O documento discute como a indústria cultural promove a padronização e repetição em filmes para maximizar lucros, analisando como a trilogia Pânico ilustra esse fenômeno ao seguir fórmulas de seu gênero slasher. O autor critica a visão da crítica que menospreza esses filmes industriais e justifica seu estudo analisando como a trilogia se aproxima ou não da padronização.
O documento discute como a indústria cultural promove a padronização e repetição em filmes para maximizar lucros, analisando como a trilogia Pânico ilustra esse fenômeno ao seguir fórmulas de seu gênero slasher. O autor critica a visão da crítica que menospreza esses filmes industriais e justifica seu estudo analisando como a trilogia se aproxima ou não da padronização.
O documento discute como a indústria cultural promove a padronização e repetição em filmes para maximizar lucros, analisando como a trilogia Pânico ilustra esse fenômeno ao seguir fórmulas de seu gênero slasher. O autor critica a visão da crítica que menospreza esses filmes industriais e justifica seu estudo analisando como a trilogia se aproxima ou não da padronização.
PONTE, Charles. Indústria cultural, repetição e totalização na trilogia Pânico.
INTRODUÇÃO
O autor inicia reconhecendo o destaque que a indústria cultural adquire no
contexto do capitalismo desenfreado do Séc. XX. Segundo ele, “forma-se, com esse processo, uma tensão entre o desejo de liberdade criativa das pessoas e a pressão por produtos massificados que tragam uma maior parcela de lucro.” (PONTE, 2011, p. 1) No parágrafo seguinte, Ponte comenta que os objetos cinematográficos, devido aos altos custos de produção tornam-se os mais controlados pelas imposições da indústria cultural e isso faz com que as obras se homogeneízem-se (solapando as individualidades artísticas). De acordo com o autor, “uma das estratégias de controle mais marcantes dessa nova ordem cultural é a ampla utilização de repetições estruturais no conteúdo, mas principalmente na forma dos filmes, que são aprioristicamente classificados em um dos gêneros mais populares e sentenciados a cumprir as expectativas em relação a esse gênero, ao ponto de, quando não agradam a uma plateia experimental, serem modificados e refeitos por vezes à revelia de seus realizadores.” (PONTO, 2011, p. 1) Dito isto, o autor critica o fato da crítica especializada deixar de lado esses filmes (que obedecem aos padrões da indústria hollywoodiana) e focarem suas análises quase que apenas aos filmes que reafirmam “o poder humano de criação acima de qualquer espécie de restrição”, como se houvessem apenas, de um lado “uma grande produção de qualidade, digna de ser vista e estudada” e, de outro lado, “a enorme massa de lixo produzido” (PONTE, 2011, p. 1). É, portanto, com base nessa crítica que Ponte justifica o seu trabalho, que almeja relacionar os principais componentes estruturais da trilogia Pânico (1996; 1998; 2000), de Wes Craven, a outros filmes de seu subgênero, “verificando de que forma ela [a trilogia] se aproxima ou distancia da standardização das formas diegéticas”.
PARTE I – REPETIÇÃO, GÊNEROS E TOTALIZAÇÃO NA INDÚSTRIA
RESENHA BENJAMIN, Walter. A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica. In: ADORNO et al. Teoria da Cultura de massa. Trad. de Carlos Nelson Coutinho. São Paulo: Paz e Terra, 2000. p. 221254.