
Em primeiro lugar, agora tínhamos três grandes árvores perenes lá atrás. Uma delas
floresceu na primavera, a segunda no verão e a terceira no outono. Não que eu já as tivesse visto
florescer.
Quando perguntei a Aisha onde ela os conseguiu, ela explicou que havia feito um
pedido à Guilda dos Aventureiros e os trouxe da floresta mais próxima para cá.
Transportar árvores adultas parecia um verdadeiro incômodo, então perguntei a ela

quanto custou. Ela disse que Zanoba ajudou, então ela só teve que cobrir o custo de alguns
guarda-costas.
Num canto do jardim havia um pedaço de terra separado

o resto por divisórias de tijolos. Foi aqui que Aisha plantou as sementes de arroz que eu trouxe
comigo. Nenhum de nós sabia como fazer um arrozal adequado, então estávamos tentando cultivar
arroz em solo seco. Até agora, a primeira colheita parecia estar a brotar bem. No entanto, era
difícil dizer se conseguiríamos algo comestível no final.
Aisha estava agachada naquele pequeno campo no momento. Para minha surpresa,
Zenith estava sentada ao lado dela.
"O que vocês dois estão fazendo?" Liguei.
“Ah, oi, Rudeus!” disse Aisha, olhando para mim. “Estamos arrancando ervas daninhas
do arroz!”
Por um segundo pensei que ela estava brincando, mas então me aproximei e
percebi que era verdade. Aisha estava arrancando ervas daninhas entre os talos de

arroz, e Zenith também estava ajudando silenciosamente.
Agora que pensei sobre isso, tive algumas vagas lembranças de Zenith arrancando
ervas daninhas em Buena Village. Talvez fosse apenas uma parte padrão do cultivo de plantas,
mesmo num clima frio como este.
“A senhorita Zenith também queria ajudar!”

“…”
Alguma coisa na história da Srta. Zenith não me pareceu muito boa.
“Hum, Aisha, você pode chamar Mãe Zenith de 'mãe' se quiser, sabe?”
“Não. Madre Lilia disse que não posso. Ela sempre diz que eu tenho que chamá-la de senhorita
Zenith ou senhora.
Ah, então era mais um dos mandamentos de Lilia. Ela tinha certeza de que era rigorosa
sobre essas coisas.
Então, novamente, eu senti que Aisha realmente não pensava em Zenith como uma mãe
de qualquer forma. Só para constar, Zenith a tratou como se fosse um de seus próprios
filhos quando ela era bebê, mas Aisha obviamente não conseguia se lembrar disso.
Bem, tanto faz. De qualquer maneira, não foi grande coisa.
“Há quanto tempo Mãe Zenith está ajudando você assim?”
“Já faz um tempo, na verdade. Madre Lília tentou impedi-la no início, mas sempre vem
ajudar quando começo a brincar no jardim.
Ela é melhor nisso do que eu!”
A Zenith se esforçou muito para manter nosso jardim em

Vila Buena também. Talvez isso tenha algo a ver com isso.
Eu não iria desencorajá-lo de qualquer maneira. Você nunca sabia o que poderia ajudá-la a
recuperar suas memórias. De qualquer forma, foi bom ver ela e Aisha sentadas lado a lado assim.
Eles pareciam satisfeitos na companhia um do outro. Mesmo que não fossem parentes de
sangue, acho que Zenith ainda era a mãe de Aisha.
"Oh, certo. Rudeus, você está de folga hoje, certo?”
Enquanto eu os observava trabalhando, Aisha se virou para olhar para mim. Sua
bochecha estava manchada de lama.

"Sim. Estarei em casa o dia todo.”
"Ótimo! Há algo que quero mostrar a você. Você pode passar no meu quarto mais tarde?
“Claro”, eu disse, me abaixando para enxugar seu rosto. Aisha sorriu estupidamente
enquanto eu a limpava.
Zenith olhou ao lado dela, olhando para nós dois atentamente.
“Há algo que quero mostrar a você. Você pode passar no meu quarto mais tarde?
Uma frase muito sugestiva, tenho certeza que você concordará.
Aisha era uma criança muito precoce. Havia a possibilidade de ela levantar a saia e tentar me
mostrar suas partes íntimas ou algo assim.
Bem, talvez não, pensando bem. Já tomamos banho juntos

em uma base regular. Ela não tinha nada lá embaixo que eu já não estivesse familiarizado.
Mesmo assim, a criança era tão desavergonhada que comecei a ficar um pouco preocupado com
o futuro dela. Talvez eu devesse dar a ela algumas lições básicas de educação sexual neste momento.
Espere, ela não disse que Lilia tinha repassado tudo isso com ela?
Ok... mas e se ela lhe ensinasse um monte de bobagens? Eu realmente deveria assumir a
responsabilidade aqui…
Franzindo a testa ligeiramente enquanto considerava o curso de ação adequado, dei um passo
dentro do quarto de Aisha.
Ela me disse para passar “mais tarde”, mas não especificou um horário. Não deveria ser um
problema se eu esperasse por ela aqui, então.
Não é como se eu quisesse dar uma olhada no quarto de uma jovem ou algo assim. Embora eu
estivesse um pouco curioso, talvez.
“Bem, parece que ela mantém o lugar limpo, pelo menos...”
O quarto de Aisha estava impressionantemente arrumado. Tudo estava guardado em seu

devido lugar e não consegui ver um único grão de poeira em lugar nenhum. Sua cama também estava bem
arrumada.

Aqui e ali, notei alguns toques levemente femininos. O brinquedo de pelúcia em sua
cama era particularmente visível. Era um garotinho, com cerca de vinte centímetros de altura,
cabelo castanho claro, um manto e um cajado. Ele deveria ser um mágico, provavelmente.
Até onde eu sabia, não se vendiam brinquedos como esses nesta cidade. Ela comprou
de um vendedor ambulante ou algo assim? Eu nem acho que Zanoba tivesse algo assim em
sua coleção, e isso significava que deveria ser um achado bastante raro.
Talvez ela mesma tenha feito isso? Não, certamente não.
Aisha também tinha alguns vasos de plantas perto de suas janelas – desde flores
parecidas com tulipas até aloés e um pequeno cacto. Havia talvez dez deles alinhados em
potes de vários tamanhos. Comparado ao quarto de Norn, o lugar parecia um pouco mais
com o que você esperaria de um quarto de menina.
Vagando até o canto, abri o armário de Aisha e dei uma olhada. Havia três roupas de
empregada completas dentro. Todos eles eram obviamente bem usados e tinham algumas
manchas visíveis aqui e ali. Pareciam mais as roupas de uma empregada veterana do que as
de um garoto de onze anos.
Aisha estava crescendo rápido ultimamente, então ela provavelmente iria superar isso
completamente em pouco tempo. A menos que Lilia pudesse modificá-los de alguma forma.
Olhando ao redor novamente, notei uma única roupa fofa e feminina pendurada no
outro lado do armário. Tinha muitos enfeites e tudo mais. Talvez ela estivesse guardando para
uma ocasião especial?
Esperançosamente, não era isso que ela estava querendo me mostrar. Eu teria que fingir
que já não tinha visto.
Fechando o armário, abri a gaveta embaixo dele.
Um lado estava cheio de calcinhas cuidadosamente dobradas. Para qualquer garoto

apaixonado por ela, isso teria sido um verdadeiro tesouro.
Ao lado de sua calcinha havia várias camisas... e agora que olhei mais de perto, alguns
sutiãs também. Minha irmã mais nova era bem desenvolvida para sua idade e já era capaz de
equipar “armadura torácica”. Ainda assim, ela provavelmente era o equivalente a uma xícara A
no momento. O Sábio Velho Eremita já a havia classificado como uma joia rara em
formação, mas ainda era cedo.
Enquanto eu contemplava as roupas da minha irmã, um pequeno baque vindo de trás

fez meu coração bater mais forte. Ativando meu Olho Demoníaco da Previsão, canalizei
mana em ambas as mãos e me virei, certificando-me de fechar a gaveta atrás de mim.
"Quem está aí?" Eu chamei, apontando meus dedos para a porta.
Não havia nada lá. Ninguém que eu pudesse ver.
Aisha e Zenith ainda estariam ocupadas com o jardim no momento, e Lilia

deveria estar ocupada preparando o almoço.
Foi então o nosso tatu de estimação? Não, ele acompanhou Roxy quando ela foi para a
universidade. Ele provavelmente estava tirando a sesta em algum estábulo ali.
Matsukaze, o cavalo que comprei antes de partir para Begaritt, estava alojado
num estábulo da cidade. Às vezes eu ia até lá para ver como ele estava, mas duvidava que ele
conseguisse chegar até aqui sozinho.
Só restava Lucie, e ela nem estava engatinhando ainda.
Foi alguém totalmente inesperado, então? Um ladrão? Um pervertido querendo roubar o

primeiro sutiã de uma jovem inocente?
Agachando-me cautelosamente, olhei ao redor

sala.
Eu não estava saindo com ninguém. E também não havia bons esconderijos.
Ainda assim, algo parecia estranho. Minha intuição aguçada estava me dizendo que eu
não estava sozinho aqui.
Poderia ser um inimigo invisível? Talvez alguém com um instrumento mágico

que proporcionasse uma camuflagem perfeita? Nesse caso, o efeito teria que desaparecer
mais cedo ou mais tarde.
“...Acho que teremos que ver quem pisca primeiro, então,” murmurei baixinho.
Esperançosamente, não foi apenas a casa rangendo ou algo assim. Eu me sentiria um

verdadeiro idiota.
Não... definitivamente há algo errado. Eu posso sentir isso.
Olhe mais de perto, Rudeus. O que mudou aqui? O que está fora do lugar?

…O brinquedo de pelúcia? Não é isso não.
A porta ainda está fechada. A cama ainda está feita. O teto está impecável como
sempre.
Isso deixa… os vasos de plantas. Sim. Há mais deles do que antes?
Eu não acho. Mas sinto que estou ficando mais quente aqui...
“…”
Enquanto eu olhava para as plantas, tentando encontrar algo fora do comum, o sol
surgiu por trás de uma nuvem. Um raio de luz entrou pela janela de Aisha.
Baque! Baque!
"Gaaaah!"
A planta no menor vaso reagiu instantaneamente. Ele estava se contorcendo ali

dentro, tentando aproveitar melhor o raio de sol, torcendo as folhas em direção à janela.
A cada movimento, a panela batia levemente no parapeito de madeira da janela.
Obviamente, isso também foi o que eu ouvi alguns momentos atrás.
“Que diabos é essa coisa?”
Dei uma cutucada cautelosa na planta e ela estremeceu, algo parecido com
surpresa. Depois de um momento, porém, ele se inclinou para se esfregar no meu dedo
e começou a enrolar lentamente um broto em volta dele.
Um pouco surpreso, puxei meu dedo. A planta prontamente voltou a tomar banho de
sol.
“Uma planta em movimento…?”
Que bizarro. Esperançosamente, não iria começar a dançar pela sala e começar a
cantar ou algo assim.
“…”
Falando sério, porém, eu tinha alguma ideia do que essa coisa poderia ser. Afinal, eu já
tinha visto esse tipo muitas vezes antes.

Essa coisa era um Treant.
***
As criaturas conhecidas como Treants podem ser encontradas em todo o mundo.

Eles eram uma das categorias de monstros mais comuns e conhecidas.
Você pode compará-los aos slimes do Dragon Quest, nesse sentido.
Eu tinha viajado muito para a minha idade, com viagens através do Demônio
Continente, Continente Millis, Continente Central e Continente Begaritt. Infelizmente,
ainda não tive a oportunidade de visitar o Continente Divino, mas ainda eram
quatro dos cinco principais.
Em cada um dos continentes que vi até agora, havia algum tipo de Treants.
Você os encontraria basicamente em qualquer floresta, e eles também não eram

incomuns nas planícies e desertos. A maioria deles era feita em grande parte de
madeira, mas nem todos pareciam árvores ambulantes.
Os Stone Treants pareciam batatas grandes e irregulares. Os Cactus Treants

pareciam plantas verdes pontiagudas. E havia muitas outras espécies também. Eu tinha
ouvido falar de Elder Treants capazes de usar magia da água, por exemplo.
Ainda assim, eu nunca tinha visto um Treant tão pequeno antes. A coisa tinha
cerca de quinze centímetros de altura. Talvez vinte, se contarmos as raízes. Tinha
quatro folhas grandes e dois brotos semelhantes a gavinhas. Ainda não vi flores ou frutos.
Parecia uma muda muito jovem, talvez. Conseqüentemente, decidi me referir a ele
como Baby Treant.
Não que isso realmente importasse. Eu só precisava de alguma forma de me referir a isso.
Agora, então. Minha principal dúvida no momento era o que nosso Bebê Treant
estava fazendo no quarto de Aisha.
“Tudo bem, Aisha. Qual é o problema com essa coisa?
“Hum, bem, começou a se mover de repente.”
Aisha, que veio correndo ao meu grito de alarme, não pareceu sentir
particularmente culpado pela situação.
"Quando isso aconteceu?"

“Logo depois que você voltou da viagem, na verdade. O que você acha? É muito
legal, certo?
Na verdade, ela parecia orgulhosa de seu pequeno... animal de estimação.
“Sim, é realmente incrível. Por que você não me contou sobre isso?
"Eu queria! Mas você tem estado tão ocupado ultimamente, sabe? eu pensei nisso
poderia esperar um pouco. E agora você foi e encontrou sozinho!”
Aisha estufou as bochechas de mau humor. O efeito foi adorável, nem é preciso dizer.
Agora eu sabia o que ela queria me mostrar, pelo menos.
“Bem, de qualquer maneira... não posso acreditar que uma daquelas sementes que
trouxe era na verdade um Treant. Quais são as chances disso?
"Huh? Não não. Tenho quase certeza de que cresceu a partir de algumas sementes de Vatirus que obtivemos
de volta em Asura.”
"Oh. Realmente?"
"Sim. Tem folhas e gavinhas, viu? Deverá receber lindas flores roxas em breve.
Reconheci o nome da planta. Suas flores eram o principal ingrediente de um

poderoso afrodisíaco e também podiam ser usadas para fazer certos perfumes. Eles o
cultivaram em certas partes do Reino de Asura.
Isso não explicava por que este se transformou em um Treant.
“O que fez com que ele começasse a se mover, afinal? Foi assim desde o início?
"Não; no início era apenas uma planta. Começou a se mover quando o coloquei neste
pote.”
Aisha explicou que gostava de começar a plantar flores no jardim externo antes de
colocá-las em vasos. Depois que cresceram o suficiente, ela os colocou de volta no quintal. Ela
ainda estava experimentando no momento, por isso os vasos e as plantas dentro deles
eram tão diferentes.
“Hum.”
A panela em si era uma coisa perfeitamente comum que compramos juntos em

uma loja de produtos em geral há algum tempo. Achei muito improvável que fosse um item
mágico ou encantado.

"Você não fez nada de estranho com isso, fez?"
"Não; Tratei-o como todos os outros. Estou usando o solo que você faz
para mim. Parece ter mais nutrientes do que a terra por aqui.”
Isso provavelmente descartou o solo, então. Eu sempre fiz dela uma sujeira
perfeitamente comum com minha magia. Não foi algo em que me esforcei muito.
Talvez eu tenha jogado ali um toque de carinho pela minha irmãzinha, mas isso não me
pareceu relevante.
"Oh espere. Às vezes eu dava sobras de água do banho, eu acho.”
Sobrou água do banho! Hum. Eu não estava por perto na época, então seria
foram infundidos com o suor de Sylphie e Aisha... talvez um pouco do suor de
Nanahoshi também.
Intrigante. Eu pude ver como isso poderia levar uma planta a crescer
tentáculos apalpadores.
Ok, Rudeus. Pare de ser um idiota.

"Hum…"
O que poderia ter causado isso acontecer, então? Ela plantou uma semente normal
e a cultivou normalmente, mas de alguma forma ela se transformou em um monstro.
Isso foi algo que simplesmente... acontecia às vezes?
Parecia mais provável que uma semente do Treant tivesse sido acidentalmente
misturada com as normais de alguma forma. Os Treants eram imitadores naturais. Talvez
no início estivesse apenas fingindo ser uma planta Vatirus normal para permanecer
invisível. Parecia uma teoria coerente, pelo menos.
“Bem, de qualquer forma, acho que deveríamos matar aquela coisa”, murmurei para mim
mesmo. “Talvez eu pudesse simplesmente queimá-lo ou algo assim.”
“O quê?!” gritou Aisha. "Por que?! Passei todo esse tempo criando o garotinho!
Por que você o queimaria?!”
Fiquei um pouco surpreso com a veemência com que ela se opôs. Mas, novamente,
ela me trouxe aqui para mostrar seu Treant. Acho que fazia sentido que ela não ficasse
muito feliz em se livrar dele.
“…Aisha, você sabe o que é isso, certo? É um Treant. Aquilo é um

tipo de monstro.”
“Mas veja como é pouco! É adorável!"

“Sim, por enquanto. Mas quando crescer, poderá começar a atacar as pessoas. É
perigoso."
“Eu vou treiná-lo! Vou me certificar de que ele não machuque ninguém!”
Ela estava agarrada à minha cintura desesperadamente agora, e havia lágrimas em

seus olhos. Fiquei extremamente tentado a apenas dizer: Ah, tudo bem. Mas não vou limpar
isso para você!
Ainda assim, não era de um gatinho vadio que estávamos falando aqui. Foi um
monstro.
“Vamos, Rudeus. Não posso ficar com isso? Por favor?"
“Os olhos de cachorrinho não vão funcionar comigo. Precisamos nos livrar disso.”
“Mas ele é um bom menino, sério! Ele é legal com todo mundo e faz tudo o que eu
mando!”
“Agora você está apenas inventando coisas, Aisha. Como um Treant vai fazer
o que você diz? Nem sequer tem ouvidos.”
"Olhar!"
Trotando até o Bebê Treant, Aisha estendeu a mão em direção a ele.

A pequena criatura reagiu deslizando lentamente uma de suas gavinhas em torno de seu
esbelto dedo indicador. Sem se libertar de seu “aperto”, ela esfregou suavemente a parte
inferior das folhas com a ponta dos dedos, e o Bebê Treant torceu seu corpo em algo que
parecia prazer.
Foi uma visão meio bizarra. A coisa parecia exatamente com uma planta, mas reagia
como um animal.
“Ok, deixe ir”, disse Aisha.
O Treant imediatamente desenrolou sua gavinha em torno de seu dedo,

deixando-o descansar na palma da mão.
“Qual é o dedo mindinho?”
Depois de um momento de hesitação, a gavinha deslizou em torno de seu dedo mindinho.
"Dedo do meio."
A gavinha soltou seu dedo mindinho e segurou seu dedo médio.
“Não solte, mas segure meu polegar também.”

Ainda enrolada no dedo médio, a gavinha estendeu-se ainda mais, esticando-se obedientemente
em direção ao polegar de Aisha. Não foi longo o suficiente para agarrá-lo, mas mal conseguiu tocar a
ponta do dedo dela.
"Ok, deixe ir." Ela continuou brincando com o Treant assim por um tempo
por mais tempo, depois se virou para me encarar. "Ver? Ele ouve o que eu digo a ele, certo?
“Sim, parece que sim.”
Para minha surpresa, era claramente possível comunicar-se com essa coisa.
E pelo que parece, ele era muito ligado à minha irmã mais nova.
Eu precisava repensar um pouco as coisas aqui.
Treants eram monstros. Isso foi apenas um fato. Na minha experiência, eles se disfarçavam
de árvores ou outras plantas e depois lançavam ataques surpresa violentos contra qualquer viajante
que passasse por ali.
Ainda assim, eu sabia que havia algumas espécies de monstros por aí que poderiam
ser domesticado.
Criaturas como Dillo, nosso animal de estimação; e o lagarto que eu montei no

O Continente Demônio geralmente não era considerado um monstro – as pessoas geralmente os
chamavam apenas de “bestas”. Mas não havia nada que os separasse inerentemente dos monstros,
além do temperamento.
Este Bebê Treant parecia bastante manso, então talvez eu não tivesse que classificá-lo
como um monstro.
Honestamente, também não foi tão ameaçador. Dillo certamente poderia causar muito mais
danos do que essa coisa, se quisesse.
Dito isto… Dillo foi domesticado por um treinador profissional de feras.
“Olha, estou um pouco preocupado que essa coisa possa tentar estrangular você em sua
durma, honestamente.
“Eu acho que tudo bem, Rudeus. Mesmo as plantas Vatirus adultas só atingem o dobro do
tamanho.”
“Hmm… ok, mas—”
“Se ele machucar alguém, algum dia, farei o que você disser! Eu prometo!"
“E se você ficar gravemente ferido na primeira vez que ele atacar?”

“Grr…”
Aisha estufou as bochechas de mau humor com isso, mas depois pareceu
reconsiderar sua estratégia. Abrindo bem os olhos, ela entrelaçou as mãos na frente do
peito e olhou para mim com sua expressão mais doce e inocente.
“Por favor, Rudeus? Você não pode me dar uma chance?
Onde diabos ela aprendeu a implorar assim? Não é sutil, garoto.
Fiquei tentado a prosseguir com o assunto, mas naquele momento havia

assuntos mais urgentes em questão.
Ok, vamos ver…
Eu tinha certeza de que nunca tinha ouvido falar de alguém domesticando um Treant antes.
Eu também não sabia muito sobre o comportamento deles, então era difícil dizer qual era a
melhor maneira de treinar um. Mais importante ainda, eles eram monstros perigosos,
embora bastante fracos. Se estragarmos tudo, mesmo que um pouco, as coisas podem ficar
feias muito rapidamente.
Então, novamente, se realmente fosse atingir o máximo de trinta centímetros de

altura, não havia muito que pudesse fazer para nos machucar.
Aisha criou essa coisa sozinha a partir de uma semente, então ela estava acostumada a
ter pessoas por perto. Isso tornava menos provável que atacasse um de nós... presumindo
que fosse um animal comum nesse aspecto.
Hum…
Claramente irritada com a minha indecisão, Aisha começou a fazer beicinho. "Tudo
bem então. Se é assim que você vai ser, talvez eu deva jogar meu trunfo.”
“Seu trunfo?”
“Por que não conto a Sylphie e Roxy sobre seu segredinho?”
"O que você está falando?"
Eu estava escondendo algum segredo terrível dos dois? Nada realmente veio à
mente…
Mas então, sorrindo arrogantemente, Aisha jogou a bomba em mim. “Estou falando
da sua sala secreta no porão!”
"Ah!"

Todo mundo tem uma parte de si que deseja manter privada. No meu
caso, era aquele pequeno altar lá embaixo.
Aquela sala era um lugar sagrado que eu visitava apenas à noite, oferecendo
minhas orações enquanto minha família dormia. Minhas deusas agora estavam fisicamente
presentes em minha casa, é verdade; mas isso não tornou o ritual menos significativo para
mim.
A fé tem valor por si só, sabia? O ato de orar nos acalma

e nos centra, ajudando-nos a viver cada dia ao máximo. Eu mantenho essa rotina há anos.
Fazia parte da minha vida.
Mas o que aconteceria se meu altar fosse descoberto? O que Sylphie pensaria?
O que Roxy diria? Queria pensar que Lilia entenderia, pelo menos. Aisha evidentemente
estava calada sobre isso, mas e Norn? Tive a sensação de que ela reagiria com evidente
desgosto.
O resultado final provavelmente seria a destruição do meu altar. E com isso perderia
uma parte crucial da minha rotina diária.
“A-Aisha, ouça. Só estou preocupado com sua segurança, ok? Entes são monstros
perigosos, então criar um pode colocar você em risco.”
“Eu não me importo se você é um pervertido total, Rudeus, mas me pergunto como
Sylphie e Roxy vão sentir isso. Principalmente Roxy… Você já adora a calcinha dela
há muuuito tempo, não é?”
Ah! Essa garota é implacável! Eu só estava tentando cuidar dela e agora ela está
me chantageando!
Droga, o que devo fazer? Qual é a opção menos ruim aqui?
Enquanto eu quebrava a cabeça em busca de uma resposta, a porta do quarto

de Aisha se abriu de repente atrás de nós.
“Hum, acho que ouvi meu nome agora há pouco. Você precisava de algo?"
"Ah!"
"Ouvir!"
Aisha e eu nos viramos e encontramos Roxy parada na porta, olhando

um pouco perplexo.
“O que você está fazendo aqui, Roxy?!” Eu gaguejei. “Você não saiu há pouco?”

“Voltei para pegar algo que esqueci. Felizmente, não tenho aula no momento.”
Clássico Roxy! O pequeno professor esquecido! Que fofo!
Espere, vamos tentar manter o foco aqui.
“Bem, Roxy, Rudeus e eu estávamos conversando sobre o segredo dele...

mmmph!”
Hum. Agora eu tinha tapado a boca da minha irmãzinha no meio da

frase. E agora?
“…”
“…”
Seguiu-se um silêncio constrangedor. Os únicos sons eram as batidas suaves do

Bebê Treant se contorcendo no parapeito da janela.
Os olhos de Roxy saltaram para ele e se arregalaram de surpresa.
Ok, talvez eu possa usar isso a meu favor. Roxy deveria levar meu
lado disso, certo? Tenho certeza que ela sabe o quão perigosos são os Treants.
“Isso é um Treant, não é?” perguntou Roxy curiosamente.
“Certo, sim!” Eu disse. “Aisha acabou de me dizer que quer criar aquela coisa
como animal de estimação! Mas Treants são monstros, sabia? Poderia ser perigoso.
Você pode me ajudar a convencê-la a se livrar disso?
Aisha agarrou minha mão, que abafava seus gritos de protesto, e

tentei arrancá-lo. Menina tola. Você não pode me vencer em uma competição de força!
Morda meus dedos se quiser, não vou soltar!
Ah, espere. Não os lamba! Parar! Isso é lutar sujo!
“Eu não sei, Rudy. Eu acho que deveria ficar tudo bem.
Huh?! Ela está do lado de Aisha?!
“Os Treants são criaturas leais se você os criar adequadamente”,

continuou Roxy. “E este também é bem pequeno. Não deveria haver muito perigo para falar.
“Espere, sério? Você pode domesticá-los?
"Claro. Não parece ser muito comum neste continente, mas o

A tribo Migurd usa Treants para afastar os pássaros de seus campos.”
Eles realmente fizeram isso? Hmm talvez. Minhas lembranças daquela visita eram um pouco
confuso neste momento.
Oh, certo! Eles tinham aquelas coisas que pareciam plantas de piranha no campo. Eu não
tinha percebido que eles eram Treants, no entanto.
De qualquer forma, parecia que Aisha estava certa, então eu a soltei

das minhas garras.
“Desculpe, Aisha. Parece que eu estava errado sobre isso.”
Ela me olhou em dúvida por um momento, mas finalmente sorriu.

alívio. “Tudo bem, Rudeus. Você só estava preocupado comigo, certo?
"Sim claro. Você tem que admitir, criar um monstro parece ser perigoso.”
"Está bem então. Acho que vou ficar quieto, afinal.”
“Obrigado, Aisha. Lembre-me de comprar uma boa refeição para você um dia desses.
"Vai fazer!"
Girando para longe de mim, Aisha prontamente correu até Roxy e jogou
seus braços ao redor dela.
“Obrigado, irmã mais velha! Eu te amo!"
“…Uh, de nada, eu suponho.”
Roxy aceitou o abraço, mas parecia perplexa como sempre.
A partir daí, o Bebê Treant de Aisha se juntou à família como nosso segundo animal de
estimação. Naturalmente, estabeleci algumas regras e condições de antemão.
Primeiro e mais importante: se alguma vez machucasse alguém, nos livraríamos dele
imediatamente.
Segundo, Aisha precisava treiná-la minuciosamente para não atacar ninguém.
Terceiro, ela teve que explicar a todos exatamente que tipo de “planta” ela
era.
Quarto, ela não iria deixá-lo chegar perto de nenhum bebê, apenas por segurança.
lado.

E assim por diante.
Eu entreguei essas regras a Aisha na forma de um sermão rigoroso, mas ela

concordou com cada uma delas sem sequer franzir a testa. A garota cumpriu suas promessas,
felizmente, então provavelmente daria certo.
Aliás, dei ao nosso amiguinho o nome de “Byt”, escolhendo alguns

letras das palavras Baby Treant.
Esperançosamente, ele se tornaria um membro confiável e prestativo da

nossa família. Eu já estava imaginando ele plantado nos campos de Aisha, defendendo
minhas preciosas plantações de arroz dos predadores.
…Como diabos a garota encontrou meu altar secreto? Você realmente

tinha que ficar de olho nessas empregadas.
Legends of the University #4: The Boss domesticou monstros que vivem em sua casa.

Capítulo 5:
Dignidade Paterna
ANTES QUE EU SABIA, mais três meses se passaram.
Agora era verão. A neve derreteu completamente e pousamos no meio de um

trecho quente e seco. Até agora, passei a maior parte deste ano sonhando com Lucie. Sempre
que eu tinha um tempinho livre, eu aproveitava para olhar para ela. Afinal, ela foi minha primeira
e única filha. Era natural para mim adorá-la.
Nesse dia, como em muitos outros dias, eu estava no quarto dela, observando-
a em silêncio. Sempre que eu olhava para aquele rostinho angelical de bochechas
rechonchudas, isso colocava um grande sorriso bobo no meu.
No entanto, eu era tecnicamente o chefe desta família agora. Eu não exalava

exatamente autoridade, mas queria agir de maneira relativamente digna perto de minhas
esposas e irmãs. Se eu passasse muito tempo arrulhando meu bebê como um idiota, a opinião
deles sobre mim certamente seria afetada.
Por esta razão, pretendia ser um pai severo . Você sabe - difícil, mas justo. Esse tipo
de coisas.
Se eu conhecesse Paul, ele provavelmente teria pensamentos semelhantes olhando

para mim quando eu era um bebê. Um pai deve inspirar admiração em seus filhos. Ele
deveria ser um exemplo para eles e uma meta a ser alcançada.
A certa altura, pensei em Paul como lamentável, ou até patético. Mas agora eu
sabia melhor. Ele tinha sido um pai magnífico. Ele tinha seus defeitos, e muitos deles, mas
mesmo assim era maravilhoso.
Com certeza, ele não era o marido mais fiel que existia, mas eu não
tenho todo o direito de criticá-lo nesse ponto. Era melhor focar nos aspectos positivos.
Neste ponto, eu poderia dizer com confiança que queria seguir o exemplo de meu pai—
“Aaah, aaah!”
Uh-oh, ela está agitada de novo.

Eu não tinha Sylphie em quem confiar hoje, então tive que assumir a responsabilidade
sozinho.
“Vamos lá, Lucie! É o seu pai! Abluhbluhbluh!”
“Aaaah! Ei, ha, ha!
Oh senhor, ela é tão fofa. Existe algo no mundo tão adorável quanto
o sorriso desse bebê?
Minha esposa de alguma forma deu à luz um anjo literal por engano. Não há outra
explicação para isso!
Hmm, fiquei um pouco distraído por um momento. Voltemos ao assunto “severo e

digno”.
A meu ver, o pai ideal era próximo o suficiente dos filhos para ser
atencioso, mas distante o suficiente para guiá-los adiante. Normalmente, ele deveria ser
gentil e gentil com seus filhos. Quando necessário, porém, ele não deveria hesitar em
dar-lhes uma bronca firme. E quando eles realmente precisassem de seu apoio, ele
deveria sempre se apresentar para eles. Esse era o pai ideal, na minha opinião.
Parecia que eu estava apenas descrevendo minhas impressões sobre Paul.

Ele era minha ideia de um pai perfeito, então?
Hum. Para ser honesto, eu não queria que meus filhos me considerassem
“patético”. Mas, novamente, foram parcialmente as fraquezas de Paulo que me tornaram
querido por ele. Pude aprender muitas lições com seu exemplo. Além disso, embora ele às
vezes parecesse lamentável para mim, ele sempre foi um pai maravilhoso para
Norn. Isso era óbvio, considerando o quanto ela o adorava.
Nesse caso, talvez o amor e a compaixão fossem os mais imp... “Aaah.
Aaaba, baaa!”
Ah não, ela está ficando nervosa de novo...
“Ei, Lucie! Papai está de volta! Eu vou buscar você, ok? Aqui está!
“Ei, ha! Hahahahaha!”
Assim que tirei Lucie do berço e comecei a balançá-la para frente e para trás, ela
começou a gargalhar alto. A julgar pelo sorriso angelical nela

cara, ela gostava de ser embalada em meus braços grandes e fortes. Meu coração não
aguentava muito mais dessa fofura.
“Uh, Rudeus…”
“Sim, Suzanne?”
Enquanto eu consolava Lucie, sua ama de leite, Suzanne, falou do outro lado da
sala. Suzanne era uma aventureira aposentada e uma velha amiga minha.
“Eu não me importo de acalmar a mocinha quando ela fica agitada, sabe? Faz parte do
trabalho.”
“Agradeço a oferta, mas gostaria de guardar esses momentos felizes para mim, muito
obrigado.”
Nós dois nos conhecemos quando eu estava começando como um aventureiro solo.
Perdemos contato por cerca de quatro anos, mas então ela viu minha vaga para o cargo de
ama de leite. Foi um verdadeiro choque vê-la novamente.
"Huh. Bem, se você realmente quiser fazer isso sozinho, fique à vontade.”
“Existe algum homem no mundo que não queira acalmar sua filha recém-
nascida?”
“Não posso dizer que meu marido esteja muito ansioso para lidar com isso.”
“Que vergonhoso. Parece que ele precisa de uma educação nas alegrias da
paternidade.”
Lembrei-me muito claramente do tempo que passei com Suzanne.
Eu tinha apenas doze anos, recentemente foi abandonada por Eris e estava fazendo
caminho sozinho para os Territórios do Norte, sentindo muita pena de mim mesmo.
Palavras não podem descrever o quão miserável me deixou ter que dissolver nosso antigo grupo,
“Dead End”, na guilda em Basherant. Como forma de me distrair dos meus sentimentos,
imediatamente tentei assumir sozinho uma tarefa extremamente difícil e perigosa.
Foi então que Suzanne e seu grupo entraram em cena.
O grupo deles tinha dois guerreiros, um arqueiro, um curandeiro e um mago.

Eles eram um grupo de rank B, mas todos eram veteranos experientes.
Suzanne foi uma das guerreiras da linha de frente. Para ser honesto, ela não era uma
espadachim tão impressionante nem nada. Em termos de habilidade de combate, ela era

mais próximo da parte inferior da Classificação B do que do topo.
No entanto, ela tinha uma reputação de bondade e sabia como manter

uma festa correndo bem. Quando ela me notou tentando realizar uma missão suicida,
ela se aproximou e disse algo como “Que tal fazermos esse trabalho juntos?”
Protestei que estava tentando fazer meu nome como aventureiro solo, mas
ela argumentou que eu precisava trabalhar com pessoas para construir uma
reputação. No final, deixei que ela me convencesse a trabalhar juntos.
Na época, Suzanne ficou alarmada com o quão rude eu parecia. Meus olhos estavam
opacos e sem vida, e ela percebeu que eu não estava dormindo muito. Quando falei com
ela em um tom cuidadosamente educado, ela achou aquilo mais assustador do que
tranquilizador.
Mesmo assim, ela me acolheu e me ajudou. Até o dia em que deixei isso
primeira cidade atrás, seu grupo me levou em todos os tipos de missões. Eles até me
convidaram para me juntar a eles de forma permanente.
Acabei rejeitando a oferta, mas eles sempre foram amigáveis comigo quando
nos esbarramos. Às vezes, eles até me levavam para uma taverna para comer.
Olhando para trás agora, era óbvio que eles estavam cuidando de mim de todas
as maneiras. Fiquei grato a todos eles.
Depois de seguirmos caminhos separados, Suzanne se casou com Timothy, o

mago e líder de seu partido. Eles voltaram para cá juntos, já que Sharia era a cidade
natal de Timothy.
Eles tiveram dois filhos juntos. Infelizmente, o terceiro nasceu prematuramente e

morreu logo depois.
O corpo de Suzanne ainda produzia leite, apesar da morte de seu filho,

então ela decidiu vender seus serviços como ama de leite. Ela estava olhando as
ofertas de emprego quando viu meu nome.
Aliás, eu passei para cumprimentar Timothy há apenas alguns dias

mais cedo. O homem não mudou nada.
“…Devo dizer, porém, você com certeza mudou.”

"Hum. Eu tenho?"

“Ah, sim. Antigamente, você nunca teria insultado um

marido da mulher na frente dela.”
Isso era verdade. Quando conheci Suzanne, tinha pavor de incomodar as pessoas.
Eu ainda não queria ofender ninguém se pudesse evitar, mas acho que não estava
pisando em ovos ultimamente. Muitas coisas aconteceram desde então.
“Desculpe, Suzanne. Eu te chateei?
“Não. Uma pequena provocação nunca fez mal a ninguém, sabia? Contanto que você
diga isso na minha cara, está tudo bem. Me deixa mais confortável, se alguma coisa.”
Provavelmente tinha algo a ver com os amigos que fiz no

Universidade. Eu tinha mais pessoas com quem poderia conversar casualmente atualmente.
Zanoba e Cliff preferiram assim, e foi mais fácil para mim, pois
bem.
“Inferno, você poderia ser um pouco mais casual perto de mim em geral,”
Suzanne continuou. “Você é tecnicamente meu empregador, sabia?”
“Suponho que sim, mas isso não é motivo para tratá-lo indelicadamente.”
Suzanne revirou os olhos ao ouvir isso. "Tudo o que você disser, garoto."
Eu devia muito a Suzanne. No final das contas, foi ela quem me ensinou como me
aventurar nos Territórios do Norte. Eu não conseguia ser muito casual com ela.
“Bem, acho que está tudo bem para mim, desde que eu receba meu salário.”
"Claro. Darei uma boa gorjeta, garanto.
A mulher falou como se tudo fosse por dinheiro, mas ela estava
maravilhoso até agora.
Fiquei um pouco nervoso no início, pois me lembrei de algumas histórias de

terror sobre babás sádicas da minha vida anterior. Mas Suzanne era tão carinhosa com Lucie
que você nunca saberia que ela não era sua mãe.
Claro, tínhamos Lilia e Aisha rondando a casa para

fique de olho nas coisas. E eu sabia desde o início que ela não era o tipo de pessoa que
maltrataria uma criança.

“A propósito, como estão seus filhos?”
“Ah, os meninos são realmente difíceis, como sempre. Eles estão deixando a vovó e o
vovô maltrapilhos.”
Suzanne e Timothy estavam morando com os pais de Timothy no momento. Foi

a única razão pela qual ela conseguiu trabalhar em tempo integral como ama de leite com duas
crianças pequenas correndo pela casa.
Ela reclamava regularmente com Lilia sobre como era difícil viver sob o mesmo teto que
a sogra. Lilia provavelmente estava mais inclinada a se identificar com a sogra, mas acho que
ela tinha mais ou menos a idade de Suzanne.
Parecia que eles se davam bem; Eu os via tomando chá juntos de vez em quando.
“…Eu estive pensando. Você queria um menino primeiro também?
"Na verdade. Por que eu deveria?"
“Bem, você sabe... todo mundo quer um herdeiro, certo?”

“Ah. Claro."
Tive algumas discussões como essa depois que minha filha nasceu. Zanoba e Ariel
também tocaram no assunto. Obviamente, era uma questão importante para famílias reais e
casas nobres – em Asura, eu até ouvi histórias de meninos recém-nascidos sendo levados de
parentes distantes para adoção pela principal família Bóreas.
“A questão é que não sou realmente um empresário nobre ou rico.

Isso realmente não me incomoda de qualquer maneira. Eu só quero ver meu filho crescer
feliz.”
Na verdade, fiquei satisfeito por ter recebido a opção mais fofa. Eu estava em
grande desvantagem numérica nesta casa, é verdade... mas não posso dizer que me
importasse de estar cercado por garotas adoráveis e mulheres encantadoras. Não era como se
eles estivessem me intimidando também. Eles eram quase legais demais .
“Ei, esse é o espírito. Gostaria que meu marido tirasse uma página do seu livro. No
momento em que engravidei, ele estava falando sobre todas as coisas que queria fazer se fosse
um menino. Não poupei um minuto para pensar na alternativa!”
“Bem, no final você conseguiu seus meninos, então acho que tudo deu certo.”

"Sim, eu acho. Eu tenho alguns sentimentos confusos sobre isso, no entanto. A terceira
era uma menina, sabe?
“Ah, certo... desculpe. Isso foi uma coisa idiota de se dizer…”
Por um instante, me perguntei como me sentiria se

Lucie nasceu morta. Só de pensar nisso já era horrível o suficiente.
"Está bem! Vamos tentar novamente.”
Suzanne parecia quase indiferente a isso, no entanto. Estava perdendo um bebê

realmente algo que você poderia ignorar assim? No mínimo, eu sabia que teria sofrido muito.
Não foi fácil para Sylphie engravidar, então não havia como saber quanto tempo levaríamos para
tomarmos outra injeção.
E o mais importante, Sylphie teria ficado arrasada. Foi fácil imaginá-la chorando e se
desculpando comigo por perder nosso filho.
Ah. Só de pensar nisso estava fazendo meu estômago doer.
Não fazia sentido insistir nisso, certo? Lucie saiu bem e Sylphie também estava bem. Já
havia passado tempo suficiente para que eu me senti relativamente confiante de que não era apenas
um sonho.
Em vez de pensar em como as coisas poderiam ter dado errado, eu

deveria estar aproveitando minha boa sorte.
“De qualquer forma... presumo que vocês dissolveram seu grupo em algum momento,
certo?”
“Sim, não muito depois de você sair da cidade. Quando você é tão medíocre quanto nós
éramos, fica muito difícil quando você perde um membro importante do partido, sabe?
Patrice disse que voltaria para Asura para se tornar um soldado, e nós meio que desmoronamos na
hora.
“…Você sabe o que aconteceu com Sara?”
"Você está curioso?"
"Sim, um pouco."
Sara era o nome de uma arqueira que pertencia ao grupo de Suzanne. Isto
era raro um aventureiro confiar em um arco e flechas, mas ela tinha um verdadeiro talento para
acertar tiros precisos e oportunos em batalha, o que a tornava bastante eficaz em seu papel.
Tínhamos idade relativamente próxima e ela era abertamente

hostil comigo no começo... mas com o tempo, ficamos cada vez mais amigáveis.
No final, nosso relacionamento incipiente implodiu graças aos meus

problemas de “desempenho”, mas eu ainda estava um pouco interessado em saber como ela estava
agora.
“Bem, ela ainda está por aí ganhando a vida como aventureira. Você não vê muitos
arqueiros por aí, já que é muito mais fácil aprender a lançar uma bola de fogo, mas ela tem as
habilidades e a experiência agora. Ela ficará bem em qualquer lugar que for.”
“Ah. OK."
“Se há algo que você não disse, você provavelmente deveria ir procurá-la
mais cedo ou mais tarde. Nunca se sabe quando um aventureiro pode ser morto.”
“Não acho que isso seja realmente necessário.”
Nossa pequena aventura estava no passado agora. Encontrá-la para falar sobre isso
não me faria nenhum bem.
Também era difícil imaginar que Sara iria gostar de lembrar de toda aquela bagunça.
“Bem, se você diz… Hmm?”
De repente, os olhos de Suzanne se afastaram de mim e se voltaram para a porta.
Quando me virei, vi Zenith parado ali em silêncio. Lilia estava escondida logo atrás
dela.
"Mãe?"
Zenith não respondeu, é claro, mas Lilia assentiu. “Perdoe a intrusão, Mestre
Rudeus.”
Com os olhos um pouco desfocados, Zenith deu um passo à frente lentamente e

sentou-se ao meu lado, posicionando-se para poder dar uma boa olhada no rosto de Lucie.
“Não se preocupe, mãe. Lucie está muito bem hoje.
Isso não gerou reação alguma. Zenith apenas olhou para o bebê com tanta
atenção que parecia ter esquecido que havia mais alguém no quarto.
Após sua chegada em minha casa, senti que ela havia se tornado visivelmente mais

ativo. Quando Norn estava por perto, ela tentava alimentá-la na mesa de jantar; quando
ela avistava Aisha, eles iam para o jardim e arrancavam as ervas daninhas. E quando
eu estava observando Lucie, ela passava assim para nos ver. Também houve diferenças
sutis em como ela reagiu a Roxy e Sylphie.
Sua expressão facial nunca parecia mudar e ela ainda não havia falado uma
palavra. Mas ela estava se movendo. Ela estava mudando. Talvez ela estivesse
voltando lentamente para algo como uma recuperação.
“…”
“Kyaa hah! Gaa!”
Zenith estendeu as mãos. Sorrindo de orelha a orelha, Lucie agarrou-os de

brincadeira.
"Ah, a pequena Lucie com certeza ama a avó, não é?"
No começo, eu estava nervoso com isso. Os sintomas de Zenith eram

comparáveis a algo parecido com demência; Eu estava preocupado que ela pudesse
machucar Lucie sem motivo algum, mesmo sem querer. A essa altura, porém, era
óbvio que não tínhamos nada com que nos preocupar. Tudo o que ela fez foi
observar Lucie em silêncio. Eu nunca tinha sentido nenhuma emoção negativa
dela. Na verdade, ela parecia uma mulher normal olhando pacificamente para o neto.
Eu me senti um pouco culpado por ter duvidado dela em primeiro lugar. Não era
como se ela já tivesse sido violenta com alguém antes.
"Ahaha! Gyaaaha!”
Em algum nível, parecia que Lucie entendia que ela também tinha boas
intenções. O garoto sorria sempre que Zenith o visitava. Sinceramente, foi muito
emocionante.


Mas é claro que não sabíamos muito sobre a condição de Zenith

e como ele pode se desenvolver. Era difícil imaginar que algo de ruim pudesse resultar
dessas visitas, mas dado o quanto ainda era incerto, provavelmente era melhor que
permanecessem supervisionados.
Afinal, acidentes podem acontecer, mesmo quando as intenções são boas.

“…”
De repente, Zenith olhou para mim. Quase parecia que ela estava tentando
para me enviar uma mensagem com os olhos dela... não que eu tivesse ideia do que poderia
meu.
"Uau! Uau!"
Segundos depois, Lucie começou a fazer barulho alto.
“Perdoe-me, senhorita Zenith…”
Lilia se abaixou e gentilmente tirou Lucie de mim e de Zenith.

Suzanne veio e recebeu o bebê. Ela começou a acalmá-la enquanto simultaneamente
verificava sua fralda e procurava erupções na pele.
Depois de um momento, porém, ela assentiu. “Parece que alguém está com
fome.”
Já era essa hora? Sylphie a amamentou antes de partir, mas

de alguma forma, algumas horas devem ter se passado desde então. Huh.
"Bem, então acho que vou sair da sala."
“Eu não me importo se você quiser assistir, você sabe.”
Foi gentil da parte de Suzanne oferecer, mas recusei educadamente. Nós éramos velhos
amigos e tudo, mas isso não significava que eu pudesse ver os seios de uma mulher
casada. Ela também era tão bem dotada quanto Zenith ou Lilia. Na verdade, eles pareciam um
pouco maiores do que antes. Talvez fosse todo o leite que estava ali?
Se eu tivesse um vislumbre dessas coisas, o Velho Sábio Eremita dentro de mim poderia
ser despertado de seu sono. Isso por si só pode não ser grande coisa. Mas e se Lilia, digamos,
mencionasse isso aos outros? Sylphie e Roxy podem estar desanimadas. Era um fato inegável
que elas estavam mais no lado achatado do espectro, mas eu não escolhi mulheres com
base em seus corpos. Eu não queria que eles se sentissem constrangidos com isso.
De qualquer forma... fui só eu, ou Zenith percebeu que Lucie estava pronta

ser alimentado? Talvez você adquira um sexto sentido para esse tipo de coisa depois
de criar seus próprios três filhos.
***
Saí para o corredor e olhei pela janela mais próxima.

Infelizmente, foi um dia cinzento e chuvoso. Era difícil adivinhar exatamente que horas
seriam, mas como Lucie estava com fome, provavelmente estava perto da hora.
meio-dia.
De alguma forma, consegui passar a manhã inteira saindo com

o bebê. Mas foi um tempo bem gasto, na minha opinião. Nada era mais
importante do que passar tempo com seu filho.
No momento, porém, fui para o meu escritório – uma pequena sala no
primeiro andar que reservei para minha pesquisa.
A mesa lá dentro estava coberta de relatórios manuscritos e algumas magias.

pedras.
Eu não tinha passado os últimos seis meses brincando com minha filha e
minhas irmãs, excluindo qualquer outra coisa. Eu também estive estudando os
prêmios que trouxe do Continente Begaritt.
Foram essas pedras que deram à hidra a capacidade de ignorar meus

feitiços, forçando-nos a um perigoso combate de curta distância. Eles absorveram
qualquer magia que entrou em contato com eles. À primeira vista, pareciam escamas
verdes claras comuns. Se não fosse pela sua transparência, nem sequer seriam
identificáveis como pedras.
Eu consegui aprender alguns fatos básicos sobre isso na biblioteca da

Universidade de Magia.
Em primeiro lugar, eram geralmente chamadas de “pedras de absorção”.
Manatite Hydras os produziu naturalmente dentro de seus corpos. Como aquela
espécie de monstro foi extinta há milhares de anos, durante a divisão continental,
eles eram agora incrivelmente raros e valiosos.
Muitos dragões produziram pedras ou cristais mágicos dentro de seus corpos.

Este foi apenas um caso particularmente incomum. A pedra do meu cajado, por exemplo,
foi recuperada de uma espécie dracônica de serpente marinha.

Os efeitos dessas pedras variaram muito, mas muitas delas tiveram efeito direto.
aplicações mágicas de algum tipo. Alguns poderiam aumentar sua capacidade mágica ou
reduzir a quantidade de mana necessária para lançar feitiços; outros tornaram seus feitiços
duas vezes mais poderosos sem aumentar o custo de mana. Não foi tão surpreendente que
houvesse alguém capaz de absorver magia inteiramente.
A parte complicada foi descobrir como exatamente essas pedras estavam se saindo
que.
Quando você os deixa sentados em uma mesa como esta, as pedras de absorção
não sugam ativamente a mana de tudo ao seu redor.
Claramente, algo tinha que acontecer primeiro. Depois de um pouco de experimentação, logo
percebi que as pedras tinham uma “frente” e uma “parte traseira”. Era muito difícil distinguir um
lado do outro, mas eles definitivamente existiam.
Quando eu colocava minha mão nas costas de uma pedra e a alimentava com mana, a
parte frontal começava a absorver magia enquanto emitia um gemido agudo.
Em outras palavras, essas coisas não funcionaram automaticamente. Você teve que virar
você mesmo. Era um pouco como as ventosas nos tentáculos de um polvo.
Parecia que a hidra contra a qual lutamos estava ativando sua “armadura” de
absorção de magia ao ver os feitiços voarem, tornando meus ataques inúteis no último segundo.
Tive dificuldade em imaginar que muitas pessoas pudessem reagir tão rapidamente,
mas os animais selvagens muitas vezes podem ter visão dinâmica e reflexos muito melhores do
que qualquer ser humano.
Experimentando mais, também percebi que a pedra não “absorvia” magia exatamente
da maneira que eu esperava. Quando eu o segurasse com a mão direita e lançasse um feitiço
com a outra, o feitiço desapareceria, mas não recuperei a mana que gastei. Na verdade, eu
tinha certeza de que isso estava me custando um pouco de mana – a mesma quantidade que usei
para lançar o feitiço original.
Seriam necessárias experiências mais focadas para ter certeza do que isso significava, mas
Eu tinha uma hipótese de trabalho. Basicamente, eu suspeitava que a pedra estava convertendo
a mana que eu alimentava em ondas que poderiam desintegrar instantaneamente qualquer
outra coisa feita de mana. Os resultados foram semelhantes ao feitiço Perturbar Magia, mas
senti que essas pedras eram ainda mais completas em obliterar o

feitiços com os quais eles interagiram.
Ainda havia muitas coisas que esta teoria por si só não conseguia explicar, é claro
curso. Por exemplo, as estatuetas que criei com magia não foram afetadas pelas pedras,
mesmo à queima-roupa.
As estatuetas de terra eram imunes às ondas, mas o projétil do meu Canhão de

Pedra não. Eu não tinha ideia de por que isso seria o caso. Talvez a mana nas estatuetas
tenha se estabilizado com o tempo, tornando-as imunes a perturbações? Hum.
Mas não fazia muito sentido descer por essas tocas de coelho. EU
nem tinha uma boa noção do que realmente era “mana”. Em vez de procurar uma
explicação abrangente, eu queria me concentrar em como poderia usar essas coisas. E como
eu poderia neutralizá-los no futuro.
Com esse pensamento em mente, realizei outro experimento.
Tive a sensação de que poderia usar essas pedras para destruir algumas coisas
que o Disturb Magic não conseguia. Círculos mágicos, por exemplo.
Cliff me ajudou com esse experimento. Como eu esperava, consegui

para destruir um feitiço de barreira e o círculo mágico que ele usou para lançá-lo. O desenho
de seu pergaminho original não foi afetado, mas enquanto o feitiço estivesse em uso ativo,
as pedras de absorção poderiam apagar o próprio círculo.
No entanto, eles não foram capazes de afetar um círculo mágico no interior de um

implemento mágico. Talvez tenha sido porque o círculo foi esculpido no próprio instrumento,
em vez de desenhado em sua superfície.
Isso faria sentido. Pensando em nossa batalha com a hidra, percebi que ela nunca
desativou o círculo mágico em seu covil, apesar de se debater por todo lado.
De qualquer forma, a conclusão mais importante foi que essas escalas não poderiam
destruir tudo de natureza mágica.
Dito isto, eles provavelmente foram mais do que eficazes o suficiente para lidar com a
maioria das ameaças que eu pudesse encontrar. Com um desses no bolso de trás, eu poderia
me libertar na próxima vez que caísse em uma armadilha e caísse dentro de um feitiço
de Barreira. Idealmente, eu evitaria cair em armadilhas, mas nunca faria mal ter uma apólice
de seguro.
No momento estava pensando em incorporar uma das pedras

em minha mão protética em algum lugar. Talvez na palma da mão.
Pode ser complicado usar essa mão tanto para ativar a pedra quanto para
lançar magia, mas espero conseguir pegar o jeito com um pouco de prática.
“Olá, querido irmão. Você tem um convidado.
Eu estava mexendo no meu escritório há algum tempo quando Aisha apareceu para
anunciar que tínhamos visitas. Seu rosto estava calmo e sereno; ela entrou no modo de empregada
profissional.
"Quem é esse?"
“Príncipe Zanoba. Ele está esperando por você na sala.
Hum. Será que ele precisa de alguma coisa?
Não que eu me importasse se ele viesse por capricho, é claro... Talvez ele só quisesse
companhia.
"Entendi. Obrigada, Aisha.”
Eu me levantei da cadeira casualmente.
Zanoba vinha progredindo em sua própria pesquisa sobre o autômato

recentemente. Minha prótese Zaliff foi um produto desses esforços.
E, no final das contas, as pernas e os pés do autômato funcionavam de maneira semelhante às
mãos e aos braços. Eu ajudei a fazer o protótipo desta vez. Zanoba elaborou os planos, eu criei o
modelo seção por seção com minha magia e Cliff inscreveu-o com os círculos mágicos
necessários.
Foi um processo lento e delicado. Passamos quase um mês fazendo uma única perna.
Algum dia, esperamos vendê-los junto com nossas mãos artificiais, mas estávamos muito longe
de produzir essas coisas em massa.
De qualquer forma. Agora que tínhamos uma boa noção dos membros, Zanoba estava
finalmente começando a investigar o corpo do autômato. Isso envolvia localizar as costuras
finas entre suas seções e, em seguida, separá-las cuidadosamente para estudar as “entranhas”.
Bem no centro do peito, ele encontrou uma pedra mágica. Era uma coisa cristalina
bem vermelha e de tamanho incomum. Depois de estudá-la, porém, ele percebeu que na
verdade não era apenas uma pedra. Era uma combinação de numerosos círculos menores,
cada um coberto por pequenos círculos mágicos.

Este era claramente o “núcleo” do autômato. Se conseguíssemos decifrar tudo

os padrões gravados nele, teoricamente seríamos capazes de fazer a mesma coisa nós mesmos.
E então, quando levamos nossa pesquisa a patamares ainda maiores, o Robo

O sonho da empregada finalmente se tornaria realidade!
Infelizmente, Zanoba estava enfrentando dificuldades diante desse novo desafio.
Os círculos no núcleo eram incrivelmente estranhos e complexos. Além do mais, os padrões

estavam cheios de fragmentos de escrita antiga — notas, advertências, passagens de livros
obscuros — e desenhos preliminares riscados.
Basicamente, estava claro que o criador do autômato ainda estava aperfeiçoando o
design do núcleo enquanto o construía.
Parecia que a obra-prima que havíamos encontrado era na verdade um fracasso ou

um protótipo. Não havia como dizer o que seu criador realmente pretendia.
Entender tudo isso seria muito mais difícil do que qualquer desafio que
enfrentamos até agora. Mas Zanoba não se intimidou. Ele parecia ainda mais determinado
do que antes a cumprir sua “missão de vida”.
Custe o que custar, ele teve meu apoio moral.
“Ei, Zanoba. Desculpe por mantê-lo esperando.
Quando entrei na sala, Zanoba pulou do sofá

onde ele estava tomando chá um momento antes. “Ah, Mestre Rudeus! Minhas desculpas
por me intrometer assim!”
Julie e Ginger, que estavam no canto da sala, seguiram seu exemplo e baixaram
a cabeça silenciosamente.
“Então, o que posso fazer por você hoje?”
“Eu estava simplesmente na vizinhança, então pensei em passar por aqui e dizer olá.”
Huh. Então foi realmente apenas uma visita social.
"Entendi. Bem, sinta-se em casa.
Este era um comportamento incomum para Zanoba, mas eu não iria transformá-lo.
longe ou algo assim.
Quando me acomodei em uma cadeira, Julie trotou para o meu lado. “Olha, Grão
Mestre Rudeus. Terminei outro.”

Ela estendeu uma estatueta para meu exame. Foi sua última tentativa de fazer uma
figura de Ruijerd que a fiz reproduzir como tarefa.
“Bom trabalho”, eu disse, estudando-o de vários ângulos. "Você é

melhorando rapidamente. Continue produzindo-os para mim, certo?
"OK!" Julie disse com uma reverência alegre.
Enquanto eu estava viajando pelo continente Begaritt, Julie terminou sua

estatueta original de Ruijerd. Fiquei genuinamente surpreso com o quão bom parecia.
Ficou claro que ela usou minha própria versão como modelo, mas com toda a honestidade,
a dela era simplesmente melhor.
Por um lado, a postura era perfeita. Mesmo um amador total perceberia que estava
olhando para um cara totalmente durão.
Quando mostrei para Norn, ela não pôde deixar de murmurar “Eu quero um”
baixinho, então dei o original para ela como presente. Ela o tinha em uma prateleira em
seu dormitório no momento.
Reconhecendo o sucesso de Julie, encarreguei-a de produzir o máximo

de cópias possível da estatueta. Ainda demorou um pouco para ela fazer um único, mas
isso não foi grande coisa. O trabalho foi uma boa maneira de aumentar sua capacidade
de mana, e esperamos ter uma boa pilha deles prontos para uso quando estivermos
prontos para vender o livro de Norn.
“Ontem vi a senhorita Norn na escola.”
"Oh sim? Vocês se esbarraram? Ela disse alguma coisa?

“Ela me agradeceu. Então eu agradeci a ela também.”
“Ah, isso é legal. Que bom para você, Julie.
Estendi a mão e dei um tapinha afetuoso na cabeça de Julie. Ela enrijeceu um

pouco ao meu toque, mas não recuou.
Acontece que Norn havia terminado recentemente seu livro sobre Ruijerd.
Mesmo depois que ela começou a aprender a espada comigo, ela continuou escrevendo.
O livro era curto e a prosa um pouco desajeitada e estranha.
Também cobriu apenas uma parte da vida de Ruijerd: a história daquelas lanças
amaldiçoadas, começando com o serviço leal de Ruijerd ao seu senhor e terminando com
sua vingança.

Mas apesar de todas as suas falhas, ela conseguiu capturar o poder de Ruijerd.
personalidade perfeitamente. Seu orgulho, sua dor e sua ousadia transpareceram com uma clareza
surpreendente. Com um pouco de edição cuidadosa, tive certeza de que poderíamos vendê-lo como
um livro infantil.
Para testar essa teoria, li o rascunho para Julie, que absolutamente

amei. Ela me fez ler três vezes seguidas e provavelmente teria continuado se Ginger não tivesse
intervindo.
Pelo que parece, ninguém nunca tinha lido histórias como essa de Julie quando ela era
pequena. Talvez fosse uma coisa cultural. Os anões aparentemente tinham algum tipo de conto de
fadas tradicional, mas talvez não escrevessem livros para crianças. Ou talvez seus pais estivessem
ocupados demais para passar muito tempo entretendo-a. Não que isso realmente importasse
de qualquer maneira.
De qualquer forma, como Julie gostou tanto do livro, eu estava planejando

para apresentá-la a Norn um dia desses, mas parecia que eles me venceriam. Norn provavelmente
ficou um pouco envergonhado ao saber que ela já tinha um fã. Foi bom saber que eles começaram
com o pé direito.
Reconhecer os talentos uns dos outros é um bom primeiro passo para construir um bom
relacionamento de trabalho.
Tudo isto significou que estávamos a fazer excelentes progressos no

preparativos para nossa campanha Superd PR . Eu estava acompanhando minha pesquisa e meu
treinamento também. No geral, me senti bem com a forma como estava usando meu tempo. Se eu
me esforçasse para assumir algo mais do que já estava lidando, provavelmente estaria me
sobrecarregando.
Talvez tivesse sido ideal focar em uma única área específica para me especializar, mas
minha sensação era de que nunca seria o melhor em nada que tentasse. Isso foi verdade na minha
primeira tentativa de vida, e provavelmente foi verdade neste
um também.
Sempre haverá alguém melhor que você por aí. Talvez eu

era o melhor mago da Universidade no momento, mas o mundo estava cheio de pessoas
incrivelmente poderosas.
Existe talento genuíno - o tipo de talento que você não pode

competir, não importa o quanto você tente.
No entanto, não senti necessidade de me esforçar para ser o melhor em nada. Meu
objetivo era ser flexível o suficiente para competir em vários

frentes. Se eu não conseguisse vencer alguém em uma luta um contra um, simplesmente encontraria uma
maneira de contorná-lo.
Parecia bom em teoria. Mas é claro, às vezes você pode encontrar

você mesmo olhando para uma Hidra Manatita. Eu queria me tornar poderoso o suficiente para
defender minha família, pelo menos. Lutar não era minha especialidade, mas eu teria que
encontrar maneiras de ficar mais forte.
"Oh, certo. Você quer dar uma olhada em Lucie, Zanoba?”
“Ah! Você está disposto a me mostrar sua filha?! Tem certeza?!"
“Quero dizer... sim. Existe alguma razão pela qual eu não faria isso?
"Suponho que não! No entanto, acredito que há certos países onde é tradicional esperar até
que uma criança complete cinco anos antes de permitir que alguém de fora da família a veja.”
"Realmente? Huh. Prefiro exibi-la para todos que posso, pessoalmente…”
De qualquer forma, não havia razão para pensar muito sobre tudo isso agora. Eu só tinha que
continuar andando devagar, com firmeza.
Eu estava acompanhando meu treinamento diário e exercícios mágicos, lascando

em meus projetos de pesquisa e fazendo muitos amigos interessantes.
Em comparação com minha última tentativa de vida, eu estava me esforçando muito mais e
aproveitando muito mais a cada dia. Era justo dizer que eu estava fazendo um bom trabalho até agora –
pelos meus padrões, pelo menos.
Em outras palavras, não havia necessidade de apressar as coisas. Se eu me esforçasse demais,

acabaria desmoronando física ou mentalmente. Minha pressa também pode me tornar descuidado. Eu não
queria cair em outro desastre, como aconteceu com aquela hidra.
Então, por enquanto, eu continuaria me movendo no meu próprio ritmo. Um passo de cada
tempo.
Eu queria fazer com que meus esforços de autoaperfeiçoamento fizessem parte de minha
rotina diária. Esperançosamente, esse esforço valerá a pena na próxima vez que eu enfrentar um
desafio real.
Hum. Qual foi o próximo passo que devo dar neste momento?
Eu substituí minha mão por uma prótese. Minha pesquisa estava avançando
agradável. Meu relacionamento com minhas esposas era excelente, minhas irmãs e

filha estavam bem e nossa família tinha uma sólida rede de segurança financeira.
Talvez já fosse hora de Roxy me ensinar um pouco de magia da água Tier
Monarca.
Lendas da Universidade #5: O Chefe tem uma queda por crianças pequenas.

Capítulo 6:
Nasce um Rei da Água
EM UM CANTO NORMALMENTE SILENCIOSO da Universidade de Magia, um sugestivo
conversa estava acontecendo.

"Não. Eu disse não!"
O local: um pequeno prédio conhecido por alguns alunos como “galpão de armazenamento
de educação física”.
Em frente à sua porta, um jovem agarrou uma garota de cabelos azuis pelos
braço.
“Vamos, qual é o problema? Estou te implorando aqui, ensine...”

"Não significa não!"
A atitude da garota foi de rejeição brusca. Seu rosto estava virado para o lado e ela fazia
beicinho de descontentamento.
Mas o jovem não recuou. “Só desta vez? Por favor?"
“Eu já lhe dei minha resposta. Me solte, por favor! O almoço terminará em breve.
"Ei! Não seja assim!
Estava claro que ele não tinha intenção de libertá-la. A garota olhou
ao redor da área, sua expressão perturbada.
Este era um canto tranquilo do campus, mas isso não significava que estivesse
deserto. Havia várias pessoas na área.
Mas quando a garota lançou-lhes olhares suplicantes, todos simplesmente olharam

ausente.
Havia uma razão simples para isso: eles tinham medo do jovem
assediando ela. Ele era o delinquente mais infame de toda a cidade.
Não que eles não quisessem ajudar a garota. Mas todos sabiam que qualquer tentativa
de intervenção seria provavelmente inútil e poderia muito bem custar-lhes caro. Ninguém foi
corajoso o suficiente para arriscar.

“Pense nisso por um minuto, ok? Estamos falando de um acordo ganha-ganha.

Você pode não gostar da ideia agora, mas no longo prazo, nós dois iremos nos beneficiar.”
“Bem… suponho que sim…”
“Ei, que tal isso? Se você fizer isso por mim, farei o que você quiser em troca.”
“Ugh… Olha, eu… eu só…”
À medida que a determinação da garota vacilava, o jovem aproveitou

implacavelmente sua vantagem. Ele se aproximou, quase pressionando a boca no ouvido
dela, enquanto sussurrava palavras melosas.
O rosto da garota estava ficando mais vermelho a cada momento. Brincando com ela
cabelos longos e trançados, ela olhou para o chão com vergonha.
"Ei! É o conselho estudantil!
Mas naquele exato momento, o homem mais bonito da Universidade entrou em

cena. Uma notável garota de cabelos brancos e óculos escuros seguia logo atrás dele.
“Ooooh! É o senhor Luke!
“Silent Fitz também está aqui!”
Os espectadores aliviados reconheceram imediatamente esses recém-chegados.

Eles eram Luke e Fitz, do conselho estudantil.
“Sir Luke é tão arrojado! Que momento perfeito!”
“Leve-me agora, Luke!”
“Sou só eu ou Fitz ficou muito mais fofo ultimamente?”
“Cara, eu nunca teria imaginado que ela era uma menina…”
Ignorando os gritos estridentes da plateia, os dois caminharam até o rapaz e a garota.
“Bem, Rudeus... estamos aqui porque alguém relatou que você estava
agredir uma estudante, mas…”
Luke parou no meio da frase para dar um suspiro pesado. Ele conhecia os dois
participantes desta pequena farsa: Rudeus Greyrat e sua segunda esposa, Roxy.

A “menina” não era estudante, em outras palavras. E Rudeus não a estava agredindo.
Tendo confirmado esses fatos, Luke se virou e começou a voltar pelo caminho por onde veio.
"Fitz, você cuida disso, por favor."
Coçando as orelhas sem jeito, Fitz assentiu. "Certo."
Quando o jovem cavaleiro saiu de cena, Roxy soltou um longo suspiro.

“Uma estudante? Realmente?"
“Você não pode culpá-los, professor,” disse Rudeus, balançando a cabeça com indulgência.
“A maioria dos alunos ainda não sabe que você é professor.” Nesse ponto, ele olhou para Silent Fitz
em busca de apoio - e a encontrou parecendo descontente, estufando ligeiramente as bochechas.
“Hum? Qual é o problema, Sylphie?
“Olha, Rudy. Eu sei que Roxy é sua esposa, mas isso não significa que você pode
forçá-la a fazer algo que ela não quer. Às vezes uma garota simplesmente não está de bom humor,
sabe?
"Huh? Ah, certo. Com certeza”, disse Rudeus, parecendo um pouco perplexo.
“Honestamente…” Fitz murmurou. “Talvez ela seja melhor nessas coisas, mas você poderia
tentar me perguntar em vez disso...”
"Espere. Aguentar. Este poderia ser-"
De repente, os olhos de Rudeus brilharam. Aproximando-se rapidamente de Fitz, ele cutucou

a bochecha dela com o dedo; ela respondeu virando a cabeça para o outro lado e estufando ainda
mais as bochechas.
"Isso é! Isso é! Você está com ciúmes, Sylphie!
Com esta exclamação, ele abraçou Fitz e apertou-a

firmemente. Fitz não parecia totalmente descontente, mas ela também não parou de franzir a
testa.
“E-eu não diria que estou com ciúmes, sério. Mais como desapontado!
“Não se preocupe, querido! Não vou deixar você de fora! Faremos isso juntos!”
“O que... você está falando sério? Você quer dizer... nós três?
Rudeus levou a boca ao ouvido de Fitz e murmurou sua resposta.

"Sim, está certo. Podemos fazer com que Roxy ensine nós dois ao mesmo tempo.”

“Uhh… Roxy vai nos ensinar…?”
“Bem, é claro que ela é. Afinal, ela é a especialista.
Fitz olhou para Roxy, que virou o rosto para o lado, mal-humorada. "EU
ainda não disse que estou disposto, você sabe.
“Vamos, não diga isso. Sylphie também quer aprender. Não é mesmo, Sylphie?
“E-eu não sei... Parece meio constrangedor...” Ainda embrulhado

nos braços de Rudeus, Fitz se contorcia incerto. Os óculos escuros que ela usava
como disfarce escondiam seus olhos, mas era óbvio que brilhavam de emoção. "Mas acho
que farei isso... por você, Rudy..."
“Ah, Sylphie!”
Dominado pela afeição, Rudeus enterrou o rosto nos cabelos de Fitz. Seu
cheiro agradável e sua suavidade o deixaram ainda mais animado, e seu abraço ficou
mais intenso a cada segundo. Fitz, por sua vez, ficou fascinado por esse abraço poderoso
e logo parou de resistir totalmente.
Roxy olhou com inveja nos olhos.
Era exatamente disso que Rudeus precisava. Era hora de pressionar o ataque
mais uma vez.
“Por que você não quer me ensinar, Roxy? Você não gosta mais de
mim?
Desta vez, ele assumiu um tom profundamente magoado. Foi o suficiente para fazer
Roxy estremecer.
“É claro que ainda gosto de você, Rudy! Eu… eu te amo muito!”
“Então por que você está sendo assim?”
"Bem... se eu te ensinar isso, não terei mais nada em que seja melhor do que
você..."
"O que? Não seja ridícula, Roxy! Você está em um plano superior de
existência do que eu!”
Roxy suspirou com isso. “Ok, olhe. Já faz algum tempo que pretendo dizer isso,
mas acho que sua opinião sobre mim é um pouco exagerada. Eu sou uma pessoa
mesquinha, na verdade... o tipo de mulher que fica chateada porque seu aluno a supera.”

“Isso não é problema, garanto! Você é perfeito do jeito que é, com mesquinharia e tudo!
“De qualquer forma, passei meses da minha vida aprendendo isso, sabe? Você e Sylphie
são mais talentosos do que eu jamais fui, então provavelmente vocês dominarão isso muito mais
rapidamente…”
Neste ponto, Fitz finalmente percebeu que ela havia entendido mal a situação, e
seu sorriso sonhador deu lugar a uma expressão confusa. "Hum, desculpe, Rudy... do que
exatamente estamos falando aqui?"
"Oh, certo. Eu estava pedindo à Roxy que me ensinasse um feitiço Água Tier Monarca.”
***
Você conhece o conceito de um passeio romântico de bicicleta?
Permita-me elaborar. Refiro-me especificamente a um casal de jovens que partilha uma

única bicicleta.
Normalmente, um menino pedala na frente, com uma menina sentada atrás dele. Ela se
senta de lado no bagageiro – talvez com os braços firmemente em volta da cintura dele, talvez
mantendo uma pequena distância.
O menino pode estar dirigindo e pedalando, mas em muitos casos a própria bicicleta pertence
à menina.
O habitat natural para um evento deste tipo é a margem de um rio no início

noite. O brilho vermelho quente do sol poente disfarça convenientemente qualquer leve rubor
que possa estar acontecendo.
Neste momento, encontrei-me numa situação muito comparável. O sol

ainda estava alto no céu, mas a nuca de Sylphie estava bem na minha frente. Movendo meu
nariz para frente, eu poderia facilmente encher minhas narinas com o doce perfume de sua pele.
Eu também estava com os braços em volta da cintura dela, com as mãos cruzadas
em volta do umbigo. A parte superior do meu corpo estava pressionada contra o dela; Eu podia
sentir as batidas de seu coração em meu peito.
Foi realmente esplêndido.
Apenas como observação lateral, devo mencionar que estava mantendo a parte inferior do corpo

um pouco separada dela, por motivos que não precisam ser explicitados. Ela era minha esposa e tudo,
mas eu ainda precisava tratá-la com respeito.
Além disso, eu tinha visto diversas notícias sobre acidentes de carro causados por
passageiros que apalpavam o motorista. Estávamos a cavalo naquele momento, o que não era
exatamente a mesma coisa, mas ainda assim não era uma boa ideia distrair quem segurava as
rédeas.
“Matsukaze é realmente um bom cavalo”, disse uma voz logo além de Sylphie. “Ele é
calmo e faz o que mandam, mas também é muito forte.”
Inclinei-me para olhar por cima do ombro de Sylphie, e as costas de uma mulher de cabelo azul
garota apareceu. Foi Roxy; ela estava sentada bem na frente de Sylphie.
"Sim. Você não vê um cavalo assim todos os dias, isso é certo.”
Nós três estávamos espremidos nas costas de um único cavalo.
Matsukaze, o animal de estimação mais negligenciado da nossa casa, não parecia

lembre-se um pouco desse fardo excessivo. Ele trotava como se nem estivéssemos lá.
— Ginger não a escolheu para você, Rudy? perguntou Sylphie. “Ela tem um bom olho para
cavalos.”
“Você sabe muito sobre cavalos, Sylphie?” disse Roxy.
"Huh? Hum, eu não iria tão longe... mas consegui ver alguns dos melhores
cavalos no Reino de Asura algumas vezes. Como aquele que o capitão dos cavaleiros reais cavalga.”
"Eu vejo. Tenho certeza que deve ser um animal esplêndido…”
Com isso, Matsukaze relinchou como se fosse objetar.
“Ah, me desculpe, Matsukaze!” disse Roxy apressadamente. “Você também é

esplêndido. Afinal, você é o único corcel da família Greyrat.”
Hum. Certos animais entendiam as línguas humanas neste mundo?

Ou talvez Roxy fosse apenas uma encantadora de cavalos?
Provavelmente não. Os animais de estimação começam a responder à sua voz quando

você fala o suficiente com eles, só isso. Aisha também estava sempre conversando com Byt e Dillo.
“De qualquer forma… tenho que admitir, é um pouco embaraçoso andar na frente na minha
idade.”

Cada vez que encontrávamos alguém vindo na direção oposta, Roxy corava e
puxava o chapéu para cobrir o rosto. Suponho que sentar na frente da pessoa que segura as
rédeas seja comparável a andar na cadeira de bebê de um carro.
carro.
“Eu não teria me importado de seguir vocês dois em Dillo ou algo assim, você sabe.”
“Boa tentativa, Roxy”, disse Sylphie com um sorriso. “Aposto que você estava
planejando fugir no instante em que tiramos os olhos de você.”
“Eu não sou uma criança. Eu não ia fugir.”
Apreciando o som da conversa de minhas esposas, reservei um tempo para observar

a paisagem ao nosso redor.
No momento estávamos na periferia da cidade. Havia um pequeno e lindo riacho

correndo à nossa direita; à nossa esquerda, havia uma grande planície com uma floresta ao
longe. Os Territórios do Norte não eram a parte mais fértil do mundo, mas nesta altura do ano
havia muito verde.
Até poucos minutos atrás, passávamos por campos de trigo e batatas, mas agora
estávamos cercados por uma região vazia e subdesenvolvida. Eu não tinha certeza de
quantas horas estávamos andando agora, mas claramente havíamos chegado longe o suficiente
para conseguir um pouco de privacidade.
Observando a água à nossa direita, vi peixes enquanto a luz do sol refletia em

suas escamas. Este foi um dos vários riachos menores que desaguavam no rio que passava
pela cidade da Sharia.
Pode ser bom sair da cidade para pescar num dia ensolarado, mesmo que eu
não viajei tão longe. Não que eu já tivesse pescado antes.
“Eu disse a vocês dois que iria ensiná-los e pretendo fazer um bom trabalho.”
A razão pela qual viemos até aqui foi bastante simples: Roxy
havia dobrado. Meus repetidos apelos e insistências finalmente a desgastaram.
“Vou te ensinar o único feitiço Água Tier Monarca que dominei: Tempestade de Raios.”
Roxy ainda parecia desapontada com o rumo dos acontecimentos, então passei pelo
lado de Sylphie e acariciei seus ombros afetuosamente.

De qualquer forma… Tempestade de Raios, hein? Apenas com base no nome,

parecia um feitiço padrão baseado em eletricidade. Agora que pensei sobre isso, porém, o
raio não era uma das disciplinas mágicas padrão neste mundo.
Eu nunca tinha visto ninguém usar um feitiço do tipo elétrico antes.
E além disso, este era um feitiço Tier Monarca. Eu tive que presumir que seria
dramático.
“Hum, tudo bem. Acho que já avançamos o suficiente.”
Depois de um pouco mais de tempo na estrada, Roxy nos fez parar e desceu de
Matsukaze. Ela começou a amarrá-lo a uma pequena árvore da espessura de sua perna.
“Ei, professor… você se lembra de Caravaggio?”
"Oh sim. Esse era o nome do cavalo de Paul, não era? Isso realmente me traz de
volta…” Roxy sorriu, parecendo um pouco nostálgica.
Já se passaram doze anos desde que ela me ajudou a me tornar um Santo da Água.
Enquanto isso, eu havia adquirido um monte de outras habilidades, mas só agora estava
finalmente passando para o Tier Monarca. Parecia que eu tinha feito muitos desvios no
caminho até esse momento.
Mas falando sobre o cavalo... o pobre Caravaggio quase morreu naquela época. Roxy
tinha acabado de conseguir salvar sua vida, mas ele poderia ter morrido instantaneamente.
Era possível que ela tivesse esquecido disso depois de todo esse tempo, então senti a
necessidade de tocar no assunto.
“Existe algum risco de outro acidente como o que tivemos naquela época?”
“Acho que não, não. Mas não queremos que Matsukaze pegue um resfriado
na chuva, então você deveria fazer uma Fortaleza de Terra para protegê-lo.”
"Entendi."
Eu prontamente me virei e coloquei nosso cavalo em uma espécie de iglu de barro.

Ele aceitou isso com admirável autoconfiança.
“Hum, devo esperar à distância ou algo assim?” disse Sylphie, vestindo sua capa
de chuva.
“Não, isso não será necessário”, respondeu Roxy, fazendo o mesmo.
Até mesmo um feitiço de nível Santo era suficiente para deixá-lo encharcado,
então propus que os trouxessemos como medida de precaução. eu puxei o meu

também.
“Estão todos prontos?”
"Sim."
"Sempre que você estiver."
Roxy assentiu e apontou para uma árvore distante. Foi uma coisa enorme. Mesmo
de longe, pude perceber que seu tronco era incrivelmente grosso.
“Vou usar aquela árvore como meu alvo. Só posso usar isso uma vez hoje, então
observe com muito cuidado.”
"Entendi."
Com outro pequeno aceno com a minha resposta, Roxy fechou os olhos e começou a
respirar profundamente. Suas mãos agarraram seu cajado com força enquanto ela se concentrava
intensamente na tarefa em questão.
Isso durou mais tempo do que eu esperava. Ela poderia disparar um feitiço de nível
Santo rapidamente, mas aparentemente isso não era tão fácil para ela. Embora eu não tivesse um
Olho de Poder Mágico nem nada, me senti bastante confiante de que ela estava usando esse
tempo para reunir uma enorme quantidade de mana para o feitiço.
Depois de alguns longos minutos, os olhos de Roxy se abriram e ela murmurou:

“Tudo bem, então. Vamos começar."
Com essas palavras, ela esfaqueou seu cajado no chão.
Com a mão esquerda, ela segurou-o com firmeza. Com a direita, ela agarrou a pedra
mágica em cima dela.
E finalmente, ela começou a cantar – lenta e cuidadosamente, como se revisasse cada

palavra antes de pronunciá-la.
“Oh, espíritos das águas magníficas, imploro ao Príncipe do Trovão! Conceda-

me meu desejo, abençoe-me com sua selvageria e revele a este servo insignificante um
vislumbre de seu poder! Deixe o medo atingir o coração do homem como o teu martelo divino
atinge a bigorna e cobre a terra com água!
Depois de algumas frases, reconheci as palavras e pisquei confuso.
“Venha, ó chuva, e lave tudo em sua inundação de destruição!”

Nuvens negras encheram rapidamente o céu acima de nós. Simultaneamente, uma dura
e uma chuva torrencial começou a cair. O vento açoitava a planície, empurrando a água para
cima e para baixo do meu casaco. Meu roupão ficou encharcado instantaneamente. Um
raio brilhou acima de nós, ameaçando atingir o chão a qualquer momento.
Foi tudo muito impressionante, mas eu já tinha visto isso antes. Este foi apenas o
feitiço Cumulonimbus de nível Santo.
“Eu invoco você, poderoso espírito de luz, brilhante senhor dos céus!”
Mas quando esperei que o canto terminasse, Roxy continuou em frente.
“Você vê o inimigo atrevido elevando-se diante de nós? Você vê seu inimigo jurado,
com toda a sua arrogância? Eu seria a lâmina sagrada que o derrubaria! Deixe seu poder radiante
ensiná-lo que o Imperador ainda reina supremo!”
A cada palavra que saía de sua boca, o céu acima de nós ficava comprimido.
As nuvens negras que se estendiam pelo horizonte desabaram sobre si mesmas, formando
um círculo que ficava menor e mais denso a cada segundo.
A eletricidade crepitante formou um arco ao redor da massa escura.
E finalmente, quando o anel de nuvem encolheu para um mero ponto no céu…
"Raio!"
Um pilar de pura luz caiu na terra.
Foi um raio, sim. Mas não era nada parecido com qualquer coisa que eu já tivesse visto
antes.
A onda sonora nos alcançou uma fração de segundo depois.
O rugido era ensurdecedor, mesmo àquela distância. Sylphie tapou os ouvidos com as
mãos e fez uma careta.
Eu, por outro lado, estava muito ocupado olhando boquiaberto para o
distância. Não consegui encontrar nada para dizer. Nem uma única palavra.
Depois de alguns momentos, consegui engolir. Em algum momento, eu cerrei os

punhos; eles estavam tremendo.
Depois que o rugido passou por nós, nada restou. As enormes nuvens negras
desapareceram. As chuvas torrenciais desapareceram. O pilar ofuscante de iluminação havia
desaparecido. E aquela enorme árvore também desapareceu.

Simplesmente não sobrou nada.
O céu acima de nós estava claro e azul. A terra ao nosso redor estava molhada, mas
essa era a única pista do que acabara de acontecer.
Quando forcei a vista, mal consegui distinguir um pedaço preto de madeira carbonizada
onde antes ficava a árvore.
"Eca…"
Liberando o bastão, Roxy cambaleou para o lado. Eu corri para

pegá-la antes que ela pudesse cair.
"Você está bem?"
“Oh, estou feliz por ter conseguido isso. Com minha capacidade de mana, só posso usar
uma vez, até mesmo com meu cajado... Você deu uma boa olhada no feitiço, Rudy?
“Absolutamente, professor.”
Eu não fui capaz de desviar os olhos daquilo por um único segundo. Lembrei-me também
de cada palavra do encantamento.
“Você acha que está pronto para experimentar?”
“Vou tentar!”
Depois de entregar Roxy para Sylphie, me virei, estendi meu próprio cajado e apertei
ainda mais seu cabo.
Aqua Heartia esteve comigo desde o dia em que completei dez anos, apoiando-me em
todas as turbulências da minha vida. Eu me senti confiante de que poderia lançar esse feitiço sem
a ajuda dele, mas queria usá-lo de qualquer maneira.
Tentando lembrar o que tinha acabado de ver com a maior precisão possível,
olhei para o céu e comecei a cantar.
“Oh, espíritos das águas magníficas, imploro ao Príncipe do Trovão! Conceda-

me meu desejo, abençoe-me com sua selvageria e revele a este servo insignificante um
vislumbre de seu poder! Deixe o medo atingir o coração do homem como o teu martelo divino
atinge a sua bigorna e cobre a terra com água! Venha, ó chuva, e lave tudo em sua inundação
de destruição!”
Uma enorme quantidade de mana derramou das minhas mãos para o cajado e depois disparou.
até os céus.
À medida que as nuvens de tempestade se acumulavam, senti a magia se espalhando ao meu redor,

pronto para ser aproveitado e liberado. Se eu tivesse cantado a

palavra “Cumulonimbus” em seguida, o feitiço teria se completado.
Eu não ia fazer isso, no entanto. E pensei ter entendido o porquê. Se eu
Se o feitiço tivesse uma forma coerente, provavelmente seria impossível conseguir
aquela compressão das nuvens. Eu precisava passar para a próxima fase sem
estabilizar o feitiço.
“Eu invoco você, poderoso espírito de luz, brilhante senhor dos céus! Você vê
o inimigo atrevido elevando-se diante de nós? Você vê seu inimigo jurado, com toda
a sua arrogância? Eu seria a lâmina sagrada que o derrubaria! Deixe seu poder
radiante ensiná-lo que o Imperador ainda reina supremo!”
A cada frase que eu falava, a magia no ar aumentava cada vez mais
intensamente. Não tive escolha a não ser colocar mais mana no feitiço para evitar que
ele ficasse totalmente fora de controle. Eu estava forçando as nuvens a se
comprimirem, apertando-as com todas as minhas forças.
Este feitiço exigia poder. Poder bruto e bruto. Essa foi a única coisa
isso tornou isso possível. Eu nunca havia lançado nada que exigisse uma força tão
feroz antes.
Não... isso não era inteiramente verdade. Algo sobre isso era familiar para
mim. Não foi tão diferente do que senti quando estava levando meu Canhão de
Pedra ao limite de seu potencial.
No momento em que percebi isso, o feitiço de repente pareceu muito mais fácil de
controlar.
"Raio!"
Quando pronunciei a palavra final, pude sentir algo como um buraco vazio
aberto sob minha bola de mana comprimida.
Empurrei tudo para baixo, de uma só vez.
KRA-KOOM!
Mais uma vez, um grande pilar de relâmpago atingiu a terra e seu rugido
passou por nós. Eu não usei nenhum alvo específico, mas o feitiço atingiu o chão
exatamente onde eu queria.

Mais uma vez, não sobrou nada em seu rastro. Não havia nuvens negras acima de
nós, apenas céu azul claro. Mas o chão estava um pouco mais encharcado do que antes e
nossos casacos pingavam água.
A imagem residual do relâmpago ainda brilhava diante dos meus olhos. Meu
os ouvidos ainda zumbiam por causa de seu rugido.
Eu consegui.
Sylphie foi a primeira a falar. Tudo o que ela conseguiu, porém, foi um assustado “Oh,
uau”.
Simples assim, eu era um Mago da Água Tier Monarca.
***
“Isso foi um pouco frustrante…”
No caminho de volta para casa, a expressão de Sylphie estava ligeiramente abatida.
Depois da minha tentativa bem-sucedida, ela também deu uma chance ao feitiço. Roxy
começou com Cumulonimbus. Ela falhou na primeira vez, mas conseguiu na segunda tentativa.
Infelizmente, ela não conseguiu lançar Lightning. Sua primeira tentativa

falhou e também a esgotou. Comprimir a mana foi de longe a parte mais difícil do feitiço;
Provavelmente só tive sucesso porque tive experiência em fazer algo semelhante.
Ainda assim, Sylphie aprendia rápido. Tive a sensação de que ela descobriria se
tentasse mais algumas vezes.
“Não se sinta mal, Sylphie”, disse Roxy com um sorriso. “Eu ainda estrago tudo uma
vez a cada cinco vezes.”
De certa forma, fiquei um pouco feliz por Sylphie ter falhado desta vez. Se nós dois
tivesse conseguido em nossa primeira tentativa, Roxy poderia ter levado um golpe em seu orgulho.
Isso foi interessante, no entanto. Com base no que vi hoje, Sylphie parecia ter
uma capacidade de mana maior do que Roxy. E o Roxy's não era nada pequeno, pelo que
entendi.
“Bem, alguém conseguiu na primeira tentativa. Você é incrível,

Rudy.”
“Sim, isso foi certamente impressionante. Eu tenho que admitir que eu estava esperando por isso
acontecer, mas foi um pouco deprimente que você tenha conseguido isso tão facilmente.”
“…”
Não consegui encontrar nada para dizer aos dois.
Claro, comecei a usar magia por volta dos dois anos de idade e me esforcei para
expandir minha capacidade de mana. Mas dado o quanto acabei com, provavelmente nasci
com uma quantidade anormalmente grande em primeiro lugar. Eu me esforcei, mas também
tive sorte. Isso tornava difícil dizer qualquer coisa sobre minhas habilidades como mago.
De qualquer forma, eu precisava manter o foco por enquanto. Ainda não estávamos em
casa e minhas esposas estavam exaustas.
Assim que estivéssemos de volta em segurança, eu teria que fazer massagens

nos ombros de ambos. Estaríamos faltando às atividades noturnas esta noite também. Estávamos
todos exaustos.
“Ah, olhe, Rudy”, chamou Sylphie. “Não é um lindo pôr do sol?”
Olhei para o oeste, onde o sol estava começando a afundar abaixo do

horizonte. O céu ao redor tinha um tom brilhante de vermelho.
A natureza era tão bela aqui quanto no meu antigo mundo. Que
era uma coisa que não tinha mudado.
“Sim, é lindo.”
Hmm… eu deveria acrescentar “mas não tão lindo quanto você” aí?
Com um pequeno suspiro, Sylphie inclinou-se ligeiramente contra mim. Ela parecia apenas
quase pronto para cochilar no local.
Provavelmente chegaríamos em casa antes de escurecer, mas eu

temos que ficar alertas até chegarmos aos limites da cidade. Esses dois não podiam usar
magia agora, então se algum monstro aparecesse, eu precisava lidar com eles.
“…Sabe, às vezes me pergunto se tudo isso é um sonho”, murmurou Roxy

enquanto olhava para o pôr do sol.
Sylphie inclinou a cabeça interrogativamente. "Um sonho?"
"Isso mesmo. Talvez eu ainda esteja preso naquele labirinto, e este é um

feliz pequena ilusão que estou vendo antes de morrer.”
Mantive meus olhos examinando a área ao nosso redor em busca de ameaças, ouvindo parcialmente
a conversa.
Sylphie e Roxy falavam devagar, o cansaço evidente em suas vozes.
“Estou muito mais feliz agora do que há seis meses. Eu me casei,

por um lado, e fui contratado como professor na Universidade. Suponho que pareço uma espécie
de intruso para você, Sylphie... mas estou feliz por estar aqui, montando este cavalo com vocês
dois.
Senti Sylphie estremecer um pouco quando Roxy falou a palavra intrusa.

Agora ela balançou a cabeça em negação.
“Você não é uma intrusa, Roxy. E estou feliz que você tenha sido tão gentil e atencioso
com tudo isso. Eu não acho que ganharia se você transformasse isso em algum tipo de competição…”
A voz de Sylphie estava tão incerta que senti a necessidade de interromper com um
abraço neste momento. Ela tirou uma das mãos das rédeas para dar um tapinha no meu braço; era
a maneira dela de dizer “eu sei”.
“Quer dizer, eu simplesmente tive sorte, de verdade”, ela continuou depois de um momento. "Eu obtive
conhecer Rudy quando éramos pequenos, e então encontrei-o novamente quando ele estava
realmente desesperado por ajuda. Eu nunca teria chamado a atenção dele de outra forma.”
“Acho que você está sendo um pouco modesto demais...” disse Roxy, com a voz um pouco
perturbada.
“Bem, eu provavelmente nem estaria aqui hoje se não tivesse conhecido Rudy quando
criança.”
"O que você quer dizer?"
“Ele me ensinou magia quando eu era jovem, sabe? Foi a única coisa que me manteve vivo.”
Sylphie começou a contar a história de sua vida após o Incidente de Deslocamento.
Ela teve o azar de emergir no céu acima do palácio real em Asura. Ao lançar rapidamente
um feitiço, ela mal conseguiu pousar

com segurança. Mas naquele momento, seu cabelo perdeu a cor original – possivelmente
um efeito colateral de gastar muita mana em seu terror.
A princesa Ariel gostava dela pessoalmente, mas foi sua rara habilidade de lançar
feitiços silenciosamente que lhe valeu um lugar na corte real.
E quando Ariel foi superada por seus rivais políticos, essa mesma habilidade permitiu que
Sylphie lutasse contra dezenas de assassinos enquanto eles fugiam.
No quadro que ela pintou, minha magia foi a única coisa que a manteve viva durante
tudo isso.
“Quando eu trabalhava como mago guardião da Princesa Ariel, este

um pensamento continuou surgindo na minha cabeça: se eu não soubesse usar magia,
provavelmente seria um escravo agora.”
Enquanto ela falava, me perguntei o quão diferente minha vida era.

teria sido se eu não tivesse conhecido Roxy ou Sylphie quando era jovem.
Se não fosse pela Roxy, eu não teria coragem de sair daquela casa
por anos. Eu estava confiante nisso. Se eu nunca tivesse dado um passo para fora — nunca
tivesse conhecido Sylphie —, poderia ter sobrevivido ao Incidente de Deslocamento? Eu poderia
ter atravessado o Continente Demônio?
Bem, se eu nunca tivesse conhecido Sylphie, não teria acabado sendo enviado para
a cidade de Roá. O que significava que eu não teria conhecido Eris ou Ghislaine. Talvez meus
pais tivessem me mandado para a escola eventualmente. Eu teria atingido uma parede com
minha magia em algum momento, então poderia acabar pedindo a eles que me mandassem para
a Universidade de Magia de Ranoa de qualquer maneira.
Em circunstâncias diferentes, Paul poderia ter aprovado em vez de me dizer para

esperar até os doze anos. Mas é claro que eu não teria encontrado Sylphie esperando por
mim em Ranoa. Ela também não teria me seguido até aqui.
Talvez eu tivesse acabado na mesma turma que Linia e Pursena e me apaixonado por
uma delas. Quando nos formassemos, eu voltaria para a Grande Floresta e viveria entre o povo-
fera.
Bem, não… o Incidente de Deslocamento teria ocorrido

eventualmente, então eu provavelmente teria corrido de volta para casa em Asura.
De qualquer forma, minha vida teria sido completamente diferente.
Mesmo assim... não pude deixar de sentir que teria encontrado Sylphie

em algum lugar. E me apaixonei por ela, é claro.
Sim, certamente isso foi predestinado pelas leis da causalidade!
Ou apenas “destino”, se preferir. Qualquer que seja.
“Minha vida mudou completamente no dia em que conheci Rudy”, concluiu Sylphie,
encerrando sua história. “Quer dizer... eu também me esforcei muito, mas acho que tive mais
sorte do que qualquer outra coisa. Então, quando eu vejo alguém como você, que mudou
a vida de Rudy para melhor, e eu sei que vocês dois se amam, bem... eu realmente
não quero que ele perca isso só porque estou por perto, eu acho? Provavelmente não tenho
o direito de me opor, já que cheguei aqui primeiro… Desculpe, não sei como dizer isso.”
“Tudo bem”, disse Roxy calmamente. “Eu entendo o que você está tentando
dizer. E estou... muito feliz que você tenha uma opinião tão elevada sobre mim.
Não consegui ver o rosto de Roxy, pois ela estava sentada na frente. Mas pude ver
que seus ombros tremiam ligeiramente.
Estiquei meus braços e puxei ela e Sylphie para um abraço.
“Rudy…”
No meu antigo mundo, escolher Roxy significaria perder Sylphie. E poderia

ter funcionado assim aqui, se não fosse pela decisão de Sylphie de me perdoar.
A única pessoa sortuda aqui fui eu.
Dado o meu histórico nada ideal como marido, prometer que os guardaria para
sempre provavelmente soaria vazio.
Eu apenas teria que falar com minhas ações.
Assim que chegamos em casa naquela noite, reservei um tempo para repassar o que
Eu aprendi com a lição do dia sobre magia Tier Monarca.
Relâmpago era um feitiço complicado, mas o conceito básico era simples: você
espalhava uma enorme quantidade de mana por todo o céu, concentrava-o em um local e
jogava-o sobre o alvo.
Fisicamente falando, você criou as nuvens de tempestade e depois disparou um raio.

Simples assim.

Em retrospecto, Cumulonimbus e Lightning eram essencialmente duas partes

de um único feitiço.
Seu poder destrutivo foi o maior de todos os feitiços que eu já vi até agora. Que
era apenas natural, no entanto. Eu não conhecia nenhuma magia que exigisse mais mana
bruta do que Cumulonimbus, e Lightning concentrou toda essa energia em um único ponto.
Até agora, meu Canhão de Pedra totalmente carregado tinha sido o mais letal.
feitiço em meu arsenal, mas este pode ter superado. Com tantos jigawatts na ponta dos
dedos, eu poderia me lançar ao futuro se quisesse.
Mas falando sério.
Embora o nome deste feitiço fosse Relâmpago, o verdadeiro segredo por trás de seu
poder estava na etapa de compressão de mana. Eu estava curioso para saber se algum feitiço
Tier Monarca em outras disciplinas poderia ser uma aplicação da mesma técnica básica.
De qualquer forma, agora que consegui lançar o feitiço uma vez, eu estaria
capaz de usá-lo silenciosamente no futuro.
Na próxima vez que o usei, tive quase certeza de que poderia acelerar as fases de
formação de nuvens e compressão e lançar o raio muito mais rapidamente do que antes. Mas
embora eu estivesse planejando praticar com ele, não tinha certeza se teria muitas chances
de colocar esse feitiço em uso prático. Afinal, se eu estivesse enfrentando um único alvo, meu
Canhão de Pedra geralmente era mais que suficiente.
O relâmpago era uma espécie de feitiço exagerado, no geral. Seria mais útil se eu pudesse
encontrar uma maneira de reduzir seu poder.
Com esse pensamento em mente, comecei a brincar um pouco em uma escala bem
menor. E depois de vários experimentos fracassados, descobri uma maneira de gerar uma
corrente elétrica forte.
O método envolvia lançar silenciosamente um pequeno feitiço Cumulonimbus,

comprimi-lo e disparar um feitiço Relâmpago na direção do meu alvo.
Isso resultou em um pequeno e crepitante raio de eletricidade que poderia ser direcionado com
considerável precisão. Sua voltagem também parecia bastante baixa, então o dano causado
não foi muito excessivo.
Eu não tinha certeza exatamente como isso funcionava, mas parecia que poderia acontecer
a calhar. Provavelmente não era adequado para combates extremamente próximos.

Você acabaria se chocando junto com seu alvo. Pelo lado positivo, não causaria nenhum
dano duradouro. Na pior das hipóteses, você ficaria incapacitado por um tempo. Mas havia
muitos outros feitiços mágicos de ataque que não corriam o risco de ferir seu próprio
lançador.
Ainda assim, pareceu valer a pena tentar refinar isso. Eu poderia usar um feitiço
projetado para atordoar alguém em vez de matá-lo. O relâmpago se ramifica no ar para
atingir seu alvo, então seria impossível evitá-lo. E o choque pode até ser eficaz para
incapacitar alguém protegido por uma aura de batalha. Eu não tinha ninguém para
testar isso no momento, mas se Badigadi voltasse, eu poderia pedir a ele para ser minha
cobaia.
No mínimo, pode ser uma boa surpresa tirar da minha manga

contra um oponente mais poderoso.
Aliás, embora este feitiço fosse apenas uma pequena forma de Relâmpago, eu
decidi chamá-lo de Elétrico para poder distinguir entre os dois.
Que dia produtivo foi esse!
Legends of the University #6: The Boss tem uma personalidade elétrica.

Capítulo 7:
A cerimônia de casamento
Eu estava planejando dormir sozinho na noite em que me tornei um Rei da Água.
Isso acontecia principalmente porque Roxy e Sylphie estavam esgotadas, então não parecia
o momento para romance. Eu também estava agradavelmente cansado, mas sabia que não
seria capaz de manter as mãos afastadas se fosse para a cama com qualquer um deles, então
decidi que dormiríamos todos em quartos diferentes.
Porém, quando mencionei isso para Aisha, ela insistiu em dormir com
eu mesma. Esse tipo de coisa já aconteceu muitas vezes antes. Nunca a convidei ativamente,
mas quando ela pediu para dormir comigo, nunca recusei. Não havia motivo real para recusar,
então dei-lhe minha permissão.
Claro, esse seria o tipo de sono estritamente platônico.

Enquanto Aisha comemorava, percebi que Norn estava olhando com algo que parecia
inveja em seus olhos. Norn já deveria ficar aqui esta noite. Conhecendo-a, porém, provavelmente
não fazia muito sentido sugerir que ela se juntasse a nós.
Essa foi a minha suposição, pelo menos. Mas quando lancei a oferta só para ser educado,
Norn realmente aceitou.
Acabei imprensado entre minhas irmãs naquela noite. Aisha estava deitada à minha
direita e Norn ficou à minha esquerda. Em pouco tempo, eles estavam roncando com a cabeça
apoiada em meus braços.
Aisha era uma coisa, mas fiquei um pouco perplexo com o fato de Norn ter concordado
com isso. Seu rostinho tranquilo também não me dava nenhuma pista.
Talvez fosse a maneira dela de me dizer que me aceitou como uma espécie de pai substituto.
Eu confio em você o suficiente para dormir abraçado a você, ou algo parecido. Talvez.
Fiquei preso no lugar com os braços estendidos, mas me senti profundamente feliz naquele
momento.
Foi quase como se eu tivesse encontrado uma parte de mim que estava faltando. Assim como um
um pássaro precisa de duas asas, talvez um homem precise de duas irmãs nos braços.
Esse pensamento deu origem a uma ideia que causou um choque em meu corpo.

coluna.
Cara, eu quero fazer um ménage à trois com Sylphie e Roxy.
Era a voz do diabo, sem dúvida, sussurrando estas palavras em meu ouvido. Alguma
cobra malvada, com a língua movendo-se sugestivamente, estava tentando ao máximo me
desviar.
Eu não poderia me permitir continuar pensando sobre isso.
Em teoria, era algo que me interessava há muitos anos. Mas

na prática, eu não tinha ideia de como começaria a conversa. Ambos me amavam, mas isso
não significava que se sentiriam confortáveis com um pedido como esse.
Eu poderia aceitar “não” como resposta, é claro, mas e se perguntar a eles

destruísse nosso relacionamento?
Não achei que isso fosse provável, mas não pude deixar de me preocupar com isso.
Não era como se eu estivesse insatisfeito com nosso acordo atual. Eu era
afinal, passar noites alternadas com duas mulheres muito bonitas.
Além do mais, eu estava apaixonado pelos dois. Um já havia dado

eu uma criança. Do que eu tinha que reclamar? Nada, é isso.
Dito isto... eu queria tentar dormir com os dois ao mesmo tempo.
Parte disso foi que ambos abordaram isso de maneira muito diferente.
Sylphie era um pouco submissa. Como regra geral, ela fazia tudo o que eu pedia na
cama. Quando eu sugeria que tentássemos algo novo, ela frequentemente baixava os
olhos ansiosamente, mas nunca se opôs.
Isso não quer dizer que ela fosse um peixe morto. Depois que começamos, ela
sempre se divertiu. Dentro de alguns minutos ela estaria com falta de ar e agarrada a mim
desesperadamente. Era óbvio o quanto ela queria me agradar, e era adorável.
Roxy, por outro lado, era uma espécie de técnica. Ela estava constantemente
aproveitando as coisas que aprendeu com Elinalise, tentando aumentar suas habilidades.
Quando eu pedia que ela tentasse algo, ela pensava na melhor maneira de fazer isso.
Quando eu me oferecia para fazer algo sozinho, ela fazia todo tipo de sugestões. Dada a
diferença em nossos tamanhos, tivemos alguns desafios físicos a superar, mas ela foi criativa e
trabalhadora o suficiente para encontrar maneiras de contorná-los. E isso foi tão
adorável, em

seu próprio caminho.
Sylphie era do tipo indulgente e Roxy era uma experimentadora. Ambos foram maravilhosos.
Eu não preferia um ao outro.
Era possível que eu eventualmente começasse a aproveitar mais meu tempo com um deles,
mas, mesmo assim, não planejava negligenciar o outro. Minha intenção era tratá-los da maneira mais
igualitária possível.
Certo. Eu amei os dois igualmente. Então era realmente errado pensar em dormir com
os dois ao mesmo tempo?
Certamente a resposta foi não. Qualquer homem de sangue quente tem algum interesse em
tais coisas. Está simplesmente na nossa natureza!
No entanto, isso não significava que eu expressaria esses pensamentos.

Às vezes, é mais sensato manter seus desejos mais extremos para si mesmo, se quiser manter
relacionamentos saudáveis.
Esta foi a razão pela qual eu nunca me permiti trazer isso à tona antes.
A partir desse momento, pelo menos, eu estava confiante de que isso não iria mudar.
Na manhã seguinte, fui ao laboratório de Cliff.
A pesquisa de Cliff estava focada no desenvolvimento de magia

implementos – especificamente, aqueles capazes de neutralizar maldições.
Ele insistiu que eu poderia visitá-lo a qualquer momento, mas sempre que aparecia, fazia
questão de ouvir atentamente na porta. Dependendo dos barulhos que ouvia lá dentro, às vezes eu tinha
que me virar e sair.
Hoje, não parecia haver nada de problemático acontecendo lá, então bati na porta.
“Entre. A porta está aberta”, gritou uma voz lá de dentro.
Entrei no laboratório e encontrei Elinalise sentada perto da janela mais distante.

Ela estava apoiando o rosto na mão e olhando para a rua, seus longos cabelos cacheados brilhando
ao sol.
A mulher com certeza era pitoresca quando não estava falando. Mas eu a conhecia muito bem
para ficar impressionada – ela provavelmente estava tendo pensamentos indescritivelmente sujos.

“Você é a única em casa, Elinalise?”
"Isso mesmo."
Cliff estava muito ocupado ultimamente e não estava fazendo muito progresso
em sua pesquisa. Estávamos conversando há meses sobre encontrar tempo para
melhorar seus protótipos existentes usando as pedras de absorção, mas isso ainda
não havia acontecido.
“Cliff está trabalhando nos preparativos do casamento novamente.”
Esse aí foi um dos principais motivos. Cliff e Elinalise iriam se casar em breve.
“Continuo me oferecendo para ajudar”, ela continuou, “mas ele está determinado a
fazer tudo sozinho”.
“Tente não usar isso contra ele. Os homens podem se orgulhar dessas coisas, sabia?
Antes de partirmos para o continente Begaritt, Cliff prometeu a Elinalise que se

casaria com ela quando voltássemos. Quando voltamos, porém, ele ainda nem tinha
começado a se preparar. Isso não foi culpa dele de forma alguma. Dissemos a ele que
poderíamos ficar fora por dois anos, mas acabamos voltando em seis meses. Teria
sido estranho encontrá-lo pronto e esperando.
No entanto, Cliff era o tipo de cara que levava suas promessas a sério.
Com notável foco e teimosia, ele organizou tudo nos últimos meses. Em primeiro lugar,
ele encontrou um lugar para morar, comprou os móveis e planejou tudo o que precisavam
para se mudar. Na maior parte do tempo, ele cuidou de tudo sozinho, embora eu tenha
ajudado um pouco. com a caça imobiliária. Ao contrário de mim, ele não estava interessado
em comprar uma casa; ele finalmente decidiu alugar um apartamento no Distrito Estudantil.
Se alguma vez ficasse muito apertado para eles, ele imaginou que poderiam simplesmente
se mudar para um lugar maior.
Fiquei um pouco surpreso com essa atitude, considerando que Cliff era um
exibicionista por natureza. Mas, por outro lado, ele não estava nadando em dinheiro no
momento, então era perfeitamente razoável. Ele não poderia ter comprado uma casa cara.
Não sem a ajuda financeira de Elinalise, pelo menos. Eu sabia que ela estava muito bem
de vida.
“Ah, e falando nisso… Parabéns, Elinalise.”

Eles estavam nos estágios finais agora. O casamento estava marcado para
próximo mês. Algo em Elinalise usando um vestido branco puro parecia um pouco
estranho, mas contanto que as duas estivessem felizes, isso era tudo que realmente
importava.
“Você se importa se eu esperar até que Cliff volte?”
"De jeito nenhum."
Elinalise estava mantendo seu lado da conversa, mas ainda nem olhou em minha
direção. E agora, ainda olhando pela janela, ela soltou um suspiro longo e profundo.
Foi o tipo de suspiro que veio com legendas próprias: Estou muito perturbado.
Ninguém vai me perguntar o que há de errado?
"Você está tendo dúvidas sobre o casamento ou algo assim?" aventurei-me.
“Ah, claro que não. Cliff é tão doce e dedicado que quase sinto como se
não o mereço. Eu não poderia estar mais feliz por nos casarmos.”
Justo. Eu era apenas um espectador aqui, mas tão justo quanto eu poderia dizer, Cliff
não era nada além de amoroso e leal a Elinalise. Isso não quer dizer que ele fosse uma
pessoa perfeita. Ele tinha muitas falhas. Mas ele ainda era um jovem — na verdade, ainda
não tinha vinte anos. Quando você levava em consideração seu potencial de crescimento
futuro, o cara era um verdadeiro partido.
“Então por que você continua suspirando?”

“Não é óbvio?”
“Ah. Eu vejo."
Isso significava que era uma coisa sexual, provavelmente.
“Cliff tem estado tão ocupado que só dorme comigo duas vezes por semana!”
Sim. Imaginei isso.
“Isso é uma pena, mas o que você pode fazer? Ele está fazendo tudo por
você, Elinalise.”
"Sim Sim. Eu entendo tudo isso, acredite em mim.
“E quando você finalmente entrar em seu ninho de amor, provavelmente não sairá
por uma semana inteira, certo?”

Eu estava falando por experiência própria. No momento em que voltamos do Continente

Begaritt, Elinalise e Cliff ficaram trancados aqui por dias. Foi o suficiente para fazer você se
perguntar se tudo o que realmente importava era o sexo. Não que eu tivesse o direito de dizer isso,
dada a minha libido saudável.
“Suspiro… não posso deixar de ficar com ciúmes de você, Rudeus.”
"Por que? Às vezes eu mesmo fico sem alguns dias.”
“Sim, mas você pode brincar com Sylphie e Roxy ao mesmo tempo, não é? Estou satisfeito
com Cliff, é claro, mas tenho certeza que vocês três se divertirão muito juntos .”
"Espere o que? Não! Não temos sexo a três nem nada.
"O que realmente? É uma pena. É um bom momento, garanto. Por que você não tenta?
Oh não! O diabo está me tentando de novo! Não dê ouvidos a ela, Rudeus.

Vá embora, Mara! Amém!
"Escandaloso! Vergonhoso! Vou fazer com que você seja banido do

biblioteca, Elinalise!”
“Eu não acho que Sylphie ou Roxy se importariam, você sabe.”
“Fácil para você falar, mulher! E se eu destruir meus casamentos?!
"Hum. Suponho que Roxy pode ser um pouco tensa às vezes. Ela pode não
reaja muito bem se você deixar cair a ideia sobre ela de repente.
"Sim! É isso que eu estou dizendo!"
Sylphie tendia a concordar com qualquer coisa que eu propusesse. Foi difícil
Eu sabia como ela se sentia em relação às coisas, e às vezes eu me perguntava se ela
estava sacrificando seus próprios desejos para me agradar... mas se eu dissesse a ela que queria tentar
isso, tinha certeza de que ela concordaria.
As coisas eram diferentes com Roxy, no entanto. Apesar de sua personalidade séria, ela
tinha um lado surpreendentemente inocente. Pelo que eu sabia, no momento em que eu
propusesse um ménage à trois, ela começaria a fazer as malas para ir para a casa dos pais.
“Agora que você mencionou isso”, murmurou Elinalise, “eu poderia falar com eles sobre isso.
Você sabe... estabeleça as bases para você.
Meu Deus! Claro! É brilhante!

Roxy poderia não reagir bem se eu trouxesse isso à tona do nada, mas ela estava
aprendendo ativamente novas técnicas de quarto com Elinalise. Elinalise poderia facilmente
começar a incluir algumas lições sobre sexo a três no currículo. E Sylphie também confiou
totalmente em seus conselhos.
Isso foi perfeito. Quase perfeito demais! Estaríamos lutando na cama

juntos num piscar de olhos, e eu nem precisaria me sentir estranho com isso!
“Elinalize! Você é uma deusa!
Foi uma auréola que vi acima da cabeça dela? Tomado pela emoção, curvei-me
profundamente diante do meu salvador.
Elinalise respondeu com um tom de voz divertido: “Bem, bem. Tanta bajulação.
Mas não tenho certeza se realmente quero ajudá-lo. Não é como se eu estivesse ganhando
alguma coisa com o acordo.”
"Ouvir!"
Ela trouxe a ideia e agora se recusava a me ajudar? O que

uma mulher terrível.
Mas eu não poderia revidar agora. Ela me tinha na palma da mão e sabia disso. Eu
tinha toda a força de vontade de um cavalo com uma cenoura pendurada na frente do focinho.
"Existe... alguma coisa... que eu possa fazer por você, Elinalise?"
Quando olhei ansiosamente para o rosto dela, Elinalise sorriu maliciosamente.
A mulher realmente era uma vilã. Mesmo meus sorrisos não pareciam tão malvados.
Provavelmente.
“Bem, parece que me lembro de ter ouvido algo sobre um afrodisíaco raro do Reino de
Asura.”
"Certo. Eu ainda tenho isso. Nunca tive tempo de usá-lo.
“Você se importaria de dar isso para mim? Como um presente?"
Ela devia estar falando daquele pequeno frasco de poção que recebi de Luke.
Para ser honesto, nunca senti necessidade de confiar nessas coisas. Eu tinha mais
resistência do que qualquer uma das minhas esposas, então tinha medo de acabar prejudicando-
as se tomasse. A ideia de fazê -los aceitar também parecia um pouco errada. Eu nunca
descobri uma boa maneira de usá-lo.

“Como você deseja usá-lo?”
“Para apimentar minha noite de núpcias.”
“Isso vai ser necessário?”
“É uma ocasião especial, querido. Prefiro ter Cliff comigo como uma fera a noite toda.”
Às vezes me surpreendia com a liberdade com que Elinalise abraçava seu

próprio tesão. Quero dizer, não era como se Cliff estivesse constantemente andando por aí
em estado de excitação.
“Pergunta delicada, Elinalise, mas você já se preocupou com a possibilidade de

afastar Cliff com seu, uh... apetite?
"De jeito nenhum. Em primeiro lugar, não teríamos terminado juntos se ele
não consegui lidar com isso.”
“Já pensou em tentar diminuir o tom das coisas por causa dele?”
“Eu poderia tentar me conter, mas acabaria explodindo. eu preferia ser

consistentemente honesto sobre meus sentimentos.”
Essa foi Elinalise para você, tudo bem.
Agora que pensei sobre isso, Cliff também não parecia estar se forçando a
acompanhá-la. Ele fez o possível para agradá-la, mas senti que ele conhecia seus próprios
limites.
Ambos se amavam intensamente, à sua maneira. Que

parecia uma dinâmica divertida para um relacionamento. Eu meio que os invejei.
“Bem, tudo bem então. Você tem um acordo. Vou trazê-lo na próxima vez que passar
por aqui.”
“Você é muito gentil, querido. Ah, mal posso esperar para ver como será o Cliff
quando ele não conseguir mais controlar sua paixão…”
Elinalise começou a babar, os olhos vidrados de paixão. Eu estava começando a ficar

um pouco preocupado com meu amigo, mas espero que os dois saiam disso ainda mais
próximos do que antes.
Um mês depois, encontrei-me na única Igreja Millis na cidade de Sharia.

Era um lugar majestoso e solene; não muito diferente de uma catedral cristã. Linhas
bancos simples preenchiam a maior parte do espaço. Na frente, o símbolo sagrado da fé Millis
estava sob um raio de sol que entrava por uma enorme janela de vidro. E diante desse
símbolo, um sacerdote oferecia uma ladainha de louvor a Deus.
“Saint Millis sempre irá guiá-lo e cuidar de você.”
Um homem e uma mulher estavam de frente para o padre, vestindo roupas brancas
roupas. Atrás deles, cerca de vinte espectadores observavam em silêncio.
“Se alguém tentar dividir você, seu escudo sagrado irá protegê-lo.
Se alguém tentar prejudicá-lo, sua espada sagrada irá julgá-lo. E se o seu amor se provar uma
mentira, a sua ardente tristeza perfurará os céus.”
Eu fui um desses espectadores. Parados na primeira fila, na verdade, todos vestidos com
roupas elegantes no estilo Asuran.
Sylphie estava à minha direita e Roxy à minha esquerda. Ambos usavam vestidos
modestos e formais. Não tínhamos nenhuma dessas roupas antes, então saímos e as compramos
para a ocasião. Eu não tinha certeza de quando precisaríamos usá-los novamente, mas não faria
mal nenhum tê-los por perto.
Ariel e Luke estavam do outro lado de Sylphie, vestindo o que pareciam ser roupas muito
caras. Atrás de nós havia outra fila de VIPs, incluindo Zanoba, Linia e Pursena. E atrás deles havia
uma fila de convidados diversos – Ginger, Julie e duas garotas que aparentemente eram
atendentes de Ariel, entre outras. Eu não conseguia vê-los de onde estava, mas Norn e
Aisha também estavam em algum lugar lá atrás.
Ambas estavam usando lindos vestidos hoje também, mas eu optei por alugá-los. Ambas
eram meninas em fase de crescimento, então parecia prematuro comprar qualquer coisa.
Eles não ficaram muito satisfeitos com isso, é claro.
Havia alguns convidados que eu também não reconheci. Mas, sem surpresa, Nanahoshi
não apareceu.
Nos casamentos da Igreja Millis, as fileiras de convidados eram aparentemente divididas por
categoria. A primeira fila foi reservada aos espectadores de maior escalão, bem como aos familiares
mais próximos dos noivos.
A presença da princesa Ariel bem na frente era natural, em outras palavras. E Sylphie
era a única parente de Elinalise na sala, o que rendeu

ela um lugar. Por outro lado, só estive aqui porque era marido de Sylphie. Isso me fez
sentir um pouco deslocado.
Roxy estava pior do que eu, no entanto. Ela estava aqui como minha segunda
esposa, e a Igreja Millis não tinha muita consideração pela bigamia. Acho que ela achou a
situação um pouco estranha, já que estava parada e rígida desde o início da cerimônia.
Luke disse que não havia necessidade de ser constrangido, já que muitos nobres
Asuran tomaram múltiplas esposas, apesar das doutrinas de sua igreja.
Também não achei que Roxy tivesse motivo para se sentir culpada, só para
constar.
À medida que a cerimônia avançava continuamente, uma conversa chamou

minha atenção.
“Penhasco Grimor. Você jura amar Elinalise Dragonroad, e somente ela, enquanto
vocês dois viverem?
“Juro amá-la até a minha morte.”
Aparentemente, a Igreja Millis também tinha votos de casamento. E a escolha de

palavras de Cliff me pareceu muito pesada. Conhecendo-o, ele manteria sua palavra literalmente.
Elinalise seria a única mulher que ele tocaria pelo resto da vida.
Eu admirava esse tipo de fidelidade... embora aparentemente eu mesmo não

fosse capaz disso.
“Elinalize Dragonroad. Você jura amar Cliff Grimor, e apenas

ele, contanto que vocês dois vivam?
“Juro amá-lo por toda a minha vida.”
Eu não tinha certeza do que pensar sobre a promessa de Elinalise.
Eu sabia que ela tentaria manter sua palavra. Mas ela tinha que enfrentar sua
maldição, e havia também a questão de sua expectativa de vida. Cliff provavelmente morreria
antes dela, e eu senti que ela eventualmente iria procurar alguém novo para amar. E ninguém
poderia culpá-la por isso, certamente.
Ainda assim... foi meio bizarro vê-la se casando, considerando o

toda a razão pela qual ela se matriculou na universidade foi para dormir com um bando
de jovens vigorosos. A vida é cheia de surpresas, não é?

“Nesse caso, o noivo pode colocar o Colar de Millis em sua noiva.”
Cliff aceitou cuidadosamente um colar grande e fortemente ornamentado

do padre. Era um adereço cerimonial padrão, supostamente feito à imagem de um
colar que o próprio Saint Millis usara uma vez. Cada igreja tinha seu próprio
exemplar.
“Curve-se um pouco, Lise,” Cliff sussurrou baixinho.
"Ah, certo. Desculpe."
Elinalise abaixou ligeiramente a cabeça e Cliff ficou na ponta dos pés para
colocar o colar em seu pescoço. Não foi o momento mais gracioso. O pobre rapaz
não parecia estar ficando mais alto.
“E agora a noiva pode dar ao noivo o beijo promissório”, disse o padre.
"Claro."
Inclinando-se lentamente, Elinalise beijou Cliff na testa, em vez de nos lábios.


Esta parte da cerimónia foi baseada numa história da vida de Saint Millis.
No dia de sua partida para o campo de batalha, Millis concedeu seu

colar em seu “Mais Amado”. Em troca, ela o beijou na testa, rezando para que ele retornasse
em segurança.
Mais tarde, quando Millis estava em grave perigo, sua Mais Amada ergueu seu colar para
os céus. Comovido por sua beleza e pela profundidade de seu amor, Deus intercedeu para salvar
Millis.
Dizia-se que a história era baseada em eventos históricos reais, mas era difícil
para dizer o quanto disso era literalmente verdade.
“Deus do céu, ouça meu apelo! Conceda a estes dois o presente do amor e da felicidade
eternos!”
Enquanto ele pronunciava estas palavras, o cajado de madeira do sacerdote soltou um som brilhante.
explosão de luz que iluminou toda a igreja. Os recém-casados formavam silhuetas
contra o brilho; com suas roupas totalmente brancas, quase parecia que eles estavam
derretendo nelas.
Foi um momento adorável e onírico que pareceu durar muito mais tempo do que
realmente durou. Mesmo depois que a luz desapareceu, Elinalise e Cliff permaneceram como
estavam, sorrindo um para o outro. Eles pareciam realmente felizes. E era óbvio que eles
continuariam assim.
Quase me senti culpado por pensar “Huh. Então esse cajado é um instrumento
mágico, certo?” em vez de arrulhar diante do espetáculo. Talvez eu estivesse ficando um pouco
pragmático demais.
Terminada a cerimônia, os convidados saíram da igreja enquanto os noivos observavam.

Foi um evento bastante curto, considerando todas as coisas. O seu propósito era apenas provar o
seu amor mútuo a Deus, servindo-nos como testemunhas. Não houve recepção depois nem
nada. Membros da nobreza provavelmente aproveitariam a oportunidade para uma festa pós-
festa, mas infelizmente Cliff era apenas um estudante.
Ainda assim, se Badigadi estivesse aqui, tive a sensação de que ele teria exigido em
voz alta que fizéssemos um banquete. E eu estava com vontade de me comemorar pela primeira
vez. Afinal, foi uma ocasião feliz.
“Isso foi incrível!”

“A noiva estava tão linda!”
Aisha e Norn também estavam animadas. Eles estavam conversando

animadamente sobre a cerimônia desde que saímos da igreja. Você nunca teria imaginado
que havia alguma tensão entre eles.
Pensando bem, porém, eu não os tinha visto brigando ultimamente. Se

qualquer coisa, eles estavam se dando bem.
“Os casamentos de Millis são tão românticos, não são?”

"Sim! Eu quero usar um vestido assim!”
Enquanto minhas duas irmãs cantavam, olhei para elas furtivamente.
Eu podia ver Norn se apaixonando por alguém e algum dia colocando seu próprio
vestido branco puro. Não foi o mais agradável dos pensamentos. Eu teria que dar um soco na
cara do sortudo como presente de casamento.
Aisha, porém... eu não tinha tanta certeza sobre ela. Foi difícil imaginar
ela fugiu para se casar. Talvez ela passasse a vida inteira como empregada doméstica
da família.
“Acho que as meninas sonham com esse tipo de cerimônia, hein?” Eu disse,
voltando-se para Sylphie.
“Bem, claro. Mas não estou reclamando!” ela respondeu com um sorriso.
“O nosso era bom à sua maneira. Eu gostei de quão íntimo era.”
Claro, se ela quisesse uma cerimônia de casamento adequada, poderíamos

gerenciar algo semelhante. Porém, não éramos membros da Igreja Millis, então seria
mais uma imitação do que qualquer outra coisa. Cliff provavelmente concordaria em oficiar
se eu me ajoelhasse e implorasse.
Eu também não hesitaria em rastejar pelo bem de Sylphie. Um bom homem

coloca sua esposa acima de sua dignidade.
“…”
Alguém puxou silenciosamente minha manga esquerda. Eu me virei para encontrar Roxy
olhando para mim.
Ela colocou um pouco de maquiagem para a ocasião, o que só a realçou.

beleza. O rubor em suas bochechas parecia puramente natural.
“…Você quer ter sua própria cerimônia de casamento, Roxy?”

Nós dois nunca tínhamos comemorado formalmente nosso casamento. O

momento teve muito a ver com isso – afinal, tínhamos acabado de dar a notícia da morte de
Paul. Mas, além disso, o Migurd não tinha tradição de cerimônias matrimoniais. Roxy me
disse antecipadamente que não seria necessário.
Ainda assim, não teria me surpreendido se ela tivesse mudado de ideia depois
de hoje.
“Não, isso não será necessário. Mas, uh... tente ler nas entrelinhas, sim?
Com isso, Roxy fechou os olhos e fez beicinho.
Eu não tinha certeza do que motivou isso, mas não estava disposto a
deixe passar um convite tão encantador. Pegando Roxy pelos ombros, puxei-a para
perto e beijei-a na testa.
“Quatro—”
"Desculpe por isso. Sua testa está particularmente adorável hoje.”

“E-é...? Ei, ei.”
Roxy pareceu um pouco confusa no início, provavelmente por causa de onde

eu havia plantado meu beijo. Mas assim que a elogiei, um grande sorriso bobo se
espalhou por seu rosto.
A mulher era realmente fácil de manipular. Mas isso era apenas mais uma parte
do que a tornava encantadora.
Ok, acho que já me decidi. Tem que ser Roxy esta noite…
"Oh! Rudy, me dê um também!
Agarrando-se ao meu braço direito, Sylphie empurrou a cabeça em minha direção,

com expectativa.
Naturalmente, eu não pretendia decepcioná-la. Por que eu hesitaria em dar um

beijo na testa de uma linda mulher?
“Ei, ei, ei…”
Apesar de ter iniciado o beijo, Sylphie apertou a mão para

sua testa e riu timidamente.
Ela tem que ser tão fofa o tempo todo? Ah. Agora eu quero dormir

com ela esta noite! Mas também Roxy…
Hum. E os dois ao mesmo tempo?
Eu não tinha certeza se Elinalise havia terminado de preparar o terreno para mim
ainda. Já fazia um tempo desde que eu perguntei a ela, e eu tinha dado a ela o afrodisíaco
há algum tempo.
Talvez fosse seguro tentar…
“Rudeus, você poderia tentar se controlar?” disse Norn, interrompendo

minha sessão de olhar malicioso. “Estamos em público.”
A expressão em seu rosto transmitia claramente a parte tácita de sua mensagem:

Acabei de ver um casamento muito bonito, mas sua degeneração está acabando com o
clima. Eu entendi como ela se sentia. Não é muito divertido ver seu irmão seduzindo uma mulher,
muito menos duas ao mesmo tempo.
“Ah, alguém está com ciúmes?”
“O que... Gah! Pare com isso!
A título de desculpa, dei um grande abraço em Norn e dei um beijo em sua testa.
Corando, ela se afastou e começou a esfregar furiosamente o local onde meus lábios a tocaram.
Que visão esplêndida.

“…”
Aisha percebeu tudo isso com uma expressão extremamente invejosa no rosto. Era
óbvio que ela queria ser incluída, mas temia que eu recusasse.
Não que ela tivesse motivos para se preocupar, é claro.
“Aisha!”
Com a minha melhor tentativa de um sorriso caloroso e amoroso, virei-me para ela
e abri bem os braços.
“Rudeus!”
Com o rosto brilhando de alegria, Aisha saltou em minha direção. Depois de recebê-la
beijo na testa, ela se aconchegou em mim como um gato feliz. Fwahaha! Vir.
Sofra em meu abraço!
Ainda assim, eu não poderia dizer que aprovava que ela entrelaçasse as pernas nas
minhas assim em público. Ela estava usando um vestido e tudo, então provavelmente estava expondo

sua calcinha.
“Aisha, corte isso com as pernas. Você está de vestido, lembra?

Presumo que você não queira mostrar todo mundo na rua.”
"OK! Entendi!"
Afastando-se de mim com um sorriso satisfeito, Aisha voltou a trotar pela rua.
O que eu iria fazer com ela? É verdade que ela tinha apenas onze anos, o que a
tornava uma criança. Mas, infelizmente, existem alguns cavalheiros por aí que consideram
qualquer pessoa com mais de dez anos um jogo justo. Eu precisava que ela tivesse
mais cuidado.
“…”
Enquanto eu saía atrás da minha irmã, um pensamento perdido surgiu na minha cabeça.
Numa carta que escreveu há algum tempo, Paulo sugeriu que celebrássemos
assim que nossa família estivesse reunida. Eu pretendia fazer algo nesse sentido, mas
de alguma forma seis meses se passaram sem que isso acontecesse.
Também não tínhamos dado uma festa para Aisha e Norn no quinto ou décimo
aniversário deles. Eu me senti culpado por isso, especialmente porque fui presenteado com uma
grande festa na idade deles.
É sempre bom ter alguém comemorando por você, certo?
Sim, ok. Vamos fazer uma festa.
Lendas da Universidade #7: O Chefe é um figurão.

Capítulo 8:
Um homem de sorte
UM DIA, cerca de duas semanas depois do casamento de Cliff

com Elinalise, fui para a cidade com Sylphie e Roxy.
Nosso objetivo do dia era comprar presentes de aniversário para Norn e Aisha.
Decidi fazer da festa deles uma surpresa, o que significava que precisávamos fazer todos os
preparativos o mais furtivamente possível.
Houve outra razão pela qual arrastei minhas duas esposas nesta viagem, mas falaremos
disso mais tarde.
Já estávamos no meio da época da colheita e a cidade fervilhava de atividade.

Carruagens puxadas por cavalos circulavam pelas ruas em todas as direções, e os vendedores
que vendiam frutas e vegetais eram todos sorrisos.
A comida era mais barata nesta época do ano, mas também mais fresca e saborosa.
O festival da colheita também estava chegando, como evidenciado pelo grande

palco de madeira que havia sido erguido no meio da praça central da cidade.
Este não foi o mais elaborado dos eventos. Envolvia fogueiras nas ruas, grandes
panelas de ensopado com todos os tipos de ingredientes e muita bebida barata.
As pessoas se reuniam ao redor das fogueiras para comer, beber e expressar sua gratidão
pelas bênçãos da terra. Não houve nenhum outro evento importante que eu soubesse.
Nada de cantar ou dançar, mesmo.
Ainda assim, contanto que você trouxesse sua própria maconha, você poderia conseguir uma grande ajuda
do ensopado de graça. Aisha aparentemente se aproveitou disso no ano passado, enquanto
eu estava fora. Ela não ficou muito impressionada, no entanto. Eles meio que jogavam coisas lá
aleatoriamente, então o sabor não era nada digno de nota.
Espero ter a chance de experimentar por mim mesmo este ano. Se fosse nojento,
poderia ser interessante à sua maneira.
“Certamente está animado hoje em dia”, disse Roxy, olhando ao redor com curiosidade.
“Sim, sempre é”, disse Sylphie. “Muita gente vem à cidade nesta época do ano.”

Além dos mercadores se movendo em todas as direções, havia muitos

estudantes nas ruas, espiando as cabines e barracas. Às vezes passávamos por fazendeiros
empurrando carrinhos de mão cheios de vegetais ou por aventureiros discutindo sobre
quem havia batido no ombro de quem. A Sharia era a maior cidade da região, mas era barulhenta
apenas nesta época do ano.
Além disso, eu estava notando um número incomum de homens-fera nas ruas.

A maioria deles eram caras de aparência durão, carregando espadas largas em forma de facão.
Eles tinham um “festival” próprio acontecendo no momento, conforme aconteceu.
Linia e Pursena estavam entrando no cio na mesma época, então seus jovens lutadores mais
corajosos viajaram de todo o mundo para competir por eles. Este ano, Linia e Pursena
os enfrentariam de frente. Acho que pensaram que já era hora de encontrarem maridos.
Rompendo com as tradições do povo-fera, no entanto, eles declararam que

estariam escolhendo pessoalmente seus companheiros entre aqueles que os superaram.
No mínimo, eles queriam um Santo da Espada, um mago de nível avançado ou um aventureiro
de nível A. Além disso, seu pelo precisava ser brilhante, as orelhas eretas e a cauda reta. Ah, e
ele tinha que ser um guerreiro selvagem e um cavalheiro atencioso. Seus padrões
pareciam um pouco irrealistas para mim, para ser totalmente honesto.
Espero que eles encontrem alguém legal... assim como eu.
À minha direita, eu tinha Sylphie. À minha esquerda, eu tinha Roxy. Uma mulher dos
dois lados – o sonho de todo homem!
“Olá, senhorita Sylphiette, senhorita Roxy. Tenho uma proposta para você.”
“E o que seria isso, senhor Rudeus?”
"Vá em frente."
“Que tal andarmos de braços dados?”
A ideia surgiu de repente na minha cabeça, mas era uma espécie de extensão do
meu pensamento anterior. O verdadeiro “sonho” era desfilar com duas mulheres agarradas aos
seus braços, mostrando o quão popular você era.
Eu tinha visto alguns homens assim na minha vida anterior e isso sempre me deu vontade
de vomitar. Mas no fundo, eu queria ser um deles. Eu queria fazer o que eles podiam fazer!
"OK."

"…Claro."
Sylphie imediatamente agarrou meu braço direito. Roxy hesitou um pouco.

então peguei a minha esquerda.
O dia finalmente chegou. Eu ressuscitei! Agora foi a minha vez de suportar os olhares invejosos
das pessoas. E como foi maravilhoso!
Olhando ao redor, porém, percebi que os mercadores estavam ocupados com seus próprios
assuntos e os guerreiros do povo-fera estavam correndo para a Universidade. Alguns dos estudantes na
multidão olhavam em nossa direção, mas desviaram os olhos rapidamente. Eu poderia ter recebido algumas
vaias dos aventureiros locais se estivéssemos em uma taverna ou algo assim, mas mesmo eles não pareciam
entediados o suficiente para me assediar na rua. No geral, eu estava recebendo muito menos atenção do
que esperava.
Mesmo assim, fiquei profundamente satisfeito com a experiência.
Por que, você pode perguntar? Bem, meu braço direito estava experimentando algumas sensações
agradáveis. Sylphie estava pressionando algo contra isso, de uma forma que ela não era capaz antes. Não há
necessidade de ser tímido, certo? Estou me referindo ao peito dela.
Eu, Rudeus Greyrat, estava andando pela cidade com seios de mulher encostados em meu
braço. Esse simples fato foi suficiente para me encher de alegria. O solo outrora estéril do meu coração,
descolorido por uma adolescência miserável, estava florescendo com vida!
Eu não poderia ficar neste oásis para sempre. Em breve, essas nuvens almofadadas
de prazer voltariam ao seu tamanho legítimo e mais modesto. Mas isso não os tornou menos reais.
Eram as lendárias ilhas do tesouro e eu as encontrei!
E não foi só Sylphie que me ofereceu essa alegria. Roxy, à minha esquerda, também pressionava
seu magro peito contra mim. Seus seios eram pequenos, mas existiam . Eu podia sentir sua suavidade
distinta contra os músculos do meu braço.
Eles foram mansos o suficiente para herdar a Terra!
Isto foi realmente esplêndido. Eu disse algumas palavras silenciosas de agradecimento ao

músculos dos meus próprios braços; se não fosse por sua dureza, eu não teria apreciado essa
suavidade tão plenamente.
Ha ha, não tenha ciúmes, Hércules, o Bíceps! Você é realmente maravilhoso como

bem!
“Gnuh, hein, hein.”
Hum. Eu não queria rir daquele jeito, mas aconteceu de qualquer maneira.
Como já mencionei, o objetivo do nosso passeio de hoje foi escolher presentes

para minhas queridas irmãzinhas. Porém, esse não era meu único objetivo.
Outro dia, Elinalise finalmente deu a notícia que eu esperava ouvir.
“Eu suavizei os dois para você, Rudeus. Você simplesmente leva os dois para um
encontro, fica de bom humor e depois os leva para uma pousada elegante.”
Isso mesmo, meus amigos. Hoje foi o dia. Eu ia dormir com minhas duas esposas
ao mesmo tempo!
Eu estava fervendo de expectativa. Eu seria capaz de satisfazer os dois? Eu mal

podia esperar para tentar!
“Rudy? Ah, Rudy?
A voz de Sylphie me trouxe de volta à realidade.
Opa. Acho que eu estava me distraindo um pouco…
“Você está babando”, disse Roxy, enxugando meu rosto com um lenço.
“Você já está pronto para comer?”
Eu claramente precisava estar um pouco mais atento. Eu esperava que hoje

terminasse com um ménage à trois, sim, mas não ia ser desleixado com o encontro em
si.
Escolheríamos os presentes de Norn e Aisha com cuidado. E depois disso, eu iria

garantir que ambos aproveitassem o dia.
Tudo isso foi igualmente importante.
“Desculpe por isso,” eu disse com um sorriso, renovando meu foco nas tarefas
à mão. “Acho que estava perdido em pensamentos.”
Escolher os presentes foi nossa principal atividade do dia. Decidimos dar uma
olhada por toda a cidade e tomar a decisão com calma.
Nossa busca começou no Distrito das Oficinas. Você poderia encontrar tudo

tipos de ferramentas e implementos mágicos nesta área da cidade. É claro que também havia
muitos objetos encantados à venda no Distrito Comercial, mas eram produtos amplamente
testados e refinados que alcançavam preços muito altos. No Workshop District, você tem
uma mistura mais eclética, incluindo protótipos e experimentos produzidos por criadores
iniciantes.
Na maior parte, seus efeitos não eram tão notáveis — pareciam mais brinquedos
do que qualquer outra coisa. Mas às vezes você vasculhava uma pilha de lixo e encontrava uma
obra-prima de um inventor que logo seria famoso.
Ou pelo menos foi o que Roxy me disse. Uma de suas antigas colegas de classe
da Universidade havia participado de um workshop aqui como aprendiz, então ela sabia
algumas coisas sobre a área. Infelizmente, eles se mudaram para uma cidade diferente em
algum momento.
Roxy não parecia muito otimista em relação à nossa missão. “Para ser honesta, não
acho que encontraremos nada que aqueles dois gostariam aqui”, ela disse, mas estava
folheando os instrumentos mágicos em exposição com grande interesse.
Naturalmente, eu também não esperava encontrar um presente adequado para

Norn ou Aisha. A razão pela qual nos trouxe aqui foi para encontrar um presente para Roxy.
Embora estivéssemos formalmente casados, eu nunca comemorei isso com ela. Ela
não estava interessada em uma cerimônia de casamento, mas ainda poderíamos fazer uma
festa atrasada. Meu plano era combinar esse evento com a comemoração do aniversário
de Aisha e Norn.
Roxy não sabia dessa parte, é claro. Também foi uma surpresa.
Ela pensou que estava no jogo, mas eu estava jogando cinco

xadrez dimensional aqui! Se ela demonstrasse interesse em alguma coisa à venda aqui, eu
planejava voltar e comprar alguns dias depois.
É claro que os instrumentos mágicos podem ficar muito caros. Agora mesmo,
o financiamento da nossa família vinha de quatro fontes principais: os salários de Sylphie
e Roxy, os royalties daquele pergaminho que Nanahoshi me deu e o dinheiro que ganhamos
com aquele Labirinto.
Em particular, o dinheiro do Labirinto – minha herança de Paul, em certo sentido –

poderia ter me mantido confortável por uns trinta anos ou mais, por si só. Não foi o suficiente
para me deixar descansar pelo resto da vida, mas era uma almofada muito bonita.

Não havia como saber quando precisaríamos gastar muito dinheiro de uma vez, então eu
estava fazendo o possível para não gastar nosso dinheiro descuidadamente.
Para um presente de casamento, porém, eu estava mais do que disposto a gastar minhas
economias.
Inferno, se Roxy murmurasse “Eu quero dirigir um Porsche”, eu compraria um para ela.
Não parecia haver nenhuma concessionária de carros de luxo na Cidade Mágica da Sharia, então talvez
eu tivesse que me contentar em desenhar o logotipo deles na testa de Dillo.
“Este pote que congela seu conteúdo quando você o alimenta com mana parece útil.
Talvez Aisha apreciasse isso.”
"Hum. Tenho a sensação de que Aisha prefere coisas fofas, honestamente.”
“Ah, você está certo. Acho que não deveríamos dar a ela algo que ela usaria no trabalho…”
Observei Roxy como um falcão enquanto ela conversava com Sylphie.
Até agora, eu não tinha notado seu desejo por nada em particular. Ela parecia totalmente
focada em escolher um presente para minhas irmãs, em vez de encontrar algo para si mesma.
“O que você acha, Rudy?”
“Acho que seria maravilhoso lamber seu rosto como um cachorro, Roxy.”
“Você pode tentar levar isso a sério? Você é quem sugeriu a viagem, você sabe.”
Claro, eu também estava pensando nos presentes de Aisha e Norn. Mas as coisas à venda por
aqui simplesmente não faziam o estilo deles.
Depois de um tempo, nos mudamos para o Distrito Comercial. Nosso destino era a loja de
roupas favorita de Sylphie. Eu comprei meu roupão atual aqui, e era meu lugar preferido para encontrar
presentes também.
"Uau. Você faz compras em algumas lojas muito chiques, pelo que vejo...”
Roxy hesitou um pouco fora da loja, depois olhou para seu próprio roupão com uma expressão
incerta. Eu deveria dizer a ela que não havia um código de vestimenta, talvez?
"Huh?" disse Sylphie. “É realmente tão chique?”

Ela parecia genuinamente perplexa. Como regra geral, ela só comprou

suas roupas em estabelecimentos bastante caros. Não era como se Sylphie fosse
descuidada com seu dinheiro ou algo assim. Ela passou muitos anos
acompanhando Ariel. Você tende a adquirir os hábitos de compra de seus amigos mais
próximos, eu acho.
Eu tinha certeza de que ela entendia que esse lugar era caro em certo sentido.
Provavelmente parecia a melhor opção entre as lojas que ela conhecia. Afinal, fantasia é
um termo relativo.
"Bem não. Suponho que a família Greyrat possa fazer compras aqui. Isso é
só que... eu não costumo visitar lojas tão legais, pessoalmente.
“O-oh… hum. Acho que é meio chique, então”, disse Sylphie em um tom
desanimado, com as orelhas ligeiramente caídas. “Hum, Rudy? Não estou gastando muito
dinheiro, estou?”
“Não se preocupe, Sylphie. Você está bem."
Além de tudo, ela pagou pelas roupas que comprou de sua casa.
próprio salário. Eu não tinha o direito de reclamar sobre como ela gastava seu dinheiro.
“Eu realmente não estava tentando insinuar isso!” disse Roxy. “Eu mesmo comprei
em lojas como esta, quando era um mago real em Shirone. E parece um lugar perfeito
para encontrar algo especial para um presente de aniversário.”
"Oh sim. Certo. É uma ocasião especial , então... sim...”
Esse é meu professor para você. Ela sabe quando mudar para a ofensiva.
Melhor acompanhar isso…
“Sabe, não acho que haja nada de errado em comprar roupas caras, na verdade”,
eu disse com um sorriso.
Sylphie fez beicinho com isso. “Então você acha que eles são caros, afinal!”
“U-uh, lapso de língua. Eu quis dizer elegante. Roupas elegantes.”
"Eca. Afinal, deveríamos ir para outro lugar…? As únicas outras lojas

Eu sei que são ainda mais caros…”
“Isso não será necessário. Vamos comprar algo aqui.
Originalmente, Sylphie mal possuía roupas pessoais. Ela começou a se vestir para
mim. Eu não tinha motivos para reclamar disso, para dizer que o

ao menos.
Este lugar era meio caro para meus padrões pessoais, sim. Mas isso
foi só porque eu me acostumei a comprar coisas baratas nos meus anos como aventureiro
errante.
Eu estava disposto a ajustar meus padrões para cima. Enquanto ainda pudéssemos
pagar, pelo menos.
No momento em que entramos na loja, um funcionário veio nos cumprimentar. Acho que
eles adquiriram o hábito de se lembrar de seus clientes habituais em lugares como este.
“Bem, bem, se não são os Greyrats! É muito bom ter você de volta em nosso
estabelecimento! O que podemos fazer por você hoje?"
“Oh, estamos apenas navegando”, eu disse. “Quero comprar presentes para dois
crianças, ambas com cerca de dez anos de idade.”
"Eu vejo! Por que você não vem por aqui, então?
Instantaneamente, o balconista nos conduziu a uma seção da loja totalmente ocupada por
roupas infantis. Eles treinaram bem seus funcionários aqui, pelo que parece.
A seção infantil não era menos sofisticada que o resto do lugar. Eles tinham uma grande
variedade de roupas em exibição, incluindo desde roupas casuais até mantos e vestidos.
Seu décimo aniversário foi considerado um grande negócio, então as pessoas provavelmente
comprei muitas roupas formais para crianças dessa idade.
“Meu Deus, existem muitos estilos diferentes. Eu nem tenho certeza de como começar.”
“Bem, logo será inverno, certo? Talvez algo quente

seria bom?"
Roxy e Sylphie começaram a olhar as roupas imediatamente. Parecia que eles estavam
se divertindo. Um grande contraste com uma certa ruiva cuja atitude em relação às roupas era
“Ugh, está tudo bem!”
“O que você acha, Rudy?” perguntou Sylphie, voltando-se para mim.
“Bem, o casaco de inverno de Norn está ficando um pouco pequeno para ela. Ela pode
estar procurando por um novo,” eu ofereci.

Os dois assentiram pensativamente.
“Ok, talvez um casaco para ela, então… Mas o que devemos fazer por Aisha?”
"Oh. Ela estava reclamando outro dia que seus sapatos estavam ficando
apertado”, disse Roxy.
"Calçados novos! Isso soa bem. Vamos ver o que podemos encontrar!”
Tendo estreitado consideravelmente nosso foco, começamos a navegar seriamente

pelos produtos. Graças a todas as diferentes opções oferecidas, não demorou muito para
encontrar presentes que combinassem com o estilo pessoal das minhas irmãs.
Para Norn, optamos por um casaco de cores vivas. Para Aisha, escolhemos um par de
botas com um padrão floral bem costurado. Ambos eram um pouco grandes, mas não parecia um
problema. Afinal, minhas irmãs eram meninas em fase de crescimento.
Com nosso trabalho principal cumprido, reservamos um tempo para passear sem
rumo pela loja. Não era como se tivéssemos que nos limitar a um único presente. E o mais
importante, eu ainda estava procurando um presente perfeito para Roxy — embora guardasse
essa parte para mim, é claro.
“Esses buquês de pano são lindos. Eu me pergunto se Aisha gostaria deles?” Eu disse,
estudando uma cesta de pequenos buquês intrincados.
"Talvez. Ela adora flores”, disse Sylphie.
“Sim... mas não tenho certeza se uma criança apreciaria esse tipo de coisa.”
“Pensando bem, eu realmente não sei de que tipo de coisas Norn gosta…”
“Hmm, boa pergunta. Ela não fala sobre seus gostos com tanta frequência. Não perto de
mim, pelo menos.
“Norn tem gostos um tanto infantis, eu acho”, disse Roxy. “Ela gosta de espadas,
armaduras, cavalos... esse tipo de coisa.”
“Espere, sério? Como você sabe disso?"
“Bem, tenho tentado conhecê-la melhor, então...”
Roxy parou abruptamente, parando no meio da frase.

Seus olhos estavam fixos em uma determinada roupa. Era um manto de mágico,
completo com chapéu, exibido com destaque em um estande próximo. O manto era do tamanho
de um homem adulto, então não havia chance de servir nela. Ainda assim, ela olhou atentamente
para ele. Mais especificamente, no chapéu.
Depois de um momento, ela tirou o chapéu e começou a estudá-lo com uma expressão
conflituosa.
Era claramente um chapéu velho neste momento. Tive a sensação de que era
exatamente o mesmo que ela usava como minha tutora em Buena Village. Não estava
exatamente desmoronando nas costuras, e sua coloração preta escondia parte do desgaste,
mas dava para ver que já havia passado por muitas batalhas.
Depois de colocar o chapéu de volta, Roxy esticou-se cautelosamente em toda a sua

altura e tirou o outro do suporte. Ela girou, encontrou uma etiqueta de preço e fez uma careta; um
instante depois, ela o colocou de volta no lugar de onde veio.
Aparentemente, não foi barato.
Com um suspiro audível, ela se virou para se juntar a nós. Estava claro que ela já havia
tirado o assunto da cabeça.
“Ei, Rudy...”
Sylphie se aproximou de mim em algum momento.
“Vamos com isso.”
"Parece bom."
Parecia que nós dois tínhamos o mesmo pensamento. Encontramos o presente

de Roxy.
Um pouco depois, pedimos o casaco de Norn e as botas de Aisha e saímos

a loja. Eu também comprei secretamente o chapéu para Roxy.
Estaríamos recolhendo a mercadoria no próprio dia da festa. A loja prometeu embrulhar

tudo para nós, felizmente.
Eu estava começando a realmente esperar por isso.
Finalmente, nós três fomos para o Lodging District, onde muitos dos aventureiros locais
se reuniam.
Estávamos vagando pela cidade em um ritmo tranquilo, então foi

já no início da noite.
Era mais ou menos a hora do dia em que os aventureiros retornavam de suas explorações
no labirinto, trazendo novos prêmios. Era também a altura do dia em que os partidos com poucos
fundos começavam a vender os seus produtos para repor as suas reservas de dinheiro. Às vezes
você poderia tropeçar em muitas coisas se soubesse o que estava fazendo.
Ainda assim, os itens mágicos sempre foram caros, e nós honestamente

não tinha muita necessidade deles. Esta foi mais uma expedição para ver vitrines.
…Ou foi o que pensei ao entrar, pelo menos.
“Viu, Sylphie? Esse é o tipo de coisa que os aventureiros usam. A maioria das pessoas
compre coisas assim quando precisarem de uma roupa.”
"Está bem, está bem! Entendo! Mas eu não uso coisas assim com muita frequência, sabe?
Não tenho certeza se vai funcionar para mim.”
"Hum. Acho que este combinaria com você, Sylphie. Você é bem esguio, então as capas ficam
bem em você.”
Levados pela nossa conversa, acabamos comprando um conjunto de roupas totalmente

novo para Sylphie.
Era o tipo de roupa que um cavaleiro mago poderia usar, completo com cotoveleiras. Não
era exatamente elegante, mas a fazia parecer uma aventureira novata, o que achei dolorosamente
adorável. Agora Sylphie poderia partir em uma aventura sempre que quisesse!
Não que ela realmente precisasse. Ou poderia, dado o seu trabalho.
Quando ela estava trabalhando, Sylphie geralmente usava um conjunto de magia poderosa
Unid. Ela provavelmente não teria muitas chances de usar isso.
“Hee hee hee… Obrigado, pessoal.”
Mesmo assim, ela parecia muito satisfeita com o presente.
Quando terminamos as compras, as lojas da região começaram a fechar. As lojas não ficavam
abertas a noite toda, como regra geral. Dirigimo-nos espontaneamente em direção às tabernas e
restaurantes mais próximos.
Bem... pareceu espontâneo para Sylphie e Roxy, pelo menos. Tudo estava indo conforme o
planejado.

Na verdade, eu tinha feito reservas com antecedência, antecipando esta situação.
Estaríamos comendo em uma pousada voltada para aventureiros rank S. Elinalise me

recomendou como o lugar perfeito para encerrar um encontro. A comida era boa, o ambiente era
agradável, as camas eram grandes e os quartos eram quase à prova de som.
“Ah, eu conheço esse lugar. Vovó me disse para levar você aqui se precisássemos fazer
as pazes depois de uma briga.”
“Você também, Sylphie? Ela disse a mesma coisa para mim.
Para minha surpresa, minhas duas esposas reconheceram o nome do lugar. No

no final das contas, parecia que éramos todos apenas peões no jogo de Elinalise.
Bem, tanto faz. Não é grande coisa se eles já ouviram falar disso.
“Elinalise mencionou outra coisa para mim, na verdade”, continuou Roxy.

“Ela disse que Rudy poderia nos trazer aqui em algum momento. Com a intenção de, bem... você
sabe.
“Sim, ela disse isso para mim também… Então é disso que se trata.”
"Honestamente. O que vamos fazer com você, Rudy?
Sylphie e Roxy olharam para mim com os olhos semicerrados.
No entanto, não vi nenhum desgosto ou choque real em seus rostos. Elinalise fez bem o seu
trabalho; eles pareciam receptivos ao meu plano.
Eu devia muito a essa mulher. Obrigada, Elinalise! Você é a melhor, Elinalise!
“Mesmo assim, você não mencionou que passaríamos a noite. Estou um pouco
preocupado com Lucie…”
A objeção era bastante razoável, mas é claro que eu não tinha

negligenciou esse pequeno detalhe também.
“Não se preocupe, Sylphie. Eu a confiei a Lilia esta noite.”
Quando expliquei a situação, ela assentiu com seriedade e prometeu

me seu total apoio. Sempre foi bom ter aliados confiáveis.
“Ainda parece um pouco errado da nossa parte… Mas pelo menos ela está em boas mãos,
eu acho.”
Sylphie parecia pensar que pelo menos um de nós deveria estar com nosso filho

toda noite. Uma perspectiva muito compreensível, mas... não, não vou inventar desculpas para
mim mesmo.
Desculpe, Lúcia. Eu te amo, ok? Perdoe seu pai perverso e lascivo!
Roxy falou em seguida: “Eu tenho aula amanhã, você sabe”.
Seu trabalho era importante, é claro. Mas isso também não seria um problema.
“Vamos acordar cedo e voltar para casa antes que você precise sair.”
“Você acha que conseguiremos acordar cedo? Não tenho certeza se vou. Isso é sempre
exaustivo para mim.”
“Não se preocupe, Roxy. Eu entendi.
"Bem, se você diz, Rudy ..."

Ufa.
Demorou um pouco mais para ser convincente do que eu esperava, mas consegui os dois
da sua aprovação!
“Tudo bem então, querido. Seja gentil conosco, por favor.

"Faremos o nosso melhor."
Vendo minhas adoráveis esposas inclinando a cabeça para mim, eu estava pronto para ir
direto ao assunto.
É claro que ir direto para a cama não seria adequado.
Precisávamos fazer uma boa refeição, ficar um pouco embriagados e primeiro

sussurrar algumas palavras de amor um para o outro. Você tem que definir o clima, sabe?
Assim, começamos com um jantar no restaurante que ocupava o primeiro andar da

pousada. Afinal, a comida aqui era muito boa por si só.
Eu queria ter certeza de que ambos entenderiam que a luxúria não era a única
coisa que eu sentia por eles. Estava lá, é claro. Mas também adorei passar tempo com
eles.
Quando os dois estavam na sala ao mesmo tempo, cada um deles só conseguia

receber metade do amor que eu poderia demonstrar a eles individualmente. Eu pretendia

compensar isso através de puro esforço.
“Uau, isso parece incrível!”
“Acho que nunca vi uma refeição como essa com muita frequência...”
À medida que prato após prato de comida era entregue em nossa mesa, os olhos de
Roxy e Sylphie se arregalaram de espanto.
Nos Territórios do Norte, os ingredientes crus eram caros e difíceis de comprar a granel, o que
significava que as refeições normais tendiam a ser um pouco escassas. Mas esta era a época em que a
comida era mais abundante e também estávamos num restaurante muito caro.
Entre outras coisas, comemos uma enorme tigela de salada cheia de vegetais frescos e
suculentos; uma sopa picante recheada de peixes de água doce; e um bife preto e azul brilhante e
bem temperado. Nada disso era o tipo de coisa que se comia com frequência por aqui.
Além disso, a refeição veio acompanhada de uma garrafa de licor parecido com uísque e de
aroma rico.
“Esta sopa é deliciosa. Eu me pergunto como eles temperaram isso?
"Hum. Talvez óleo com mostarda…?”
Sylphie não estava tocando no álcool, provavelmente por causa de Lucie. Ela
ficou fascinado pela sopa e continuou tomando porções adicionais.
“Eu deveria ver se consigo encontrar uma receita. Rudy, você tentaria se eu fizesse alguns?
Ela inclinou a cabeça para mim de uma forma particularmente adorável enquanto perguntava
essa questão. Isso realmente despertou meu apetite, se é que você me entende.
“Vou engolir tudo. E então tenha você como acompanhamento.
“Ah, vamos, Rudy!”
Finalmente, tivemos a sobremesa. Na verdade, era uma parte padrão da refeição neste lugar.
Ainda assim, a oferta deles não era exatamente comparável aos bolos e doces mais
complexos que você encontraria em um lugar como o País Sagrado de Millis. Consistia
principalmente de frutas que se pareciam muito com maçãs. Eu já tinha comido isso antes, mas eram
muito mais azedos do que as maçãs do meu antigo mundo.

Neste restaurante, no entanto, eles os cortavam em pedaços pequenos e os

mergulhavam em uma calda pegajosa, parecida com mel. Tinha gosto de maçã
cristalizada ou talvez de uma variedade mais espessa de ponche de frutas.
Fiquei surpreso com o quanto gostei. Eu esperava que maçãs e mel tivessem
gosto mais de curry japonês doce, mas, aparentemente, me enganei.
"Isto é incrível!"
Roxy ficou particularmente satisfeita com a guloseima. Com os olhos brilhando de

excitação, ela enfiou-o rapidamente na boca.
Parecia que meu querido professor gostava de doces. Ou isso, ou o povo Migurd
tinha uma preferência arraigada pelo açúcar.
“É tão bom… eu não sabia que você poderia conseguir algo assim nos Territórios
do Norte!”
De qualquer forma, a alegria no rosto dela era muito real. Eu estava começando a me preocupar
ela pode ter um gases explosivos no meio do restaurante.
"Oh…"
Muito rapidamente, sua sobremesa desapareceu. Ela olhou para o prato vazio
com pesar.
“Aqui, Roxy. Você pode ter o meu."
Enquanto entregava minha parte para ela, Roxy olhou para mim em estado de choque.
"Realmente?! Tem certeza?!"
Eu também estava gostando da sobremesa, é claro. Mas gostei ainda mais de ver
aquele olhar de puro deleite em seu rosto.
“Sim, tenho certeza. Aqui, diga 'aah'.”
“Humph. Eu não sou uma criança, você sabe... Aaaah.”
A cada mordida que eu dava a ela, o rosto de Roxy se iluminava e ela segurava a mão na
bochecha em êxtase.
Isso me fez querer continuar indefinidamente, mas, infelizmente, minha parte da

sobremesa também havia desaparecido. Teríamos que continuar isso na próxima vez que
viéssemos aqui.
Está bem então. Tivemos um bom jantar e eu os suavizei com

doces… acho que já está na hora.
"Você sabe, senhoras ..."
“O que foi, Rudy?”

"Vá em frente."
“Na verdade, reservei um quarto aqui, por acaso.”
Ah, isso é bom. Essa foi outra frase que eu queria dizer pelo menos uma vez!
"…Certo. Hum, Roxy, eu sei que conversamos um pouco sobre isso, mas... você está
certeza que você está bem fazendo isso comigo?”
“Sim, acho que estou pronto para isso. Vamos fazê-lo."
Roxy e Sylphie acenaram uma para a outra, corando levemente.
Esta seria uma noite inesquecível.
Lendas da Universidade #8: O Chefe está carregado.

Capítulo 9:
A festa
MARCAMOS a festa surpresa de aniversário para um dia em que Norn
ficaria em casa e Roxy não estava trabalhando. Sylphie normalmente estaria

trabalhando como guarda-costas, mas Ariel lhe dera um dia de folga especial.
Todos os preparativos estavam completos; era apenas uma questão de execução
agora.
Comecei chamando Norn, Aisha e Roxy para a sala de estar.

sala.
“Ei, tenho algo em mente para hoje. Que tal vocês três virem junto?
"Venha... para quê?"

Minhas irmãs inclinaram a cabeça com curiosidade.
O objetivo principal desse passeio, claro, era tirá-los de casa por algumas
horas para que meus cúmplices pudessem pegar os presentes e preparar toda
a comida.
“Claro, Rudy. Eu ficaria feliz em ir.”
Tínhamos planejado tudo isso com antecedência, então Roxy não perdeu tempo
em concordar com a proposta.
Mal sabia ela que ela mesma ficaria surpresa!

Uau!
“Ei mãe, posso ir?” perguntou Aisha, virando-se para a mãe. “Ainda
tenho algum trabalho a fazer.”
“Você foi convidado pelo próprio Mestre Rudeus. Claro que você pode ir.”
respondeu Lília. Aisha assentiu feliz.
Norn, por outro lado, não respondeu imediatamente. Ela estava olhando
para Sylphie com uma expressão ansiosa no rosto. Depois de um momento, ela
se virou para mim e falou. “Você está convidando Roxy, mas não Sylphie?”
"Huh?!" disse Sylphie, apontando a cabeça em nossa direção. Ela parecia um pouco

confuso com essa mudança repentina na conversa. "Uh, bem, você sabe... eu tenho que
cuidar de Lucie!"
“Vocês dois não saíram com Rudeus outro dia? Você está realmente bem com isso?
“Uhhh...” Sylphie olhou para mim com incerteza. Mas então ela olhou
na Roxy e pareceu ter tido algum tipo de ideia. “Na-na verdade, tudo isso foi ideia minha .”
"Huh? O que você quer dizer?"
"Bem, Norn... você ainda não gostou da Roxy, certo?"
“Acho que não, não.”
"Sim. E não é muito divertido ter esse tipo de tensão em casa. Achei que poderia
ajudar se vocês passassem algum tempo juntos, sabe? Não custa nada nos conhecermos
melhor.”
“…Oh, entendo agora. Tudo bem então."
Norn parecia convencido disso, mas Aisha parecia um pouco duvidosa.

Afinal, ela já se dava bem com Roxy. Eu a vi trazendo chá e lanches para Roxy quando
ela estava acordada até tarde se preparando para as aulas do dia seguinte.
Depois de alguns momentos, porém, Aisha pareceu decidir que esses detalhes
não eram muito importantes. Ela encolheu os ombros ligeiramente e depois sorriu para si
mesma.
Por favor, não me diga que ela já descobriu...
“Então é isso”, disse Sylphie com um sorriso satisfeito. “Vocês vão se divertir, ok?”
"OK!" - gritaram minhas irmãs.
“Agradeço sua consideração”, acrescentou Roxy.
Foi um pouco difícil, mas superamos o primeiro obstáculo.
Os preparativos para esta festa levariam algum tempo.
Eram apenas duas pessoas para pegar os presentes, cozinhar a comida e montar
toda a decoração. Para dar-lhes espaço para respirar, meu objetivo era passar o tempo com
as meninas até o início da tarde.

No entanto, não poderia arriscar levá-los ao Distrito Comercial. Lá

Havia uma chance de eles encontrarem Sylphie enquanto ela pegava os presentes.
Ainda restavam o Distrito de Hospedagem, o Distrito de Oficinas e a própria

Universidade, mas eu tinha uma ideia diferente em mente.
“Pescar, hein…?”
Nós quatro estávamos totalmente fora da cidade. Aqui fora, estava quieto o suficiente
para ouvir o pequeno riacho abaixo de nós gorgolejar suavemente. E a água estava clara o
suficiente para ver os peixes nadando abaixo da superfície.
"Sim. Parece uma boa atividade de vínculo familiar, não acha?
"Eu vejo. Então Sylphie não estava inventando tudo isso antes…”
Conversando calmamente com Roxy, comecei a desempacotar o equipamento de

pesca que havia preparado para esta expedição. Infelizmente, não tínhamos nada tão conveniente
quanto um molinete ou isca em oferta. Nossas varas eram coisas simples de madeira, com
linhas feitas de seda trançada de Aranha Gigante. Também tínhamos flutuadores feitos de
sacos de sapo Radiata, ganchos de ferro e minhocas como isca.
“Eu nunca pesquei antes, você sabe”, disse Norn um pouco nervoso.
"Eu também!" disse Aisha. “Eu sempre quis tentar, no entanto.”
Apesar da inexperiência, os dois não hesitaram em pegar sua parte no equipamento. Aisha
rapidamente colocou a bóia e o anzol na linha, enfiou uma minhoca bem ali e saiu correndo em
direção ao riacho. Em segundos, ela jogou a linha na água com um movimento exagerado.
Fiquei um pouco impressionado, apesar de tudo. Esta foi realmente a primeira vez dela
fazendo isso?
“Hum, Rudeus? Como faço para colocá-los corretamente?
Norn, por outro lado, estava olhando para sua bóia e seu anzol com uma expressão
incerta.
"Heh heh. Eu também não sei! Nunca pesquei na minha vida, sabe.
Na minha encarnação anterior , eu era um cara estritamente fechado. Nunca tinha ido
pescar e nunca senti interesse em fazê-lo. E, claro, eu também nunca senti necessidade de tentar
fazer isso neste mundo. Quando eu queria peixes, conseguia obtê-los facilmente congelando
a água sólida.
“Você gostaria que eu te ensinasse, Norn?” ofereceu Roxy hesitante.

Parecia que ela tinha alguma experiência real. Isso foi um golpe de sorte. Sempre
poderíamos ter nos atrapalhado por tentativa e erro, mas era sempre mais rápido aprender
com alguém que sabia o que estava fazendo.
"Sim por favor."
Norn finalmente aceitou a oferta de Roxy, mas ela parecia um pouco em

conflito. O garoto era um membro fiel da Igreja Millis. Presumi que ela se sentia um
pouco estranha perto de Roxy, já que ela era minha segunda esposa.
Ainda assim, não parecia que ela a odiasse ativamente. Não a nível pessoal, pelo
menos.
“…Tudo bem, agora tente.”

"Assim?"
"Isso mesmo. Você é bom nisso.
"…Obrigado."
Roxy mostrou a Norn o básico com paciência e educação. Norm retribuiu o favor
ouvindo com atenção.
Parecia um bom sinal. Eu realmente queria que eles se dessem bem, pelo menos.
Logo, nós quatro tomamos nossos lugares ao longo do riacho.
A experiência de Roxy foi imediatamente óbvia. Sentada em uma pequena

“cadeira” que eu fiz com minha magia da Terra, ela olhou cuidadosamente para a água,
segurando firmemente a vara em uma das mãos. Quando ela sentiu a menor vibração,
puxou a vara para cima com uma velocidade notável.
Eu ainda não a tinha visto pescar nada particularmente grande, mas ela havia pescado mais
peixes do que qualquer outra pessoa até agora.
Sua postura e concentração total me lembraram um monge meditando sobre os

mistérios do universo.
“Você certamente é boa nisso, senhorita Roxy.”
"Bem, sim. Quando eu estava viajando sozinho, era importante encontrar minha
própria comida sempre que pudesse.”
“Pensando bem… Ruijerd costumava pescar muitos peixes para nós quando
viajávamos juntos.”
“Ah, ele também era pescador?”

“Não, ele usou sua lança. Ele simplesmente o jogava na água e depois o puxava de
volta com um peixe nas três pontas…”
Norn sentou-se ao lado dela e eles conversaram de vez em quando

por um tempo. A conversa ainda estava um pouco hesitante, mas parecia
progresso.
"Oh! Norn, você tem uma mordida. Suba nele.
"Huh? O que... Tudo bem! Ah…”
"Não se preocupe; Isso acontece o tempo todo. Vamos colocar uma nova isca.”
Norn estava tendo problemas para manter o foco em sua tarefa.

Este não foi o primeiro peixe que escapou dela.
Ainda assim, sua expressão era bastante alegre. Ela parecia estar gostando
sua conversa com Roxy em si.
“Ei, ei, ei. Qual é o problema, Rudeus? Você não está fisgando nada.
Por outro lado, Aisha já produzia resultados impressionantes.

Ela havia perdido algumas iscas, mas também trouxera três peixes para casa.
“Não se esqueça da nossa pequena aposta! O perdedor tem que fazer tudo o que o vencedor
disser, não importa o que aconteça!”
Um pouco antes, eu tolamente concordei em competir com ela sobre quem

pegaria mais peixes. No momento, minha pontuação foi um grande zero. Isso não parecia
promissor.
Nós dois éramos novatos, certo? Por que ela era tão melhor do que
meu?
“Tudo bem, garoto. Apenas tente fazer algo que eu possa realmente fazer.”
“Hmm, o que devo escolher? Talvez eu faça você me abraçar a noite toda enquanto
sussurra como sou fofo. Ah, ou você poderia me ensinar algumas das coisas que faz com Roxy
e Sylphie…”
“Sim, nada muito adulto, por favor. Eu não quero que papai fique bravo
meu."
"Ei! Não é justo trazer o papai à tona!
Eu não estava muito preocupado, na verdade. Apesar de todas as suas provocações ultrajantes, ela

provavelmente decidirá me pedir uma bugiganga um pouco cara.
Dito isto... perder para minha irmã mais nova não era um problema por si só?
Não era um pouco cedo para ela me superar assim?
Na verdade foi. Eu tinha a minha dignidade como chefe desta família e

precisava defendê-lo!
Foi bom ser um querido irmão mais velho, sim. Mas era melhor ser um
temido irmão mais velho!
“Tudo bem, Aisha. Estou tirando as luvas de pelica agora.”
"O que? Você estava pegando leve comigo ou algo assim?
"Isso mesmo. De agora em diante, vou usar meu Olho Demoníaco!”
“Heeey! Isso não é justo!"
Reclame o quanto quiser. É disso que sou realmente capaz! Espiando

um segundo no futuro, destruirei todos os peixes deste riacho!
Com um pequeno sorriso, ativei meu Olho Demoníaco da Previsão e olhei

no meu carro alegórico.
Nenhum movimento.
Nenhum movimento.
O flutuador se contrai ligeiramente.
“Fiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.
Graças ao meu menu de prática regular, meus braços estavam fortes – e acostumados
a balançar as coisas para cima e para baixo. E agora eu tinha o poder adicional da minha mão artificial
para trabalhar. Nenhum peixe conhecido pelo homem poderia esperar resistir
meu.
Com um movimento rápido e violento, tirei minha presa da água.
“Sim! É um grande—”
Minha presa é, neste caso, uma bota grande.
“…”
Quase todas as pessoas neste mundo usavam sapatos e botas, é claro. E esse riacho
estava conectado a um rio que passava pela movimentada Cidade Mágica da Sharia.

Os habitantes da região usavam regularmente aquele rio para lavar roupas

ou encher baldes de água. Os aventureiros também fizeram uso dele em toda a sua
extensão. Provavelmente alguém caiu nele e perdeu o calçado de vez em quando.
Tudo isso dito…
“Rudeus…”
Aisha estava olhando para mim com pena nos olhos.
Hum. Talvez eu precisasse mudar a maneira como encarava isso. Essa coisa
não era uma bota. Não foi uma bota!
Sim, estava começando a parecer algo totalmente diferente agora. Talvez

até um peixe? Talvez! De certa forma, parecia um. E isso não foi bom o suficiente? Isso
não o tornava um peixe, em certo sentido?
Na verdade, aconteceu. Isso aqui era um peixe!
Assentindo para mim mesmo, joguei a bota no balde.
“Tudo bem, Aisha, essa é uma. Eu alcançarei você em pouco tempo!”
"O que?! Isso foi uma bota, Rudeus!”
“Tenho certeza de que pareceu assim para você, mas na verdade é uma espécie de bota.
organismo que vive na água. Eu chamo isso de... Bootfish.
“Nem mesmo criativo! Isso não conta, ok? Isso realmente não conta!
Alcançando o balde, Aisha pegou meu prêmio e jogou-o

de volta para a água.
“Não!” Você não deve jogar lixo no rio!
Bem, que assim seja. Diremos apenas que foi uma pegadinha. Essa bota ainda
era um bebê, certo? Agora que o devolvemos ao seu habitat natural, ele nadará até o
oceano e voltará bonito e rechonchudo.
Sim. Vamos com isso.
“Ah! Hngh… sim! Esse é o número quatro!
Entretanto, enquanto eu ponderava sobre esses assuntos, Aisha pescou seu

quarto peixe do dia.

Talvez eu não fosse vencer essa batalha, afinal.
Sinto muito, Sylphie, Roxy... acho que serei o brinquedo da minha irmãzinha esta noite...
“É isso, Norm! Esse é o caminho! Puxe para dentro! Puxe para dentro!
“Ugh… hnngh… Ah!”
"Continue! Com cuidado, agora!
As coisas estavam ficando barulhentas do meu outro lado. Eu olhei logo

hora de ver Norn puxar um peixe para casa.
Também era grande – mais ou menos do tamanho de uma carpa colorida.
"Sim! Eu fiz isso! Peguei meu primeiro peixe!”
“Uau, olhe só! Esse também é um grande problema!
Norn comemorou com um grande sorriso no rosto e Roxy bateu palmas

mãos de alegria.
Foi um momento emocionante. Deixando todo o resto de lado, eu estava

feliz por termos vindo.
Continuamos assim por mais algumas horas, mas quando o sol começou a se pôr, era
hora de encerrar nossa expedição.
“Ok, pessoal. Acho que é hora de irmos para casa.
Minhas irmãs não aceitaram muito bem esse anúncio.
"O que? Já?"
“…Eu esperava pegar apenas mais um.”
O tempo voa quando você está se divertindo e tudo mais. Eu pude entender como eles se
sentiam. Ainda assim, a verdadeira diversão surgiria um pouco mais tarde.
“Desculpe, meninas. Monstros podem começar a farejar quando escurecer.”
“Você poderia explodi-los para nós!”
“Temos a senhorita Roxy aqui também…”
Foi um ponto justo. Os monstros nesta área não eram uma grande ameaça,
mesmo em grupos. Com eu e Roxy aqui, era difícil imaginar um

cenário onde Norn ou Aisha poderiam se machucar.
No entanto, isso não era motivo para ceder às suas exigências. Estaríamos aqui a noite
toda.
Mesmo se eu não tivesse planejado algo para esta noite, eu os teria arrastado para
casa agora mesmo.
“Desculpe, mas a resposta é não. Sempre podemos voltar outro dia.”
“Humph. Você só está bravo porque você mesmo não pegou nenhum.
“Ei, vamos. Se eu levasse a sério, poderia pegar todos os peixes que quisesse…”
Isso era verdade, em certo sentido. Talvez eu não fosse o melhor com uma vara, mas eu
sempre poderia eletrificar a água ou desencadear uma explosão subaquática!
Eu definitivamente não estava sendo apenas um péssimo perdedor.
“De qualquer forma, a decisão é final. Vamos indo."
“Tudo bem…”
"OK."
Antes de sairmos, parei um momento para congelar o peixe que havíamos pescado com meu
Magia. Poderíamos trazê-los para casa para mais tarde. Eu pensei em grelhá-los para um lanche
na volta, mas você deveria chegar em uma festa com fome, certo? O peixe poderia esperar
um dia ou dois.
Enquanto voltávamos para casa, Norn e Aisha conversavam alegremente, gabando-se

de quantos peixes haviam pescado e do tamanho deles. Roxy e eu seguimos logo atrás deles.
Roxy também tinha uma expressão de satisfação silenciosa no rosto. As coisas estavam
estranhas entre ela e Norn há muito tempo, mas hoje parecia um grande passo na direção certa.
"Estamos em casa!"
"Parabéns!"
No instante em que colocamos os pés dentro de casa, fomos recebidos por uma explosão
de aplausos. Foi uma ovação esparsa, mas entusiástica. Sylphie, Lilia e Zenith estavam todas no
saguão, esperando por nós.

Zenith não se juntou às palmas, é claro, mas pensei ter visto uma sugestão de sorriso em
seu rosto.
"Huh?!"
Norn soltou um pequeno grito e Aisha congelou completamente.
Tomando isso como deixa, Roxy e eu nos juntamos aos aplausos por trás.
Norn se virou para olhar para nós, com os olhos arregalados de surpresa, e
murmurou "Huh?" uma segunda vez.
Ela claramente ainda não tinha descoberto o que estava acontecendo.
“Tudo bem, pessoal! Vamos para a sala de jantar!”
Avançando com um sorriso, empurrei Norn confuso e Aisha duvidosa para frente.
A sala de jantar estava repleta de decorações simples, mas atraentes. Lá

não havia grandes faixas penduradas na sala nem nada, mas tínhamos algumas flores muito
bonitas nas paredes e havia velas brilhando por todo o lugar.
A mesa estava coberta com uma toalha branca muito bonita, com pratos e vasos de flores em
cima dela. As bebidas já haviam sido servidas, mas ainda não havia comida. Eles provavelmente
fariam isso um pouco mais tarde.
No outro extremo da mesa – o habitual lugar de honra – duas cadeiras

sentaram-se confortavelmente um ao lado do outro. Levei Aisha e Norn para lá e ofereci-lhes
seus lugares.
“Espere, mas… hein? O que está acontecendo?"
Norn ainda parecia completamente perplexo.

“Ahaha. Então era disso que se tratava…”
Aisha, por outro lado, estava sorrindo com conhecimento de causa. A garota era afiada,
tudo bem. Ela deve ter percebido que estávamos tramando alguma coisa.
Depois que minhas irmãs tomaram seus lugares, Lilia ajudou Zenith a sentar-se no dela.
Sylphie e Roxy seguiram o exemplo.
Depois que todos se acomodaram em seus lugares, limpei a garganta alto e comecei a falar.

“Já se passaram sete anos desde o Incidente de Deslocamento. Não foi nada fácil,
mas nossa família finalmente está reunida novamente. Perdemos o nosso pai, sim, e as
memórias da nossa mãe podem nunca mais voltar. Mas não acho que papai ficaria muito
satisfeito se ficássemos deprimidos para sempre. Parei por um momento para olhar
ao redor da sala. “E é por isso que quero que tentemos sorrir novamente. Quando
pudermos, pelo menos. Pode até parecer desrespeitoso, de certa forma... mas papai
queria que fizéssemos uma festa assim que chegássemos em casa, sabe? Acho que
devemos a ele nos divertir esta noite.”
Tudo isso foi ideia de Paul, em certo sentido. Ele até escreveu isso em uma
carta para nós.
Foi triste que ele não estivesse aqui conosco para ver isso acontecer. Meu
peito doeu só de pensar nisso. Mas pelo bem dele, assim como pelo nosso, eu realmente
queria que nos divertíssemos.
Norn e Aisha tinham a vida inteira pela frente. eu não queria
que eles fiquem presos ao passado para sempre. É claro que dar um longo sermão
sentimental não era a maneira certa de criar o clima que eu estava buscando. Poderíamos
guardar nossas memórias dos momentos dolorosos e difíceis pelos quais passamos para
os momentos mais sombrios que encontraríamos no futuro. No mínimo, pode ajudar
saber: já passei por coisas piores antes.
Agora, porém, era hora de olhar para o futuro. E então, eu

me interrompi e levantei meu copo.
“Saúde a todos!”
"Saúde!"
Todos, exceto Norn – que ainda estava olhando para mim com os olhos
arregalados – levantaram silenciosamente os copos também. Aisha estava sorrindo
ainda mais amplamente do que antes. Ela obviamente descobriu tudo.
De qualquer forma, eu não tinha certeza se aquele brinde tinha ficado bom. Meu objetivo era
estabeleceu um tom alegre, mas acabou soando um pouco...emocional.
Isso não foi nada bom. Eu precisava de todos sorrindo.
“Sylfie!”
"Oh! Certo."
Simplesmente chamei o nome de Sylphie e ela se abaixou para pegar

algo debaixo da mesa. Isso foi legal. Estávamos operando

o mesmo comprimento de onda!
Um momento depois, Sylphie reapareceu com duas caixas grandes, ambas

lindamente embrulhadas. Ela passou um deles para Roxy. Eles prontamente se
levantaram de seus assentos, caminharam até a cabeceira da mesa e entregaram as
caixas – Roxy para Norn e Sylphie para Aisha.
“Feliz décimo aniversário, Norn e Aisha!”
"Feliz aniversário."
Nenhum deles pareceu entender a princípio. Nem mesmo Aisha. "Hum, mas... já
temos onze anos, sabe?"
Esta devia ser a primeira vez que vi aquela menininha inteligente parecer tão
totalmente desnorteado. Ela poderia ter descoberto o plano geral, mas claramente
não esperava um presente.
Esta era exatamente a expressão que eu esperava ver.
"Sim. Não poderíamos estar com você no seu décimo aniversário, certo? Sei que
agora é um pouco tarde para comemorar, mas Rudy disse que um ano ou mais não é
grande coisa.”
"Ele fez…?"
Rasgando um pouco, Aisha agarrou a caixa com força nos braços. Após um
Por um momento, ela olhou para Lilia, que sorriu e assentiu gentilmente.
Um grande sorriso feliz se espalhou por seu rosto quando ela se virou para Sylphie.
“Podemos abrir isso?!”
"Claro que você pode."
Aisha estava se movendo antes mesmo de Sylphie terminar a frase. Norm,

que estava olhando de sua caixa para mim e de volta para mim com uma expressão
atordoada no rosto, rapidamente fez o mesmo.
No início, eles agiram vigorosamente, prontos para rasgar o papel de embrulho.

Mas então os dois pararam, reconsideraram e levaram as coisas mais devagar.
Desamarraram as fitas e abriram o papel com cuidado, tentando não rasgá-lo.
Foi um pouco estranho como seus movimentos eram sincronizados. Elas não
eram muito parecidas, mas às vezes dava para perceber que eram irmãs.

“Ah! É um novo par de botas! O que você conseguiu, Norn?!”
“Olha, Aisha! Eu tenho um casaco!
Os dois compararam seus presentes alegremente. Foi bom ver que fizemos um
trabalho decente escolhendo os presentes.
"Meu Deus. Vocês dois ganharam presentes muito legais, não é?
Lilia, que estava assistindo do lado de fora com um sorriso, aproximou-se

os dois com Zenith ao seu lado.
"Oh mãe! Veja isso!"
Norn abriu o casaco para mostrar a Zenith, sorrindo de orelha a orelha. Ela não reagiu
de maneira óbvia, é claro. Isso me fez sentir um pouco desanimado, apesar de tudo.
Zenith sempre foi do tipo que se preocupa com esse tipo de coisa.
coisa. Eu ainda me lembrava de como ela ficou entusiasmada na minha festa de quinto
aniversário e de como ela me presenteou com orgulho, um livro cuidadosamente
selecionado. Se não fosse por sua condição, ela provavelmente estaria gritando de
excitação com a filha agora. Vê-la tão inexpressiva me deixou triste.
É claro que, se ela se recuperasse e soubesse que Paul estava morto, não havia
garantia de que algum dia ela sorriria como antes. Ainda assim, foi doloroso vê-la assim – nem
triste, nem feliz, apenas sem emoção.
Mas assim que esse pensamento passou pela minha cabeça…
Zênite sorriu.
"Wha-?"
A expressão desapareceu rapidamente. Só esteve lá por um instante.

Meus olhos estavam apenas pregando peças em mim?
"Ela acabou de... sorrir?"
Não. Todo mundo já tinha visto.
Lilia, Aisha, Sylphie e Roxy estavam todas olhando surpresa para Zenith.
"…Mãe?"
E Norn, a quem o sorriso foi dirigido, estava prestes a

desabar em lágrimas.

“…”
Zenith se abaixou e acariciou a cabeça de Norn, depois fez o mesmo com Aisha. Seus
movimentos eram ainda mais suaves que o normal. Ela estava feliz – feliz por ver suas filhas
crescendo.
"Oh, senhora... estou tão feliz..."
Lilia suavemente passou os braços em volta dos ombros de Zenith. O rosto dela estava
tão emocionante quanto eu já tinha visto. Com sua habitual expressão vazia, Zenith
estendeu a mão e acariciou suas mãos. Lilia teve que morder o lábio para não chorar.
Depois de trazer Zenith para seu lugar, Lilia voltou para oferecer outro presente a
Norn e Aisha.
"Isto... é para vocês dois, de mim e da Srta. Zenith."
Era um conjunto de lenços lindamente bordados com desenhos florais – um

para cada um deles.
“Muito obrigado, senhorita Lilia”, disse Norn, aceitando o dela. "É lindo."
Aisha, por outro lado, hesitou. Provavelmente tinha algo a ver

em ganhar o mesmo presente que sua irmã.
“Hum, mãe? Tem certeza de que posso ter um também?
“Sim, tenho certeza. Você também é filha de Paul, você sabe.
Isso parecia... uma mudança. Lilia não tinha passado anos tocando bateria
palavras você é apenas uma empregada na cabeça da filha?
“Claro, ainda espero que você mostre à Madame Norn e ao Mestre Rudeus o respeito
que eles merecem. Entendido?"
“…Ok, mãe.”
Hum. Acho que ela ainda é Lilia, afinal.
Ainda assim... apesar do que ela estava dizendo, eu não a tinha visto incomodando
muito a filha ultimamente. Nem mesmo sobre o tom de sua fala.
Eu tive que presumir que ela mesma estava pensando um pouco sobre as coisas nesses
últimos meses.
Quando Lilia voltou ao seu lugar, Zenith estendeu a mão para colocá-la

o ombro dela.
"Senhora…"
“…”
Lilia apertou a mão e disse suavemente as palavras "Obrigada".
Quase parecia que eles tinham acabado de manter uma conversa sem palavras sobre algum
tipo.
Roxy pareceu particularmente comovida com isso.
Enquanto eu estudava seu rosto, alguém puxou minha manga por trás. “Hum?”
Olhei para trás e descobri que era Sylphie. Ela estava carregando uma terceira caixa
– aquele que não era para minhas irmãs. Certo, não posso esquecer a próxima parte…
“Roxy.”
Quando chamei o nome dela, Roxy se virou... e piscou surpresa com o

visão de Sylphie parada ao meu lado com a caixa. “Uh... sim?”
Sylphie falou antes que eu pudesse. “Este é nosso para você, Roxy.”
“O que... Uh, por quê? Para que?"
“É um presente de casamento. Parabéns!" disse Sylphie, entregando o

encaminhe para Roxy antes que ela pudesse se opor. "Vá em frente, abra."
Roxy fez o que lhe foi dito. E quando ela pegou o chapéu de dentro do presente, seus
olhos se arregalaram como pires. “Hum... Sylphie? Rudy? É isto…"
“Bem-vinda à família, Roxy. Vamos tentar o nosso melhor para ser como Zenith e Lilia,
ok?”
O sorriso no rosto de Sylphie ao dizer essa frase só poderia ser descrito como
angelical.
Diante de seu poder avassalador, Roxy mordeu o lábio, olhou ligeiramente para baixo
e apertou o chapéu contra o peito. Depois de um momento, ela conseguiu gritar as palavras
“O... obrigada, Sylphie”.
Eu podia ver lágrimas brilhando em seus olhos.


Eu não ouviria falar disso por algum tempo, mas de acordo com Roxy, isso foi
o momento em que ela sentiu que Sylphie a havia realmente aceitado em nossas vidas.
Com o evento principal já concluído, o resto da festa correu bem.
Em primeiro lugar, Lilia fez um grande bolo. Era uma espécie de pão de ló fofo,
embora não houvesse nenhum creme envolvido. Em vez disso, havia frutas secas por dentro.
A massa em si era ligeiramente amarga, mas a doçura da fruta equilibrava isso lindamente.
Eu já tinha comido bolos assim antes, no Reino de Asura. Eles fizeram um para o meu
quinto aniversário, e parece que me lembro de ele ter sido servido na festa do meu décimo
aniversário também.
Ah, isso me traz de volta… Eu me pergunto como está Eris atualmente?
Onde quer que ela estivesse, eu tinha que presumir que ela estava abrindo caminho
alegremente pela vida. Talvez ela até tivesse se casado, como eu?
Não, provavelmente não. Não havia homem no mundo que pudesse lidar com aquela
garota.
Quando perguntei a Lilia sobre o bolo, ela explicou que era uma guloseima
tradicional Asuran. Muitas famílias tinham um sempre que havia algo que valia a pena
comemorar. Paul odiava o sabor, então quase nunca fazíamos um. Foi um pouco divertido
saber que o homem tinha sido um comedor exigente na sua idade, mas parecia próprio do
personagem.
Sylphie ajudou com o bolo e parecia confiante de que poderia

faça um sozinha na próxima vez. Norn parecia estar gostando muito, e eu também gostei.
Aisha era menos fã, no entanto. Eu podia vê-la mexendo nos pedaços de fruta
enquanto comia sua fatia. Lilia a repreendeu um pouco, mas se prejudicou ao murmurar “Isso
me lembra Mestre Paul” com um sorriso no rosto.
Depois de um tempo, Aisha começou a se aconchegar em mim e a me implorar para

comer o resto para ela. Mas decidi passar o trabalho para Roxy, que aparentemente gostava
de doces. Eu meio que esperava que eles acabassem alimentando um ao outro com pedaços
ou algo assim.

Infelizmente, Roxy levou sua tarefa um pouco mais a sério. Acho que ela pode ter
entendido mal o que eu estava procurando.
“Ouça com atenção, Aisha. Você é uma garota muito sortuda, então pode ser
difícil para você entender isso... mas às vezes, quando você está realmente desesperado,
pode precisar comer tudo o que puder. Até mesmo um escorpião venenoso.”
“Eca! Uh... certo.
Minha pobre irmã se viu recebendo um sermão.
Parece que me lembro de ter ouvido uma palestra semelhante de Ghislaine em algum
ponto, na verdade. Talvez isso fosse apenas algo que os aventureiros sentiam
fortemente.
Eu mesmo aguentei uma comida ruim em minha jornada pelo Continente

Demônio, é claro, mas tinha quase certeza de que nunca tinha recorrido a comer monstros
venenosos. Talvez eu também tenha tido “sorte”.
“Este bolo, por outro lado, é doce e delicioso. Seria errado deixá-lo inacabado.
Coma, por favor.
"OK."
O tom de Roxy não foi muito duro, mas seus argumentos foram intensos o
suficiente para que Aisha parecesse um pouco assustada pela primeira vez. Fiel à sua
palavra, ela começou a comer o bolo em silêncio solene.
Parecia a primeira vez que a via fazer o que lhe mandavam.
Bem não. Isso não foi justo. Ela me ouviu... na maior parte.
De qualquer forma. Agora que pensei sobre isso, superando a coisa do comedor exigente
provavelmente foi importante. Talvez tenha sido eu quem tenha lidado mal com a
situação.
Ainda bem que eu tinha alguém por perto para esclarecer as coisas. Muito bem,
professor!
“Dito isto, você não precisa se forçar a terminar se estiver tão cheio que não
consiga dar outra mordida. Comerei o resto, se necessário.”
Aliás, Roxy já havia terminado todo o bolo. Muito bem, professor.
“Estou tão cheio que não consigo dar mais uma mordida!”

A resposta de Aisha veio rapidamente. Muito rápido.
“Você estava ao menos me ouvindo? Coma seu bolo!
Hum. Talvez isso seja uma coisa boa…
Sylphie e eu não repreendíamos Aisha com muita frequência, e eu senti que Lilia
estava pegando leve com ela por causa disso. Aisha era uma menina muito inteligente, mas
tinha apenas onze anos. Ela provavelmente precisava de alguém para lhe dar um sermão de
vez em quando.
Em todo o caso. Roxy parecia estar ficando mais amigável com minhas irmãs. Os dois
também não estavam mais brigando um com o outro. E tínhamos acabado de ver provas de
que a condição de Zenith estava melhorando. Eu senti como se nossa família tivesse se
aproximado em geral.
A celebração foi um sucesso, em outras palavras. E eu aproveitei cada minuto disso.
Fiz uma nota mental para dar uma festa ainda mais elaborada quando as meninas
completassem quinze anos.
Lendas da Universidade #9: O Chefe é misericordioso com os peixes.

Capítulo 10:
Drama no local de trabalho
O A TEMPERATURA estava caindo continuamente semana após semana, e comecei
para ver a ocasional rajada de neve do lado de fora da janela. Em breve seria inverno no Reino
de Ranoa.
Os invernos nesta região foram longos, frios e escassos. Uma família típica
precisava começar a se preparar agora mesmo ou correria o risco de morrer congelada.
Minha família estava relativamente bem de vida, então não precisávamos nos preocupar com
isso. Mas, só para garantir, fiz questão de estocar uma montanha de lenha em nosso quintal e
pilhas de comida em conserva em nosso porão.
Estávamos prontos para qualquer coisa neste momento. Tudo o que precisávamos fazer
agora era nos trancar em casa para esperar a neve passar. Eu poderia passar o tempo desfrutando
da companhia de minhas esposas.
Mas quando eu estava me preparando para hibernar... uma certa pessoa do meu passado
voltou para me assombrar.
***
Certa manhã, enquanto tomávamos o café da manhã, Roxy me fez uma proposta
surpreendente.
“Rudy, Sylphie e eu vamos sair para trabalhar amanhã. Nós podemos estar
ausente por vários dias. Eu queria saber se você gostaria de ir junto.
"Para ver você fazer suas coisas?"
Roxy me lançou um olhar interrogativo. "Oh não. Estaríamos todos trabalhando no trabalho.
Pode haver um bônus para nós se tivermos um bom desempenho.”
Hum. Eu teria adorado a chance de torcer por ela do lado de fora, mas aparentemente
essa não era a ideia aqui...
“Que tipo de trabalho?”
“Bem, parece que um membro da família real Ranoan atualmente

em peregrinação…”
Evidentemente esta era uma tradição local. Quando um membro da realeza Ranoan
se aproximava da maioridade, ele era obrigado a fazer uma viagem pelo país como uma
espécie de exercício de treinamento.
A viagem em si não foi nada muito cansativa. Eles passaram cerca de seis meses
visitando uma longa lista de lugares específicos dentro do país. No entanto, não lhes eram
permitidos muitos guardas e esperava-se que fizessem os seus próprios preparativos
e arranjos.
Isso os forçou a contratar seu próprio pessoal, encontrar seu próprio caminho e
ver o país com seus próprios olhos. Teoricamente, isso os ajudaria a se tornarem
governantes melhores. A tradição era bem conhecida em todo o país como “A Peregrinação
da Maioridade”.
É claro que, por ser tão conhecido, os prefeitos e governadores locais estavam
perfeitamente conscientes de que de tempos em tempos haveria membros da realeza
viajando por suas cidades. Na verdade, eles controlavam cuidadosamente a idade de
cada príncipe e princesa real e faziam questão de antecipar o horário e o itinerário de
suas viagens.
De certa forma, parecia um pouco assustador, mas eles obviamente não queriam
que um membro da família real ficasse gravemente ferido em seu território. Não importa
quais sejam as circunstâncias, tal incidente prejudicaria gravemente sua reputação.
As autoridades locais teriam cercado de bom grado as crianças reais com

cem guarda-costas, se pudessem, mas não tinham permissão para fazê-lo. Teria
derrotado todo o objetivo da peregrinação. No entanto, quando a própria família real
solicitou guardas, foi-lhes permitido fornecê-los. Desta vez, um grupo de aventureiros foi
contratado como escolta, mas o mago e o curandeiro adoeceram simultaneamente.
Esperava-se que eles se recuperassem em breve, mas o inverno se aproximava
rapidamente. Era basicamente impossível viajar nesta região depois que a neve
começava, então eles precisavam terminar a peregrinação agora e voltar correndo para a
capital.
Acontece que a festa foi interrompida aqui mesmo, na Cidade Mágica da Sharia.
Como resultado, a família real solicitou formalmente um punhado de guarda-costas da
cidade.
Nosso prefeito realizou uma conferência com os líderes da Guilda Mágica

e a Universidade para escolher os candidatos mais adequados para o trabalho. Um

tal candidato havia se destacado no topo da lista. Esse indivíduo era um ex-aventureiro
viajado, com habilidade prática em magia ofensiva – e um novo membro do corpo docente da
Universidade, com poucas responsabilidades a serem reatribuídas.
Foi Roxy, em outras palavras. O grupo rapidamente decidiu que ela era a melhor
opção que tinham. Pareceu-me uma conclusão razoável, dados os seus muitos talentos.
“…Espere um segundo, no entanto. Como Sylphie acabou conseguindo esse emprego

também?”
“Bem, a princesa Ariel está vindo. Ela estava muito ansiosa para estabelecer uma
conexão com um membro da família real.”
Ariel tinha uma excelente rede de informações. Ela deve ter ouvido falar da situação e
marcado isso como uma oportunidade. Era difícil dizer o quanto de conexão ela poderia ganhar
aqui, mas a princesa sempre pegava o que podia.
"Ah ok. Então, basicamente, vocês dois estarão protegendo Ariel e esse garoto?”
"Isso mesmo. Ah, e Luke também está ajudando.
Eu não tinha certeza se ele realmente contava, mas decidi não dizer isso.
“Acho que deveríamos ficar bem, já que Sylphie está chegando... mas precisamos
proteger duas pessoas muito importantes, e o santuário que estamos visitando fica no fundo de
uma floresta. Além disso, sou conhecido por cometer alguns erros bobos nos piores
momentos... Acho que estou um pouco ansioso.”
“Acho que você está realmente se subestimando, Roxy.”
“Bem, talvez sim. Mas conversei com Sylphie sobre como poderíamos garantir que
esse trabalho ocorresse sem problemas, e ela sugeriu que pedíssemos sua ajuda.
Afinal, você é o mago mais poderoso desta cidade no momento…”
Deixando de lado a questão de saber se eu merecia esse título, pude entender

por que Roxy estava nervosa. Eles precisavam proteger a princesa Ariel e este membro
da família real Ranoan. E o grupo principal deles era bem pequeno: um cavaleiro Ranoano,
Sylphie, Luke e Roxy.
Havia também o bando de aventureiros, claro. Mas eles estavam caídos

duas pessoas, e era difícil saber se seriam de alguma utilidade.

Em termos de aliados realmente competentes , Sylphie era a única pessoa

em quem Roxy definitivamente podia confiar... e pensando bem, Roxy nunca a tinha visto
em combate antes. Eu podia entender sua incerteza.
“Está tudo bem se nós três sairmos de casa? E Lucie?
“Ela vai ficar bem”, disse Sylphie, que estava ouvindo em silêncio até agora.
“Temos Suzanne e tenho certeza que Lilia cuidará bem dela.”
Era verdade. De qualquer forma, não seria muito útil ficar por aqui sem esses dois.
Lilia e Aisha estariam avançando de qualquer maneira. Era mais importante levar Sylphie
de volta para Lucie o mais rápido possível.
O que significava que a melhor coisa que eu poderia fazer era participar da festa e garantir que o
trabalho transcorresse sem problemas.
"Está bem então. Estou pronto para isso.
Tendo chegado à minha conclusão, concordei sem mais demora.
Além de tudo, Roxy teria um bom impulso em sua reputação se

fizéssemos isso perfeitamente. Talvez isso a ajudasse a subir na carreira um pouco mais
rápido.
No dia seguinte, Roxy e eu fomos para uma certa pousada que atendia
principalmente a aventureiros rank S. Era um lugar muito legal – ainda melhor do que
aquele para onde levei Roxy e Sylphie um pouco mais cedo.
À medida que os exercícios de treinamento prosseguiam, esta peregrinação parecia um pouco…

lado luxuoso. Não que eu esperasse menos da realeza.
"Realmente? Eles também têm jardins dentro dos muros do palácio em Asura?”
"Oh sim. Então você também os tem em Ranoa?
"Nós fazemos! Parece que eles são bastante parecidos, realmente! Que
interessante.
Quando Roxy e eu chegamos, Ariel e seu grupo já estavam na pousada, tomando

chá com os Ranoanos.
Uma garota que parecia ter doze anos estava sentada em frente à Princesa
Ariel. Esta peregrinação deveria ser uma coisa de maioridade, então ela provavelmente
tinha quinze anos, mas definitivamente parecia mais jovem.

Sylphie estava atrás dos dois, parecendo equilibrada e intimidadora em suas

roupas de trabalho. Lucas também estava lá. Havia também uma cavaleira mais velha que não
reconheci — provavelmente a guarda-costas pessoal da princesa Ranoana.
"Quem são vocês? Digam seus nomes imediatamente.
No instante em que ela colocou os olhos em nós, ela deu um passo à frente para se
colocar entre nós e seu pupilo. Seu olhar era desafiador, se não abertamente hostil.
"É um prazer conhecer você. Meu nome é Roxy M. Greyrat e estou aqui para servir
como guarda-costas da princesa.”
“Sou Rudeus Greyrat e também estarei ajudando. Prazer em conhecê-la, senhora.
“Oh, entendo... ouvi dizer que você viria. Meu nome é Grace e sou um cavaleiro real.
Agradecemos sua ajuda.”
Por um momento, o cavaleiro estudou Roxy em dúvida. No final, porém, ela recuou
sem fazer mais comentários.
Ela provavelmente queria dizer algo como “Você obviamente é jovem demais para
isso. O que a Universidade estava pensando?” Apreciei que ela tivesse guardado esse
pensamento para si mesma, mas não tinha certeza do porquê. Talvez ela fosse apenas
uma pessoa surpreendentemente diplomática?
Não... a julgar por aquele sorrisinho assustador no rosto de Ariel, ela provavelmente a
avisou de antemão.
Foi uma coisa boa também. Se a mulher tivesse começado a rir e chamado minha
querida professora de “criança”, eu poderia ter explodido na hora... ou causado uma explosão.
Isso teria acabado com as perspectivas de carreira de Roxy.
“Disseram-nos que você também contratou um grupo de aventureiros?”
"Sim. Eles estão se preparando para a viagem no momento. Por favor, espere aqui pelo
momento.”
"Tudo bem."
Comecei a me mover em direção a uma cadeira vazia, mas Roxy foi se juntar a mim.
Sylphie e Luke. A cavaleira retornou à sua posição anterior, onde ficou ereta e perfeitamente
imóvel.
Parecia que as princesas eram as únicas autorizadas a dar uma olhada.

assento no momento. Eu teria que ficar de pé também.
“A propósito, Princesa Ariel, há quanto tempo você está em nosso reino?”
“Bem, deixe-me ver... sem contar minha jornada, foi um pouco menos de
seis anos. Este país é essencialmente uma segunda casa para mim agora.”
“Ah... isso não significa que você vai se formar no ano que vem, então? Que
que pena... acabei de te conhecer e você irá embora tão cedo...”
“Suponho que sim, sim. Mas enquanto os nossos países permanecerem em contacto, tenho a certeza de
que nos encontraremos novamente.”
Hum. Por outro lado, esta princesa Ranoana era certamente uma gracinha.
Lembro-me de ter ouvido que a família real deste país estava cheia de gente bonita.
Aparentemente, era verdade. Ela era quase páreo para Ariel – não exatamente, mas quase.
Ariel certamente trabalhou rápido, no entanto. Parecia que eles já estavam

amigos de alguma forma.
Por um tempo, esperei preguiçosamente, deixando a conversa da princesa tomar

conta de mim sem realmente ouvir.
“Quantas vezes eu tenho que me repetir, caramba?!”
O som de vozes na entrada me trouxe abruptamente de volta à realidade.
“Olha, apenas lide com isso!”
"Você está falando sério?! Você esqueceu o que aconteceu da última vez?!
Aqueles idiotas erraram tanto que quase mataram Tina e Melanie! Eu não estou bem
com isso!
"O que você quer que eu faça? Não somos nós que mandamos aqui.”
"Isso não é bom o suficiente! Você está realmente bem com isso? Você realmente
confia em algum estranho aleatório para cuidar de você lá fora?
“Não é como se eu quisesse , ok?”
Os recém-chegados entraram na sala, discutindo em voz alta entre si. Eram

quatro e eram todas mulheres.
A que estava na frente do grupo era uma senhora grande e musculosa. Ela

me lembrava Ghislaine, mas ela tinha uma constituição ainda mais sólida. Seu corpo
parecia ter sido esculpido em rocha.
A segunda era uma mulher mais magra que usava o cabelo castanho escuro
penteado para trás, expondo uma cicatriz em forma de cruz na testa. Ela parecia ágil e
alerta, e seus olhos fundos sugeriam que ela já tinha visto muitas batalhas.
Ambos tinham talvez trinta anos de idade e ambos usavam espadas

seus quadris. Parecia seguro dizer que eles eram os combatentes da linha de frente do partido.
As aparências às vezes enganam, mas eles certamente pareciam uma dupla de

veteranos astutos e habilidosos. Isso fazia sentido, visto que haviam sido escolhidos para
proteger uma princesa.
Aliás, nenhum deles estava participando da discussão em andamento.

Isso vinha dos dois que os seguiram.
"Eu sei direito?! Prefiro fazer isso sozinho do que com pessoas em quem nem
posso confiar!”
A irritada era uma mulher mais jovem com uma expressão taciturna no rosto.
Ela era mais uma menina, na verdade — talvez quinze anos.
Comparada com as duas primeiras, ela parecia uma novata. Mas se eles a
levaram para a festa, ela tinha que ser boa no que fazia. O cajado que ela carregava
sugeria que ela era uma maga ou uma curandeira, ou possivelmente ambas.
“Olha, você não pode ser o único na retaguarda. Eu não quero deixar
qualquer coisa passa por mim, mas vai acontecer às vezes…”
E então houve o quarto membro do partido.
“Mas o mais importante é que você precisa aprender a trabalhar com qualquer pessoa , se
você quer que as pessoas o respeitem. Aventureiros simplesmente não podem se dar
ao luxo de ficar no mesmo grupo para sempre, sabe?”
Ela carregava um arco. Não é uma arma típica para um aventureiro – flechas
não poderiam se igualar ao poder de uma espada ou feitiço. Passei anos como aventureiro
viajante e só conheci um arqueiro dedicado.
"Ah."
Ela provavelmente era a única em toda a região, pensando bem.
Eu a reconheci imediatamente, é claro.
No instante em que ela entrou na sala e viu meu rosto, ela parou

seus rastros e olhou para mim com os olhos bem abertos.
"Oh. É você."
Ela murmurou as palavras suavemente, mais para si mesma do que para mim.
A garota taciturna com quem ela estava discutindo virou-se e falou com ela em
dúvida. “Uh, Sara? Você conhece aquele cara?
"Bem, sim."
Era o mesmo aventureiro com quem quase dormi há algum tempo.
***
Eu não tinha esquecido Sara, é claro. Não tenho certeza se conseguiria, se tentasse.
Quando a conheci, não muito depois de Eris me largar, ela era o membro mais jovem
do grupo Counter Arrow. Ela era uma garota obstinada e combativa, com uma língua afiada,
mas uma boa cabeça sobre os ombros.
Suzanne, a líder do seu partido, gostou de mim e começou a me convidar

para alguns de seus trabalhos. Entre outras coisas, lutamos juntos contra uma horda de
monstros e mais tarde nos aventuramos em uma antiga fortaleza subterrânea para coletar
escamas de Snow Drake.
Demorou, mas Sara acabou se apaixonando por mim. Eu tinha quase certeza disso,
pelo menos.
Era mais difícil dizer exatamente o que eu sentia por ela.
As coisas pioraram antes que eu pudesse realmente descobrir isso, e então

meus problemas de desempenho atrapalharam. Fiquei bêbado, agi como um idiota e corri para
o bordel mais próximo para passar a noite. E então comecei a falar mal de Sara em público.
O que ela ouviu, é claro! Ela me largou na hora.
Eu estava bastante confiante de que foi uma experiência traumática para nós dois.
Ainda assim, já fazia um bom tempo desde então. Nós seguimos caminhos separados e
vivemos nossas próprias vidas há anos. Eu disse a mim mesmo que isso era passado e que
nunca mais nos veríamos de qualquer maneira. Mas aconteceu que o destino tinha planos diferentes.
Então agora, me encontrei na posição interessante de trabalhar com minha ex-

namorada. Pelo menos éramos ambos profissionais, certo? Esperançosamente

poderíamos apenas nos concentrar na tarefa em questão. Não era como se desenterrar o
passado fosse fazer muito bem a qualquer um de nós agora, com certeza.
"Tudo bem então! Por que não preparamos a comida antes da princesa
volta?”
Depois de algumas apresentações um pouco estranhas, nós nos transformamos em

uma festa e foram para uma floresta próxima onde o santuário estava localizado.
“Ufa. Muito bem, meninas. Esta foi fácil !
“Parece que aqueles rumores sobre o professor que passou pelo Labirinto de
Teletransporte eram verdadeiros, hein?”
“Desculpe, mas tenho que me desculpar! Eu realmente subestimei você no começo...

Aquela lição que você me deu sobre dividir seu foco entre cura e magia ofensiva foi
incrível ! É uma teoria tão limpa e simples, e você realmente a coloca em prática!”
Graças aos meus cuidadosos esforços, concluímos o trabalho sem qualquer

incidentes desconfortáveis para falar. Estava indo muito, muito bem, na verdade.
Os membros do “The Amazons”, um partido exclusivamente feminino de

classificação S, inicialmente duvidaram abertamente de Roxy. Compreensível, talvez,
dada a sua aparência. O pirralho do partido chegou a declarar “Não quero trabalhar com
criança !” conosco ali mesmo na sala.
No entanto, assim que saímos da cidade e superamos nossas primeiras batalhas,

a opinião deles sobre ela mudou completamente. Apesar da natureza descuidada de
nosso grupo temporário, Roxy desempenhou seu papel de backliner com perfeição. Ela
lançou seus feitiços ofensivos com um timing impecável e curou seus aliados com a
mesma eficiência.
Graças ao tempo que passou explorando labirintos sozinha, ela

era muito mais alerta e habilidoso do que um mago comum. Na verdade, parecia que
ela havia superado sozinha os dois membros desaparecidos do grupo.
Compreensivelmente, eles a estavam bombardeando com elogios já há algum

tempo. Isso me fez sentir quente e confuso por dentro. Às vezes eu tinha que resistir à
vontade de estufar o peito e dizer Esse é meu professor, você sabe!
“Ah, ei, Rud...”

"Oh, desculpe! Vou preparar a comida! Não fui muito útil nessas batalhas, mas posso lidar
com isso. Na verdade, sou muito bom em cozinhar!
“…”
A única desvantagem foi que eu tive que me esquivar de Sara de vez em quando.
Ela continuou olhando para mim enquanto eu preparava a refeição, mas me senti muito bem.
claro que iniciar uma conversa só pioraria as coisas.
Às vezes é melhor evitar totalmente os problemas, certo?
Certo. Eu estava apenas fazendo minha parte para manter o clima positivo. Meu
discrição foi a única razão pela qual tudo correu tão bem!
Tudo bem, isso não era exatamente verdade.
Eu não tinha contribuído com muita coisa para o grupo. As Amazonas eram
todos altamente qualificados, e Roxy se encaixou perfeitamente no grupo. Isso não deixou
muito para mim ou Sylphie fazermos em nosso caminho para o santuário.
A princesa Ranoan estava atualmente dentro do próprio prédio com ela

cavaleiro pessoal, oferecendo algum tipo de oração formal. Assim que ela terminou, só
tínhamos que voltar para a cidade e nosso trabalho estava feito.
Todos voltariam para casa felizes, e a reputação de Roxy daria um grande salto, aproximando-
a de sua primeira promoção na Universidade de Magia.
“…”
“…”
Claro, Sara não ficou muito satisfeita com esta situação. Ela estava
olhando para mim em silêncio pelo que pareciam dez minutos seguidos agora.
Eu não poderia culpá-la. As pessoas tendem a ficar um pouco mal-humoradas

quando você as ignora completamente. Mas tive que presumir que desenterrar o passado só
pioraria as coisas.
Eu estava prestes a pedir ajuda a Sylphie, que estava sentada ao meu lado... mas
ela também ficou muito quieta por um tempo. Na verdade, parecia que ela também estava
olhando para mim.
Talvez ela só estivesse preocupada comigo. Talvez ela estivesse preocupada que eu a
traísse novamente.
Ou talvez ela não tenha aprovado o modo como eu estava ignorando deliberadamente
Sara.

De uma forma ou de outra, o silêncio começava a ficar pesado. Como,

dolorosamente pesado. Buraco negro pesado. Minha pele estava começando a coçar.
Finalmente, Sylphie se inclinou e sussurrou em meu ouvido. “Por que você pelo
menos não fala com ela, Rudy?”
Bem, uh... não é como se eu me importasse de ter uma conversa normal com ela.
Quero dizer, a atitude dela parecia bastante casual no começo, e eu adoraria deixar o
passado para trás…
Eu não tinha certeza se poderia simplesmente rir dessas memórias, no

entanto. As feridas ainda pareciam em carne viva. Talvez eu devesse ter apresentado
ela a Sylphie e Roxy desde o início. Mas neste momento, ela nem estava mais tentando
falar comigo.
Eu deveria ter feito algo antes que as coisas ficassem tão ruins. Agora eu tive um
buraco para sair.
Hmm... talvez eu precise dizer alguma coisa.
Quanto mais eu pensava sobre isso, mais minha política de ignorar

completamente Sara parecia um erro. Tudo o que consegui foi irritá-la. Eu sempre
poderia ter mantido a conversa completamente profissional.
Dito isto, foi um pouco difícil para mim tentar mudar minha abordagem
agora.
O maior problema era que eu basicamente não tinha nada que quisesse dizer
dela. Os únicos tópicos que me vieram à mente foram relacionados ao nosso passado
juntos, o que inevitavelmente levaria a uma discussão sobre nosso feio rompimento. Isso só
nos deixaria de péssimo humor. Também pode não ser muito agradável para Sylphie ouvir.
Ficar em silêncio parecia preferível a isso.
Eu sempre poderia pedir desculpas a ela por tornar as coisas estranhas quando
voltássemos para a cidade. Eu estava disposto a suportar algum sofrimento pela promoção
de Roxy.
“Senhorita Roxy, você se importaria de me ensinar um pouco mais sobre magia

antes de deixarmos esta cidade? Por favor? Por favor?
"Seria um prazer."
"Muito obrigado! Ei, tudo bem se eu te chamar de irmã mais velha?!”

"Huh? Er, eu... suponho que sim. Se você quiser."
“Sim! Obrigado, irmã mais velha!”
As coisas pareciam tão boas e felizes do outro lado do grupo. Eu queria fazer parte
dessa conversa. Talvez eu pudesse convencer Roxy a tentar uma pequena encenação real na
próxima vez que passarmos a noite juntos...
"Aah... você sabe, minha garganta está ficando terrivelmente seca."
De repente, Ariel quebrou o silêncio do nosso lado do grupo.
Olhei para ela, um pouco confuso. Afinal, tínhamos muita água para beber. Ela olhou
para mim de forma significativa.
“Havia algumas lindas frutas amarelas crescendo um pouco atrás, não havia? Detesto
incomodar, mas gostaria de experimentar”, continuou Ariel, voltando o olhar para Sara. “Você se
importaria de escolher alguns para mim?”
Sara parecia um pouco desconfiada sobre o motivo desse pedido ter chegado a ela,
mas encolheu os ombros e levantou-se. "Tudo bem. Verei o que posso fazer."
"Obrigado. Suponho que não seria seguro para você caminhar pela floresta sozinho.
Rudeus, Fitz... vocês poderiam acompanhá-la, por favor?
Oh cara. Então é disso que se trata, hein... Suponho que a princesa tenha se
cansado da nossa estranheza. Essa era a maneira dela de dizer “já conversem sobre isso
entre vocês”.
“Acho que Rudy pode cuidar disso sozinho. Eu ficarei aqui com você, Princesa Ariel.”
Para minha surpresa, Sylphie desistiu.
"Oh? Você acha que ele ficará bem sozinho?
"Está bem. Ele não é o tipo de homem que se esconde do perigo.”
Era isso que eu estava fazendo? Escondido?
Sim, era verdade. Eu estava me escondendo – tanto de Sara quanto do nosso passado
juntos.
Mas não havia necessidade de continuar fazendo isso. Eu tinha Sylphie e Roxy em minha
vida agora. Meus problemas de desempenho eram coisa do passado. Eu tinha uma família agora
— até uma filha.
"Tudo bem."

Era hora de parar de agir como um covarde.
Sara e eu voltamos pela floresta até o local onde passamos por aquelas frutas
amarelas. Nós os encontramos com bastante facilidade e escolhemos alguns dos arbustos
baixos onde eles cresciam.
Era hora de encontrar uma maneira de iniciar a conversa. Sylphie me enviou aqui com
sua bênção; Eu não poderia me acovardar agora.
Ok, vamos reformular a situação. Somos velhos amigos que se encontraram por
acaso. Não seria meio triste se fizéssemos o trabalho sem sequer conversar um com o outro?
Sim, isso funciona.
“Então… você continuou como um aventureiro, hein?”
Não foi a melhor frase de abertura do mundo, para ser honesto.
"O que isso deveria significar?"
A resposta de Sara foi compreensivelmente curta. Eu não poderia me deixar

intimidar, no entanto.
Respire fundo, Rudeus.
Não era como se eu quisesse insinuar algo sobre suas habilidades como
aventureira. Ela mesma sabia disso. Ela era assim mesmo, na verdade.
“Bem, Counter Arrow se dissolveu quando Suzanne e Timothy se casaram,

certo? Fiquei me perguntando o que você e Patrice estavam fazendo consigo mesmos, só
isso. Você sabe o que aconteceu com ele?
“Ele se juntou a um grupo diferente quando terminamos. Não sei onde ele está
agora. Ele provavelmente ainda é um aventureiro, presumindo que não esteja morto ou aleijado.”
Patrice foi uma guerreira da linha de frente em Counter Arrow. Ele era fácil
cara, mas essa era basicamente a única coisa que me lembrava dele.
“E você, Sarah?”
“Eu passei por um monte de festas por um tempo. Este grupo me pegou logo
depois que cheguei ao Rank A, e estou com eles desde então.”
Ela já havia passado algum tempo com as Amazonas, pelo que parecia

coisas.
Agora que pensei sobre isso, eles eram provavelmente a festa mais bonita que já
encontrei. Seu líder musculoso tinha um rosto lindo e o sublíder fazia aquela cicatriz parecer
bonita. A jovem maga era meio pirralha, mas ela definitivamente era fofa.
Mas nenhuma delas se comparava a Sylphie ou Roxy, é claro!
“Sabe, acho que nunca vi uma festa só de mulheres antes.”
“Sim, bem, há muitos deles nas fileiras mais baixas, eu acho. Mas uma vez
você passa do Rank C ou algo assim, todo mundo busca habilidade mais do que qualquer
outra coisa, então não é muito comum.”
"Huh…"
Eu não me lembrava de ter visto nenhuma festa baseada em gênero no Continente

Demônio, mesmo nos escalões mais baixos. Mas aquele lugar era um caso especial, dada a
força dos monstros ali.
“Esta é a minha primeira vez em um, mas definitivamente tem suas vantagens, deixe-
me dizer. Dá a você acesso prioritário a alguns clientes, por um lado. Como este."
"Ah sim. Entendo por que você iria querer um grupo feminino para proteger
uma princesa.
Pode ser um pouco arriscado confiar uma coisa tão jovem a uma gangue de homens
agressivos e fedorentos. Muitos aventureiros estavam a um passo de serem bandidos de rua.
As pessoas tendiam a ser mais profissionais nos escalões mais elevados, mas um partido
exclusivamente feminino oferecia alguma garantia de que as coisas não poderiam correr tão
mal. Não que as mulheres sejam sempre gentis umas com as outras, é claro…
“Também é menos estressante em geral. Não precisa se preocupar com todo o

drama romântico, sabe?
Eu sorri sem jeito com isso. Se eu tivesse acabado de me juntar formalmente

ao Counter Arrow e formar dupla com Sara, teríamos tornado as coisas estranhas para
os outros.
Também me peguei pensando no membro mais jovem das Amazonas. Sempre

que parávamos para uma pausa, ela se atirava no líder ou sublíder do partido com gritos de
carinho. E uma vez que ela percebeu o quão talentosa Roxy era, ela estava em cima
dela. Ela tinha o hábito de

mostrando a língua para mim enquanto apertava minha esposa em seus braços.
“…Sem romance, hein? Realmente?"
"Huh? Ah, ela. Bem, você consegue garotas assim, mas é um problema menor,”
disse Sara encolhendo os ombros. “Ajuda ninguém engravidar nem nada, sabe?”
Huh. É bom saber que a festa se deu bem, pelo menos.
Nós dois tínhamos algumas lembranças dolorosas do passado, mas pelo que
parecia, Sara estava aproveitando muito bem a vida.
Fiquei feliz por ela. E um pouco aliviado, talvez.
“Então, de qualquer forma, e você?”

"Hum... e eu ?"
“Ouvi dizer que você está casado e tem um filho agora, certo? Parece que você está
se divertindo.”
"Oh. Quem te contou isso?
“Suzana. Ela me mandou uma carta há pouco, sabe? Sara

O tom estava começando a soar um pouco acusatório.
A razão pela qual terminamos foi minha total incapacidade de atuar na

cama com ela. E aqui estava eu, casado com duas mulheres diferentes, de cuja
companhia desfrutava regularmente. Eu podia ver como isso iria azedar o humor de alguém.
Eu estava sofrendo de um caso grave de disfunção erétil naquela época, mas

não tinha certeza se Sara sabia disso. Não pensei ter entrado em tantos detalhes com
Suzanne. Além disso, não foi uma desculpa para o meu comportamento.
Seja qual for a causa, acabei comparando a garota desfavoravelmente a uma
prostituta em público. Essa foi uma maneira incrível de tratar alguém que sentia algo
por você.
Esbarrar em um idiota como esse no trabalho deixaria a pessoa mais legal do

mundo meio irritada. Especialmente se eles tentassem fingir que você não existia.
"Bem, uh... sinto muito, Sara."
"O que? Não estou pedindo desculpas!”
Com essas palavras, Sara ficou de pé. Seu rosto estava vermelho; dela

lábios estavam franzidos e trêmulos.
Droga, agora eu a irritei. Talvez isso tenha sido uma má ideia, afinal... Ok, pare. Tarde
demais para isso agora. O que eu deveria fazer?
"Errar…"
Antes que eu pudesse encontrar alguma coisa para dizer, Sara virou-se e sentou-se
de costas para mim.
Levantei-me lentamente, tentando não provocá-la, e dei um passo à frente para

podia ver o rosto dela.
Ela estava olhando para o chão com uma expressão taciturna. Para minha surpresa,
ela parecia mais deprimida do que zangada.
“…Sara?”
"Sim? O que?"
“Eu sei que você não quer que eu peça desculpas, mas vou pedir desculpas de qualquer maneira. O
A maneira como terminamos não foi, uh... não foi a melhor, certo? Então... eu não sabia o
que dizer para você, eu acho. Isso não é desculpa para ignorar você, no entanto. Eu realmente
sinto muito."
Suspirando cansada, Sara olhou para mim. "Olha, eu acabei de dizer que não queria
desculpas, ok?"
Se ela não queria um pedido de desculpas, o que ela queria ? Eu estava começando
a me arrepender de não ter pedido conselhos a Sylphie lá atrás.
"Se importa se eu sentar ao seu lado?"
"Oh? Sua esposa não vai ficar brava com você?
“Não. Contarei a ela o que aconteceu assim que trouxermos as frutas de volta.”
“…Espere, então é ela? A garota dos óculos?

“Suzanne não a descreveu na carta?”
“Não, acabei de mencionar que o nome dela era Sylphiette. E quero dizer... eu não
pensei que ela seria uma guarda-costas real, sabe?
Então Suzanne se esqueceu de descrever sua beleza? Pura negligência, na verdade.
“Acho que isso explica por que vocês dois pareciam tão amigáveis,” Sara

contínuo.
“Não é só ela também. A garota demônio de cabelo azul é minha outra esposa.”
“O quê, ela também?! Hum. Não é interessante ...?
Enquanto Sara ponderava sobre isso, sentei-me cautelosamente ao lado dela. Enquanto eu me acomodava
para baixo, senti o cheiro de seu perfume, ainda familiar do breve tempo que passamos juntos anos
atrás.
Nenhum de nós disse nada por um momento. Desta vez foi Sara quem
quebrou o silêncio.
“Para dizer a verdade, eu estava planejando passar pela sua casa enquanto estivéssemos na
cidade.”
"Espere, sério?"
"Sim. Quero dizer, eu estava... querendo me desculpar com você. Por muito tempo.”
“Você queria se desculpar? Para mim?
"Sim. Depois que você fugiu, descobri sua, uh... condição. E percebi que idiota eu tinha sido.
Eu transformei você no vilão, certo? Ficou todo bravo e teve um grande ataque. Nem parei para pensar
que você poderia estar sofrendo também... ainda pior do que eu.
As lembranças ainda estavam desconfortavelmente frescas. Eu podia me ouvir,

desesperadamente bêbado, gritando um monte de bobagens estúpidas. Pude ver a raiva e a
humilhação no rosto de Sara quando ela me confrontou.
Esses eventos me machucaram profundamente. Mas eu sabia que iria machucá-la também.
“Então, quando Suzanne me escreveu e soube que você estava na Sharia... eu disse a mim
mesmo que iria ver você. Eu sabia que esse trabalho nos levaria até aqui, então pensei...
Eu tiraria um tempo para me desculpar. Você sabe... pela maneira como agi naquela época.”
“…”
“Mas aqui estou eu atacando você de novo, certo? Deus. Não me suporto às vezes...”
Sara parou por um momento e depois pressionou o rosto contra os joelhos.

Quando ela continuou, sua voz era quase inaudível.
"Desculpe."

Eu queria colocar um braço em volta dos ombros dela ou algo assim, mas de
alguma forma não parecia apropriado agora. Em vez disso, abracei os joelhos contra o peito.
“Já faz um tempo”, eu disse, “então vou ser honesto com você”.
“Hum?”
"Eu não acho que estava realmente apaixonado por você naquela época ou algo assim."
"Uh. Com licença?"
“A causa da minha condição foi… essa garota chamada Eris. Nós tínhamos viajado
através do Continente Demônio juntos, mas então ela desapareceu de repente. E foi aí que te
conheci, Sara. Eu poderia dizer que você gostou de mim. Eu não tinha sentimentos tão fortes por
você, mas acho que queria seguir em frente. Você sabe... deixar o passado para trás. Para ser
honesto, eu estava apenas usando você. Fiz uma pausa para engolir e continuei. "Então sim.
Você realmente não me deve desculpas.”
Presumi que Sara ficaria com raiva de mim. Eu estava bem com isso. Ela me contou toda
a verdade. Ela foi tão honesta quanto pôde. Achei que era justo retribuir o favor.
Por alguma razão, porém, ela não estava com raiva. Ela estava apenas olhando para mim
com uma expressão de surpresa no rosto.
"Uau. Você realmente mudou.”
"Uh... tenho?"
"Sim. Antigamente, você nunca se abriu assim comigo. Nunca sequer fingi.
"Eu acho que não."
“Você também nunca falou com ninguém tão casualmente. Ou se você fez isso, foi meio
forçado e estranho.”
"Espere, sério?"
"Sim. Você parece muito mais... natural agora.
Pensando bem, eu não estava falando com ela tão formalmente como antes.
Isso provavelmente teve algo a ver com a maneira como minha mentalidade mudou.
Naquela época, convencido de que Eris havia me abandonado, eu morria de medo do conflito e da
rejeição. Tive o cuidado de falar o mais educadamente possível. Dessa forma, eu

não ofenderia ninguém - e também os manteria à distância.
Foi bastante simples. Eu não queria correr o risco de me machucar.
Mas agora eu não estava mais com medo.
“…Alguém me deu um pouco de confiança, eu acho.”
"Sua esposa, você quer dizer?"
"Sim. Depois daquela noite com você, eu, uh... tive o mesmo problema por alguns anos.
Consistentemente.”
“…”
“Sylphie foi quem me curou. Foi a primeira vez dela, mas... ela fez
tudo que ela pudesse. Até usei um afrodisíaco em mim. E ela fez funcionar de novo.
Entrei em alguns detalhes específicos. O rosto de Sara ficou vermelho, mas ela ouviu
cada palavra, até mesmo inclinando-se ligeiramente para frente. Ficou um pouco constrangedor
depois de um tempo. Talvez existisse algo como ser muito aberto.
"Então, se ela fez tudo isso por você, por que você pegou um segundo?"
“Bem... Roxy fez o mesmo por mim, à sua maneira.”
Enquanto eu contava essa história, Sara ouviu com curiosidade:

segurando a mão sobre a boca. De vez em quando, pensei ter visto suas narinas dilatadas.
Quando cheguei ao fim, porém, ela parecia um pouco triste.
“Você sabe... eu não acho que poderia ter feito algo assim por
você. Mesmo se você tivesse me contado tudo naquela época.
“…”
“Talvez seja por isso que você nunca se apaixonou por mim.”
Talvez fosse. Sylphie e Roxy me amavam. Mas eu os amei ainda mais. Eles mudaram
minha vida para melhor e eu me apaixonei por eles por causa disso.
À primeira vista, isso parecia quase transacional. Foi apenas um fato,

no entanto, eles me conquistaram por estarem lá para mim quando eu precisei deles.
Talvez fosse isso que os distinguisse de Sara.

"Ah!"
De repente, Sara ficou de pé com um grito de irritação.

Colocando as duas mãos nos quadris, ela olhou para mim.
“Olha, vamos esclarecer uma coisa agora. Posso ter te amado naquela época,
mas isso acabou no dia em que você fugiu! Quer dizer, eu queria me desculpar por ter sido
tão idiota com você, mas isso é tudo. Não estou nem remotamente interessado em
tentar novamente depois de todo esse tempo!”
Depois de cuspir tudo isso com verdadeiro vigor, ela bufou e virou a cabeça para
o lado antes de continuar.
“E falando nisso , pare de olhar para mim com ar de desculpas! Somos apenas velhos
companheiros de aventura, certo? Tente agir como tal!”
Havia uma pitada de vergonha em seu rosto. Mas, ao mesmo tempo, ela parecia
aliviada. Demorou um pouco, mas finalmente conseguimos um encerramento. Foi um
pouco agridoce, mas me peguei sorrindo de qualquer maneira.
***
Depois da nossa conversa, consegui interagir normalmente com Sara.
Minha abordagem foi uma mistura do meu modo “Linia e Pursena” com meu
Modo “Nanahoshi”, com a intensidade geral reduzida um pouco. Parecia quase certo. O
desempenho de Sara também melhorou visivelmente. Ela apoiou o grupo com notável
habilidade, disparando flechas exatamente onde eram mais necessárias.
Em geral, seu papel era ficar um pouco afastado da ação e direcionar com
calma o fluxo da batalha. Isso me lembrou da maneira como Suzanne costumava gritar
ordens amigáveis aos membros do Counter Arrow; Sara tinha um estilo diferente,
mas sempre mantinha o jovem mago no alvo e na posição certa.
Foi um grande contraste com o garoto impulsivo, mas talentoso, de

que me lembrava dos velhos tempos. Talvez ter alguém mais jovem para cuidar a tenha
ajudado a amadurecer? Seja qual for o caso, ela já era a imagem de uma aventureira
veterana.

No final, a peregrinação da princesa transcorreu sem problemas. Nós tivemos que

lutei contra grupos de monstros várias vezes ao longo do caminho, mas nenhum deles nos
deu problemas. Voltamos para a Sharia sem nenhum ferimento digno de menção.
Só assim, nosso trabalho estava completo.
A Princesa Ranoana e seus guardas passaram a noite em sua pousada na Sharia,

pegaram os dois aventureiros em recuperação e partiram para a capital pela manhã. Eles
precisavam voltar antes que a neve começasse a cair, então não podiam perder tempo.
O resto de nós foi até a muralha da cidade para se despedir deles.
“Eu não quero gooooo! Ainda tenho muito que aprender sobre magia com minha
querida Srta. Roxy!”
“Controle-se, garoto.”
"Oh eu sei! Por que você não se junta à nossa festa, Srta. Roxy? Não se preocupe,
tenho certeza que todos ficariam emocionados em ter você!”
“É muita gentileza sua oferecer, mas estou feliz com meu trabalho aqui. E eu sou
uma mulher casada…”
“Isso não é grande coisa! Se você se afastar por um tempo, ele irá tratá-lo como um
deusa quando você aparecer de novo!
“Já chega, Alisa! Coloque uma meia nele.
“Ahhhh. OK…"
Antes de partirem, as Amazonas fizeram um esforço meio sério para recrutar

Roxy, mas ela recusou gentilmente. Foi uma coisa boa também. Se ela tivesse demonstrado
algum interesse, eu teria me lançado diretamente na minha defesa patenteada de “agarrar-
se e chorar”. A dignidade era uma preocupação secundária aqui. Eu precisava da minha
Roxy exatamente onde ela estava.
“Tudo bem, Rudeus. Acho que isso é um adeus.
Sara também estava indo embora, é claro. No início, fiquei horrorizado ao vê-la
aqui, mas agora estava feliz por ela ter vindo. Achei que aquela conversa tinha feito bem a
nós dois.
"Sim. Fique seguro lá fora.

“Você também se cuida. Não façam suas esposas chorarem, certo?
“Bem, farei o meu melhor.”
“Parece que eles se dão bem, mas nunca comece a compará-los em voz alta. Se você
colocar um deles para elogiar o outro, eles se lembrarão disso para sempre.”
"Oh. Sim, ok. Vou fazer uma anotação mental disso…”
“É melhor você. Vejo você por aí!"
Com isso, Sara me deu um soco de leve no peito e foi embora. Bastante casual, no que diz
respeito às despedidas.
Sylphie, Roxy e eu ficamos do lado de fora dos muros da cidade por um tempo,
observando enquanto o grupo avançava pela estrada.
Assim que eles desapareceram de vista, Sylphie finalmente falou.
“Hum, Rudy. Tem certeza de que quer deixá-la ir assim?
"O que você quer dizer?"
"Quero dizer... você costumava estar apaixonado por ela, certo?"
Oh meu Deus. Parece que houve um pequeno mal-entendido aqui, Srta. Sylphiette…
“Não, nós não estávamos apaixonados. Estávamos um pouco estranhos e confusos

juntos, só isso.”
"Hum. Ok...” Parecendo um pouco menos convencida, Sylphie se inclinou para estudar
meu rosto. “Diga-me uma coisa, Rudy. Qual é o seu tipo, afinal?
Os ouvidos de Roxy se animaram com isso e ela se aproximou também. Parecia que ambos
estavam bastante interessados na questão. Eles ficariam felizes se eu apenas dissesse meninas com
seios pequenos? Eu senti que isso poderia sair pela culatra ...
“Hmm, boa pergunta. Eu tinha todos esses detalhes acertados… tipo, uma garota dessa
altura, com aquele corte de cabelo e esse corpo. Eu não acho que acertei, no entanto.
Parei por um momento para estudar Sylphie e depois Roxy. Demorou um pouco, mas então
uma resposta surgiu na minha cabeça.
“Parece que as meninas que me ajudam quando estou em apuros ganham um presente especial.

lugar no meu coração.”
Isso colocou um grande e bobo sorriso no rosto de Sylphie. “Ah. Isso significa que
sou especial, Rudy?
"Obviamente. Você me curou de algo que vinha sofrendo há anos.

Estou muito feliz agora e acho que foi você quem tornou isso possível.”
"Oh sim? Hee hee hee… Ainda bem que criei coragem naquela época.”
Roxy estava olhando para mim um pouco incerta. Sua expressão dizia:
Quanto a mim?
Passei meu braço em volta de seu ombro e puxei-a para um abraço. Claro que você
também é especial, Roxy. Ela me tirou daquela casa onde eu estava escondido e me
recompôs quando a morte de Paul me deixou destroçada. Eu devia tudo a ela.
“De qualquer forma, acho que isso significa que não há muitas garotas especiais
para mim. Não há necessidade de ficar muito ansioso, Sylphie. Não vou arranjar mais
esposas, eu prometo.”
Com isso, Sylphie estendeu a mão para pegar minha mão. “Tudo bem... mas
vou repetir por um segundo, Rudy. Contanto que eles sejam especiais para você e você
seja especial para eles, estou bem com isso. Acho que Sara não estava exatamente nessa
categoria.”
De repente, me peguei lembrando de uma garota ruiva que já foi especial para
mim. Lembrei-me do sorriso dela. Como lutamos para voltar de uma terra distante para
casa. Como ela chorou quando eu quase morri. E me lembrei da última noite que passamos
juntos.
Eris me abandonou. Ou assim pensei durante anos.
Mas um homem com quem viajei e em quem confiava profundamente estava

convencido de que eu estava enganado.
E se ele estivesse certo? O que aconteceria então?
“Ah, Sylphie?”
"Sim?"
“Não tenho muita certeza sobre isso, mas... posso acabar quebrando isso

prometa novamente.”
"…Está tudo bem. Eu não aceitei em primeiro lugar, lembra? Apenas certifique-se de
trazê-la para me conhecer primeiro. Não vou amarrar você, mas também não vou deixar você
se casar com uma garota que nem te ama.
"Entendi."
“Isso é uma promessa, ok? Sem amantes ou filhos secretos. Não se esconda
coisas de mim... a menos que você queira me deixar louco.
“U-uh… Certo.”
"Está bem então! Ficarei muito interessado em ver como é o número três,
supondo que você consiga pegá-la.
Hum. Minha doce e pequena Sylphie estava começando a desenvolver uma espécie de
aura de comando. Não muito tempo atrás, ela afirmava modestamente que “tinha tido sorte”,
mas parecia que havia encontrado um pouco de autoconfiança.
Aquilo foi um bom sinal. A garota parecia um pouco ansiosa desde então
ela se casou comigo, e isso às vezes me preocupava.
Tudo bem então. Terei que me certificar de que cumprirei essa segunda promessa,
pelo menos…
Lendas da Universidade #10: O Chefe é um mulherengo incurável.

Capítulo 11:
Dia da formatura
NÃO MUITO DEPOIS que Sara deixou a cidade da Sharia, o inverno começou para valer,
e completei dezoito anos. Minha pesquisa estava progredindo de forma constante e eu

consegui completar meus requisitos para o ano na Universidade. Eu seria um estudante do quarto
ano em breve. Tudo estava indo bem.
Elinalise, por outro lado, teria que repetir o ano.

Ao contrário de mim, ela era uma estudante regular e a licença de seis meses a deixara
irremediavelmente para trás. Isso não pareceu incomodá-la nem um pouco, mas me senti um
pouco culpado por isso. Afinal, ela estava ajudando minha família.
Aliás, Sylphie também não atingiu sua cota de frequência naquele ano.
Mas suas notas ainda eram excelentes e levaram em consideração seu papel como guarda-
costas da princesa Ariel, então ela acabou recebendo permissão especial para seguir em frente.
Às vezes é tudo sobre quem você conhece.
As coisas também estavam bem em casa. Lucie estava crescendo rapidamente. Ela
já havia perdido o interesse pela amamentação; ultimamente ela estava comendo comida
de bebê em vez de amamentar. E outro dia ela falou comigo pela primeira vez! Ela olhou
diretamente para mim e disse “Wudee”.
Aparentemente, eu era “Rudy” para ela, não “Dada” ou “Papa” ou “Sr.

Bolhas." Mas ninguém na casa me chamava de nenhuma dessas coisas, então eu não
podia culpá-la. Ela estava chamando Sylphie de “mamãe”, mas isso acontecia porque Sylphie
havia deliberadamente ensinado a palavra para ela. Talvez eu pudesse fazer o mesmo e mudar
meu nome para “Papa”.
Não, não há necessidade de apressar as coisas.
Ela ainda era um bebê. Quando ela crescesse um pouco, eu a ensinaria a me chamar
de “Querido Pai”. De qualquer forma, não era um pouco louco ela já estar falando? Talvez
tivéssemos um pequeno gênio em nossas mãos!
Eu sei eu sei. É perfeitamente normal. Algumas crianças começam cedo, outras demoram
um pouco mais. Sylphie e Lilia também conversavam com ela constantemente.
Isso provavelmente teve algo a ver com isso.
Mas veja... quando você vê seu filho começar a falar, é incrível,

OK?
Houve algumas desvantagens, é claro. Depois que ela ficou ainda maior, ela
posso começar a dizer coisas como “Não lave minha calcinha com a do papai!”
Hum, não. Na verdade, eu estava ansioso por isso, por algum motivo!
Como nossa filha não estava mais amamentando, os seios de Sylphie pararam
produzindo leite. Isso foi realmente deprimente. Eu perdi minha chance de desfrutar daquele
deleite doce e excitante. Eles também retornaram ao tamanho normal e menor. Eu gostei muito
deles assim, é claro, mas… parecia um pouco com aquele momento em que o tempo da fase bônus
se esgota.
Por outro lado, também tínhamos encerrado nosso contrato com Suzanne, já que não
precisávamos mais de ama de leite. Ainda assim, eu tentaria manter contato com ela. Ela cuidou bem
do meu bebê e me ajudou naquela época. Eu queria retribuir sua gentileza, se pudesse. Talvez eu
pudesse cuidar dos filhos dela se eles se matriculassem na universidade. Parecia provável que eu me
formasse antes que isso acontecesse, mas eu sempre poderia pedir a Norn para ficar de olho neles
por algum tempo.
meu.
Norn e Aisha também estavam de bom humor ultimamente. Eles estavam sempre verificando
Lucie e falando sobre como ela era fofa. A criança provavelmente se sentia mais como uma irmã
mais nova para eles do que qualquer outra coisa.
A certa altura, eu os vi conversando nas escadas. Do som de

coisas, eles decidiram não brigar na frente de Lucie. Eles pareciam ter vários outros pequenos
planos elaborados também. Eles provavelmente queriam que ela os admirasse.
Ultimamente, eu não os via brigando como costumavam fazer. Acho que algumas crianças
tentam agir de forma mais “adulta” quando têm alguém mais novo em casa. Foi um efeito colateral
agradável e inesperado da chegada de Lucie.
O primeiro ano de Roxy como membro do corpo docente parecia estar indo bem,
também.
Eu notei alguns estudantes gerais olhando para ela com admiração recentemente.
Talvez eles estivessem começando a compreender sua grandeza, pelo menos parcialmente. Minha
intenção era reeducar à força qualquer um que ousasse zombar dela... mas parecia que as crianças
de suas aulas estavam ouvindo com respeito. Esperançosamente, continuaria assim.

A rotina da Zenith era a mesma de sempre. Quando Norn estava por perto,
eles faziam as refeições juntos. E quando Aisha estava no jardim, eles arrancavam
as ervas daninhas juntos. Às vezes ela apertava suavemente os dedos de Lucie e sorria
para ela.
Essa foi a grande mudança — depois da festa de aniversário de Norn e Aisha,

Zenith começou a sorrir regularmente. Seus sorrisos eram pequenos e sutis, mas
todos os reconheciam pelo que eram.
Ela ainda não estava falando e suas expressões faciais permaneciam muito
limitadas. Mas eu queria acreditar que ela estava progredindo em direção à recuperação.
***
Hoje foi dia de formatura.
A Universidade realizou suas cerimônias de entrada no campus, mas as de

formatura foram realizadas no interior. Eles instalaram um grande palco em um auditório
enorme onde eu nunca havia pisado antes, onde os alunos do sétimo ano
receberiam seus diplomas um por um.
No total, havia apenas cerca de quinhentas pessoas se formando hoje.

A Universidade tinha mais de dez mil estudantes, então esse número parecia
estranhamente baixo. Esta turma provavelmente começou com cerca de dois mil pessoas;
a maioria deles deve ter desistido ao longo dos anos.
Foi fácil matricular-se nesta escola, mas não foi tão simples se formar.
Em particular, os feitiços de nível avançado e a magia combinada eram difíceis de
dominar. Para aqueles com capacidades de mana menores, poderiam até ser
impossíveis.
Também havia muitas pessoas que tinham algum talento, mas decidiram que
dominar os feitiços de nível iniciante era bom o suficiente para eles. E houve quem
desistisse por diversos motivos pessoais ou financeiros. Para nós da Classe Especial
tivemos uma vida fácil, comparativamente falando.
Enquanto a maior parte do palco estava ocupada por fileiras de alunos

formandos, todo o corpo docente estava alinhado do outro lado. Devia haver duzentos
ou trezentos deles no total.
Eu não tinha percebido quantos professores esse lugar empregava. Que

explicou por que eles tinham um prédio totalmente separado para os escritórios do corpo
docente.
Foi fácil localizar Roxy no meio da multidão – ela era o membro do corpo docente
mais baixo. Mesmo à distância, pude ver que seus olhos brilhavam de excitação.
Aliás, o corpo discente em geral teve folga hoje. As crianças dos outros anos não
eram obrigadas a comparecer a este evento, nem à cerimônia de entrada dos calouros. Na
verdade, eles precisavam de permissão especial para participar.
Participar deles deveria ser uma honra que você tinha que merecer.
Eu estava sentado na beira da área reservada do Conselho Estudantil.

Todos os membros do Conselho estavam aqui – Ariel, Luke, os dois assistentes
reais e quatro outras pessoas cujos rostos reconheci. E Sylphie também, claro.
Sempre foi bom vê-la em seu modo “profissional equilibrado”. Não muito tempo
atrás, ela era indistinguível de um garoto com essa roupa. Mas agora seu cabelo caía até
os ombros e seu corpo havia ficado sutilmente mais feminino depois da gravidez.
De alguma forma, ela conseguiu ser fofa e legal ao mesmo tempo. Tive que lutar
contra a vontade de me gabar para estranhos sobre ela ser minha esposa.
Mas por outro lado... Por alguma razão, Norm estava sentado no
último assento na seção do Conselho Estudantil. Ela era um membro agora ou
algo assim? Eu não tinha ouvido nada sobre isso. Ela não estava trabalhando para eles
este ano, mas talvez estivesse ingressando no início do novo semestre.
Eu não queria me intrometer nem nada, mas espero que ela me diga qual era o
acordo antes do ano começar.
“Representantes da turma de formandos…Linia Dedoldia e Pursena

Adúldia! Dê um passo à frente para receber seus diplomas e suas credenciais como
membros de nível D da Guilda dos Magos!”
Linia e Pursena foram escolhidas como representantes do ano.

Eles correram soltos por um tempo, é verdade, mas acabaram conseguindo um
histórico acadêmico impressionante aqui. Claro, elas também eram princesas da tribo Doldia
– governantes do povo-fera. E parecia que a Universidade preferia conceder esta
honra a estudantes de origem nobre. Quando eles tivessem um plebeu e um nobre com
registros comparáveis, eles escolheriam o nobre como o

representante. Era uma forma de agradar pessoas poderosas sem causar problemas
reais.
Presumi que as coisas seriam diferentes se um plebeu fosse de longe o melhor

aluno do ano, mas era difícil dizer. Roxy tinha sido uma excelente aluna em sua época e eles
não lhe deram essa honra. Eu não tinha como saber o quão habilidosa ela era naquela
época, mas parecia que ela já era capaz de usar magia Tier Santo... e eles ainda
entregaram o papel para outra pessoa.
A Universidade de Magia fez questão de aceitar qualquer pessoa que quisesse se

matricular lá, independentemente de sua formação. Mas as pessoas que o dirigiam eram
apenas humanas e claramente tinham os seus preconceitos.
“Obrigado, senhor!”
“Obrigado, senhor!”
"Parabéns. Que você possa trilhar o caminho da magia todos os seus dias!”
Linia e Pursena receberam seus diplomas com equilíbrio e dignidade. Foi realmente
incrível vê-los subir naquele palco. Eles declararam sua intenção de encontrar namorados
durante a época de acasalamento. Mas quando seus muitos pretendentes avançaram, eles
os derrotaram e os jogaram de lado, um por um. No final, eles ficaram juntos no topo de uma
montanha de corpos, murmurando “Que diabos? Ficamos muito fortes” e “Que deprimente”.
Essas memórias voltaram à minha mente agora. Naqueles gloriosos

Em alguns momentos, eles eram da realeza – duas rainhas da selva, invencíveis e
intocáveis.
Eu também tive algumas lembranças deles indo para uma taverna depois e
gritando “Senhor! Eu cansei dos homens para sempre! e “Eu também! Caras são uns
perdedores! em um estupor de embriaguez. Mas eu faria o meu melhor para esquecê-los.
***
Após o término da cerimônia de formatura, passei pelo laboratório de Nanahoshi,

onde a encontrei enrolada em algo parecido com um roupão grosso, tossindo e ofegando
constantemente.

“Você pegou outro resfriado, Nanahoshi?”
“Tosse, tosse… acho que sim.”
Durante o último ano, a menina ficou doente regularmente.

Geralmente envolvia tosse seca ou febre repentina. Eu os esclarecia para ela com feitiços de
desintoxicação sempre que acontecia, mas eles sempre voltavam em pouco tempo.
“Você já pensou em cuidar um pouco melhor de si mesmo? Você sabe, sair um

pouco?
Em geral, Nanahoshi quase nunca saía de seus quartos. Ela aparecia quando algo
importante acontecia, mas fora isso ela passava o ano inteiro escondida neste lugar, saindo
apenas para almoçar. No café da manhã e no jantar, ela contava com seus estoques de
alimentos em conserva.
A maior parte do seu tempo era passada sozinha nesses quartos onde a luz do sol não
conseguia alcançá-la. Não foi nenhuma surpresa que seu sistema imunológico não estivesse
muito bem. Entendi que ela tinha suas prioridades, mas senti que ela precisava começar a
levar sua saúde mais a sério.
“Por que você pelo menos não descansa até que essa tosse desagradável passe?”
“Não posso parar de trabalhar agora. Estou progredindo muito com o

pesquisa ultimamente…”
E com isso, ela voltou aos seus círculos mágicos.
Ela não estava errada – a pesquisa estava indo bem. Ela completou a segunda
fase de seu plano há vários meses, invocando com sucesso uma tampa que cabia na
garrafa que ela obteve na fase um.
No momento, estávamos na fase três: invocar um ser vivo, como uma planta ou um
animal. Esse foi um grande e emocionante passo em frente. Não estávamos longe de trazer
vegetais do nosso velho mundo para este e estávamos cada vez mais próximos.
“Continuaremos trabalhando nos experimentos do estágio três hoje.”

“Não deveríamos esperar até que Cliff e Zanoba estejam disponíveis?”
"Eu suponho. Por que você não vai procurá-los, então?
Eu balancei minha cabeça. “Infelizmente, eles não estão no campus hoje.”
“O quê, os dois estão desligados? Isso é incomum. Você sabe por quê?"

“Hoje é dia de formatura. Ninguém tem aulas.”
"Dia da formatura…? Ah. Já é essa época do ano?
Nanahoshi fez uma careta enquanto falava as palavras. Para ela, eles
significaram apenas a passagem de um ano – mais um ano que ela passou presa neste
mundo.
"Sim. Linia e Pursena receberam diplomas e tudo mais. Parece que eles estão
voltando para casa, então pensei que poderíamos dar uma festa de despedida em breve.
Você estará lá, certo?
“…Suponho que sim.”
Não sei se Linia e Pursena se qualificavam como amigas de Nanahoshi, mas foi
bom saber que ela estava disposta a vir se despedir. A garota ainda era reclusa por natureza,
mas havia se tornado um pouco mais sociável do que costumava ser.
“Acho que elas serão princesas de novo quando voltarem para casa… Estranho,
certo?”
“Eles certamente não se parecem.”
“Não posso discordar disso.”
Fiquei um pouco preocupado com o futuro da tribo Doldia, para ser sincero.
Esperançosamente, eles tinham pessoas competentes o suficiente para manter as coisas
funcionando, caso acabassem tendo um idiota como líder.
Porém, no momento em que eu estava pensando sobre isso, houve uma batida na porta.
“Hum? Ah, entre.

"Perdoe-me!"
“Entrando.”
Nossos novos visitantes eram um gato corajoso e um cachorro de olhos sonolentos.

Exatamente aqueles sobre os quais estávamos falando, na verdade.
Linia e Pursena entraram na sala, ainda vestindo os uniformes escolares.
"Estávamos procurando por você, chefe."
"Você tem algum tempo?"

Algo parecia um pouco diferente neles, mas era difícil definir o que era. Seria por isso
que Linia parecia um pouco nervosa? Ou talvez o fato de Pursena não ter um pedaço de
carne na boca? Pensei ter sentido algo parecido com hostilidade no ar. Isso me lembrou do
dia em que primeiro
de.
Normalmente, eles diriam algo como “Miau! O chefe está no quarto de uma mulher
solteira de novo! Talvez eu conte ao Fitz ou à Roxy!” agora, mas desta vez eles eram todos
negócios.
Seria hora de outro duelo, então? Eles queriam acertar as contas antes de deixarem
a cidade?
“Por favor, chefe?”
“Precisamos disso, cara.”
Eles não estavam falando muito, mas eu podia sentir o peso por trás de suas
palavras. Seus olhos brilhavam com determinação.
Talvez eles não quisessem voltar para casa como “perdedores”. Afinal, eles tinham seu
orgulho.
Bem, tudo bem então. Não gosto de brigar, mas vou abrir uma exceção para vocês
dois. Não seria certo virar as costas agora...
"Está bem então. Desculpe, Nanahoshi. Parece que sou necessário em outro lugar.”
"Com licença? E nossos experimentos?
Nanahoshi não parecia muito satisfeito com a reviravolta nos acontecimentos.

Mas antes que ela pudesse objetar mais, Linia se aproximou e agarrou-a pelo braço.
“Você vem também. Esta é uma ocasião especial.
“Sim, vamos permitir.”
“O que- Ei! O que é isso?!”
Parecia que eles queriam que Nanahoshi servisse como testemunha do nosso duelo ou
algo assim. Não era a melhor escolha, considerando que ela raramente falava com alguém... mas
esses dois não eram o tipo de pessoa que pensava nas coisas tão profundamente.
Por outro lado, o nome Silent Sevenstar era relativamente conhecido em

o mundo em geral. Seu testemunho teria alguma credibilidade, pelo menos.

Nós quatro fomos até um lugar no meio do caminho entre os dormitórios e o prédio
de Nanahoshi. Havia uma floresta de um lado da estrada e montes de neve por toda parte. Era
improvável que seríamos avistados à distância.
“Vamos fazer isso aqui”, disse Linia, parando.
“Realmente me leva de volta, cara”, murmurou Pursena com um aceno de cabeça.
Este foi o mesmo local onde Zanoba e eu emboscamos e sequestramos os

dois há vários anos. Em outras palavras, foi o lugar onde lutei com eles pela primeira
vez. Parecia uma escolha apropriada de local.
Linia e Pursena estavam na minha frente agora.
Eles estavam um de frente para o outro, separados por cerca de dez passos. Por algum motivo,
eles não estavam olhando em minha direção.
…Huh?
“Chefe, Nanahoshi… Queremos que vocês dois observem isso com atenção.”
“Uh… o que estamos assistindo?”
“Linia e eu vamos descobrir qual de nós é mais forte.”
Oh. Eles estavam duelando entre si?
“E por que você está fazendo isso?” Nanahoshi perguntou, um pouco exasperado.
“Aquele que vencer será o próximo líder da Dedoldia.”
"Isso é mesmo necessário? Seu povo não tem duas tribos – os Dedoldia e os
Adoldia?”
O lugar onde fiquei naquela época pertencia ao Dedoldia, mas eu

pensei ter me lembrado de ter ouvido algo sobre uma aldeia de Adoldia também.
Eles não tinham um segundo líder comandando aquele lugar?
Hum. Talvez o líder dos Dedoldia fosse automaticamente o governante de toda a tribo
ou algo assim...
“Mew… Estávamos planejando voltar juntos no início, chefe.”
“Meio que reconsiderado. É um grande mundo lá fora, certo? E há mais na vida

do que mandar nas pessoas.
“Nós dois temos irmãs mais novas em casa. Um de nós pode simplesmente voltar

e ensinar a eles o que aprendemos aqui.”
“Qualquer um de nós for mais forte voltará a ser o chefe. O outro vive da maneira
que quiser.
Plano interessante. E por “interessante” eu quis dizer “ridículo”.

Eles certamente mudaram sua visão de mundo. O que aconteceu com toda
aquela sede de poder?
“Nós íamos acabar duelando de qualquer maneira se nós dois voltássemos,

mew.”
“E se lutássemos na Grande Floresta, o perdedor acabaria com uma vida chata

pra caralho. Eles a fariam se casar com o melhor guerreiro da vila ou algo assim.
“É melhor resolvermos isso aqui e agora, e depois seguirmos caminhos

separados.”
"Sim. Sem ressentimentos de qualquer maneira, sabe?

Ah. Agora estava começando a fazer mais sentido.
Ambos queriam ser o número um na Grande Floresta. Mas se eles caíssem

aquém desse objetivo, eles preferem morar em outro lugar. Talvez eles conseguissem
chegar ao topo lá, se não em casa.
O plano tinha algumas falhas, para dizer o mínimo. Eu estava morrendo de vontade de perguntar alguns
perguntas básicas, como: Vocês realmente tomam essa decisão sozinhos? Sem
falar com seus pais em casa? No final das contas, porém, não cabia a mim dissuadi-los.
Eles claramente pensaram muito nisso e eu pude entender o desejo deles de
controlar seus próprios destinos.
"Tudo bem eu já entendi. Não vou interferir nem nada. Fiquem com isso, meninas.
“O quê, você vai ajudá-los na luta? Você tem certeza disso?" disse Nanahoshi,
seu tom de desaprovação.
"Está bem. Eles vão lutar de qualquer maneira, esteja eu assistindo ou
não."
Pelo que pude perceber, Linia e Pursena estavam empatadas. A menos que
eles tinham alguém para julgar o resultado da luta, havia uma chance de não produzir
um vencedor claro. Pior, eles podem exagerar e conseguir

eles próprios se machucam. Nossa presença como espectadores foi uma precaução necessária.
Além disso, embora eu não fosse dar muita importância a isso, era um duelo, não
uma briga. Eles não estavam zangados um com o outro – eles estavam competindo pela
supremacia.
“Nós apreciamos isso, mew.”
“Obrigado, chefe.”
Linia e Pursena ofereceram algumas palavras de gratidão antes de voltarem a se

concentrar na tarefa em questão.
Eles respiraram longa e profundamente... e então olharam ferozmente um para o outro.
"Silvo!"
“Grrrrr!”
De repente, eles estavam emitindo sons ásperos de uma natureza nada elegante.
O ar estava denso de tensão. Parecia que a batalha poderia começar a qualquer momento
momento.
Ativei meu Olho Demoníaco e notei Nanahoshi escorregando em um dos

os anéis mágicos que ela usava para fins de autodefesa. Afinal, estávamos prestes a
testemunhar uma batalha mortalmente séria entre dois povos-fera. Não havia como saber o que
poderia vir em nossa direção.
“Pursena, há algo que eu queria te contar há algum tempo. Estou farto de suas merdas,
mew!”
"Oh sim? Bem, estou farto de você. Você costumava andar atrás de mim
como minha irmãzinha, e agora você está agindo como uma espécie de figurão!
“Miau?! Eu era praticamente sua babá! Você não se lembra disso

vez que eu te cobri quando você fez xixi na cama?! O que aconteceu com ‘An Adoldia
nunca esquece quem os ajuda’, hein?!”
“Eu paguei por isso quando tirei você do rio! Como

patético foi isso, afinal? Chega da tribo Dedoldia e de suas lendárias habilidades de
natação!
“Para começar, tudo isso foi culpa sua! Você deixou cair aquele brinquedo que o vovô lhe
deu na água como um idiota!

“Foi você quem me fez desistir!”
Bem, isso foi interessante. Eu nunca tinha ouvido uma discussão tão acirrada, mas
tão completamente desprovida de malícia real. Eles estavam se animando bastante, mas
não ouvi o menor indício de ódio em suas palavras.
"Você é um grande idiota, Pursena!"
“Você é uma idiota estúpida, Linia!”
…E agora eles estavam recorrendo a insultos infantis.
“Você é um idiota fedorento!”
“Você tem pernas atarracadas!”
"O qu- Bem, você é um gordo!"

“Eu não estou!”
No final, Pursena disparou primeiro. Aquela única palavra, “gordo”, empurrou

ela ultrapassou os limites.
“Grrrra!”
Ela saltou para Linia, puxando o punho para trás para desferir um golpe poderoso.
"Hiss!"
Linia reagiu com toda a agilidade de uma pantera, atacando com o próprio punho…
"Ouvir..."
“Hum…”
E acabaram se acertando com um duplo contra-ataque cruzado.


Os dois cambalearam para trás… e então o duelo começou para valer.
"Oh meu Deus! Pursena avança ferozmente! Mas Linia evita isso de forma limpa!
Pursena está atacando ela como um tanque, mas... ela a afasta! Linia está mantendo a tática de
bater e fugir, pessoal. Pursena está atrás dela! Pursena tem vantagem em poder, e seu
oponente é um pouco mais rápido! Se tudo se resume a uma luta violenta, Linia não tem chance.
Mas o poder não é a única coisa que conta! Você tem que pegá-la primeiro, ou sua força será
inútil!”
“Olha esse trabalho de pés! Um belo golpe! E outro! E uma reta!

Uau, Pursena apenas dá de ombros! Linia não consegue chegar perto o suficiente. Ela está
um passo longe demais! Ah, meu Deus! Que direito brutal direto de Pursena!
Senhor tenha piedade!
“Linia cambaleia para trás! Ela sentiu isso, senhoras e senhores! E Pursena não
desiste! E agora, Linia? Você corre para isso? Não! Não, ela se mantém firme! Um golpe
de esquerda! E outro! Ah, essa é afiada! Pursena está levando alguns golpes aqui! Linia é uma
boxeadora tenaz por direito próprio! Ela pode não ter o poder de Pursena, mas parou de correr!
“Pursena recua. E ainda assim, seus olhos estão brilhando. Ela é um cão de caça,
pessoal, e tem sua presa nas cordas! Linia ataca com a direita enquanto Pursena dá um passo à
frente…
"Oh meu Deus! Você vai olhar todo esse sangue?! Linia acabou de cortá-la com uma
faca?!
"Não! Não, foram as garras dela! Ela estendeu suas garras e arranhou
Pursena quando aquele soco acertou! É o soco mortal de gatinho, afiado com
perfeição! E é legal, pessoal. Não há barreiras nesta briga!
“Linia dá socos e golpes! Socos e golpes! É uma barragem de ambos os lados! Ela
deixou Pursena fazendo uma careta agora! Este é um tipo totalmente novo de dor, e ela não
esperava por isso! Bom Deus! Linia acabou de fazer um grande rasgo no uniforme! Estamos em
território de mau funcionamento do guarda-roupa aqui! Talvez tenhamos que cortar para o comercial,
pessoal!
“Oh meu Deus, Pursena vai fazer isso de qualquer maneira! Ela não se importa! Ela
é uma boxeadora agora, não uma adolescente tímida! Bam! Ela acerta um gancho de direita no
corpo de Linia! Você pode ver a agonia em seu rosto. É isso? Pursena vai terminar ?!

“Se isso é irrestrito, por que eles não estão usando nenhuma magia?”
Nanahoshi perguntou.
“Ah, boa pergunta. Quando Pursena transformou isso em uma briga corpo a corpo logo no
início, isso tornou sua magia praticamente irrelevante. Eles não estão dando um ao outro o tempo
necessário para completar um encantamento. Sylphie ou eu ainda poderíamos lançar alguns feitiços de
silêncio nesta situação, mas esses dois são lutadores por natureza. E com todo esse exercício
extenuante, seria difícil para eles dizerem uma única palavra agora. Um corredor de maratona pode
recitar um poema enquanto corre pela estrada? Não, seria...
"Tudo bem eu já entendi. Desculpe por interromper você assim. Você pode continuar agora.
“…Linia parou completamente de se mover! É uma luta interna agora, pessoal!

Eles estão trocando golpe por golpe! Toda a esperança está perdida? Os socos de Pursena
neutralizaram a velocidade de Linia! Ela não pode mais jogar o jogo de bater e fugir! A borboleta perdeu as
asas? Ela caiu indefesa nas mandíbulas de seu inimigo?”
"Não! Ainda não acabou! Ela está se esquivando dos socos, pessoal! Ela é na verdade
esquivando-se deles! Com seus reflexos felinos, ela se abaixa e tece! Com sua técnica apurada, ela
escorrega e rola! Ela ainda não levou um golpe sólido!
E agora, o balcão! Um soco de gatinho brutal! Um jato de sangue! Ela pegou a bochecha de Pursena e
a fez saltar para trás!
“Linia dá um passo à frente para aproveitar sua vantagem. Oh meu Deus, um barato brasileiro
chute! Ela quer nocautear aquela garota ! Ah! Pursena… Pursena avança! Ela se joga no ataque!
Meu Deus, ela mordeu a perna da Linia! Ela mordeu quando balançou em direção ao pescoço! Ela é um
cão de ataque, pessoal! Ela é uma fera!
Ela é uma loba! Seus punhos não são sua única arma!
“Pursena avança e… arrasta sua presa para o chão! Linia chegou perto demais?! Mas
Pursena não é a única com dentes matadores! Ela está mordendo de volta! Basta olhar para esses
chompers! Agora é uma luta de luta livre e só vai ficar mais violenta!”
“Para ser honesto, parece que eles estão cambaleando e batendo uns nos outros para mim…”
"Bem, sim. Você poderia colocar dessa forma também.
“Olha, eu odeio ser um desmancha-prazeres, mas posso te perguntar uma coisa?”

"Claro. E aí?"
“Eles parecem estar levando essa luta muito a sério. Por que você está fazendo
virou uma grande piada?”
"…Desculpe."
O duelo durou algum tempo.
De certa forma, tudo começou com a troca de insultos e depois passou para
a fase de socos. No início, isso parecia uma luta de boxe de alto nível, mas no final se
transformou em algo mais parecido com uma briga feia de playground – completa com
arranhões e mordidas.
Durante o que pareceram horas, os dois rolaram na neve,
lutando um com o outro... mas então, finalmente, eles pararam.
Apenas um deles se levantou.

“Eu consegui, porra...”
Era Pursena.
Ela estava coberta da cabeça aos pés por arranhões, mordidas e hematomas. Dela
as roupas estavam esfarrapadas, molhadas de neve e manchadas de sangue. Alguns de
seus ferimentos ainda sangravam.
Foi uma visão inspiradora.
Esta era uma mulher que lutou por sua vida... e saiu triunfante.
“…”
Pursena olhou para seu inimigo caído e pareceu em conflito por um momento.
Mas então ela virou o rosto com altivez.
Um momento depois, ela cambaleou até nós.

“Eu sou o vencedor, chefe.”
“Ah, sim. Parabéns… Sente-se um pouco, certo? Eu vou curar você.”
Estendi a mão para tocar uma ferida aberta em seu ombro, mas ela deu um tapa
minha mão. “Obrigado, mas não, obrigado. Estas são cicatrizes de honra. eu preferiria

fique com eles.
"Oh, certo."
Cicatrizes de honra, hein?
Eles realmente estavam falando sério sobre isso. Fiquei um pouco envergonhado por
presumir casualmente que ninguém se machucaria aqui.
“Não sei se verei Linia de novo, sabe? Pelo menos terei isso para me lembrar dela.
"Uh, bem... vocês não vão ficar juntos até sair da cidade, pelo menos?"
“Não, estamos seguindo caminhos separados aqui e agora. Temos nossas malas prontas e
tudo mais.
Eles devem ter concordado com isso de antemão. Foi aqui que seus caminhos
iria divergir, então poderia muito bem ser o lugar onde eles se despediram.
Havia alguma poesia nisso.
Parecia que eu teria que cancelar meus planos de uma festa de despedida. Isso arruinaria
tudo.
“…Certifique-se de conseguir alguém para cuidar de você, certo? Mesmo que não seja
um mago.”
"Sim, eu sei."
Com isso, Pursena cambaleou na direção dos dormitórios.
Enquanto eu olhava, Nanahoshi correu para se juntar a ela. Ela colocou a jaqueta sobre
os ombros de Pursena e eles partiram juntos com Pursena apoiando-se nela. A garota tinha um lado
gentil.
Agora, então…
Fui até onde Linia estava deitada e estudei-a de cima.

"Você está vivo?"
Ela não estava inconsciente nem nada, apenas olhando para o céu com uma expressão
distraída no rosto.
“Sim”, ela disse depois de um momento. "Eu acho que sim."
A garota parecia tão ruim quanto Pursena, se não pior. Suas roupas estavam rasgadas
e esfarrapadas; um de seus ombros sangrava profusamente, manchando o

neve vermelha; e seu rosto estava inchando por causa de todos os socos que ela havia levado.
Havia um pouco de sangue escorrendo de sua boca também. Eu senti que provavelmente era
devido a um corte interno, e não a qualquer ferimento interno.
"Você não parece tão gostoso, você sabe."
“Não sinta muito calor também.”
Examinando mais de perto, percebi que as roupas de Linia não escondiam mais
adequadamente certas partes de sua anatomia. Tirei meu casaco e coloquei sobre ela. Não queria
me distrair aqui. Estava um pouco frio aqui sem ele. Esperançosamente, Nanahoshi não iria piorar
seu resfriado.
“Obrigado, chefe.”
Linia moveu lenta e trêmula os braços para cima e juntou as mãos atrás da cabeça. Ela
cruzou as pernas também. Quase parecia que ela estava descansando em um sofá, em vez de em
uma pilha suja de neve.
"Cara... acho que perdi, mew."
Suas palavras flutuaram no ar como uma nuvem de vapor e depois se dissiparam.
“Mas foi uma luta e tanto,” eu ofereci.
“Me dê um tempo, chefe. Eu ouvi todos os seus comentários.

Parecia que você estava realmente se divertindo.
Justo. Talvez eu não tivesse levado isso muito a sério.
Ainda assim, a partida deles foi emocionante de assistir. Foi como... uma briga muito
cruel, talvez? Ou uma luta apaixonada entre dois desesperados candidatos ao título?
Uh, vamos tentar evitar as metáforas do boxe, na verdade. Provavelmente seria

apenas irrite-a...
"Pelo menos eu te dei algumas risadas para lembrar de mim, hein?"
"Desculpe. Eu me sinto meio mal agora.
"Está bem. Tenho certeza de que parecia uma briga maluca vista de fora, certo? E se
divertir é o objetivo da vida.”
Ao falar essas palavras, Linia fez uma careta. Ela se virou para lamber um corte feio em seu
braço.
“Você quer transmitir a magia de cura também?” Eu perguntei com cautela.

“Bem, eu não gosto de carregar lembranças de minhas derrotas, para ser

honesto... mas sim, acho que vou abrir uma exceção para isso. Talvez eu consiga me gabar deles
daqui a alguns anos.
Eu mesmo deixei algumas cicatrizes nos guerreiros do povo fera ao longo dos
anos. Eu me perguntei se algum deles exibia isso com orgulho.
“…”
Linia ficou em silêncio e olhou para o céu.
Eu olhei para cima também. Estava cinza hoje - um típico norte

Céu dos territórios. Teríamos mais neve esta noite, sem dúvida.
“O que você está planejando fazer agora, Linia?”
"Hum. O que você quer dizer?
“Bem, você disse algo sobre viver do jeito que você quer. Você tem algo em mente?
"Sim claro. Acho que vou viajar por aí por um tempo e depois abrir minha própria loja.”
Foi ... muito difícil imaginar Linia administrando uma pequena empresa
com sucesso. Eu poderia vê-la como uma aventureira, talvez, mas…
“Espero que você tenha um plano real elaborado.”

“Claro que sim!”
Bem, ela parecia confiante, pelo menos. Talvez ela ficasse bem se tivesse um plano?
Eu ainda não estava me sentindo muito tranquilo. Eu tive esse pressentimento de que ela estava indo
errar com um monte de ideias meia-boca e se meter em sérios apuros.
— Pelo que imagino, estarei ganhando dinheiro em cinco anos ou mais.
"…Hum. Bem, ok. Você sempre pode me pedir ajuda se precisar, só para você saber.
“Minhahaha. Assim que eu atingir o sucesso, vou deixar você me pedir dinheiro emprestado!
Apesar de ter acabado de perder o duelo mais importante de sua vida,

Linia não parecia muito deprimida. Talvez ela estivesse feliz por estar livre de suas
responsabilidades para com a tribo Doldia, pelo menos por enquanto. Ou talvez ela estivesse apenas

colocando uma cara corajosa nas coisas.
De qualquer forma, parecia que ela havia aceitado que um capítulo de sua vida tivesse
chegou ao seu fim.
Linia e Pursena não se despediram das outras.
Eles voltaram direto para o dormitório após o duelo, um um pouco mais tarde que o
outro. Lá, eles desinfetaram e enfaixaram as feridas, pegaram suas malas e deixaram o campus
em horários diferentes.
Eu me despedi de Linia e Nanahoshi fez o mesmo com Pursena.
Nenhum deles era particularmente conversador. Eles nos pediram para dizer adeus
para Zanoba e Cliff por eles, mas isso era tudo. Nossos amigos provavelmente ficariam
um pouco tristes por terem perdido a chance de retribuir o favor.
Presumivelmente, Pursena estava voltando direto para a Grande Floresta, onde

treinaria exaustivamente para assumir a liderança da tribo. O futuro de Linia era mais incerto,
mas eu queria acreditar que ela encontraria nosso próprio caminho a seguir.
Parecia que eles estavam resignados a nunca mais se verem. Isso foi uma pena,
considerando o quão próximos eles eram. Ainda assim, não pude deixar de admirar a sua
determinação e determinação.
É uma pequena digressão aqui, mas: naquela mesma noite, ouvi alguém
conversando na rua.
Para citar: “Sim, então eu vi essas duas mulheres feras cobertas de bandagens
discutindo sobre algo na parte de trás de uma carruagem de passageiros”.
Provavelmente deixaram de verificar os horários das carruagens para fora da cidade e

acabaram presos na mesma.
Chega de sua dramática separação.
Lendas da Universidade #11: O Chefe sempre acerta suas contas.

Capítulo 12:
Fase Quatro
VÁRIOS DIAS depois da cerimônia de formatura, voltei ao trabalho.
Havia um grande círculo mágico espalhado diante dos meus olhos. Num relance,
quase parecia que estava impresso em uma placa de pedra.
A “laje”, no entanto, era na verdade composta por mais de cem folhas

de papel de grandes dimensões empilhados uns sobre os outros. Cada página individual
foi coberta com outra parte do design geral. Uma moldura de madeira mantinha tudo
firmemente fixado no lugar. Havia círculos mágicos esculpidos em sua superfície também.
Não foi exagero chamar isso de magia completa

implemento. Obviamente, sua criação levou um tempo significativo. Eu ajudei quando pude,
mas na maior parte do tempo era inteiramente trabalho de Nanahoshi.
"Tudo bem então. Por favor, comece.
Nanahoshi estava agachada na minha frente, olhando para sua criação. Cliff
e Zanoba flanquearam-na de cada lado.
Eles já estavam nos ajudando com essa pesquisa há algum tempo, então pedi a
eles que viessem observar sempre que estivéssemos à beira de um grande avanço.
Nanahoshi não gostou da ideia, mas acabou cedendo quando argumentei

que eles conquistaram o direito de estar aqui.
Claro, a presença deles não era realmente uma recompensa. Eles estavam aqui
para o caso de o experimento falhar e Nanahoshi começar a se debater novamente. Eu
queria alguém aqui para contê-la... e me ajudar a consolá-la depois, aliás.
Foi muito eficaz ter alguém de um gênero diferente confortando você. Pode não
ser uma regra universal, mas era verdade na minha experiência, pelo menos.
Poderíamos levá-la para uma boa taverna e dar-lhe muita atenção. Traga o champanhe
caro, esse tipo de coisa. Nós três não estávamos

exatamente material do clube anfitrião, mas é a intenção que conta, certo?
Dito isso, eu estava me sentindo confiante sobre isso.
Cliff deu aos esboços seu selo de aprovação. E graças à Prótese Zaliff, Zanoba estava
se tornando cada vez mais bom na execução desse tipo de trabalho detalhado. Não vi nenhuma
razão para falharmos.
Aqui vai nada…
“Estou começando a alimentação de mana… agora.”
Coloquei minha mão na borda do círculo mágico de múltiplas camadas.

“…”
Assim que coloquei um pouco de mana nele, senti a coisa começar a sugar cada vez
mais de mim.
Não foi nenhuma surpresa, mas essa coisa estava seriamente ávida por poder. Eu não
tinha certeza se alguém além de mim poderia ter satisfeito isso.
Isso fazia sentido, no entanto. Sylphie uma vez me disse que ativar um único círculo
mágico consumia tanta mana quanto lançar um feitiço Avançado.
Essa coisa era composta por mais de cem desses círculos.
Graças à ajuda de Cliff, conseguimos tornar nosso design significativamente

mais eficiente, então ele não estava tão sedento quanto poderia sugerir... mas ainda
estava consumindo pelo menos vinte vezes mais mana do que um círculo mágico normal
consumiria.
“Certamente demora um pouco”, murmurou Cliff. “Talvez possamos encontrar uma

maneira de acelerar o...”
“Shh!” sibilou Nanahoshi.
Minha mana pulsou continuamente no “tablete”, como sangue bombeando de um

coração. E à medida que o alimentava mais, ele começou a emitir um brilho perceptível.
Nada parecia estranho. A mana estava fluindo suavemente através da nossa criação.
Lentamente, os círculos intrincados e brilhantes começaram a mudar de cor. Amarelo,
laranja, azul, branco… o padrão era distinto. E familiar.
Eu tinha visto flashes de luz exatamente como esses logo antes do

Incidente de Deslocamento.
Besteira. Devo parar? Essa coisa pode teletransportar nós quatro para o

meio do nada.
E se for um efeito em maior escala? Sylphie e Norn estão no campus hoje, não
estão? Espere, pode até levar a cidade inteira... e Lucie junto com ela...
Por outro lado, não parecia que algo muito dramático estava prestes a acontecer.
acontecer. E os círculos mágicos que projetamos não eram capazes de produzir tais
efeitos, de qualquer maneira.
Tínhamos feito nossa lição de casa aqui. Eu tinha certeza de que não tínhamos estragado
tudo tanto. Simplesmente não era possível.
Tudo iria ficar bem. Isso ia funcionar!

“…!”
A luz ficou cada vez mais forte… e então colapsou em um único ponto.
Naquele momento, ouvi um pequeno baque.
Minha mana parou abruptamente de fluir para o círculo mágico, e o círculo

também parou de brilhar.
“…”
Havia algo verde bem no centro do círculo.

Algo verde, preto e redondo – mais ou menos do tamanho de um globo, mas com aparência
muito mais suculenta.
Era uma melancia.
“Parece que funcionou.”
“Simmm!!!”
Nanahoshi levantou-se de um salto e cerrou os punhos em triunfo.


“Parabéns, Mestre Rudeus!”
“Muito bem, Nanahoshi!”
Zanoba e Cliff aplaudiram. Eles pareciam quase tão exultantes quanto ela.
“Devo dizer, no entanto...”
Zanoba se aproximou da melancia com curiosidade e deu algumas cutucadas.
“Esse padrão verde e preto me parece bastante ameaçador. Seria seguro para mim
segurar a coisa? Não vai morder, não é?
“Você vai ficar bem, Zanoba. Só não deixe cair, por favor. Eles quebram mais
facilmente do que você imagina.”
“Tudo bem… Ah! É bastante pesado, pelo que vejo.
Pegando a melancia, ele começou a estudá-la de vários ângulos diferentes.
Pessoalmente, não vi nada de “sinistro” nisso. Talvez verde e

o preto simplesmente não era uma combinação de cores apetitosa para os nativos deste
mundo. Seria vermelho brilhante por dentro, mas pode parecer assustador à sua maneira.
Agora que pensei sobre isso, porém... este mundo tinha muitas coisas estranhas
vegetais coloridos e de formatos estranhos por si só. Você pode encontrar uma variedade
de cabaças em qualquer mercado. Não me surpreenderia se houvesse melancias em
algum lugar por aí.
“Ei, Nanahoshi, acabei de pensar…”

"Sim?"
“Eu sei que é um pouco tarde agora, mas não deveríamos ter invocado algo
como um melão Yubari? Eles tiveram que criar essas coisas seletivamente, então elas
definitivamente não existem neste mundo.”
“…Diga-me uma coisa, Rudeus. Você poderia realmente dizer a diferença

entre um melão normal e um especialmente criado?”
Ok, ela tinha razão. Eu distinguia um melão Prince de um melão almiscarado, mas essa
era a extensão da minha experiência.
“De qualquer forma, não podemos ser tão seletivos ainda,” Nanahoshi
continuou com uma leve carranca. “Na verdade, eu estava tentando invocar um repolho

desta vez."
Este mundo tinha um vegetal folhoso muito parecido com o repolho. Eu precisei
me pergunto se poderíamos ter diferenciado um repolho convocado daquela variedade
local. Eu não era fazendeiro nem nada, e Nanahoshi também não. Talvez o conceito de invocar
um vegetal tenha sido falho desde o início.
“…”
Não, está tudo bem. Fizemos um experimento baseado em um projeto teórico, e

obtivemos o resultado que esperávamos. Essa coisa é uma melancia autêntica.
Não podemos provar exatamente de onde veio, mas está aqui porque o invocamos.
Uma melancia é uma melancia, certo? Estou disposto a chamar isso de
sucesso.
“Hum. Bem, dado que a experiência teve sucesso, suponho que deveríamos
comemorar esta noite.”
Zanoba parecia já ter perdido o interesse pelo próprio melão. Nenhuma surpresa
nisso, já que não era uma estatueta.
“Sim, parece bom.”
Badigadi, Linia e Pursena não estavam mais por perto. Nossas festas tiveram
ficou um pouco menos animado na ausência deles. Não poderíamos deixar que isso
nos impedisse de nos divertir.
Naquela noite, fizemos uma pequena celebração. Havíamos perdido Linia e

Pursena desde a última vez, mas desta vez Roxy e Norn se juntaram. Em termos de
números líquidos, perdemos apenas um Rei Demônio de seis braços.
Não era exatamente a mesma coisa, é claro. Havia menos pessoas gritando
alto e mais membros da minha família. Não que isso fosse realmente um problema.
Nanahoshi estava bebendo como um peixe. Em pouco tempo, ela começou a apertar
Julie nos braços como uma boneca, enquanto conversava com Elinalise sobre uma coisa ou
outra. Pela primeira vez, sua expressão era alegre e ela falava alto.
Isso foi definitivamente incomum. Afinal, o modo padrão de comunicação

da garota era um murmúrio taciturno. O sucesso da experiência de hoje a deixou de
muito bom humor.

Elinalise a ouviu conversando com um sorriso benevolente no rosto.

Zanoba e Cliff iniciaram uma conversa separada com Roxy. A julgar pelas suas expressões sérias,
provavelmente era sobre a pesquisa deles. Afinal, aqueles três eram workaholics.
“Aqui está, Rudy.”
“Ah. Obrigado."
Sylphie havia estacionado ao meu lado e, na maior parte das vezes, apenas reabastecia meu
copo toda vez que ele ficava vazio.
“Você não vai beber esta noite, Sylphie?”
“Bem, eu fico um pouco bobo quando estou embriagado, sabe? Eu estava pensando em me
abster.”
"…Oh. Peguei vocês."
“Afinal, não vamos ficar fora esta noite. Quero ter certeza de que posso colocar Lucie na
cama.
“Sim, eu entendo perfeitamente.”
Isso foi uma pena, no entanto. Sylphie era muito fofa quando ficava bêbada. Ela ficou
incrivelmente afetuosa quando suas inibições diminuíram.
Por outro lado, toda a coisa de “ser responsável” era atraente à sua maneira. Eu tinha uma boa
esposa em minhas mãos aqui.
Nós dois começamos a fazer algumas demonstrações públicas moderadas de afeto. E

depois de um tempo, Roxy veio se juntar a nós.
“Você se importaria de me deixar participar também, Rudy?”
"Em quê?"
“Apenas afaste um pouco a cadeira, por favor.”
Quando fiz isso, ela pulou direto no meu colo. De repente, tive a
nuca de Roxy bem diante dos meus olhos, e sua bunda pressionando minhas coxas. Que
esplêndido! Que felicidade!
Parecia um pouco... exagerado, no entanto.
“Você está bêbado, Roxy?” perguntou Sylphie com um pequeno sorriso divertido.
"Só um pouco."

Olhando mais de perto, o rosto de Roxy estava um pouco vermelho. Isso foi
estranho. Como regra geral, ela não bebia muito álcool. Hum. Seria esta a minha chance de vê-
la perder o autocontrole?
“Ufa…”
Roxy recostou-se para descansar no meu peito. Eu podia sentir o peso do seu corpo
e ouvir as batidas do seu coração.
Ah, uau. Eu poderia ver totalmente seu roupão se o puxasse um pouco...
Ok, eu realmente quero. Devo ir em frente? Espere, talvez eu deva esperar até ela
ficar ainda mais bêbada.
“Oh, isso parece legal… Hmm. Rudy, deixe-me tentar mais tarde, ok?
“Claro, Sylphie.”
Na verdade, eu estava mais do que disposto a deixar os dois no meu colo ao mesmo tempo.
Vejamos... eu poderia dar meu joelho esquerdo para Roxy e meu direito para Sylphie. Esses
foram os lados que eles tomaram na cama na outra noite, pelo que me lembro.
Cara, foi tão bom quando pude colocar meus braços em volta dos dois ao mesmo
tempo. Me fez sentir como se estivesse me afogando em felicidade.
“…Rudeus?”
Hum. Norn parecia estar me encarando do outro lado da mesa.
Certo, certo. Eu não deveria tê-la negligenciado assim. Ela não

conheço muito bem a maioria das pessoas deste grupo. Nenhum deles era estranho
para ela, mas manter uma conversa provavelmente seria difícil. Ela estava sentada em
silêncio na minha frente já há algum tempo.
“Desculpe, Norm. Isso é muito estranho para você?
"Não, eu estou bem. Há algo que eu queria discutir com você, no entanto.
Se você não se importa."
"Claro. E aí?"
Depositei Roxy na cadeira vazia ao meu lado e virei

atenção de volta para minha irmã mais nova.
“Bem... é sobre o Conselho Estudantil.”
"Oh, certo. Eu estava me perguntando sobre isso."

No dia da cerimônia de formatura, Norn estava sentado na última cadeira da seção do

Conselho. E quando nossos olhos se encontraram, ela desviou o olhar, desconfortável.
“A senhorita Ariel me convidou para participar. Ela sabe que minhas notas não
são muito boas, mas acha que tenho ‘carisma natural’, eu acho.”
“Sem brincadeira… Você sabia disso, Sylphie?”
“Sim, eu ouvi,” Sylphie disse com um pequeno aceno de cabeça.
Olhei para Roxy também, mas ela evitou meu olhar. Aparentemente eu era o único que
ainda não tinha ouvido falar disso.
"Desculpe por isso. Norn disse que ela mesma queria contar a você, então continuamos
isso para nós mesmos.”
"Ah ok."
Não era grande coisa, mas Sylphie parecia genuinamente arrependida.

Talvez parte do motivo pelo qual ela tenha permanecido sóbria fosse para ajudar Norn nessa
conversa.
Com uma expressão um pouco incerta, Norn continuou de onde havia parado.
“Hum, Rudeus? Estaria tudo bem se eu me juntasse oficialmente ao Conselho Estudantil?”
Eu reflexivamente quis dizer “Claro”, mas me contive no último momento. No momento,

Norn tinha dois grandes projetos em mãos: nosso treinamento com a espada e seu trabalho naquele
livro.
Este último não era uma prioridade urgente. Era o tipo de coisa que ela conseguia cortar
uma vez por semana ou mais, e eu não teria me importado se ela decidisse simplesmente adiar por
alguns anos. Mas seu treinamento era algo que ela precisava manter todos os dias.
No mínimo, ela precisava fazer os trabalhos escolares e praticar com a espada diariamente.
Se adicionássemos as atividades do Conselho Estudantil a essa lista, ela seria capaz de acompanhar?
Norn não era uma má aluna, mas também não era particularmente talentosa. Eu não tinha
certeza se ela se sairia bem em conciliar três ou quatro responsabilidades distintas.
“Diga-me uma coisa, Norm.”

"Sim?"
“Você acha que consegue fazer todas essas coisas diferentes ao mesmo tempo?”
Norn mordeu o lábio e ficou em silêncio. Provavelmente era algo com que ela estava
preocupada.
“Não me oponho a você se juntar ao Conselho Estudantil ou algo assim. Eu sou

apenas me perguntando se você será capaz de dar atenção suficiente a isso.
"Eu vou ficar bem."
"OK. Mas você tem sua prática de espada e seu livro para trabalhar
muito certo? E essas eram as duas coisas que você queria fazer. Quero dizer, o livro era
originalmente meu trabalho, então não é grande coisa... mas e quanto ao seu
treinamento? Suas aulas também ficarão mais difíceis no terceiro ano.
“Vou continuar com minhas aulas. E meu treinamento. Eu prometo."
Bem, ela falou um bom jogo, pelo menos. Mas eu sabia por experiência própria que era
difícil focar em muitas coisas ao mesmo tempo. Quando você tentava realizar duas tarefas
simultaneamente, uma delas inevitavelmente acabava sendo negligenciada.
Nesse ponto, Sylphie interveio, parecendo um pouco preocupada. “Hum, Rudy…

Norn tem lidado com as coisas muito bem até agora.”
Definitivamente foi bom ouvir isso. Mas o que aconteceria se ela

manteve isso por meses? E se a pressão fosse demais para ela?
“Há quanto tempo ela ajuda no Conselho, afinal?”
“Já faz... mais de um ano, na verdade. Acho que tudo começou enquanto você estava
viajando.
“Espere, sério? Huh. Isso é muito tempo…” Isso significaria

ela começou isso antes mesmo de começarmos nosso treinamento de espada juntos.
“Vai ficar tudo bem, Rudy. Eu garanto isso. Norn ficará bem como
membro do Conselho Estudantil e também não negligenciará nenhuma de suas outras
responsabilidades.”
Fiquei surpreso com a firmeza do tom de Sylphie. Mas, novamente, ela tinha uma boa
justificativa para sua confiança. Norn já estava conseguindo fazer tudo isso de uma vez. Não
vi motivo para continuar bancando o advogado do diabo.
“Bem, uau… Parece que você tem trabalhado muito, Norn.”

Fiquei muito feliz em saber que ela estava lá dando o seu melhor, mesmo quando eu
não estava por perto para ficar de olho nela. Havia uma... sensação em meu peito que não
conseguia encontrar palavras para descrever. Quente e confuso, talvez?
"Está bem então. Não tenho certeza se você realmente precisava da minha permissão no primeiro
lugar, mas pelo que vale a pena, você conseguiu. Boa sorte com o Conselho Estudantil,
Norn.”
“Obrigado, Rudeus!” disse Norn alegremente. "Eu realmente gostei disso!"
No final, tudo dependia dela como isso acabaria. Ainda assim, os adultos da sua vida
tinham a responsabilidade de apoiá-la e animá-la. Eu estava mais do que disposto a abrir
os pompons para ela.
Assim que nossa conversa chegou ao fim, Nanahoshi levantou a voz

do outro lado da mesa. “Vamos dividir a melancia!”
Começamos a dividir a melancia que havíamos convocado e servimos uma

grande fatia para todos na festa. Era um pouco menos doce e suculento do que aqueles de
que me lembrava da minha vida passada. Provavelmente um daqueles da Califórnia
uns.
Deixando de lado o sabor, descobrimos algo interessante no processo de

divisão: era uma variedade sem sementes .
As técnicas agrícolas neste mundo não eram sofisticadas o suficiente para produzir
algo assim. Em outras palavras, o experimento foi um sucesso sem sombra de dúvida.
A festa atingiu seu clímax... ou talvez já tenha passado dele, na verdade.
Nanahoshi estava cantando. Norm estava dançando. Zanoba estava tagarelando

Julie sobre estatuetas. Sylphie estava cuidando de Roxy, que estava muito bêbada. E
Cliff estava beijando Elinalise em um canto.
Todos estavam sentindo um pouco de cansaço, mas era do tipo agradável que
você sente perto do final de uma noite divertida. De minha parte, eu estava recostado
na cadeira e sorrindo como um bêbado para os outros.
“…Ei, Rudeus.”
Nanahoshi veio até mim depois de terminar sua música. Ela

começou a me dizer alguma coisa, mas depois começou a tossir.

A garota não parecia muito gostosa em geral. Provavelmente porque ela estava bebendo
muito enquanto cuidava de um resfriado terrível.
“Quer que eu desintoxique você?”
"…Sim por favor."
Depois de lançar alguns feitiços de desintoxicação e cura nela,

Nanahoshi recuperou um pouco de cor nas bochechas. Parecendo um pouco aliviada, ela soltou um
pequeno suspiro.
“De qualquer forma, queria agradecer novamente. Agora podemos finalmente passar para a
próxima fase.”
"Sim, eu acho que sim."
Eu comecei Nanahoshi com esse projeto há uns bons três anos, pensando bem. Quase
parecia que era ontem.
Em comparação com a fase um, avançamos nas frases dois e três

relativamente facilmente.
Em parte, isso ocorreu porque Zanoba e Cliff estavam ajudando agora. Mas
mesmo assim, as coisas estavam indo muito melhor do que eu esperava no início.
“A fase quatro foi… convocar uma coisa viva que atenda a critérios específicos,
certo?”
"Está correto. Conheço alguém que tem muito conhecimento sobre essa parte, então pretendo
pedir orientação a ele.”
Ah, certo. Tinha que ser aquela “autoridade” em magia de invocação que ela
mencionado de vez em quando…
“Não é Orsted, é?”
“Não, não é. Ele também pode usar magia de invocação, mas esta é outra pessoa.”
Isso foi um alívio.
Porém, imaginou que Orsted poderia usar magia de invocação. Havia alguma coisa que
aquele cara não pudesse fazer?
Oh, certo. O Homem-Deus disse que era capaz de usar todos os

técnica do mundo, não foi...?
Ainda assim, presumivelmente havia uma diferença entre ser “capaz” de

usando um feitiço e sendo um especialista em todo um campo da magia. Para inventar coisas novas,
você precisava de um conjunto diferente de habilidades.
“Nesse sentido, tenho uma proposta para você.”
"Oh? O que seria aquilo?"
“Bem… eu ainda não lhe dei uma recompensa por ajudar no experimento da tampa da
garrafa, certo?”
“Sim, acho que não.”
Na verdade, tinha me passado pela cabeça pedir algo a ela. Eu estava muito ocupado
cuidando de Lucie naquela época.
Acho que as pessoas ficam um pouco menos gananciosas quando se sentem satisfeitas com
vida.
“Eu estava pensando em apresentar você ao homem de quem estou falando, como
uma recompensa combinada para ambas as fases.”
"Oh. Hum…"
“Eu sei que você quer aprender um tipo diferente de magia de invocação. Ser
Sinceramente, acho que é melhor você aprender diretamente com alguém como ele.”
Bem, sim. Eu realmente não precisava aprender como invocar coisas

outro mundo, que foi o foco da pesquisa de Nanahoshi.
Pode ser conveniente às vezes, é claro. Eu não me importaria de trazer uma mamadeira ou um
carrinho para meu filho. Mas coisas assim eram mais um luxo do que algo que eu realmente precisava.
Eu estava satisfeito com minha vida do jeito que estava.
Eu tinha algum interesse em aprender feitiços de invocação mais convencionais. Eu

também não conseguia me imaginar precisando disso com muita frequência, então era
principalmente uma questão de curiosidade pessoal.
Eu também estava interessado em descobrir por que o Incidente de Deslocamento

aconteceu. Mas, novamente, não senti uma necessidade urgente de encontrar essas respostas.
“Isso contaria como duas recompensas? Esse cara é tão incrível

no que ele faz?”
"Absolutamente. Ele pode até ser capaz de consertar a memória da sua mãe, aliás.
"Espere o que?" Eu reflexivamente me inclinei para frente na minha cadeira naquele momento.

Norn também se aproximou. Ela deve ter ouvido.
“Isso é verdade, Nanahoshi?” Perguntei.
“Não posso dizer com certeza, mas o homem está vivo há muito tempo.
Há uma boa chance de que ele saiba algo útil.”
Eu senti que a condição de Zenith estava melhorando constantemente, mas era

muito difícil dizer se suas memórias algum dia retornariam totalmente.
Eu não queria ter muitas esperanças de uma solução rápida. Ainda assim, havia
uma chance de esse homem nos dar um nome para sua condição ou descrever alguns casos
semelhantes. Em combinação com o meu conhecimento da minha vida anterior, isso pode nos
apontar para algumas novas possibilidades.
Não era como se eu tivesse aprendido muito sobre esse tipo de coisa na minha antiga
mundo, mas ainda havia uma chance de eu me lembrar de algo útil.
“Ah, estamos discutindo o mestre de Lady Nanahoshi?”
“Eu adoraria conhecer o homem pessoalmente, se você estiver aberto à ideia…”
Em algum momento, Cliff e Zanoba também se aproximaram para ouvir

nossa conversa.
Elinalise também estava logo atrás de Cliff. No entanto, ela estava ocupada brincando
com os ouvidos dele. Eu não tinha certeza de qual era o apelo, mas ela parecia estar se
divertindo.
"Bem... vocês dois ajudaram também, então suponho que está tudo bem."
Nanahoshi parecia um pouco em conflito com esse desenvolvimento. Parece que me

lembrei de que ela não se sentia muito confortável nem em dizer o nome do homem, então fazia
sentido.
“Ah, também estou meio interessada”, disse Sylphie, inclinando-se para participar.
Roxy não a seguiu, mas apenas porque estava deitada em algumas cadeiras e
roncando.
Norn estava sentado ao lado dela, um pouco afastado de nós, mas ela estava olhando
para cá. Era difícil dizer se ela estava interessada neste passeio ou não.
Se todos decidissem participar, estaríamos diante de um grupo de sete, incluindo

Nanahoshi.
“Está tudo bem se aparecermos com um grupo grande, Nanahoshi? Não vamos

ser um incômodo?”
“Eu não me preocuparia com isso”, ela respondeu com um tom de voz resignado.
“O velho disse que pode acomodar até doze convidados a qualquer hora. Não deveria ser
um problema para todos virem junto.”
No mínimo, parecia que Cliff e Zanoba estavam presentes. Nanahoshi

estava obviamente disposto. Mas eu não tinha tanta certeza sobre a ideia ainda.
“Mas não vai levar algum tempo para ver esse cara?”
De quantos meses de viagem estávamos falando aqui? Talvez pudéssemos

economizar algum tempo na viagem com aqueles antigos círculos de teletransporte... mas
até chegar ao mais próximo exigia cinco dias na estrada.
No mínimo, seria uma viagem de ida e volta de dez dias, e provavelmente

havia mais viagens esperando do outro lado, então tive que presumir que estávamos
pensando em um mês ou mais. Eu não queria deixar Lucie sozinha por tanto tempo.
"Não particularmente. Na verdade, não levará mais do que um único dia de

viagem.”
“Uau, ele está bem aqui na vizinhança, hein? Você aparece com ele às vezes ou o
quê?
Então foi uma viagem de ida e volta de dois dias. Poderíamos ficar aqui por alguns dias
e ainda voltarei em uma semana. Dado o quão curta foi a viagem, talvez pudéssemos até
trazer Lucie junto.
“Ele não está na vizinhança e eu não o vejo há algum tempo.

Mas há uma maneira de chegarmos até ele.
Interessante. Ela se comunicou com ele usando um item mágico ou algo assim?
Eu nunca tinha visto o equivalente mágico de um telefone, mas como existiam
teletransportadores, provavelmente também existia algum método de comunicação de
longa distância.
Tive a sensação de que o envio de mensagens levaria bastante tempo, mas talvez eles
tivessem elaborado algum tipo de sistema básico de sinalização com antecedência — algo
como um sinalizador mágico.
"Está bem então. Então, qual é o nome do homem, afinal?

Nanahoshi franziu a testa e olhou ao redor da taverna. Lá

havia muitos outros clientes no local, então ela sinalizou para que aproximássemos nossas
cabeças. Todos nós nos reunimos em um pequeno círculo e nos inclinamos com curiosidade
para ouvir.
“Eu gostaria que todos vocês guardassem isso para si, por favor. Esta tudo certo?"
Nanahoshi esperou até que todos nós assentissemos e então continuou em

silêncio.
“É Pelágio. O Rei Dragão Blindado.”
Ela havia falado o nome de um herói lendário – um dos três Godslayers e

o homem que guiou a humanidade à vitória na Guerra de Laplace, quatrocentos anos atrás.

Capítulo Extra:
Afiando a espada do cachorro louco
O SWORD SANCTUM, no extremo oeste dos Territórios do Norte,

estava em uma terra que havia conhecido muitas batalhas. Atualmente, era o lar do Estilo
Deus da Espada, mas houve um tempo em que o Estilo Deus da Água dominava aqui.
Há apenas um século, os líderes dos dois estilos duelaram aqui, e

o Deus da Água conquistou o Santuário de seu dono. Aquele Deus da Água foi mais
tarde derrotado por um Deus da Espada diferente e, por sua vez, perdeu o Santuário;
mas desde então, pertenceu ao espadachim mais forte de cada geração
sucessiva, que ganhou o direito de ensinar os de sua escola aqui.
Os alunos que garantiram uma vaga no Santuário foram orientados pelo melhor
professor possível e tiveram a chance de suplantá-los como os mais fortes.
Este foi um fato que atraiu muitos jovens espadachins ambiciosos a este lugar frio e
isolado, apenas para ver com seus próprios olhos.
No momento, porém, dois visitantes de tipo mais incomum aproximavam-
se do salão principal.
Uma delas era uma mulher idosa, talvez com sessenta e poucos
anos. A expressão em seu rosto sugeria que ela era uma espécie de mesquinha;
caso contrário, ela era a imagem de uma senhora gentil e inofensiva. No momento ela
estava vestida para viajar, mas era fácil imaginá-la com roupas mais casuais,
recostada em uma poltrona enquanto tricotava algo de lã.
Apenas um detalhe parecia incongruente: a velha usava uma espada
ligeiramente encurtada na cintura. Além disso, um espadachim com habilidade especial
poderia ter percebido que seu porte relaxado era apenas uma fachada, e que
mesmo seus ataques mais rápidos não conseguiriam atingi-la.
Mas chega de rodeios. O nome da mulher era Reida

Lia, e ela era o Deus da Água reinante. Ela aperfeiçoou a técnica definitiva de seu
estilo, a Lâmina da Privação, e se classificou entre os guerreiros mais fortes
desta geração.

Acompanhando Reida estava uma jovem, talvez com vinte anos de idade, cujo rosto
tinha certa semelhança com o dela. Ela também estava vestida para a estrada e também
carregava uma espada no quadril.
“Este é o Santuário agora, Mestre Reida?”
“É isso mesmo, minha querida. Dê uma boa olhada: este é o covil dos animais
que você estava tão ansioso para visitar todos esses anos.
“Ah, agora estou ficando nervoso…”
“Tenha alguma confiança em suas habilidades. A menos que eles o coloquem

contra o Deus da Espada, você se sairá bem.”
“Obrigado, Mestre Reida.”
Falando baixinho um com o outro, os dois pisaram no Santuário da Espada.
À primeira vista, este lugar “sagrado” parecia uma cidade comum. Houve
uma pousada, uma loja de armas e uma guilda de aventureiros. Nas ruas estavam os
aventureiros e comerciantes habituais, movimentando-se em suas tarefas particulares.
Porém, havia uma coisa incomum nesta cidade. Praticamente todos que
residiam aqui eram membros treinados do Estilo Deus da Espada. Neste lugar, uma garota
esbelta da aldeia às vezes era mais forte que o mais corpulento dos aventureiros.
“Devemos alugar um quarto na pousada primeiro?”
“Não será necessário. Vamos ficar na casa da Gal.
Reida avançou com firmeza, indo direto para o outro lado da cidade.
A partir de certo ponto, os aventureiros e mercadores tornaram-se menos

comuns e começaram a passar por mais pessoas em uniformes de artes marciais que
carregavam espadas de madeira. Ao mesmo tempo, as lojas deram lugar a salas de
treinamento.
O jovem companheiro de Reida olhou em volta com óbvia curiosidade. Em

particular, ela parecia intrigada com os uniformes finos que tantos usavam, apesar do frio
cortante.
“Mestre Reida... todo mundo está vestido com roupas leves aqui, considerando
como está frio.”

“Bem, o pessoal do Estilo Deus da Espada tem que lutar em combate, ou

eles são alvos fáceis. Eles não gostam de usar nada que os atrapalhe, não importa o
quão frio esteja.”
“Isso é exatamente o oposto de nós! A gente se agasalha mesmo quando está calor,
não é? Que curioso!
“Nada de curioso sobre isso, se você me perguntar.”
Sem sequer olhar para as várias salas de treinamento, Reida seguiu em frente.
Em pouco tempo, as casas, salas de treinamento e noviços uniformizados

desapareceram completamente.
A única coisa à frente deles agora era uma vasta planície de neve com uma única
estrada que a atravessava como um vale. No final daquela estrada havia um único edifício
de tamanho considerável cercado por um muro.
Este era o núcleo do Santuário da Espada e a sede do Estilo Deus da Espada – o

grande salão onde o próprio Deus da Espada realizava a corte.
***
Assim que Reida e seu jovem companheiro chegaram à entrada do

complexo, uma jovem emergiu de dentro.
A mulher tinha um rosto forte e digno e usava os longos cabelos azul-escuros presos
em um rabo de cavalo. A julgar pelo balde em sua mão, ela estava saindo para tirar água de
um poço.
Ao ver Reida, no entanto, ela imediatamente jogou o balde de lado e estendeu a

mão para pegar o punho de sua espada. “Você tem algum assunto a tratar com nosso salão,
senhora?” ela perguntou, seu tom abertamente cauteloso.
Reida estudou atentamente o rosto da jovem. E depois de um momento, a expressão

mal-humorada em seu rosto suavizou-se significativamente. "Oh meu Deus. É você, Nina?
Veja o quão grande você ficou.”
A jovem apenas olhou para ela em dúvida, mantendo a mão onde estava.
“Ah, você não se lembra de mim, não é? Bem, acho que faz sentido. Você

eram muito pequenos da última vez que estive aqui...
Havia uma luz nostálgica nos olhos de Reida, mas a jovem – Nina Falion – não
tinha nenhuma lembrança dela. A única coisa de que ela tinha certeza era que aquela velhinha
era uma ameaça terrível.
A garota ao seu lado também não era desleixada. Nina sentiu que estava pelo
menos no seu próprio nível.
“Bem, estou aqui porque seu chefe me chamou, querido. Importa-se de me levar até
ele?
"Meu chefe?"
"Sim. Gall Falion.”

Nina hesitou com essas palavras.
Muitos vieram a este lugar em busca de conhecer Gall Falion. Mas a maioria eram
idiotas presunçosos que se convenceram de que poderiam tirar-lhe o título. Afastar essas
pessoas era uma das responsabilidades atribuídas a Nina e seus colegas alunos.
“Primeiro, você poderia fazer a gentileza de me dizer seu nome?”
“Eu sou Reida. Reida Lia. Não acho que preciso entrar em detalhes, não é?
“M-minhas desculpas. Por favor, venha por aqui."
No instante em que ouviu o nome da velha, porém, Nina fez uma reverência para
ela respeitosamente e a convidou para entrar no complexo.
Apenas uma pessoa em seu mundo poderia se apresentar como Reida Lia. Era um
nome reservado para o líder do Estilo Deus da Água. Ninguém mais tinha permissão para
reivindicá-lo.
Por um breve momento, Nina cogitou a possibilidade de que aquela mulher fosse
uma impostora. Mas ela sentiu, num nível instintivo, que a superfície plácida da velha senhora
escondia profundezas insondáveis, por isso afastou esse pensamento da mente. Mesmo que
a mulher não fosse quem afirmava ser, ela era sem dúvida uma força a ser reconhecida.
Reida e seu companheiro seguiram Nina para dentro do complexo do Sword God
Style. Nina os conduziu direto para o salão principal, onde eles tiveram que subir para entrar –
uma característica comum à maioria dos edifícios nesta região nevada.
Na entrada, eles pararam para tirar a neve das roupas e depois

prossegui pelo corredor de madeira rangente.
Observando Nina por trás enquanto ela caminhava, Reida falou com uma voz
pensativa. “Devo dizer, querido, você é bastante esperto para a sua idade. E educado, aliás!
Você já chegou ao Rei da Espada?
"Não. Ainda tenho um longo caminho a percorrer, infelizmente.
"Você sabe? Tenho certeza de que você é o mais forte dos jovens, pelo menos
ao menos. Não há necessidade de ser muito modesto.
“Bem, eu posso ser o mais rápido, suponho. Mas não o mais forte.”
"Oh o! Essa é uma boa atitude que você tem, querido. É uma pena que os outros jovens do
seu estilo não sejam mais parecidos com você.”
Enquanto falavam, os três chegaram ao Salão Efêmero.
Um único homem estava sentado dentro dele. Seus olhos estavam fechados, como
se estivesse meditando. A simples visão dele, no entanto, fez Reida sentir como se uma lâmina
nua estivesse em sua garganta.
Reida era o Deus da Água e o líder de um Grande Estilo – uma das três únicas pessoas
desse tipo no mundo. Apesar da idade avançada, ela não se sentia menos poderosa do que no seu
auge. Ela poderia desviar qualquer espada sem esforço.
Mas este homem foi a única exceção a essa regra. Seu nome era Gall Falion, e ele era o
Deus da Espada reinante.
“Mestre, trouxe Reida Lia aqui para ver você.”
“Ah. Você está aqui." Abrindo ligeiramente os olhos, Gall Falion estudou o rosto de
Reida. Ele também olhou brevemente para a garota ao lado dela, mas pareceu perder o interesse
nela rapidamente. “Obrigado por percorrer todo esse caminho, Reida. Não deve ter sido fácil
com esses seus velhos ossos cansados, tenho certeza.
“Certamente não foi. Mesmo assim, não é todo dia que você vem me pedir um
favor, certo? Você despertou minha curiosidade, suponho. Uau…”
Reida se aproximou do Deus da Espada e sentou-se na frente dele.

Apesar do som indigno que ela emitiu ao fazê-lo, seus movimentos eram tão claros e naturais quanto
o fluxo do vapor de uma montanha.
Nina, assim como a companheira de viagem de Reida, sentaram-se um pouco mais atrás,
num gesto de humildade.

“Então, para quem vou ensinar o quê? Você quer que eu ensine àquela garota o
técnicas secretas do Deus da Água ou algo assim?” Ao falar essas palavras, Reida
ergueu o queixo para indicar Nina Falion. “Parece uma criança que sabe ouvir. Ela pode
ser um tipo natural de Deus da Espada, mas tenho certeza que poderia colocar algumas
habilidades do Deus da Água em sua cabeça também.”
A carta que trouxe Reida a esta terra foi breve.
Em essência, dizia apenas: Quero que você venha treinar um de meus alunos.
Reida quase rasgou a coisa em pedaços no momento em que leu essas palavras.
E, no entanto, ela achou intrigante que Gall Falion tivesse se preocupado em escrever-lhe
qualquer tipo de carta. O homem odiava pedir qualquer coisa a alguém.
Essa não foi a única razão pela qual ela veio, no entanto. A mera curiosidade
não teria sido suficiente para fazê-la vir da capital do Reino de Asura até aqui.
“De qualquer forma, tenho uma condição.”

"O que é isso?"
“Você quer que eu ensine algumas coisas a um de seus alunos, certo? Bem, eu
quero que você mostre a um dos meus o estilo Sword God. Não há necessidade de
realmente ensiná-la.”
Reida estava preocupada há algum tempo com o fato de sua aluna estrela ter crescido
muito satisfeito consigo mesmo. O Estilo Deus da Água era o estilo oficial ensinado no
Reino de Asura, o que significa que contava com muitos alunos. Mas era raro que eles
refinassem seus talentos além de certo ponto.
A garota que Reida trouxe hoje foi uma das exceções, mas
ela não tinha alunos com habilidades comparáveis para testar e sua confiança havia
se tornado excessiva. Ela continuou treinando com bastante seriedade, mas sem nenhum
rival verdadeiro para impulsioná-la, ela não conseguiu fazer progresso real no último ano.
Reida a trouxe até aquele lugar para lhe dar um gostinho da derrota,
convencida de que isso a beneficiaria enormemente no longo prazo. Mesmo que os jovens
do Estilo Deus da Espada se mostrassem inadequados para a tarefa, se ela tivesse a chance
de treinar com o próprio Gall Falion, a experiência ainda seria profundamente valiosa. A
natureza do Estilo Deus da Água era tal que quanto mais forte fosse o seu oponente, mais
você melhoraria treinando com ele.

Reida achou provável que Gall Falion tivesse ligado aqui pelo mesmo motivo: para
ela esmagar algum aluno arrogante com os contra-ataques mais cruéis do Estilo Deus da Água,
motivando-os a melhorar ainda mais.
“Ah, isso é tudo? Coisa certa."
"Heh heh. Você sabe, poderíamos até colocar meu aluno enfrentando o seu, se você
quiser.
Esta não foi uma proposta espontânea, é claro. Reida esperava que Nina ensinasse a
sua aluna uma lição de humildade. Jogá-la diretamente contra o Deus da Espada era uma ideia,
mas ela imaginou que seria mais humilhante perder para uma garota da sua idade.
"Por que não? Nina, vá buscar Eris para mim.
"Sim mestre."
Com essas palavras, no entanto, Reida inclinou a cabeça com curiosidade. Desde o
momento em que conheceu a garota na entrada do complexo, ela presumiu que Nina era a
aluna que ela deveria ensinar.
“Um, Master…” Nina said.
"O que é? Apresse-se, garoto.
“Eu estava... esperando que você me desse a oportunidade de treinar com nosso visitante
também. Estou muito interessado em ver o que o Estilo Deus da Água pode fazer.”
"Huh? Isso sempre fez parte do plano.”
“Ah... ah! Obrigado! Vou buscar Eris imediatamente!”
Uma expressão feliz e aliviada passou brevemente pelo rosto de Nina antes que ela
saísse correndo do corredor.
***
No instante em que viu a garota, Reida sentiu arrepios nas costas. Parecia
um pouco como se ela tivesse acabado de encontrar um monstro selvagem na beira da
estrada. Ela quase pegou sua espada por puro reflexo. A única razão pela qual ela evitou esse
constrangimento específico foi que seu aluno a venceu.
Os praticantes do Estilo Deus da Água deveriam permanecer calmos e

coletados em todos os momentos. Ficar tão nervoso foi um fracasso por si só.
“Olá, Éris. Essa senhora é quem vai te ensinar tudo sobre o Estilo Deus da Água.”
"…Prazer em conhecê-lo."
Eris não fez nenhum esforço para esconder a carranca no rosto, mas ainda baixou a
cabeça.
Meu Deus, a garota é uma espécie de gata selvagem...
Emoção intensa ardia profundamente dentro dos olhos de Eris. Ela tinha todo o espírito
e fúria de um animal faminto. O Estilo Deus da Água era uma abordagem de combate
passiva e flexível. Mesmo o melhor dos professores não poderia ensinar isso a uma garota
com olhos assim. Ninguém como ela jamais procurou seu estilo para começar.
“Odeio decepcionar, Gall, mas essa garota não foi feita para o Deus da Água.
Estilo. Seria uma perda de tempo para ela tentar.
“Você acha que eu não sei disso?” disse Gall Falion com um aceno enfático.
“O que devo ensinar a ela, então?”
“Você não precisa ensinar nada a ela. Apenas treine com ela usando seu estilo.”
"Hum…"
Esta breve troca foi suficiente para Reida discernir as intenções do Deus Espada.
Ele queria que essa garota Eris aprendesse como lutar contra o Estilo Deus da Água da maneira
mais prática possível. Reida não entendia o porquê, entretanto. Não faria mal para a
garota ter um pouco de experiência contra um estilo diferente, mas chamar Reida aqui
para isso era simplesmente excessivo.
Um estudante talentoso e experiente do Estilo Deus da Espada poderia lançar um

ataque rápido demais para o praticante médio do Deus da Água desviar. Comparado a aprender
as complexidades do estilo de Reida, seria melhor para a garota simplesmente dominar o seu
próprio estilo.
Ao contrário do Estilo Deus da Água, que exigia que o oponente praticasse, o

Estilo Deus da Espada consistia em acertar o primeiro golpe com velocidade e poder
esmagadores. Não havia necessidade de conhecer seu inimigo se você o derrubasse antes
que ele pudesse reagir.

Do jeito que Reida viu, a única razão pela qual Falion iria querer que a garota ganhasse
experiência especificamente contra o Deus da Água era se ele esperava que ela enfrentasse um
praticante verdadeiramente poderoso do estilo - alguém habilidoso demais para ser
dominado apenas pela velocidade.
E houve apenas um desses praticantes que me veio à mente.
“Um pouco confuso aqui, Gall. Você está planejando que essa pequena fera
me assassine, ou o quê?
"Oh, por favor! Você já está com um pé na cova. Por que eu me incomodaria?
“Bem, me esclareça então. Por que você precisa que eu ensine a ela como
Estilo Deus da Água funciona? Em quem você está planejando jogá-la?
Um sorriso feroz se espalhou pelo rosto de Gall Falion. “Nossa garota Eris aqui
quer derrubar o Deus Dragão.”
"O que? Você quer dizer Orsted...?”
Reida ficou genuinamente abalada com o simples pensamento. Ela também conhecia
muito bem Orsted das Grandes Potências. Ela sabia de sua força – e que ele usava o Estilo Deus
da Água livremente.
“O Deus Dragão, não é? Bem, bem...alguém certamente é ambicioso. Você

acha que ela pode fazer isso?
"Sim. E Eris também.”
“Ah. Bem, isso é legal. Que bom que você está confiante, pelo menos.
Era difícil dizer se algo disso era verdade. O Deus Dragão ficou em segundo lugar
entre as Sete Grandes Potências. A ideia de tentar derrotá-lo pareceu totalmente ridícula a
Reida. E ainda assim, havia confiança no rosto do Deus da Espada, e a garota Eris parecia
não ter dúvidas. Isso era estranhamente convincente por si só.
Reida se pegou pensando que isso poderia ser divertido, pelo menos, presumindo
que eles estivessem falando sério.
“Mas o problema é o seguinte, Gall. Não estou interessado em perder tempo com
alguém que não tem talento. Vamos começar com ela contra meu aluno aqui, certo? Vou
brincar com ela assim que ela conseguir dominar a criança.
E se ela se mantiver firme comigo, então pensarei em ensiná-la algumas

coisas."
Era um plano do tipo “três coelhos, uma cajadada”.
O orgulho de sua aluna estrela seria atingido, mas ela também teria bastante
prática contra o Estilo Deus da Espada. E Reida participaria de algo muito... interessante.
Pela primeira vez em muito tempo, ela sentiu seu coração dançar de excitação. Ela
era uma mestra do Estilo Deus da Água, sim, mas no fundo ela também era uma espadachim
comum.
“Você ouviu tudo isso, Isolde? Vá em frente e lute contra esses dois.”
Ao som de seu nome, a discípula de Reida levantou-se. “Eu acredito que

entender a situação. Meu nome é Isolde Cluel e sou um Rei da Água.
Prazer em conhecê-lo.
“Sou Nina Falion, uma Santa da Espada. Prazer em conhecê-lo."
“…Eu sou Eris Greyrat.”
Terminadas essas breves apresentações, as três jovens caminharam

silenciosamente até o canto da sala onde estavam localizadas as espadas de madeira.
Enquanto pegavam as armas, Isolde levou a mão à boca e sussurrou para

que apenas Eris e Nina pudessem ouvir. “Vou jogar junto, já que meu mestre me pediu…
mas se você for apenas classificado como Santo, temo que isso não será uma grande luta.”
"Talvez não. Acho que teremos que ver o que acontece.”
“Humph…”
Foi uma tentativa barata de provocação, é verdade... mas nunca foi preciso muito para
deixar os jovens prodígios do Estilo Deus da Espada entusiasmados.
Uma hora depois, Eris estava deitada de costas no meio do corredor.

“Haa…haa…”
Seus olhos estavam abertos e ela ofegava ruidosamente por ar.
Isolde a derrotou completamente. Sua espada nem sequer atingiu seu oponente.

Atualmente, a lâmina de Eris estava entre as dez mais rápidas de todo o salão. Dela
os golpes, aprimorados por anos de prática solitária de golpes, ostentavam velocidade e
força que se aproximavam dos de Ghislaine, e o ritmo peculiar de seus ataques os tornava
particularmente difíceis de evitar. Ela também usou alguns truques do Estilo Deus do Norte,
tornando-a ainda mais imprevisível. No geral, ela se tornou muito mais temível do que
um Santo da Espada comum.
No entanto, Isolde evitou tudo o que Eris jogou contra ela e respondeu com
contra-ataques bruscos. Durante a luta, que durou menos de trinta minutos, Eris “morreu”
quase cem vezes.
“…”
E ainda assim, Isolde também estava deitada no chão, bem ao lado dela.
Seu prazer em esmagar Eris durou pouco. Nina Falion tinha

a derrotou por sua vez.
Isolde sempre acreditou que o Estilo Deus da Espada nada mais era do que uma
confiança brutal e impensada na velocidade e no impulso. Ela pensou que isso não representava
uma ameaça real para um especialista nas técnicas refinadas do Deus da Água.
Nina expôs esses pensamentos pelo absurdo arrogante que eram. Isolde não
conseguiu reagir ao primeiro ataque, e ele atingiu a lateral de sua cabeça com força suficiente
para deixá-la inconsciente.
A luta terminou antes mesmo de começar.
“Bem, isso não é um resultado interessante!” disse Gall Falion, sentado no lugar
de honra do salão.
Sem responder, Nina curvou-se profundamente ao Deus da Espada.
A palavra que ele usou foi interessante. Isso sugeria que ele não esperava
Nina será a última sobrevivente. Ela sentiu um certo desapontamento com isso, mas foi
superado pelo prazer de demonstrar ao mestre o progresso que havia feito. Ela vivia pela
emoção da vitória, não menos do que qualquer outra pessoa neste salão.
“Não posso dizer que concordo, Gall”, disse Reida com um tom de voz indiferente.
Ela havia previsto esse resultado desde o início. Uma fera furiosa
incapaz de esconder suas emoções era a presa mais fácil possível para um especialista
do Estilo Deus da Água.

Eris era forte, com certeza, e tinha um enorme potencial de crescimento. Mas
a força não foi suficiente. Uma bola de pura fúria não teve qualquer chance contra a
aproximação do Deus da Água.
Reida também esperava a vitória de Nina, com não menos certeza. O

A garota era profundamente habilidosa para sua idade, mas não deixou isso subir à cabeça.
Muito provavelmente, a presença desta criança Eris manteve seu orgulho sob controle. Nina,
em sua humildade, dedicou-se ao seu treinamento. E Isolde, em seu orgulho, negligenciou o
dela. Foi por isso que ela perdeu a luta.
Os ataques de Nina não foram particularmente rápidos comparados aos de Eris.

Na verdade, eles eram um pouco mais lentos. E a força por trás dos golpes de Eris foi muito
maior.
Porém, não houve emoção nos golpes de Nina. Não houve ódio
nos olhos dela, nenhuma hostilidade no rosto, nem mesmo um movimento reflexivo nas
bochechas. Para Isolde, foi como um raio vindo do nada. Ela provavelmente estava
inconsciente antes mesmo de sentir que a garota estava vindo em sua direção.
“Ainda assim, parece um começo favorável. O que você me diz, querido? Quer
aprender alguns truques do Deus da Água comigo?”
Nina considerou a oferta por um momento, mas acabou balançando a cabeça.

"Não. Quero manter meu foco em dominar o Estilo Deus da Espada.”
"Bom Bom. Você teve a ideia certa”, disse Reida com um sorriso satisfeito. “Tudo
bem então, Gall. Que tal fazermos esses três treinarem em grupo por um tempo? Isso deve
aguçá-los um pouco.
“Sim, parece certo. Não adianta perder seu tempo se Eris não puder
lidar com gente como um Rei da Água.”
"Sim. Deveria fazer maravilhas para a motivação do meu aluno também. As garotas
estava precisando de alguém para perseguir.”
O Deus da Espada e o Deus da Água discutiram o assunto por mais um pouco e

chegaram a um acordo: Eris seria encarregada de derrotar Isolde, e Isolde de derrotar Nina.
Até que isso acontecesse, os três treinariam juntos como iguais, apontando as
deficiências um do outro. Em teoria, seria benéfico para todos eles.
“…Você está bem com isso, Nina?”

Nina assentiu facilmente com a proposta de seu mestre. “Eu não me importo.”
Na verdade, ela participou desta sessão apenas por curiosidade. Ainda assim, a
oportunidade de praticar extensivamente com um talentoso estudante do Deus da Água parecia
realmente valiosa. Nina derrotou Isolde de forma decisiva.
Mas ela não pensava nela, ou em Eris, como alguém abaixo de seu nível. E ela aprendeu por
experiência própria o valor de competir de perto com seus colegas.
Se não fosse pela presença de Eris no Santuário da Espada, Nina tinha certeza de que ela
teria fracassado contra Isolda.
"Tudo bem. Vamos com isso, então. Vocês trabalharão com seus professores
habituais pela manhã, mas à tarde vocês três poderão se agrupar e treinar uns aos outros.”
Nina assentiu calmamente. E Eris também respondeu do chão.
"Sim mestre."
"…Entendi."
Isolde ainda estava inconsciente, mas Reida não tinha intenção de permitir que ela recusasse.
Daquele dia em diante, Eris começou suas aulas de luta contra o

Estilo Deus da Água.
Um mês depois, os três haviam chegado a um peculiar impasse tripartido. Eris venceu
Nina de forma consistente. Nina venceu Isolda. E Isolda venceu Éris.
Os três mantiveram seus horários de treinamento individuais, é claro, mas também

reservaram um tempo para vários treinos todos os dias e depois trocaram opiniões.
Não demorou muito para Isolde identificar as fraquezas de Eris.
“Eris, você apenas irradia hostilidade. Os praticantes do meu estilo são muito bons em
entender esse tipo de coisa. Ele nos diz exatamente quando você vai atacar, o que torna trivial
reagir.”
“Ok, certo. Mas o que devo fazer sobre isso?
Para leve surpresa de Isolda, Éris aceitou prontamente suas críticas. A maioria das
pessoas parecia pensar na menina como uma maníaca violenta e obstinada, mas ela estava
genuinamente ávida por maneiras de melhorar.

“Vamos ver... Nina, você não revela muita coisa antes de

ataque. Como você controla tão bem sua hostilidade?”
“Não tenho certeza do que dizer a você. Um duelo é apenas uma questão de mover
sua espada mais rápido que seu oponente, certo? Não consigo ver o que a hostilidade tem
a ver com isso.”
Com toda a honestidade, Nina sempre achou estranho que o humor padrão de Eris
estava “furioso”. Haveria algum sentido em ficar constantemente agitado, mesmo quando
você não tinha nenhum inimigo real para lutar? Relaxar quando você teve a chance pareceu a
jogada mais inteligente.
“Bem, eu também não sei”, resmungou Eris.
"OK. Por que você não tenta mudar sua rotina diária, para começar?
Tome um banho demorado, coma uma boa refeição, deite-se em uma cama quentinha e
pense naquele seu querido namorado até adormecer profundamente.
"Com licença? O que Rudeus tem a ver com isso?”
“Ah, vamos lá... essa parte foi só uma piada. Tente o resto, no entanto,
seriamente. Para ser honesto, não parece que você cuida muito bem de si mesmo. Às
vezes é meio alarmante.”
"…Tudo bem."
Eris teria preferido manter seu estado atual de tensão constante. Havia uma razão
para isso: quanto mais ela treinava aqui, mais ela entendia o quão incrivelmente poderoso era o
Deus Dragão Orsted.
Ele havia usado as mesmas técnicas que Isolde, mas as suas eram muito
mais preciso e habilmente executado. E ela era um Rei da Água, enquanto ele nem era
membro da escola.
Nina soltou um suspiro exagerado. “Honestamente, por que nunca consigo vencer essa
garota ridícula? Está começando a prejudicar minha autoconfiança…”
Ela passava todos os dias seguindo um sistema de treinamento lógico e eficiente

desenvolvido pelo próprio Deus da Espada. Ela fortalecia o corpo da maneira mais eficiente
possível, fazia refeições cuidadosamente calculadas e mantinha uma rotina bem regulamentada.
E ainda assim, ela não conseguia vencer Eris – cuja rotina decididamente não era
racional.

“…É porque estou fazendo você se mover atrás de mim.”

"Huh?!"
Nina não esperava que a garota realmente respondesse à sua pergunta.

A Eris que ela conhecia era a definição de egoísta. Ela nunca demonstrou qualquer
interesse em ajudar ninguém além de si mesma a melhorar.
“Ruijerd me ensinou como. Você pode usar coisas como contato visual para fazer as
pessoas pularem primeiro ou hesitarem um pouco.”
“Ruijerd…? Quem é aquele?"
"Minha professora."
Nina ficou principalmente intrigada com as palavras de Eris. Ela não entendeu
sobre o que a garota estava falando, mas a técnica era, na verdade, uma habilidade
altamente avançada que Eris aprendeu com Ruijerd. Foi desenvolvido pelos guerreiros da
espécie demoníaca como uma aplicação consciente de certas ações sutis que espadachins
verdadeiramente experientes executavam reflexivamente.
Claro, isso significava que Eris não conseguia explicar como funcionava.
“Em outras palavras, Eris, você está guiando deliberadamente as ações de seus
oponentes?”
"Isso mesmo."
“…”
O esclarecimento de Isolde ajudou Nina a entender o conceito básico. Ela

entendia a ideia agora, mas isso só tornava mais difícil de acreditar.
Ela se viu olhando para Eris com expressão duvidosa. Ao que tudo indica, a menina foi
criada por uma matilha de lobos na floresta. Nina nunca teria suspeitado que ela fosse
capaz de usar uma habilidade tão sofisticada.
Isolda, por outro lado, achou a ideia muito mais compreensível.

O Estilo Deus da Água concentrava-se principalmente no contra-ataque, por isso tinha seu
próprio conjunto de técnicas destinadas a encorajar o oponente a atacar primeiro.
"Eu vejo. E você tem usado as mesmas técnicas quando me enfrenta?”
"Bem, sim. Mas você nunca se move.
“Sim, foi assim que fui treinado. Da próxima vez que nos enfrentarmos, talvez você
deva parar de se preocupar com isso e se concentrar em suprimir sua hostilidade.

em vez de. Isso pode mudar um pouco as coisas.”
Eris franziu a testa, mas assentiu. “Vou tentar.”
Ela estava disposta o suficiente para tentar isso, mas ainda não sabia como “suprimir”
sua hostilidade. Controlar seus sentimentos não era algo que ela realmente tivesse feito antes.
Claro, ela já tinha ouvido comentários como esse muitas vezes antes.
No entanto, Ruijerd a encorajou a fazer uso de sua agressividade natural, e seus métodos de
treinamento levaram isso em consideração. Como resultado, ela nunca sentiu necessidade
de mudar.
Embora sua hostilidade normalmente pudesse ser uma desvantagem, ela tinha mais
hostilidade do que a maioria das pessoas. Ela preferiu usá-lo como recurso, em vez de fingir
que não existia.
“Eu me pergunto o que devo tentar, então”, murmurou Nina. "Isolde, como você lida com
ela?"
"Deixe-me ver. No Estilo Deus da Água, treinamos para esse tipo de coisa
cobrindo nossos olhos e aprendendo a sentir quando um ataque realmente está chegando,
mas… eu acredito que a técnica de Eris é bastante comum entre os guerreiros dos
Demônios, então imagino que o Estilo Deus da Espada tenha sua própria maneira de lidar
com isso. Por que você não pergunta ao seu mestre sobre isso?”
Isolde era talentosa e profundamente inteligente. O estilo do deus da água

tendia a atrair tipos pacientes e estudiosos como ela.
"Vou tentar. Isso às vezes é frustrante... Ah. Parece que

o sol está prestes a se pôr.”
Com estas palavras de Nina, a sessão de revisão do dia chegou ao fim.
“Suponho que verei vocês dois amanhã, então”, disse Isolde com um sorriso.
“Sabe, tenho me divertido muito recentemente. Esta é a primeira vez que tive a oportunidade
de conversar sobre o assunto com alguém próximo da minha idade.”
“O sentimento é mútuo, Isolde”, respondeu Nina.
Ela quis dizer isso também. Agora que Eris estava realmente falando com ela, Nina tinha
percebi que a garota tinha um vasto e variado conhecimento de combate.
Além de sua experiência prática, ela evidentemente tinha um conhecimento superficial das
técnicas do Deus do Norte e dos Demônios à sua disposição.

Era difícil se livrar da impressão geral que tinha de Eris como um cão selvagem
vestido de humano, mas ela havia conquistado um respeito relutante por suas habilidades. A
garota não estava recorrendo a “truques baratos” – ela estava simplesmente usando
habilidades de outras escolas de combate.
“…Hmph.”
A atitude de Eris não mudou particularmente. Normalmente, ela não teria

até ofereceu suas opiniões em um grupo como esse, mesmo quando forçada a participar.
Mas esta noite, ela se lembrou do período em que aprendeu a usar espada com Rudeus quando
era criança. As duas conversavam frequentemente sobre seu progresso e descobriam novas
maneiras de melhorar, assim como Nina e Isolde estavam fazendo agora.
Isso não pode ser uma má ideia se Rudeus costumava fazer isso.
A lógica era muito simples, quase infantil. Mas para Eris, foi poderoso o
suficiente para convencê-la a se comunicar de verdade pela primeira vez.
“Bem, então irei embora agora. Tenho mais treinamento com meu
mestre esta noite.
“Obrigado pela sua ajuda hoje, Isolde.”
“Não mencione isso, Nina. Você também está me ajudando. Posso sentir que estou
melhorando a cada dia.”
À medida que as três se aproximavam do ponto onde o caminho para os quartos de

hóspedes divergia daquele que levava à hospedaria, Isolde e Nina pararam para algumas
brincadeiras finais.
Eris, por outro lado, continuou andando pelo caminho até a pensão.
“Obrigada também, Eris”, gritou Isolde.
“… Vou acertar um em você amanhã.”

“Estou ansioso por isso.”
“Humph.”
Sem sequer se virar, Eris marchou para frente. Com um final

acenando para Isolde, Nina correu atrás dela.
“Éris? Presumo que você continuará treinando por um tempo, mas uma vez
você terminou, lembre-se de pelo menos enxaguar-se.

Normalmente, essas palavras teriam passado por um dos ouvidos de Eris e saído pelo
outro. Nina não esperava que ela ouvisse, mas ela dizia isso quase todos os dias,
independentemente disso. Afinal, a garota ficou terrivelmente fedorenta.
Hoje, porém, Eris não apenas a ignorou. Em vez disso, ela se virou para olhar para Nina
com uma expressão ligeiramente irritada no rosto.
“… O que você disse antes é realmente verdade?”
“Hum? O que você está falando?"
“Você disse que eu poderia esconder minha hostilidade se tomasse um banho demorado, comesse um bom
refeição e pensava em Rudeus na cama todos os dias.”

"Uh…"
Nina ficou sem palavras. Com toda a honestidade, ela disse principalmente
isso em uma tentativa de enganar Eris para que aja de forma um pouco mais civilizada. Mas, em
teoria, a capacidade de relaxar era uma parte crucial do controle das emoções. E então, ela
decidiu dobrar a aposta.
“S-sim, isso mesmo! E por outro lado, aquele seu namorado

não vai ficar interessado em você por muito tempo se você estiver sempre tão fedorento.”
“Isso não será um problema. Eu costumava pegar Rudeus abraçando minhas camisas
velhas e suadas o tempo todo.”
"Uh o quê…?"
Lembrando-se do jovem que conhecera brevemente uma vez, Nina tentou imaginá-lo
enterrando o rosto nas roupas fedorentas daquela garota estranha. Era uma imagem mental
terrível. No entanto, ela percebeu que Eris estava cada vez mais irritada com a
reação dela e sabiamente optou por não comentar mais.
“Olha, esqueça. Tudo que sei é que os homens não gostam de mulheres sujas, certo?
"Hum. Bem, acho que Rudeus era meio exigente em manter as coisas limpas...
"Ai está! E é por isso que você deve prestar mais atenção à sua higiene.”
Eris parou para pensar por um momento. Memórias de Rudeus inundaram sua
mente. Ela geralmente fazia um esforço consciente para não relembrar o passado... mas quando
baixava a guarda, sempre acabava pensando

sobre ele. E quando ela pensava nele, seus lábios se curvavam em um sorriso por conta
própria.
Ao considerar isso, Eris percebeu algo interessante.
Provavelmente não estou emitindo nenhuma hostilidade agora, estou?
"Tudo bem então. Acho que vou me lavar.
“Sim, eu não esperava nada melhor de você. Não se preocupe, quase desisti disso...
Espere. O que você acabou de dizer?"
Eris caminhou em direção ao seu quarto sem responder à pergunta.
E Nina apenas a observou partir, um olhar de descrença atordoada congelada nela

face.
Demorou mais um ano para Eris alcançar igualdade de condições com o Rei da Água
Isolda.

Sobre o autor:
Rifujin na Magonote
Reside na província de Gifu. Adora jogos de luta e bolinhos de creme.

Inspirados em outros trabalhos publicados no site Let's Be Novelists, eles criaram a web
novel Mushoku Tensei. Eles instantaneamente ganharam o apoio dos leitores e se tornaram
o número um no ranking combinado de popularidade do site no primeiro ano de publicação.
Os jovens disseram: “Gostaria que pessoas assim fossem reais e que relacionamentos
como se isso fosse real, e esse tipo de pensamento fosse totalmente aceito.

Obrigado por ler!

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CERTAMANHÃ, fui despertado pelo mais delicioso dos cheiros. Ela

Saí lentamente de debaixo do cobertor e depois fiquei de joelhos o mais

"Espere um minuto. Isso poderia significar…”

Sua figura era esbelta e de aparência enganosamente jovem, sem

Seria permitido eu tocá-la? Certamente eu tinha os céus

1 Goldenagato | mp4directs. com

A deusa agarrou cegamente o cobertor, puxou-o de volta sobre ela,

Quão verdadeiramente maravilhoso! Eu podia ver a nuca branca aparecendo

…Oh, certo. Não temos tanto tempo pela manhã, não é?

“Roxy, acorde. É manhã."

Minha deusa abriu os olhos e sentou-se lentamente. O cobertor escorregou

Talvez percebendo esse estado de coisas, ela agarrou o cobertor e puxou-

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Do mundo. Uma nova era das trevas estava sobre nós…

Lentamente, Roxy puxou o cobertor para o lado. Só assim, a luz veio

Eu também vi a escuridão; Chamei-lhe Eros e à luz Apolo. Ao lado da escuridão,

“Tudo bem, acho que é o suficiente.”

"Obrigado. Para ontem à noite.

Roxy abaixou a cabeça para mim em uma pequena reverência desajeitada.

A noite passada foi especial para nós. Foi algo

E então, fiz um esforço especial para aliviá-la. Eu tratei Roxy como

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Mas tudo valeu a pena. Ela definitivamente estava satisfeita.

"Heh heh. Bem, há um mundo enorme lá fora, sabe?

“Ensine-me mais detalhes da próxima vez, certo?”

“Não, obrigado. Quero desenvolver minhas próprias habilidades.”

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“Hum? O que é?"

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para sua diversão quando ela se aproximou e tocou minhas costas.

“Sinto muito, Rudy. Parece que eu te arranhei. Isso doi?"

“Estou bem, Roxy.”

“Espero que não deixem cicatriz nem nada…”

Eu não poderia aceitar isso, no entanto. Nós nos encontraríamos de volta

“…Acho que já é hora de nos vestirmos, professor.”

"Oh. Certo. Claro!

Roxy se afastou de mim, parecendo um pouco envergonhada, e começou

“Estou bem, Rudy?”

“Claro, Roxy. Você parece bem."

Isso foi um eufemismo, na verdade. Se houvesse alguém estúpido o suficiente

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Mas antes de entrarmos em tudo isso, eu provavelmente deveria voltar um pouco no

Vários meses antes

esteve agitado por um tempo, mas as coisas finalmente começaram a se acalmar

Eu estava relaxando no sofá da sala quando Roxy entrou.

“Essa é a ideia, sim.” Roxy assentiu, seu rosto solene e sério.

6 Goldenagato | mp4directs. com

Ela às vezes tomava o lugar da minha mão esquerda. eu não estava

"O que? Não era isso que eu estava pensando!”

Na verdade, fiquei meio ofendido, de certa forma.

“Você deveria ir em frente, Roxy. Absolutamente. Você será um ótimo professor!”

"Oh. Bem, é bom ouvir isso... e um pouco embaraçoso, eu acho.

7 Goldenagato | mp4directs. com

Roxy começou surpresa. “Jênio? Espere, o professor Jenius é o vice

"Isso mesmo. Você conhece ele?"

Então, novamente, não era incomum um mago estudar mais de um elemento em