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Todos nós almejamos manifestar algo. Sejam desejos,
sejam intenções ou propósitos. E será que podemos, de
alguma forma, torná-los realidade? Se sim, como fazer isso?
Se não, por que não podem ser manifestados? Essas são
perguntas que todos se fazem.

A física quântica, ramo da física que estuda corpos


muito pequenos como átomos e partículas subatômicas,
pode nos permitir respostas a essas perguntas. Mas conhecer
a física quântica e a forma como ela influencia nossas vidas
pode resultar em algumas surpresas.

Quando a física quântica foi criada para estudar


sistemas de tamanho reduzido, que a física convencional não
era mais capaz de explicar, estudiosos em outras áreas
começaram a explorar a existência de microcosmos
quânticos. Assim como a energia pula de uma partícula para
outra, gerando potenciais que podem ser usados, transferidos
ou transformados, há uma infinidade de microcosmos dentro
de nós, cheios de possibilidades. Precisamos apenas da
consciência para empregar essa energia.

Você pode se perguntar, o que é, afinal, consciência?


Estar acordado e alerta? Ser sensato e responsável? Sim, tudo
isso, mas muito mais! A consciência pode ser definida como o
princípio inteligente que dá ordem e sustentação ao Universo
através de energia e informação.

Nos anos 1970, o físico teórico norte-americano Fred Alan


Wolf afirmou que “nós criamos a nossa própria realidade”,
uma frase que ficou muito famosa. Mas, como é muito

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comum, nem todos entenderam exatamente o que isso
queria dizer. Naquela época, as pessoas tentaram, por incrível
que pareça, manifestar objetos, como carros! E quando não
conseguiram, claro, passaram a tentar manifestar vagas
gratuitas de estacionamento. Se você mora em uma cidade
que nem São Paulo, certamente sabe como isso pode ser
difícil!

Voltando às palavras de Wolf, ele não quis dizer que


podemos, ou devemos, tentar manifestar objetos sólidos a
partir do nada. Há algumas sutilezas em sua afirmação, que,
por um bom tempo, as pessoas não conseguiram entender.

Como um físico teórico, assim como Wolf, eu também


tinha muita curiosidade de explorar o mundo quântico e tudo
que nele habita. E eu comecei explorando o paradoxo que
existe nessa ideia de manifestar objetos e coisas.

Suponha que você e seu amigo queiram manifestar um


objeto quântico. Você quer um carro em sua garagem e ele
gostaria de ter um carro na dele. Então, quem faz a escolha?
Quem decide quem irá ganhar um carro e quem irá ficar
sem?

Essa ideia de paradoxo foi apenas a primeira centelha


do meu interesse e entusiasmo pela questão. Mergulhando
mais a fundo no que já era conhecido, e tudo que ainda não
tinha sido explorado pela humanidade, comecei a descobrir
sobre as sutilezas que envolvem esse assunto.

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É isso que eu quero dividir com vocês hoje, sobre como
os princípios da física quântica podem ser explorados e
utilizados para trazer satisfação não só para alguns, mas para
todos. Essa exploração, essa descoberta requer muito
trabalho de nossa parte, e não é algo tão simples quanto
sentar e meditar até um carro se manifestar fisicamente.

Podemos intencionar e aguardar que essa intenção se


manifeste, mas é muito importante lembrar que, o que nós
intencionamos, e como fazemos isso, faz toda a diferença.

Prontos?

Em primeiro lugar, retomemos o paradoxo. Qual é a


solução desse problema? A resposta é simples e, ao mesmo
tempo, complexa. A parte simples é que a consciência
escolhe quem irá receber a manifestação. A complexa, é que
a consciência é algo muito maior do que eu ou você.

Para além da nossa individualidade centrada no “eu”,


que existe, também fazemos parte de uma consciência
cósmica, que engloba todo o universo, e envolve um nível de
consciência mais profundo do que a consciência que
conhecemos. Alcançar essa consciência cósmica não é tão
fácil.

Claro que a consciência do “eu” é muito importante, e


também exerce seu papel no potencial e nas possibilidades.
Mas a consciência que determina o que, quando e como é a
consciência cósmica, da qual todos nós fazemos parte. Então
todos são consciência; tudo é consciência. O que significa

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que, na verdade, não há um paradoxo. Não há um “eu” ou um
“você” que escolhe. Por trás de todos nós está essa
consciência maior, e é ela que determina.

Entender isso é o primeiro passo.

Mas existem muitos outros a serem dados.

Agora que exploramos a consciência, sugiro retomar a


questão do carro. Afinal de contas, seria realmente possível
intencionar e manifestar coisas materiais grandes como um
carro? Minha resposta: teoricamente, sim. Mas como isso
funcionaria? Um carro existe em possibilidade quando
ninguém está olhando para ele, e, no domínio das
possibilidades, ele se torna ondas que se expandem a partir
do seu centro de massa. Semelhante a quando você joga
uma pedrinha no lago e as ondas vão se expandindo cada
vez mais para além daquele ponto focal. O carro está lá na
concessionária, em possibilidade; seu centro de massa se
dispersa e ele chega até mim lentamente. Quão lentamente?
O cálculo diz que pode demorar tanto quanto a idade do
universo!

Ou seja, em teoria, tudo é possível, até manifestar um


carro, mas na prática, isso é completamente impossível.
Afinal, não temos uma eternidade para esperar essa
manifestação. Mesmo moléculas grandes, como um vírus, por
exemplo, ainda são grandes demais e levarão milhões de
anos para se mover em nossa direção

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Moral da história? Não volte a sua intenção diretamente
para coisas materiais, é uma atividade inútil que não leva a
nada. Então, ao invés de tentar manifestar matéria densa,
mesmo de maneira quântica, queremos nos voltar para
coisas sutis, como pensamentos, sentimentos e intuições,
para então gerar uma manifestação real, com resultados
palpáveis. Como? Eu vou ensinar.

Comece intencionando objetos quânticos, como


elétrons, prótons, moléculas, etc., pois, diferentemente do
carro, eles são pequenos e se movem depressa.

Você pode se perguntar qual é o propósito de conseguir


movimentar objetos minúsculos, como átomos, prótons e
elétrons. O que você ganha com isso? Se não é possível
manifestar aquilo que você quer, para que intencionar,
mesmo indiretamente?

Nós vivemos em um mundo material, isso é fato.


Vivemos nesse mundo que vemos, tocamos e experienciamos
todos os dias. Mas nós também habitamos um mundo
interno, que também experienciamos todos os dias.

É nesse mundo interno que vivem os pensamentos, os


sentimentos, as emoções. É nesse mundo também que vivem
o que podemos chamar de arquétipos. O que seria um
arquétipo, você pode se perguntar? É um conceito
desenvolvido pelo filósofo grego Platão, para referenciar as
ideias absolutas e universais, como amor, beleza, justiça,
verdade, bondade, poder, abundância, inteireza e self. São

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conceitos que partem da nossa intuição; nós intuímos esses
arquétipos.

Mas será que podemos manifestá-los?

A resposta é sim, nós podemos manifestá-los. Porque


esses arquétipos são objetos quânticos.

Para entender isso melhor, se pergunte: o que eu


realmente quero? E por quê?

Sua resposta, por exemplo, pode ser assistir várias vezes


a um pôr de sol fantástico, contemplar flores em nossa mesa
ou em nosso jardim, ou ainda ver os nossos entes queridos
felizes e saudáveis.

Por outro lado, sua resposta pode envolver manifestar


felicidade para si ou atrair amor para sua vida. Algo
complexo, quando isso envolve outra pessoa.

E aqui está uma dessas sutilezas que eu mencionei lá no


começo: sentimentos, pensamentos, intuições e arquétipos
são coisas quânticas, invisíveis ao olho e imateriais ao toque.
Para entendê-las melhor, precisamos antes entender como
elas chegaram até nós, em nosso mundo interno.

Ao longo de nossa vida, passamos por diversas


experiências e essas experiências não só se manifestam em
memórias, como também criam em nós um certo
precedente. Ou seja, nós temos certa habilidade de
manifestar essas experiências novamente porque sabemos o
que e como elas são; podemos trabalhar por meio da
lembrança.

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Mas, e quando almejamos algo que nunca
experienciamos antes? Como manifestar algo que
desconhecemos, algo novo, que não está ligado
necessariamente às nossas memórias? Como aprender a
manifestar coisas novas?

Novos pensamentos, novos sentimentos e novos


arquétipos às vezes são necessários, pois as coisas antigas
que temos na memória não estão nos ajudando, não estão
nos trazendo abundância nem felicidade ou alegria.

Mas voltamos à questão: como manifestar algo que não


sabemos como é? Então, o segundo passo é alcançar um
nível mais profundo da consciência da qual todos nós
fazemos parte, acessar uma parte da consciência coletiva
que já conhece aquilo que queremos intencionar. Eu digo
segundo passo, porque o primeiro é aprender como alcançar
esse nível mais profundo.

Como eu disse antes, a consciência cósmica é algo que


está em todos nós, que nos conecta. Para entrar em contato
com ela, precisamos primeiro trabalhar nós mesmos. Isso
envolve muito autoconhecimento, altruísmo, equilíbrio e
vários outros objetivos e pode ser alcançado de várias
maneiras. Não vou entrar em detalhes neste livro porque há
muitos caminhos possíveis e cada um tem a sua jornada de
descoberta.

Mas algo comum a todas elas é a criatividade, afinal,


para manifestar algo novo, precisamos aprender a enxergar
aquilo que desconhecemos. Essa criatividade nos levará a

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novas respostas, que, por sua vez, nos conduzirão àquilo que
realmente queremos.

Espero que a ideia de consciência, intenção, experiência


e manifestação esteja ficando cada vez mais clara em sua
mente.

Cada jornada é única e podemos apenas apontar


caminhos e ideias. Não há fórmulas ou uma resposta correta
única. Se eu descrevesse uma caneca de água e perguntasse
a você o que é isso, você responderia “uma caneca de água”,
sem pôr nem tirar, afinal, eu compartilhei uma ideia fixa,
rígida. Você não teve a chance de pensar em nada, a não ser
uma caneca de água.

E qual é o problema com isso, você pode se perguntar?


Bom, se você ainda não entendeu, deixa eu bater em você
com essa caneca. Você pode pensar então que eu sou louco,
mas estaria apenas demonstrando como esse objeto não é
somente uma caneca de água, mas pode ser também uma
arma. Entendeu? Algo pode ser muitas coisas e não devemos
restringir aquilo que podemos criar. Quando você não está
olhando para a caneca, ela pode ser uma caneca, pode ser
um arma, pode ser um porta-lápis... as possibilidades são
infinitas!

Tudo isso depende apenas de nossa criatividade, que é


capaz de criar significados, que, por sua vez, criam
possibilidades e levam à abundância, ao amor e muito mais.
Só depende de você.

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Usando ainda o exemplo da caneca: digamos que você
esteja tentando conquistar romanticamente uma pessoa e só
tem uma caneca para lhe oferecer. Não parece muito útil,
não? Uma caneca é um presente genérico que a pessoa
provavelmente já tem.

Mas se você usar sua criatividade e associar a caneca


com algo maior, como “este copo de água mata a minha
sede, assim como você saciar a minha sede de amor”, você
estará criando um potencial que é maior do que a simples
caneca.

O mesmo pode ser feito com os sentimentos e os valores


representados pelos arquétipos.

Criatividade é a maneira pela qual atingimos novas


perspectivas, novas ideias. Você pode usá-la para criar um
produto, mas também para desenvolver suas características
pessoais, seu caráter. Transformar a personalidade é o melhor
tipo de manifestação, pois a mudança pode ser sentida e
notada pelas pessoas.

Soa como algo que você teria interesse em manifestar?

Se sua resposta for sim, você pode se pegar duvidando de si


mesmo. “Eu não tenho essa criatividade toda” ou “Eu não crio
coisas, nunca pensei em nada novo!”. O maior erro que
cometemos é achar que criatividade é só para gênios. A física
quântica provou que isso não é verdade. Qualquer um pode
ser criativo.

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Eu sei que às vezes é difícil de acreditar que nós
podemos ser melhores do que achamos que podemos ser.
Então eu vou usar letras maiúsculas para reforçar: QUALQUER
UM PODE SER CRIATIVO.

E, como qualquer um pode acessar sua criatividade,


qualquer um pode expandir sua consciência e alcançar a
consciência cósmica profunda, da qual todos nós fazemos
parte.

Resumo: primeiro você precisa aprender a entrar em


contato com a sua criatividade. Essa criatividade vai criar
infinitas possibilidades, que, por sua vez, vão conectar você
com a consciência cósmica. Então, você pode se concentrar
em aprender a intencionar, algo que parte de você, do seu
ego, da sua consciência “individual”. E você pode intencionar
não só para si, mas para todos, afinal, todos estão ligados à
consciência cósmica.

Agora que entendemos como o processo funciona, o


próximo passo é determinar o que intencionar. Se você
perguntar às pessoas com profundo conhecimento do
assunto, como um físico quântico ou um sábio, se existem
coisas que a consciência cósmica quer que nós
manifestemos na Terra, a resposta será sempre sim!

O que a consciência cósmica quer que nós


manifestemos está intimamente ligado aos arquétipos que
mencionei, para que se manifestem em todo o universo.
Porque se estivermos intencionando apenas para nós, caímos

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em problemas relacionados ao ego; e o ego está ligado à
consciência individual, não à cósmica.

Pense em dinheiro, por exemplo. Você quer manifestar


dinheiro (e quem não quer?). Se você manifestar dinheiro
somente para si, estará sendo avarento e ganancioso.
Naturalmente, é legítimo almejar certa quantia, afinal todos
precisam comer, comprar necessidades básicas etc.; isso é
uma questão de sobrevivência. Mas no caso de pessoas que
querem juntar fortuna sem que isso tenha um propósito claro,
por que deveriam ser ajudadas pela consciência cósmica?
Essa é mais uma sutileza, e algo muito importante para
entendermos a diferenciar e ego da consciência cósmica.

A consciência universal não ajuda pessoas avarentas e


gananciosas que não pensam no próximo, como também
não interfere no que essas pessoas estão fazendo. A
consciência não é karma; não é para isso que ela existe.

Por outro lado, a consciência certamente se importa em


dar às pessoas o sentido de abundância, porque essa é uma
manifestação do arquétipo no mundo. Todos deveriam ter
abundância e, assim, ninguém precisaria ser ganancioso.
Ganância prejudica outras pessoas, prejudica o meio
ambiente. Mas se você tem abundância, não só não prejudica
os demais como vai além! Sentir-se seguro e saber que você
tem tudo o que precisa, significa que você poderá mais
facilmente dividir aquilo que você tem com outros.

Você vê como uma coisa se conecta a outra, sempre


com o propósito maior de servir o coletivo? E a maneira como

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sabemos o que intencionar, o que manifestar é através da
intuição. Pois a intuição revela o que o coletivo precisa, como
saúde, abundância e felicidade.

O arquétipo da saúde é chamado de inteireza.

O arquétipo de prosperidade é chamado de


abundância.

E muitos outros arquétipos podem nos dar felicidade,


como o amor, a beleza, a justiça, a bondade. Na verdade,
todos os arquétipos trarão a expansão da consciência e,
consequentemente, felicidade.

Então, devemos intencionar sempre tendo outras


pessoas em mente. A nossa intenção precisa estar
sincronizada com a intenção da consciência coletiva. E temos
que intuir as coisas certas para realmente obter sucesso.

Mencionei antes que a criatividade é muito importante


para intencionar aquilo que desconhecemos, mas ela
também é essencial para intencionar arquétipos que
conhecemos. Isso porque a criatividade é criadora de
potencial, de energia, algo essencial para intencionar e
manifestar.

Pessoas que trabalham com a criatividade, como eu


escrevi um livro sobre isso, chamado Criatividade quântica,
sabem que esse fenômeno costuma acontecer em quatro
estágios.

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O primeiro estágio se chama preparação; é o momento
em que você pensa, escuta outras pessoas, lê livros, enfim, se
prepara. Essa etapa é composta por muitos “afazeres”.

O segundo estágio se chama incubação; basicamente,


envolve apenas sentar e não fazer nada. É o momento de ser,
de explorar pensamentos, ideias. Lembrando que
pensamentos são objetos quânticos. Então, se você estiver
apenas sentado, os pensamentos que produzir no estado de
preparação se tornarão ondas de possibilidade que vão se
espalhar, multiplicando possibilidades.

Claro que só esperar não é algo que pode ser feito de


forma indefinida. Por isso é que costumamos oscilar entre os
dois estágios, com períodos de “fazer”, seguidos por momento
de “ser”, de forma alternada.

É por isso que chamo a criatividade um processo de


fazer-ser-fazer-ser-fazer (em inglês, do-be-do-be-do).

O terceiro estágio se chama insight; é aquele momento


acontece o salto quântico, a ideia criativa, aquela sensação
de “aha”, de profunda descoberta intuitiva.

O último estágio é o da manifestação; quando de fato


colocamos em prática todo o produto da nossa criatividade.

Seguindo esses passos, explorando os diferentes


estágios, você poderá, com intenção e intuição, manifestar
um novo pensamento, e a partir dele, desse potencial, que
você irá conseguir se concentrar para criar um produto
(externo ou interno a você).

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Agora, creio ser importante enfatizar que o processo
criativo é mais poderoso quando alinhado a uma intenção
genuína, que envolve intencionar para si, mas também
intencionar com nossos pensamentos alinhados ao
movimento de evolução da consciência cósmica; ou seja,
para o bem maior.

Para encerrar esta pequena introdução, vou contar uma


história.

Existe uma pessoa extraordinária na Índia conhecida


como Osho, um grande líder espiritual. Ele veio de uma família
não muito rica. Quando era pequeno, queria muito ter um
carro Rolls-Royce. Mas, como era um automóvel muito caro,
acabou desistiu da ideia.

Porém, essa intenção nunca o abandonou. Ele cresceu e


se tornou um grande filósofo, começou a ministrar palestras,
e suas ideias tocaram tanto as pessoas com as quais ele
entrou em contato, que seus ensinamentos atraíram muitos
discípulos. Seu nome em sânscrito era Bhagwan Rajneesh.

Os discípulos o levaram para os Estados Unidos e,


quando souberam que Osho ainda tinha a intenção de ter um
Rolls-Royce, adivinhe o que aconteceu? Como agora muitos
de seus discípulos eram ricos, eles decidiram dar o carro de
presente ao mestre. E sabe quantos Rolls-Royce o filósofo
acabou tendo? Noventa!

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Tudo o que ele precisou fazer foi mudar a sua
personalidade. E as pessoas começaram a querer lhe dar
presentes, seja o que fosse.

Agora, não estou julgando se é certo ou errado desejar


um Rolls-Royce, mas apenas explicando como funciona a
dinâmica de manifestar intenções.

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ATIVIDADE PRÁTICA: Meditação do processo criativo

Para exercitar a intenção criativa e transformadora, eu


criei uma meditação, que foi incluída em meu livro O ativista
quântico, na página 160. Essa meditação inclui um passo a
passo para intencionar com mais assertividade.

Antes de iniciar o exercício, decida qual será a intenção a


ser trabalhada.

● Sente-se confortavelmente e em silêncio. A intenção


deve partir do ego, e é nele que você está. Assim, no
primeiro estágio, manifeste a intenção; use a força,
procure manifestar sua intenção. No segundo estágio,
perceba que você pode obter o que deseja de duas
maneiras: concentrando tudo para si ou estendendo os
benefícios a todos (e isso inclui você).

● Agora manifeste a intenção por todos, pelo bem maior.


Comece expandindo a sua consciência de modo a
abranger todas as pessoas em seu círculo; depois, inclua
em sua consciência todas as pessoas de sua cidade, de
seu estado, de seu país e, finalmente, do mundo todo. No
terceiro estágio, sua intenção deve tornar-se uma
prece: "Se a minha intenção estiver em sintonia com o
movimento intencionado do todo, que ela frutifique". No
quarto estágio, a prece deve silenciar e tornar-se uma
meditação. Medite em silêncio durante alguns minutos.

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● Lembre-se de anotar suas sensações e percepções.
Experimente a mesma intenção por um período.

● Num desdobramento deste exercício, você pode


convidar pessoas amigas para meditar na mesma
intenção com você. Isso pode acontecer em um único
ambiente e ao mesmo tempo, ou à distância em um
mesmo horário, ou ainda mesmo à distância e em
horários diferentes. O importante é concentrarem-se na
mesma intenção e depois trocarem impressões sobre a
experiência.

● O autoconhecimento profundo é imprescindível nesse


processo. Sem nos conhecermos profundamente,
seremos eternas “vítimas” de nossos conteúdos
reprimidos e suprimidos no inconsciente, mantendo-nos
reféns de nós mesmos e dificultando a evolução. Como
somos seres complexos, pode ser interessante fazer esse
mergulho com a ajuda de um profissional capacitado.
Mas você pode fazer isso sozinho também. Um bom
exercício para isso, que pode ser feito semanalmente, é a
meditação de contemplação.

● Decida sobre o que será contemplado. Pode ser um


arquétipo, um sentimento, uma emoção, uma sensação,
uma dúvida, uma satisfação. Qualquer coisa a partir da
qual você queira expandir a sua consciência.

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● Sente-se confortavelmente, com a coluna ereta; feche
os olhos, foque o ponto entre as sobrancelhas e respire
pelo nariz, profundamente, por umas três vezes ou até
que se sinta mais relaxado.

● Perceba a imagem daquilo que será contemplado.


Aceite a imagem que vier, sem julgamentos, e
permaneça em silêncio por, no mínimo, 20 minutos.

● Depois você pode desenhar e/ou escrever a respeito,


registrando e elaborando a experiência. A cada três
exercícios como este, releia e/ou observe os desenhos e
você descobrirá uma lógica profunda e reveladora sobre
si e sobre o mundo.

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Eu, Amit Goswami, espero que este livro digital
o ajude na sua caminhada rumo à felicidade, e
que o incentive a buscar mais conteúdos para a
sua jornada de autoconhecimento.
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