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Parte 2

Jornada do Sinai até as planícies de Moabe (10:11-22:1) = Vai até o quadragésimo ano

Capítulo 10: A partida

A partir do v.11, há uma mudança no cenário. Entramos na segunda parte do livro.

O povo que estava 11 meses parado no Sinai, depois de todos os ajustes finais, finalmente começa a caminhar, quando
a nuvem se ergue sobre o tabernáculo, de acordo com as ordens do capítulo 2.

v.13 Pela primeira vez.

Primeiro o ajuntamento de Judá (v.14). Os Gersonitas e Meraritas desmontaram o tabernáculo e partiram levando
(v.17). Depois o ajuntamento de Rúben (v.18). Aí foram os coatitas com as coisas santas (v.21). Depois Efraim e por
fim Dã.

v.33 Demonstra que a arca foi na frente.

Moisés chama Hobabe, para ir junto (v. 29). O texto não diz, mas de acordo com Jz. 1:16 mostra que ele foi. E tem
sentido, porque diz que eles viveram com Judá. Judá era a tribo que ia na frente e Hobabe deve ter caminhado junto
com eles.

v.35 Quando eles partiam e quando voltavam, Moisés orava. Lembra um pouco a oração de Pedro em At. 4:29

Aplicação 10

1- A nuvem só começou a se mover após a Páscoa. Para que todos estivessem em comunhão com Deus e com os
outros.

2- Também para que todos estivem com a memória fresca do que tinha acontecido na primeira páscoa no Egito.

3- A arca, que representa Deus, ia na frente para escolher um lugar de descanso.

4- Apesar de tudo, eles foram de um deserto para outro. Podemos até passar por alguns oásis na caminhada, mas só
teremos descanso quando chegarmos no nosso destino.

5- O convite de Moisés a Hobabe, demonstra qual tem que ser a nossa atitude enquanto caminhamos neste deserto.
Contar as boas coisas de Deus.
Capítulo 11: Murmurações

Aqui o povo volta ao erro que já tinha cometido antes (Ex. 16)

A ideia do texto é que a sorte do povo não era ruim, não estavam debaixo de algum mau ou maldição, mas ainda assim
se queixaram contra o Senhor, provavelmente pela caminhada. Por saírem do “conforto”.

A murmuração ingrata é algo que nasce no inferno. Deus se ira e manda fogo, nas extremidades do arraial.

v.4 Populacho (estrangeiros): Estes eram não israelitas que saíram do Egito com eles.
Parece que estes estrangeiros que inflamaram o povo e eles começam a olhar para trás, lembrando dos peixes, pepinos,
melões, alhos e cebolas (v.5).

Ninguém lembra da escravidão e das chicotadas?

Não conseguiram aprender nada do que havia acabado de acontecer?

Deus se ira novamente (v.10).

Moisés parece entrar em um desespero, diante do desafio de liderar aquele povo vacilante. Pede a Deus que tire sua
vida, porque aquilo era pesado demais.

É uma linguagem forte. Um texto carregado de emoção, pela angústia de Moisés. Parece que Moisés perde um pouco
o foco por causa do povo. Talvez isto esteja aqui também para mostrar algo que veremos no capítulo 20.

Deus então manda Moisés separar 70 homens, que seriam seus auxiliares. Teriam do espírito que estava sobre Moisés
(v.16)

Deus não fala nada sobre a reclamação de Moisés ou o pedido de tirar a vida. Ele fez algo parecido com Elias.
Mostrando sua bondade e tolerância.

Deus diz que mandaria carne para o povo e que eles comeriam até sair pelo nariz (v.19-20), mas esta fartura não era
uma coisa boa. Eles receberiam castigo por terem rejeitado ao Senhor.

Moisés parece em dúvida (v.21), o que realmente é estranho. Parece que aqueles acontecimentos mexeram com ele.
Milhares de pessoas reclamando e chorando. Mas o Senhor confirma (v.23).

Os 70 recebem do espírito (dons) que estava sobre Moisés e profetizaram.


Dois deles receberam o espírito no meio do arraial e também profetizaram. Josué manda Moisés proibir, mas a
resposta de Moisés é incrível (v.29).

Por fim o capítulo termina quando Deus envia codornizes e a ira do Senhor se acende sobre eles, ferindo-os com uma
praga mui grande (v.33).

Aplicação 11

1- Desde sempre o homem é um grande fracasso. Saíram do Egito e fizeram um bezerro. Receberam o sacerdócio e
ofereceram fogo estranho. Mal começaram a caminhar e se queixaram.

2- Moisés tipifica Cristo, como mediador. Aquele que intercede pelo povo. Não foram pedir a Arão ou Josué.

3- Nós muitas vezes somos como Israel. Um fracasso em muitos sentidos. Quantas vezes vc disse que ia orar, ou ler a
Bíblia sempre, ou parar de fazer alguma coisa e quando vê, não ora mais, não lê e volta a fazer o que tinha prometido
não fazer.
4- Aquele “populacho”, estava introduzido entre eles, mas não eram deles. O apóstolo Paulo fala de falsos irmãos que
haviam se introduzido na igreja (Gl. 2:4). Judas também fala sobre isso (v.4) Precisamos estar sempre alertas, debaixo
da Palavra, porque o joio está no meio.

Hoje temos muitos pregadores com uma mensagem sobre o melhor desta terra. São falsos irmãos.

Aquele populacho estava mais de um ano entre eles.

5- Também parecemos com eles, quando deixamos que as coisas santas percam valor e voltamos a dar valor a coisas
do mundo. Quando Cristo deixa de ser satisfatório e suficiente. Se Ele não é suficiente aqui, não será no céu.

Se andamos com Deus, nossas almas se contentarão com a provisão que Ele nos dá: Cristo.

O alimento do Egito (mundo) não pode mais alimentar uma natureza que foi transformada.

6- O fardo de Moisés era realmente pesado para um homem. Mas era para Deus?
Ele não foi chamado para levar aquele fardo sozinho e nós também não.
E aqui, quero me referir ao “fardo” que as vezes pode parecer a obra de Deus.
A obra é Dele. O povo é Dele. A provisão é Dele. Precisamos nos preparar e dar o nosso melhor, na dependência
Dele.

Se confiamos em nós próprios. Em nossos talentos. Em nossa sabedoria e conhecimento. Na nossa capacidade de
organizar as coisas e de pregar, sem que a nossa fonte seja o Espírito Santo, estamos fadados ao fracasso e frustração.

7- Uma outra coisa importante, é que nós somos um povo, um corpo, vivemos em comunidade. Mas nossa convicção
no Senhor tem que ser além da comunidade. E mesmo que todos duvidem, mesmo que todos neguem, precisamos
permanecer fiéis.

8- Eldade e Medade profetizam no meio do arraial. Josué se preocupa, mas Moisés não.
Há lugares que líderes tentam ofuscar o ministério de liderados, por puro ciúme.
Há lugares que um tem ciúme do outro. Isto pode acontecer no bar, no futebol, mas não entre irmãos.

9- Sl. 106:14-15 Tem vezes que Deus nos dá o que queremos e isto nem sempre é bom.
Eles foram gananciosos. Ficaram pegando sem parar.
Sempre que o Pão do Céu deixa de nos fazer, corremos um grande risco.
v.34 Quibrote-Hataavá = Túmulos da ganância
Capítulo 12: Rebelião de Miriã e Arão

Miriã e Arão se levantam em rebelião contra Moisés, por causa de ter tomado uma mulher Cuxita (etíope). Não dá
para ter certeza se era Zípora ou um segundo casamento.

O casamento foi o pretexto, mas o que estava por trás era a inveja. O v.2 mostra o ciúme.

Provavelmente Miriã, por ser mencionada antes, foi a principal instigadora e pode ser que parte do motivo tenha sido a
escolha dos 70.

Arão parece sofre com a influência dos outros: Faz um bezerro! – Tá bom! Vamos reclamar de Moisés! – Tá bom!

Ser atacado por estranhos ou inimigos, vc leva melhor. Por irmãos, dói mais.

Muitos acreditam que o v.3 possa ter sido colocado por outra pessoa. Independente disso, ele está ali para mostrar que
Moisés não tinha feito nada que justificasse a rebelião deles.

Deus chama os três para uma conversa. Parece que de forma rápida, até para não permitir que aquilo influenciasse
outros. E também por Arão e Miriã terem uma posição de liderança e destaque.

Deus se ira e Miriã fica leprosa, como juízo de Deus (v. 9-10) e um exemplo público para o povo.

Moisés ora por ela.

O povo ficou parado 7 dias, até que Miriã pode voltar para o arraial. Só depois eles vão até Cades, no deserto de Parã.

Aplicação 12

1- Moisés era fiel em toda a casa de Deus (v.7). Moisés estava numa posição diferente dos profetas (v.8).
Nenhum outro personagem da Bíblia teve uma relação assim tão íntima com Deus.

Somente Jesus foi superior a Moisés, tanto em relação a casa (Hb. 3:6), mas também no seu relacionamento com
Deus.

2- Moisés tem este tipo de intercessão, um tipo de Cristo, que ora até pelos que o fazem mal. (Rm. 12:14;19-21)

Gl. 5:26;I Co. 3:3

Provavelmente o que lemos nos capítulos 11 e 12, não aconteceram assim em sequência.
Mas está assim para servir de ensino e preparação para algo maior que vamos ver em seguida.

O povo pecou e viu a santidade, ira e juízo de Deus em acontecimentos menores. Até vermos o povo pecando e
duvidando da promessa que Deus deu a Abraão, Isaque e Jacó e que agora estava realizando.
Capítulo 13: Os espias

Os capítulos 13 e 14, são centrais para o entendimento de Números e bem tristes.


Mostram a inconstância e incredulidade do povo que já vinha dando mostras disto, como vimos antes.

Reclamei de Júnior usar o livro de Números no estudo de Levítico e agora vou ter que usar Deuteronômio.

Para entender melhor o v.2 precisamos ler Dt. 1:22-23, mostra que a ideia veio do povo.

Então aqui, possivelmente, Moisés consultou ao Senhor sobre a ideia deles e Deus permite o envio de homens para
espiar a terra, dando orientação de quem devia ir.

Não vai qualquer um. São homens de importância. Um representante de cada tribo, menos de Levi.

Esta era a ordem v.17-20

v.21 Hebrom era o local do túmulo de Abraão, Isaque e Jacó

v.22 Anaque era uma raça e não uma pessoa. Significa pescoço comprido. Eram altos e fortes. Provavelmente Golias
era da descendência desta linhagem, que foi expulsa nos dias de Josué e talvez uma parte tenha fugido para a Filístia.

v.23 Cacho de uva grande. Dois homens carregam.

40 dias depois eles voltam, diante de Moisés, Arão e todo arraial.


Eles começam com a parte boa. É uma terra que mana leite e mel e mostram o cacho de uvas para o povo.

Deve ter sido um momento de muita euforia. Era o que Deus havia falado que era.

“Mas - Porém” Logo em seguida dão um banho de água fria no povo, com um relato incrédulo e exagerado. (v.28-
33).

Calebe, que era representante de Judá, demonstra uma fé inabalável, e como vamos ver na continuação, Josué estava
junto com ele, nesta disposição e fé, mas eram minoria.

Ele tenta, mas é imediatamente calado pela visão sem fé dos 10 espias.
Capítulo 14: Murmuração do povo

Todo o povo gritou e chorou aquela noite. Eles murmuraram contra Moisés e contra Arão. Na verdade, estavam
murmurando contra Deus (Ex. 16:8).

“Melhor ter morrido no Egito ou no deserto...” (v.2-3)


Dt. 1:27 nos dá mais detalhes. Além de incredulidade, era uma acusação dura e falsa contra o Senhor. Uma grande
loucura.

O desejo do v.4 é mais louco ainda.

v.6-9 Josué e Calebe mostram coragem e fé.

Ainda tentam convencer o povo, mas não tinha mais jeito.

O povo ia apedrejá-los, se a glória do Senhor não aparecesse.

v.11 Este é um texto central do livro, como vimos na introdução.

v.12-19 Este texto é incrível.


Deus diz que destruiria o povo e faria um novo povo a partir de Moisés. Pela segunda vez.

Além da atitude intercessora de Moisés, que já falamos, ele não se preocupa com a sua glória, com o seu nome,
consigo mesmo, mas com a honra e a glória do nome de Deus e no Seu povo. E clama por sua longanimidade.

v. 21-23;29-30
Dez vez simboliza completude. Para os rabinos foram 10 situações reais:
1. No Mar Vermelho (Ex. 14:11-12)
2. Em Mara (Ex. 15:24)
3. No deserto de Sin (Ex. 16:2)
4. Deixando o maná para o dia seguinte (Ex. 16:20)
5. Tentando pegar Maná no sábado (Ex. 16:27)
6. Em Refidim (Ex. 17:2)
7. Em Horebe (Ex. 32)
8. Taberá (Nm. 11:1)
9. Pelas comidas (Nm. 11:4)
10. Aqui em Cades (Nm. 14)

Mesmo com o juízo do Senhor, Ele promete bençãos (v.31)

Os dez espias morrem de praga/julgamento (v.37)

(v.39) O povo ficou em luto, em choro, contristado após ouvir o juízo de Deus pela boca de Moisés.

(v.40) Possivelmente acharam que o choro e tristeza havia mudado tudo e tentaram ir conquistar a terra. Algo assim:
Embora tenhamos pecado, nos contristamos e vai dar tudo certo.

Antes eles achavam que mesmo com Deus não conseguiriam conquistar. Agora acham que mesmo sem Deus
conseguirão. Era um povo muito difícil. Foram libertos, mas não se libertaram do Egito.

Mesmo Moisés advertindo eles vão e são derrotados pelos amalequitas e cananeus.

Aplicação 13 e 14

1- Qual a necessidade de espias quando se tem a palavra de Deus?

Deus já não havia examinado a terra e dito que era boa?


Ele não conhecia também as dificuldades e sabia muito bem como colocá-los lá?

O plano de enviar os espias foi fruto de incredulidade.


2- Muitas vezes nossos corações não estão satisfeitos com a palavra de Deus e queremos provas, por causa de nossa
incredulidade.

Os 12 viram as mesmas coisas no Egito.


Os 12 viram as mesmas coisas no Sinai.
Os 12 viram as mesmas coisas em Canaã.

(Os frutos) A fé não precisa de provas, mas a falta dela não muda nem com provas concretas.

3- Tudo que eles viram e viveram no último 1 ano e pouco, não foi capaz de mudar nem um pouco o coração? NÃO!
Isto é uma coisa que podemos ver na Bíblia. A demonstração do poder de Deus em si mesmo, não muda o coração do
homem. Ninguém fez tantos milagres como Jesus. A grande maioria não creu.

4- Os 10 espias viram tudo naquela terra. Cada inimigo. Cada cidade. Cada muralha. Cada gigante. Só não viram
Deus.
Porque só é possível ver Deus pela fé e eles não tinham.

5- Em resumo, o povo não criticou a terra, mas Deus. Sua atitude foi uma rebeldia contra Deus. Eles estavam
declarando que a escolha de Deus era errada. Era horrível. Que a terra que Ele escolheu não era boa, mas os matariam.

6- A coragem e fé de Calebe e Josué são incríveis. Não cedem diante de toda aquela multidão. Não cedem, mesmo
sendo minoria. E só isto deveria nos ensinar muitas coisas.

Seriam apedrejados por defenderem a verdade.


Isto é muito atual, em uma época em que até os crentes tem deixado a verdade, precisamos testemunhá-la.

7- Então, tudo tem relação com ver Deus. Com ver Jesus. Tudo é divido em antes e depois de Cristo.
Antes de Cristo, vemos o pecado como atraente. Depois de Cristo, vemos o pecado como algo ultrajante.
Antes de Cristo, temos medo da morte. Depois de Cristo, fomos libertos deste medo.

8- O perdão de Deus, não livra da disciplina. Muitas vezes anda junto.

O povo não quis conquistar a terra com medo de morrer. Morreriam sem conquistar nada.
“Quem dera tivéssemos morrido neste deserto” se cumprirá.

9- Muitas vezes somos como eles. Muitas vezes.

As lutas e dificuldades crescem e nos esquecemos que “em todas estas coisas somos mais que vencedores.” (Ler Hb.
3:19).

10- Por fim, eles foram tentar lutar. É sempre uma loucura achar que podemos fazer algo pela nossa capacidade.

Podemos cantar, orar, pregar, evangelizar, tudo sem Deus. Só na nossa capacidade.
Sempre é uma derrota, ainda que possamos ver aparentes frutos. “Sem mim nada podeis fazer”.
Capítulo 15: Leis sobre ofertas, sacrifício pela ignorância e

A primeira parte do capítulo, Deus explica como deverá ser alguns tipos de ofertas, com quantidades exatas de cada
coisa.

Estes sacrifícios são explicados em Levítico.

Alguns acreditam que este capítulo está posicionado errado e que ele deveria estar mais ao final do livro, após a
peregrinação no deserto.

No entanto, ele estando aqui, após o que vimos nos capítulos 13 e 14 é muito significativo.

“Quando entrardes na terra” e não “Se entrardes na terra”. É uma palavra de esperança, com a certeza que eles
entrariam, apesar da rebelião e juízo sobre o povo e derrota para os amalequitas e cananeus.

Muitos acreditam que o povo ficou desobrigado destas ofertas durante o deserto.

v.14-16 Israel era representante de Deus na terra. Deveria levar Deus aos outros. E aqueles que se achegassem
(estrangeiros), poderiam desfrutar do mesmo direito de ofertar ao Senhor, desde que da forma correta.

v.17 “Quando chegardes na terra que vos farei entrar”. Deus confirma que chegariam lá.

A partir do v. 22 entramos em uma segunda parte, onde fala sobre pecados por ignorância e da oferta que deveria ser
oferecida pelo pecado.

Mas o que pecar intencionalmente, com conhecimento, deverá ser eliminado (v. 30-31)

Logo em seguida (v. 32-36) é narrado um incidente, que é um exemplo deste tipo de pecado.

Provavelmente, o primeiro caso deste tipo, já que Moisés não sabia o que fazer, mesmo com a clareza que Deus havia
dado lá em Êxodo 31. Talvez não soubessem como deveria ser morto.

Por tudo isso, deveriam ter borlas, com cordões azuis, como lembrete da santidade e mandamentos de Deus (v. 38-39).

Aplicação 15

1- A parte das ofertas traz um ensino importante para os nossos dias: O louvor, serviço e adoração ao Senhor, não
pode ser do nosso jeito.

2- O “não entrareis” do cap. 14 é trocado pelo “entrareis” no 15. Isto demonstra a fidelidade de Deus.
O primeiro homem, Adão, e nós, falhou em tudo. O segundo, Jesus, restaura todas as coisas.
Cada promessa de Deus se cumprirá, independente da infidelidade humana.

É um texto sobre a graça de Deus.


Os. 13:9 Todos nos rebelamos. Merecemos morrer neste deserto, mas vamos chegar lá, mesmo sem mérito nenhum.

v.17 Deus que faria, não eles. Fazemos coisas para o Senhor, mas na verdade Ele quem faz. A obra é Dele. Ele quem
efetua em nós tanto o querer como o realizar. Não somos marionetes, mas cooperadores.

3- Uma outra coisa importante é o trato com o estrangeiro. Ele poderia participar da Páscoa e trazer ofertas ao Senhor.

Mostra que Israel deveria partilhar da graça.


4- O holocausto e a expiação, apontam para a morte de Jesus na cruz.
Tem o sentido de cumprir a pena e castigo pelo pecado e se purificar da culpa.

5- Até os pecados por ignorância devem ser confessados. A oração do Sl. 139:24 deve ser constante, porque Ele é
santo.

6- Quando lemos um julgamento como este apedrejamento nos soa estranho. Como um Deus de amor pode isto?
Ele é justo. É um tipo do verdadeiro juízo que acontecerá no fim.

7- Por isso, o cordão azul tinha a intenção de o tempo todo os fazerem lembrar da Lei de Deus.

Os fariseus usaram isto para aparecer.


Capítulo 16: A rebelião de Corá, Datã e Abirão

Chegamos a mais uma rebelião.

Coré ou Corá, que era um levita, coatita, do mesmo grupo que Moisés e Arão, se junta com Datã, Abirão e Om, que
eram da tribo de Rúben, e mais 250 homens, que eram importantes, homens de renome. O que torna a rebelião mais
séria. Aparentemente de todas as tribos.

O texto não fala mais sobre Om, fazendo alguns acreditarem que ele mudou de ideia.

Acontece uma rebelião eclesiástica, por parte de Corá que não estava satisfeito em ser só um levita, queria ser
sacerdote.
Também tem uma rebelião civil, já que Datã e Abirão, não aceitavam Moisés como príncipe, líder do povo.

Um ciúme e inveja, semelhante ao de Miriã.

v.3 Basta! = Estamos fartos de vocês! “Se toda a congregação é santa, por que vocês querem ficar na frente?” “Por
que você colocou só Arão, teu irmão, para oferecer sacrifícios?”

Moisés se lança sobre seu rosto, entendendo a seriedade do pecado deles. Quem escolheu Moisés? (Ex. 3) Quem
escolheu Arão? (Ex. 28). Novamente a rebelião deles não era contra Moisés, mas contra a escolha de Deus.

Moisés propõe um teste: Amanhã Corá e os seus trarão incenso perante o Senhor e o Ele vai mostrar quem é Dele.

O incenso era uma função dos sacerdotes.

v.7 Moisés usa a mesma linguagem de Corá – Basta-vos!


Vocês já são separados, são levitas, isto é pouco para vocês?

Depois de tratar com Corá (rebelião eclesiástica), Moisés se volta para Datã e Abirão (rebelião civil).
Convoca os dois que respondem: Não subiremos! (v.12).
Como Moisés usou as palavras de Corá, eles usam as de Moisés “é pouco para você?” – A terra que mana leite e mel
era o Egito e não este deserto.

v.15 O homem mais manso se ira, indignado com as falsas acusações.

Toda a congregação se junta na porta do tabernáculo e a glória do Senhor aparece.

Deus diz que irá destruir toda a congregação.


Pode ser, que apesar dos 250 homens terem se levantado, que uma parte do povo também apoiava indiretamente.
Ou que, pelo menos, eles não tinham certeza qual dos lados estava certo.
Não tinham convicção do que Deus já havia demonstrado.

Outros foram pela curiosidade.

Um monte de gente acusando falsamente, o povo não defendeu, ainda assim Arão e Moisés intercedem. Lembram
Jesus.

Moisés mandou todos se afastarem das tendas de Corá, Datã e Abirão e diz que se acontecesse algo nunca visto e a
terra se abrisse e os engolisse, seria sinal de que desprezaram a Deus.
v.32-33 Acontece o que Moisés fala e gera temor no povo. No capítulo 26 fala que os filhos de Corá não morreram.

Ainda sai um fogo do Senhor e consumiu os outros 250 homens.

Deus ainda manda pegar os incensários e fazer deles um memorial, para que eles não se esquecem daquilo.
Aí chegamos no v.41, depois disto tudo, com o povo murmurando contra Moisés e Arão. Inacreditável!
Não há nenhum discernimento por parte deles. Acusam Moisés pelas mortes dos rebeldes, mostrando como tinham um
coração endurecido.

Novamente Deus diz que destruirá a congregação e Moisés e Arão intercedem. Arão faz expiação pelo povo. Mas
antes disso o Senhor já tinha enviado uma praga que matou 14700. Ainda assim, foi o ministério sacerdotal de Arão
que trouxe vida ao povo, assim como Jesus.

Aplicação 16

1- Depois dos capítulos 13 e 14, é difícil acreditar que o povo erraria tão gravemente de novo.

Falamos, na introdução, que autoridade é um dos temas do livro. E sempre o povo se levanta contra a autoridade de
Deus.

2- A busca pelo poder, pela liderança, pelo destaque, pela fama é algo terrível e que sempre esteve na história humana.
Vemos como isto ainda acontece em muitos arraiais cristãos.

3- O Reino de Deus é amplo e há trabalho para todos. O meu trabalho não é o teu trabalho e o teu trabalho não é o
meu.

A ideia do corpo é perfeita aqui. I Co. 12:14-18 – Tem membros que são visíveis e outros que ficam lá dentro,
escondidos. Mas todos são importantes para o funcionamento do corpo.
O corpo é de Cristo. Ele é o cabeça. Toda a glória tem que ser dele.

Deus colocou cada um como quis.

4- Judas vai usar Corá como exemplo (junto com Balaão), para falar de falsos mestres.
Normalmente, por orgulho e ganância, eles conseguem seduzir outros.

5- Uma outra coisa que podemos pensar aqui, é que embora seja fundamental nos prepararmos, estudando o que for
possível. O chamado de Deus e a capacitação humana são coisas diferentes.

Nenhum seminário forma pastor. Nenhum curso de missões forma missionários. O verdadeiro chamado vem do céu,
estas coisas só dão ferramentas.

6- Hb. 10:31 Isto está no Novo Testamento. Deus era, é e será Santo.

7- Tudo que fazemos para Deus é grande. Porque Ele é grande (Sl. 84:10).

8- Paulo diz que temos que ter o mesmo sentimento de Jesus, que sendo Deus, se humilhou.
Um homem perto de Deus, como Moisés, será humilde. Mas um homem longe de Deus, como Corá, terá sempre o
risco de se exaltar.

9- O fim do capítulo demonstra o que diz Jr. 17:9-10 – o coração do homem é cheio de maldade.
“No dia seguinte”. Não é que eles esqueceram por muito tempo, é porque eram maus.

São acusados de matar o povo, mas por eles que o povo foi salvo. Somente pelo sacerdócio.
Isto claramente aponta para Jesus.
Capítulo 17: A vara de Arão floresce

Depois de tudo isto que aconteceu, e diante da seriedade, para não ter nenhum tipo de dúvidas em relação ao
sacerdócio, Deus vai fazer um milagre para confirmar a autoridade de Arão.

Cada tribo teria uma vara, onde colocaria o nome da tribo. Na tribo de Levi, escreveria o nome de Arão.
Seriam colocadas em frente a arca e o que florescesse era o homem escolhido.
Quando Moisés vai buscá-las, a de Arão tem gomos, flores e frutos. 3 estágios diferentes.

Aplicação 17:

1- Todas as varas estavam mortas e sem frutos.

2- Novamente uma atitude de graça (v. 10)

3- Arão representa Jesus. O sumo-sacerdote escolhido por Deus.


O fruto na vara, aponta para a ressurreição.

4- Isto também aponta para o que já termos falado, sobre a escolha de Deus para os ministérios.
Olha o que Paulo diz em Gl 1:1 – A escolha não foi por homens.

5- O que Corá queria e foi vetado, por ser reservado a Arão e sua família, nos foi dado, através de Jesus fomos feitos
sacerdotes.

Então, existe um sacerdócio universal dos crentes. Tanto na questão de serviço a Deus, como em posição.
Ainda que tenha cargos diferentes, ninguém tem um acesso especial a Deus.

O que é mais incrível é pensar no tabernáculo:


- Onde ficava a presença de Deus? No santo dos santos.
- Quem podia entrar lá? Somente o Sumo sacerdote e uma vez ao ano.
- Os sacerdotes podem chegar até onde? O lugar santo.
- O que separava o santo lugar do santo dos santos? O véu.
- O que aconteceu quando Jesus morreu? O véu foi rasgado. O caminho foi aberto. Temos acesso.
Capítulo 18: Deveres e direitos de sacerdotes e levitas

Após a demonstração de quem era o escolhido, através da vara que floresceu, o Senhor confirma a responsabilidade
das coisas sagradas aos sacerdotes e o auxílio que os levitas deveriam dar (v.1-7).

Dos v.8-20 são relembrados de quais ofertas os sacerdotes se sustentariam.


Tinha algumas que eles comeriam lá no tabernáculo, mas outras que seriam para toda a família dos sacerdotes.

Ofertas de gratidão, o azeite, vinho novo (mosto), cereal, as primícias, os primogênitos dos animais (pelo menos uma
parte deles), já que dos homens era resgatado.

v.19 “pacto ou aliança de sal”, significa que era inviolável, assim como o sal conserva.

v.20 Não tinham herança. Isto não era só para os sacerdotes, mas também para os levitas (v.23).

v.21 Aos levitas foram dados os dízimos. E eles deveriam dar o dízimo dos dízimos aos sacerdotes.

Assim, tanto os levitas quanto sacerdotes, estariam seguros para ministrarem, sem outras preocupações.

Aplicação 18

1- Como falamos na introdução, este é um livro fala muito sobre serviço.


Aqui novamente vemos um pouco isso, falando dos sacerdotes e do auxílio que os levitas tinham que dar.

2- Tinha muito trabalho a ser feito e tem muito trabalho a ser feito.

3- Também não devemos nos achar melhores ou piores por fazermos coisas diferentes dos outros.

Hb. 13:15-16 – Como sacerdotes, precisamos oferecer a Deus o louvor e aos homens a beneficência.
O amar a Deus sobre tudo e ao próximo como nós é o próprio cumprimento da nossa função sacerdotal.

4- A questão dos sacerdotes se alimentarem da oferta pelo pecado de outro, tem o sentido de se identificar com a culpa
do outro. É sentir a dor do outro.

Não julgar. Porque sempre é fácil ver e criticar o cisco no olho do nosso irmão, mesmo tendo uma trave no nosso.

5- A oferta do povo alimentava os levitas e as ofertas dos levitas alimentava os sacerdotes e ninguém tinha falta.
Lembrando da igreja primitiva e de como temos que ser.

v. 21 Quem tem Deus tem tudo. É o que Paulo diz em II Co. 6:10 “como nada tendo e possuindo tudo”
Capítulo 19: A água purificadora

Neste capítulo é apresentada a forma de purificar pessoas que estavam cerimonialmente impuras.

Deveria ser tomada uma novilha ruiva (vermelha) perfeita. Ela seria levada pelo sacerdote para fora do arraial e ali
imolada.
O sacerdote tinha que pegar sangue com o dedo e aspergir 7 vezes e depois queimavam a novilha.

Enquanto estava queimando, jogava madeira de cedro (que tinha uma fragrância) apontava para incorrupção, o
hissopo (que era um arbusto com um tipo de óleo) apontava para purificação e a lã carmesim no meio do fogo que
apontava para a vida.

Como Junior falou em Levítico, é um pouco estranho ler sobre estas cerimônias.

Não sei se alguém lembra, mais uns dois ou três anos atrás, anunciaram que nasceu em Israel uma novilha adequada
para este ritual. Algo que não acontecia a uns 2000 anos.

Daquelas cinzas, era misturada com água e usada para fazer uma água purificadora para o impuro.

Dos v.11-22 mostra como a água deveria ser utilizada, principalmente em quem tocasse em algum morto.

Aplicação 19

1- Este ritual apontava para Jesus (Hb. 13:12)


Ele é completamente sem mancha e nunca carregou o jugo pecado.
Até na sua morte Ele foi rejeitado fora do arraial.

2- Ao aspergir o sangue para a frente da tenda 7 vezes, temos uma visão da perfeição e completude do sangue de
Cristo sendo apresentado a Deus.

3- A morte de Cristo, o Seu sangue é a perfeita expiação pelo pecado. (Hb. 9:11-14)

4- Com as cinzas era feito a água purificadora.


Isto é um tipo da santificação que temos pelo Espírito, através da Palavra (Jo. 17:17)

5- O sacrifício de Cristo nos perdoa os pecados, mas também é a base para nossa purificação constante, nos separando
cada vez mais do mundo. (Hb. 12:14).

É o que Jesus falou com Pedro em Jo. 13:8


Capítulo 20: A morte de Miriã, a rocha em Meribá e a morte de Arão

“No mês primeiro” - Chegamos no quadragésimo ano.

Para nós que estamos acostumados a biografias mais detalhadas, parece muito curto.
Precisamos entender que antigamente era diferente. É relatado o que tem mais relevância, como vemos nos
Evangelhos.
E, claro que no caso da Bíblia, ainda temos que levar em consideração o que Deus queria registrar.

Ali morre Miriã, a irmã de Moisés.

Podemos lembrar, que todos aqueles 603448 homens, tinham morrido ou iriam morrer em breve.

Os v.2-13 nos conta uma parte, que parece difícil acreditar.

O povo novamente reclama de Moisés e Arão, porque não tinha água ali.

São as mesmas palavras antigas, de Êxodo ou do princípio de Números, por isso alguns acreditam que esta parte esteja
fora de ordem.

O que provavelmente aconteceu, é que ainda existia líderes daquela velha geração que não tinham morrido no deserto.

Se não isso, a nova geração já estava contaminada pelo pensamento que tiveram seus pais.

“Toma a vara e fala a rocha” (v.8).

Moisés fala ao povo e bate duas vezes na rocha.

v.12 Por isso, por não crerem, nem Moisés nem Arão entrariam na terra de Canaã.

v.14-21 Nesta parte Moisés enviou mensageiros até o rei de Edom, que eram descendentes de Esaú, irmão de Jacó,
pedindo para poder passar pela sua terra, sem consumir nada, ou se consumisse, seria pago. Mas os edomitas não
deixaram.

v.22-29 vem o juízo de Deus sobre Arão e sua morte.


Moisés, Arão e Eleazar sobem o monte de Hor. Lá Moisés retira as vestes de sumo sacerdote de Arão e coloca em
Eleazar.
Após isso, Arão morre e eles descem do monte. 4 meses após a morte de Miriã (33:38)
O povo chora por 30 dias.

Aplicação 20

1- Tem vezes que podemos achar o trato de Deus com Moisés e Arão meio duro.
Mas podemos ter certeza de que Ele sempre é justo.

2- Em Ex. 17 Moisés precisou ferir a rocha.

Talvez porque estivesse emocionalmente abalado pela morte de Miriã.


Talvez pelo cansaço de todos aqueles anos no deserto.
Talvez porque não aguentava mais as rebeliões do povo. (Sl 106:32-33)
Não importa. Não há justificativa para desobedecer a Deus.

3- Paulo diz que aquela rocha era Cristo. Jesus não precisou ser ferido mais de uma vez. Apenas uma, um sacrifício
perfeito. A rocha não deveria ser ferida mais de uma vez.
4- A Bíblia é um livro que conta as falhas de seus heróis.
Noé, Abraão, Moisés, Davi, Pedro nos mostram que eles tinham as mesmas paixões que nós.
Só existe um Herói verdadeiro. Um Sumo-Sacerdote perfeito. Um profeta perfeito. Um Pastor perfeito: JESUS.
Capítulo 21: Primeiras vitórias, a serpente de bronze e as jornadas de Israel

v.1-3 Tem a primeira conquista contra os cananeus, em Horma ou Hormá.


É o mesmo lugar que eles tentaram lutar e perderam, após a rebelião quando os espias viram a terra (cap 14).

v.4-9 Esta é uma passagem conhecida do livro e que tem uma tipificação no sacrifício de Jesus.
Novamente é difícil acreditar, mas o povo murmura de novo. Parecem um disco arranhado.
Deus mandou serpentes venenosas como juízo e morreram muitos do povo (v.6)

Eles reconheceram o pecado e pediram para Moisés orar para que Deus tirasse as serpentes.
Deus não atendeu seu pedido, mas providenciou a cura. Uma serpente de bronze, pendurada numa haste.

Então, uma pessoa mordida podia tentar resolver o veneno sozinho, amputando rapidamente o membro para o veneno
não correr, o que provavelmente o mataria de outra forma.
Ou, poderia olhar para aquela serpente.

Por mais de 800 anos esta serpente vai ficar com eles, se tornando um objeto de adoração, até o rei Ezequias quebrar
lá em II Re. 18

v.10-20 Várias jornadas até Moabe

v.21-30 Vitória sobre Seom, rei de Hesbom (rei dos amorreus)

v.31-35 Vitória sobre Ogue, rei de Basã

Aplicação 21

1- As guerras de Israel, podem ser aplicadas as nossas guerras como igreja.

Jesus disse que as portas do inferno não iriam prevalecer sobre a igreja.
A ideia não é do inferno atacando e a igreja encolhida, amedrontada, embaixo de um escudo.
Mas de uma igreja triunfante que avança com a pregação do Evangelho.

2- Como falei na introdução, esta passagem da serpente de bronze é usada por Jesus.

3- “Nossa alma tem fastio deste pão vil”


Se pensarmos no maná como um tipo de Cristo, o Pão Vivo que desceu do céu, esta reclamação foi terrível.

Mesmo sem levar em conta isto, já que eles não tinham esta visão completa, a ingratidão foi desgraçada.

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