Você está na página 1de 9

Seminário Presbiteriano do Sul

Prof.: Rodrigo Leitão


Disciplina: Prática de Pregação V (Profetas)

Aluno: Mizaél de Lima Vilela

CULTO (SERMÃO DE PROVA) – 04 DE OUTUBRO DE 2022

Prelúdio

ADORAÇÃO
SAUDAÇÕES
LEITURA: Salmo 139.1-12 (ARA)
ORAÇÃO
CÂNTICO: “Tu És Soberano”
“Grande é o Senhor”

CONTRIÇÃO
LEITURA: Salmo 130.1-8 (ARA)
ORAÇÃO SILENCIOSA
ORAÇÃO AUDÍVEL
CÂNTICO: “Perdão” (HNC 71)

MENSAGEM
ORAÇÃO POR ILUMINAÇÃO
SERMÃO: Jonas 1.1-17
2

TEMA: “A SOBERANIA DE DEUS NA VOCAÇÃO”

INTRODUÇÃO

Você é vocacionado? Qual missão lhe foi atribuída? Você realmente está fazendo a
vontade daquele que lhe chamou? Quais ações, hoje, indicam que você está no caminho que
lhe foi divinamente outorgado?
[TRANSIÇÃO] As Escrituras nos apontam personagens que foram vocacionados por
Deus, todavia andaram fora da rota a qual foram designados. E, nesse sentido, poucos relatos
são tão emblemáticos como o do profeta Jonas.

P-1: JONAS TENTA FUGIR DA VOCAÇÃO DIVINA

Vocação: “Veio a palavra do Senhor” (v.1)

“A palavra de Deus veio a alguém”, isso significava que algo estava prestes a
acontecer. Alguém iria entrar em ação; algo haveria de ocorrer. Desta vez a palavra de Deus
veio “a Jonas, filho de Amitai” (v.1). Mas quem é Jonas? Não temos muitas informações sobre
este personagem. Sabemos que o seu nome significa “pomba”, apesar de que Dionísio Pape
disse que “gavião teria sido mais apropriado”.
O único trecho que menciona Jonas no A.T., fora seu próprio livro, é o texto de 2Reis
14.25. O qual corrobora com o versículo primeiro de Jonas ao confirmar que é filho de um tal
de Amitai, nome esse que significa “verdade” ou “fidelidade” (Jonas é filho da verdade), e
ainda, o texto de 2Rs 14.25, acrescenta que Jonas é um servo de Deus, natural de Gate-
Héfer, que exercia o ofício de profeta. A única descrição bíblica do exercício de seu ofício
profético foi quando profetizou, durante o reinado de Jeroboão II (786-746 a.C.), que o
SENHOR restabeleceria os limites de Israel. Deste modo, fica evidente que essa não era a
primeira vez que “a palavra do Senhor” havia vindo a Jonas.
Mas, e agora, novamente a palavra do Senhor veio a Jonas. Qual será a missão que
Deus dará ao seu servo? Na primeira vez sua missão foi profetizar bençãos ao seu próprio
povo. Dizer a eles que Deus havia visto suas aflições e que agiria com misericórdia, apesar
de seus muitos pecados, concedendo-lhes sucesso em suas investidas militares para
reestabelecimento dos limites territoriais de Israel. Desta vez a missão não seria tão fácil
quanto a primeira. O segundo verso nos apresenta a missão designada ao profeta.
3

Missão: “Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a
sua malícia subiu até mim.” (v.2)

A ordem do Senhor dirigida ao profeta foi: “Dispõe-te... vai... clama”. Jonas não
poderia dar a desculpa de que não havia entendido bem o chamado de Deus. Note que esses
três verbos estão no modo imperativo, sendo assim, não são meras sugestões de Deus, mas
ordens que deveriam ser seguidas. A ideia do texto é expressar uma ordem, e uma ordem
urgente. Vá logo para “Nínive e clama contra ela”. Jonas deve ter ficado surpreso com essa
ordem do Senhor. Isso porque, ao contrário de outros profetas, Jonas recebe a incumbência
de deslocar-se até Nínive para anunciar contra ela. É verdade que outros profetas haviam
sido usados para profetizar as nações estrangeiras, como Isaias ao Egito e Ezequiel a Tiro.
Mas, nenhum deles teve de deslocar-se geograficamente até elas. Todavia, pela primeira vez,
o Senhor estava comissionando um profeta para pregar em território estrangeiro.
Pregar contra as nações é uma coisa; pregar contra elas em seu próprio meio é algo
bem diferente. O agravante é que Jonas teria de pregar para pessoas pertencentes a um dos
impérios mais cruéis e violentos dos tempos antigos, o império Assírio. Os quais tinham como
costume, depois de capturar os inimigos, cortar as pernas e um braço, deixando o outro para
poderem cumprimentar a vítima, apertando-lhe a mão com escárnio, enquanto morria. Eles
forçavam os familiares das vítimas a desfilar carregando a cabeça de seus entes queridos
espetados no alto de estacas de madeira. Arrancavam a língua, vazavam os olhos dos
prisioneiros e esticavam seus corpos com cordas para poderem esfolá-los. Aqueles que eram
deixados vivos estavam fadados a suportar formas cruéis e violentas de escravidão. O motivo
do Senhor enviar Jonas para pregar aos ninivitas era porque a “malícia/maldade” havia
subido até o Senhor.
O que o profeta Jonas fez ao receber esta ordem do Senhor?

Fuga: “Jonas se dispôs, mas para fugir da presença do SENHOR”.

O profeta se levanta, se dispõe prontamente. No entanto, não é para cumprir a ordem


do Senhor, mas para fugir de sua presença. Como assim, fugir da presença do Senhor? Jonas
sabe que não se pode fugir da presença divina. Deus é onipresente. Ele deve ter lido o que
Davi escreveu no Salmo 139.7: “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei
da tua face?” Jonas sabe muito bem que não pode fugir do Todo Poderoso. Posto isso, grande
parte dos intérpretes entendem que Jonas está fugindo da missão a qual Deus lhe designou.
Por que Jonas está fugindo? Provavelmente porque deixou de cuidar dos assuntos do
coração. Havia amargura, raiva, ódio e ressentimento nele. Todos esses sentimentos estavam
4

voltados contra Nínive, e com razões muito boas. Todavia, foi ele e não Nínive que estava
sofrendo dano.
Jonas, possivelmente, tinha o seguinte pensamento: quanto mais longe do território
geográfico de Nínive, mais longe de cumprir a missão de clamar contra ela. Assim, abandona
a terra de Israel e embarca em direção a Társis.
Não é sem propósito que a frase “para Társis”. se repete três vezes. Társis,
provavelmente uma colônia fenícia no sul da Espanha, representava o “fim do mundo”, onde
nem mesmo o Deus de Israel era conhecido. Como está escrito em Isaias “Társis, Pul e Lude
[...] terras do mar mais remotas, que jamais ouviram falar de mim, nem viram a minha
glória...” (Is 66.19b). Társis ficava no extremo oposto de Nínive. Essa cidade simbolizava o
lugar onde se podia estar a salvo da tarefa, missão de Deus.
“... tendo descido”. O verbo descer aparece três vezes no primeiro capítulo, indicando
o caminho descendente de Jonas: desceu para Jope, desceu para o navio (Jn 1.3), desceu
para o fundo do navio, onde dormia profundamente (Jn 1.5). E, apesar de não aparecer o
verbo descer, ele desceu um pouco mais ao ser lançado ao mar pelos marinheiros (Jn 1.15).
Vejamos alguns resultados da fuga de Jonas.

Resultados da fuga

Insensibilidade aos problemas. Jonas dormia enquanto o navio estava a ponto de


se despedaçar. O profeta dorme um sono profundo. Seu ronco era tão alto que não o deixava
escutar a fúria do mar e o grito dos desesperados marinheiros. Jonas se tornou insensível
com o que estava acontecendo ao seu redor. Sua fuga o fez ficar anestesiado contra a dor e
o sofrimento.

Confissão não condizente com a ação. A confissão de fé de Jonas é contradita por


sua conduta. A vida de Jonas parece ter pouco a ver com a sua fé. As atitudes e omissões
dele no navio não confirmam, antes contradizem sua confissão de que “teme a Yahweh”.
Jonas memorizou bem os salmos, conhece o verdadeiro Deus e tem, por assim dizer, a
doutrina “certa”. Porém, a vida de Jonas não reflete sua teologia.

Com Jonas no navio tudo vai mal. A desobediência de Jonas causou males as
pessoas ao seu redor. Ele mesmo confessou: “... eu sei que, por minha causa, vos
sobreveio esta grande tempestade” (v.12).
É possível que outros barcos estivessem em perigo com a tempestade que o pecado
de Jonas provocou. O pecado estava afetando o profeta fujão, bem como as pessoas
próximas dele.
5

[TRANSIÇÃO] A triste/má notícia é que:


Jonas não foi o único que pecou e trouxe problemas para as pessoas ao seu redor.
Muito tempo antes dele, nossos primeiros pais, em busca de autonomia pecaram contra Deus
ao descumprirem a aliança. O que resultou em consequências para toda humanidade. Após
pecarem, ao ouvirem a voz de Deus, tentaram se esconder/fugir de sua presença.
Estamos juntos com Adão e Eva, pois herdamos deles o veneno do pecado. Adão foi
o nosso representante diante de Deus; ele falou por nós, e, portanto, a queda dele foi a nossa
queda. Seu grito de independência, de autonomia, jogou todo restante da raça humana na
morte. Dentre os efeitos da queda, está nosso egoísmo, nosso desejo de fazer a própria
vontade ao invés da vontade divina. Em Adão toda raça humana se tornou fugitiva de Deus.

P-2: AINDA HOJE TENTAMOS FUGIR DA VOCAÇÃO DIVINA

Vocação

Semelhantemente a Jonas, a Palavra do Senhor veio a nós. Seguramos em nossas


mãos, hoje, as palavras dos profetas, de Cristo e seus apóstolos. E essas palavras são úteis
para o ensino, para a repreensão, para a educação na justiça, e tem como finalidade nos
tornar aptos para a vocação. Fomos chamados para uma missão.

Missão

“Todo cristão ou é um missionário ou um impostor”. Essa célebre frase de


Spurgeon resume o pensamento de que todo cristão está em missão neste mundo.
Somos vocacionados por Deus para uma missão. As Escrituras mencionam a missão
que a igreja, os discípulos de Cristo têm de “ir por todo mundo e pregar o evangelho a toda
criatura” (Mc 16.15).
Deus nos chamou para anunciar a sua Palavra, não só aos bonzinhos, não só aos
amáveis, mas também para os delinquentes, para os malvados.
Eu e você somos chamados a anunciar o evangelho não só para pessoas receptivas,
não só para pessoas amorosas, pessoas que falam a nossa língua, pessoas com quem nós
nos identificamos. Mas, nós somos chamados para pregar para aquelas pessoas que nos
odeiam, para aquelas pessoas que fazem mal para os outros, para pessoas que vivem nas
trevas, que praticam as obras do diabo, pessoas que não são iguais a nós.
6

Fuga

Todavia, como Jonas, tentamos fugir de nossa missão. Quando fugimos em


desobediência a Deus, Satanás fica feliz em providenciar o transporte. Billy Graham tem uma
frase interessante sobre isso: “Toda a vez que o homem pensa em navegar para longe de
Deus, o diabo tem sempre um barco pronto”.
A desobediência sempre leva ao declínio. Quanto mais distantes da vontade de Deus,
mais decaímos. Fugimos da igreja, da relação com outros cristãos. Queremos distância,
queremos que nada nos lembre que estamos em missão nesse mundo.
Um outro modo de fugir de Deus e de sua vocação, conforme Tim Keller no livro “O
profeta pródigo”, é sendo extremamente religioso. Ele ilustra isso através do exemplo da
parábola do Filho Pródigo (Lc 15). Ambos os filhos estavam perdidos. O mais novo quis
escapar do controle paterno tomando sua herança, deixando o lar, rejeitando os valores
morais do pai e vivendo como desejava. O mais velho ficou em casa e obedeceu inteiramente
ao pai, todavia, quando o pai tomou a atitude misericordiosa de receber o filho mais novo, o
filho mais velho explodiu de raiva contra o pai mostrando que ele também não amava
realmente seu pai.
Isso ensina que podemos estar dentro da igreja, sermos pastores super religiosos e,
ainda assim, estarmos fugindo de Deus. Não amando-o de maneira real e ainda o odiando
quando nos enviar para uma missão que exige misericórdia para pessoas que não queremos
dar misericórdia.
[Transição] A nossa fuga da missão resulta em consequências:

Resultados da fuga

Insensibilidade aos problemas é um dos resultados da fuga da missão. Muitos de


nós, como Jonas, está dormindo o “sono da aflição”. Esse sono se refere ao desejo de
escapar da realidade, mesmo que seja por pouco tempo. O sono da aflição acontece com
pessoas que estão cheias de intensos sentimentos de raiva, culpa, ansiedade e tristeza.
Aqueles que estão dormindo esse sono se tornam insensíveis com os problemas ao seu redor.
Estão alheias ao perigo por terem sido completamente absorvidas por seus problemas.
Quantas vezes, como conselheiros, nos tornamos insensíveis com as pessoas as
quais aconselhamos. Quantas vezes menosprezamos o sofrimento dos outros em detrimento
de nosso sofrimento.
7

Confissão destoante de ações. Ah! Como somos confessionais, alguns nem tanto.
Por vezes nossa confissão de fé é contradita por nossa conduta. Nossas omissões, ante o
sofrimento e o mal ao nosso redor, contradizem nossa confissão de que amamos a Deus e
ao nosso próximo. Muitos de nós memorizamos os catecismos, subscrevemos a Confissão
de Fé de Westminster, aderimos ao pensamento reformado e rogamos ter, por assim dizer, a
doutrina correta. Porém, nossas ações não refletem a fé que professamos. É como a frase
que se tornou bordão na minha turma: “Lindo discurso, pena que eu conheço sua vida”.

Nossa desobediência causa males as pessoas ao nosso redor. Além do próprio


pecador, o pecado sempre fere outras pessoas — na maioria das vezes, muitas outras
pessoas. Estou falando para um público que, em sua maioria, irá pastorear um grupo de
pessoas em breve. Quantos exemplos negativos nós temos de líderes que caíram em pecado
e acabaram com a família, bem como a igreja onde estavam.

[TRANSIÇÃO] A boa notícia é que:


Apesar de muitos estarem fugindo, Deus continua buscando. Assim aconteceu no
Éden quando Deus foi atrás de nossos primeiros pais, falou com eles, castigou-os e proveu
misericordiosamente roupas para cobrirem sua vergonha. O Senhor foi atrás de vários outros
servos fugitivos, vejamos como se deu correção de rota do profeta fujão.

P-3: DEUS INTERVÉM SOBERANAMENTE NOS PLANOS DE FUGA DE JONAS

Intervenção divina: “Mas o SENHOR lançou sobre o mar um forte vento” (v.4)

Aqui encontramos a graça de Deus. Se você observou cuidadosamente o versículo 4,


notou que ele inicia com uma conjunção adversativa. As conjunções adversativas são
palavras que unem duas ou mais orações coordenadas estabelecendo entre elas uma relação
de oposição, contraste. Então, o “mas” usado no início do v.4 tem como propósito contrastar
a tentativa de fuga de Jonas (v.3) com a intervenção divina.
O “SENHOR” intervém nos planos de fuga do profeta. O nome de Deus utilizado nesse
verso é Yahweh, nome pessoal do Deus vivo que age na história. É o Deus da aliança, o qual
demonstra amor e fidelidade para com os seus, independentemente de sua rebeldia e
infidelidade.
Jonas queria se demitir do cargo de profeta, “mas o Senhor” não aceitou sua
demissão. O profeta acha que podia simplesmente virar as costas para o chamado divino.
Mas o senhor transformou a viagem de Jonas em um momento de lição.
8

Deus usa a sua criação e a natureza para atingir os seus objetivos. Aqui Ele usa
a tempestade para intervir nos planos de fuga de Jonas e colocá-lo novamente na rota correta.

Contraste pedagógico: Deus ensina lições ao profeta através de contrastes.

Enquanto os marinheiros suam para salvar vidas, sacrificando, quem sabe, a própria
comida ou os próprios pertences, Jonas dorme despreocupadamente. Enquanto os
marinheiros se dedicam, em espírito solidário, a uma causa em comum, a vida de todos os
integrantes do navio, Jonas se isola egoisticamente, negando-se participar deste esforço
coletivo. Enquanto os marinheiros clamam cada qual a seu deus, expressando assim seu
fervor religioso, Jonas passa vergonha, por ser necessário que um gentio o lembre de seus
deveres religiosos. Em todo caso, é verdadeiramente surpreendente que os gentios são bem
mais religiosos que Jonas.
O capelão do navio, semelhante ao que o nosso capelão fará daqui a pouco, chamou
todos para reunião de oração. O interessante é que, quando abordou Jonas, o capitão usou
as mesmas palavras que Deus havia usada ao dar a missão a Jonas, “Levanta-te, invoca ao
teu Deus” (v.6). Parece que Deus se serve do capitão/capelão do navio para lembrar o profeta
de sua tarefa e de seus deveres. O Deus de Israel fala através da boca de um não-israelita
palavras que lembrariam Jonas de sua missão. Todos esses pontos não são coincidências,
mas sim o agir soberano de Deus.
Por fim, Deus usa o Grande peixe como meio de colocar Jonas na rota correta da
missão. Deus soberanamente preparou e forneceu os meios para a realização de seu
propósito. O peixe foi o meio de salvação, não de maldição. Obviamente, o peixe salvou a
vida do profeta quando o engoliu; depois o vomitou colocando-o na rota para Nínive.

[TRANSIÇÃO] Movimento Cristocêntrico.


Deus enviou o grande peixe para colocar o profeta fujão na rota correta. Para nós Ele
enviou Cristo, o qual nos colocou na direção certa.
O livro de Jonas descreve o maior protótipo da morte e ressurreição de Cristo no A.T.
A experiência vivida por Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe era um sinal
da morte e ressurreição de Cristo (Mt 12.38-40). Assim como a experiência de Jonas abriu-
lhe a porta para anunciar aos pagãos a Palavra de Deus, a morte e a ressurreição de Cristo
são o alicerce da nossa redenção. O livro de Jonas nos oferece um protótipo das duas mais
importantes doutrinas do cristianismo: a morte e a ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo.
E, se ele não ressuscitou, é vã a nossa pregação. Apontar os paralelos entre Cristo e Jonas
– Jonas um tipo de Cristo.
9

P-4: DEUS INTERVÉM SOBERANAMENTE EM NOSSOS PLANOS DE FUGA

Intervenção divina:

Deus não deixa que seus filhos pequem em paz, ou ainda, que fujam em paz.
Não se pode escapar de Deus. Ninguém pode se colocar contra a sua vontade e
prevalecer. Ninguém consegue frustrar os Seus desígnios (Jó 42.3). Por mais que tentemos
fugir de Deus e da vocação que Ele nos deu, não conseguiremos. O Senhor nos perseguirá e
nos fará dobrar-se ao seu propósito soberano.
A intervenção divina se dá, muitas vezes, através de meios tempestuosos. Quantos
de nós, no mar revolto da pandemia, não pensou em desistir da vocação? Quantos de nós,
nesse período, teve uma ressignificação da vocação?
[Ilustração] Período difícil da pandemia e a graça de Deus.
Deus não envia tempestades para nos destruir, mas para fazer-nos retornar ao
caminho certo. As tempestades de Deus são pedagógicas, elas nos tomam pela mão e nos
colocam na rota correta.

MISSÃO

O que Deus quer fazer agora através de nós? Creio eu que Ele quer que clamemos
contra toda malícia, maldade. Quer que não façamos acepção de pessoas, mas que
preguemos para todos. Deus quer que recordemos que Ele se preocupa com as nações; que
Ele é soberano sobre nossa vocação.
Eu não sei em que fase da fuga você se encontra neste momento. Se já chegou a
Jope, se já comprou a passagem e embarcou no navio para Társis, ou se está no fundo do
mar. O que eu sei é que Cristo é o Bom Pastor, o qual não perde nenhuma de suas ovelhas,
ante as resgata do mais fundo poço.
Recordo-me de um discípulo de Cristo que havia voltado a exercer seu antigo trabalho,
deixando sua vocação ministerial. Cristo foi até ele e indagou três vezes: Tu me amas? Então
apascenta as minhas ovelhas.
Que o Senhor nos auxilie a demonstrar nosso amor a Ele pastoreando suas ovelhas e
as encaminhando ao verdadeiro e Bom Pastor. Amém

CONSAGRAÇÃO

ORAÇÃO

IMPETRAÇÃO DA BENÇÃO APOSTÓLICA

Você também pode gostar